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    Foras Feasa ar Éirinn

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    Mensagem por Soviet Qui Ago 18, 2016 10:23 pm

    Aqui escreverei um pouco sobre a mitologia de Erin.

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    Mensagem por Soviet Qui Ago 18, 2016 11:22 pm

    Canta-se, do nascimento dos Deuses e da criação dos Mortais, a mais antiga canção já escrita. Danu, segunda filha de Sóphos, era a mais bela d'Os Ceridwen, o Povo Antigo, e também a mais sábia e bondosa de seus filhos. Apesar de sua casa, Os Campos de Dormathain, serem abundantes em comida, paz e beleza, Danu ansiava por conhecer novos lugares e, escondida de seu pai, foi até Éirinn, a terra que Sóphos havia criado muitos séculos atrás.

    A terra era verde e vibrante, mas vazia. Não havia vida na terra além das árvores que cresciam muito altas e da relva que corria rasteira. Danu correu por toda Éirinn, imaginando nomes para cada um dos prados e montanhas que encontrava, banhando-se nos rios e se alimentando dos frutos da terra. Mas Danu se sentiu solitária nos campos de Éirinn e, voltando aos Campos de Dormathain, perguntou ao seu pai o motivo de não haver vida naquelas terras tão belas e abundantes.Sóphos disse que qualquer forma de vida em Éirinn seria a ruína de sua casa e, por isso, aquelas terras deveriam permanecer como estavam e proibiu Danu de voltar lá. Onze anos se passaram antes que Danu sentisse o desejo em desobecer seu pai.

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    Danu dos Ceridwen

    Impossibilitada de usar os Portões de Unthóin sem chamar a atenção de seu pai, Danu pediu para que seu irmão, Llyr, o mais novo dos filhos de Sóphos, habilidoso artesão e conhecer dos caminhos secretos dos Campos de Dormathain, fizesse-lhe um barco para que ela navegasse pelo Shournagh, o longo rio que ligava Os Campos de Dormathain até os mares de Éirinn. Mas Llyr conhecia aquelas terras muito bem, já que ia até Éirinn em segredo de seu pai desde muito antes de Danu, e colocou um feitiço que guiaria o barco de sua irmã pelos rios de Éirinn.

    Em dois meses o barco ficou pronto. Llyr lhe deu o nome de Ábartach e garantiu à irmã que ela faria uma viagem segura com ele. Danu navegou pelo Shournagh até chegar em Emain Ablach, mar que banha a costa leste de Éirinn. O barco passou por tempestades e enfrentou ondas colossais com firmeza e temperança, e depois de duas semanas Danu via a costa montanhosa de Éirinn. Cansada da viagem e sentindo-se segura, Danu dormiu. Quando acordou, ela olhou ao redor e não viu mais o mar, mas árvores antigas, de copas densas e galhos grossos. Levantou-se, curiosa, e Danu viu as águas cristalinas do rio em que navegava. Era possível ver as pedras de seu leito e Danu, sentindo sede, bebeu da água do rio. Ainda não havia dia ou noite em Éirinn e o céu era coberto por ondas multicoloridas, que banharam a filha de Sóphos com suas luzes e fizeram-na também multicolorida.

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    Danu chegando em Gearagh

    Ábartach deslizou pelas águas até o rio se tornar estreito e parar sob a copa de um carvalho. Foi preciso apenas um olhar para que se notasse que era uma árvore muito antiga, nascida logo nos primeiros dias da criação de Éirinn. Danu não reconhecia aquela floresta e agradeceu ao irmão por ter-lhe feito um barco que a levara até ali. Ela agora sentia a terra sob seus pés e a brisa que soprava, trazendo os perfumes da ilha, e percebeu o quanto amava as sensações que sentia naquele momento, o quanto amava a criação de seu pai e como sentiu falta daquilo. Abandonando o barco ali, Danu foi conhecer o a floresta.

    Ainda mais belo que os outros lugares de Éirinn, a floresta inebriava Danu e a atraia cada vez mais para o seu interior, e ela parou para descansar apenas no final do dia. Dan colheu maçãs, morangos, pêras e amoras, sentou sob a sombra escura de uma árvore e saboreou cada frutas com calma e prazer. Quando estava terminando de comer os morangos, Danu percebeu que alguém a observava de longe, parecia que de trás de uma árvore. A alegria e ansiedade percorreram o corpo dela, havia vida em Éirinn! Levantando-se em um salto, Danu foi até o vulto, esperançosa para saber quem era, mas não havia mais ninguém antes que ela chegasse. A sensação voltou, e Danu virou-se a tempo de ver um rosto não atrás da árvore, mas NA árvore! Era um rosto masculino, e desapareceu no grosso caule assim que Danu o viu.

    “Apareça!” - Gritou Danu - “Não lhe farei mal. Meu nome é Danu, filha de Sóphos.”

    “Eu sei quem você é” - A voz era suave e leve como uma brisa - “Eu já a vi caminhando por Éirinn”

    “Você me entende e fala a minha língua.”

    “Eu fui criado por Sóphos e esta é a língua dos Ceridwen. Era natural que eu a soubesse.”

    Demorou até que Danu convencesse o ser, que ela julgou ser um homem, a se revelar e ela não conseguiu esconder a surpresa quando o rosto tornou a aparecer no tronco de uma árvore. Ele surgia como se a madeira estivesse sendo entalhada e parecia uma máscara, mas havia brilho e vida nos olhos e a boca movia-se sem se assemelhar em nada com madeira. Danu se aproximou, tocou o rosto e sentiu a textura da madeira sob seus dedos, mas era quente e pulsava.

    “Qual o seu nome?” - perguntou.

    “Eu não tenho. Não havia ninguém aqui para me dar um nome e, exatamente por isso, eu não vi necessidade em me chamar de algo”

    Danu sentou-se em frente o ser e os dois conversaram por horas. Em alguns momentos as luzes multicoloridas do céu ficavam mais fortes e, nesse dia, elas estavam particularmente fortes, banhando o rosto na árvore e a mais bela d'Os Ceridwen com luzes azuis, lilases e verdes. As horas facilmente se tornaram dias e, de forma natural, os dois se apaixonaram um pelo outro. Quando deu por si que já estava longe d'Os Campos de Dormathain, Danu sobressaltou-se e disse que precisava partir imediatamente. O ser então pediu que ela esperasse ele mostrar para ela algo que nunca tinha mostrado à ninguém. Danu respondeu que esperaria e, da mesma forma que o rosto havia surgido no tronco, braços, pernas e dorso surgiram da árvore, mas agora eles se soltavam da madeira conforme surgiram e logo o ser estava em pé, em frente à Danu. Agora o rosto dele não era apenas uma máscara de madeira, mas sim coberto de folhas. Um ser de madeira e folhas.

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    Aed, o Ser da Terra

    Tímido, ele não sabia o que dizer ou fazer, e foi Danu, completamente encantada por ele, que se aproximou e beijou-lhe os lábios. Quando tocou o rosto do Ser da primeira vez, Danu sentiu madeira, mas agora a pele dele não era áspera como antes, mas macia. Ainda havia ali a textura da madeira e não era como a pele dela ou dos outros Ceridwen, era algo completamente diferente e Danu adorou isso. Esquecendo a pressa, Danu e o ser deitaram-se na grama daquela floresta mística e amaram-se intensamente. Os dois dormiram por dois dias e, quando acordaram, comeram frutas e observaram as luzes no céu que cintilavam, amarelas e vermelhas, sobre a copa das árvores e os rostos dos dois.

    “Aed. Este será seu nome a partir de hoje.” - Danu sorria - “Eu preciso ir, mas virei lhe visitar sempre que puder, pois meu amor agora vive aqui contigo.”

    Aed sorriu, satisfeito com seu nome e com quem o havia dado.

    “Meu amor também vive com você”

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    Danu e Aed; o Mito da Criação

    Dan partiu da floresta, a quem deu o nome de Gearagh, e ficou feliz ao ver que Ábartach a aguardava no mesmo lugar, às margens do pequeno riacho de águas cristalinas. Voltando para Os Campos de Dormathain, Danu deitou-se e observou as luzes do céu sorrindo e com as mãos sobre o ventre.

      Data/hora atual: Qua maio 08, 2024 6:13 pm