por Pallando Sex Jun 03, 2016 9:39 am
O barqueiro Rodrick, quase farto da sacerdotisa, ficou feliz ao ouvir a que poderia ser a última pergunta antes que ela sumisse dali com suas bruxarias. Foi rápido e eficiente em responder enquanto caminhava para fora, onde apontou a direção também.
- Siga em pela casas em linha reta. Quando chegar onde a maioria dos navios pesqueiros estão aportados e os homens do mar estão em maior número, vai notar uma estrutura, uma estalagem por assim dizer...é a única construção que não é completamente construída com madeira na ilha.- Continuou apontando rumo ao pequeno porto com certa ansiedade, talvez temeroso de que a sacerdotisa e seu Deus lhe fizessem algo antes de partir.- Lá você poderá encontrar marujos e todo o resto, como barcos sendo alugados ou vendidos.
Com a resposta de Rodrick, Ilyana seguiu em frente, mas não sem antes garantir que o barqueiro continuasse receoso quanto a trai-la. Rumava para o local que lhe fora indicado com a certeza de que não seria denunciada pelo rancoroso homem, que a essa altura já lhe considerava uma inimiga, mas o perigo sempre existiria durante sua estadia na ilha.
O céu ainda era claro e os ventos favoráveis aos que zarpariam dali, a circulação de pessoas tornava-se maior conforme a sacerdotisa seguia pelo caminho indicado até a estalagem/taverna, e já não chamava mais tanta atenção das pessoas ocupadas ou mais viajadas. Nesse cenário, Ilyana notara um grupo de crianças e jovens que a principio pareciam estavam divididos entre brincadeiras e conversas, mas, atentamente observando, era possível notar que alguns bolsos e mercadorias eram surrupiadas daqueles que passavam por tais crianças. Talvez fossem um grupo mais organizado ou talvez obedecessem ordens de algum ladrão barato que usava jovens para fazer o trabalho, a única certeza era que estavam habituados a isso e, quando um deles era pego, como Ilyana pôde testemunhar, ele era deixado para trás.
Na intenção de usar as crianças para vigiar o barqueiro, Ilyana aproximou-se do mais velho, um jovem de 14 anos ou menos, que negociou a preço como um comerciante experiente de boa lábia, e conseguiu fechar um acordo com elas, embora com certeza fosse precisar pedir um empréstimo à Ed para paga-las. Aproveitou para questiona-las a respeito dos sacerdotes do mar, mas quase todas as crianças pareceram incertas na resposta, exceto pelo "líder", o garoto com quem negociara, que disse onde ela poderia encontrar aquele que era o único sacerdote em atividade na ilha, algo curioso.
Sem mais, a sacerdotisa continuou sua caminhada, agora rumo ao paradeiro do sacerdote do Deus Afogado, ao mesmo tempo que não precisou desviar-se muito do caminho para a taverna, afinal de contas a vila era pequena. Minutos depois, Ilyana avistou o homem que procurava. Um velho corcunda de nariz "pontudo", rugas no rosto e nas mãos que o apoiavam numa bengala que mais parecia um pedaço de pau aleatório, além de aparentemente ser cego de um olho e de cabeça careca. Ele possuía um rosto amigável e um sorriso acolhedor enquanto conversava com um grupo de pescadores.