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    O Sacrifício

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    O Sacrifício - Página 2 Empty Re: O Sacrifício

    Mensagem por Edu Sáb Mar 09, 2013 1:57 pm

    Zadir quando entrou na caverna pensava que nunca mais veria o sorriso de Isi novamente. Sentia-se triste com isso, era obvio que ele queria viver, mas tinha que fazer uma escolha e não podia voltar atrás. Tinha escolhido o sacrificio, era no momento o que podia fazer pra salvar seu pai e sua tribo.

    O jovem caminha triste e ancioso pela caverna. Sabia o seu destino, mas não gostava dele, como qualquer um que caminha pra morte apenas o aceita. Pensa nos momentos felizes da sua vida quando o terrivel ser puxa a picareta e parece que vai golpea-lo. A sua hora havia chegado e o fim estava proximo....

    Quando acha que ia sentir a dor final, levanta seus olhos e observa ao redor. O ser tinha sumido deixa no ar uma fala que afirmava ser ele o escolhido de Ubtao. De fato se sentia diferente, talvez mais confiante, talvez mais forte, no entanto a verdade era que não sabia o quanto isso lhe ajudaria no combate contra os vendedores de gente. Sinceramente, estava totalmente disposto a tentar descobrir........
    Elminster Aumar
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    Mensagem por Elminster Aumar Seg Mar 18, 2013 9:21 pm

    De cabeça erguida e esperança renovada, Zadir deixou para trás as luzes brilhantes da caverna para enfrentar novamente a escuridão do céu noturno. Ele tinha adquirido uma confiança sobrenatural sobre sua capacidade. Eu sou capaz de salvar minha tribo. Ele sabia tão bem disso quanto sabia manejar uma arma. Eu irei libertar meu pai. Irei estar vivo para ver meus filhos com Isi crescerem fortes. O nosso herói sabia de tudo isso, e um pouco mais.

    O caminho de volta foi solitário. Parecia que todos se afastavam de sua trajetória, até mesmo os animais e insetos. Raksh não foi visto, e Zadir concluiu que deveria prosseguir sozinho até o fim. Calmamente, ele se aproximou do acampamento. Guardas que tinham sido deixados de sobreaviso para àquela noite estavam por perto fazendo rondas. Um deles se aproximou e gritou algo para Zadir num idioma desconhecido. O nosso herói ignorou a fala do pobre homem e sacou sua lança. O guarda partiu para cortá-lo ao meio com a sua espada, mas Zadir se desviou com extrema facilidade e perfurou a perna dele de ponta-a-ponta com a sua lança. O guarda caiu no chão, e por lá ficou. Depois disso outros guardas vieram, mas todos foram derrotados pelo nosso herói com facilidade.

    Zadir prosseguiu adentrando o acampamento. Avistou algumas espécies de jaulas contendo os escravos que seriam vendidos para Além do Grande Mar. Sua ira começou a crescer. Novos vendedores de gente surgiram em seu caminho. Ele os combateu com garra. Derrubou um, dois, três... seis, sete, oito... e não parava de vir novos oponentes a cada minuto. Quando Zadir sofreu o primeiro corte é que percebeu que não era imortal – e muito menos invencível. A esta altura ele estava rodeado de homens que lutavam com armaduras de metal bom e espadas de gume afiado, enquanto ele próprio tinha apenas uma lança e uma armadura de couro. Apesar de tanta valentia, o nosso herói começava a ser castigado pelas investidas dos vendedores de gente, e ele logo começou a fraquejar. Cortes se abriam por todo o seu corpo, e por consequência disso Zadir caiu de joelhos e apoiou suas mãos na relva. Era o seu fim. Ou não?

    Não. Um Filho de Ubtao era também um filho da floresta, e quando as esperanças pareciam perdidas veio o chamado da natureza para auxiliá-lo. Um rugido monstruoso ecoou por todo o local, e os vendedores de gente recuaram, assustados. Outro rugido se fez ouvir e desta vez os homens ficaram definitivamente apavorados. As árvores se moveram junto com os arbustos, e de lá saíram não um, mas dois tiranossauros. Os imensos animais, que também eram filhos de Ubtao, entraram no acampamento. Homens gritaram, homens correram, e homens foram pisoteados. Outros dinossauros, menores que os primeiros, também surgiram de vários lados, e um verdadeiro caos foi instalado. Mas os animais sabiam o que estavam fazendo. Como não saber se eles foram enviados pelo próprio Ubtao? Os dinossauros atacavam única e exclusivamente os vendedores de gente, ignorando todo o resto de sua fúria inabalável.

    Em questão de minutos a coisa se resolveu. Alguns poucos homens conseguiram voltar para o barco e se refugiar, enquanto a maioria foi para o reino dos mortos. Zadir, ferido, mas de pé, viu os dinossauros irem embora tão subitamente quanto eles vieram. Ele procurou por seu pai, e o encontrou: Osaw estava gravemente ferido – ele fora açoitado por várias noites e havia várias cicatrizes em suas costas.

    “Filho”, disse Osaw colocando a mão no rosto do filho. “Eu não resistirei muito tempo. Minha passagem por este mundo está chegando ao fim. Mas não fique triste por mim. Eu cumpri o papel que tinha. Terei uma vida melhor no Outro Lado do Mundo. Prometa-me uma coisa: siga sempre o seu coração, filho.”

    E com estas últimas palavras Osaw cedeu à morte, e o nosso herói teve que enterrar o seu próprio pai. Foi uma cena triste e dolorosa, mas muita coisa tinha a ser feita. Zadir libertou um a um dos membros de sua tribo e os membros de outros clãs que também foram atacados. Todos puderam retornar são e salvos para as suas famílias, especialmente às mulheres que os aguardavam. Zadir reencontrou-se com Isi, e foi uma felicidade só. Raksh também apareceu, e parabenizou o nosso herói pela sua façanha. O clã Zimwa – apesar de tudo – se reconstruiria com o seu devido tempo, construindo novas casas e novas famílias. E foi com essa esperança que os motivou nos dias seguintes com muito trabalho para fazer.

    * * * * *

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    Meses se passaram desde então. O clã tinha crescido e evoluído mais do que era de se esperar. O nosso herói superara a morte do pai e descobriu que sua esposa teria um filho dele. Mas não esperava quando Raksh surgiu para lhe dar uma notícia. Não era bem uma notícia, mas um chamado:
    “Zadir, você cumpriu com a sua missão de resgatar sua família, e nós somos gratos a isso. Você não teve culpa nenhuma pela morte de Osaw, embora tenha tentado de tudo para que isso não ocorresse. Mas Zadir, você é Filho de Ubtao, e me dói no coração dizer que você não pode ficar mais aqui. Pelo menos não deve ficar. Você precisa ir para Mezro, a nossa cidade sagrada. Lá você se encontrará com os paladinos de Ubtao que poderão lhe ensinar muitas coisas. Você tem muito ainda a aprender, Zadir. Todos os Escolhidos de Ubtao passam em Mezro pelo menos uma vez na vida. E a sua vez é agora. Se for deixar depois, poderá ser tarde demais. Vá, e volte quando tiver pronto.”

    Zadir sabia que ele estava certo. Mezro era a maior área civilizada de Chult e todas as tribos a tratavam como uma cidade suprema e divina. Ele mesmo já vinha pensando na ideia de ir lá. Só assim ele estaria mais perto de Ubtao e de portanto revelar seus segredos. Com pesar, ele teve que se despedir de Isi. Ela estava grávida e não poderia viajar com ele. Zadir se despediu de seus amigos que participaram do seu ritual que o transformou em homem, Yawo e Ched. E se despediu de cada rosto conhecido da tribo.

    Ele teria um novo caminho a seguir. Uma nova direção. E ela seria solitária. Pelo menos no começo. E ele não pode deixar de lembrar "O sol surge no horizonte a cada dia para relembrar que sempre há um novo começo", as inscrições gravadas em Aram, o legado de sua família. Esse era o seu novo começo. Até onde isso o levaria?

    Apenas o futuro podia dizer.

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