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    Novos Mares (Ĝeko)

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    Mensagem por Leomar Sáb Jun 16, 2018 4:41 pm

    Não se pode dizer que Ĝeko se sinta "confortável" junta de seus nada simpáticos "amigos". Porém com o tempo vai pelo menos ficando menos amedrontado naquele mundo novo.

    Não se dando muito bem na espada (pelo menos "por enquanto" como disseram), ele começa treinar sozinho mesmo com uma faca emprestada e uma árvore no pátio. Acaba com alguns cortes nos dedos ao tentar fazer algumas acrobacias e tiro ao alvo.

    - Acho que você não está sentindo ódio suficiente desta árvore, Espetinho. - coreta um dos guardas do QG - Tente imaginar alguém que você não goste, imagine a cara dele num galho específico e então lance a faca.

    Este era o máximo de "incentivo" que aqueles brutos sabiam demonstrar. Seu público também não era muito agradável quando cantarolava alguma música de sua infância. Ĝeko tinha uma voz sedosa, mas os demônios ali preferiam chamar de música gritos guturais acompanhados de percussão violenta do que as baladas infantis ou românticas que seus pais cantavam. Ĝeko via alguns artistas de rua nas praças, não haviam muitos, pois Dafodil não era uma cidade muito artística, ainda assim pensava que talvez mais tarde poderia tentar se apresentar com algum deles para cantar.

    Quando ia ao mercado, dava uma olhada em produtos de Akvlando, talvez procurando uma conexão com um passado que nunca conheceu. As joias e moedas que tinha pego no dia do "acidente" ainda estavam embaixo no colchão, ninguém tinha lhe pedido contas de nada que possuísse, mas ele queria aprender fazer pequenas compras para ser menos dependente do QG. A estadia e comida por enquanto não estavam sendo cobradas, a não ser pelos pequenos trabalhos que realizava, mas ele sabia que trabalhava bem menos que um escravo. Mesmo não falando, ele sabia que Velora facilitava para que ele se dedicasse aos treinos.

    Um dos responsáveis pelo comércio dentro do QG era Fensio, um diabo que sempre tinha algo a vender para alguém, seu acervo era bem variado (e suspeito).

    Novos Mares (Ĝeko) - Página 2 9910389647bd2a795f73d043b7e417fa

    Fensio não andava tendo muita sorte, tendo aparecido com parte direita da cara e dos chifres detonados nos últimos dias, sendo assim ele andava mais nos "bastidores". Ĝeko sabia que Fensio cometia alguns deslises até com outros alguns outros membros da Corte, mas estava sempre a procura de qualquer coisa que desse lucro. Ele então resolve trocar algumas figurinhas com o diabo em busca de algumas dicas.

    O demônio o acompanha no mercado:

    - Bom, está interessado em saber um pouco do comércio do seu suposto continente? É, é bom começar por algum lugar. O povo akvlandano não são lá os melhores para se começar, mas também não são dos piores, a questão é você saber o forte e o fraco deles. Isto vale para qualquer pessoa com quem você vá comerciar, eles tem que achar que você é inteligente, mesmo que não seja, senão te arrancam o couro.

    Tipo, o que o pessoal de Akvlando mais vende? Coisas que tiram do mar, sal e peixe, principalmente. Mas embora sejam o que vendem mais, não é bem o forte, pois tem um milhão de akvlandano vendendo sal, e peixe é algo que não dura muito, a não ser que você salgue ou traga no gelo, mesmo assim até chegar aqui um barco pesqueiro tem que vender tudo em dois ou três dias, ou perde tudo.

    Mas o que eles são realmente bons? Eu digo: artesanato de luxo. Coisas com muito detalhe destas que nem todo mundo tem paciência ou competência para fazer. Tipo, assessórios comuns, ferramentas, estas coisas normalmente são mais baratas comprar do pessoal de Fajr-Regno, que produz muita coisa de metal e barato. Mas se você quiser uma adaga especial, por exemplo, com aquelas linhas-guia que são difíceis e demoradas de fazer, além disto elas podem precisar ser disfarçadas dependendo de quem precisa da arma, então aí você tem que comprar de um mercador de Akvlando, pois eles são especialistas nestas linhas-guias, conseguem fazê-las bem finas e detalhadas.

    Veja estas adagas nesta banca:


    Novos Mares (Ĝeko) - Página 2 Linhasguia

    Parecem boas por si mesmas, equilibradas... Mas vê estes diversos detalhes em forma de linha nas lâminas e no cabo? Elas servem para canalizar sua mana, seja aos poucos, seja de vez.

    Veja a primeira: o cabo tem uma linha em espiral que vai em direção à lâmina, isto facilita a mana ir da sua mão até a lâmina. E na lâmina as linhas-guias vão do centro, onde acaba o espiral, até às bordas, o que ajuda distribuir a mana em toda extensão da lâmina. Isto é bom para magos que estão começando com uma arma nova, ou que não querem perder tempo "treinando" a arma mágica.

    Já a segunda: as linhas-guias convergem para a ponta, facilitando uma magia que se use num movimento de ponta, como estocada. Mas veja também o cabo: muitos círculos. O circulo é uma tipo de linha para acumular a energia, portanto estes vários círculos concêntricos servem para acumular a energia do mago na arma, bastando para isso que ele fique a segurando, quanto mais assegura, ou mesmo só a mantém perto do corpo, mas mana a arma armazena. Com isto podemos deduzir que esta é uma arma para sacrifício ou ritualística: sacrifícios são feitos com golpes de ponta, e se a arma tiver já carregada de energia, melhor é o ritual.

    Esta terceira: vê como as linhas-guias são retas? E no cabo você vê linhas horizontais por fora, mas observe como parecem ter linhas verticais na parte de dentro, não é impressionante? Linhas-guias retas assim são para armas de magos verdes. Na lâmina as linhas também são retas, o que facilita magias que usam movimentos retos, mais um detalhe que beneficia magos verdes.

    A quarta tem uma série de linha s diferentes, esta arma foi feita para um mago específico, e provavelmente foi roubada, Pois uma arma especial assim não seria vendida. Ve esta linha guia que leva a uma parte específica da lâmina? Chamamos ela de flor de trigo, é uma linha guia que busca levar a mana para essa parte da lâmina, para isso o mago faz um movimento bem específico usando este lado. As demais linhas guias também se referem a movimentos feitos pelo mago.


    Depois de falar das linhas-guias, Fensio ensina barganhar:

    - Algumas pessoas são ruins de se barganhar, como o povinho de Ajros, aquele povinho Não barganha de jeito nenhum. Já os akvlandanos podem até se sentir ofendido se você não barganhar.

    Fensio tenta barganhar o valor de uma adaga, mas o vendedor cobra cada vez mais caro, quando ele diz que é membro da Corte dos Milagres, o vendedor cobra mais caro ainda.

    - Claro que sempre tem os filhos da p*** que vendem mais caro se não forem com a sua cara ou se não forem amigos da corte ou de qualquer outro lugar que você pertença. Mas com essa sua carinha bonitinha você com certeza vai fazer muitos bons negócios. Quer tentar alguma coisa agora?

    Vocês passam por várias barracas do mercado verificando vários produtos. (Caso interesse em algo role 2D10).

    Depois de um tempo no mercado, vocês percebem algumas carroças passando numa rua lateral. Eram carroças marcadas com bandeiras cinzas, que indicavam algum tipo de doença grave. Nada muito em comum por ali, mas Fensio lhe dá uma leve sugestão:

    - Aí, E se fosse tentar ajudar para treinar a sua magia?

    - você acha que eu deveria?

    - Ninguém que não for um Mago do ar e da água chegaria perto deles. Se você errar e eles morrerem ninguém vai se importar, pois eles já estavam doentes mesmo. Então o que tem a perder?

    (É só uma sugestão, não foi um convite ou ordem, talvez nem seja lá das melhores sugestões e se bobear pode até ser uma furada, portanto você não tem obrigação nenhuma de ajudar, mas se quiser você pode tentar usar magia instintiva, neste caso role 1D12 ou tentar com um pouco de controle, como a Anciã tem treinado, neste caso role 2D10. Se pensar em qualquer outra coisa que possa ajudar ou atrapalhar pode declarar e fazer a rolagem junto. Algumas dicas que eu só dou no começo: rolagem de bênção (1D12) e/ou de percepção e/ou percepção mágica (2D10) quase nunca atrapalham e podem até ajudar)
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    Mensagem por susanoojr Sáb Jun 23, 2018 1:23 am

    Entre um treino e outro, Ĝeko praticava um pouco seu manuseio com espada em uma árvore perto da grande área do quartel, ninguém pediu para ele treinar, mas ele gostava de se sentir o mais útil em batalhas. O mais perto dos incentivos que ele recebia, eram dicas para treinar como  se estivesse batendo em um inimigo ou na pessoa que ele sentisse mais raiva, para um garoto como ele que pouco tivera emoção em sua vida, tal sentimento era difícil de ser expressado sem ter tido ao menos uma vez.

    Outro treinamento que não necessariamente era um treinamento que ele fazia, eram seus cantos, com sua voz sedosa cantarolava entre seu tempo livre pelos corredores de todo o quartel. Mesmo não tendo muitos fãs, os Demônios não o incomodavam por respeito a Velora e por não necessariamente se sentirem ofendidos pela voz do garoto, até por que, ele cantava suas músicas muito bem com a voz que tinha.

    Em seu tempo livre, quando não treinava por conta, ele gostava de visitar o mercado ali perto, apenas para dá a caminhada e interagir com outras pessoas, ainda não tinha noção de comércio para tentar se arriscar em quem sabe comprar ou vender alguma coisa, mas ele gostava de apreender sobre tudo que podia para ser o menos dependente do QG.

    Ultimamente Fensio, um dos comerciantes da Corte, andava com problemas em seus negócios, parecendo ter brigado,  Ĝeko então decidiu que o ajudaria com parte de seu negócio em troca de aprender um pouco da noção do comércio. Mesmo sem ser a melhor opção de "professor", Fensio decide apenas dá uma volta com o animado garoto no mercado, ele viu uma certa oportunidade de voltar aos seus negócios usando o garoto, afinal ele tinha uma carinha mais bonita que o pobre demônio.

    No mercado o demônio dá algumas dicas de como funciona o comércio e os tipos de vendedores e seus itens, depois ele ensina os truques de como barganhar o preço dos itens e incentiva a Ĝeko tentar fazer em alguns itens simples antes de tentar com coisas grandes, mas se ele preferisse também ajudaria na barganha destes outra hora.

    Por enquanto, Ĝeko vai de loja em loja vendo itens simples, como foi indicado, ele então depois de verificar a pouca variância dos preços, que estavam bem caros por sinal, ele decide comprar um anel, sem a ajuda de Fensio ele encontra um anel bem vagabundinho de ferro, ele tinha uma pedra mágica que tranquilizava a magia azul do usuário, o objetivo era barganhar para abaixar o preço até que ele tivesse condição de comprar, porém como sua primeira vez, sua barganha não foi tão boa quanto queria, então ele toma uma decisão que surpreende Fensio, trocar sua espada pelo item ou a espada mais algumas trocados. Aquela espada não era mais comum que os demais itens dali, mas iria valer alguma coisa pro começo.

    Antes de saírem do mercado, Fensio incita  Ĝeko a treinar sua magia, vendo que o garoto poderia surpreender-lo ainda  mais.

    - Aí, E se fosse tentar ajudar para treinar a sua magia?


    - você acha que eu deveria?

    - Ninguém que não for um Mago do ar e da água chegaria perto deles. Se você errar e eles morrerem ninguém vai se importar, pois eles já estavam doentes mesmo. Então o que tem a perder?

    - Tudo bem então, mas, o que eu devo fazer? Eu ainda não tenho controle da minha magia e o pouco que eu tenho é para ataque ou proteção.

    - Eu já ouvi histórias de atos usarem magia de cura em cantos, como você tem uma voz... bonita, poderia tentar canalizar sua magia nela.

    - Mas como faço isso?

    - Só vá e cante uma música, ande logo.

    Com um pouco de coragem, ele entra na barraca e vê muitos feridos, pessoas já sem esperança em um novo dia, comovido com aquilo, ele senta em um canto e canta baixinho.

    Um dos feridos que estava na cama ao lado dele toca em seu joelho e fala: "sua voz é boa, cante mais alto".

    Quando ele percebe, muito do tumulto que tinha estava diminuindo para escuta-lo, então ele se levanta e lamenta sua voz cantando uma das música de ninar ensinadas por seu pai.

    "Tili-tili-bom
    Zakroy glaza skoreye,
    Kto-to khodit za oknom,
    I stuchitsya v dveri.

    Tili-tili-bom.
    Krichit nochnaya ptitsa.
    On uzhe probralsya v dom.
    K tem, komu ne spitsya.

    Tili-tili-bom.
    Ty slyshish', kto-to ryadom?
    Pritailsya za uglom,
    I pronzayet vzglyadom.

    Tili-tili-bom.
    Vse skroyet noch' nemaya.
    Za toboy kradetsya on,
    I vot-vot poymayet.

    Tili-tili-bom......"
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    Mensagem por Leomar Seg Jun 25, 2018 8:18 pm

    Ĝeko ainda era um pouco sugestionável, e sem pensar muito se Fensio queria mesmo ajudar ou jogá-lo numa furada, ele aceita a sugestão do demônio. Acabava sendo uma oportunidade de ajudar, e ele ainda era um bom moço.

    De fato ninguém "inteligente" chegava muito perto das carroças. Seria Ĝeko o único mago dos elementos curadores ali ou simplesmente ninguém mais se importava? Os doentes tinham que ficar em carroças fechadas e cobertos seriam levados para fora da cidade ou sabem os deuses para onde, qualquer pessoa que chegasse perto corria o risco de se contaminar.

    Ao todo eram cinco humanos contaminados, dois homens, duas mulheres e um garoto. As pessoas olham Ĝeko se aproximar das carroças com desconfiança. Será que ele não sabia que as bandeiras cinzas marcavam doenças graves? Seria ele muito ousado ou simplesmente muito burro?

    O demônio tinha perguntado: "O que tem a perder?" Talvez a saúde e até a vida, mas ele não pensa nisto na hora. Como se soubesse o que estava fazendo, ele entra na primeira carroça, onde estavam os homens e o garoto. Estavam embaixo de cobertores surrados e parece que não tomavam banho a alguns dias. Este era um dos momentos que ter um olfato ruim não era tão ruim. Nem todos os humanos faziam questão de tomar banho toda semana, os demônios menos ainda. Mas Ĝeko gostava de ter a oportunidade de ter sua banheira toda noite, mesmo que não fosse uma questão de treinar, os sirenos gostavam de um bom banho, era instintivo para eles.

    Os doentes mal olham para ele, estavam já com aquele olhar perdido de quem está à beira da morte, gemiam quando as rodas meio frouxas da carroça passavam no terreno irregular ao passo lento dos bois que as puxavam.

    Fazia apenas um mês que estava treinando com a Anciã, mas aquilo seria o suficiente? A primeira coisa que Ĝeko faz é lembrar dos exercícios básicos, como o de tentar despertar a percepção mágica.

    - Lembre-se sempre do básico, mesmo quando já o tiver dominado. Não cometa erros bobos. Não sou o tipo de mulher que treina pessoas para cometerem erros bobos. - Falava frequentemente Velora em seus treinos.

    Assim que faz o exercício com percepção mágica, ele sente uma forte presença de mana negra no local. Já era de se esperar, afinal, onde há doença, há mana negra. Mas ele também percebe um padrão de mana azul perto dos doentes. Como ele e a anciã partilhavam do mesmo dom, perceber padrões de mana da água era algo que treinaram mais.

    O padrão era forte, e quanto mais forte a magia, mais fácil de se perceber, e também era denso. Se sua intuição estivesse certa aquela não era só uma doença grave, mas era uma doença de origem não natural, um tipo de envenenamento mágico criado através de manas azuis e negras, por coincidência as mesmas que Velora dominava.

    A água era um elemento fluído, que pode ser tanto trabalhado para bênção como para maldição. Unindo-se com elementos negros ficava fácil criar venenos, seja em forma de feitiços (poções) ou magia, e potencializar doenças. Ĝeko não conseguia saber mais que isto, pois um dos paradoxos da magia é que, quanto mais forte, mais fácil de ser percebida, mas mais difícil de ser "lida" ou trabalhada.

    Um dos doentes sai um pouco de sua apatia ao vê-lo ali dentro:

    - O que está fazendo, garoto? Não devia entrar aqui. Aaaahhh! Ninguém deveria... - Sua voz era triste e sem esperança.

    Talvez nem o jovem soubesse o que realmente estava fazendo ali, mas ele começa cantar suavemente, concentrado na mana azul, como tinha aprendido. Outro paradoxo da magia, e ela tinha muitos deles, é que magos curadores precisavam manter suas defesas mágicas baixas para agir nas defesas mágicas naturais dos outros.

    Aos poucos os doentes se acalmam, um deles toca seu joelho e pede: - Sua voz é boa, cante mais alto.

    As proteções mágicas daqueles homens estavam baixíssimas, o que facilita que parte da energia de Ĝeko flua para o corpo deles. Em pouco tempo eles parecem mais dispostos, gemem menos de dor.

    - Eu... eu acho que nossa febre está diminuindo. Você é um sacerdote? Por favor, não deixe de nos ajudar! Estamos muito mal!

    Ĝeko percebe que os padrões de mana no ambiente tinham mudado, estavam mais harmônicos, mas ainda muito fortes. Usando mais o instinto, ele tinha conseguido ajudar aqueles homens, mas o veneno mágico ainda estava em seus corpos.
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    Mensagem por susanoojr Sáb Jul 07, 2018 9:40 am

    Na carroça os doentes reclamavam menos, suas dores aos poucos era diminuído, não o suficiente para estarem livres da doença, mas já garantiam melhorias em seu status vitais. Um deles elogiava os poderes curativos do garoto, chegando a acha-lo que o mesmo era um sacerdote, porém Ĝeko jamais fora um.

    A medida que o tempo passava, os padrões da mana se harmonizavam, ficando mais fáceis para ele trabalhar na carroça, mas não em todas, o que leva Ĝeko a questionar se conseguiria ao menos, na pior das hipóteses, diminuir o sofrimento da espera por uma morte daquelas pessoas.

    Com sua percepção magica, ele identificou que aquela doença se tratava de algum tipo de feitiço ou algum veneno com magia negra bem forte, com alguns traços de magia azul, os mesmos elementos de Velora, a sua mestra magica.

    A partir de seu treinamento, o Sireno sabia o básico até agora, seu canto foi um golpe de sorte que ele havia pensado que poderia ajudar, eles precisariam de tratamento magico de verdade, contudo, com a falta de experiência e pratica o garoto fazia o possível para ajudar.

    - Eu não sei se posso estar fazendo isso, mas eu gostaria de estar ajudando-os mais com a minha magia.

    Ĝeko já havia ajudado mesmo sem saber ou ser requisitado por eles, tudo até agora seria muito mais que qualquer um que não fosse um sacerdote de oficio faria.

    - Tentarei usar um método de cura contra essa doença, mas eu não sei praticamente nada sobre ela, vocês poderiam-me falar sobre ela? Como e quando ficaram doentes?
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    Mensagem por Leomar Dom Jul 08, 2018 9:46 pm

    Ĝeko conversa com os doentes:

    - Eu não sei se posso estar fazendo isso, mas eu gostaria de estar ajudando-os mais com a minha magia.

    - Não temos posses, senhor, mas se puder salvar a vida de meu filho, iremos lhe servir!

    - Tentarei usar um método de cura contra essa doença, mas eu não sei praticamente nada sobre ela, vocês poderiam-me falar sobre ela? Como e quando ficaram doentes?

    - Estávamos tentando consertar o solo, é muito difícil plantar aqui, mas precisamos tentar arrumar o solo para esta cidade melhorar. Eu e meu filho começamos ter dores de cabeça e no corpo. Pensamos que podia ser o sol ou um resfriado, comum por aqui, mas as dores nas juntas nos derrubaram em apenas um dia, e não conseguimos mais ficar de pé. A praga tem se espalhado rápido e muitos já foram enterrados, estávamos prestes a ser os próximos, se não nos ajudasse. Há apenas três dias começamos a passar mau, e hoje nossas juntas já doíam todas, não temos forças sequer para ficar em pé.

    A carroça ia andando para fora da cidade. Não demora muito para aparecerem problemas:

    - O que estão fazendo aqui? Porque estas carroças estão lentas?

    Ĝeko dá uma olhada na parte de fora, alguns soldados do Yüksek Kan estavam tirando satisfações, Fensio tentava contornar a situação.

    - Um amigo meu está tentando usar magia de cura naquelas pessoas.

    - Demônio nojento e maldito, sua raça sempre atrapalhando. Que tem vocês com estes camponeses? Ponham-os para fora e de preferência vão com eles. Morram no deserto.

    Ĝeko não sabia de muita coisa dos clãs que dominavam esta parte da cidade, mas nos poucos dias que estava sendo treinado, sabia de uma coisa: a Corte dos Milagres e o Yüksek Kan se odiavam, ambos sempre querendo controlar mais partes da cidade que o outro. Sempre que podiam brigar por algo, os dois grupos brigavam, não raro até a morte.

    - O jovem mago está ajudando civis neutros de graça, e ele responde a Anciã Velora, se quiserem podem chamar sacerdotes para testemunharem a melhora...

    - Ninguém da maldita Corte representa nada para mim ou para o Kan, estas carroças estão contaminadas com praga e vocês devem estar também, deveríamos simplesmente por fogo em todos e tudo.

    As pessoas saíam do caminho das carroças ao ver as bandeiras cinzas, mas se aglomeravam a pouca distância, para observar as discussões. Gritos de "saiam!" podiam ser ouvidos e não demoraria para as pessoas começarem a pensar em pegar pedras na rua para apedrejar as carroças. Não havia muita solidariedade em Dafodil.

    Só não há um linchamento na hora pois tinham muita gente de muitos grupos ali, Fensio chama Ĝeko:

    - Melhor vir embora, não sei se pode ajuda-los mais. Ou você quer que chame Velora ou outra pessoa? Ela talvez ache interessante ver o que fez aqui!
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    Mensagem por susanoojr Sáb Jul 14, 2018 4:33 am

    Ĝeko não queria abandonar eles agora, não iria receber mais que experiência em seu treinamento fazendo aquilo, tudo até agora já passava das obrigações de qualquer um e ainda, haviam guardas ameaçando ataca-lo por qualquer motivo.

    Pelo pouco que sabia, ele tinha certeza em seus pensamentos que aqueles guardas não o deixaria em paz, mesmo se sair da tenda sem discutir, o que aqueles guardas queriam eram apenas um motivo qualquer para sacarem suas armas e atacar o garoto e demônio.

    - Fensio, vá e chame alguém da Corte que possa me ajudar, dê preferência a Anciã. Tentarei segurar eles ao máximo.

    Fala Ĝeko com um tom normal de voz, porém baixo para dá a impressão aos soldados que a conversa com o demônio não era verdade.

    Os doentes não desejavam brigas, ainda mais sabendo que eles eram o motivo.

    O garoto não detinha de obrigações com a corte, menos ainda com aquelas pessoas que ele ajudava, mas seus ensinamento de garoto por sua mãe o-impedia de deixar pessoas serem oprimidas por pura vaidade de homens como aqueles.

    Ele encarava os soldados enquanto descia da carroça, 3 soldados ao todo, não pareciam ser muita coisa, mas ele era menos que isso. Ele percebe também a pequena multidão crescente que surgia em torno daquele grupo, mesmo sem saber dos motivos.

    As experiências de Ĝeko não lhe dava vantagem para um combate naquele instante, um contra três era injusto para qual quer um, mais ainda pra um neófito em magia azul com quase nada de treino com facas e menos ainda de espada, suas chances de vencer ali eram quase nulas, mas ele ainda arrisca.

    Antes que a luta se consuma, Ĝeko tenta ganhar tempo para que Fensio vá e volte com qualquer ajuda que encontra-se, afinal, brigas sem sentido como aquelas ocorriam o tempo todo.

    - Digam-me, mesmo que eu vá e deixe está carroça, quem garante que eu consiga sair daqui ileso ou que os cuidados dessas pessoas sejam continuadas? Quais são suas crenças ou códigos para essas ocasiões? Teriam mesmo coragem de vir três atacarem um garoto?
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    Mensagem por Leomar Seg Jul 16, 2018 1:40 pm

    Vendo que o garoto queria ficar, Fensio parte rapidinho dali, em direção à Copa de Ânima falar com a anciã. Ĝeko teria de enrolar os outros por um tempo.

    Ele desce da carroça, todos incluindo os guardas, mantinham-se a certa distância das carroças. As bandeiras cinzas amedrontavam mais que cinco Ĝekos juntos, ainda assim ele cria coragem para falar com os guardas:

    - Digam-me, mesmo que eu vá e deixe está carroça, quem garante que eu consiga sair daqui ileso ou que os cuidados dessas pessoas sejam continuadas? Quais são suas crenças ou códigos para essas ocasiões? Teriam mesmo coragem de vir três atacarem um garoto?

    A princípio eles se olham com cara de "que diabos é isto?", depois um dos que parecia mais nervoso fala:

    - Para os sete Infernos, que diabos acha que está fazendo? Estas pessoas já estão mortas e você por acaso quer morrer junto com elas?

    Outro arremata:

    - Ainda acho que o mais prudente é queimar tudo de uma vez: carroças, doentes, bois...

    O último parecia menos irritado:

    - Devemos deixar que os deuses decidam o futuro deles, além do mais, queimá-los nos seria mais trabalhoso que tirar as carroças da cidade!

    O outro resmunga:

    - Que seja, mas devemos por isto para andar.

    Quem estava conduzindo as carroças se prepara para seguir o ritmo lento ate fora da cidade.

    - Você, pivete, se não foi infectado pode sumir daqui, caso contrário pode ir com as carroças para fora da cidade e sofrer o mesmo destino, não importamos. Pra mim só me interessa manter a peste longe.

    Um único dos guardas arrisca andar alguns passos para mais perto:

    - Acaso você se acha um curador então? Ainda assim não sabe que as bandeiras cinza indicam doença grave, possivelmente contagiosa e de impraticável remissão? Que laço te une a estes desafortunados para que se arrisque? Seria mais útil corando pessoas com mais condições de serem curadas, ou no mínimo de maior importância.
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    Mensagem por susanoojr Ter Jul 17, 2018 7:52 pm

    A confusão em cima de um mal entendido não durou muito, parece que não haveria uma briga naquele dia, a carroça só sofreu um leve desvio com a discussão.

    Em ritmos lentos, as carroças seguiam para fora da cidade como todos queriam, sem lutas, os doentes não queriam morrer mas não queriam atrapalhar os outros também, com o consenso todos já estavam indo para sem mas barreiras no caminho.

    Ĝeko sentia pena das pessoas que sofriam aquilo, foram envenenados e não teriam ajuda de ninguém, mas ele poderia fazer alguma coisa quando Velora chegar, ele seguiu para fora da cidade ajudando no envenenamento.

    Mesmo sem ter treinamento específico, Ĝeko entendia o processo básico do envenenamento, mas aquele era incomum para ele, mas ele tentava de tudo.

    - Se depender de mim, farei o possível para amenizar a morte de vocês.

    Falava Ĝeko com pesar para o Homem que era o mais velho, talvez o pai daquela família, buscando curar todos.

    O garoto vai para a outra carroça, onde estavam as mulheres, ele se apresenta e diz que tentará ajudá-las, ele segura na mão de uma delas e se concentra para analisar o fluxo de mana e tentar criar uma corrente nas veias, para que o veneno ficasse concentrado em um ponto para que se possível drenar.

    - Não se preocupe, eu não quero fazer mal, farei o que tiver ao alcance, mas com minha falta de técnica meus métodos possam ser divididos, mas não iram desapontar.
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    Mensagem por Leomar Sáb Jul 21, 2018 10:19 pm

    - Bom, vou seguir com eles até fora da cidade então, já que posso ir.

    Ĝeko volta para dentro da tenta da carroça sem nem se dar conta de quão perto chegou de uma luta, pois os soldados estavam realmente a fim de confusão, mas o rapaz volta para dentro com tanta ingenuidade que deixa os outros com cara de "WTF". Depois de alguns segundos em que estavam duvidando que ele estava mesmo disposto a simplesmente seguir aqueles doentes, mas viram que era isto mesmo que ia fazer, eles ainda discutem baixo entre si.

    - Camarada, acho que aquele pivete zombou de nós. Deveríamos fazer algo.

    - Talvez ele seja só louco. Tem muito louco nesta cidade.

    - Ainda assim precisava de um corretivo. E se ele for contaminado pela doença, pode contaminar outros.

    - Acho que tem razão, mas EU não quero ir lá tirar ele daquela carroça, prefiro deixar que arrisque morrer fora da cidade. Se acham que devemos se enérgicos por pouco, podemos obriga-lo a se apresentar aos superiores, mas sem querer parecer preguiçoso... por mim os superiores nem precisam saber disto, caso esteja bom pra vocês também.

    Eles dão a conversa por encerrada e deixam tudo por isto mesmo.

    O zumzumzum acompanha todo o trajeto, os bois não estavam com pressa, principalmente ao pegar o grande aclive que dava para o portão norte. Os animais reclamam quando finalmente chegam no portão, como se dissessem "oh trabalhinho desgraçado puxar este peso todo morro acima!"

    Os homens estavam um pouco mais conscientes, mesmo assim continuavam deitados pingando de febre. A única coisa que o senhor podia fazer era agradecer ĝeko várias vezes seguidas.

    Os bois tinham parado logo depois do portão da cidade, para pastar e descansar antes de entrarem deserto a dentro, não são sequer desligados da carroça durante a pausa. Ĝeko aproveita para ir vir a outra carroça.

    Ele fala com as mulheres, mas estas, se chegam a ouvir, não dão sinal de ter entendido. O rosto delas é pura dor e desânimo, poderiam ser fatiadas vivas e não reagiriam. Quando toca uma delas, percebe sua mão fria e mole, só a respiração fraca e gemidos baixos mostravam que elas ainda estavam vivas. Não eram jovens, nem muito velhas, mas pareciam acabadas.

    A caminhada tinha sido lenta, mas Velora, quando informada, tinha se posto rapidamente a caminho, montada num lagarto-demônio (apesar do nome não era uma fera demoníaca de verdade, mas o bicho era rápido) e logo encontra as carroças do lado do portão. Enquanto Ĝeko descreve para a mestra o que tinha acontecido e o que tinha feito em detalhes, o rosto dela não dava dicas de se gostava ou não do que ouvia, parecia emocionalmente indiferente de tudo, mas Ĝeko começava se acostumar com isto.

    Ela investiga a carroça onde os homens estavam. Embora Velora não fosse das demônios mais assustadoras que existiam, a visão de uma demônio era bastante para amedrontar boa parte dos humanos, e os doentes se apertam num canto da carroça. Ela leva a mão até o rosto deles, depois até o peito.

    - Mm, você está certo, há alguma base mágica baseada em água negra nesta doença, e provavelmente foi algo proposital. Houve certa remissão, e agora o corpo reage em febre. Você fez isto sozinho?

    Mesmo em sua natural e irritante indiferença, a Anciã demonstra admirada da capacidade do neófito.

    - E a outra carroça?

    - Estão duas mulheres, eles estão como eles estavam até agora pouco.

    - Mostre-me o que fez.

    Ĝeko fica de um lado de uma das mulheres, enquanto a anciã fica do outro, observando os passos dele e monitorando as reações dela. Ele começa fazer o exercício de percepção:

    - Abaixo do pescoço há um padrão irregular de mana azul, posso senti-lo na ponta dos dedos. - Ĝeko mantinha a mão 1 centímetro acima do corpo da doente, embora conseguia uma pequena leitura mesmo a 3 centímetros.

    - Toque o chacra.

    O sireno pousa a mão logo abaixo do seio da enferma.

    - Por dentro da roupa. - Velora diz imperativa. Ĝeko fica um pouco tímido pela outra não estar muito consciente, mas passa a mão por dentro das blusas dela. - O que sente?

    - A energia está estagnada, fluindo com dificuldade, como... viscosa ou grudenta? - Eram ainda difícil para ele expressar-se em termos técnicos, Velora manda continuar, ele leva a mão até o estômago - Está se acumulando fortemente no Terceiro Chacra, por isto deixa-os tão debilitados. - Velora apenas gesticula com a cabeça, ele alisa a região abdominal em círculos horários em direção à cintura. - Acho que os rins estão comprometidos.

    - Acha? Não é uma resposta aceitável. Quanto?

    O rapaz enxuga o suor da testa, tenta se concentrar mais:

    - A doença se instala mais no estômago, mas "filetes" de mana azul densa penetram aos poucos nos rins, o ritmo deles está prejudicado, estão...

    - Secos?

    - Mm, não. É algo diferente... a magia ainda não os fez parar...

    - Inflamados?

    - Não sei...

    - Inchados?

    - Acho que é isto.

    Velora podia sentir a magia negra e azul correndo no corpo da enferma com muito mais facilidade do que Ĝeko, mesmo estando um pouco mais longe, mas fazia questão de ver como ele se saia sozinho.

    - Verifique os outros dois chacras.

    - Ahn, mesmo a doença estando no terceiro chacra?

    - Faça!

    Ĝeko deslisa a mão pela pele da mulher, esta reclama baixinho, parecendo usar o resto de consciência que tinha: "não... não..."

    - O corpo é só uma máquina para o espírito. - Ĝeko ainda tinha receio de aceitar esta "verdade". - Se quer ajudar, trate o corpo como a "coisa" que é.

    Ele sente as ondas de energia nocivas que o corpo dela mostrava.

    - Anciã, acho que a doença está comprometendo até aqui.

    - Aqui onde?

    - Ahn, no fígado?

    Velora fecha a cara: - Parece o fígado?

    A energia se entranhava em pontos menores do que esperar do fígado, mas o coração e os rins estavam acima, Ĝeko estava meio perdido.

    - Não sei mestra. Intestino? (mas cara feia) Baço?

    - São os ovários. Doenças tendem a caminhar em meridianos principais.

    Ah! Então eram ali que eles ficavam?

    - E os ovários são importantes para ela?

    - Todas as glândulas são importantes centros de magia, mesmo as que não estão diretamente nos chacras.

    - Ovários são glândulas? - Velora o olha com severidade, ele percebe que teria de estudar mais. - Mas se ela for uma quieta?

    - Mesmo sem o dom a magia precisa fluir no corpo dela. Se os ovários foram comprometidos ela pode continuar doente para a vida toda, e ainda adoecer os filhos que tiver. Mas claro, como uma quieta a importância do ovário é bem menor que para uma maga.

    Quando ajudou os homens, Ĝeko não pensou em todos estes detalhes, apenas agiu por impulso, com Velora do lado ele tinha que ser mais meticuloso, e estava um tanto nervoso.

    - O que devo fazer agora?

    - O mesmo que fez antes.

    - Acabei pegando uma dica com Fensio, e pensei que poderia ser coerente tentar canalizar a magia branca com um pouco de música, já que é a magia do ar.

    - Faz sentido. Cante então.

    - Tili-tili-bom
    Zakroy glaza skoreye,
    Kto-to khodit za oknom,


    - Aumente um tom.

    -...I stuchitsya v dveri.

    Tili-tili-bom.


    - A mana negra está reagindo, mas não está em sintonia, cante em Fá.

    Ĝeko se esforça mais:

    - Krichit nochnaya ptitsa.
    On uzhe probralsya v dom.
    K tem, komu ne spitsya.

    Tili-tili-bom.
    Ty slyshish', kto-to ryadom?
    Pritailsya za uglom,
    I pronzayet vzglyadom.


    - Está melhor, suba para Sol.

    - Tili-tili-bom.
    Vse skroyet noch' nemaya.
    Za toboy kradetsya on,
    I vot-vot poymayet.

    Tili-tili-bom.....


    Aos poucos as mulheres também parecem melhorar. Os rostos quase mortos ganham um pouco de cor, e Ĝeko sente que a energia azul densa no corpo delas, apesar de ainda lenta, começa fluir e ficar "menos grossa".

    - Ela estava com o corpo frio, mas agora parece que a febre aumentou!

    - Isto por que AGORA a febre está reagindo contra a doença.

    - Isto é tão complicado.

    - Ser mago de cura é complicado.

    Os corpos delas ainda apresentam muita dor, mas as duas começam recobrar a consciência.
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    Mensagem por susanoojr Sáb Ago 04, 2018 9:53 pm

    Após um tempo cuidando daquelas pessoas sozinho, fazendo todo o possível, Velora chega e auxilia Ĝeko nos cuidados.

    - Muito obrigado Anciã, mesmo sendo um desejo egoísta meu, a Senhora veio ajudar.

    Com as ordens, o garoto praticava sua magia em seres vivos que realmente precisavam de ajuda, esse era além de tudo um ótimo treinamento em magia de cura e pratica, podendo ser bem útil em batalhas pela região, visto que eram poucos magos que seguiam no rumo de magia curativa em Dafodil. Ĝeko buscava não só praticar e aprender mais como usar suas habilidades mas também ganhar notoriedade entre todos, como era novo e possuía longevidade ele conseguiria ir muito longe na vida, deixando seu passado de escravidão para trás.

    Agora pairava um duvida na mente do jovem Sireno, o que fazer? Deixar eles por conta ou, se arriscar mais? O fato era, salvando-os ele conseguiria fama, deixando-os conseguiria experiência e não se arriscaria entrar em um conflito. Mesmo não sabendo se Velora aceitaria deixa-los ir junto ao quartel caso fossem salvos, Ĝeko pensava que poderia ser produtivo ter mais mal de obra que não fosse demoníaca por perto. Eram muitas duvidas, mas ele não poderia deixar eles morrerem ali, tendo poderes para salvar.


    - Tenho um pedido a fazer, mas antes quero contar o motivo, um dos infectados por essa magia negra me ofereceu suas vidas como pagamento por salva-los, tendo esse pensamento, resolvi faze-los meus escravos, contudo terei que salvar suas vidas, então pergunto se poderei salvar ao menos uma dessas pessoas e leva-la ao quartel conosco, aceitaria meu pedido?
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    Mensagem por Leomar Sáb Ago 04, 2018 11:32 pm

    Ĝeko escreveu:- Muito obrigado Anciã, mesmo sendo um desejo egoísta meu, a Senhora veio ajudar.

    - Pois é, eu sou muito boazinha!

    Ela estava sendo irônica.

    Quando Ĝeko fala sobre tomar os doentes como escravos, Velora fecha a cara.

    - E você por acaso é um devoto de Tamuz para ter escravos?

    Ĝeko cometeu uma gafe, Velora não o obrigava aceitar a religião de Piro, pois acreditava que esta não deve ser imposta, portanto ele não sabia muito sobre doutrina e ritualística, a não ser uma ou outra curiosidade que aprendeu naqueles dias do quartel. Um dos pontos da doutrina de Piro é que seus seguidores não podem ter escravos, a não ser escravos de guerra vindos de uma batalha ganha com honra.

    - Além disto estas pessoas estão marcadas. Elas não podem voltar para a cidade a menos que a doença esteja curada e um sacerdote afirme isto. Teria que tratá-los aqui, ou teríamos de deixa-los suficientemente bons para um sacerdote analisá-los.

    Ela o deixa pensando um pouco, depois fala:

    - Por falar em escravidão, terei que deixá-lo também. Você teve um bom desenvolvimento, mas só posso ajudar a controlar a magia da água, e só teria técnicas mais agressivas para lhe passar. Tenho outra discípula que também controlava magias branca e azul, e esperava que se conseguisse te ajudar, poderia ajudá-la também, mas nesta cidade não teríamos como conseguir evoluir muito mais. É bom que pense no que fará, pois não pretendo ficar mais muitos dias aqui.

    Aquilo era mais um problema. Mesmo a Anciã Velora não sendo a mestra mais simpática do mundo, Ĝeko estava a mercê da proteção dela, sem isto não poderia nem contar com a Corte dos Milagres, pois os magos da Corte eram dominadores negros ou do fogo, basicamente o oposto de Ĝeko.

    Dois outro demônios, um macho e uma fêmea, se aproximam do portão da cidade. Eles pareciam estar procurando a anciã. Ela não parece feliz com isto, embora ela quase nunca parecesse feliz.

    Spoiler:
    Spoiler:




    A anciã estava mesmo perto do portão norte (o menos vigiado da cidade) conversando com um rapaz humano franzino.
    (off: Suasano ainda não mandou a foto do personagem dele)
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    Mensagem por Dycleal Dom Ago 05, 2018 9:20 pm

    Após o Embate, Nadhull estava arrasado, tanto física quanto moralmente, esgotara suas energias e a magia branca, mais forte que o seu tênue controle sobre ela, aumentara o consumo de energia que dispendera. Sua mestra o segurara pela nuca, que o lembrou da humilhante submissão ao qual a sua antiga mestra o submetia. A sua frente jazia o corpo inerte do seu oponente, ele vencerá, mas ao custo do ódio dos membros da fortificação e sua mestra irada, rebatendo as provocações, lhe sussurra para irem procurar a anciã nos portões da cidade, pois a ajuda do templo seria demorada e podiam perder a oportunidade de encontrarem a anciã e Niréia que provavelmente estaria com ela.

    Tinafe lhe pergunta se consegue se segurar até saírem e o incubo, mas por orgulho que por capacidade, morde a língua e diz que aguenta e a mestra retira a mão da sua nuca e ele sente o baque da diminuição brusca da energia e ali ele entende que aquele gesto era um apoio que ela estava dando e não um gesto de dominação como ele pensou... E foram se retirando de costas, inimigos se olhando olho no olho. Ao saírem do campo de visão, ambos se sentam e respiram fundo para recuperar o fôlego e a mestra após algum tempo pergunta se ele dá conta de irem até o portão norte, ele balança a cabeça positivamente e continuam sentados até que se levantam e partem, primeiro a mestra e depois o incubo e se dirigiram aos portões norte.

    O jovem demônio observa o belo corpo da mestra e vê que ela também estava acabada, com metade do seu corpo queimado, principalmente nas mãos, pés e pescoço e estava manchada, tomada por uma coloração diferente do normal e com o olhar baço e cansado, ao longe, no portão ele vê a anciã e um outro ser magricela ao seu lado e Nadhul pergunta: - Mestra, qual o plano, como vai ser a nossa abordagem? Estamos cansados e sem energia.
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    Mensagem por susanoojr Ter Ago 07, 2018 10:02 pm

    Ĝeko fica pensativo por um tempo, ele não podia mas fazer nada por aquelas pessoas como também não conseguiria obter-los como escravos ou serviçais, uma vez infectado pela doença era quase impossível voltar para a cidade, tendo somente a salvação um Sacerdote ou a morte.

    Outra bomba afetava seus pensamentos logo em seguida, a Anciã falou em deixar-lo!?

    O garoto já cogitará outras horas em deixar Velora e seguir em frente, mas jamais passou em sua cabeça que ela o pediria para ir, era fato que nesta relação de mestre e discípulo favorecia mais o lado de Ĝeko, já que seus treinamentos eram pagos com serviços de limpeza no quartel, não muito favoráveis para Anciã, fora os favores e contra tempos que ela realizava para ter-lo como discípulo.

    O mais importante ainda estava para acontecer, dois seres desconhecidos por Ĝeko apareceram no Portão Norte, aparentemente dois demônios que estavam a procura de Velora, talvez da Corte, a mesma que protegia o garoto por ser treinado pela Anciã, coisa que agora não estaria mais ocorrendo quando voltassem para Dafodil.

    As impressões que os demônios passaram ao garoto eram que a mais perigosa seria a fêmea, com cicatrizes de queimadura recentes, mesmo em seu estado frágil.

    - Devo ficar Anciã? Responderei a questão no quartel assim que chegares, se estiver de acordo.

    Respondia pensante e em dúvidas, com palavras que eram proferidas por um tom sereno na voz.
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    Mensagem por Leomar Dom Ago 12, 2018 12:50 pm

    Nadhull tinha estado perto da anciã apenas uma vez, mas fora o bastante para saber que sua força mágica era poderosa. Não tinha certeza sobre a capacidade de Tinafe, mas mesmo se ela igualasse à anciã (o que já seria muito, lembrando que nenhuma delas era uma súcubo), ela já tinha lhe passado um pouco da própria energia, então não teriam a mínima chance de reagir caso a anciã os vissem como inimigos.

    - A boa notícia é que Velora não está diretamente ligada à Corte dos Milagres e seus objetivos não são os mesmos daqueles imbecis que encaramos lá atrás, além disto, até onde sei ela é honrada o bastante para não atacar outro seguidor de Piro sem um combate "en arena". A má notícia é que Velora não está ligada à Corte dos Milagres e não temos a menor ideia de quais são seus verdadeiros objetivos. Portanto minha ideia inicial é simplesmente chegar até ela e perguntar de que lado ela está.

    Era um plano bem simples, tanto que Tinafe percebe que Nadhull percebe que ela na verdade não tinha um plano.

    - La Cour des Miracles infelizmente conta com uma camada não muito pequena de pessoas que não tem tanta honra como os que conheceu no templo. Cometi um erro ao acreditar que o pessoal da Copa de Ânima não estaria entre estes. Na verdade aquele creio que aquele demônio nos atacou por motivos pessoais e meu segundo erro foi não ter sido bastante incisiva ao dizer a você e Nergal serem discretos sobre suas condições. Eu não o conhecia, mas já deve ter chegado ao ouvido dele, como chegou ao de outros, que uma diaba estava ajudando um anjo, e para muitos demônios, isto é imperdoável. Além disto agora eles sabem que na cidade há um demônio capaz de manipular magia branca. Isto os fará tremer de medo, mas também nos colocará na mira da camada mais idiota da cidade.

    Tinafe e Nadhull continuavam aproximando, Nadhull percebeu as bandeiras cinza nas carroças, era um sinal claro para qualquer pessoa de Dafodil "doença perigosa", para humanos as bandeiras eram motivo de medo extremo, para os demônios nem tanto, mesmo assim nem todos demônios se sentiam a vontade perto de bandeiras daquelas.




    Velora não se altera com a aproximação dos estranhos, Ĝeko até tema impressão de ve-la dar um leve e rápido sorriso, o que não era muito comum na anciã.

    - Acalma-te. Terás tempo. Ainda pode aprender mais uma ou duas coisas antes de escolher seu destino.

    Quando os dois chegam a uma distância para uma conversa educada, Velora comenta:

    - Deve ser Tinafe!

    O outra demônio se mostra levemente surpresa, mas não muda sua postura, falando num tom neutro.

    - E se não estou no lugar errado, creio que deve ser a anciã Velora? Não imaginava que minha fama já começava igualar à sua, afinal minhas missões aqui em Dafodil são secundárias.

    - Você deve ter subestimado o poder da fofoca desta cidade.

    Velora dá um sorriso levemente irônico, Tinafe responde com um levemente amarelo.

    - Creio que seu conselho me chegou um pouco tarde...

    Ĝeko e Nadhull estavam levemente (talvez não muito leve) ansiosos e nervosos, mas as duas fêmeas ficam um tempo se analisando em silêncio, mais tempo do que alguém que simplesmente avalia um adversário. Ao final pareciam mais curiosas do que hostis.

    - Tudo bem. - Diz Velora enfim, seca. - Estou com menos tempo, então pergunto primeiro: parece que estava me procurando. O que quer?

    - Mm, direto ao ponto. Não muito típico de seguidores de Piro.

    - Como eu disse: menos tempo.

    - Pois. - Tinafe observa Ĝeko. - Está trabalhando com humanos dominadores do ar? Uma humana de nome Niréia também trabalha com você?

    - Sim.

    - Eu poderia ter a curiosidade de perguntar porque a anciã se interessa sobre magia branca?

    - Poderia.

    As duas ficam em silêncio alguns segundos, até que Tinafe percebe que teria de perguntar:

    - Então... por que Si Velora se interessa sobre magia branca?

    - Não é da sua conta. - Diz sem demonstrar qualquer emoção.

    Tinafe deve mentalmente ter chamado Velora de "velha vaca" e outras coisas, mas se esforça para continuar neutra.

    - Bem tivemos uma pequena cerimônia no templo, com o instrutor Marcel, talvez não tenham conseguido chamar Si...

    Velora não espera ela terminar:

    - Sim, fui avisada. Quando percebi os poderes de... bom, esqueci seu nome, mas imaginei que fosse capaz de chamar a atenção até do Arcebispo. Creio que então ganhou a bênção da Corte dos Milagres. Bom para você, de fato seus poderes são únicos.

    - Nadhull não é mais o único.

    - Não? - Velora ergue a sobrancelha demonstrando claramente que sua fonte de informação desta vez não foi tão eficiente. Tinafe sorri e agora ela quem fica em silêncio obrigando a outra perguntar: - Quem é o outro?

    - Saberia, se tivesse ido à cerimônia. - Mais silêncio, sorrisos sarcásticos e olhares avaliadores. - Mas já que todos nós, de alguma forma, estamos interessados em conhecer mais sobre magia branca, talvez possamos nos ajudar, ainda que nossos interesses sejam diferentes...

    - Talvez... - nova pausa, Velora porém comenta sem muita paciência, mas sem querer largar o jogo: - Quer tirar cara ou coroa ou deixamos os rapazes disputar quem fala primeiro?

    Cada uma delas olha para seu discípulo, aquilo poderia ser uma "deixa" para vocês.
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    Mensagem por Dycleal Dom Ago 12, 2018 5:44 pm

    Nadhull torce para que a anciã esteja em um bom dia, tem a esperança que ela compartilhe da ignorância e curiosidade acerca do fenômeno que ocorrera com ele e com o anjo negro, pois isso seria uma garantia que em um acesso de ira, o pouparia. Mas preocupava-se com sua mestra, pois um demônio como ela o ajudaria muito mais que outros mestres, não tão simpáticos como Velora.

    Ao chegar mais perto identifica o acompanhante da velha, um maldito humano, bem jovem e decide não hostiliza-lo para não complicar o que já era complicado e após ouvir o jogo político de palavras e disputa de poder, a informação que a mestra Tinafe soltou de além dele ter outro com mesmo potencial, desarmou um pouco a anciã e chegou o momento dele se expressar: - Ola, mestra Velora, saudações. Procuro a mestra Niréia conforme fui orientado pelo Instrutor Marcel no nosso ultimo encontro. olha para a mestra anciã e para o humano e pergunta: - Ele é seu discípulo? Ou ainda está sendo testado como eu fui?
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    Mensagem por Leomar Dom Ago 12, 2018 6:15 pm

    A anciã Velora responde a saudação com um gesto de cabeça.

    - Niréia está vendo algo para mim. Quando a vir comunicarei seu desejo de falar com ela.

    Ela é seca, mas educada. Nada demais contando que é uma demônio.

    - Este é meu aluno. Vim atrás dele pois me disseram que ele queria mostrar o progresso que fez com magia de cura. E foi realmente um bom progresso.

    (Q.I. básico: Velora não costuma elogiar diretamente, mas Ĝeko percebe que ela ficou orgulhosa ao dizer que seu aluno teve BOM progresso. Nadhull perguntou sobre discípulo e Velora respondeu sobre aluno, talvez Ĝeko não perceba a sutil relação de palavras (caso esteja orgulhoso com o elogio sobre o progresso), mas o íncubo nota. O corpo de Tinafe reage demonstrando extrema atenção quando Velora fala "magia de cura", se ela tivesse orelhas felinas veriam elas literalmente levantar.)

    - A Senhora anciã ensina também magias de cura?

    - Alguma coisa... Um bom aluno consegue inovar também.

    Ĝeko sabia que ele teve de inovar MUITO, afinal Velora só lhe ensinara o básico do básico sobre cura e ele teve de se valer mais da intuição que do conhecimento recebido.
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    Mensagem por susanoojr Seg Ago 13, 2018 5:43 pm

    Com a chegada daquelas pessoas, Ĝeko mantinha sua postura o mais respeitável possível, assim como era de costume quando os escravos deviam ficar, mesmo com o passar do tempo esse costume não desaparecerá, sua postura de cabeça baixa deixava que sua percepção fosse para os ferimentos que os estranhos haviam adquirido recentemente, colocando certo receio em querer olhar no rosto deles, mesmo que sua curiosidade deixava escapar alguns olhares por cima do olho.

    Em meio as conversas, Velora fala de modo que Ĝeko fique envergonhado, pela primeira vez ele receberá elogios vindo de outra pessoa que não fosse seus pais e ainda em uma conversa com aspectos formais.

    Ele também não deixa de notar um dos assuntos da conversa, magia branca, uma das magias mais incomuns em seres  não angelicais, caso dos demônios, isso só o deixava mais curioso, a idéia de ter outros seres que possam ensinar-lo a controlar suas magias e que fossem simpatizantes de Velora, porém ele ainda não sabia se aquela demônia era amiga ou inimiga, um pedido de treino quando era elogiado por sua atual mestra não séria de todo o agrado para ele no momento.

    Ĝeko ainda não havia se apresentado e todos estavam ouvindo sobre ele, então ele decide se apresentar, de uma forma bem tímida.

    -Mu.. Muito prazer! - Ele estica a mão e levanta sua cabeça - meu nome é Ĝeko e eu estou sobre os cuidados da Anciã no momento. - Ele dá uma pausa para respirar e continua - eu estava responsável  por cuidar dos acamados e desenvolver minha magia de cura neles.

    Depois, ele olha para Anciã a procura de qualquer olhar ou dica que possa mostra quais são as instruções que ele deve seguir nesta ocasião.
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    Mensagem por Dycleal Sex Ago 17, 2018 6:55 pm

    Nadhull não queria conversar muito para não atrapalhar a conversa com a Anciã porém também não queria parecer mal educado e estende a mão para o garoto e diz: - Prazer é todo meu. Gosta de trabalhar com cura então? Muito bom e elogiável. 


    Nadhull solta a mão do jovem e fica olhando para a Anciã e aguarda a sua fala calmamente como se fosse uma coisa costumeira falar com ela e procurava ficar com uma postura que não revelasse o seu cansaço.
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    Mensagem por Leomar Sex Ago 17, 2018 7:35 pm

    As duas demônios por sorte não demonstravam hostilidade, mas jogavam algum jogo de palavras. Velora parecia mais a vontade, já Tinafe não conseguia tirar muita coisa dela, então ela se volta para o pequeno rapaz, os dois neófitos tinham se apresentado mas não passaram disto.

    - Então está cuidando dos acamados? - Ela olha as carroças - Deve ser algo grave para estarem com bandeiras cinzas. Está tendo progresso?

    Ĝeko ainda dá uma olhada para a anciã, para ver se ela tem alguma recomendação, mas Velora dá de ombros.

    - Pode contar o que fez. SE QUISER.
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    Mensagem por susanoojr Ter Ago 21, 2018 1:23 pm

    Ĝeko era um garoto tímido, mas confiava na força de Velora para protege-lo, mesmo que desconfia-se de Tinafe por parecer ameaçadora. Sua mestra deixa que ele decida se vai contar aos dois estranhos seus feitos.

    - Bem.. Eu não fiz muita coisa, só queria ajuda-los e treinar minha magia curativa, tive um pouco de ajuda da Anciã por saber mais como funciona o fluxo de magia, foram apenas tratamentos básicos.

    Sem querer falar muito sobre os métodos utilizados, mas querendo também não ser tão discreto.

    - Vocês por acaso conhecem algum sacerdote que possa verifuca-los? Ele poderia me ensinar mas também se a Anciã concordar, não que eu queira deixar meus treinamentos em combate de lado.

    Ĝeko dá um sorriso para Tinafe esperando que ela fique menos hostil com ele.

    Depois Ĝeko começa a balançar suavemente seu corpo, deixando suas mãos juntas para trás, mantendo também um leve sorriso em seu rosto.
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