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    [Narração] Alexander (Faber)

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    Mensagem por Bastet Sáb maio 13, 2017 10:51 pm



    C h r y s a l i s
    Narração -  Alex  (Faber)

       
    [Narração]  Alexander  (Faber) WEGOkdj


    Enquanto abria os olhos, e uma imagem turva de um lugar desconhecido e mal iluminado se formava diante de seus olhos doloridos, Alexander recordava uma memória de infância.

    ***


    Ele, um garotinho gorduchinho de cabelos ruivos e olhos de esmeralda, estava sentado em um banco alto, perto da mesa do avô, observando atentamente aquela figura mística que o avô se tornara com o tempo: era um homem completamente grisalho e de estatura baixa, com nariz bem grande e olhos pequeninos, que estava sempre de mau humor com tudo e com todos, mas que sabia criar as mais maravilhosas engenhocas. Parecia até magia as coisas que ele conseguia fazer. Alexander (o avô, de quem ele herdara o nome) transformava o mais simples brinquedo em obra de arte e encontrava falhas a serem melhoradas em qualquer coisa, mesmo que não soubesse como aquilo funcionava, antes do momento da inspeção.

    - Vem cá, peste – o avô disse, sempre carrancudo, quando o neto começou a ficar inquieto em seu banquinho.  Afastou a cadeira, para que ele sentasse em sua perna direita (por ser canhoto, o avô precisava ter mais liberdade no lado esquerdo do corpo – o menino aprendera isso de forma dura, após levar várias broncas e beliscões do avô), e indicou o “esqueleto” de um relógio de bolso que ele estava criando. Além da estrutura complexa do interior do relógio, o avô estava trabalhando em um visor incrível: remontava uma batalha épica no mar, entre um navio e um dragão; e as peças estavam encaixadas de forma que, com o passar dos segundos no relógio, as ondas do mar pareciam se mexer, alterando o vencedor da batalha: ora o dragão sucumbia ao mar, ora o barco era destruído pela fúria do monstro. [...] Parecendo entender a mente do menino, ao ver a expressão que seu rosto expressava, o avô continuou, enquanto ajustava algumas peças – O tempo é a chave de tudo, guri. Pode te fazer vencedor ou pode te destruir. Não é a força do Dragão ou a artilharia do Navio que determinam quem terá a vitória... Mas sim quem sabe se mover entre as ondas...


    ***


    Uma sensação quente e molhada fez Alex despertar de vez de seu devaneio saudoso. Primeiro, sentiu na blusa e logo, após umas risadas, sentiu um jato atingir o seu rosto. A sensação foi terrível: enquanto tomava consciência da origem do jato, sentia o líquido salgado e malcheiroso invadir as suas narinas e boca, além de escorrer um pouco para orelhas e respingar no cabelo.  Antes que pudesse ter qualquer reação, mais risadas e barulhos de passo correndo para... O norte? Alex não tinha certeza. Os olhos ardiam, devido à urina e o corpo tremia. Onde ele estava? Por que sua mão direita doía tanto? O que estava acontecendo ali?.. O homem não conseguia elaborar uma resposta para as perguntas.

    [...]

    Após alguns instantes, o empresário conseguiu ver que estava em algum beco do centro da cidade. O cheiro de comida, a movimentação, a sujeira... Não tinha como não ser o centro. Estava sentado em alguns sacos de lixo, com sua pasta de trabalho revirada um pouco mais a frente, os sapatos faltando, o celular provavelmente roubado... A única coisa que ainda estava com ele, além da roupa, era o velho relógio do avô, preso firmemente em sua mão direita, de forma a machucá-la de verdade. Alex não conseguia se lembrar de como havia chegado ali... Nem de quando pegara o relógio no banco, onde guardara pela manhã. Se lembrava, menos ainda, do possível assalto que sofrera. Será que havia batido a cabeça?

    [...]

    Após se levantar e começar a andar em direção à rua, abriu o relógio de bolso, querendo ver as horas... Mas se assustou, ao ver a data. O relógio indicava que era dia 15/12/2017, exatamente um mês após a data que realmente estavam... Certo? E no dia exato do aniversário de casamento dele com Luiza. Será que o relógio do avô, que nunca falhara, estava com defeito ou realmente era aquela data?.. Ao sair do beco, veria decorações de natal espalhadas pelos postes no passeio. O comércio já estava fechando, mas a vida noturna ainda estava a pleno vapor. Vários jovens entravam em um bar medieval, que imitava uma taverna, há alguns metros de onde Alex estava. No letreiro de madeira, o símbolo de um dragão estava esculpido, acima do nome “Dragão Invernal”. Alguns ônibus passavam, parando em um ponto do outro lado da rua. E, no meio do caminho de Alexander, havia uma imensa pedra...




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    Mensagem por Kether Sáb maio 13, 2017 11:41 pm



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    Narração -  Alexander

       

    "No meio do caminho tinha uma pedra
    Tinha uma pedra no meio do caminho
    Tinha uma pedra
    No meio do caminho tinha uma pedra

    Nunca me esquecerei desse acontecimento
    Na vida de minhas retinas tão fatigadas
    Nunca me esquecerei que no meio do caminho
    Tinha uma pedra
    Tinha uma pedra no meio do caminho
    No meio do caminho tinha uma pedra."


    Alexander lembrava um poema que lera a muito tempo atrás quando era uma criança, uma influência que tivera da saudosa mãe. Ele olha novamente para o relógio

    "Não pode ser! Como diabos eu vim parar aqui. E onde é aqui?" - pensava.

    Alexander estava sujo, com as roupas em frangalhos, o corpo doía um pouco, passou a mão na cabeça com medo do que iria encontrar, mas não sentiu nenhuma dor no local.

    "Talvez nesse bar, que engraçado, deve ser algum ponto de encontro destes jogadores de LoL." - sorriu com a piada que fez sobre a situação que se encontrava.

    Ele segue a passos lentos tentando chamar alguém para ajudá-lo, sem sucesso. Parou por alguns instantes na frente do bar ainda exitante. Voltou o olhar na direção da pedra, e que pedra. Desistiu do bar e foi até a pedra, não havia uma lógica daquilo estar ali. Ele segue nesta nova direção e se aproxima da pedra e lentamente estica seu braço para tocá-la, mas prestando a atenção nas sensações.

    "Não importa a fúria do dragão ou o poder de artilharia para vencer, e sim o caminhar pelas ondas..." - lembrou das palavras do avô e assim como as águas desviam das rochas, ele chegou a palma de sua mão como se fosse levado pela correnteza de um rio tranquilo, serpenteando as rochas e os obstáculos, quase como se estivesse em transe. Até que enfim ele toca suavemente na superfície da pedra.



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    Mensagem por Bastet Ter maio 16, 2017 4:49 pm



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    Narração -  Alex  (Faber)

       

    Apesar da dor que ele sentia , nenhum lugar parecia doer de fato e não havia sangue ou hematomas pelo corpo. Devido à música alta, ninguém ouve o pedido de socorro do homem e, os pouco que ouvem, o observam negando com a cabeça, pensando que era apenas mais um bêbado que não conseguia mais se manter de pé. Na verdade, era até plausível essa hipótese... O homem não se lembrava de nada, estava sem um tostão no bolso e, ainda por cima, fora roubado. Será que havia bebido até cair e apagado naquele beco?

    [...]

    Enquanto ele andava para fora do beco e observava a pedra esquisita, no meio da calçada,  a sensação de estar algo errado não o abandonava. E certamente essa sensação vinha do relógio. Aparentemente, ele não tinha nada de diferente, tirando a data esquisita, mas o barulho dele não combinava. O avô havia lhe ensinado que, além das engrenagens, um bom relojoeiro tinha de ouvir a voz do relógio que produzia.

    [...]

    Quando decidiu, por fim, ir até a pedra, ouviu um grito do outro lado da rua e alguém chamando seu nome. Era uma vizinha fofoqueira, Mary Anne, que passeava com um dos namorados, que tinha idade para ser um dos filhos dela, e parecia completamente espantada ao ver o homem.

    -Alexander! Alexander! Meu deus! Você está vivo! – Ela gritava, tentando atravessar a rua, mas sendo impedida pelo trânsito. Quando o sinal fechou, ela saiu correndo, deixando o namorado meio perplexo no outro passeio. Ele, por fim, veio atrás dela, olhando o homem, desconfiado.

    -Mary, quem é esse homem?
    -É o marido da Luiza, amor!
    -Aquela que o marido sumiu?
    -É! Mas ele tá aqui! Não é, Alexander? O que aconteceu? Onde tão suas coisas? Sua roupa tá toda rasgada... Te sequestraram?Ai meu deus, preciso ligar pra Lu – A mulher mexia feito louca na bolsa, jogando tudo para fora, enquanto o namorado tentava pegar.

    Por fim, a pedra no caminho de Alexander era bem pior do que pensara.  


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    Mensagem por Kether Qua maio 17, 2017 8:34 pm



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    Narração -  Alex  (Faber)

       

    Quando estava quase conseguindo tocar na pedra, perdido em seus devaneios, Alex ouve uma voz conhecida chamando seu nome. Era Mary Anne, a fofoqueira Mary Anne, e vinha com o seu novo menino.

    - Por Deus! Mary Anne! Oh! Graças! Por favor me ajude! - ele sorri para a mulher, apesar de sua fama, que era realmente alguém que poderia ajudá-lo, se não para entender o que aconteceu, para saber se a data estava correta.

    - Desculpe-me ser invasivo e atrapalhar o encontro de vocês. Mas vocês poderiam me ajudar a chegar em casa? Eu acredito que minha esposa ficará feliz em me ver o mais breve possível! E não consigo me lembrar... quanto... quanto tempo estou desaparecido? Que dia é hoje?


    Alex sentia um misto de felicidade e medo. Estava feliz por encontrar alguém conhecido, ao mesmo tempo tinha medo do que acontecera com sua família, se sua amada Luzia estaria bem, se ela ficaria feliz em encontrá-lo. Esse nervosismo fez com que Alex se lembrasse da primeira vez que ele se sentira assim com Luzia.

    "Era mais um dia como todos os outros, mas no final seria diferente. Alex tinha saído de casa cedo para o trabalho e como todos os dias ele e Luzia almoçaram juntos naquele restaurante a quilo que ficava a algumas quadras do trabalho. Ele conseguiu esconder dela seus planos, e claro teve a ajuda dos amigos.

    Naquele dia ele saiu mais cedo com a desculpa de ir ao médico, tudo acertado com a irmã que se formara em medicina com especialização em ortopedia. Alex disse que sentia fortes dores por conta de uma tendinite e tinha que ir até o médico. Mas ele já tinha pego o atestado alguns dias antes.

    Ele saiu correndo e foi até um ourives, levou consigo o recibo de pagamento para a retirada do anel que ele havia encomendado e também o par de alianças que ele já tinha reparado que Luzia olhava quando eles passeavam por shoppings.

    Eles haviam marcado um jantar no apartamento que ele alugava.

    No horário marcado Luzia chegou linda como sempre. Eles jantaram, e no final ele a convidou para assistirem um filme, e para ela colocar o Blue Ray para assistirem enquanto ele tirava a mesa e arrumava a louça.

    Luzia colocou o filme e da cozinha Alex pode ouvir os soluços de Luzia emocionada ao começar a ver o tal "filme". O filme era o pedido de casamento dele para ela e dizia onde o anel de noivado estaria, e que se ela aceitasse era para o encontrar na cozinha com o anel no dedo.

    E assim ela foi encontrá-lo com o anel no dedo.


    - Seu louco!

    - E?

    - Sim! É claro que sim! - ela respondeu mostrando o anel no dedo.

    Alex tirou do bolso da bermuda que usava uma caixa, e sim ele se ajoelhou abrindo a caixinha revelando as alianças.


    - Casa comigo?

    - Sim!

    Ele coloca a aliança no dedo de Luzia e ela no dele. Eles se abraçaram, se beijaram..."



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    Mensagem por Bastet Ter maio 23, 2017 6:16 pm



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    Narração -  Alex  (Faber)

       

    Mary Anne parecia um tanto desnorteada no que fazia. Remexia na bolsa, por fim se abaixando e virando tudo no chão, procurando o celular... Nem mesmo parecia ouvir o que Alexander dizia.  O atual namorado acabou deixando pra lá, olhando para o homem enquanto isso, parecendo mesmo desconfiado. A carranca dele ficou ainda maior quando Alex começou a fazer aquelas afirmações “sem sentido”... Como ele não podia se lembrar?

    -Você está ferido, amigo? – o menino disse, talvez concluindo que ele havia batido a cabeça, pela falta de memória. – Meu carro está aqui perto, podemos te levar em casa, mas acredito que tenhamos de passar na delegacia primeiro. Eles tão te procurando já faz um mês, melhor te levar pra falar sobre quem fez isso – dizia, puxando Mary com delicadeza – Amor, seu celular está no bolso – comentou, reparando quando ela se abaixara.

    -Ah! É mesmo! – A mulher disse, dando um sorriso sem graça e pegando o celular. O menino se abaixou, pra juntar as coisas dela.

    -Avisa a sua amiga pra nos encontrar na delegacia. Com uma peça de roupa... – ele sugeriu

    -Que delegacia! A Lu não vê ele faz tempo! Vamoela puxou Alexander pelo braço, andando rápido em direção ao carro. Esquecera até de telefonar para Luzia. O namorado foi atrás, não parecendo muito satisfeito.  

    O caminho até em casa demorou mais do que ele se lembrava, talvez pelo tempo longe... E a cidade parecia tão triste que apertou o peito de Alexander olhar as estruturas tão sem vida. Aos olhos dele, tudo estava igual, mas, no fundo, sabia que já havia visto aquilo com outros olhos. Mas o que isso significa?

    [...]

    Ao chegar em casa, Mary pediu para ele esperar do lado de fora, enquanto ela ia contar para a amiga. Da janela, ele podia ver a mulher, tão linda quanto se lembrava, mas parecendo mais velha, devido às olheiras e o desleixo quanto às roupas e beleza. A preocupação era evidente. Enquanto Mary contava, ele via um misto de alegria e raiva tomar o rosto da esposa. Ela falou algo com as crianças, que brincavam no tapete e eles subiram as escadas. Logo Luzia se aproximava da porta, hesitando em abrir... Mas o fazendo, em silêncio, com lágrimas nos olhos.



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    Mensagem por Kether Qui maio 25, 2017 11:10 am

    Durante todo o percurso ele olhava pela janela do carro, ele olhava a cidade que parecia morta, sem o glamour e as cores vívidas que ele achava que tivera um dia, "talvez quando criança ", pensou.

    O carro percorria o caminho numa velocidade abaixo do limite, talvez pelo motorista estar chateado com Alex, ou talvez por ele estar se ocupando com a namorada. Mas isso não importava, tudo o que Alex queria era chegar em casa, para sua família amada.

    Antes que ele pudesse entrar, Mary Anne foi mais rápida e, ele não entendeu o porquê de ter de preparar terreno afinal era sua família, sua esposa.

    Neste momento olhando pela janela enquanto os olhos de Luzia passaram da alegria para raiva, ele temeu pelo pior. Será que tinham brigado? O que aconteceu antes dele sumir? Tudo o que se lembrava era sair do banco onde deixara o relógio que está agora com ele. Depois tudo era escuridão, como se ele estivesse passado todo esse tempo dormindo.

    O coração dispara, aquela sensação de algo apertando a garganta. O medo aumenta e com isso a ansiedade. Ele escuta os mecanismos da porta trabalhando para abrir a porta enquanto tudo o auê ele mais desejasse era que aquela porta se abrisse logo.

    Então, ele a vê, tão linda quanto sempre. Ela deixa as lágrimas caírem ao revê-lo. Isso aperta o coração, com um nó na garganta ele engole seco, a emoção não permite que ele fale nada. As lágrimas explodem em seu rosto como uma represa se rompendo.
    Ele se aproxima para a abraça-la, não sabe qual será a reação dela, mas mesmo assim ele a abraça.

    - Me desculpe... Lu... Me desculpe.... Eu... Eu te amo!!! - diz gagejando entre lágrimas, enquanto a abraça forte. - Só queria chegar até você, só queria voltar até você e as crianças... 

    Alex chorava como uma criança que enfim chegara aos braços dos entes amados após um momento de dificuldade ou perigo. Ele não sentia vergonha de Mary Anne e seu namorado, do que ela espalharia nas conversas com as outras mulheres nos chás de tarde.

    Ele estava em casa, e agora podia deixar as emoções livres. Então ele abraçava a amada e deixava as lágrimas rolarem pelo rosto.
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    Mensagem por Bastet Qua maio 31, 2017 5:36 pm



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    Narração -  Alex  (Faber)

       

    Para Alex, aqueles segundos entre Luzia abrir a porta e ele podê-la abraçar pareceram uma eternidade.  Apesar de, para ele, só ter passado algumas horas desde que saíra de casa, era como se sua alma sentisse uma saudade tão grande que ele não conseguia explicar. Essa saudade explodiu em forma de lágrimas, nos olhos dele, o fazendo soluçar, após algumas palavras de afeto, no ombro da esposa.

    Ela parecia emocionada também, mas não correspondia o abraço com tanta saudade. Era evidente a sua preocupação e felicidade em ver que o marido estava bem, mas Alex repararia que tê-lo ali causava sentimentos dúbios na mulher. Além de toda felicidade, ela estava sentindo raiva e rancor, o que a impedira de o abraçar com força e ternura. Após alguns segundos de abraço, ela o fez se afastar, impedindo qualquer tentativa, da parte dele, de se aproximar novamente.

    Luzia limpou os olhos, fungando baixinho e o olhando nos olhos – Como você pôde fazer isso, Alex? E ainda voltar aqui... Colocando as crianças em perigo – quase rosnou, em uma tristeza enorme de ver aquilo que o marido andava fazendo. Ela negou – Eu sinto muito... Mas Mary está ligando pra polícia.

    Disse e indicou para ele entrar.

    -Não faça besteira novamente. –  o olhou, com a esperança de ele entrar sem fazer nenhum ato inconsequente. Ele não fazia ideia do que a mulher estava falando, mas percebia que ela estava falando muito sério. As crianças observavam das grades da escada, meio que “escondidas”, pela ordem da mãe de saírem dali.

    Ao perceber que Alexander olhava para os filhos, Luzia ficou na frente da escada – Não ouse, Alex...


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    Mensagem por Kether Qua maio 31, 2017 7:04 pm

    Ele olhou diretamente para as crianças ainda sem entender o que acontecia direito. A apenas algumas horas em sua cabeça ele estava com a família, feliz e tudo prosperava. Agora ele havia perdido todo um mês de sua vida.

    - Luzia... o que está acontecendo? Por que está falando assim comigo? - então ele se vira para a mulher que havia o encontrado e trazido para casa e diz - Não ligue para a polícia por favor. Ainda não. Eu preciso entender tudo o que está acontecendo.

    Ele põe a mão no bolso e aperta o relógio como que desejando voltar no tempo, ou que ele pudesse lhe mostrar o que acontecera.

    - Luzia, a última coisa que me recordo foi sair do banco onde deixei o relógio de meu avô. E depois acordar desta forma. - ele abre os braços mostrando as roupas sujas e o estado que estava. - Assim que abri os olhos eu me lembrei de você e dos nossos filhos. Não me negue vê-los, e saber o que aconteceu.

    Ele olha para as crianças e sorri para elas e faz um gesto para elas que costumavam fazer quando brincavam de cavaleiros e ele era o dragão. Depois ele olha em volta procurando por fotos, jornais, revistas ou alguma coisa que pudesse demonstrar a frieza da esposa com ele.
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    [Narração]  Alexander  (Faber) Empty Re: [Narração] Alexander (Faber)

    Mensagem por Bastet Dom Jun 04, 2017 6:19 am



    C h r y s a l i s
    Narração -  Alex  (Faber)

       

    A mulher parecia a cada momento mais incrédula. Estalou os lábios. – Crianças, pro quarto – disse e olhou para a amiga – Mary, ligue. Você vem comigo – disse ao marido, indo para a cozinha, longe dos olhos fofoqueiros da vizinha.  Fechou a porta, bastante brava.

    -Já não basta você ter desviado todo o dinheiro da nossa família e sumido com ele, agora vem dizer não se lembra? Me poupe! – foi servir um pouco de água pra si, estava tremendo de nervoso – O que foi, agora? Acabou o dinheiro e tá vindo com essa de amnésia? Para, Alexander! – estava cuspindo marimbondos, cheia de raiva. A princípio haviam sim pensado que o homem tinha sido sequestrado ou algo assim, mas pouco tempo depois a polícia havia visto uma movimentação nas contas e possíveis dados de viagens aéreas com identidade falsa. – Eles têm relatório de tudo! Como você pôde? Até a poupança das crianças! Mas esse maldito relógio você manteve! Inferno! – tomou da mão dele, jogando no chão, com raiva. Pedaços do mecanismo do relógio voaram para todo lado.

    [...]

    Enquanto ele tentava se explicar, Mary de fato ligou para a polícia. Não demorou até a viatura chegar e dois policiais entrarem na propriedade.

    - Este é seu marido foragido, Luzia? – perguntou o policial que vinha pela entrada da sala. O parceiro dele estava do lado de fora, estrategicamente posicionado para caso o homem tentasse fugir pelos fundos.

    Detetive R. Martinez:

    -Sim, Richard. – Ela respondeu. Ambos se tratavam pelo primeiro nome, como se já se conhecessem. O policial não parecia de campo, talvez fosse de fato detetive. – Alexander, por favor, vá com o detetive Martinez. – pediu e suspirou. O homem não teve muita escolha, o detetive afastando o casaco e mostrando “discretamente” que estava armado.

    -Vamos, senhor. Não há necessidade das crianças verem você com algemas, não é mesmo? – indicou para o homem ir na frente.


    __________________________________

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    [Narração]  Alexander  (Faber) Empty Re: [Narração] Alexander (Faber)

    Mensagem por Kether Seg Jun 05, 2017 1:01 pm

    Alexander, olhou incrédulo enquanto ouvia a esposa falar. Durante todo aquele mês que ele perdera de sua memória ele havia tomado atitudes que não condiziam com quem ele era. Ao olhar para o policial que ali estava, Alexander viu em seus olhos a satisfação em prendê-lo.

    Quando retornou a olhar para a esposa, ela tomou-lhe a última lembrança feliz que tinha, o relógio que seu avô havia criado para ele. Ao vê-lo se estilhaçar em várias peças ele sentiu seu coração quebrar. Aquilo era um pesadelo, só podia ser.

    A mulher a quem ele devotara sua vida, seus dias e seus sentimentos, destruía a última lembrança de seu avô, dos dias de infância e dos contos fantásticos que seus avós lhe contava. Alex deixou os ombros caírem, já não tinha forças nem vontade de viver uma melancolia extrema tomou conta de seu coração.

    Tudo a sua volta se tornava triste, ele acreditou ver ainda enquanto o relógio era destruído algo como uma fumaça brilhante se esvair no ar e então a melancolia viera, não conseguia nem ao menos chorar, sentia seu corpo perder as forças os braços e as pernas pesavam toneladas, não sentia dor, não sentia tristeza, ele não sentia mais nada...

    "Realmente Richard, suas palavras foram proféticas." - Pensou quando retornou a olhar para o policial que lhe mostrava a arma. "Babaca."

    Sem forças e sem vontade de viver, afinal tudo o que lhe era valioso e pelo que sempre vivera lhe fora tirado.

    Ele então segue não na direção que o policial, primo de sua esposa que sempre o odiara, indicara mas sim na direção da pia. Pegou um copo no armário que ficava sobre a bancada se serviu de um copo de água. Depois encheu mais um e ficou contemplando a água, molhou a mão e passou no rosto e nos cabelos na esperança que despertasse daquele pesadelo.

    Olhou para o cepo, retirou rapidamente uma das facas e fez um corte em seu pulso esquerdo.
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