Sala do orionleon e Nost

Ao ouvir o aviso da senhora começo a sentir uma inquietação, estava chegando a hora de ter mais algumas respostas. Ouço sobre as preocupações da outra jovem, mas aparentemente a senhora tinha as maioria das coisas sobre controle, ou estava convicta o suficiente para não admitir que não tinha as coisas sobre controle. -Acredito que devemos voltar ao treino Lu… Posso te chamar assim né? Completo com um sorriso amigável após ter limpo educadamente a boca.

Me levanto e enquanto saio me viro para agradecer -Muito obrigado pela comida senhora, estava ótimo. Em seguida espero Lu para me acompanhar. -Sobre se mover em zig zag, pra ser sincera, eu não entendi o por que disso. Você pode ir diretamente para as costas de qualquer um, o seu limite de movimento é bastante coisa. Dou uma pausa antes de gesticular e voltar a falar -Seus “saltos” consomem energia certo? Você tem que aproveita a surpresa, saltar e finalizar, simples e limpo, é o mais funcional… Ou discorda disso? Talvez seja útil para fazer alguém gastar balas... Mas se ele não tiver em estado de atirar, então, não faz diferença, faz?

Ouço os questionamentos e as dúvidas da garota, o nosso maior problema é que na verdade sabemos de muito pouco de nós mesmas. -Sim, eles podem conhecer seu poder, ou mesmo essa tática de ziguezag, por isso eu acho ela perigosa. Quando eu falei em aparecer e desaparecer também estava presumindo que você não tivesse sido notada, essa situação é a melhor para você tirar alguma vantagem. Dou mais uma longa olhada nela, tentando identificar se seu tipo físico sugestiona-se alguma capacidade física considerável. -Quanto a lutar, eu também não faço a menor ideia se sei, bom, você deveria imaginar isso né? Finalizo com um leve risinho sem graça, seria cômico se não fosse trágico. Sinto que já ouvi isso por ai.

-Bom, você já tentou se esforçar para lembrar algo? Eu… “Despertei” minhas memórias sobre plantas a algum tempo quando tentei identificar uma frutinha aqui perto… A gente podia tentar algo assim. Completo ao levar minha mão ao queixo e o apoia-lo em estado de reflexão.

Aparentemente a senhora estava um pouco apressada para finalizar o treinamento e logo nós enviar para o acampamento, talvez tivesse algo haver com aqui não ser tão seguro? Ou pudera ter outro motivo? Mas não é algo que eu queira trazer a tona de toda forma. -Sim, sim, vamos começar senhora Zandhay. Só estamos discutindo sobre o que pode ser feito, não podemos fazer qualquer treinamento se não soubermos o que treinar.

Volto então minha atenção para Lu -Você acha que pode ser mais eficaz com seus punhos… Ou tem alguma chance de usar uma arma? Como uma espada ou um bastão?

Me adianto, antes que a senhora Zandhay vá para muito longe -Na verdade eu estive pensando, seria bom se tivesse coisas pequenas, mas pontiagudas, com meu controle de metal seria uma ótima arma. Poderia usar até como balas ou coisas assim. A senhora tem algo do tipo?

Sigo a senhora, com Lu logo atrás, ela não tem tanta dificuldade para pensar qual seria sua escolha de armas, mas o mesmo não é meu caso. Meus poderes abriram um leque enorme de outros usos para armas, e eu estava confusa sobre o que usar… Meu olhar vaga por um tempo por todo o bau, eventualmente negando com a cabeça algumas ideias, até pousar em um canto, e uma ideia curiosa dança em minha mente.

Eu estava procurando uma arma, mas pra mim muitas coisas poderiam ser chamadas de armas, coisas até inúteis para outras pessoas. Junto rapidamente o que quero e me levanto sorrindo.

-Achei o que eu queria senhora Zandhay. Em minhas mãos estava minha escolha. Naquele canto que olhei tinham antigas flechas, algumas apenas com o astil, ou apenas as pontas já enferrujadas, e foi o que peguei, apenas as pontas... Leves, mas perfurantes. E seriam ainda mais quando conseguisse afiar melhor elas.

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Não consegui entender bem a sensação de perda da senhora Zandhay, do meu ponto de vista, até agora eu nunca perdi ninguém, na verdade, eu nunca tive ninguém. Mas a sombra da solidão era algo que eu estive me acostumando até agora, e sei que não tinha nada que eu pudesse falar agora para mudar algo.

Mas o que me surpreende é a reação de Lu, penso em ajudar, mas me contenho, mordo os lábios e com firmeza contenho minha intenção de conversar com ela, as vezes as pessoas precisam ficar sozinhas, gritar e liberar sua raiva. Mesmo que eu não entenda o gatilho para aquilo tudo.

-Bom, obrigado pelas pontas de flecha. Vou treinar. Sorrio de leve para a senhora e volta ao pátio onde tento flutuar as pontas de flecha e ver quantas delas eu consigo, ao mesmo tempo, controlar individualmente.

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