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    Jigoku no Tabi - Prólogo Gaijin

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    Jigoku no Tabi - Prólogo Gaijin Empty Jigoku no Tabi - Prólogo Gaijin

    Mensagem por TheDuck Qui Abr 21, 2016 2:46 pm

    A lua  cheia refletia nas águas trêmulas do porto, uma leve bruma pairava aquela noite, tornando mais melancólica a fuga de um neófito para uma terra distante, mas  já conhecida. A América.

    As chances de sobrevivência seriam maiores, isso era o que Max acreditava e claramente foi por isso enviou John a seu novo destino, Chicago. Em uma sacola com bolsas de sangue para viagem com certeza o pequeno John não passaria fome e não teria a chance de conhecer a besta que havia se tornado horas antes do embarque, pouco foram os efeitos colaterais passados por aquele novo desmorto que agora se preocupava mais com a luz do sol que enfrentaria no raiar do dia. Dez mil e quinhentos quilômetros, essa seria a distância percorrida, 15 dias de viagem se não houver nenhuma interferência pelo clima, um bom caminho pela frente. Esses e mais cálculos começavam a passar pela cabeça de John, afinal era um futuro escuro que enfrentaria, sem planos, sem conhecidos, sem documentos, sem vida.

    Apenas sua nova forma, e uma lembrança de sua filha triturada ao chão, e de sua esposa, que não viu nem o corpo. Uma mágoa percorre a mente de John, quem eram os homens de terno? O que queriam? Que raios era aquele monstro e quem era ele? E por que estava ali? Que diabos sua família havia feito para merecer isso? John chora, sua cabeça está completamente dividida, sentimentos humanos inundam sua mente enquanto outras problemáticas do pós-vida lhe incomodam. John começa a realizar a bagunça que se meteu e que esta sua segunda vida não foi uma benção, mas sim um pesadelo. Poderia ele ter morrido com sua família, ser encontrado morto e ter suas lápides compartilhadas, mas não, John carregaria a culpa de nem poder enterrar sua própria família e ainda sair como um covarde fugindo de terra que o alimentou por tantos anos, com nada nas mãos a não ser o remorso pela sua incapacidade, um inútil, um completo inútil. Que DESONRA, iria dizer seu sogro. As palavras da filosofia japonesa assolavam ainda mais a mente perturbada de John.

    Todo esse turbilhão de pensamentos e a ingenuidade do neófito fizeram se perder, não percebendo a presença do Garou que se aproximava de seu barco, com um som seco de suas patas no convés o Garou em forma de Chrinos com sua pelagem prateada refletindo a luz da lua, a avó lua, que por um momento mostrou em seu semblante um vermelho sangue nas garras daquele que se aproximava do neófito sem esperanças no fundo do barco. As garras alvejam a janela quase alcançando a garganta de John, os novos instintos de John lhe fazem dar um sobressalto indo para o lado e desviando das afiadas unhas que lhe procuravam. Por um momento o pânico toma conta de John, pára ele tudo era novo, sua mente ainda com lógica humana não conseguia reconhecer o que era aquilo, quem era aquilo e muito menos, por que o perseguiu? A BESTA dentro de John gritava em seus ouvidos, seus dentes afiados se projetavam reagindo ao perigo, sem saber lidar com aquilo tudo, John cai sobre seus joelhos ofegante, apesar de seus pulmões começarem a atrofiar a associação humano-besta ainda era recente. John poderia sair dali vivo ou morrer de vez, era uma linha tênue entre aprender na marra a lidar com suas emoções e seu novo eu, ou cair ali mesmo e ser enterrado junto a sua família.


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    Mensagem por gaijin386 Qui Abr 21, 2016 3:36 pm

    Minha vida,
    O quanto dela ainda resta?
    A noite é breve.


    - Shiki

    Dizem que com o tempo é possível repousar sobre qualquer dor de qualquer desventura, exceto o arrependimento. No arrependimento não há descanso nem paz, e por isso é a maior ou a mais amarga de todas as desgraças e bem ter vida eterna não parecia algo promissor para esta questão pensou John olhando para a ultima bolsa de sangue que consumira jogada despreocupadamente no cesto de lixo no canto. Se foram. Todos se foram: Hisae, a pequena Ayumi o velho Katagiri e outros os quais John não pode enumerar no momento tudo parecia ter ido para inferno numa grande espiral de desgraças escalonadas...

    O que poderia ter feito? Era apenas humano não poderia ter se lançado com a espada da parede sobre o monstro? Poderia ter vingado os seus? Feito justiça? Ele sabia que não era um herói de ação dos filmes, mas mesmo assim o medo que sentiu o o que deixara de sentir o estava consumindo por dentro o vislumbre da criatura e não viu mais nada apenas o primitivo clamor pela sobrevivência obscurecendo quaisquer outros sentimentos ele não via mais a esposa a filha ou qualquer outra coisa... egoísmo? hipocrisia? Talvez, mas agora John Nash... Não! John estava morto, o que restou dessa paródia de vida ou agora melhor dizendo não vida era o vampiro vestido como John Nash.

    15 dias para refletir porque diabos ele fugiu daquele jeito... 15 dias para pensar se ainda valia a pena .... Isso era o que ele pensava até olhar pela escotilha e ver que aquilo estava lá outra vez será que era a sina do condenado? A visão novamente faz seus efeitos. Instintivamente a mão aperta o cabo da espada, mas o que virá?


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    Mensagem por TheDuck Qui Abr 21, 2016 5:40 pm

    O uivo da criatura ecoava nas ondas do mar, a grande mão vazia e prateada recuava para fora novamente, era o momento em que a mente de John vacilante se coloca no lugar outra vez. A grande força de vontade do neófito o faz ficar são, pensamentos voavam na honra de sua família e daquela criatura estar ali novamente.

    Era hora de se preparar, a pequena carapaça do navio não poderia protege-lo por todo o tempo, era fato que a criatura o perseguira, e ainda restava a pergunta. Se John deixou de ser o que era, humano, como o cheiro e tudo o que tinha ficado em vida foi percebido por aquele ser?

    Jhon se punha de pé outra vez, aguardando de onde viria um novo impacto, ele começava a perceber algumas diferenças de sentidos, o cheiro do sangue era o mais claro para ele, John percebia a diferença do sangue da bolsa para o sangue que ficou no vento trazida pelas garras daquele predador.

    A audição começava a se aguçar, e a visão noturna era algo que ele desfrutava, coisas talvez pequenas e irrelevantes dadas para os humanos, mas em seu pós-vida John começa a dar valor, em jogo estava a sua "vida", o balançar do barco limitava um pouco seu tato, as ondas tremulantes não deixavam sentir as vibrações que a criatura poderia fazer na lataria, mas sua audição iria lhe direcionar. Para ele, uma criatura tão grande não poderia ser tão astuta e sagaz. Ou poderia?

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    Mensagem por gaijin386 Qui Abr 21, 2016 6:03 pm

    Assombrações de minha alma
    vis andarilhas surgem
    e terminam a encarar-me


    John Nash - 17h55

    John se recompôs aquietando aquele fulgor primitivo que por um momento quase o dominou e o fez repetir fatos passados de que ele não se orgulha, mas agora ao menos era senhor de si não que isso alterasse o fato de que via uma monstruosidade de mais de dois metros e que provavelmente não estava com boas intenções.

    Se aquilo o queria... se era a paga pelos pecados cometidos e que ele John Nash devia ser encaminhado ao inferno ele não iria para lá, não sem luta ao menos. Ele pensou rapidamente no que poderia fazer não possuía um rifle ou algo drástico, mas a espada podia cortar um homem porque não aquilo? Se fosse o ultimo recurso, mas não o faria ali preso num camarote de navio onde o espaço era por demais restrito pegou a sacola e correu para fora do aposento haveria algum lugar melhor? Pensa ele enquanto vê os caminhos do corredor.

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    Mensagem por TheDuck Ter Abr 26, 2016 1:28 pm

    Jhon caminhava na lataria do navio, a cada passo molhava suas botas com o continuo balançar que o navio fazia, e deixava entrar respingos da água do mar no convés e nas dependências do navio. A tensão era grande, mas a postura daquele neófito havia mudado, começava a acostumar que não era apenas presa, mas também predador.

    Uma nuvem cobre a luz da lua, uma e a distância do porto faz com que a luminosidade baixe mais ainda, os olhos do vampiro começavam a brilhar, enxergando o preto e o branco, distinguindo as diversas linhas e desenhos que a noite lhe doava. Jhon caminhava com sua katana em punho, indo em direção ao convés, com passos lentos ele sai e avista o mar e a costa do japão, ainda não tão longe e agora não tão perto.

    Talvez a adaptação ou mesmo a inocência de sua mente humana nessa situação distraem Jhon, não deixando ele ouvir o necessário, seu predador. Pelo seu lado esquerdo o a enorme garra entra em seu ombro, jorrando o sangue quente nos pelôs de seu algoz, jogando-o contra a parede o olhar do garou entra em sua alma, por um momento a alma de Jhon estremece, parecia que havia sido inteiramente lido, reconhecido e marcado. O bafo quente misturado com o cheiro do sangue quente, umidade do mar, do sal e da baba do lobo a sua frente era uma sensação que não daria para esquecer.

    Jhon olhou nos olhos de seu predador, e com a troca de olhares Jhon percebe que o garou vacila, as garras ardentes em sua carne saem comendo ainda mais o ombro dilacerado, o enorme lobo da um passo para trás e Jhon percebe um olhar diferente, algo comovente. O que guardava esse olhar por trás daquele enorme predador voraz?

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    Mensagem por gaijin386 Qua Abr 27, 2016 10:55 am

    Lamentos são escutados
    o ambiente sepulcral escarnece
    lágrimas, rolam.


    John Nash - 10:42

    - Agh! - Como um agulhão em brasa a garra daquela criatura saída dos piores horrores imaginados por Dante perfura o ombro de John e mesmo sendo um sujeito bem constituído e resiliente sentiu o golpe ele segura a espada numa das mãos, mas a livre vai instintivamente ao ferimento.

    Observou que a criatura então parecia ter perdido o ímpeto ou será que estava apenas brincado como num jogo de cão e raposa? Mas era estranho apesar do bestialismo havia algo de humano naqueles olhos que traia a opinião anterior do neófito sobre a criatura ser uma besta primal e levantou questionamentos, talvez fosse a situação ou talvez fosse porque ele não mais ligasse ou até mesmo um senso de adrenalina ele decidiu falar com o monstro.

    - Então? Veio terminar o serviço? Levaste minha família... Me levaste tudo! Ao menos diga-me o porque de tudo isso e vamos terminar com isso. - Diz ele levantando a espada a frente e bem aguardando.

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    Mensagem por TheDuck Seg maio 16, 2016 5:12 pm

    Os olhos da besta prateada lacrimejaram, o luz da lua mostrava junto ao tremular do barco o brilho entristecido de seus sentimentos. Então aquela besta também tinha algum lado diferente dentro dele, Jhon percebia a profundidade de seus olhos, talvez não era apenas ele ali que tinha um passado, uma vida diferente da atual e alguns segredos.

    Com a espada em um punho e o outro braço desfalecido, Jhon encarava a fera e lhe jogou algumas palavras, para sua surpresa elas foram respondidas, uma voz que não combinava em nada com aquela figura austera e enorme, a voz era aguda, singela, baixa e um tom carinhoso soava dela.

    - Eu não levei nada, levaram da gente. Disse a voz adocicada.

    Jhon percebe que a criatura recua um passo a mais, e ele podia jurar que aquela voz era conhecida, sua cabeça pensava e seus olhos pareciam lhe enganar, a criatura aparentava estar menor e menos peluda. Jhon percebeu que ela estava mudando para alguma forma mais humanoide.

    Nesse momento sua cabeça explodiu em sua mente veio a imagem de sua esposa. O conflito de emoções estava tomando conta de Nash, quase como um torpor momentâneo ela voou para muitos lugares e lembranças olhando aquela besta deixar a forma bestial e chegar na silhueta gentil e pequena de sua amada esposa. Cabelos longos, finos e negros, uma pele branca que ofuscava a lua, os olhos negros e profundos, puxados, sua amada nihonjin. Suas roupas rasgadas e um ferimento no ombro eram evidentes. O pequeno momento foi quebrado  por vozes ao fundo.


    - Veio daqui. O barulho veio daqui. Vejam se o casco está okay.

    Gritos dos marinheiros. Ambos sabiam que se fossem pegos não continuariam a viagem, apensar de Jhon estar entre os tripulantes, os ferimentos seriam altamente suspeitos e toda a situação a ser explicada complicaria sua viajem.

    Sua esposa então quebra o pequeno silêncio.

    - Jhon, me desculpe.
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    Mensagem por gaijin386 Seg maio 16, 2016 10:11 pm

    - Eu eu... eu - Ele gagueja e se já não estivesse pálido pela atual condição poderia-se dizer que ele ficaria branco de surpresa, mas ele  então consegue criar coragem  e diz - Temos que sair da vista e rápido, eles jamais vão compreender isto... Eu já não compreendo mais nada. -   e aponta para alguma escada do tombadilho que desce esperando despistar os marinheiros que vinham da outra direção.
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    Mensagem por Aythusa Sex Jul 15, 2016 11:00 pm

    Procurando fugir dos funcionários do navio, Nash conduz a sua – esposa? - para um pequeno corredor, estreito demais para as duas criaturas feridas e confusas. O sangue que estava sujo na roupa dele mancha a parede do corredor enquanto os dois tentam organizar seus pensamentos e seus corpos.
    Uma guinada de dor em seu braço desfalecido faz com que o vampiro considere a última frase que a mulher à sua frente lhe disse antes de se esquivarem dos tripulantes. Estaria ela se desculpando por tê-lo ferido? Ou seria algo a respeito de sua família? Será que ela era mesmo a sua esposa, a mesma de que se lembrava com afeto e luto? Será que sua imortalidade estaria lhe pregando algum tipo de loucura, provinda da dor e da adrenalina de poucos instantes?

    No meio de seu emaranhado de pensamentos e dúvidas, a mulher a sua frente toca-lhe o ombro ferido com ternura e ressentimento e, embora nenhuma palavra fosse trocada nesse instante, ele pode ver as lágrimas rolando da face dela ao tocar sua pele fria e sem vida, enquanto ele se recorda de mais momentos com sua esposa quando vivo.

    Porém, os tripulantes passaram novamente próximo dali fazendo com que Nash pegue a mão dela que repousou em seu ombro ferido, e a conduza rapidamente para dentro de uma das cabines vazias mais próximas.

    Por um momento, ela não foi capaz de dizer-lhe mais nada. Tudo fora manifestado em sua última frase com tamanho afinco e emoção que parecera-lhe que lhe roubara todas as forças para iniciar aquela difícil conversa.
    Sobre a cama haviam toalhas brancas, como se estivessem em um hotel. Ela pegou uma, foi até a pia do banheiro, molhou-a e foi até Nash para lhe limpar o sangue da ferida.

    Seu próprio sangue… O sangue dela, o cheiro dela… Tudo parecia intenso demais para ser processado. Sua mente era um emaranhado de pensamentos que exigiam muito para que pudessem ser reorganizados e conduzidos à todas as suas dúvidas.

    O silêncio era o som mais aterrador daquela pequena cabine em que estavam.
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    Mensagem por gaijin386 Sáb Jul 16, 2016 1:29 am

    Sentindo o rio
    Você descobre os sentimentos
    sob as emoções


    John Nash - 10:42

    Sob uma mistura de suas próprias emoções John Nash, agora um morto vivo estava confuso e pela primeira vez em sua existência não sabia o que fazer, porém tinhas suas certezas e uma delas era que amava a esposa, mesmo que ela secretamente fosse uma monstruosidade de dois metros de altura e que podia arrebentar paredes agora e só sob o âmago do momento ele a levou para aquela cabina para uma troca de palavras ele em seu intimo sabia que poderia ser a ultima vez que lhe falaria então decidiu que valia a pena, como valeu a pena cada minuto desde que desembarcara naquele aeroporto em Tóquio anos atrás sem nenhuma perspectiva e agora perspectiva era algo que precisava e muito.

    -Eu nem sei o que dizer. Ele atreveu-se a romper o silêncio - Não sabia. Eu nem sei por onde começar do agora? Ou ... - Ele se interrompe decidindo que confrontar e antagonizar não era o ideal, mas que um fator comum antagônico e doloroso a ambos podia ser um ponto de partida.  - Quem eram aqueles homens no apartamento? Foram eles que ... que ... fizeram aquilo? - Ele não conseguia nem dizer o nome da única filha tão quão doloroso era aquela situação e somente por ser cabeça dura e obstinado manteve-se racional.

    Dizia isso mas andava de um lado para o outro como que se o movimento lhe pudesse servir para algo, quem sabe distrai-lo.
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    Jigoku no Tabi - Prólogo Gaijin Empty Re: Jigoku no Tabi - Prólogo Gaijin

    Mensagem por TheDuck Seg Jul 25, 2016 3:34 pm

    - Sarah.  Era o nome de nossa querida filha. Malditos vampiros, essa merda desse novo príncipe não controla a cidade. Todo submundo está um caos. E além de perder minha filha perdi meu querido John.

    Jhon vê uma lagrima escorrer, ela limpa os olhos.

    - Querido eu não posso acompanha-lo na sua viagem, eu fui mandada aqui para mata-lo, mas não consegui. Talvez isso me traga uma punição de minha tribo, mas prefiro a punição a carregar em meu coração o sangue de meu amado.

    - Sei também que agora você é um deles, e que a melhor saída agora é você ir embora. Tome cuidado, respeite as tradições e as regras do novo local que irá ficar. Não pense que os vampiros não tem inimigos, as tribos americanas são rigorosas. Tome.

    Ela estende a mão contendo um pingente do tamanho da palma de sua delicada mão, era um desenho.

    Pingente. :

    - Esse é o símbolo da minha tribo, carregar isso pode lhe trazer benefícios ou ser sua condenação. Seja sábio como nós Gaijin.

    Ela deu um passo para trás como em despedida, talvez aguardando a última palavra de seu amado marido. Enxugou mais uma lágrima e novamente começou a crescer e se transformar naquele lobo prateado, agora Jhon conseguia admirar aquela forma, era sua esposa, sua amada esposa. E antes que o navio pudesse se distanciar por demais da costa ela se foi.
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    Jigoku no Tabi - Prólogo Gaijin Empty Re: Jigoku no Tabi - Prólogo Gaijin

    Mensagem por gaijin386 Seg Jul 25, 2016 10:36 pm

    Dor excruciante
    ordenadamente embaralha
    em austeras catacumbas


    Ele entendia que era um momento de adeus tinha suas dúvidas e incertezas, entretanto tinha certeza de um coisa era a mulher com quem casou e ama só que para o bem de todos devia ir embora e recomeçar.

    Tomou as mãos da esposa antes que ela se fosse e pegou o objeto que ela lhe dera e teve o desejo de um ultimo abraço e talvez um ultimo beijo, mas não era o momento então ele disse apenas o que lhe veio a mente - Se pudesse escolher eu faria tudo de novo. ki o tsuke te ne, minha querida. - Diz vendo a ir embora talvez definitivamente.

    John com certa facilidade ele acha a o kit de primeiros socorros no banheiro e enfaixa o ferimento com gaze, não que ele não pudesse curar usando seus recém adquiridos poderes, mas ele prefere colocar a proteção mesmo assim e ele recupera os itens no quarto se preparando para uma longa viagem.

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