Prólogo: Pesadelos

- Quem deve se explicar aqui é você - Diz enquanto olhava o tal dente podre.

- O verdadeiro capitão chegou para a felicidade de todos, CAPITÃO BARBAROSSA - Diz aumentando o tom de voz para que todos ouvissem seu nome.

O nome de Barbarossa não foi tão festejado e aplaudido como ele almejara ou sonhara. O único a gritar apoio foi Rato, mas ao perceber que ninguém mais da embarcação gritara, ele se calou rapidamente e deu um jeito de sair de fininho dali. Barbarossa viu Hendrik logo atrás do Dente-de-Podre, e ele pôde jurar que viu seu antigo imediato piscar um olho em sua direção. Uma forma discreta de manifestar seu apoio à Barbarossa.

Dente-de-Podre cuspiu de novo no chão do deque - desta vez saindo uma saliva meio esverdeada - e sacou seu cutelo, uma espada encurvada típica dos piratas mais temíveis dos Sete Mares.
- Ninguém chega aqui e debocha da minha cara, seu excremento de baleia. Vou lhe dar uma lição antes de usar a prancha, HA HA.

INICIATIVA:

- A HA HA HA HA - Diz enquanto sacava sua fiel amiga e olhava ao redor para ver quem ia ver mais uma de suas investidas.

Com as espada em punho, investe com fúria contra o dente podre com toda força possível, o primeiro golpe poderia abala-lo fisicamente e psicologicamente.

Spoiler:

A esta altura os tripulantes do navio já tinham feito uma roda em torno do capitão e de seu desafiante. Barbarossa foi mais rápido e partiu primeiro pro ataque, mas Dente-de-Podre mostrou bom reflexo apesar de seu tamanho e aparou o golpe com a lâmina de sua arma. O capitão do navio contra-atacou, e desta vez foi a vez de Barbarossa aparar o golpe. O som ambiente foi preenchido com o choque de espadas.

Próximo Turno:

- APROVEITE SEUS ÚLTIMOS SEGUNDOS DE VIDA A HAHAHAHA AAA - Diz enquanto aparava um golpe e revidava na mesma moeda, rindo de felicidade, havia muito tempo que Barbarossa não sentia o prazer de uma batalha em alto mar.

Ataque:

- Qual é a graça seu osso encardido - grita Dente-de-Podre em resposta ao Barbarossa.

O cheiro do mar entrava nas narinas de Barbarossa e parecia contagiá-lo. Lutar novamente a bordo de um navio era uma das melhores sensações que um pirata podia ter. O velho lobo do mar atacou Dente-de-Podre, que desta vez não conseguiu se defender. A lâmina cortou acima de seu peitoral, abrindo uma fina linha vermelha e manchando suas roupas. A tripulação reagiu com surpresa ao ver seu capitão levar o primeiro ferimento da batalha. Normalmente quem vencia estes duelos era quem conseguia acertar primeiro o seu oponente, e Barbarossa estava em vantagem a partir de agora. Dente-de-Podre urrou de raiva e tentou mais um ataque, mas apenas para ver sua arma errar o alvo.

Jogadas pelos próximos 2 turnos:

A alegria no rosto do Velho lobo era visível, o barulho da espada cortando o ar fazia com que Barbarossa sorrisse ainda mais. Algo dizia que Barbarossa voltaria a lutar em um navio em alto mar, a brisa do mar dava mais força para o capitão, e cada golpe era mais forte, cada defesa o tornava mais forte, o Capitão era invencível no mar....

Ataques:

A lâmina da espada de Barbarossa desta vez foi de encontro à perna esquerda de Dente-de-Podre, abrindo-lhe um corte razoavél acima de seu joelho. O capitão tremeu nas bases, quase caindo devido a dor do ferimento. Mesmo assim ele tentou um último golpe, uma última esperança de sair vencedor, mas Barbarossa esquivou-se com grande facilidade. Os movimentos de Dente-de-Podre já estavam lentos, e coube ao Barbarossa finalizar o combate perfurando o coração negro do pirata com a ponta de sua espada. Dente-de-Podre abriu a boca num sorriso feio em seu esgar de morte, e sangue escorreu por sua boca.

Hendrik aproximou-se de Barbarossa e ergueu o seu braço direito.
- Temos um vencedor! Viva o Capitão Barbarossa!

Surpreendentmente até, a tripulação do navio comemorou a vitória do velho lobo do mar.

Sem se quer ser ferido, Barbarossa para, olha em 360º encarando no rosto de todos tentando analisar a expressão de todos, pra ver se algum tripulante não tinha gostado da vitória do Capitão, a hora era agora.

-Alguém se opõe ao Capitão Barbarossa que fale agora! - Grita enquanto subia num ponto alto do navio para ser visto e ouvido por todos.

Barbarossa sabia que um capitão precavido era mais importante do que cinco Capitães patetas, sabia da necessidade de saber todas as informações do navio.

Ele olha pra rato e o chama pelo olhar.

- Onde está o quarto do capitão meu jovem? Precisamos ter uma conversa - Diz esperando.

A tripulação aquietou-se diante da pergunta do novo capitão do navio. Ninguém levantou nenhuma objeção. Dente-de-Podre havia tomado a capitania à força, e Barbarossa fez do mesmo modo. A diferença é que era visível no rosto do velho lobo do mar que ele tinha muito mais experiência em navegação do que o antigo capitão. Barbarossa sabia que havia conseguido a confiança da tripulação. Talvez um ou dois tivesse algo para dizer contra e não disseram por medo de alguma represália. De qualquer forma, era muito pouco para fazer Barbarossa perder os cabelos de preocupação.

Rato guiou o novo capitão até o seu quarto. Hendrik foi logo atrás deles. A cabine era grande, maior do que a do Indomável. Rato empurrou uma cadeira para Barbarossa se sentar nela, enquanto Hendrik pegou uma maçã de uma fruteira, se sentou na borda da cama e deu uma mordiscada arrancando praticamente a metade da maçã de uma vez só. Os três tiveram uma longa conversa na cabine, e Barbarossa foi colocado a par de tudo. O navio se chamava a Senhora da Maré Profunda, disseram os marujos. Mesmo se por ventura alguém não gostasse do nome, era sabido por todos os piratas do Mar Interior que dava azar trocar o nome de um navio. Após a conversa, Barbarossa foi deixado a sós em seu quarto, onde depois de muito tempo pôde dormir numa cama macia e quente, sem nenhuma preocupação em mente. Pelo menos, por enquanto, pois no amanhecer do dia seguinte ele passaria a planejar seus próximos passos para retomar sua glória.