[Side Quest] Corvus Oculum Corvi Non Eruit - A Jornada do Algoz Dustiel [Finalizada]

Dustiel ergue voo para ter uma visão mais geral do local, depois de ter se lembrado de forma misteriosa sobre a lenda da "Conta da Arvore Branca" que estava em suas mãos as coisas ficaram um pouco mais faceis para entender onde estava. Aquele lugar era na verdade um Dominio que foi criado pela própria arvore ao longo do tempo como uma forma de controle contra criaturas malditas, não se sabia ao certo quem havia criado aquele pequeno Dominio, mas de fato ele não era tão grande assim e ao levantar voo Dustiel percebeu que os límites do cenário se davam como se fosse uma grande pizza no meio do nada e que a passagem principal do Dominio era a própria arvore, ao toca-la ele pecebeu que poderia viajar para dois reinos próximos que se interligavam por meio do pequeno dominio da Arvore Branca. 

O domínio ainda desconhecido ao qual estava anteriormente quando encontrou aquela entidade que o derrubou ali e a próprio Velho Eden onde ele poderia fácilmente poder voltar para a floresta amazonica apenas tocando na arvore outra vez. 

Apesar de estar ali naquele lugar e sobrevoando tudo. A observação do Elohim não se limitou apenas a geografia do local. Ele sabia que aquele artefato era um ótimo mecanismo de defesa para afastar espectros malditos cegando-os com o brilho da luz branca que iluminava ao empunha-la para o alto ou até mesmo ferindo-os em contato direto com o objeto. Mas contra a entidade em questão que aparentemente estava em posse da espada ele precisava de uma tesoura. Talvez fosse mais fácil encontrar tal objeto no velho Éden já estava na hora de voltar e ver como a cidade de Marcos estava, considerando que a misteriosa entidade Matinta Perereira estava fadada a voltar a região para buscar a sua oferenda naquela noite. talvez ele conseguisse encontrar a tesoura e realizar o tirual a tempo. 

Uma grande luz reagiu de seu peito no momento do contato entre a conta, o galho e o peito de Dustiel. O Celestial atravessou a película outra vez. Seu corpo sentiu o peso da gravidade assim como seu semblante foi completamente fechado e ele voltou a ser Alex Riverstorm  outra vez, a conta permaneceu em sua mão com um brilho alvo em várias bolas, outras negras de maneira completamente aleatória. 

Ele estava exatamente de volta ao povoado de São Gabriel, o local estava deserto, era noite e o som da água da beira do rio e o ranger da madeira quando ele andava eram os únicos sons que Alex poderia escutar. 

Por onde estavam todos ? Se perguntava Alex, talvez em suas humildes casas, pois todas as casas estavam fechadas. Casas de madeira, quase não havia energia elétrica no povoado e a luz da lua cheia iluminava muito bem todo o local. 

Alex passou pelo único bar da cidade. Um Lampião estava aceso com uma chama a iluminar uma mesa de sinuca, tudo calmo demais...Sangue ? 

A mesa de sinuca estava pintada com sangue forte de alguém que havia sido praticamente espremido por ali. 

Uma ave então corta os céus enquanto Alex caminhava pelo local, o susto foi o suficiente para que Alex olhasse para a ave e visse ela planando pelo ar e pousando na mão de uma figura que se escondia atrás de uma das casas de madeira, mais precisamente a casa de Marcos. 

A figura olhava diretamente para Alex, mas desapareceu na escuridão com uma incrível velocidade. Outra vez a Ave de rapina cortou os céus desta vez seguindo em direção a floresta, Alex pensou em segui-la mas o som de um assobio veio acompanhado de um choro infantil que vinha de dentro da casa de Marcos. A unica porta da casa de madeira e suas duas janelas estavam fechadas. A pequena casa estava escura e só tinha a iluminação da lua para ajudar. Estava estranhamente sinistro aquele lugar. 

O pássaro fúnebre desapareceu na mata a dentro, o silêncio reinou o lugar mais uma vez depois disso. Ainda com cautela, Alex avançou em direção a casa, a porta estava trancada com ferrolho pelo lado de dentro. Contudo o jovem conseguiu ainda empurrar um pouco da porta a tempo de ver um vulto correr lá de dentro. O choro aumentava no tempo em que Alex se aproximou da porta e conseguiu abrir a fresta, sua mão conseguiria passar pela fresta da porta mas somente isso. Usar suas doutrinas poderia ser arriscado, cada vez mais o ódio estava consumindo a cerne da alma do Elohim, ele precisava se controlar.  

De dentro da casa que ele averiguava, Alex escuta um grito, era um grito de dor seguido por um "Nãooooo" um clamor de uma voz feminina pedindo para que alguém parasse. 

Alex se sentia agoniado, se sentia impotente por não poder ajudar e precisava arrumar um jeito. ele tinha certeza que algo muito ruim estava acontecendo naquela casa, ele podia sentir através de sua presciência o mal palpável que cercou a casa de Marcos e sua filha. 

Dustiel escreveu:Teste de Percepção + Presciência Diff 8. = 2 Sucessos

Alex sentia um aperto ruim no coração, seu lado celestial era muito mais sensitivo em seu interior.  Não era a imagem de Ravennael que ele tinha na cabeça. Mas a imagem da velha hibrida do corvo negro. Ela estava lá dentro e ele tinha certeza. Um sentimento negro e triste percorria seu peito, a sensação de andar naquele lago frio percorria sua mente. Outra vez um grito feminino, pela fresta da porta ele viu vultos. 

Dustiel escreveu:Dustiel Teste de Força + Briga Diff 7. = 1 Sucesso
Dustiel Teste de Força + Briga Diff 7. = 1 Sucesso

Com toda a sua força e golpeou a porta usando os ombros. A porta rangeu forte e ele chamou a atenção do que estava lá dentro. Ele se ergueu e viu um olho grande entre a fresta da porta, ele se levantou e tentou pela segunda vez derrubar a porta. A garota lá dentro gritou. Com toda a força ele enfia seu ombro ainda machucado de sua viagem umbral, mas ele derruba a porta e se depara com a cena de Marcos e sua Filha Mara, a jovem estava com parte do seu tórax perfurado por uma tesoura, ela gritava pedindo encarecidamente para que seu pai parasse, ela juntava suas forças e corria para o canto do comodo, a casa pobre não tinha portas para ela se esconder então ele se enfiou no banheiro, único lugar com portas. Seu pai parecia um demônio. Olhos completamente negros, e veias que percorriam seu corpo. Um sorriso maligno ele tentava arrombar a porta do banheiro a pontapés. Aquele não era Marcos, o gentil e carismático piloto que trouxe Kristie e Alex até o Brasil. Aquele era um ser das profundezas da umbra profunda.  Um ser maligno que olhou para Alex e sorriu com olhos doentis. Alex até pensou em procurar por instrumentos que pudesse ser usados como arma mas tudo que achou foram alguns talheres como garfos e facas de cozinha. Entre seus equipamentos ele inda tinha seu Soco inglês e sua arma sem balas, usadas no conflito contra os piratas no rio. 

Uma grande luz se propagava da mão de Alex e clareava surpreendentemente a sala. A versão corrupta de Marcos tampava o rosto em um claro sinal de agonia. Ele não queria olhar diretamente na luz que começou a iluminar a sala. Ele sentia uma dor incrível, gritava e apavorado arremessou o seu corpo em direção a janela, derrubando-a com extrema arrogância e destruindo a madeira, deixando os raios do luar entrarem na sala. 

Aquele monstro havia fugido, a tesoura ensanguentada ficou no chão e Dustiel recolheu se lembrando claramente da profecia quando escutou a jovem contar exatamente o que havia ouvido na Umbra. 

Mara: - Pegue a tesoura e enrole na contra sagrada. Enfie na terra e grite o nome da Matinta outra vez. Ela ficará presa e essa é a única forma de se livrar da maldição da Matinta Perera de vez. 

Mara teste de Dano Diff 6. = 2 Sucessos
Dustiel Teste de Absorção Diff 6.= 3 Sucessos

Antes que ele pudesse se virar. Dustiel sentiu seu corpo pesar com Mara se jogando em cima dele pelas costas, ela praticamente montou em suas costas e lhe deu uma primeira mordida. Seus dentes babados se fecharam forte em seu ombro mas ela não conseguiu tirar sangue. A garota estava frenética não ouviria os apelos de Alex com facilidade, ele perdia o equilíbrio e batia nas coisas da casa quase indo ao chão. Ela parecia extremamente forte.  

Alex estava confuso do porque a jovem Mara o atacava, mas não demoraria muito para que ele percebesse que não era mais Mara quem habitava aquele corpo e sim alguma entidade maligna que se apoderou do corpo da jovenzinha que agora era extremamente forte e violenta.

Alex girou e girou tentando manter o seu equilíbrio. Bateu outra vez na parede e na quina do balcão da cozinha que também estava perto, mas a garota não o soltou, parecia uma besta desaforada tentando morder o pescoço de Alex exatamente como um animal o faria.

Alex escreveu:Teste de Fé para abrir semblante Diff 6. = 0 Sucesso
Teste de Fé 6. = 1 Sucesso

Alex estava perdendo para a força descomunal de uma menina de 15 anos. Ele tentou liberar o seu semblante mas ele não conseguia se concentrar com ela em cima dele. Em um ato impensável, Alex empurrou a cruz que tinha nas suas mãos bem no rosto da jovem Mara, um cheiro forte de queimado tomou conta da sala, em seguida o grito de Mara de dor externava o quão doloroso aquela experiência foi. Mara tinha a voz grossa e gutural como um dos espectros condenados do Abismo. Ela soltou Alex imediatamente e com a mão ainda no rosto ela também fugiu mata a dentro como seu pai.

Alex só teve alguns segundo para recuperar o fôlego quando a porta da casa de Marcos foi arrombada outra vez por aldeões que seguravam tochas em suas mãos.

Aldeões : - O que está acontecendo !!??

Gritavam os aldeões munidos de tochas, facões e ancinhos para dentro da casa de Marcos na qual Alex estava.

Alex havia sido encontrado pelos aldeões do povoado de são Gabriel. Talvez ele pudesse ser considerado como algum invasor mas algo impediu que os aldeões o vissem de mal jeito. 

Alex carregava em sua mão a conta responsável por expulsar de vez a maligna criatura usurpadora de almas, A Matinta, ela nunca mais foi vista pelo povoado novamente, as pessoas tomaram para sí de volta suas vidas cotidianas, mas a que preço ?

 Ravennael (Kristen Frost) foi encontrada vagando dias depois próximos as margens do rio que serve de braço para o povoado, estava completamente desorientada e disse que podia sentir ainda as almas lamentosas de Mara e Marcos trilhando em direção aos mais profundos reinos do segundo mundo. Era arriscado demais avançar por aquelas terras considerando como eles estavam debilitados naquele momento, Ravennael abraçou ternamente seu querido companheiro e Dustiel sentiu o quão fragilizada aquele jornada deixou Ravennael, tudo o que ela queria era voltar para casa. 

 O barqueiro eve seu corpo encontrado as margens do rio com vários tiros, a policia chegou a fazer uma investigação superficial e conectou sua morte aos mercadores piratas da Bolívia. 

Histórias começaram a ser contada sobre os grandes "Nhanderuvixa" os espíritos do Corvo que se transformava em homem e mulher , eram sábios e carregava em suas asas a coragem necessária para levar embora o mal dos espíritos ruins e da Matinta. Esse conto se juntou aos milhares de contos falados pelos nativos da região Anhenguá e até hoje ainda é lembrado.

 O Rosário de São Gabriel, como ficou conhecido entre os nativos, o rosário criado pela Arvore Branca, se mostrou um artefato incrivelmente poderoso não só para a Matinta mas também para inumeros outros Espectros e Malditos espíritos malignos que Dustiel encontraria na sua frente ao longo de suas jornadas, o artefato possuía uma luz pura e branca que quando brandido pela fé do Celestial emanava tal luz de forma a expurgar, afastando ou queimando os espíritos atormentados da Umbra. 

A infame Matinta não foi mais vista no povoado de São Gabriel, mas todos sabiam que ela ainda existia, ninguém ousou falar seu nome novamente e quando era feito todos mantiveram o ritual de oferecer fumo com medo de que a criatura maligna pudesse leva-los como fez com Marcos e sua filha. 

 Marcos, o piloto do Air Flight 26, que trouxe Alex e Kristen para o Povoado de São Gabriel, nunca mais foram encontrados, a policia desistiu das buscas depois de várias semanas, lendas contam que a Matinta levou suas almas para o mais profundo abismo escuro onde ela reside assim como ela fazia com todos os que a desafiavam e não lhe pagavam a sua oferenda. Kristen se sente culpada por ter envolvido ambos nesta história. 

 A espada da Morte de Vida não foi encontrada, pode ser que o mito de que ela estava próximo de São Gabriel fosse um mito, talvez o segredo de sua localização estivesse para sempre enterrado em Anhenguá ou com a Matinta, nós nunca saberemos...

Este foi o conto do Corvo e como os espíritos sábios de Anhenguá expulsaram a Matinta do povoado, onde os demônios foram expurgados e o povoado pode ter um pouco mais de paz...

Porem a jornada do Algoz Dustiel e sua Amada Ravennael ainda está longe de acabar...