Eruvadhor - Introdução

8 de Uktar de 1372 CV, o Ano da Magia Selvagem

A Província das Feras
Eruvadhor faz parte de um grupo de rangers e batedores que têm como principal objetivo controlar os monstros inimigos da Província das Feras para que eles não assolem os cidadães do Vale da Névoa. A província fica na fronteira ocidental, e é um local perigoso recheado de bugbears, orcs, goblins e outras criaturas insolentes. Apenas rangers peritos ousam desafiar a região.

Este grupo de Eruvadhor, a maioria formada por humanos e elfos, não é um grupo unificado e nem há uma base fixa. Cada ranger tem autoridade própria para fazer o que quiser, embora eles freqüentemente se comuniquem.

O Vale da Névoa fica próximo de Cormanthor, uma terra ancestral dos elfos e que, embora esvaziada, ainda está recheada de poder. Eruvadhor sempre quando pode faz uma visita à floresta sagrada.

Atualmente o elfo encontra-se na província, fazendo a sua vigia habitual. Ele está com o seu falcão nos ombros, caminhando pelas árvores, até que, com os seus ouvidos aguçados, ouve passos de uma pessoa se aproximando. Eruvadhor prepara o seu arco quando surge Telrin, um humano ranger conhecido do elfo. Ele aparece com o seu carcaju.

- Eruvadhor - ele faz um aceno com a cabeça. - Temos más novas. Um dos nossos descobriu um esquadrão de drows saindo de Cormanthor em direção à Terra dos Vales. Precisamos avisar o Alto Conselheiro Haresk Malorn.

- Olá Telrin.
- Humpf! - resmunga - isso não é nada bom...
- Irei relatar ao Alto Conselheiro, virás comigo ou voltarás ao rastreio? - pergunta ao ranger.
- Dho, voe! Caso aviste algum drow avise-me - comanda falcão a procurar drows.

Enquanto caminha, presta atenção a todo movimento e som ao seu redor, estará preparado para não ser surpreendido por um batedor drow, enquanto seu falcão voa acima vasculhando a região.
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- Eu e meu amigo aqui iremos com você - diz Telrin, indicando seu carcaju.

Sendo assim, os dois partem para o Vau Ashaben, capital do Vale da Névoa. A vila fica às margens do rio Ashaba, com fazendas e casas esparsas. Conhecendo bem o caminho, os dois chegam às portas da residência do Alto Conselheiro, o conselheiro mais importante do vale dentre seis que existem.

Eruvadhor está acostumado a fazer visitas a Haresk, informando-lhe dos últimos acontecimentos nas fronteiras, e por isso os dois amigos não têm dificuldades em adentrar a estadia e esperar a sua hora de serem atendidos pelo Alto Conselheiro.

Passado dez minutos, eles são chamados ao quarto de Haresk Marlon, uma pessoa bem-aparentada e conhecido por sua honestidade.
- Eruvadhor, prazer em revê-lo. Você é?

- Telrin, senhor, amigo de Eruvadhor - Telrin nunca havia estado na presença do Alto Conselheiro.

- Bom, a julgar pelo olhar de vocês, creio que não trazem boas notícias - diz Malorn.

- Receio que não Conselheiro - diz sentido - um dos nossos descobriu um esquadrão drow saindo de Cormanthor vindo em direção à Terra dos Vales - informou ao Conselheiro Malorn.

- Telrin veio até mim com a notícia e decidimos vir o mais rápido informar a situação - diz olhando para Telrin - conte-nos o que sabe, não deixe escapar nenhum detalhe. - pede para Telrin explicar os detalhes.

- Senhor - começa a explicar Télrin -, um esquadrão de cerca de trinta drows foi visto saindo de Cormanthor em direção aos Vales, eles já estavam no limite da borda da floresta, perto daqui. Não sabemos quais as intenções deles, mas se tratando destas vis criaturas não pode ser nada de bom.

- Curioso - diz pensativo Haresk. - Trinta drows é um número insuficiente para declarar uma guerra a qualquer um dos Vales e um número elevado demais para uma equipe de exploração. Onde exatamente eles foram avistados? - pergunta.

- Perto do Barranco, a norte daqui.

- Eles talvez podem estar interessados em vigiar a estrada que atravessa Cormanthor. Muitas caravanas ainda irão passar por ela. Ou atacar comunidades menores, sem grandes defesas. De qualquer forma os drows nunca foram vistos tão próximos de nossos territórios e devemos avisar os representantes dos demais vales. Irei mandar informantes para o Vale das Sombras, o Vale da Batalha e o Vale da Adaga. Os demais vales ficam muito distantes, e creio que vocês dois poderiam fazer isto para mim. Estou pensando em enviar você, Télrin, para o Vale do Rastelo, e você, Eruvadhor, para o Vale Profundo. Duas das sedes do torneio. Vocês conhecem os atalhos e não terão problemas em chegar em seus destinos. Chegando lá, trate de avisar aos governantes que os drows estão planejando algo contra os Vales.

Eruvadhor ouve com atenção, precisavam alertar os Vales sobre o incidente.

- Senhor, há muitos rangers em Vale Profundo, podemos convencê-los a nos ajudar com este problema. - sugere.

- Com um grupo de uma ou duas dúzias podemos acabar com a ameaça, uma milícia senhor, atacamos grupos pequenos e nos retiramos, sem confronto declarado ou aberto. - expõe sua estratégia - podemos ainda capturar alguns para interrogar, nos informar sobre suas intenções.

- Acredito que Vale do Rastelo seja o mais ameaçado, eles possuem guarnições suficientes para proteção? - pergunta preocupado - O único porto dos Vales, local de extrema importância, não podemos deixar que cheguem até lá - afirma - Sugiro deslocar alguns de nossos rangers para proteger o local, enquanto recruto ajuda em Vale Profundo - sugere.

Haresk Malorn ouve atentamente às palavras do elfo.
- O Vale do Rastelo é uma das sedes do torneio, estará cheio de aventureiros por lá. Vou confessar uma coisa a vocês, este torneio foi uma fachada. Há muito tempo temos observado que as intenções dos drows para com a Terra dos Vales têm crescido nos últimos tempos. Este não é o primeiro esquadrão a ser visto próximo daqui.

- Mas por que o senhor diz que o torneio é uma fachada? - questiona Télrin.

- Os Vales possuem uma força militar fraca se comparada com o poder das magias sombrias dos drows. A ideia do Conselho então foi criar um torneio e divulgá-lo amplamente em todos os cantos do continente, com o intuito de atrair aventureiros. Eles próprios, os aventureiros, serão o exército que rechaçará a investida dos drows quando e se ela acontecer. Há outros perigos fora os drows, claro, mas eles são a principal ameaça no momento, pois sua sede de conquista é inesgotável.

Eruvadhor se preocupa com o que foi dito.

- Qual o interesse deles pelos Vales senhor? - pergunta.

Assim que ouvir a resposta de Haresk Malorn diz o que vem a seguir.

- Iremos o mais rápido possível, não sei quanto a Télrin, mas viajo com extrema rapidez pela floresta - diz ao Conselheiro - ele talvez precise de um cavalo senhor - sugere olhando para o ranger avaliando sua reação.

Spoiler:

- Quem devemos procurar quando chegarmos lá? - pergunta.

- Em relação ao interesse dos drows, bem, são drows. Isto já explica tudo. Desde que eles subiram à superfície para transformar Cormanthor em seu novo lar, os vales têm sofrido saques e assassinatos incessantes. E você deve saber bem dos boatos, Eruvadhor, o Grande Druida de Cormanthor de outrora foi derrotado em Myth Drannor quando os elfos negros ascenderam à terra e dizem que quem derrotou o druida foi um demônio invocado pelos drows.

Eruvadhor já tinha ouvido falar disso. Os próprios animais da floresta deram os relatos dessa batalha aos druidas locais, que repassaram a informação aos povos. Porém ninguém sabe ao certo se o demônio também foi destruído na batalha, pois nunca mais ninguém o viu, e esta é a esperança dos homens.

Haresk Malorn retira dois pergaminhos, molha sua pena no tinteiro e começa a escrever. Depois sinaliza com o seu sinete e manda um criado lacrar os pergaminhos com a cera da vela.
- Isto aqui será o suficiente para que os governantes locais aceitem ouvi-los. Eruvadhor, você deverá se encontrar com o Lorde Ulath, em Lua Alta. Télrin, você deverá chegar a Cidade do Vale do Rastelo e falar com qualquer um dos burgueses que comanda a cidade.

Eruvadhor recebe o pergaminho selado e guarda-o em um dos bolsos.

- Obrigado Conselheiro Haresk, irei como o vento.
- Depois de alertar os Vales, ficamos para ajudar, ou voltamos para Ashaben? - pergunta.

- Vocês são livres para tomar suas próprias direções após isto. Se quiserem ficar para assistir o torneio, eu compreenderei - diz Haresk.

Eruvadhor havia chegado em Lua Alta.
Ele então começa a perguntar o paradeiro de Lorde Ulath:
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- Por favor, necessito falar com Lorde Ulath, onde posso encontrá-lo? - pergunta aos habitantes locais.

Quando descobrir para onde deve ir, Eruvadhor irá solicitar uma audiência.

Enquanto está na cidade o falcão mantém-se à distância, para não assustar as pessoas. Se for necessário ele irá chamá-lo com um assobio alto.

O elfo consegue descobrir a localização do Lorde Ulath. Ele encontra-se acompanhado de guardas ao lado da arena que está sendo construída, ali fora da cidade mesmo. Um ser grande de 2 metros, garras proeminente e bem largo está do lado do Lorde Ulath, facilmente identificável pelas suas vestes de nobre.

Eruvadhor caminha em direção a Lorde Ulath, observando todos que estavam ali, especialmente a criatura com aparência bestial.

- Lorde Ulath, venho com uma mensagem urgente de Haresk Malorn, do Vale da Névoa - diz apresentando-se.

- Solicito audiência em particular - espera a resposta do Lorde, olhando firmemente para ele, mas observando todos perifericamente.