HERANÇA MALDITA: ENGANANDO A TODOS

Já estava sendo dado o destino ao corpo de Lorde Fanrwell, estava na hora de ver se havia amarrado todas as pontas soltas de sua história e Elendil decidiu preparar melhor o cenário.

Antes de falar com a Guarda Pretoriana, o Elfo preferia fala com Mark Silver, ele era um Paladino de Khalmyr, mas também líder dos rebeldes de Malpetrim. Elendil havia lutado a seu lado na devesa da cidade quando Tapista invadiu Petrynia.

- Devemos falar com o Conselheiro Silver antes dos Minotauros. Servi ao lado dele quando lutamos contra Tapista. -  Elendil explica então o que desejava - Diremos a verdade para ele: que Fanrwell usou o pretexto da busca de um artefato de sua família para assassinar aventureiros em um ritual profano e que o matamos para que ele não continuasse a fazer isso. Diremos também que enganar a Guarda Pretoriana é essencial para que os Cultista não desconfiem da morte de seu fornecedor de almas.

O Elfo imaginava que ter a Mark Silver a seu lado, colocaria um ponto final em qualquer investigação feita por parte de Tapista.

OFF::

- Eeeeeeu não estou nem um pouco confiante que esse paladino vá com a minha cara. Vocês vejam bem qual história vão contar a ele, se preocupava Xestill ao ouvir o nome do paladino de Khalmyr.

Orog não parecia tão preocupado, ele se concentrava mais em cuidar dos apontamentos de Elendil no cenário que estavam montando. Ele não sabia de nada dessas coisas, e o elfo não ia com a sua cara, mas se fosse para dar um jeito nos cultistas que o envenenaram tudo bem.

Elendil pensou por um instante sobre as considerações de seus colegas antes de respondê-los - Será um risco que devemos correr. Mesmo sendo uma mentira que contaremos, acho que um Paladino de Khalmyr, tem seu dever com a justiça e não necessariamente com a verdade. Além do mais, o Conselheiro Silver não morre de amores pelos minotauros e se nossas ações não forem bem sucedidas, os cultistas continuarão com seu ritual profano, tentando conjurar um mal desconhecido para esse mundo.

ELENDIL, VOLGRINN

- Quem vai falar com o tal Marco Silva, falava o orc girando a cabeça da atenção do serviço que executava, e demonstrando não escutar muito bem o nome do representante local da justiça de Khalmyr.

1) Eu vou. [Alguém se voluntaria]

2) Ele vai. [Dificilmente convencerão um npc a fazer isso, mas role um teste de Diplomacia, a CD 20.]

3) Ninguém vai. [Aprontam o cenário e aguardam que a guarda apareça, eventualmente... algum dia.]

4) Vamos todos. [Mesmo assim, quem rola o teste será aquele que for o porta-voz do grupo, havendo bônus conforme o número e as personalidades no grupo, para dar crédito ou descrédito a história/estória.]

- O plano foi meu, então serei eu que vou falar com o Conselheiro - Elendil respondeu prontamente, não deixaria ninguém assumir um fardo que era dele.

Se aprontou, arrumando suas coisas e encontrar Mark Siver. Deveria encontrá-lo antes da Guarda Pretoriana intervir e assim prepará-lo para o que veria.

Elendil fica agradecido com o gesto de Volgrinn - Obrigado Mestre Anão, sua presença será de grande ajuda, mas antes vamos dar um jeito nesse cretino do Holder. - Elendil queria colocar holder em um dos quartos de hospedes e coloca-lo para dormir usando seu feitiço de sono.

ELENDIL, GLENDOLLIAN, OROG, VOLGRINN, XESTILL

O leva o desacordado Holder para um dos quartos e o deixam bem preso. Só por segurança, Elendil lança sobre ele uma magia de sono.

Lá fora, os criados da casa aguardavam ansiosos, vigiados pelo corvo Corax.

O que diriam a eles?

1) Guiar todos os empregados para a suíte do nobre e matar todos, para que a estória da chacina seja mais convincente - Menos testemunhas, menos provas. [Todos são humanoides 1º.]

2) Convencer Xestill a assumir a forma da demônia que abandonou o grupo e conduzir uma farsa para culpá-la por tudo - Ela não está aqui e não poderá reclamar. [O grupo pode também tentar realizar qualquer outro tipo de farsa.]

3) Ignora-los e aguardar até que Elendil traga o paladino Mark Silver, convencido ou não - Que se danem os npcs.

4) Por fogo em tudo - Simples e fácil.

Após dar a geral na sala, Orog falava ao grupo que acabara de dar um jeito no Holder.

- Continuo não achando que o paladino vá com a minha cara quando chegar aqui, não da pra confiar nisso. Na verdade podemos usar isso. Orog pode ser o monstro que o nobre invocou para se proteger da traição de seus dois servos que estarão mortos do meu lado. Montamos a cena e dizemos que no final só restou esta cena de morte. Orog gosta de morte.

Parecia ter gastado todo o intelecto que tinha fazendo um plano furado como aquele. Na verdade começara a pensar que não foi uma boa ideia tentar ser a cabeça pensante do grupo. Uma cabeça de Orc.

Spoiler:

Elendil ouve o plano do Orc, mas iria discordar dele mesmo que fosse um bom plano. Não morria de amores por Orog, na verdade o odiava, mas prometeu a seu amigo anão que não causaria problemas.

- Não Orc, você não vai falar. Você vai cuidar do Clérigo traidor - Se referindo a Holder amarrado no quarto de hóspedes. - Se ele acordar, interrogue-o! Quando ele se recusar, faça o que sabe fazer melhor, causar dor! - Antes de sair, Elendil se arrepende do que havia dito e completa - Mas não o mate, Silver poderá querer interrogar o maldito.

O elfo patrulheiro se voltou para Xestil - Vamos, tome a forma do Fanrwell e vamos convencer seus servos de nossas verdades.

ELENDIL, XESTILL

A transforma assume a aparência e parte da personalidade do nobre e desce junto com o patrulheiro, deixando Volgrinn e Orog com a tarefa de cuidar do desacordado e ferido Holder.

O quarto em que a dupla e o mago élfico que os acompanha, mais o clérigo prezo, se encontravam é confortável (impossível de se dividir pelo tamanho do corpulento orc), mas há apenas uma cama. No entanto, ali ao lado havia uma cadeira dura de madeira para se recostar. Um baú e um pequeno armário e mesa completavam o mobiliário.

Enquanto isso, a outra dupla chegava aos criados. Corax os mantinha no jardim, procurando acalma-los, todos pareciam prestes a sair aos berros atrás da guarda pretoriana que, pela barba de Cirrandur Walas, ainda não havia aparecido. Felizmente, a duplo fêmea estava com o ranger.

A pericia de Xestill para emular o nobre é surpreendente e eles parecem engolir. Porém, a passos largos, suado e sujo, vem chegando Plácido, o bom condutor da carruagem que deu um voto de confiança a Elendil, e a quem o elfo retribuiu matando seu nobre senhor.

- Meu senhor, tu estas bem! Este elfo que tu contrataste o acusou de armar uma cilada para ele e os outros aventureiros que contrataste antes, mas agora o vejo em vossa companhia! Como chegaram a um entendimento?!, pergunta espantado o condutor sem carruagem.

DESAFIO: Lide com Plácido sem levantar suspeitas da criadagem.

E agora. Eles não havia planejado essa parte da estória. Terão de improvisar algo.

1) Deixar tudo por Xestill. [CD 15, uma falha e serão pegos na mentira. Plácido serviu Farnwell por anos, e desde antes já desconfiava da farsa.]

2) Livrar-se do condutor... permanentemente. [O crime fica a vosso critério.]

3) Combinar algo juntos, de improviso. [Xestill é telepata, mas não pode se comunicar, apenas ler os pensamentos de uma pessoa por vez, presumimos que esteja lendo as ideias de Elendil.]

4) Abrir o jogo e tentar trazer Plácido para o seu lado; de preferência longe da vista dos demais criados. [Difícil, Diplomacia CD 20, e mesmo com o resultado, se os argumentos não forem bons, vai dar merda.]

Ei eu disse que ia junto com o elfo. De anão guarda costas, mas ali hehe.

VOLGRINN

Em sua insistência, o mestre mineiro deixa o orc de armas e o elfo arcano tomando conta do prisioneiro e segue para alcançar a dupla.

Uma vez na porta da mansão, ele vê Elendil e o falso Fanrwell trocando palavras com a criadagem, procurando engana-los. Porém, surge do nada Plácido, e o plano parece se complicar.

- Orog não entendeu muito bem. Mas Orog gostou da ideia da dor.

Ainda coçando os pelos do queixo em sinal de dúvida, o orc vai até o Holder e senta-se à sua frente, encarando-o com sua face perdida em tédio. Vez ou outra ele dava tapas no corpo para que despertasse.

- Vamos. Acorde. Quero saber se seu sangue tem um bom sabor. As tapas não necessariamente foram desferidas com sua mão... o orc realmente parecia estar entediado em ter que esperar.

Ao ver o cocheiro chegando ao palacete de Fanrwell, Elendil pensa rápido, não poderia deixa-lo estragar todo o seu ardil. Ele cochicha no ouvido da falso Fanrwell - Mande prender aquele cocheiro! Acuse-o de traição! - E se volta para Plácido pronto para sacar seu arco e flecha, assim que Xestill desse a ordem.

O anão vê o cocheiro e bem espera que para o bem do mesmo que ele fique quieto caso contrário poderia complicar-se.

ELENDIL, VOLGRINN, XESTILL

Seguindo o plano do patrulheiro, Xestill aponta acusador para Plácido e desfere a acusação de traição, sem ter nenhum argumento no entanto desse a culpa contra o honrado condutor. Elendil aponta o seu arco e rende o sujeito que antes o havia dado um voto de confiança. Provavelmente, agora esse homem se arrependia amargamente de ter sido tão justo com o elfo e seus companheiros.

- Ah, mestre mineiro, que bom que veio. Por favor, amarre os pulsos deste aqui e o leve para junto do outro bandido que o bom guerreiro orquico vigia lá em cima, diz Xestill como Fanrwell para Volgrinn que acabava de ser notado à porta do hall da mansão.

Corax tentava acalmar os demais empregados com sua lábia, pois todos presenciavam a cena. Os homens e mulheres estavam confusos e surpresos de o honrado Plácido receber tal acusação. Uns mencionavam baixinho: "O culpado é sempre o mordomo."

Assim que o anão fizesse a sua parte, eles poderiam tentar seguir até Mark Silver.

Elendil rende o condutor, não precisavam de um argumento, Fanrwell havia dito que ele era um traidor então ele seria o traidor. Melhor assim, pelo menos tirávamos qualquer intervenção contrária de Placido.

O Elfo iria aguardar o mestre Anão antes de prosseguir ao encontro de Silver.