Prologo 1: Gabriel - Sayd

Quando os olhos de Gabriel se abrem, a primeira pessoa que ele ve em seu quarto é Holly. Ela o observava da porta do quarto, encostada na lateral, sem dizer nada. Por algum motivo, quando chegava o momento, Holly não precisava nem falar, bastava sua presença ali, para desperta-lo do torpor. Misterios da existência vampírica.



Ela aguarda Gabriel se espreguiçar e se sentar na cama, mas não se aproxima, permanecendo com os braços cruzados no mesmo local.
- Alex esta esperando la embaixo. Disse que tinha alguns assuntos a tratar com voce – diz, com a voz firme e dura. Parecia irritada. – Não gosto dele. Você não poderia descer e falar com ele no hall do prédio?

Gabriel escreveu:Por que você não gosta dele?

Holly revira os olhos, solta o ar pelas narinas e diz:
- Eu pergunto porque deveria gostar dele... Um cara que se aproveita das mulheres para tirar seu próprio sustento não é uma pessoa legal de se tratar... E eu sei muito bem que quando bate a nóia, a gente oferece o que tem...

Gabriel escreveu:Imagino que o dia tenha sido tranquilo

A garota balança um pouco a cabeça para os lados, mas parecia que estava um pouco mais animada.
- É, sim, foi... Hoje fui visitar Viola, ela esta morando perto daqui, sabia? Ela agradeceu seu empréstimo para abrir o negocio dela, uma oficina para motos... Esta começando, mas já tem uma boa clientela.

Gabriel escreveu:Quando já estou vestido saio do apartamento sem dizer mais nada e me dirijo calmamente até o hall, onde encontro Alex.

"Boa noite, Alex", eu digo, "Holly disse que você tem assuntos para falar comigo. Do que se trata?"

Alex estava sentado em uma das poltronas do hall, e observa fixamente Gabriel com aqueles olhos penetrantes e perturbadores. Ele espera que o vampiro se sente, e diz, com sua voz rouca e entonação de malandro:
- E ae? Vamos falar aqui mesmo? Melhor domar direito essa sua mina, ela é muito mal-educada, ta sabendo? Entao, o negocio com as putas que voce me deixou, ta indo muito bem, obrigado! Mas, porra, eu falei que a gente tinha que dar um fim no Charlie, e agora ele quer tomar nosso território! Eu te disse, não disse? Se for por mim, tem banho de sangue, agora quero saber se tenho sua ajuda?

"Holly é minha mulher e a educação dela não é problema seu. Você precisa entender que ela é minha segunda em comando e fala por mim na minha ausência. Se não quiser lidar com ela é melhor só me procurar entre o por e o nascer do sol"

NRPG: teste liderança+manipulação, 2 sucessos

Alex ouve a explicação de Gabriel com o mesmo olhar serio e fixo de sempre, porem o vampiro pode ler nos mínimos detalhes da expressão corporal do outro que suas palavras surtiram efeito. Era bom que ficasse bem claro quem mandava ali.

Ao final da fala Alex acena com a cabeça lentamente. Mas Gabriel sabe que ele nunca iria se desculpar por nada.

- Você que manda, chefe. Cada um trata sua mina como merece. É que eu não suporto... Deixa para lá, melhor falar diretamente com você, mesmo que tenha que deixar as putinhas um pouquinho soltas de vez em quando...

"Quanto ao problema com o Charlie... ele já fez alguma coisa? Se fez então vamos reunir a turma e acabar logo com isso. Se não fez podemos dar apenas um aviso a ele. Por mais que eu goste da ideia de arrebentar a cabeça dele com um taco, evitar banhos de sangue costuma ser melhor para os negócios. O que me diz?"

Gabriel podia ver o sangue nos olhos de Alex e seu desejo de exterminar Charlie. Ele pensa por alguns instantes, solta o ar pelas narinas e diz, com pesar:

- Pra falar a verdade ainda não fez nada serio, apesar de esperar que ele faça para quebrar a cara dele! As putas do cara estão invadindo nosso terreno, o que já causou uma briga ou outra entre as meninas. La na rua Principal, que demarca o limite entre as áreas, a Jenny disse que um grandalhão ameaçou ela, que iria apanhar se continuasse por ali. A Jenny é a que nos da lucros, e ai fiquei uma fera! É questão de tempo, chefe! Vamos detonar a fuça deles!

Alex, que estava com a mão no queixo, acena com a cabeça, concordando com a proposta de Gabriel. Estava satisfeito por seu chefe concordar com sua ideia de detonar a concorrencia.

O gigolo só não gostou da possibilidade de chamar Holly... Sabia que a moça era parada dura, mas que também era uma enorme de uma porrada no saco para aguentar. Alex faz uma careta, mas no final concorda com a ideia de chama-la.

Gabriel vai então ate o ap, e rapidamente convence sua namorada a se juntar ao grupo.

- Eu só vou porque gosto de esfregar na cara deste porra machista que existe mulher mais forte do que ele... – diz Holly, com cara de brava, arrumando suas coisas.

Gabriel sobe em sua moto com a carniçal na garupa, da a partida e vai de encontro a Charlie. O careca mal-encarado diz:

- Vamos nos pontos das meninas, elas vão dizer onde estão os problemas! Simbora!

Com um alto ronco dos motores partem em grande velocidade pela via expressa e pelas avenidas principais. As ruas já estavam com pouco movimento devido ao horário, e as duas motos passavam rapidamente pelos carros que trafegavam pelas vias.

Num ponto de uma das avendias, com as ruas bem largas e os postes de luz enchendo o ambiente de cor amarela, as duas motos param em frente de duas loiras ao lado de um hidrante. Elas vestiam casacos e minúsculos shorts, revelando coxas bem torneadas. Eram Jenny e Cindy.



Elas fazem festa com a chegada de Gabriel, dando um longo beijo em cada uma delas. Holly balança a cabeça e revira os olhos com a cena.

Jenny, que estava com um gorro vermelho, começa:

- Olha só o lugar onde a gente ta procurando freguês! Os carros passam a milhão por aqui, e ta muito deserto! Não da pra arrumar ninguém nessa porcaria! Eu a Cindy estávamos no Boulevard, mas um grandalhão do Charlie nos expulsou de lá! Olha só isto!

A prostituta de luxo mostra uma mancha vermelha grande no braço.

- O cara me apertou bem forte, ficou uma puta marca! Cuzão!

A testa de Alex fica franzida, e uma veia fica bem proeminente. O gigolo lança um olhar de raiva para Gabriel que diz tudo.

"Nós vamos resolver essa parada agora e é provável que Charlie termine a noite no necrotério ou numa cova clandestina. Fiquem espertas, porque pode ficar perigoso. Se a barra pesar metam o pé e se protejam."

Cindy fica assustada com as palavras proferidas por Gabriel, enquanto Jenny sorri satisfeita, esfregando as mãos freneticamente.

- Isso mesmo, apaguem esse miserável! Esse filho da puta já atrapalhou demais com meu trabalho, quero que ele coma grama pela raiz!

Gabriel, Alex e Holly dirigem-se ao Boulevard com suas motos, e ao se aproximar de la veem que as ruas vão se tornando mais estreitas e o numero de luminosos vão se tornando maior. A Sunset Boulevard era um local bem movimentado de noite, com pessoas caminhando pela via arborizada, olhando para a vitrine das lojas e jantando em seus muitos restaurantes e lanchonetes.



As motos avançam lentamente pelo Boulevard, e sua presença é notada pelo possante ronco de seus motores. Pedestres dão caminho, observando as figuras marcantes de Gabriel, Alex e Holly. E logo quando Gabriel decide parar próximo de uma boate, aparecem 3 homens fortes, sem camisa, para intercepta-los.

Um deles, de cabelo raspado e barba, fica de braços cruzados olhando para Alex como se ele fosse um verme.



Com a voz grave ele diz:

- Ora, ora, se não é o Alex em pessoa que resolveu aparecer... Algum problema? E quem são esses dois? Coleguinhas do ensino fundamental?

Os outros dois dão risada, batendo um high-five pela piadinha.

NRPG: A continuacao do seu topico se encontra no topico em conjunto, Sayd.