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    3º passo - Alianças

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    Mensagem por Persephone Seg Jun 19, 2017 11:35 pm

    Aquele tempo realmente foi necessário. Verdade que talvez ele tivesse aproveitado melhor, se tivesse ido para algum mirante ou mesmo praia para respirar o ar puro e colocar tudo para fora. Contudo, o primeiro refúgio que veio à mente foi aquele que mais lhe trouxe paz: até porque, podia pensar na própria solidão enquanto tomava um dos cafés favoritos.

    De todo modo, não era muito bom para a garçonete ver que o rapaz de boné e óculos escuros que vez ou outra demonstrava o proprio aborrecimento batendo na mesa, ficasse ali por tempo demais ocupando o espaço de outro cliente. Shin não quis ser altruísta naquele momento, não queria pensar nos outros. Não agora. Estava com informações e ameaças demais para lidar e por muito pouco não explodiu. Só de pensar na raiva que teve que conter para não virar a mesa do café, ele sentia o braço formigar.

    Outro fato, era que tinha saído de casa às pressas e não levara consigo seu frasco de remédio. Acabou que ficar sentado ali era uma vantagem para economizar energias e não sentir dores insuportáveis até chegar em casa.

    Estava prestes a erguer o braço para pedir sua conta quando ouviu a voz da garçonete logo acima dele. Quando ela tinha parado ali, não sabia dizer, mas virou-se um pouco para encará-la. O olhar dela estava direcionado para os classificados. Bom, ele tinha a intenção de procurar com mais afinco, mas a própria mente começou a pregar peças nele, de modo que desfocou. No fim, ele viu que as vagas seriam um desafio à parte, pois todos exigiam experiências e Shin não tinha nada além de um rosto bonito, sorriso cativante e voz encantadora. E apesar da proposta em Gangnam ser interessante, principalmente por envolver o aborrecimento de seu pai, ele ainda tinha orgulho. Talvez se fosse desinibido como Quan Lei, topasse, mas não se imaginava num lugar como aquele que o classificado sugeria.

    - Ahm... - Antes que conseguisse responder, a jovem começou a lançar várias informações para ele.

    Parece que aquele dia não seria tão ruim, no fim das contas. Parando para pensar, uma vaga tinha caído em seu colo. O que faria com ela, bom, ele podia pensar depois, mas algo dentro de si dizia que precisava agarrar aquela oportunidade. As palavras de seu pai o tinham atingido de um jeito único e, parando para pensar, ele realmente nunca tinha trabalhado antes. Não por vergonha, nem nada, mas porque a mãe sempre o cobriu com tudo.

    Fosse por uma vontade interna ou necessidade de dar uma resposta, Shin encarou a garçonete e sorriu. Aquele sorriso desconsertante, que quebrava as pernas até mesmo das mulheres mais duronas. O sorriso que faria com que ela esquecesse que ele estava sentado ali há horas, consumindo pouco.

    - Você faria isso por mim? - Começou a abaixar os óculos, finalmente revelando seu rosto e a encarando. Não dava para saber se ela tinha visto o programa ou não e nem tinha tirado pra fazer carão de artista. Tirou a peça porque queria encará-la diretamente, de modo humilde. Mas a covinha que surgia enquanto ele sorria chamava mais atenção e seu rosto não era facilmente esquecido. - Eu agradeceria profundamente se você pudesse chamar o gerente. Realmente estou precisando de uma oportunidade...É tudo o que eu peço.

    Abaixou a cabeça e, caso ela o deixasse para chamar o gerente, ele pegaria o celular para ler algumas mensagens e ver há quanto tempo estava sumido.

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    Mensagem por shamps Ter Jun 20, 2017 12:48 am

    A senhora Bora tentou tranquilizar a garota e conseguiu com facilidade. Sorrir ao lembrar de Dam foi fácil, ajudou na naturalidade da foto.

    - Obrigada senhora Bora... fico feliz que tenha  gostado do Dam oppa.

    As duas garotas estavam apaixonadas e cheias de dúvidas sobre os garotos. Como pessoas normais lidavam com aquilo?

    - Ah Yuki... o que ser japonesa tem a ver? Você é fofa, tenho certeza que o Minsoo acha isso também. Se for assim o Dam oppa também jamais olhará para mim. Não sou nem 100% coreana e... sou esquisita ainda por cima... o que faremos??? – ficou realmente preocupada.

    Eun-Ji sorria animada enquanto ouvia a senhora Shimada falar com orgulho da filha. Era tão bonito ver aquela demonstração de carinho, era como se o que ela lia nos livros pudesse ser palpável. Será que um dia veria aquele tipo de coisa em sua casa?
    Shimada logo volta-se para a ruiva, que a ouve com atenção. Ela fica admirada ao saber que Yuki também não tinha pai. Era órfã como ela. Incrível como elas tinham tanto em comum. A mãe dela contou sua história e Eun-Ji ficava um pouco mais confiante.

    - Obrigada senhora. Vou começar a treinar mais então. Tenho certeza que meu avô vai me elogiar um dia e amar meu kimchi. Yuki
    – disse voltando-se para a amiga – sua mãe é fantástica! – quando a senhora pediu a ajuda das meninas, a ruiva quase explodiu de felicidade – sim... claro senhora. Será um prazer – não conseguia se conter em sua alegria – eu vou mesmo poder ajudar a sua mãe?

    Logo a mãe de Yuki sai, seu pai e irmão chegam. Por instinto, a ruiva se levanta e se curva, mantendo o olhar e a cabeça abaixados. O irmão se apresentou e ela ficou um pouco receosa de como devia agir. Nunca viu um irmão de perto, mas o respondeu formalmente.

    - M... muito prazer... sou Wong Eun-Ji... – quando ele sorriu para elas, a ruiva ficou um pouco mais tranquila – é uma honra para mim ser amiga da Yuki. Gosto muito dela... claro, eu contarei... – e olhou para amiga querendo saber se respondeu de forma correta.

    Depois foi a vez do pai e a sensação de receio voltou e novamente uma demonstração de respeito com a jovem visitante.

    - Não precisa agradecer, senhor. A Yuki é minha melhor amiga e farei o possível para cuidar dela – ele não brigou nem bateu e Eun-Ji pensou novamente se as famílias normais eram assim. Seu avô nunca a tratou daquele jeito e a senhora Bora, a pessoa que mais dava carinho a jovem nunca teve uma palavra de agradecimento de sua família. A própria garota era a única que agradecia sua professora e demonstrava o quanto ficava feliz com seus cuidados. Ela e a senhora Shimada eram verdadeiros amores. Seria Eun-Ji um peso?
    Mesmo assim ficou comovida com o gesto dos dois ao agradecerem por ela cuidar de Yuki.

    - Nossa, unnie... eles são tão gentis. Achei que fossem brigar comigo, mas os dois me agradeceram! N... nunca passei por isso antes... nem sei como agir...

    Ela ficou um pouco sem palavras quando o irmão sentou perto delas, mas longe de Eun-Ji, logo ela achou que ele não gostou dela, ainda mais quando ele fez uma cara zangada. Logo ele começa a brincar com irmã, que dá risada, deixando a ruiva confusa. Ele fala sobre suas entrevistas e naturalmente a ruiva fala:

    - Vou pedir a Deus por você... ah, me desculpe – e baixa a cabeça pela intromissão na conversa alheia.

    Eun-Ji acompanhou com os olhos, em silencio, a movimentação da família de Yuki, só absorvendo as informações: o pai sentando e vendo TV, o irmão indo para o banho após conversar com a irmã, a senhora Shimada cuidando do marido. Tudo tão diferente do que vivia em casa. Ela não pode evitar de sorrir, ao menos sua amiga era feliz em casa.
    Também desejou boa sorte para Taegyu quando ele partiu.

    - Confie no Senhor! Ele está contigo – disse com bastante fé erguendo o punho cerrado.

    Quando a mãe da japonesa foi para sala, Eun-Ji ficou curiosa com a TV, mas não quis se aproximar para não atrapalhar. Lembrou-se do programa.

    - Yuki, o programa sobre a dança já passou na TV? Como foi?

    Depois fica pensando na pergunta da amiga.

    - Perguntas boas? Certo... ah, essa da escola e dos irmão parece boa... será que posso perguntar o que ele pretende cursar na faculdade? Ou quando ele pretende ir para o exercito? Tenho vergonha de perguntar sobre a família dele... não sei... acho que só da comida tá bom, né? – fica bastante pensativa, mordendo os lábios de preocupação.

    Na hora da aula, por já saber cozinhar, Eun-Ji já ia se adiantando, sempre pedindo permissão à dona da casa antes. Prestou atenção a cada detalhe que a sensei passava. Sabia que poderia melhor sua culinária.

    - Que dicas valiosas, senhora. Vou aplicar todas lá em casa. Eu que cozinho para minha família, por isso sei fazer bastantes coisas – ela não estava se gabando, apenas retratando a realidade de seu lar, que ela nem imaginava que fazia muito mais do que qualquer garota normal de sua idade – e também sei cuidar da casa. Se eu não cuidar bem das coisas, nossa... me sinto muito culpada. Não gosto de ver minha família triste – ela nunca achou que era explorada em casa, acha normal fazer tudo aquilo em casa, quase como uma doméstica.  

    A mesa estava uma gracinha, com todos sentados para a refeição. A garota só teve lembrança de algo assim com o almoço na casa de Tae, onde a mesa também estava cheia. Foi tão bonito ver a família reunida, a preocupação da mãe com o filho e tudo o mais. Em sua casa, mal esperavam por ela, quase sempre Eun-Ji preparava a refeição, servia a mesa e depois limpava tudo, se alimentando por último. Se comessem sem ela, a garota apenas pegava o alimento das panelas e potes, esquentava e comia, limpando tudo depois. Dessa vez sentiu-se triste, ficando com os olhos marejados, secou as lágrimas e fez um pedido à família.

    - Posso fazer um agradecimento? – tendo a permissão deles ela prossegue erguendo as mãos e fechando os olhos – obrigada Senhor por esse alimento. Que o Senhor derrame suas bênçãos sobre essa linda família e que seus sonhos se realizem. Peço também pelo emprego de Taegyu shi... Amém! – ela então sorri e começa a comer. Ficou admirada ao vê-los felizes e agradecendo a ela e a Yuki pela refeição, novamente bem diferente da casa dela – obrigada senhor e senhora. Ficamos felizes em ajudar – e sorriu para a amiga – sim, unni, a sua mãe foi maravilhosa, aprendi muito com ela – e sorriu em agradecimento para Shimada – unni, também posso te ensinar bibimbap... se quiser, claro... quero ajudar também!

    A jovem já ia se preparando para ajudar Shimada quando o celular toca e Bora avisa que irá busca-la em breve.

    - Tudo bem, professora... vou me aprontar aqui... Yuki, a senhora Bora virá me buscar em uma hora. Já tenho que estar pronta. Ah... uma mensagem... – ela olha e se alegra ao ver que era de Dam, não escondendo um sorriso. Yuki vê a mensagem e pergunta o que era aquilo – um agradecimento... do Dam oppa – falou com simplicidade – é que a senhora Bora disse que eu devia mandar uma foto para ele, porque eu tirei uma foto dele ontem... olha – e mostra a foto dele para ela – ela disse que não tem problema eu fazer isso, porque ele é um bom rapaz. Ela gostou muito dele. Olha, mandei essa foto – e mostrou a foto para amiga, bastante envergonhada – ele agradeceu, mas será que gostou?

    Depois que Eun-Ji feliz volta a ser Eun-Ji normal, ela recebe outra mensagem de Dam e fica pensativa.

    - Por que ele demorou em mandar a continuação da resposta? Será que aconteceu algo? Ah Yuki... o que que eu faço? Ele gostou né? Isso é um rostinho feliz, não é? – mostra para a amiga. Antes que Bora chegue, ela responde a ele:

    “Desculpe pelo incômodo. Fico feliz que tenha gostado. Não achou impróprio? Seu dia foi feliz? Você não vai acreditar, estou na casa da Yuki. Que felicidade!”

    “Espero que esteja tudo bem com você, oppa. Fiquei um pouco preocupada com você! Eu entendi certo, foi um rostinho feliz, né?”

    “Ninguém tem uma foto minha... acho que isso te faz especial também, não é mesmo? Usei sua frase. Acho que é isso, boa noite e até amanhã! Smile


    Ela repete o mesmo emoji. Depois conversa mais um pouco com Yuki e vai para frente da casa espera por Bora, logo após se despedir dos pais da amiga. Ela sabia que a despedida era a certeza de que voltaria para seu lar frio e sem amor. Será que era certo pensar naquelas coisas? Ela chora ao abraçar a amiga na despedida e entrar no carro da professora.
    Ela narra toda sua tarde maravilhosa com a amiga para Bora, muito feliz e animada, apesar de sentir um vazio por saber que não terá um abraço caloroso de sua mãe esperando por ela.

    - Sabe professora, a família da Yuki unni faz as refeições juntos e a mãe dela separa uma porção quando o irmão dela sai. Achei tão bonito isso. Nunca fizeram isso lá em casa... é normal isso? Ah... e o irmão dela fez cócegas nela... o pai apertou as bochechas dela... de maneira gentil, não era um beliscão! E os três me agradeceram por eu cuidar da Yuki unni... porque? Minha eomma nunca te agradeceu por cuidar de mim... nunca vi... é tudo tão diferente... – ela ficou reflexiva por um instante, mas acabou sorrindo para sua professora. Depois falou das mensagens de Dam e de como ficou preocupada com a resposta tardia. E também falou sobre as respostas que mandou para ele – acha que fiz certo?
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    Mensagem por Gakky Ter Jun 20, 2017 9:54 pm

    Yuki estava muito animada com a presença de Eun-ji, quando ela pergunta sobre o programa na TV, Yuki logo responde:

    - Já passou sim o programa. Bom foi legal, eles fizeram um pouco de drama e falaram da confusão que teve da última vez, mas quem apareceu mais foi o Tae.


    Depois elas falam sobre as perguntas que fariam, e Yuki responde:

    - É acho que perguntar do irmão é melhor, acho... Agora sobre faculdade, não sei... Eu não gosto quando perguntam de faculdade para mim, porque lembro que não tenho muitas chances de conseguir uma. Mas é... Não é bom perguntar da família tão diretamente, caso ele não se dê bem com a família, pode ficar chateado... É melhor perguntar algo que possa levar a algum assunto. Pergunta da comida e do que ele gosta de fazer! Ou para onde viajaria, qual o sonho dele!

    Quando Eun-ji fala que cuida da casa e que cozinha, Yuki fica surpresa e elogia:

    - Você é incrível Eun-ji, vai ser uma boa esposa - Pisca depois de falar e ri tapando a boca.

    Na hora do jantar, Yuki respeita o agradecimento de Eun-ji e fica feliz por ela lembrar do seu irmão. A ajuda de sua amiga era muito bem vinda. Quando Eunji fala de ensinar a fazer bibimbap, Yuki fica feliz e responde:

    - Se puder me ensinar, agradeço muito!! Mas pode ser difícil de nos encontramos para isso.

    Então sobre a mensagem de Dam no celular, Yuki olha atenta e muito curiosa.

    - Ual que foto linda!! Claro que ele gostou, até eu gostei. Agora o motivo dele demorar, eu não sei mesmo. Por isso precisamos conhecer eles melhor. Deve ter um jeito. É claro que é um rostinho feliz, ele gostou, não se preocupe.

    Yuki observa a amiga responder. Depois elas conversam mais um pouco e chega a hora da despedida, o que foi um pouco triste. Yuki adorava ter uma amiga. Depois de se despedir, Yuki vai tentar aprender a fazer algum origami para levar para o Minsoo no dia seguinte. Tentará fazer um simples, o famoso tsuru. Era melhor do que nada, pensava. Só queria que ele notasse que ela também se importava.
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    Mensagem por shamps Ter Jun 20, 2017 10:14 pm

    Ouvir a amiga falar sobre o programa foi muito animador, que bom que Yuki pode apreciar.

    - Uau! Que legal... o Tae sunbae apareceu bastante? Deve ter sido tão legal então, afinal é o nosso sunbae...

    A garota ruiva era tão bobinha e falava tanta coisa sem sentido, que não parava de agradecer por ter uma amiga que a controlasse.

    - Ah, você tem toda a razão, unni... não sei o que faria sem você ao meu lado, é tão inteligente... uma pergunta sobre o sonho dele? Nossa... eu perguntaria isso sim – e fica bem animada – mas ainda acho melhor ficar quieta então... fiquei um pouco confusa agora... hahaha me desculpe.

    Sua amiga a elogia e Eun-Ji fica sem graça, sem saber como reagir.

    - Seria? Não sei... se realmente eu cozinhar mal como meu avo fala, eu serei um desastre total... será que minha mãe cozinhava bem? Será que papai gostava da comida dela?

    Depois Eun-Ji fica bem aliviada com a resposta da amiga sobre a foto e o rostinho feliz.
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    Mensagem por Luxi Qua Jun 21, 2017 1:25 pm

    ♪ Shin-Hee ♪

    - Bem... você está há horas aí choramingando e eu não consegui te expulsar. Só consegui pensar nisso -  a garçonete respondeu de forma sincera, mas sua expressão meio nervosinha sumiu quando viu a covinha linda do rosto dele. Isso a fez querer sair logo de lá, por vergonha - Vou chamar, ok?

    No celular, Myeon estava "desesperada" querendo saber se ele tinha visto as notícias que falavam sobre ele ser filho do senador. Ela enviou vários links a respeito, sem saber o quanto isso era um inconveniente no momento.

    "Está tudo bem??????? "
    "Tentei te ligar. Qualquer coisa me avisa"

    A mãe também estava entre as ligações perdidas, mas ela tinha desistido, enviando a ele duas mensagens.
    "Desculpe-me.
    Volte para casa em segurança."

    O gerente apareceu. Era um homem de pele mais escura, com traços mestiços, sobrancelhas e nariz grossos.
    - O que é? - perguntou sem muita cerimônia, mas de repente sua expressão mudou. - Na verdade é uma boa ideia. É uma excelente ideia. - Mediu o rapaz da cabeça aos pés.  -  Veja bem, não quero problema com ninguém, então se for menor de idade... hah. Com esse tamanho até parce. Bom, mas se for, só pago meio período. Não me culpe se for mal na escola. A primeira vez que seus pais vierem aqui me xingar, você está na rua. Não me incomode, sorria para os clientes. A equipe sou eu, a Lee Hyo-sang, que é do turno do dia e vai te treinar, e um garoto novo que vem daqui a pouco. Era pra ele ser meu garçom, mas ele vai trabalhar na cozinha e no estoque, enquanto você atende os clientes. Seu horário.... bem, como eu disse, não quero atrapalhar sua escola para ninguém me incomodar. Você está estudando nas férias? Muito bem, vamos trabalhar. Vou só te mostrar o básico.

    Estranhamente o gerente estava bem disposto a contratá-lo e ceder em horários para ele, porque seu objetivo estava além. Ele perdeu algum tempo mostrando o balcão e explicando como saíam pedidos, mas ele teve que interromper as explicações pois um rapaz muito simples apareceu naquele lugar usando uma camisa social de um branco bem gasto e calças desbotadas.  Mesmo assim, agia de forma bem polida na postura.

    - Ah, o garoto da entrevista. Como é mesmo seu nome? Ah, sim, Tae-gyu-shi. Venha, vamos conversar. Lee Hyo-sang, termine de mostrar para ele.

    Sua treinadora decidiu mostrar a ele o básico sobre a máquina de café. Como era mais velha e já estava na faculdade, Hyo-sang impunha respeito e não se preocupava muito em ser delicada ou feliz em explicar duas vezes. Pouco tempo depois, o rapaz apareceu ali, fazendo reverências e deixando o local.

    - Ah. Foi embora. O cara novo é todo esquisito. Você viu como ele veio para a entrevista? Deve ser tipo um desses que mora no subúrbio. Ainda bem que não vai ser ele o meu parceiro…

    - Na verdade, o rapaz é ótimo e vai ser meu faz-tudo. Está desesperado, o coitado. Acho que sou muito coração mole… propus que ele cobrisse turno que o menino ai não puder - indicou Shin com a cabeça. -  Ele me pediu o dia de hoje para pensar a respeito. Bem, como vai o treinamento?

    - O garoto é espertinho. Acho que serve.

    Concluídas as explicações iniciais, que já continham informações demais para serem memorizadas em um só dia, o rapaz estava dispensado e poderia voltar para a casa. Tinha saído praticamente expulso, e voltava com um emprego.  Sua mãe o recebeu com um abraço bem apertado e, para variar, o pai não estava por perto, o que de certa forma era bom.

    Tommy e Quan Lei planejavam ensaiar na academia do hotel pelos próximos dias, mas agora ele teria que conciliar com o trabalho. Para eles, não era problema, afinal, queriam treinar o dia todo (ou quase).

    Na manhã seguinte, um envelope o aguardava no café da manhã. A senhora Min anunciou que tinha sido deixado por seu pai. Nele havia  um belo cartão do proprietário do hotel cinco estrelas Hwarang Seoul. Antes que ele tivesse mais perguntas, a mãe, que o esperava com paciência enquanto tomava uma xícara de chá, começou a explicar.

    - Seu pai quer que esteja no Hotel Hwarang em quatro dias para um jantar de negócios comigo. Ele quer apresentar sua família a um diplomata que o está ajudando a avaliar uma questão no trabalho. Nossa presença é importante para que transmita uma imagem séria, é o que ele diz. - suspirou, parecia um pouco infeliz. - Eu gostaria que fosse. Me pareceu razoável dadas as últimas circunstâncias… também disse a ele que faríamos isso se você o deixasse em paz por causa do programa.

    ♫♫♫

    ♪ Eun-Ji  e Yuki ♪

    A senhora Bora logo buscou Eunji na casa da amiga. No carro, ela chegou a receber novas mensagens de Dam.

    "Smile"
    "Foi divertido?"

    Se era complicado falar com o rapaz pessoalmente, por mensagem era ainda mais estranho, mas pelo menos ele se esforçava de verdade. Em casa, a mãe dessa vez estava esperando por ela, mas sua expressão foi um misto de raiva com decepção pessoal, pois não seria dessa vez que a menina quebrara a promessa. A mãe inventou que ela deveria ajudar o avô a preparar os unguentos da igreja, simplesmente porque já tinham jantado. Se quisesse, poderia até pegar um, dessa vez sob supervisão, mas depois pôde descansar após um dia tão alegre.

    Enquanto isso para Yuki as coisas melhoraram também. Taegyu não voltou muito tarde e comemorou ter conseguido um emprego em uma cafeteria bonita. A mãe pediu para que a menina agradecesse Eunji pelas orações. Será que colocariam seu plano em prática no dia seguinte?

    Faltam três dias para a próxima etapa, o dia das garotas voltou aos eixos. Sem bullying, sem loucuras familiares. O ensaio desta vez seria após o horário de almoço e tinha sido organizado por Dam, então o local seria diferente... o salão do prédio do rapaz.

    Diferentemente de Tae, que era de longe a pessoa mais rica daquele grupo, Dam podia ser considerado de classe média alta, e morava em um bairro mais residencial. Quando chegaram, de carona com Bora, só precisaram dizer que Dam estava esperando por elas e o porteiro orientou seu caminho até o salão de festas.

    Naquele espaço de tamanho razoável, Dam as esperava sentado em um dos dois sofás. O local tinha mesinhas, em uma das quais estava um aparelho de som. Minsoo também já estava lá e interrompeu a conversa quando elas apareceram. As duas notaram ausência de Tae e Hyerin, a segunda mais obviamente.

    - Boa tarde! - sorriu animado.
    Dam olhou meio de canto, com seu característico ar misterioso, mas deu um sorriso leve.

    Depois que elas se acomodaram no espaço, Dam pareceu um pouco aborrecido com alguma coisa, mas logo descobriram o que era.

    - Vamos começar a ensaiar, então? - Minsoo adiantou-se, ainda gentil. Esperava que elas ficassem desconfortáveis, então explicou. - Não sabemos se o Tae vem. Parece que surgiu um imprevisto. Então vamos ter que nos virar sem professor. Alguém se habilita? - riu um pouco. - Não sabemos nada sobre a etapa, então esse ensaio vai ser meio esquisito, mas não cancelamos porque queríamos ver vocês - falou com absoluta naturalidade, mas Dam continuava aborrecido com a falta.

    ♫♫♫

    ♪ Eu Se ♪


    - Talvez, apenas talvez, eu esteja exagerando um pouquinho para te impressionar - o amigo brincou sobre praticar Taekwondo e deu risada com ela.

    (...)

    Lee Jong deu de ombros, mas soltou um sorrisinho de canto de rosto para ela quando foi repreendido. Precisava impor respeito naqueles moleques, afinal estava longe. Só achava que estava ajudando a protegê-la.

    O assunto mudou para os namoricos de Mi Nam e Minki pareceu achar que era a revelação do ano, mesmo já tendo ouvido falar na tal da namorada.
    - Você é popular desse jeito? - resmungou.
    - Bem, ele não é um ogro como como, Minki, é natural que atraia atenção… -  sorriu Amihan.

    (...)

    “Lee Jong Suk” balançou a cabeça conforme ela falava, registrando as informações na mente.
    - Foi mais ou menos isso que eu concluí sobre eles também. Uma balada? - sorriu, mas ao mesmo tempo estava surpreso. - Vamos lá então.

    O hotel do amigo ficava bem próximo ao próprio e era um dos edifícios que tinham sido usados para abrigar concorrentes do programa em convênio com a S.B. Ele levou um pouquinho mais de tempo para se arrumar, parece empenhado, e também não conversou muito com ela enquanto estavam lá. Quando saiu, o amigo esperava por ela sentado na cama, mas não conseguiu esconder a cara de surpresa e acabou com cara de bobo, pigarreando em seguida.

    - Assim ficou bem melhor…… - demorou mais dois minutos para falar alguma coisa. - Está pronta então? - riu por nenhum motivo, provavelmente sem graça. - É… - levantou e fez um toquinho de mão com ela - Vamos então!

    Os dois partiram para curtir a noite livre, cientes de que, por serem menores de idade, não tinham tantas opções quanto aquele que tinham deixado a escola, mas havia um local que “simulava” uma balada de verdade e era bastante popular entre os novinhos ricos. Um dos motivos era a decoração do local: toda em neon e brilhando no escuro. Havia baldes com pulseirinhas fluorescentes luminosas distribuídas para quem quisesse e uma área para pinturas de rosto. Muitas das pessoas iam ao local vestidas de branco, para escrever recados nas roupas dos outros com canetinhas laváveis.

    referência da baladenha:

    O verdadeiro Go Mi Nam tratou de pegar mais de uma pulseirinha para ela logo se soltou, buscando algo para beberem. Para se manter em pé, a casa fazia drinques não-alcoólicos, mas com misturinhas curiosas com energéticos para que os jovens curtissem a noite. O amigo trouxe um esses drinques coloridos para ela.

    - Brindar ao seu sucesso!

    O amigo não era o melhor dançarino do mundo, mas não gostava de ficar parado e era bem divertido de assisti-lo às vezes brincando de ser o Psy no remix do DJ. Fez questão de querer tirar uma foto com ela, mas a luz não colaborava muito.

    -  Pô, assim não dá. Pera, tive uma ideia muito boa. - pegou um potinho de tinta facial de um dos baldinhos decorativos oferecidos para todos e molhou o dedo ali dentro. - Fica parada. - sorriu largamente, orgulhoso da própria ideia. Em seguida, aproximou a mão e passou o dedo em sua bochecha, formando um coração de tinta neon. Se ela quisesse, ele deixaria que ela o pintasse também.

    Depois disso, tiraram as fotos, mas alguma coisa tinha ficado subitamente estranha no ar. O amigo queria lhe dizer alguma coisa, mas estava hesitante. Ela notou que seus olhos não desgrudavam dos dela, concentrados. Parecia ter alguma conversa consigo mesmo, que ignorou o que quer que ela dissesse por um minuto completo. De repente ele ficou muito mais perto. Em um movimento bem rápido, avançou um passo em sua direção e encostou os lábios nos dela, em um ato impulsivo, quase experimental.

    surpriiise:
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    3º passo - Alianças - Página 3 Empty Re: 3º passo - Alianças

    Mensagem por Persephone Qua Jun 21, 2017 3:43 pm

    O seu futuro é determinado pelo modo que você encara os desafios e os problemas que aparecem na sua vida. Shin podia contar com o elemento sorte, mas a verdade é que ele simplesmente tinha decidido abraçar todas as oportunidades que aparecessem. E foi isso que o motivou a aceitar passar por aquela entrevista improvisada que, basicamente, foi um "sim" com treinos já. Não se incomodou em passar o tempo que fosse necessário para absorver as coisas.

    Não conseguiu dizer muita coisa, porque seus chefes perguntavam e respondiam - era meio engraçado e, por várias vezes, ele parou com os lábios entre abertos apenas para fechá-los de novo. Mas tinha a sensação de que conseguiriam se entender. Além disso, também contou com a presença de um rapaz que se juntaria à equipe em breve. Não julgava pelas aparências, não gostava disso, mas percebia que o rapaz precisava desesperadamente daquele emprego. Era polido, educado, talvez só precisasse mesmo da oportunidade. Shin tinha decidido que faria o máximo para não sobrecarregar o trabalho dele.

    Como não consgeuiu conversar muito com seus chefes no primeiro dia, ele apenas iria para casa, absorvendo aquelas informações e chegando com as novidades em casa. Não encontrou ninguém disponível e também não quis incomodar, por isso seguiu para o quarto e começou a responder o que precisava. Myeon estava preocupadíssima e tinha linkado todos os sites que falavam a respeito do "filho do senador". Apesar de ser algo uma pequena tortura, ele leu todas as criticas com bastante atenção, porque era importante saber onde precisaria contra-atacar.

    Eram cerca de 23h quando a jovem teve uma resposta.

    "Obrigado por ter me deixado à par dessas notícias, mas a bomba já explodiu em minha casa.
    Como prometido, não vou abandonar a competição, mas, aparentemente, terei que abrir mão de alguma coisa. Vamos ver o que o Congressista Yoon pedirá.
    Ele não ficou nem um pouco feliz e me expulsou de casa. Agora moro de favor, graças à astúcia de minha irmã. Pelo menos consegui um emprego de meio período rs..
    Sinto que perdi meu prestígio e estou muito aquem para você, Myeon-shi, entenderei se quiser se afastar. Mas, se quiser um café servido por mim, vá me ver na quinta-feira, depois do programa. Não vá nos próximos dias, porque ainda estou em treinamento.
    Isso, claro, se você ainda achar que vale a pena se preocupar assim comigo. Sou uma vergonha para a família Yoon e para meu pai. Acho que de principe, fui para badboy rsrs...Cuidado, viu?"


    Apesar de ter dito a verdade de uma vez e conseguir entender caso ela quisesse se afastar, parte de si tinha medo da reação de Myeon. Era a pessoa que ele mais confiava, fora de casa, e também uma amiga muito valorosa. O problema é que seu comportamento, no núcleo da alta sociedade koreana, podia ser prejudicial para ela. Não duvidava nada que muitos de seus "amigos" se afastassem dele se um dia soubessem desses escandâ-los. Restava saber o que Myeon faria, afinal.

    Já Quan Lei e Tommy perguntavam sobre os treinos e fariam no hotel. Bom, o professor de dança e a professora de canto já estavam pagos - e muito bem pagos para o mês. Shin perguntaria se eles topariam reduzir o tempo dele e treinassem outras duas pessoas também. Ao invés de treinarem apenas Shin por um mês inteiro, poderiam treinar Quan Lei, Tommy e ele por dez dias úteis. Caso isso fosse possível, ele levaria os dois até lá e, caso não fosse, ele agradeceria, mas dispensaria os serviços - sem a necessidade de devolverem o dinheiro, nem nada disso.

    O dia seguinte veio e a mãe esperava por ele. Não havia sinal do pai, nem de seu anjo da guarda In-Na. Shin leu o cartão de convite e voltou a atenção para a mãe.

    - Tudo bem, mamãe. Eu aceito. - Reverenciou, de modo respeitoso. - Irei ao jantar para acompanhá-la e prometo me comportar. Quanto ao programa... - Limpou os lábios com o guardanapo. - Eu vou pagá-la pelas aulas que a senhora me deu. Não sei quanto tempo vai demorar para quitar essa dívida, mas custe o tempo que for, pagarei à senhora. Encontrei um trabalho de meio período ontem, numa cafeteria. - Esperava que a mãe o deixasse concluir - Além de ser um motivo a mais para me manter longe de casa, também pensei em usar como um marketing positivo para o seu marido. O senador Yoon se preocupa em ensinar valores ao filho, criando para o futuro. Ou algo do tipo. Sei que a ideia não partiu dele, nem tinha como partir...Mas, é o que direi se a imprensa acabar me achando por lá. O dinheiro é pouco, mas é o suficiente para custear esse verão. E não está atrapalhando nada. Quanto às aulas, eu vou treinar com os meus companheiros. Propus aos professores que eles treinassem os três e reduzissem o periodo do contrato, mas se não for possivel, estão dispensados e não vou cobrar o dinheiro de volta.

    Respirou fundo, ponderando sobre tudo o que tinha acabado de dizer.

    - Eu sinto muito por ontem, pela cena que a senhora teve que passar. Prometo que não farei algo semelhante. Agora preciso ir, está no meu horário.

    Ergueu-se, reverenciando a mãe e seguindo para o seu dia de trabalho.

    Os primeiros dois dias envolveram acordo e aprendizagem. Shin-Hee explicou ao seu chefe que ainda tinha 18 anos e estava um ano atrasado nos estudos porque passou um ano fora da Coreia - não explicou os motivos disso, contudo. Estava de férias, mas participava de um concurso e precisava treinar todos os dias, a partir das 15h, pelo menos. Comprometeu-se a estar ali para o café e o almoço, chegando a fazer mais do que meio período, no fim das contas.

    Não tinha falado muito no dia anterior, mas agora que conseguiu se expressar, ele passava uma segurança incomum para um jovem da idade dele. Fora que o rosto não era estranho - ele frequentava muito o local. E isso ajudava porque conhecia os sabores. O único infortunio seria se algum conhecido resolvesse implicar com ele, mas o rapaz já estava preparado para isso. Sabia que podia acontecer mesmo.

    Naquele período, ele trabalhou bastante, tentando cometer o minimo de erros possiveis. Era proativo e solicito, além de encantar os clientes com sua simpatia e carisma oriundo da covinha sorridente. Também deixava tudo organizado para que Tae-Gyu não tivesse que fazer o trabalho dos dois. Agora que ia de lá direto para o hotel - ou estúdio - ele andava sempre com uma bolsa para trocar de roupas, mas também com seus remédios. Já nos ensaios, ele encontrava bastante progresso e estava cada vez mais entrosado com as pessoas. Caso fosse no hotel, ele também tentaria conversar com outras pessoas e ajudar/pegar dicas com eles. No fim, tudo parecia se acertar.

    E no final daquele dia, havia o aguardado episodio 03 do programa. Não chegou com a mesma empolgação de antes, porque esse episodio podia ser um divisor de águas. Era a polêmica envolvendo Tae e toda a confusão que veio depois disso.
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    3º passo - Alianças - Página 3 Empty Re: 3º passo - Alianças

    Mensagem por shamps Qua Jun 21, 2017 5:33 pm

    Mesmo com saudades da amiga e da tarde agradável com Yuki, Eun-Ji comentava animada com sua professora tudo o que aconteceu no dia, até começar receber mensagens de Dam. Não ignorou a professora por completo, mas não conseguia não dar atenção ao garoto. Pedia até dicas do que fazer para Bora. Dam falava pouco pessoalmente, pelo telefone falava menos ainda, ela não sabia nem como agir.

    - Ele faz perguntas simples... devo dar respostas simples também?

    Respondeu à primeira de forma igualmente simples, não queria ser desgastante com ele. E se ele achasse chato? Melhor era se discreta também.

    "Foi. :]"

    - Se eu responder um simples ''foi'' vai ser muito frio, professora? Devo falar algo mais?

    Quando Bora para seu carro, em frente à casa de Eun-Ji, ela engole em seco, já se preocupando com a reação da mãe. Dessa vez ela não poderia se machucar.

    - Tomara que ela não me machuque hoje. Quero estar bem para amanhã. Obrigada de novo por tudo, professora... pelas joelheiras também. Estão me ajudando bastante.

    Por sorte Jeong não agrediu a moça e ela pode ajudar o avô e pegar uma vidrinho de remédio para ela, o que foi um alívio. Ela jantou sozinha como sempre e aproveitando que a família se recolhia deixando-a sozinha, Eun-Ji decidiu fazer uma receita simples de biscoito para levar para os amigos amanhã. Queria levar só para Dam, como agradecimento por toda sua ajuda, mas ficaria sem graça em fazer isso na frente dos amigos. Por sorte a cozinha ficava longe dos quartos e qualquer barulho não chegaria aos ouvidos da família. Fez o possível para não fazer barulho, por isso escolheu algo simples. Mesmo assim tentou fazer algo especial para seu querido amigo. Nos biscoitos para Dam ela fez uma calda de frutas e jogou por cima dos biscoitos, depois embalou-os em saquinho plástico. Em seu quarto guardava fitinhas de cetim e foi o toque final no presentinho. Buscaria um momento oportuno para entregar sem passar vergonha.

    - Tomara que ele goste... e se não gostar?

    Depois do banho e da massagem nos joelhos ela envia uma pergunta:

    "Gosta de frutas? Biscoito?"

    Se ele respondesse que não, ela teria que refazer seu plano.

    No dia seguinte foi a igreja e mal podia esperar por Bora, estava ansiosa para rever os amigos. Eun-Ji repassou o óleo em seus joelhos e com ajuda de Bora enfaixou-os e vestiu as joelheiras para mantê-los firmes. Pode vestir as preciosas roupas que Bora conseguia para ela, já estava até se acostumando com aquilo. Claro que ela não ficou de fora, a ruiva também entregou biscoito para a mulher que melhor cuidava dela nessa vida.

    Bora deu carona para Yuki e ela contou para a amiga que tinha feito biscoitos para todos, inclusive para Dam e falou que o dele era especial.

    A professora não tinha comentado onde seria o ensaio e quando chegaram no bairro e viu o prédio, novamente ela se espantou por ser um lugar diferente. Quantos lugares novos já tinha conhecido em tão pouco tempo? De fato, a música era libertadora...Seu coração deu um salto quando Bora finalmente falou se tratar da casa de Dam e ela não pode conter sua alegria e olhou radiante para Yuki, ela sabia que a amiga entenderia o recado mudo dela.

    - A casa do Dam oppa! Ele mora aqui? Que incrível. Combina com ele, né professora? Será que vamos poder conhecer a casa dele?

    Estava mais animada ainda com essa novidade, que quando chegou ao salão, ainda mancando, mas bem menos do que a dois dias atrás, ela estava muito sorridente e caminhou até a mesa para deixa os biscoitos.

    - Boa tarde, Minsoo shi... boa tarde, Dam oppa! Eu trouxe biscoitos para nós - viu que Dam estava aborrecido num canto e ficou preocupara. Cochichou para Yuki, enquanto iam até Minsoo - ele parece bravo... acho que vou lá me desculpar com ele, unni!

    Seguiu até Dam, esperando ficar longe de Minsoo e Yuki e se curvou para ele.

    - Me desculpe por ontem, oppa. Por algo tão improprio. Não tinha a intenção de causar problemas entre você e sua namorada, amigos ou familiares... espero que me perdoe - e elevou-se já aguardando uma devida punição por parte do rapaz. Depois voltou para onde estavam os outros dois.

    - Tae sunbae não vem? - viu como Minsoo estava preocupado e como Dam estava zangado com a situação e sentiu-se desprezível por não poder ajudar, mas faria o seu melhor - eu irei poupar meus joelhos para o dia da prova, então não vou dançar hoje. Mas... bem... podemos fazer outras coisas... que tal cantar? Ou... bem... não sou a melhor das dançarinas, mas posso observa-los e tentar passar dicas das minhas professoras... ou dicas de canto também... como preferirem... pelo menos até o Tae sunbae chegar... me desculpe não poder fazer mais por vocês - e baixou o olhar - ah... - animou-se outra vez - oppa não tem aqueles vídeos que as pessoas ensinam a dançar? - estava tentando se referir à internet e Youtube - lá pode ter dicas também... eu acho... a senhora Bora me mostra alguns vídeos de lá... Iutub... acho que é esse o nome...
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    Mensagem por Gakky Qua Jun 21, 2017 9:30 pm

    Depois de saber que seu irmão havia conseguido o emprego, Yuki ficou muito feliz e cheia de esperança. Acreditava nas rezas da amiga Eun-ji, e queria agradecer pessoalmente. Logo isso aconteceria, pois havia chegado o dia do ensaio. No próprio carro que pegou carona, Yuki dá as boas notícias a amiga:

    - Eun-ji! Sua reza deu certo! Meu irmão conseguiu o emprego! Minha eomma pediu que te agradecesse por isso. Estou tão feliz, finalmente as coisas começaram a dar certo na minha família.

    Sobre os biscoitos ela responde:

    - Acho que ele vai adorar, eu também vou.

    Quando chegam, Yuki observa o local e fica surpresa também, as pessoas realmente moravam bem. Tudo era muito diferente de sua casa, ficava imaginando quando poderia conhecer a casa do Minsoo também. Então elas entram e veêm só os dois rapazes. Yuki fica um pouco surpresa por isso, escuta os cochichos de Eun-ji e sussurra de volta:

    - Deve ser por algum motivo... Espero que não tenham brigado...

    Yuki já sente que começava a ficar envergonhada de novo, quando seus olhos batem em Minsoo, parece que o tempo havia parado. Um vento suave passava e balançava um pouco dos seus cabelos curtinhos.

    3º passo - Alianças - Página 3 OKiobfu

    Mas logo voltou a si e abaixou a cabeça falando baixinho um boa tarde. Logo Minsoo se pronunciou, ele conseguia ser sério e divertido ao mesmo tempo. O modo como ele tentava manter o controle de tudo, fazia o coração de Yuki bater mais forte. De fato, ele tinha razão, todos que estão ali eram ruim de dança, mas haviam pelo menos aprendido algumas coisas. Então de repente ele fala que não cancelaram porque queriam ver elas!! Só de ouvir isso, Yuki sentiu as bochechas corarem e suas orelhas esquentarem. "Calma Yuki, calma, vai ver ele só está sendo gentil" - se acalmava a japonesa.

    Eun-ji já foi mais a frente e já pensava no que poderiam fazer. Era boas ideias, embora Yuki soubesse que não conseguiria quebrar o gelo tão facilmente.

    - Boa ideia Eun-ji! - Elogia Yuki, tentando ainda acalmar o coração - Bom... Eu acho que já aprendemos algumas coisas... Poderíamos tentar fazer o mesmo... E... E ai a Eun-ji diz se conseguirmos ir bem... Podemos passar a coreografia...

    Yuki começa a ficar corada só de imaginar dançando com os dois garotos, antes sempre tinha Eun-ji do seu lado. Ela então lembrou da missão que tinha com Eun-ji e ficou nervosa. Com medo de não conseguir concluir, começou a fazer perguntas para os garotos de um jeito meio nervoso:

    - Ah!! Vocês estão bem?! Quer dizer... Chegamos e só... Queria saber se estão bem... Não quero começar o ensaio sem saber... Quero saber se estão passando bem... E se estão comendo bem... Se estão saudáveis... Podem pedir ajudar se precisarem... Contem com a gente, também sabemos ser úteis. A Eun-ji me ajudou ontem, sabe? É o que amigos fazem... Não é Eun-ji?

    Yuki lança um olhar nervoso para Eun-ji.
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    Mensagem por 2Miaus Qua Jun 21, 2017 9:44 pm

    Eu Se dá uma última conferida no espelho e sai para o quarto. Go Mi nam estava a esperando sentado na cama, ele estava muito bonito. Se sentia ansiosa, fazia muito tempo que não agia como uma garota que era até estranho para ela estar usando um vestido novamente. Mas estava confiante pois seu amigo estava ao seu lado.

    Quando chegaram na famosa baladinha, o ambiente estava escuro mas tinha muitas luzes neon espalhada pelo local, os dois entram e percebem que o local estava movimentado e a música alta animava o local. Lee pegou num potinho várias pulseiras coloridas e que brilhavam no escuro e a ajudou a colocar no braço, aos poucos estavam entrando no clima da festa. Como as leis coreanas não permitiam que adolescente consumissem bebidas alcoólicas, eles pegaram alguns drinks coloridos com energéticos.

    Ela estava curtindo a noite e se divertindo com o amigo, ambos dançavam no meio da multidão e de repente toca uma musica que ela amava dançar.

    Spoiler:

    A garota puxou o amigo para o meio da pista e começou a dançar livremente ao redor do amigo, a música era agitada e sensual, então ela rebolava conforme o ritmo. Percebeu que ele tentava acompanhar seu ritmo e de vez em quando a olhava surpreso, mas eles faziam uma boa dupla dançando. Não era nada excepcional, mas tinham bom ritmo e intimidade para se sentirem confortáveis dançando um na frente do outro. Depois dessa tocou várias outras músicas, encerrando com Psy.

    Os dois estavam cansados e decidiram caminhar em direção ao bar para pegarem mais uma bebida. A música estava alta, então Eu Se se inclina para frente para falar próximo ao seu ouvido.

    -  Dangsin-eun jeulgigo issseubnikka? Balo geu an-e amugeosdo eobs-seubnida. Está gostando? Não tem nada disso no interior né.

    Então ele tem a ideia de pinta-la com a tinta neon e fez um coração rosa brilhante em sua bochecha. Sorrindo com a ideia ela pega algumas tintas coloridas e começa a riscar o rosto dele com duas linhas abaixo dos olhos, como se fosse prepara-lo para a guerra. Ela ria feliz com as travessuras dos dois. Era importante para ela saber que não a distância não tinha mudado sua amizade. Então Go Mi Nam, sugere de tirarem uma fotos juntos.

    A garota faz diversas poses, mostrando a língua, sorrindo e fazendo o sinal de '"V" com os dedos. Então se debruça sobre o ombro dele para ver melhor as fotos e aponta a que ela tinha gostado mais. Ela estava com as bochechas infladas e biquinho e ele fazia uma careta, como se rugisse. Ela começa a rir em voz alta.

    - Najung-e naileul bonaebnida. Me mande essa depois.

    Mas ele estava sério, concentrado demais na foto do celular e depois começa a encara-la. Ela o encara em dúvida, o que poderia ter acontecido? Ela faz um som de "Sshiii" com os lábios, um modo de provoca-lo, mas antes que pudesse formar uma frase para azucrina-lo. Ele se aproxima rápido demais e sente seus lábios se encostando.

    Ela arrega-la os olhos devido a surpresa e mal respira. O beijo dura só alguns segundos, mas deixa a garota petrificada. O que tinha acabado de acontecer? Por que ele a tinha beijado? Ela estava chocada demais para fazer alguma reação, nem sabia o que falar. Ela pisca algumas vezes, esperando alguma reação da parte dele.

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    Mensagem por shamps Qua Jun 21, 2017 10:14 pm

    No carro de Bora, Eun-Ji fica super feliz por ouvir as boas novas de Yuki.

    - Que benção, unni... eu falei que Deus é por nós – ela sorri muito feliz – vou agradecer a Ele, pode deixar. Estou muito feliz por vocês. Vocês merecem!

    - Unni, você é sempre tão animadora... fiz com muito carinho esses biscoitos.

    A moça fica apreensiva com a suposição da amiga, também não gostaria que eles estivessem brigados.

    - Tomara que não, Yuki unnie.

    Ela fica feliz por Yuki ter gostado de sua ideia e sorri.

    - Você está certa... quem sabe mais tarde podemos fazer algo mais leve e divertido talvez... hmmm poderíamos cantar só para brincar... ou mostrar as músicas que gostamos... eu não conheço muita coisa, mas adoraria saber do que gostam... e além do mais, eu só ouvi vocês cantando naquele dia... queria ver mais a delicadeza da Yuki unni, a paixão do Dam oppa e a espontaneidade do Minsoo shi... e... eu também não consigo cantar com frequência, só quando vou na casa da senhora Bora... ah... olha eu de novo com minhas coisas bobas... desculpe – e se curva.

    Yuki busca por ajuda de Eun-Ji e ela prontamente a ajuda.

    - Eu ajudei, unnie? Que honra foi para mim. Ah oppa, você tem que conhecer a senhora Shimada. Ela é um doce... Vocês estão bem? Como foram para casa depois do dia da dança? O Dam oppa eu sei que foi de moto... e o Minsoo shi? Ficaram cansados ou doloridos? Viram o programa? – ela estava tentando parecer natural, como sugerido por Yuki, tinha que fazer perguntas com naturalidade e nada comprometedoras – o que fizeram ontem? Eu finalmente conheci a casa da minha amiga... foi a primeira vez fui na casa de alguém... na casa de uma amiga... porque já conhecia só a casa da minha professora, depois conheci o salão da casa do Tae sunbae, e agora a casa do Dam oppa – e olha para ele bem corada – só falta a sua, Minsoo shi – e fechou os olhos enquanto sorria.
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    Mensagem por Luxi Sex Jun 23, 2017 1:18 pm

    ♪ Shin-Hee ♪

    Shin Hee percebeu que todo o problema sobre sua participação foi levantado por um colunista de um jornal contrário ao partido do pai, o que fez com que o assunto se tornasse relevante para os sites noticiosos e, mais tarde, os sites de entretenimento e fofocas decidiram embarcar na onda. Esses últimos não pegavam pesado, na verdade, brincavam com o fato de ter sido “confundindo” como filho do Senador, mas indagavam até que ponto isso não era de conhecimento do programa. Eles o tratavam com vários termos como “A jóia escondida dos Yoon”, “O menino rebelde do congressista” e “Participante de reality da SB gera controvérsia no meio político”.
    Os noticiosos se dividiam entre críticas ao próprio jornalista por fazer uma matéria “pouco relacionada com a situação política” e aqueles que aproveitaram o gancho para discutir o desempenho do senador na câmara, traçando um perfil da família, que em sua maioria era envolvida com a política. Alguns comentários saíam em defesa de Shin, alegando que o fato de um dos filhos escolher caminho diferente não interferia em nada nas ações do pai. Outros ficavam preocupados com a ideia de que o pai não estava focado nas questões do país, pensando que apoiava as participações do filho com sua influência. Os mais ácidos ofendiam o senador por não conseguir controlar nem mesmo as próprias crias, portanto, era inapto para a gestão das demandas populares. Com essas informações, conseguiria começar a bolar uma estratégia para conter a fúria do senador.

    Na manhã do dia seguinte, quando faltavam dois dias para a nova etapa, Myeon mandou uma mensagem atrás da outra logo.

    “Meu Deus! É sério??????
    Nossa, desculpa por ter te metido nessa confusão. Desculpa mesmo
    Eu não sabia que ia dar tanto problema sério.
    Não levei a sério o quanto podia dar problema pra você.
    Você me desculpa?
    Você até está tendo que trabalhar em café agora…
    Não fazia ideia que isso ia acontecer.

    Poxa, se precisar, pode vir morar na minha casa. Tem quarto de visitas. Eu falo com o meu pai. Tá bom?“

    Os professores de Shin também responderam. Eram achados de sua mãe, que tinha uma imagem conceituada na Coréia, e mesmo que ele quisesse evitar ter tratamento especial por ser filho de quem era, na verdade isso contribuia para que fossem extremamente flexíveis com seus pedidos, já que o valor combinado se manteria o mesmo. Se fosse apenas um rapaz que trabalhava em um café, provavelmente isso seria negociado com mais cuidado, mas provavelmente obteria um desconto.

    Os amigos ficaram impressionados com a novidade. Quan Lei foi o mais hesitante em aceitar, ele começou a olhá-lo de um jeito diferente, como se fosse uma pessoa completamente nova. Tommy foi bem mais aberto sobre isso e levantou o assunto com todas as letras:  

    - É verdade o que estão falando de você? Você É filho do senador???
    - Você realmente não precisa fazer isso pela gente, sabe… - Quan Lei parecia dividir dos mesmos princípios de Shin sobre “ser privilegiado”. - Mas eu vou pagar os custos das aulas aos poucos para você. OK?

    Ele só aceitou depois dessa condição. Não queria fazer nada de graça por causa de um contato rico. Já Tommy não se importou mesmo, aceitou de bom grado a boa ação do amigo e ofereceu recompensá-lo com algum favor depois, como amigo mesmo. De longe, Quan Lei era o melhor aluno entres os três. Suas habilidades acrobáticas eram impressionantes. Tommy era mediano como Shin, que tinha sua dificuldade secreta adicional. O curioso era como ela não tinha aparecido nos últimos dias, era até assustador saber que sua dor era extremamente inconveniente.

    Seul-Bi poderia fazer um discurso de horas sobre por que o filho não deveria pagá-la de jeito nenhum, mas respirou profundamente, terminando num sorriso triste.
    - Não precisa nunca me pedir desculpas por causa do seu pai. Ele é uma escolha minha, meu bem. Uma escolha que eu não me arrependo quando olho para você hoje. Mesmo… com tudo. Sobre tudo o que me contou, acho que tudo bem, por mim deve fazer como quiser, meu querido. Por favor, tome cuidado nesses empregos, está bem? São dignos, são justos, mas são muito demandantes fisicamente. Não se esforce demais…  Ver você se esforçando para não criar atritos nessa casa me deixa de coração dividido. Estou te vendo crescer tanto em tão pouco tempo… - suspirou emocionada e guardou um último comentário para si, sorrindo de leve para a xícara na mesa. - Tenha um bom dia.

    O trabalho no café não era desgastante para ele, mas para o colega de trabalho o desafio parecia muito maior. Taegyu chegava sempre com roupas muito simples, de forma silenciosa, fazendo reverências e se resignando na cozinha, com o Gerente, como queria ser unicamente chamado. De lá, ele limpava e organizava a cozinha, carregava caixas, organizava estoque, varria o salão e limpava os banheiros… era um faz-tudo que aparecia no início da tarde e sabe-se lá quando ía embora. Em relação a ele, o rapaz sempre o observava demais, parecendo querer dizer algo, mas nunca fazendo isso, exceto pelos agradecimentos educados. Agia como um cachorro de rua, que precisava de um tempo para se sentir em casa, porém era muito polido com todos e nunca reclamava de nada.

    Enquanto isso, Lee Hyosang não era menos dura com ninguém ali. Detestava ver alguém que não estava consumindo ou não trabalhando o tempo todo. Ela mandava Shin para mesas que não queria atender e gritava com ele o dia inteiro, dando várias ordens ao mesmo tempo, mas não era (apenas) por grosseria, era simplesmente como ela se apropriava por ser mais velha. Nos horários de pausa, fumava, fazia piadas e tinha uma visão sarcástica de tudo. Comentava que tinha gostado do jeito trabalhador de Taegyu, mas ele não aceitava passar tempo ali com eles, preferindo descansar sozinho em outro lugar.

    O Gerente quase não falava com eles, mas controlava tudo de perto. Só fazia perguntas pontuais, querendo saber se tudo estava certo, e se relacionava mais com o outro rapaz novo. A exceção foi quando quis saber sobre o tal do programa que ele estava participando e quando soube todos os detalhes, uma placa apareceu na porta do café no segundo dia, com os dizeres “Atendente especial do KPOP SHINE“. Isso fez com que o número de clientes duplicasse. O Gerente ficou muito satisfeito com isso e comprou um uniforme diferenciado para seus dois garçons, com um ar de Maid Cafe japonês. Agora sim parecia um príncipe em roupas estilosas de mordomo.

    Esse fato contribuiu para que as notícias passassem a circular sobre seu trabalho “secreto” em um café e naquele dia, Lee Hyosang chamou sua atenção para uma cliente em especial.
    - Ei, celebridade, você sabe se aquela garota ali é famosa? Ela parece importante, pois está tirando foto de  tudo. Vai atender.

    3º passo - Alianças - Página 3 GnQYr

    Myeon estava tirando selcas com o fundo decorado do local e só parou de fazer caras e bocas para o celular de capa perolada quando o amigo apareceu.

    - SHIIN-HEE - sorriu animada. - Que horas você sai? Topa fazer entrevista comigo? Você é a super nova sensação da internet. Todo mundo que saber desse café misterioso que tem um menino lindo. Todo mundo só tirou foto da fachada e tem gente que não sabe onde é, mas eu vou revelar para eles. Pode sentar comigo? - fez um biquinho ao ver a cara de poucos amigos de Hyosang no fundo - Hm.. você está trabalhando. Ah! Mas você pode me pedir um café de gatinho - apontou - eu vou mudar de mesa e sentar no balcão enquanto você faz.  Ela foi sorridente até o balcão, balançando as pulseirinhas no braço e a bolsa. Era quase outra pessoa daquela menina que tinha visto quase casual no Rocket Spoon ou com pouca maquiagem, como era obrigatório na escola. Pelas outras fotos de seu blog, estava claro que ela se vestia para combinar com os locais que ía.
    - Você não pode fazer isso. Ele está em horário de trabalho. - Hyosang saiu de sua compostura diante da cara de pau da garota. - Vou chamar o gerente.

    Sem ficar intimidada enquanto o chefe do rapaz aparecia na porta, a menina virou o corpo a favor da luz e ajeitou o cabelo. Estava muito confiante. Virou a câmera para si mesma depois de apertar algo no celular.

    -  Oi, pessoal, tudo bem?? Eu estou aqui em um lugar suuuper especial. Já deu para adivinhar quem é? - ela filmou a parte de trás da placa através do vidro - Isso mesmo. Vim desvendar os mistérios do café que está bombando e vou falar com o próprio!! - piscou. - Mas a entrevista vocês vão ver depois no blog, tá bom? Me segue. Beijinhos.

    Hyosang parecia mal humorada ao lado do Gerente, que não sabia exatamente o que estava acontecendo, mas o emprego de Shin estava muito bem salvo quando a garota continuou falando.

    - Olha só, já tem 40 likes - ela mostrou o celular - Posso fazer a entrevista agora? Esse aqui é o número de visualizações.

    - Onde você … como? - O gerente chegou perto para olhar e levou um susto, com a chuva de comentários, mas agora olhava para Shin como se ele fosse uma mina de ouro. - Claro! Claro! Fiquem à vontade. Hyosang, vá atender a mesa 3.

    - Esse negócio de ser blogueira é muito legal. - disse quando finalmente estavam em paz, mas decidiu falar mais baixo. - Você está legal? Não fizeram nada para você na sua casa né? Eu ouvi umas coisas… fiquei preocupada.

    ♫♫♫

    ♪ Eun-Ji  

    A senhora Bora parecia sutilmente animada com a conversa da menina e tratou de tornar as dicas para ela como o assunto principal.

    - Seja você mesma, Eunji. Ele parece gostar quando você faz isso e é assim que tem que ser. As pessoas têm que gostar de nós pelo que somos. Mensagens de texto são complicadas, pois não transmitem metade do que estamos sentindo no momento, lembre-se disso também. - sorriu, satisfeita. - Não precisa me agradecer. Você é como se fosse a minha filha. Por favor, tome cuidado. Agora que temos um ponto de comunicação, me avise se estiver se sentindo em perigo, está bem? - Adicionou a recomendação preocupada. Não mencionava jamais que a mãe da menina praticava abusos, mas precisava acompanhar de perto o que estava acontecendo a sua maneira.

    Ao final da noite, Dam, que não tinha respondido mais depois daquela mensagem, deu uma resposta surpreendentemente rápida.

    "Gosto. Dos dois."

    Um minuto depois:

    "E você?"

    Ao longo da noite, Dam participaria de um pingue-pongue de mensagens bobas naquela noite, se assim a ruivinha quisesse, enviando perguntas à medida que ela respondesse e também responde às dela.

    "Qual é sua música favorita?"
    "Montanha ou praia?"
    "Frio ou calor?"
    "Comida favorita?"
    "Seu livro favorito."
    "Coisa favorita."
    “Noite ou dia?”
    “Doce ou salgado?”
    "O que tem na sua frente agora?"

    Quando se deram por conta, já era de madrugada e Dam decidiu encerrar a conversa.
    “Amanhã temos ensaio. Precisa descansar. Seus joelhos ainda doem?”
    “Boa noite”

    ♫♫♫

    ♪ Eun-Ji  e Yuki ♪

    - Fez para mim também? Ah, muito obrigada! Você deve ter ficado até tarde preparando por eles. Está se sentindo bem? - deixou que as amigas conversassem livremente no carro, sem interferir, apenas colocando música de fundo baixinho, para que Eunji se atualizasse, mesmo que inconscientemente. - Mora sim. Também achei que combina com ele. Não sei se vão conhecer a casa, mas ele pediu que fossem ao salão de festas. Cuidem-se, meninas. Podem me ligar se o ensaio acabar mais cedo ou quiserem ir embora, está bem? - piscou, sabendo que isso dificilmente aconteceria. - Eunji, cuidado com o joelho. Yuki, me ajude a ficar de olho nela, certo?

    Quando as meninas entraram com tantas "novidades", Dam ficou  curioso olhando para a mesa, não sabia ao certo o que eram aqueles pacotinhos. Quando descobriu, sua expressão chateada mudou para surpresa, mas foi Minsoo quem falou primeiro.

    - É mesmo? Eu acho que vamos transformar esse ensaio em um piquenique então... Já conto por quê. Cheguem primeiro. Muito obrigado, Eunji-shi - sorriu educadamente.

    Dam se remexeu quando ela se aproximou, arrumando a postura e a olhou com surpresa. Seu rosto corou levemente com aquelas palavras.  A sensação de ter a mão dele em seus cabelos já começava a se tornar habitual, o complemento de sua frase o fez ficar um pouco sério.

    - Eu gostei. Bastante. - não sorria, mas falava com tom de voz suave. Respirou fundo para dizer algo a ela, mas mudou de ideia. - Seus joelhos estão melhores? Não...aconteceu mais nada, né?

    Minsoo olhava especificamente para Yuki quando Eunji se afastou para conversar com Dam. Tinha um sorriso adorável no rosto, mesmo não dizendo nada, seus rosto todo parecia cumprimentá-la e elogiá-la educadamente... ou talvez fosse coisa da cabeça dela.

    - Está tudo bem? Como passou sua semana?

    Antes que ela pudesse perguntar algo a ele e concluir parte da missão, Eunji e Dam voltaram ao grupo e a situação foi explicada. O quarteto tentava discutir o que fazer diante da ausência da única pessoa que sabia dançar muito bem. A ruiva foi ouvida com toda a atenção pelos amigos, que não tinham soluções ainda.

    - Ele não vai chegar - sentenciou Dam, voltando ao mau humor por um breve momento, até que ela deu a ideia e mencionou “iutubi”, que o fez sorrir, achando-a fofa. - A ideia é boa, mas você não pode dançar muito. Está bem? - Ele ficou bem desconcertado quando a ruiva mencionou sobre seu talento, mas Minsoo continuou sorrindo. - Acho que… podemos fazer isso sim.

    - Espera, a ideia é mesmo boa. - Minsoo ponderou, com a mão no queixo. - Complementando, podemos dividir conhecimento também. Que tal? Não sabemos direito como vai ser essa prova, mas cada um de nós tem um truque na manga.  Tenho certeza que todo mundo pode ensinar ou explicar o básico de uma coisa ou outra. Por exemplo, vocês sabem compor músicas? Eu gosto muito de fazer isso, posso contar como faço, caso o diretor resolva inventar alguma competição maluca sobre isso.  

    Então Yuki começou a fazer um monte de perguntas bonitinhas, toda envergonhada e arrancou um tipo de riso inédito de Minsoo. Estava se divertindo de verdade, e só ficou ainda melhor quando Eunji decidiu fazer o mesmo. Dam parecia surpreso, mas teve que desviar o olhar quando ela demonstrou ficar feliz por estar em sua casa.
    3º passo - Alianças - Página 3 Giphy

    - Espera, calma, calma. Vou tentar lembrar de todas e responder. Eu estou bem, estou me alimentando bem. Estou saudável… mas meu ombro ainda está doendo um pouco. Tentei treinar sozinho em casa, mas não foi uma boa ideia. Ahn… comer eu vou comer melhor hoje, porque temos biscoitos!  Eu fui para casa de ônibus.  Vi o programa, mas achei que era o dia da dança, apareceu aquele menino que defendeu o Minki. Ele cantou a mesma música que eu, mas foi bem melhor, até ganhou três “sim”. Vocês viram? E… Eu disse tudo? Sua vez!

    - Quê? - Dam estava de braços cruzados, introspectivo como sempre, mas olhou para Eunji e sua carinha de ansiosa. Não precisou de um segundo incentivo -  Bem, eu...estou ok, eu acho. Estou comendo. Estou… fazendo o que eu devo fazer, eu acho… Não tive problemas por causa do exercício e… você..s. São bem vindos em minha casa.

    - Que resposta mais horrorosa. Não liguem, meninas. Dam-shi só sabe se expressar com música - riu.

    - Pois então… Vamos começar a falar disso. - parecia um pouco incomodado. Era muito diferente de quando ele estava sozinho com ela, e Eunji tinha completas condições de ter essa percepção.

    Após a fala de Dam, o treino começaria. Para poupar os joelhos da amiga, foram buscar músicas da internet, mas quando fez isso, Minsoo encontrou algo divertido e tomou a iniciativa de criar uma dinâmica primeiro.

    - Já que Eunji falou em brincar… Achei uma coisa muito legal. Aqui. Tem um tal de KPOP Random Play. Ele toca músicas aleatórias e mostra as coreografias. Se alguém quiser arriscar, vem para a frente e tenta. Eunji pode fazer só os movimentos das mãos ou aprender assistindo. Que tal? Vai ser divertido. Somos quatro pessoas não muito boas de dança, não precisam se preocupar porque eu não tenho moral nenhum para julgar ninguém. - 3, 2, 1… Vamos lá.

    Dam ajudou Minsoo a conectar o celular a uma televisão do salão de festas e agora ela transmitia o Youtube. Uma sequência de vídeos espelhados aparecia para que pudessem tentar imitar, eram curtinhos e tinham espaço entre cada um.


    ♫♫♫

    ♪ Eu Se ♪

    A dupla às vezes atraía alguns olhares surpresos e divertidos. Os dois eram ótimos em entreter a multidão com seu espírito altivo.

    - Sim, muito! Eu não faço nada parecido com isso! - comentou em voz alta, para competir com a música.  - o amigo sorria bastante e parecia se divertir. Continuou próximo dela para conversar. - E você? Gostando de ser garota?

    (...)



    - Ah, nossa … desculpa - virou de costas e botou a mão na testa. -  Eu não sei por que eu fiz isso. Você é tipo… minha irmã.  É que eu… quando eu te vi, eu… - olhou para ela de novo…bem, algo parecido com isso, pois ele olhava meio  - Me desculpa, por favor. Aishhh - esfregou o rosto. -  Vamos conversar em outro lugar.

    Procurando silêncio, ele a levou para o lado de fora da balada. Estava meio transtornado ainda. Esfregou os cabelos umas três vezes andando de um lado para o outro, mas de forma nenhuma olhava para ela. De repente parou, respirou profundamente e virou para olhá-la.

    - Eu Se… Eu gosto de você. Quer dizer... não desse jeito. Eu não sei... Ainda não sei. Não devia ter feito aquilo… Juro que eu não tinha planejado isso, tá? - mordeu o lábio - Quando eu te vi aqui de novo, depois de um tempão, eu só estava realmente sendo o Mi Nam de sempre e tudo mais, mas quando eu vi que você gostava de outro cara... ou melhor... quando eu vi esse cara... sei lá, eu fiquei meio puto que esse idiota não te dá atenção. Eu tô lá longe e... você é minha amiga. Sempre foi. Mas...  quando eu cheguei aqui e você tava toda arrumada, linda... a gente começou a se divertir… e ter você por perto… aish. Mexeu comigo, sabe? Olha, esquece isso. Vamos fingir que não aconteceu. Eu não devia ter feito isso. Estraguei tudo, né? Vai, vamos voltar e ai você pode trocar. Eu espero do lado de fora do quarto se você quiser que eu faça isso agora, sei lá... Pode ser?

    Ele tinha a intenção de voltar com ela para o hotel. Tentou não falar muito mais do assunto, estava cheio de coisas na cabeça, talvez tão confuso quanto ela ao ser beijada. Pelo menos, agora ele já tinha coragem de olhar pra ela, dava um sorriso meio amarelo, arrependido do que tinha feito. No momento da despedida final, ele ainda dava sinais de que estava constrangido, mas se esforçava para ser normal.

    - Bom, eu vou embora amanhã... se você quiser tomar café, pode vir aqui. Sei lá... Fica bem, tá? Perdão...
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    3º passo - Alianças - Página 3 Empty Re: 3º passo - Alianças

    Mensagem por Gakky Sex Jun 23, 2017 5:29 pm

    No carro com a senhora Bora, Yuki concorda e diz:

    - Prometo que ficarei de olho nela! Não vou deixar ela dançar ou algo do tipo.

    ~

    Quando encontraram-se com os meninos, Yuki começou a ficar tímida. Ela ficou surpresa quando Minsoo falou de piquenique. O que será que ele queria dizer com isso? Então Eun-ji se afastou uns instantes para falar com Dam, isso deixou Yuki sem jeito, pois teve que ficar sozinha com o Minsoo. Ela notou que o garoto parecia olhar pra ela diretamente, isso fez seu rosto esquentar e o coração bater mais rápido. "Por que ele está olhando pra mim, nossa que sorriso lindo..." Se perguntava em pensamento enquanto abaixava o rosto envergonhada, talvez ele esperasse que ela tivesse algo para falar, pensou. Pois sabia que não teria chances de ser outra coisa... Ou será que ela tava com algo no rosto? Não, o sorriso dele não parecia de zombar. Então de repente ele perguntou se tava tudo bem! Yuki sentiu o coração disparar, mas antes que pudesse pensar em como responder, Eun-ji e Dam voltaram.

    Dam falou que Tae não iria chegar, Yuki sentiu o coração apertar, talvez ele estivesse ocupado com a nova namorada, isso era até normal, mas parecia que agora eles tinham perdido o posto de amigos. Todos haviam gostado da ideia de Eun-ji, era boa mesmo. Minsoo falou que poderia cada um ensinar algo que sabiam, e falou sobre compor músicas. Isso séria ótimo. Mas Yuki queria tanto cumprir sua missão que fez várias perguntas. Quando terminou, algo interessante aconteceu. Minsoo riu, e riu de uma forma que fez o coração da japonesa esquentar.  

    Logo Eun-ji foi na sua onda, o rosto de Yuki ficou vermelho enquanto sua amiga também fazia milhares de perguntas. Então Minsoo respondeu! Ela ficou surpresa que ele estava respondendo cada pergunta delas, isso era tão gentil e fofo, percebia Yuki. Enquanto ouvia a resposta dele, ela cutucava de leve sua própria bolsa, uma pequena e bem usada. Ficou preocupada quando ele disse que estava com o ombro doendo, e quando ele mencionou do outro garoto cantar a mesma música que a dele, Yuki não conseguiu deixar de comentar, não disse em voz alta, mas falou:

    - Eu ainda prefiro a música do jeito que você cantou...

    Após se dar conta do que tinha dito, Yuki abaixou a cabeça.Por sorte logo Dam tratou de falar, ele não parecia bom em responder, não comparado a doçura do Minsoo. As respostas dele foram muito vagas, mas pelo menos disse que eram bem vindos. Quando Minsoo brincou a resposta de Dam, Yuki não se segurou, e acabou dando um riso discreto, que tratou de cobrir logo depois.

    - Eu estou bem... - Respondeu Yuki - - É que você disse para responder... Também... Então eu... Comi bem também, eu e Eun-ji fizemos Kimchi ontem, é meu prato favorito. Espero que tenham gostado do jantar da outra vez... Minha eomma fala um pouco demais... 

    Então começaram a falar de como iriam treinar, Minsoo contou a sua ideia, era um grande desafio, pensou Yuki.

    - Não sei se consigo fazer isso... - Sussurrou baixo para a amiga.

    Mas os garotos ligaram rápido o vídeo na televisão. O primeiro vídeo era das Girls Generation, Yuki não se pronunciou nessa parte e ficou olhando para ver se alguém arriscava. Mas então o próximo era do GOT7, ela conhecia bem esse, eram seus favoritos. Seu coração começou a bater rápido por causa de pressão de ter que participar, então sem saber o que fazer e querendo logo quebrar o gelo de sua timidez, e também por querer parecer alguém confiante, Yuki tomou coragem e foi tentar dançar a coreografia do segundo vídeo, era até uma coreografia que parecia fácil.

    - Eu conheço essa... Eles são meus favoritos... - Disse colocando a mão no rosto com vergonha - - Ai que vergonha... Nunca tentei dançar isso antes... Mas lá vai...

    Então Yuki começou a dançar a parte da coreografia que tinha escolhido, mesmo com as mãos tremendo, afinal ela tinha que se acostumar, pois no futuro iria se apresentar para várias pessoas. Mas não entendia porque estar sendo observava por Minsoo estava lhe dando mais pressão, era diferente do que estar ao lado de Eun-ji e olhando para uma professora, ou uma guia como a Hyerin.
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    3º passo - Alianças - Página 3 Empty Re: 3º passo - Alianças

    Mensagem por 2Miaus Sex Jun 23, 2017 8:01 pm

    Depois do beijo ficou um clima muito estranho e pesado entre eles, Eu Se observava o amigo falar, mas ele estava agitado e parecia se enrolar com as palavras. Então ele pegou sua mão e foram até a calçada, não tinha quase ninguém perto deles. Ela cruzou os braços ao redor do corpo enquanto ele caminhava de um lado para o outro nervoso.  Ela também não sabia o que dizer ou agir, mas o amigo toma a frente e diz tudo o que estava sentindo.

    Ela escuta tudo um pouco surpresa, pois nunca imaginou que o amigo a achava bonita, eles sempre implicavam um com o outro, eram como irmãos como ele mesmo disse. Ele era a pessoa que ela mais confiava no mundo, ele havia lhe dado seu nome para participar do programa...como ela não havia reparado nisso antes?? A garota recua alguns passos, pois era muita informação para assimilar. Ela encara o chão enquanto falava.

    -  Mi nam ... Nan ... Nan dangsin-eul ihaehal saeng-gaghajiman ... Dangsin-eun nae chingu-ibnida. Hangsang dangsin-eul wihae yeogiiss-eo ... Dangsin-i naleul dowa, naleul wihaega iss-eossda. Mi Nam...Eu...eu acho que te entendo, mas... você é meu amigo. Desde sempre você esteve ao meu lado, você me ajudou...Eu estou aqui por sua causa.

    Algumas lágrimas se acumulavam nos olhos da menina.

    - Hajiman geunyang chingulo dangsin-eulbogo geuligo geuneun naega sonyeonlago saeng-gaghagi ttaemun-e jeowa choeso gi saie amugeosdo, eobsda. Mas só te vejo como um amigo...E não há nada entre eu e o Min-ki, porque ele acha que eu sou um menino.

    Ela não conseguia segurar as lágrimas e começa a soluçar. Por que tudo era tão difícil?? Ela gostava de alguém que não reparava nela, que nem desconfiava que ela era uma menina, mesmo estando morando juntos por semanas. E mesmo que Min-ki não admitisse ela sabia que ele e Hyerin tinham algo. Ela precisou se afastar de seus amigos, de sua família, fingir ser alguém que ela não é, para seu amigo de infância vir e acabarem se beijando.  E ela não sabia o que fazer.

    Quando ele disse para esquecerem tudo aquilo e voltarem para o hotel, ela acena com a cabeça e começa a enxugar as lágrimas. Então ela respira fundo e o encara.

    -  Naneun ... Meolli U mi nam-eseo naleul sipji anh-a naega dangsin-eobs-i yeogi eobs-eul geos-ida dangsin-eobs-i naneun naui kkum-eul jjochneundoeji anhseubnida. ulineun gwaenchanh-ayo, ijeon doel geos-inga?Eu não quero me afastar de vc Mi Nam... Sem você eu não estaria aqui, sem você eu não estaria correndo atrás do meu sonho.  Vamos ser como antes, ok?

    Eles caminham em direção ao hotel dele e como ele havia sugerido ele ficou no corredor, enquanto ela se trocava. Depois de retirar a maquiagem, a pintura no rosto e guardar o vestido na bolsa, ela coloca suas roupas masculinas. Ele a acompanha até a porta do hotel e quando ele diz que vai embora na manhã seguinte a garota sente vontade de chorar de novo.

    Eu Se o abraça forte enlaçando o pescoço dele, por mais que o clima tinha ficado estranho entre eles. Ele estava lá apenas para a apoiar e esse gesto já valia mais do que qualquer coisa. Ela prometeu que iria ficar bem.

    - Naeil ulineun achim sigsaleul hamkkehaeyahabnida. Amanhã vamos tomar café juntos.

    Então ela sobe para o quarto ela se sentia inquieta, não ia conseguir dormir, pois tinha muita coisa para pensar. Mas não tinha ninguém para desabafar...exceto o Amihan. Ela iria procurar pelo rapaz e pedir para conversarem no corredor, bem longe dos ouvidos do Min-ki.

    Quando eles estão a sós a garota fica com vergonha pois não sabia se Amihan ficaria confortável com aquele tipo de conversa, mas ele era a única pessoa que ela poderia se abrir naquele momento.

    - Amihan dangsin-eun yeojaloseo naleul eotteohge saeng-gag? Geuligo neomu neomu nun-e boiji anhneungeoya? Naneun kkwae chungbunhaji anhda? Amihan o que você acha de mim como uma garota? Eu sou tão invisível assim? Eu não sou bonita o bastante?

    Ela luta contra as lagrimas de novo e aponta para a porta do quarto enquanto desabafa.

    - Geuga naleul tongjihaji anh-assgi ttaemun-e?  Nae cheos kiseuneun nae gajang chinhan chinguwa hamkke iss-eossgo, nan geugeos-eul wonhaji anh-assda ... jigeum-eun ... jigeum-eun ... naneun eotteohge haeyahalji moleugess-eoyo. Porque ele não me nota?? Dei meu primeiro beijo hoje com meu melhor amigo e eu nem queria isso...e agora...agora... eu não sei o que fazer.

    Não queria incomodar muito o amigo mais velho, mas ele era o único que sabia seu segredo e o único que ela poderia desabafar agora.


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    3º passo - Alianças - Página 3 Empty Re: 3º passo - Alianças

    Mensagem por Persephone Sex Jun 23, 2017 10:28 pm

    Um novo dia tinha começado e Shin precisava lidar com as consequências de suas ações do dia anterior. Muita coisa estava acontecendo ao mesmo tempo e ele achava estranho que sua inconveniente dor estivesse tão silenciosa. Normalmente já sentia incômodos ao despertar, mas talvez estivesse com a mente tão ocupada com aquela avalanche de problemas que a dor era ofuscada.

    Mas até quando? Por receio de que tudo explodisse quando não devesse, ele continuaria tomando seu remédio, mas sem doses extras. Depois de tomar o remédio e realizar a assepsia matinal, ele pegou o celular e viu a quantidade de mensagens de Myeon. Sentou-se na cama para continuar lendo e um alívio o acometia pela reação da amiga. Até que a última sugestão dela, fez as bochechas dele corarem e um sorriso acompanhado de um "aish" mais alto, escapuliu dele. Pigarreou e começou a digitar.

    "Não precisa pedir desculpas, Myeon-shi. Você não é responsável por nada do que aconteceu, fique tranquila.
    Acho que as explosões de meu pai eram apenas questão de tempo. Durou 18 anos até aconteceu.
    Não estou fora de casa, graças à minha irmã, mas agradeço pela oferta. Agradeço pela oferta de sua casa.
    Você é uma amiga muito preciosa mesmo. Quando essa fase passar, tenha certeza de que pode contar sempre comigo."



    Enviou, mas algo naquelas notícias que tinha lido, estava buzinando em sua orelha. Voltou a escrever - e Shin preferia mandar tudo de uma vez, como um mini-email do que mandar vários em sequência.

    "Li os links que você me enviou. Estão me usando para atingir o meu pai e tudo começou com um jornal da oposição.
    Tenho uma ideia, mas não sou tão influente quanto estão dizendo. Preciso ver os próximos dias, mas te conto quando chegar à uma conclusão."


    Depois de responder às mensagens e e-mails - e ele gastou um tempo considerável nisso, porque o volume de mensagens tinha aumentado, Shin foi resolver outras pendências. Ainda no café, conversou com sua mãe sobre seus planos. Os dois não conseguiram conversar muito bem naquele primeiro momento porque estavam muito atarefados, mas ainda teriam outros encontros ao longo do dia para conversarem à respeito.

    Uma vez que os professores aceitaram o acordo de Shin, ele enviou um novo endereço para Quan Lei e Tommy aparecerem por volta das 16h. Enviou a notícia numa pausa do trabalho, antes de explicar toda a situação para seu chefe. Sua tarefa no Café era basicamente servir e ser um ajudante de barista - ficava bastante atrás do balcão, aprendendo os diferentes tipos de bebida que tinha ali. Mesmo quando não era solicitado, ele ia atrás do que fazer. No primeiro dia oficial, ele percebeu que Tae-Gyu tinha muito mais trabalho do que ele e Shin não entendeu muito bem o porquê. Fazia parte do contrato dele? Das qualificações? Eles não chegaram a conversar, apesar de se cumprimentarem educadamente e não levarem trabalho um pro outro.

    Quanto à resposta de seu chefe sobre o fato dele participar de um programa e seu nome já estar na internet, Shin não pôde ficar mais surpreso. Quase foi possível ouvir o barulho de máquina registradora na expressão de seu chefe e, pouco tempo depois, ele colocou uma placa no Café e deu..uniforme. Óbvio que Shin não falou nada sobre o uniforme, mas se sentia num anime, tipo um garçom que brilhava numa página inteira do mangá e fazia "plim" quando piscava. Ele acabava rindo sozinho e levava esporro de Hyosang por isso. Não só por isso, ela gritava por tudo e para todos. Seu sorrisinho só funcionou da primeira vez, agora era seu vassalo, basicamente. E, mesmo assim, era divertido.

    Shin atendia às mesas com a humildade e gentileza de sempre. Nos horários de pausa, ele se alongava um pouco, checava suas mensagens e ia tomar os remédios, se estivesse na hora. Também conversava com Hyosang e tentava falar com Tae-gyu, mas ele era muito reservado e preferia ficar na dele.

    O primeiro dia oficial pareceu não terminar nunca, mas quando se encontrou com seus amigos, Shin viu que Quan-Lei estava um pouco diferente. Tommy não, Tommy parecia o de sempre, mas talvez estivesse mais seguro de ter escolhido o "grupo certo". Ao ouvir a resposta de Quan-Lei, Shin sorriu.

    - Tudo bem. Eu também estou pagando essa dívida à minha mãe. Quem os contratou foi minha mãe, mas eu prometi a ela que devolveria o dinheiro, com o meu trabalho. - Não especificou ainda. - Minha postura e o que eu disse antes não mudaram, sabe? Eu não contei antes quem era meu pai, porque era irrelevante. Ele não me apoia, muito menos colabora. Mas isso é uma história triste que vocês não precisam saber agora. Temos muito o que ensaiar, hm?

    Aquilo até veio a calhar - tinha pensado em falar com o professor de dança sobre Quan-Lei. E agora o professor poderia ver pessoalmente o talento do rapaz. Às vezes, as linhas tortas se ajeitavam e aquela era uma coincidência que ele só percebeu quando estava diante da cena. Os três treinaram bastante e Shin tinha prometido chegar à tempo para o jantar.

    Chegou em casa bastante cansado, foi direto para o banho, mas a mãe não estava. Aparentemente, os pais tinham saído para um jantar de negócios, onde a presença da esposa do senador era solicitada. Bom, a conversa deles podia ficar para a manhã do dia seguinte.

    [...]

    [Luxi, eu não sei se fiz certo, mas tentei organizar esses eventos, conforme os horários. Por isso umas interações eu expliquei antes da outra i.i Tudo bem?]

    [...]

    Na manhã daquele dia, Shin acordou um pouco mais ansioso. Sabia que naquela noite iria ao ar o 3º Episódio do Programa e queria muito ver como todas as histórias iriam repercutir. O problema é que a plaquinha de seu chefe no café, tinha atraído mais atenção do que ele tinha planejado. Talvez precisasse fazer algo à respeito. Mas antes...Precisava tomar o café com sua mãe. Ele gostava de fazer pelo menos uma refeição com ela, além deles terem assuntos pendentes.

    Ficou aliviado ao ver que ela estava sozinha e chegou dando um bom dia e um beijo em sua testa antes de sentar-se. Perguntou como foi seu compromisso, sua noite e aproveitou para entregar a diária de gorjetas do café. Também disse que Quan Lei desejava pagar as despesas dele, então, seria meio que dividido. O assunto sobre o pai, não demorou a surgir...Era meio impossível fugir disse, afinal. Então, Shin disse.

    - Eu sei, mãe...Mas eu podia ter evitado a discussão. Só que... - Cerrou os olhos e suspirou. - Não consegui me conter, por isso peço desculpas à senhora. - Suspirou. Meneou positivamente quanto ao emprego. - Estou tendo cuidado e tomando o remédio. Eu não sei se tanta coisa, tem calado minha dor, mas estou prestando atenção nisso. Ah, eu ganhei um uniforme também... - Riu e coçou a nuca. - Ele é comportado, não se preocupe. E, bom, esconde bem...a senhora sabe.

    Fez uma cara um pouco mais chateada, mas logo deixou isso pra lá.

    Ao ouvir de sua mãe que ele estava crescendo e amadurecendo, um sorriso atingiu seus lábios. Ele agradeceu e os dois partiram para seus respectivos dias.

    No café, Shin chegou com suas roupas casuais e a bolsa com as roupas de treino. Agora também tinha um uniforme para preservar. Era estranho vesti-lo, mas logo chegou ao saguão com uma expressão tranquila, pronto para atender pedidos e fazer muitos cafés. Só ficou um pouco "assustado" com a quantidade de pessoas que tinham aparecido ali. Agora sim que Hyesong gritaria o triplo de antes. Estava limpando a cafeteira quando ouviu o chamado dela, quase morrendo do coração porque tinha acabado de fazer uma piada mental sobre seus gritos.

    - Aish! - Murmurou e a encarou. - Ahm? - Tombou a cabeça para o lado e quando olhou para trás, só teve olhos para ela.

    Myeon tinha acabado de virar a cabeça, quase como se soubesse todos os gestos e ângulos que a favoreciam. Shin-Hee nunca a tinha visto vestida e maquiada daquela forma. Tinha visto algumas fotos dela, mas via que ela também ficava...não conseguiu encontrar outra palavra além de "linda", ao vivo. Shin parou, sem saber o que fazer, até que Hyesong chamou sua atenção de novo e fez gesto na direção de Myeon.

    O rapaz sentiu um pouco de vergonha e passou a mão, tirando pó de café de seu avental preto antes de seguir até Myeon. Ela tirava várias selfies com aquele celular espalhafatoso. Em outro momento, Shin teria aparecido atrás dela, fazendo uma careta e o típico "v" de vitória, só pra estragar a foto. Mas ele estava tão sem jeito, que parou atrás do celular, fazendo uma sombra e a encarando. Ele parecia mais adulto e maduro, mas havia algo que não parecia o Shin de sempre. Parecia mais corado, mas podia ser só por ter muito trabalho.

    Sorriu quando ouviu a expansão dela.

    - Myeon-shi. - Disse o nome dela e não conseguiu responder mais porque tudo aconteceu muito rápido. - Eu saio... - Não conseguiu responder. - Eu acho...

    Coçou a nuca, daquele jeito que ele fazia quando deixava a outra pessoa falar tudo de uma vez e ele respondia os pontos que lembrava. A última pergunta dela acompanhada daquele biquinho adorável, obrigou Shin a olhar para o outro lado. Infelizmente, ele olhou para o lado errado e se deparou com uma Hyosang bufante. Pigarreou e Myeon se respondeu, já caminhando para o balcão. Shin seguiu logo atráse falou.

    - Certo, um café gatinho...Quié, noona? Ela fez um pedido e eu estou atendendo...Tô fazendo meu trabalho.

    Estalou a lingua no céu da boca enquanto ela saía e parava em frente à Myeon, começando a preparar o café.

    - Eu saio às 15h. E...Bom, eu queria ter me preparado melhor pra isso, mas topo fazer uma entrevista pro seu blog. Já tinha pensado em algo do tipo, mas fiquei sem jeito de envolvê-la de novo nos meus problemas. E não ligue para a noona, ela está aborrecida porque estamos com muito trabalho. Viu a placa? Obra do meu che...

    Calou a boca quando o gerente apareceu. Ele abaixou a cabeça, fazendo o café e só ouviu o que Myeon falava. Olhou para ela com uma das sobrancelhas arqueadas e depois que ela começou a falar daquele jeito, viu que ela estava no ramo certo mesmo. Olhou para o Gerente e indicou o modo como ele o olhou.

    - Viu só? Ouviu as cifras? - Falou baixinho e riu. - Fazia parte dos planos, mas não imaginei que fosse ser tão rápido. - Entregou o café gatinho pra ela. Ouviu as perguntas e suspirou, meio cansado. - Sim, eu tô legal. Em casa, eu não tive mais problemas, mas...

    Pensou por um instante, mas contou pra ela, falando baixo e mais próximo.

    - Recebi um convite para um evento sábado, no Hotel Hwarang. Sua família também foi convidada? Não consegui falar com o pessoal pra saber quem vai ou não...Parece importante e minha presença é obrigatória se eu quiser um pouco de paz. - mexeu de leve o pescoço, como se estivesse alongando. - Enfim, estou bem para uma entrevista? Não quero abusar do seu tempo, nem da boa vontade de meu chefe e da noona...
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    Mensagem por shamps Sex Jun 23, 2017 11:11 pm

    A menina ouvia com bastante atenção sua professora, concordando com tudo e ficando feliz com isso.

    - Por que eu não seria eu mesma? Isso não faz sentido... mas a senhora me deixa bem mais aliviada falando essas coisa, professora – a garota não consegue esconder sua alegria ao ouvir que é como uma filha para ela. Seus olhos marejam – eu também gosto muito da senhora, como se fosse uma mãe – ela fechou um pouco a cara quando Bora falou sobre se sentir em perigo. Ela sabia ao que a professora se referia, mas quando ela esteve em perigo? Talvez por causa das agressões da mãe? Até pouco tempo atrás isso parecia normal a ela, mas agora, vendo outras pessoas, a menina começava a se sentir mal e com medo do que poderia acontecer em sua casa. A prova disso foi o dia anterior quando procurou outra igreja e hoje quando ficou com medo de apanhar – está bem, eu ligarei sim.

    Ficou muito feliz quando Dam respondeu que gostava de biscoitos e frutas, então poderia continuar com seu presente especial, colocando frutas e uma calda nos biscoitos.

    Achou muito divertido e emocionante as conversas e as perguntas que ele fazia pelo celular e sentiu que era uma boa para ela conhece-lo melhor também.

    "Qual é sua música favorita?" “Dream Girl, do Beast. E a sua?’
    "Montanha ou praia?" “Não conheço nenhum, mas nos livros os dois parecem lindos” “Romance, comédia ou terror?’
    "Frio ou calor?" “Frio” “Cachorro ou gato?’
    "Comida favorita?" “Gaji muchim. E a sua?’
    "Seu livro favorito." “Orgulho e Preconceito e o seu?”
    "Coisa favorita." “Música, mas se for objeto é o seu celular e o seu?”
    “Noite ou dia?” “Dia”
    “Doce ou salgado?” “Os dois. Azedo ou picante?’
    "O que tem na sua frente agora?" “Seu celular e na sua?”
    “Barulho ou silêncio?”
    “Qual sua cor favorita?’
    “Você era um bebê fofo?”
    “Remédio natural ou da farmácia?’
    “Música calma ou animada?’
    Sala de aula ou biblioteca?’
    “Chuva ou sol?’
    “Camisetas ou camisas?’
    “Joaninha ou borboleta?’
    “Que música cantaria para mim? E qual gostaria que eu cantasse?


    Eun-Ji nunca tinha ficado acordada até de madrugada e se espantou com isso. Sentiu-se uma menina muito teimosa, mas não se importou com aquilo. Estaria se tornando uma rebelde? Não, mas riu muito com aquele pensamento.

    “Nunca fiquei acordada até essa hora. Até me achei rebelde agora, rs. Amanhã será um dia muito feliz. Estão doendo menos, só aquele ainda dói. Obrigada pela companhia, oppa. Boa noite.”

    Sua vontade era dizer mais coisas, mas não sabia exatamente o que. Talvez algo bonito como nos clássicos proibidos que lia na escola, só que ainda não era o momento. A garota ainda tinha muitas inseguranças. Ao menos podia imagina-lo com um herói literário.

    No dia seguinte, conversando com Yuki e com Bora ela ficou feliz por ouvir músicas, por mais que só percebesse de vez em quando, até comentava sobre a beleza das que notava. Ela achou graça quando Bora pediu que Yuki cuidasse dela.

    - Ah professora, esqueceu que sou eu que cuido da Yuki? – e deu uma risada divertida – mas cuidarei deles sim, senhora Bora. Obrigada por tudo – e se despediu dela com uma reverência rápida, já que estava com pressa para ver Dam.

    Ficou muito animada quando os reencontrou e era só felicidade, estava tão contente por eles terem gostado dos biscoitos, principalmente Dam. Ela teve vontade de pular, mas se conteve ao ouvir a palavra piquenique de Minsoo.

    - Piqueniqueeeeeeeeeeee... sim! Espero que gostem dos meus biscoitos. Fiz com muito carinho.

    Depois dessa pequena alegria, ela estava preocupada com a reação de Dam à sua foto, mas notou quando ele ficou corado, só não entendeu o porquê. Sentiu um alívio tão grande quando ele afagou sua cabeça, que soltou o ar em suspiro longo. Os músculos rígidos relaxavam agora.

    - Obrigada, oppa – ele agradeceu e ela ficou feliz. Mais uma vez ele ameaçava falar algo e não o fazia. Talvez fosse um hábito dele, uma mania – oppa sempre faz isso... fingir que vai falar e não fala – estava sorrindo, então não era uma crítica a ele – isso é fofo... – saiu tão naturalmente aquele elogio, que ela nem corou dessa vez. Elogios eram bons de dar e receber. Ela queria vê-lo sorrir, mas quando ele não o fez, Eun-Ji fez uma graça levando as mãos fechadas ao lado das bochechas – sorria para mim, Dam Kyu-Hwan! – ficou emocionada por ele querer saber de seus joelhos, ele estava realmente preocupado com ela. Era tão fofo – os hematomas estão diminuindo. Esse não dói mais, só quando forço ou aperto... esse está um pouco dolorido, mas nada comparado àquele dia – e sorriu, como se fosse a coisa mais natural do mundo – não, não aconteceu. Minha família ignorou minha presença naquele dia. Não apanhei... isso foi bom – e continuou com o sorriso amável.
    3º passo - Alianças - Página 3 Latest?cb=20130821232705
    Toda a situação foi explicada e os quatro amigos voltaram a sorrir, até quando Dam ficou mal humorado por causa da ausência de Tae e a ruiva olhou sorrindo para o mau humor dele, fazendo uma expressão como quem dissesse “se você não voltar a sorrir, eu vou fazer aquela gracinha outra vez”. Agradeceu por gostarem de sua ideia.

    - Pode deixar, Dam oppa. Não vou dançar... eu prometi melhorar, lembra?

    Ambos ficaram envergonhados, ela quando ele sorriu para ela e ele quando ouviu dela que era talentoso. Ela não se importou por sentir-se daquela maneira em relação a ele, afinal, ela adorava vê-lo sorrir.

    Minsoo, sempre animado, deu uma ideia fantástica que fez a garota vibrar de alegria.

    - Que boa ideia, Minsoo-shi. Vai ser incrível! – até bateu algumas palminhas – sim, todos temos talentos.

    A hora das perguntas foi engraçada, Minsoo levando tudo numa boa e Dam tentando levar tudo numa boa. Eun-Ji ficou feliz com as respostas do garoto sorridente e aguardava ansiosa pelas respostas de Dam.

    - Ok? Ah, isso é o mesmo que estar bem, não é? – depois ficou com uma cara de que não estava entendendo – fazer o que deve ser feito? Ah... já sei... comer, dormir, coisas normais... acertei? – era óbvio isso, por isso riu da própria atrapalhada dela – me desculpe – se desculpou, mas desta vez estava rindo. Ficou animada ao se sentir bem- vinda na casa dele – é uma honra estar aqui oppa, na sua casa – ela se lembrou das palavras de Yuki sobre Dam ser perigo e começou a rir sozinha – aposto que sua casa deve ser muito fofinha. Fico feliz por vocês estarem bem e saudáveis.

    Ela riu da brincadeira de Minsoo, mas tinha muita verdade nelas, pois ela se lembrou de Dam cantando e divagou apaixonada sobre aquela canção. Mesmo se lembrando da tal “pessoa”, ela não se importou e sonhou.

    - Então o oppa tinha que falar cantando, não é? – e olhou para o chão com timidez, fingindo ajeitar a roupa.

    Sem graça, Dam segue para a parte do treino e Minsoo se anima e dá uma ideia, que a garota aprovou de imediato.

    - Eu quero brincar disso sim, Minsoo-shi. Vai ser muito divertido... ah, vamos brincar todos juntos... para ficar mais legal... Pode deixar, só os braços.

    Ela observava seu oppa manipulando toda aquela tecnologia e ficou maravilhada quando viu a mágica do Youtube aparecer na TV.

    - Uaaau!

    Encantou-se com os vídeos, mesmo sendo só trechos, ela nunca tinha visto tantos. Não conhecia a maioria, mas mexia os braços imitando as coreografias. Se espantou quando viu as garotas de shorts tão curtos e levou a à boca, não acreditando.

    - Meu Deus! Que roupa curta a delas... não não não... eu não posso fazer isso – se referiu aos rebolados das moças – minha mãe disse que garotas direitas não rebolam. Que isso é coisa de... como era a palavra... mulher pecadora... pre... protub... prosti... lembrei... prostituta! – fez uma expressão confusa – eu nem sei o que é uma prostituta, só sei que é uma mulher muito pecadora – lembrou de quando sua mãe a chamou daquilo e aproveitou para perguntar e descobrir do que a mãe a chamara – o que é uma prostituta?

    No mais, ela se divertiu muito, amou todas as músicas, pena que nenhuma era do seu grupo favorito, mas não deixou que isso a desanimasse. Ficou só chateada por não poder fazer aquilo direito e concluiu que gostava das músicas mais enérgicas. Ela se esforçou para fazer todas as danças, mesmo que só com os braços, algumas eram engraçadas como aquela que todos ficam tão próximos que tinham que se tocar ou aquela que tinha wave e tinham que ondular o corpo.

    - Isso foi tão legal!
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    Luxi
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    Mensagem por Luxi Dom Jun 25, 2017 12:26 am

    ♪ Shin-Hee ♪


    “Ufa! Então tá bom. Só não vai sofrer abusos calado. Ou mando te sequestrarem”, a amiga escreveu. “Pode pedir o que quiser. Só avisar”


    (...)

    - Se precisar desabafar pra alguém, é só falar! E se a coisa ficar feia, vá para o hotel do Quan Lei.
    - Bem, é verdade. O programa oferece hotel para quem mora longe ou não tem apoio durante o programa. É legal isso… Não fazia ideia que você tinha um problema desses. Não é pra qualquer um bater de frente com um senador em casa. E a gente falando mal das celebridades para vocÊ… Isso não te irritou em nenhum momento?
    - Foi isso que eu achei legal nele. Ele foi perfeitamente normal com a gente. Quer dizer… exceto quando usa palavras formais no meio da fala dele. Mas isso se chama “educação”, que nosso amigo chinês não tem.
    - Isso foi muito preconceituoso…

    Os dois pareceram se acostumar um pouco com a ideia, pelo menos, até o fim da aula, quando finalmente estavam no mesmo barco de novo, treinando para a mesma finalidade.

    (...)

    Era só um detalhe, mas chamava a expressão triste da mãe ao mencionar o uniforme chamou sua atenção. Teria sido irrecuperável se ele não sorrisse para ela de volta. Os dois partilhavam da mesma dor, mas ela sentia-se inteiramente responsável por isso.

    (...)

    Myeon era uma boneca viva, toda meiga, mas ao mesmo tempo cheia de si. Uma combinação magnética para agradar vários tipos de fãs na internet. Hyosang claramente ficava olhando para ele como se os dois fossem namorados ou algo do tipo, revirando os olhos e fazendo biquinhos, isso até o gerente se empolgar com a oportunidade de negócio parte 2.

    - Sua noona é engraçada. Ela está fazendo caretas - Myeon observou, acenando. - Ah, entendi por que ela está brava. Que roupas são essas? São bonitas. São obras do seu chefe também?

    Falando no dito cujo… lá estava ele novamente, com as cifras piscando nos olhos.

    - AI MEU DEUS, QUE LINDO~~  - Myeon imediatamente tirou fotos do café.  - Não sabia que você era talentoso para isso, oppa. Estou impressionada.

    - É nossa especialidade - mentiu o gerente. - Decorou o nome daqui? Anote aí menina. Esse café é preparado com uma técnica especial e…

    Depois que o gerente terminou de fazer sua propaganda, retornou para a cozinha, deixando a menina rindo sozinha.

    - Que sucesso! Bem, eu fiquei preocupada que você estivesse sendo explorado por um desses lugares que empregam jovens, mas estou impressionada. Aqui até que parece legal e as pessoas gostam de você...e o seu café é tão fofinha que não dá coragem de beber. Fiquei feliz Hm… - aproximou-se para ouvir o que ele tinha a dizer. - Hm… estranho. Bem, eu sei que vai ter um coquetel nesse dia para lançamentos de roupas, mas não sei por que convidariam a sua família para comparecer… Eu estava em dúvida se eu ia, mas agora eu vou com certeza!! Qualquer coisa, estarei por lá, caso o seu pai… sei lá, faça o louco. Você não faz ideia do que bons vídeos na internet podem fazer com uma pessoa! Pelo menos, foi o que me falaram no curso, tinha cada exemplo que eu nem sabia!! Er… mas vamos ao que interessa. Você está muito bonito, oppa. - sorriu meiga, mas continuava confiante. -  Bem, já que estão falando mal de você, vamos fazer assim: o que você quer dizer? Faço de conta que eu te perguntei. - mostrou a língua. - E aí eu complemento com o que eu achar que devo.


    A matéria seria por escrito, mas ela incluiria algumas fotos dele no blog. Caso ele não soubesse exatamente o que dizer, ela tentaria conduzir perguntas simples, como por que ele havia decidido trabalhar, por quanto tempo faria isso, fazer comentários sobre a polêmica do senador e se ele nunca pensou entrar na política, falar dos hobbies dele, por quem estava torcendo para formar um grupo com ele no programa e um recado para as fãs.

    Depois dessa sessão, chegava o horário de ir. A menina se despediu dele com alegria e seu dia tinha uma sequência comum… exceto pela ansiedade do que seria exibido no programa.

    Em casa, dessa vez encontrou com o pai, ele o tratou normalmente, ou seja, o ignorou sem grosserias, simplesmente foi rumo ao escritório. A mãe parecia tranquila e foi conversar com ele para saber como andava o trabalho e se estava bem.

    Pouco tempo depois, o programa seria exibido.

    A edição do dia certamente teria excelente audiência. O programa contava como todos estavam sendo avaliados desde o momento em que a coreografia começou a ser ensinada, e trouxe insights dos famosos chegando no local, assim como destaques especiais, como Eunji e Yuki, que ganharam os três sims. Dam, Bae, Quan Lei, Tommy e Shin também ganharam takes de atenção por esse motivo, como se fossem protagonistas do programa.  Minki ganhava uma música de badboy e logo o esbarrão em Yuki se tornou um foco como uma “câmera secreta”. Como Yuki e Eunji eram consideradas protagonistas, aquilo foi tratado com uma trilha sonora mais séria.
    O programa cortava para mini entrevistas dos participantes durante a etapa anterior, quase que lembrando os espectadores que deveriam torcer por aquelas pessoas. Até a parte da coreografia era benéfica para os “protagonistas”.  Os dois momentos de ensaio foram compilados naquele espaço. Shin não ganhou grandes destaques, mas cada uma das fileiras foi exibida por um momento, destacando só os melhores e os piores. O jeito atrapalhado de Yuki era sonorizado com uma música fofa engraçadinha, enquanto de Bae era retratado como preocupante e setinhas visuais na tela, com dizeres “será que ele vai conseguir passar após uma performance inesquecível??”
    Porém, foi após o intervalo, com uma chamada para a briga, que o programa esquentou de verdade. Minki foi retratado como um louco explosivo que “partiu para cima” de Tae, mostrando a encarada dos rapazes. O discurso de Tae para as câmeras, no entanto, foi cortado. Os jurados foram mostrados chegando no programa para assistir aos vídeos de treinamento dos candidatos, mas a cena que foi mostrada foi de um staff comunicando uma agressão. O amontoado de pessoas na frente do vestiário era o foco e um novo intervalo abriu, com dizeres empolgados de “Quem foi agredido? Quem foi o agressor?”
    O programa voltou com uma música séria e toda a cena do diretor procurando um culpado foi exibido, inclusive com a ideia levantada por Peach e a resposta de Shin. A cena em que a menina abaixa o rosto entristecida foi tratada como uma grande heroína trágica. “Peach ganhou inimigos???” e os rostos de todos que foram contra ela foram focados.
    Ao final, houve o anúncio das expulsões e depois breve das eliminações e as reações mais dramáticas, encerrando o episódio com takes das melhores performances individuais de Not Today, visto que nem todos tinham conseguido aprender a coreografia com maestria, então podia-se dizer que o melhor momento de cada um foi mostrado, formando um clipe que fazia parecer que todos ali eram de ótimo nível.
    “No próximo episódio..
    Uma etapa surpresa vai balançar os candidatos.
    ~  Assista à performance completa em nosso site ~ “

    (off: é isso! Próximo post será com o início da nova etapa bounce )

    ♫♫♫

    ♪ Eun-Ji  

    A brincadeira das respostas tinha sido bem frutífera para alguém tímido como Eunji era perto dele, e de poucas palavras como ele era geralmente. No fim, acabaram sabendo muitos pequenos detalhes um sobre o outro.

    "Qual é sua música favorita?"
    * “Park Hyo Shin - Wild Flower” , era a música da apresentação dele.

    “Romance, comédia ou terror?’
    * “Terror.”

    “Cachorro ou gato?’
    * “Gato”

    “Gaji muchim. E a sua?’
    * “Corn dog”

    “Orgulho e Preconceito e o seu?”
    * “Armada - Ernest Cline”

    “Música, mas se for objeto é o seu celular e o seu?”
    * “Fico feliz. Acho que minha moto”

    “Os dois. Azedo ou picante?’
    * “Picante”

    “Seu celular e na sua?”
    * “Não vejo direito, está escuro.”

    “Barulho ou silêncio?”
    * “Silêncio”

    “Qual sua cor favorita?’
    * “Azul”

    “Você era um bebê fofo?”
    * “Bebês homens são todos iguais”

    “Remédio natural ou da farmácia?’
    * “Nunca pensei nisso. Tem muita diferença?”

    “Música calma ou animada?’
    * “Depende do momento. Calma”

    “Sala de aula ou biblioteca?’
    * “Biblioteca”

    “Chuva ou sol?’
    * “Chuva”

    “Camisetas ou camisas?’
    * “Camisetas. “

    “Joaninha ou borboleta?’
    “ Joaninha? VocÊ tem um preferido entre esses dois?”

    “Que música cantaria para mim? E qual gostaria que eu cantasse?
    * “Dream Girl, do Beast. ; ]
    A que você tivesse vontade”

    “Eu faço isso com as pessoas.
    Boa noite, garota rebelde”


    ♫♫♫

    ♪ Eun-Ji  e Yuki ♪

    Minsoo deu um sorriso lindo em troca de suas palavras gentis sobre a música que ele tinha cantado.
    - Verdade? Obrigado!! Eu tentei dar o meu melhor naquele dia. Que bom que deu certo.
    (...)

    Dam pigarreou quando foi chamado de fofo, desviando o olhar e fazendo aquela cara de mau humor, mas Eunji começava a entender o jeito dele quando estava envergonhado, tanto é que arriscou uma estratégia imbatível. O rapaz a observou fazendo aegyo e acabou piscando lentamente, sorrindo.

    3º passo - Alianças - Página 3 34410_original

    - Você é muito boba…

    Conforme ela falava sobre a família, ele só a observava sério e em silêncio. Mal sabia ela o quanto ele tinha vontade de fazer uma visitinha para aquelas pessoas.

    (...)


    - Oh! Vocês fizeram kimchi? Assim eu vou ficar com fome. Espero estar lá da próxima vez que fizerem. Sua mãe é muito gentil. Gostei bastante dela. Aliás, espero não termos dado muito trabalho para ela naquele dia.

    (...)

    - Não peça desculpas…. E Bem.. não sei se posso dizer isso.. - comentou Dam sobre sua casa.

    - É uma boa ideia de brincadeira. Vamos obrigar o Dam-shi a cantar tudo que for falar para ajudá-lo a abrir o coração! - brincou Minsoo, deixando o amigo com cara ameaçadora olhando para ele.

    A brincadeira começou e a primeira música deixou todo mundo meio sem jeito. Minsoo fez gracinha, imitando as mãos das garotas, fazendo aegyo para Yuki, para incentiva-la dando risada de si mesmo. Dam cruzou os braços e passou a olhar Eunji, que fez um comentário um tanto chocante.

    O rapaz fechou a cara na hora e olhou para baixo, apertando os olhos. Respirou profundamente e deu uma estaladinha no punho direito, só de fechá-lo devagar. Outra música estava prestes a começar enquanto aquela pergunta desagradável tinha ficado no ar. Até Minsoo foi pego de surpresa, suspirando meio chateado e trocando um olhar complacente com os amigos.

    - ...É… bem….

    - Uma coisa que uma mãe nunca devia falar para uma filha. - Dam decretou, muito irritado.

    - Sua mãe devia estar brava nesse dia, não é? Não dê importância, Eunji-ya… Esqueça essa palavra. Olha, a Yuki vai dançar a próxima. Eu também. Vamos todos? VocÊ gosta deles? Me ensine a dançar essa. Fighting, sunbae! - brincou Minsoo, mas estava ainda empolgado a seu lado, incentivando-a com sorrisos, mas ainda pedindo com o olhar para que ela fizesse isso para desviar as atenções do tema ruim.

    O amigo tentou amenizar as coisas, Dam precisou respirar profundamente e levantou-se. Queria desviar o assunto, então teria que dançar também. Ele entrou imediatamente na outra música e assim ficou ali até o final, mas nas femininas, brincava só com os braços… até chegar no final, que ele cantou as músicas de meninas e apontava para Eunji, como se ela fosse “seu oppa”. Minsoo usava as músicas femininas para cantar com o amigo e fazer graça, muitas vezes parando para rir.  Outras ele só balançava de um lado para o outro e batia palmas para incentiva-las a dançar. No fim, os quatro estavam bem entrosados e de alguma forma estavam mais próximos.

    - Isso foi bem legal. Pausa para água! - Minsoo sugeriu. - Depois podemos continuar esse jogo. Vamos falar um pouco das nossas estratégias…

    Minsoo era um bom líder, ele tentou conduzir o restante daquele ensaio de uma maneira divertida, mas ao mesmo tempo organizada. Acabaram fazendo uma pausa depois para comer biscoitos, que foram muito elogiados por Minsoo, e Dam agradeceu com um sorriso sincero, notando que os seus eram especiais.

    No momento de conversarem sobre seus pontos fortes, Minsoo prometeu trazer o violão nos dias seguintes para ensinar a elas um básico sobre isso, então falou sobre compor músicas, disse que gostava de escrever quando estava muito feliz ou pensativo sobre algo, então as ideias fluíam, geralmente primeiro com uma melodia no violão que expressava isso e, depois, com a letra.

    Já Dam disse que não sabia ao certo como fazer para cantar com emoção, mas que escolhia músicas que ele gostava para cantar. Disse que não gostava muito de ficar no palco se exibindo para os outros, mas que não tinha se sentido mal na frente delas naquele dia e que isso poderia ser uma melhora. Disse que o seu segredo para cantar era que era o único momento que usava para expor seus sentimentos, já que não gostava de pensar neles no dia a dia, pois acreditava que pensar demais podia fazer uma pessoa sofrer bastante.

    (off: mocinhas do coração, Smile depois das respostas de vocês, se estiverem de acordo, vou resumir os outros dois dias de treino. Se não, tudo bem!)

    ♫♫♫

    ♪ Eu Se ♪

    Go Mi Nam parecia sofrer por causar lágrimas nos olhos dela. Não tinha planejado aquele evento e agira por impulso, agora tinha causado um mar de problemas para uma grande amiga. Assentiu conforme ela falava que eram amigos, entendia o que ela estava dizendo e concordava com o pensamento. Deixou uma mão parada no ar querendo encostar nela enquanto chorava, mas pensou duas vezes. Será que ela entenderia que o gesto era sincero ou acharia que estava se aproveitando dela? Meteu a mão no bolso e ficou olhando para baixo, até sugerir voltarem para o hotel, sentia muita culpa e refletia sobre o assunto.

    - Me desculpa… Eu prometo que nada vai mudar. Não pense que...  eu estou dando em cima de você ou alguma coisa do tipo agora.  - ele a abraçou forte em retribuição. - Eu só quero que você seja feliz.

    O abraço dele era familiar e tranquilo. Aquele gesto acalmava o medo de terem estragado a amizade de alguma maneira. É claro que Go Mi Nam precisaria de algum tempo para refletir sozinho e vencer a vergonha, mas se tinham conseguido se abraçar, isso demonstrava que a amizade valia muito. O amigo se despediu com um sorriso, para tomarem café no dia seguinte e acenou, voltando para seu hotel.

    De volta, Minki ficou fazendo perguntas desagradáveis sobre onde a menina estava e o que estava fazendo.
    - Ei. Por que vocês estão de segredinho?
    - Ele está me ajudando com um problema pessoal. Não quero que vocês fiquem sabendo - Amihan a encobriu de novo, saindo com ela no corredor e optando ir a uma sala de convivência, para não serem pegos de surpresa. Ele esperou pacientemente até que ela terminasse de falar tudo o que guardava em seu coração.

    - Minki falou de você de forma insuportável a cada vinte minutos nas últimas horas…  Ele está realmente enciumado sobre a sua amizade com o … Go Mi Nam? - confirmou com ela antes de continuar -  Eu me sinto estranho de falar sobre primeiro beijo com uma menina nova como você -  falava como um velho, apesar de ter só três anos a mais. - … Foi bem impróprio o que seu amigo fez…  eu lamento. - fez uma longa pausa, observando-a transferindo um tipo de conforto espiritual no ar. - O que acha de contar a ele (Minki)? … Não, ele é boca aberta e acabaria fazendo alguma besteira para expô-la. Eu só…  bem,  acho que vai chegar um momento que você terá que escolher abrir mão do segredo em nome do que está sentindo. Por enquanto, precisa se lembrar do porquê está aqui assim. Você veio pelo concurso, não veio? Aguente mais um pouco. Lembre-se do seu objetivo principal. Todo o resto vai passar assim que você atingi-lo, pense nisso. Foque em um problema de cada vez… E só para constar, acho você uma garota atraente. Mesmo como um menino. Acho que você poderia confundir muitos garotos da sua idade - sorriu gentilmente. - Não se deixe abater. Está sob muito stress, mas não está sozinha. Você tem a mim, Bae, Minki...e mesmo esse seu amigo, que fez algo bem… infeliz hoje, mas arriscou o nome para ajudá-la.  - ofereceu a mão a ela, para fazerem o toque secreto do grupinho. - Não perca a força.

    Quando terminaram de conversar, o rapaz ofereceu que voltassem ao quarto. Minki estava todo emburrado na cama, olhando o celular, até que eles chegaram. Ele ficou com a bochecha inflada e olhando torto para Amihan.
    - Amanhã se você não for sair com aquele seu amigo, a gente vai ensaiar, viu?

    - Você estava enchendo nossa paciência o dia todo e agora vai se fazer de frio, Minki? - debochou Amihan.

    - Cala a boca.

    - Bem, de qualquer forma, vamos ficar na academia, tá bom?

    - Oi Mi Nam, - Bae voltou para o quarto, guardando o celular - Foi legal lá? Acho que melhorei um pouco naquela música. Acho que eu já consigo dar o pulo sem cair. Ah, a gente comprou uns doces, pega lá.

    - Ei, isso era meu! Eram os últimos.

    Os garotos então começaram a brincar com o temperamento do amigo, em um clima alegre, meio destoante de como a menina tinha se sentido desde então. Os papos banais tomaram conta, até que Bae decidiu ir dormir, dando uma sequência de despedidas de boa noite.

    No dia seguinte, o amigo estava esperando por ela para tomarem café da manhã. Sorria como se absolutamente nada tivesse acontecido, o que era um pouco bizarro, mas logo nas primeiras frases ela pegou a expressão dele meio chateada uma ou duas vezes, evidenciando que ele fazia um grande um grande esforço para manter a promessa com ela de que nada tinha mudado, e depois de uns dez minutos juntos, o verdadeiro Go Mi Nam já tinha relaxado e levantado histórias antigas, para tornar o clima mais amistoso.

    - Quando você for se apresentar, me chama de novo. Venho torcer por você. Vou bater naquele diretor se quiser também. Hahaha. Dele até eu acho que ganho, será? Acho que você fez amizade com a pessoa errada, lembra do Porco, da nossa rua??  Se vocÊ não tivesse brigado com ele porque ele fazia bullying comigo, acho que ele imporia respeito hehe.

    Na hora de se despedirem, o amigo a abraçou de novo, mas dando uns tapinhas em suas costas, tentando tornar aquilo mais “masculino” para olhares externos. Ele se afastou segurando os ombros dela e olhou bem em seus olhos.

    - Desculpe por fazê-la chorar. Isso nunca mais vai acontecer. Eu vou ser sempre sempre o seu amigo idiota Go Mi Nam - murmurou a última parte. - Se eu não fizesse burrices de vez em quando, não seria eu. - sorriu meio bobo - Mas eu quero que saiba que nunca quis te ver triste por minha causa, e nunca quero te ver assim de novo. Conte comigo pra vir voando te defender. Mande um abraço para sua mãe.

    O amigo era sincero. É claro que estava um pouco mexido com a história, mas a amizade deles era mais importante do que um sentimento caprichoso não correspondido. Na sequência de sua despedida, os meninos desceram para tomar café e quiseram ir para a quadra para treinar.

    Minki “magicamente” tinha voltado a agir normalmente e estava empolgado com a coreografia. Quando Bae errava, ele olhava para Eu Se e falava alto:
    - Você tem que colocar o braço assim. Como se tivesse martelando uma coisa.

    E até quando Amihan deu cinco minutinhos de água para eles, o menino falou:
    - Eu vou ficar na sala!  

    Estava claramente se esforçando para participar daquele ensaio, sem ser o menino relapso de sempre, mesmo revirando os olhos e às vezes sendo pego brincando com os pesinhos da academia. O quarteto treinou naquele dia normalmente.

    Mais tarde, o verdadeiro Go Mi Nam lhe mandou uma mensagem dizendo que tinha chegado em segurança e mandou a foto dos dois juntos.
    “Essa balada é muito legal. Quero ir de novo da próxima vez.“

    Naquela noite, o segundo episódio do programa foi exibido, trazendo uma nova leva de participantes para a tela, inclusive as tais das gêmeas, o garoto chinês, incrível em dança, e Shin Hee, que tinha conhecido em algum momento da vida. Mesmo já tendo concluído isso, o rosto dele causava alguma memória incipiente nela, alguma informação incômoda que ela não conseguia se lembrar, mas essa sensação foi embora quando os flashes do próximo episódio mostraram um Minki agressivo gritando com Tae.

    O menino fechou a cara olhando para a cena. Era aquela expressão de raiva que ele só fazia durante o programa… Quando menos se desse conta, o loiro já tinha saído para dar uma volta, e só voltou mais tarde.

    Uma nova mensagem apareceu em seu celular. Era seu pai, simplesmente com um endereço do Hwarang Seoul e uma data: a noite seguinte ao dia da etapa do programa. Era esse o dia que ela deveria aparecer como garota.

    No dia seguinte, faltavam três dias para a etapa, e quatro para o evento especial com seu pai. A semana poderia lhe parecer bem curta agora. O lado bom dessa percepção é que uma mensagem de seu professor de música clássica alegrava o dia.

    “É com muita satisfação que li sua mensagem.
    Como tem passado?
    Fico feliz que ainda tenha interesse em música. É de pessoas talentosas e apaixonadas como você que nosso meio precisa.
    Eu gostaria de indicá-lo a uma bolsa de estudos de férias, mas infelizmente o prazo já passou.
    No entanto, teremos novos testes para o segundo semestre. Peça mais informações no instituto, por favor.

    Fico à sua disposição“

    Naquele e nos próximos dois dias, os meninos planejavam em treinar, mesmo no escuro, para a etapa surpresa.

    (off: :3 pretendo resumir esses treinos e ir finalmente para a noite anterior à etapa e a dita cuja, caso não tenha mais nada a acrescentar.)





    Para deixar registrado, estou muito feliz de termos chegado até aqui!!! Espero que estejam curtindo e que o interesse de vocês continue em alta. Considero que nesse ponto estamos praticamente na metade de nossa historinha, passadas as introduções iniciais.
    Obrigada por estarem comigo e fiquem sempre à vontade para dar sugestões. Tenho muuuita vontade de concluir essa plot com vocês.
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    3º passo - Alianças - Página 3 Empty Re: 3º passo - Alianças

    Mensagem por Persephone Dom Jun 25, 2017 1:26 pm

    Era uma situação bastante inusitada. Shin-Hee nunca tinha passado por aquilo antes, de modo que acabava reagindo de um pouco um tanto quanto cômico para quem visse de fora. Aquele rapaz que era sempre tão sério e cheio de si, começava a corar de repente e ficar sem jeito por conta dos modos e indiretas - às vezes diretas - de seus chefes. Olhou de banda para Hyosang de novo e massageou a têmpora por conta da cara que ela fazia.

    Por que essas pessoas não podiam ser um pouco mais discretas?!

    Pior que Myeon ainda apontava, mas pelo menos ela não parecia entender da mesma forma de Shin. Voltou a atenção para ela, mas isso não significava que era algo mais fácil, hm? Myeon estava iluminada naquela manhã e foi preciso que ele descesse de seu pedestal para ver que ela tinha um próprio também. Deu um meio sorriso com o comentário dela, mas focou-se em fazer o desenho do gatinho no café. expresso.

    - É obra do meu chefe. Acho que ele leu muito mangá e viu muitas novelas. Desde que contei sobre o programa, ele resolveu tirar essas roupas do fundo do baú e adaptar pra gente. Talvez por isso a noona esteja brava também. - Olhou para a saia de maid de Hyosang e devia ter certo aborrecimento naquele sentido.

    Entregou o café para a amiga e riu meio sem jeito. Antes que ele pudesse se justificar, o Sr. Cifrõess apareceu fazendo a propaganda da cafeteria. Shin o encarou cheio de interrogações na cabeça, mas suspirou e voltou a encará-la quando ficaram a sós de novo. A amiga começou a elogiar sobre o emprego dele e, principalmente sobre o café. Shin concordava que ali era bem legal. Já gostava de frequentar antes, mas a simpatia aumentou depois que começou a trabalhar ali. Não tinha nem três dias, mas estava feliz. Não tinha expressão melhor.

    - Na verdade, estou treinando no desenho desde ontem. Esse foi o primeiro que alguém achou fofo, Myeon-shi. Mas você é café com leite. - Dizia com as mãos espalmadas no balcão, abrindo um pouco os braços. - É só o contorno de um gato, está torto, mas você é muito gentil comigo.

    Manteve o sorriso e deixou que ela tirasse quantas fotos quisesse daquele gato torto. Talvez com o ângulo certo, ficasse bonito. O rapaz cruzou os braços e a observou por um tempo. A entrevista finalmente estava para começar, mas antes, eles trocaram mais algumas informações, em alguns cochichos suspeitos. Arqueou uma das sobrancelhas quando ouviu que o evento seria um coquetel para lançamento de roupas.

    - Não sei porque meu pai teria interesse num evento desses...- Ponderou, mas ficou aliviado ao saber que Myeon também iria. Chegou até a sorrir e ficou tão feliz que nem se deu conta quando respondeu. - Você que está particularmente linda hoje, Myeon- shi. - E a encarou fixamente enquanto ela mantinha aquela postura confiante. Não se arrependeu do que disse, mas houve um instante de silêncio, onde os dois só ficaram se observando, separados por aquele balcão e olhando de ângulos diferentes pela diferença de altura.

    Shin-Hee sorriu de novo, abaixando o olhar e colocou o pano branco em seu ombro enquanto pensava no que gostaria de dizer.

    - Ahm...Eu tinha um discurso pronto, mas eu não sei porque agora o perdi. Você me distraiu, Myeon-shi. - Disse num tom de brincadeira, mas era verdade. - Já que você tornou-se o foco de minha atenção, vou agir como se quisesse que apenas você soubesse e serei o mais honesto possível. Se quiser gravar para memorizar melhor, pode gravar. Ou filmar, se preferir...Eu tenho que me acostumar com isso mesmo.

    Preparou-se, abaixando a cabeça por um instante e então encarou Myeon fixamente, como se encontrasse um pouco de tranquilidade naquela expressão para ser o mais claro possível. Caso ela estivesse filmando, a câmera dela também captaria um alto nivel de expressão, de modo que ele conseguia transmitir por seu olhar, postura corporal e até mesmo respiração, tudo o que queria dizer.

    "A primeira vez que tive contato com música foi aos 15 anos. Ali eu não conhecia meu talento que mereceu os três sim's dos jurados do reality. Era algo que eu descobri que gostava de fazer como um hobby, de modo despretensioso. Algo que era apenas meu e eu não contava para ninguém. Aprendi a tocar violão, piano e teclado, tudo de ouvido e pelas cifras que têm pelos sites.

    [...]

    Esse ano, eu tive um evento no colégio que me desafiava a fazer algo inédito, que ninguém soubesse. Foi a primeira vez que cantei em público e...Naquele momento, essa vontade despertou em mim. Eu gostei de fazer com que minha voz fosse sentida por outras pessoas. Gostei de transmitir emoção e, principalmente, gostei do que senti ali. foi uma surpresa para todos, até mesmo para meus pais.

    [...]

    Nunca tive talento para a política. Apesar de me preocupar e tentar ser o mais justo possível, eu nunca me vi numa posição de algum cargo público. Sei que minha família tem um grande história, mas isso não foi feito pra mim. Agora, mais do que nunca, eu sei. Posso ser considerado privilegiado pela educação e instrução que tive, mas eu não levei meu nome ou influencia de meus pais para o programa.

    [...]

    Tudo o que fiz até agora, foi mérito meu. Claro, eu estudo, eu me esforço, eu tenho aulas particulares, mas quem está pagando por elas sou eu, com o meu trabalho. Meus pais me educaram para assumir minhas responsabilidades e compromissos. Então, se eu quero correr atrás desse sonho que começou de modo despretensioso e que tem crescido com o passar do tempo, eu tenho que me esforçar, fazer por onde. Por isso comecei a trabalhar num lugar que não tem influencia de nenhum dos dois, onde eu sou apenas o Shin-Hee, não o Yoon Shin-Hee. Assim como no início do programa, eu era apenas um ilustre desconhecido.

    [...]

    Quero conquistar as coisas por meu esforço e trabalho e isso eu englobo todas as áreas da minha vida."


    Sua entrevista foi basicamente assim, voltada para o problema que tinha estourado. Mas Shin também respondeu à outras perguntas mais leves.

    "Não sei por quanto tempo vou trabalhar no Café. Eu estou me esforçando e espero aprender a fazer outros desenhos e não só o café gatinho" - para ilustrar, ele tirou uma foto engraçada, mostrando sua obra de arte. - "Acredito que fico até meu chefe cansar da minha cantoria..." - Foi um modo mais descontraído de falar.

    Riu da pergunta sobre o grupo.

    "Eu com certeza quero Quan Lei e Tommy no meu time. São os melhores amigos que eu poderia encontrar no programa. Sei que tem pessoas muito talentosas por lá, o Minki mesmo é um cara bacana, isso sem falar das meninas. Mas eu queria muito que eles dois seguissem comigo. A gente se dá muito bem."

    E sobre as histórias de namoro, Shin corou e disse.

    "Não tenho namorada, mas façamos assim: a menos que me obriguem por algum motivo, a próxima vez que eu cantar Beautiful será para a minha namorada. Fechado?"

    A entrevista foi muito bem, revezando momentos mais sérios e mais divertidos. Era como Shin se portava, afinal, ele sabia ser formal e polido, mas os amigos mais antigos conheciam o lado besta dele, que envolvia brincadeiras e piadas. Fora que Myeon também conseguia conduzir muito bem, de modo que pareceu mesmo que ele estava conversando só com ela e não para uma matéria.

    Quando ela se foi, o dia passou um pouco mais devagar. O ensaio com os meninos foi bastante produtivo e eles tinham firmado ainda mais o laço depois que souberam a verdade de Shin. Ele ficou positivamente feliz a respeito da postura dos dois quando souberam que o que ele passava em casa. Agora mesmo que ele não queria perder aquele trio por nada. Mesmo que ainda tivesse muito o que descobrir sobre eles, já sentia que seriam amigos de longa data.

    Uma vez que estivesse em casa, ele tomaria um banho para relaxar e uma dose dupla de remédio. Seguiu para o sofá para assistir ao programa com sua mãe. Reclamou um pouco de dor no braço, mas já tinha se medicado e colocou uma compressa. Contou sobre seu dia, a visita de Myeon e a entrevista. Os dois só pararam de conversar quando o programa começou.

    Edição realmente era tudo...

    Tudo foi resumido, mas Shin achou que poderia ser pior. Por algum motivo, Tae não tinha saído como 100% vítima naquela situação, nem mesmo seu discurso foi mostrado - muito menos uma "câmera escondida" sobre o pedido de namoro dele com Peach. Tinha sido um programa bem interessante de se assistir, mas para quem tinha vivivo aquele dia pessoalmente, era dificil dizer o que eles tinham em mente.

    - Viu como eu danço "bem"? - Perguntou para cortar o clima, mas acabou rindo. - Prometo que dessa vez estarei melhor. Estou treinando bastante

    [/i][/color]
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    3º passo - Alianças - Página 3 Empty Re: 3º passo - Alianças

    Mensagem por shamps Dom Jun 25, 2017 2:32 pm

    A garota rebelde nunca tinha se divertido tanto numa simples conversa de respostas simples. De fato Dam era incrivelmente surpreendente. Sua música favorita era aquela que fez todo mundo chorar no primeiro dia, como Yuki poderia achar perigoso alguém capaz daquilo? E ele gostava de gatos, bichinhos tão fofos, ela nunca tinha tido um bichinho de estimação, sua família não gostava de animais em casa por vários motivos. E se a criança levada se interessasse demais por eles? Melhor não... E o que era um corn dog? Teria que descobrir. Tantas outras pequenas coisas que o tornavam especial para a jovem.

    “Joaninha, são muito bonitinhas”
    “Você tem um gato? Nunca tive um animal de estimação”
    “Tem diferença, aqui só usamos natural”
    “Então era fofo porque bebês são fofos.”
    “Conheço poucas músicas, mas escolherei com o coração uma bem bonita para cantar”


    Obviamente seu coração acelerou com a possibilidade de ver Dam cantando sua canção favorita, seria um sonho aquele príncipe cantando Beast.


    Eun-Ji tinha passado mais tempo com Dam do que com qualquer um ali naquele salão e já percebia as pequenas nuances no jeito dele e sorriu quando ele tentou fugir do seu aegyo e não conseguiu. Ele a chamou de boba e ela sorriu mais ainda, escondendo o sorriso com a mão, mas ela tinha conseguido o que queria: ver novamente aquele sorriso.

    A conversa entre os quatro era animada, ver a amiga falando era incrível também, ela ainda ficava envergonhada quando estava com o Minsoo enquanto ele agia naturalmente, sempre sorrindo e descontraindo o ambiente, o que deixava Dam perdido.

    - Não é fofinha sua casa? Então como ela é? A casa da Yuki unnie é fofinha – estava bem contente por se lembrar que passou uma tarde na casa de sua amiga. Ficou feliz por Minsoo gostar de sua ideia de fazer o oppa cantar para se soltar e se divertiu com a cara emburrada dele para o rapaz brincalhão – pois gosto dessa ideia.

    Minsoo era muito engraçado e parecia ser o que mais estava se divertindo com a brincadeira das danças. Eun-Ji dava muita risada com ele, ela estava bem animada e dançou sem cansar todas as músicas, claro que só mexias os braços.
    Não entendeu a reação das pessoas quando fez um comentário tão inocente, afinal era o que sua mãe tinha ensinado a ela. Pela reação deles devia ser uma coisa muito, mas muito feia mesmo e ficou pensativa. Dam foi o que ficou mais perturbado, até se pronunciar.

    - Mas a minha falou... nossa, deve ser algo muito horrível... – ficou um pouco amuada e tentou dissipar o assunto – err... me desculpem... vamos voltar a brincar... – fez o possível para não ficar triste por lembrar-se das palavras de sua mãe. Aquele não era um dia para tristezas – sim Minsoo-shi, ela estava bem brava e quase quebrou o presente que ganhei da senhora Bora, a presilha que usei no primeiro dia de audição. Ela arrancou da minha cabeça e jogou no chão, que bom que não quebrou. Então ela falou que eu parecia uma... está bem, Minsoo-shi, eu vou esquecer... isso não tem importância, não é mesmo? – e voltou a sorrir. Não queria deixar pensamentos nebulosos estragar sua tarde divertida entre amigos – vai lá, Yuki... boa ideia, vamos todos – ficava feliz ao ver a amiga e seu oppa se divertindo juntos.

    A ruiva já sentia o joelho cansar um pouco e ia até se sentar, mas mudou de ideia quando viu Dam voltar para o jogo de dança. Aos poucos foram se soltando e no final já estavam zoando entre as músicas. Ela ficava feliz todas as vezes que Dam a tratava como oppa e sempre ria disso. Para Minsoo já era natural aquelas brincadeiras e até puxava Dam para a palhaçada, Eun-Ji mal conseguia acreditar que ele era capaz de brincar daquela maneira tão fluida, já que estava sempre tão sério.

    Na pausa, ela foi depressa para o sofá, jogando-se nele para aliviar a pressão nos joelhos, mas não estava com cara de dor, pelo contrário, sorria bastante. Ela descansou bastante antes de ir pegar água. Observou ansiosa os amigos provarem seus biscoitos, era o momento de saber se eram bons ou não, por sorte viu Dam sorrindo com o seu. Não era bem assim que tinha imagino entregar aqueles biscoitos, mas ficou feliz mesmo assim. O sorriso dele a desmontou e ela ficou muito encabulada com a reação dele e baixou a cabeça enquanto ajeitava o cabelo atrás da orelha.

    Ouviu com atenção as explicações de Minsoo e adorou a ideia do violão. Ela também repassou o que tinha aprendido com Bora e Sonja, coisas como respiração e exercícios vocais. Enquanto ouvia Dam falar, ela imaginava ele cantando sua música com emoção, o que será que ele sentia quando cantou Wild flower? Não pensar nos sentimentos? Era esse seu segredo?

    - Acho que eu entendo o que diz, oppa. Canto com a simples felicidade de cantar... é só o que eu quero fazer... foi muito emocionante aquela apresentação. E que bom que não ficou com vergonha de nós. Eu também sinto que me liberto quando canto e perco a timidez... é como se não houvesse mais ninguém em volta...

    Quando os meninos se afastavam delas, aproveitou para conversar com Yuki sobre eles:

    - Como estamos nos saindo em nossa missão? Ontem eu consegui perguntar algumas coisas para o oppa, pelo celular, sabe? Ele também fez perguntas para mim... nunca fiquei acordada até tão tarde... viu, o Minsoo-shi respondeu as nossas perguntas, o oppa nem tanto, mas tentou... estou feliz por ver que você está conseguindo ficar mais à vontade com o seu oppa – e sorriu bem animada para a amiga e fez um ‘joinha’ para ela.

    Esperou por um momento em que Dam se afastasse um pouco do grupo para ir até ele e conversar, sem com seu jeito tímido, porém meigo de iniciar uma conversa.

    - Os biscoitos são para agradecer por tudo que fez por mim, desde o primeiro dia de audição. Nunca me esqueço de como foi gentil ao tentar me tranquilizar e depois no dia da dança também. Você cuidou de mim de tantas formas, oppa. Não sabia muito bem como agradecer e como sei cozinhar, resolvi fazer esses biscoitos, mas o seu tinha que ser especial, por isso pensei nas frutas e na cobertura. Espero que tenham ficado gostosos. Acabei ficando um pouco insegura com o último comentário do meu avô. Sempre acreditei que minha comida era boa... mas não tem importância, só eu que cozinho lá, então há como eu melhorar né – e sorriu bem feliz com a possibilidade de no futuro cozinhar muito bem – um dia posso fazer o corn dog, só que você tem que me mostrar o que é, por não sei o que um corn dog... o que é um corn dog? – ela não tinha contato com comidas de rua e coisas muito industrializadas, em sua casa tudo era natural e orgânico e as comidas sempre as mais típicas coreanas, já que o avô detestava qualquer coisa estrangeira – com a receita em mãos eu consigo fazer, claro, se eu tiver os ingredientes em casa... mas será experimental hahahah... ah, ou posso fazer algo picante – ela se lembrava de todos os gostos dele – bom, só queria que soubesse que estou bem feliz, é como se fosse uma vida nova se abrindo diante de mim. Tantas novidades – ela cultivava um brilho no olhar muito sincero ao falar sobre as coisas que vivenciou em apenas algumas semanas – você não faz ideia de quantas coisas aprendi em tão pouco tempo... fiz minha primeira amiga – enquanto caminhavam de volta ia elencando nos dedos – e outros amigos; já conheci quatro casas: a da senhora Bora, do Tae, a da Yuki e agora a sua; conheci um parque, um restaurante, uma igreja, um prédio bonito; conheci muitas músicas e mangás; aprendi a mexer num celular; aprendi que existem vários tipos de rádios – tinha observado como os rádios das casas deles eram diferentes um do outro – tive duas refeições com uma mesa cheia e animada; conheci dois famosos e dois estrangeiros; usei roupas bonitas e até maquiagem e andei de moto... uau, quanta coisa... até perdi o fôlego, oppa! – olhou para os amigos – vocês devem me achar uma boba, né?
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    3º passo - Alianças - Página 3 Empty Re: 3º passo - Alianças

    Mensagem por Gakky Dom Jun 25, 2017 6:15 pm

    Tudo ia bem até que Eun-ji perguntou o que significava "prostituta". Yuki gelou por dentro, os garotos tentaram amenizar a situação, Dam ficou zangado, mas Minsoo tentava mudar o foco pra sua dança. Agora ela teria mesmo que dançar, mas por causa da amiga, Yuki ficou menos tímida, pois queria distrair a amiga mesmo fazendo gracinhas enquanto dançava.

    O resto do desafio foi divertido, principalmente vendo os garotos dançando as músicas de dança feminina, era engraçado e fazia Yuki rir. Então chegou o momento da pausa para água. Yuki já estava cansada e suada por causa do treino. Minsoo era sempre incrível para ela, comeram todos juntos os biscoitos que Eun-ji havia levado. Minsoo prometeu trazer o violão nos próximos dias e ensinar o básico de compor músicas. Dam tentou explicar como cantava com emoção, também falou coisas profundas sobre como pensar demais poderia fazer uma pessoa sofrer. De fato, Yuki sempre sofria quando pensava em seus problemas. Também estava preocupada com a amiga.

    - Eu canto porque me sinto feliz quando faço isso... - Comentou Yuki do seu jeitinho -E agora se tornou a forma de mudar minha sorte...

    Eun-ji lhe perguntou da missão, e Yuki respondeu antes que os amigos voltassem:

    - É acho que o plano está dando certo! Acho que me sinto melhor perto deles... Menos tímida... É bom, porque preciso me acostumar com isso, não é?

    Quando Dam se afastou um pouco, Eun-ji logo foi lá se aproximar dele, devia querer falar algo importante. Yuki se preocupava com Eun-ji e achava que ela tinha problemas sérios com a família, muito sérios. Mas por causa disso ficou sozinha com o Minsoo, o coração dela começou a bater acelerado, mas ao mesmo tempo sabia que era uma oportunidade para uma coisa que tinha planejado.

    - Obrigada por ter desviado o assunto quando Eun-ji fez aquela pergunta... - Disse devagar e em voz baixa para Minsoo, olhava para as próprias mãos enquanto fala, segurava uma garrafa de água e cutucava a embalagem - Ela é muito importante para mim, amigos sempre deviam ser importantes para todos... A Eun-ji rezou pelo meu irmão e isso fez ele conseguir um emprego. Ela é tão legal... Minsoo, você tem irmãos?

    Depois de ouvir a resposta dele, Yuki tira da sua bolsinha a dobradura em forma de tsuru que tinha feito e entrega para o Minsoo, sem olhar nos olhos deles, suas mãos tremiam um pouco, nunca tinha dado nada a um menino.

    - Eu queria ter feito algo melhor... Mas eu tentei o melhor que eu podia fazer ontem... É um presente por estar sendo gentil comigo... Com... Com a gente... - Disse baixo - Significa paz e longevidade para sua família, segundos os japoneses, se fizer mil pode realizar seu sonho... E... Acho que você já devia saber... né? Desculpe.... Acho que eu deveria fazer uns 3 mil para mim... Eu tenho muitos desejos...

    Depois, mais tarde quando já se despedia para ir embora com Eun-ji e esperavam a carona do lado de fora já, Yuki aproveita o momento para conversar uma coisa com Eun-ji:

    - Eun-ji... Antes de irmos... E agora que já nos despedirmos dos garotos... Sabe aquela palavra que você perguntou... Bom acho que deveria saber o que é para ninguém te fazer boba... Mas por favor, não entre em nenhuma briga por causa disso... O melhor é sempre ignorar. Então, essa palavra significa algo muito imoral... Significa que é uma pessoa que recebe dinheiro... Recebe dinheiro de um homem... Em troca ela deixa ele tocar nela como... Como se fossem amantes, entende? Tem gente que vive a vida ganhando dinheiro assim, existe todos os tipos de trabalho nesse mundo... Mas não é algo bom de fazer...
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    3º passo - Alianças - Página 3 Empty Re: 3º passo - Alianças

    Mensagem por shamps Dom Jun 25, 2017 7:54 pm

    A conversa antes das brincadeiras estava muito animada e a ruiva mestiça sorriu em apoio a sua amiga.

    - Que lindo, Yuki!

    Ela ficou super animada com o progresso da amiga.

    - Que bom que estamos progredindo. Sim unnie, você vai se acostumar rapidinho, afinal somos todos amigos, né! Eu também tinha vergonha de conversar com o Dam oppa no começo, mas por me sentir bem perto dele, me acostumei rápido – segurou nas mãos dela – tenho certeza que se dará muito bem com o Minsoo-shi. Ele é muito gentil.

    Mais ao final da tarde, Yuki veio lhe falar sobre o mal entendido mais cedo, sobre aquela fala esquisita dela. Novamente se sentiu mal por aquilo, pelo jeito que sua amiga falava definitivamente era algo muito sério.

    - T... tá... – estava receosa em saber, mas deixou que a amiga explicasse. Ela estava certa, Eun-Ji tinha que saber – n... não vou brigar, não se preocupe – ela engoliu em seco quando a amiga falou que era algo imoral – Deus diz que nosso corpo é sagrado – não entendeu direito quando ela falou sobre tocar o corpo como um amante, mas não entrou em detalhes, ela já tinha entendido que era algo ruim - então essas mulheres profanam seus corpos? Que horrível – suspirou – está tudo bem, unnie. Minha mãe não disse que eu era uma, só que eu estava parecendo uma... será que eu parecia uma mesmo? Eu só estava com a presilha... essas mulheres usam presilhas? Não sei como uma se parece... fiquei assustada agora, unnie – ela olha para seu próprio traje – que era apenas um moletom com barra na canela e uma camiseta, e nos pés tênis – com dúvida se estava parecida como uma – eu... eu pareço... uma? – passou as mãos pelos cabelos e pelo rosto – é esse cabelo, não é? Por isso meu avo fala que é do demônio... só pode ser... é por isso que minha família não gosta de mim? É isso, não é? Eu tenho que me livrar deles – e puxava as madeixas ruivas, chorando – eu sou imoral... ? Eu não quero que você seja vista com uma imoral – e sai correndo do prédio, bastante confusa e perdida. Não brigaria com sua mãe, mas saber que a sua mãe a via daquela maneira foi muito doloroso, ela que sempre fez de tudo para ser uma boa filha. Aquilo machucou seu coração e ficou preocupada com as pessoas que foram vistas com ela, Dam e Yuki e Bora. Seu pensamento simples a levou a conclusão simples e triste, ela não compreendeu a dimensão daquilo e por isso sofria. Por estar mancando não correu por muito tempo, mas notou que se afastou demais pelas ruas de Seul. Olhou em volta, perdida, pois não andava pelas ruas da cidade, muito menos sozinha. Onde ela estava? Como ia voltar embora? Nem percebeu por quais caminhos passou. Aliás, ela poderia voltar para casa?
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