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    [!ON!] Touch the face of the stars

    Freya Stormborn
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    Mensagem por Freya Stormborn Qua Nov 14, 2018 10:18 pm

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    Saphira
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    Mensagem por Saphira Qua Nov 14, 2018 10:25 pm



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    TOUCH THE FACE OF THE STARS #001




    O sol começava ainda a despontar no horizonte quando Aires já estava montado em seu cavalo galopando pelos pastos em direção à colina de Cortona onde haviam as mais suculentas maçãs da região. Vez ou outra ele ia até lá para que, assim que seus pais acordassem, tivesse alguma fruta fresca na mesa para o desjejum. Sua égua, chamada Cristal, era sempre sua fiel escudeira onde quer que fosse e Aires a tratava como se fosse realmente um ente da família, dada a tamanha cumplicidade entre eles.

    Cristal estava presente, inclusive, durante todo o período da doença de Anabella, e em seu olhar Aires conseguia sentir como se ela lhe transmitisse força e apoio. E, assim, eles seguem sempre juntos.

    Após colher as maçãs e guardá-las em um dos “panacuns”, o jovem passou um tempo sobre a colina, meditando e apreciando o horizonte. A leve brisa acariciava seu rosto e, todas as vezes que se encontrava naquele lugar entrava em estado de contemplação, sentido-se como se nenhum mal no mundo lhe pudesse atingir, estava em completa paz. Ele não sabia se Deus realmente existia, mas tinha plena certeza de que uma força maior guiava todos os seres rumo ao amor, mesmo que alguns se desviassem do caminho. Ademais, Aires sempre acreditou ser papel e responsabilidade de todos os seres se ajudarem mutuamente e esse princípio esteve muito forte em seu coração durante toda a sua vida.

    Passados aproximadamente trinta minutos desde que estivera ali, montou em Cristal e partiu em regresso. Não havia andado nem três quilômetros quando ouviu um grito ecoar entre as árvores de uma floresta que beirava o caminho. De súbito, parou e tentou identificar de onde vinha o som. Alguém estava em perigo e Aires não podia ficar inerte diante de tal fato. Seguiu então o som, correndo por entre os galhos e obstáculos. Cristal era experiente e sabia desviar muito bem. Foi então que viu duas silhuetas masculinas segurando uma terceira pessoa. Estavam de costas, mas a vítima parecia ser uma mulher, pelos cabelos esvoaçados pelo vento.

    Logo Aires percebeu que tratavam-se de salteadores. Quanta covardia, abordar e assaltar uma donzela, ainda mais tão cedo! Pensou e em questão de segundos sacou o arco de suas costas flechando os dois covardes sem conseguir ser notado. Acertou um no ombro e o outro na perna, o que fez com que soltassem a moça e disparassem floresta à dentro em uma carroça que estava próxima.

    O rapaz desceu de Cristal e correu até o local, percebendo de imediato que quando os salteadores soltaram a jovem, a mesma caiu desacordada. Provavelmente pelo choque em decorrência do ocorrido.

    - Moça? Moça? Acorde! - Rapidamente a tomou nos braços e acariciou aquele belo rosto, os cabelos ruivos eram a moldura perfeita. Engoliu seco e pensou: Ela não pode morrer, não uma moça tão jovem e bela, com tanta vida pela frente.

    Permaneceu mais alguns minutos tentando despertá-la, mas sem sucesso. Sua respiração estava fraca, então o único impulso de Aires foi o de colocá-la em cima Cristal e levá-la consigo para casa. Com certeza sua mãe saberia como ajudar, já que tinha experiência no preparo de ervas para ajudar os doentes.

    Ele lembrava daquele sentimento. Mesmo sem conhecer a jovem, estranhamente Aires sentia o mesmo medo que sentiu quando Anabella adoeceu. Como pode ser?





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    Mensagem por Bastet Qui Nov 15, 2018 3:37 am



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    TOUCH THE FACE OF THE STARS




    A vida no castelo começava antes mesmo do sol nascer. Tinham de abrir as pesadas janelas para o sol entrar, limpar os cômodos reais, preparar refeições, selar os cavalos, afiar espadas... Enfim, a vida de quem trabalhava dentro das muralhas não era fácil, ainda mais com as festas e banquetes que ainda estavam por vir naquela noite, para comemorar o aniversário de 18 anos da princesa Gwen e a sua coroação.

    [...]

    A princesa ainda dormia quando uma de suas damas de companhia entrou no quarto e abriu as pesadas cortinas. A dama deu alguns espirros, devido à poeira acumulada no tecido pesado.  Apesar dos esforços da princesa para ficar na cama, naquele dia tinha compromissos inadiáveis. Tomar café com seu pai e com a nova esposa dele, ir até as termas subterrâneas do castelo, para tomar um banho quente e revigorante, almoçar com convidados, se preparar para o banquete, estudar sobre a história dos brasões que estariam presentes para prestigiar sua coroação oficial como terceira herdeira do trono.

    O lugar estava mais movimentado do que imaginara. Não entendia o porquê de tantos convidados, principalmente do reino vizinho, já que o pai geralmente se estranhava com o rei (eram primos, aliás).  Ao ver a caravana de Artena se instalando dentro da muralha, suspirou. Além do rei, seu único herdeiro devia também ter vindo... E ele era insuportável.  Apesar do desgosto, se arrumou muito bem, colocando o colar de esmeralda sobre o decote, para realçar sua pele clara e a cor de seus olhos.  O cabelo ruivo estava solto, ondulando pelas costas da princesa, com algumas tranças fazendo um adorno simples e delicado no meio da cabeleira.

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    Após ela sair do quarto, foi tomar café com o pai e a madrasta, conversando sobre amenidades. O pai parecia ansioso... E deu uma notícia que deixaria Gwen atordoada: naquela noite, ela não iria apenas se tornar herdeira oficial, mas também teria o seu noivado firmado com o príncipe Sebastian de Artena.

    Ela não podia recusar, é claro. Uma princesa não nega às vontade de seu rei. Mas foi por um triz que não se levantou e saiu correndo dali. Acabou o seu café sem nenhuma palavra, enquanto o pai contava as vantagens da aliança para a mulher. Quando a jovem terminou, pediu licença e caminhou em direção às termas... Lá poderia lamentar em paz o seu destino infortuno. Se alguma criada dissesse que ela estava infeliz, desmentiria com sua palavra real.

    [...]

    Quando chegou na área subterrânea, foi para a parte mais isolada do pequeno lago de água quente que ali havia. Somente um ou dois empregados repararam nela, mas a princesa solicitou se banhar sozinha. Durante o banho, observou que as pessoas entravam por uma portinha lateral, provavelmente vinda dos pátios do castelo, perto do estábulo, onde os empregados lavavam os panos de banho... E teve uma ideia. Já que estaria presa durante a sua vida toda... Naquela tarde, conheceria o mundo que tanto lhe fora negado.

    Saiu do pequeno lago, enrolada em um dos panos de banho, e passou perto das pedras quentes, uma espécie de sauna, onde alguns empregados relaxavam antes do horário de seus serviços, já que não podiam entrar na água. Pegou o primeiro vestido que encontrou e um manto vermelho já surrado, e vestiu, saindo correndo pela portinha. Com o capuz cobrindo o rosto, não encontraria grandes dificuldades em sair do castelo por um dos acessos secundários.

    [...]

    O problema de você sair por onde não conhece é que você pode não saber o caminho de volta... E foi isso que acontecera. Gwen entrou em uma trilha de uma mata perto do castelo e, encantada com a vegetação selvagem, acabou se perdendo. O dia estava bem quente e as roupas de tecido barato, além do manto, faziam a princesa suar e se desidratar sem perceber. Após uma hora andando, viu um acampamento entre as árvores, e resolveu se aproximar. Ninguém a reconheceria ali, então pensara que um plebeu não se incomodaria de lhe indicar a direção e oferecer um pouco de água.

    Doce engano. A jovem esquecera de tirar o colar de esmeraldas, e o bando acampado era de saqueadores... Os homens vieram para cima dela... E o desespero tomou seu corpo, além do cansaço... Não se lembraria do que aconteceu depois, nem mesmo do homem que a salvara.

    [...]

    Na manhã seguinte ao ataque, ela abriria os olhos. Ainda ardia em febre. Seu corpo era frágil, e o tempo que ficara perdida, sem água, a caminhada longa e o estresse haviam tido um efeito terrível em seu corpo. Abriria os olhos olhando em volta... Sem saber onde estava.

    - Papai? – chamou, confusa. Tentou se levantar, mas o mundo rodou. Olhou em volta... Não estava em casa. Um senhor que cochilava em uma cadeirinha perto da cama acordou, quando ela falara, e saiu do quarto, apoiado em sua bengalinha.  – Olá? – chamou, ao ficar sozinha... A casa parecia vazia, somente com o “tec-Tec” da bengala se afastando cada vez mais.

    Foi se levantando, preocupada... Apesar de estar mole. Talvez se pudesse parar de fazer a cama girar a tarefa fosse mais fácil.





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    Mensagem por Saphira Qui Nov 15, 2018 4:44 am



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    TOUCH THE FACE OF THE STARS #002





    Aquelas foram as vinte e quatro horas mais longas da vida de Aires. Mais longas até do que todo o sufoco que passara com a morte de sua noiva anos antes. Ele não sabia explicar, mas a preocupação que sentia por aquela jovem tão delicada e aparentemente frágil lhe ocupava todos os sentidos. Não conseguia sequer comer direito, ficando cada minuto sentado na cadeira de madeira - que ele mesmo fizera - ao lado de sua cama. Fora em seu quarto mesmo que ele havia repousado a moça, pois todos sabem que uma casa de plebeus não tem mais do que os aposentos dos próprios moradores.

    Sra. Amélia preparava as compressas de ervas e Aires aplicava cuidadosamente sobre a testa da jovem mais bela que já vira na vida, já o Sr. Felício estava sempre por perto tentando prestar auxílio na medida do possível.

    - Meu filho, e se essa moça não resistir, o que faremos? Não a conhecemos, deve ser viajante de outro reino e sua família deve estar à sua procura. Não consigo imaginar a dor de uma mãe ao perder uma filha dessa idade, meu Aires. O que vamos fazer? - questionava Sra. Amélia extremamente preocupada com a situação. Mesmo que a moça não estivesse aparentemente ferida, não podiam mensurar os danos que poderiam ter ocorrido internamente.

    - Minha mãe, vamos continuar fazendo o possível e caso ela não resista (o que não espero que aconteça) viajarei por todos os reinos próximos à procura da família dela para dar-lhe o último adeus. Eu prometo. - afirmava o rapaz enquanto segurava o rosto de sua querida mãe com as duas mãos e os olhos marejados. Ele sempre sentia tanto, sempre sentia muito por todos e a dor de qualquer pessoa facilmente virava também sua dor, diante de tamanha abnegação e altruísmo. Não se importava que os outros rapazes de sua idade, até mesmo seus amigos, o chamassem de “mulherzinha” ou ficassem caçoando dele por sua sensibilidade.

    Sempre soube que mais fortes são os que amam.  

    [...]

    Aires passou a noite em claro manipulando as compressas com ervas e andando de um lado para outro em prece ao universo para que aquela moça se recuperasse o mais breve possível.

    Às cinco da manhã o sono e o cansaço lhe abatiam a fronte, deixando-o sonolento e disperso, sendo insustentável manter-se acordado e sóbrio. Já estava quase caindo da cadeira quando Sr. Felício o acordara.

    - Filho, você precisa descansar. Não terá como ajudar ou fazer qualquer coisa nesse estado. Vá se deitar um pouco lá na minha cama e de sua mãe, ela se levantou cedo para fazer um novo preparado de ervas e cozinhar alguns legumes para nós comermos. Eu fico aqui tomando conta da nossa hóspede, pode ir tranquilo.

    Depois de muito resistir, Aires se rendeu e foi deitar na cama de seus pais. Instantaneamente adormeceu. O dia anterior havia sido longo demais e realmente estava esgotado, não tinha mais forças pra nada.

    [...]

    - … Acordou, filho! Venha… Ela…  - Era tudo que Aires conseguia apreender da fala de seu pai que tocava seu braço para acordá-lo, parecia uma voz distante ecoando em sua mente. Já estava quase adormecendo novamente quando as coisas se conectaram em sua mente e ele pulou da cama, saindo correndo até o seu quarto.

    Aqueles olhos.

    Gravaria em sua alma aqueles olhos como a marca do ferro real marcava a pele dos animais do reino. Como podia ser tão bonita? Nosso jovem estava na entrada do quarto, parado, com o que via diante de si.

    A moça já estava sentada na cama e parecia estar tonta, pois se equilibrava segurando na mesinha ao lado que ainda continha os preparados feitos por Sra. Amélia.

    - Vo-você está bem? Co-como se sente? - Gaguejou enquanto se aproximava, mantendo certa distância para não assustá-la. Seus pais se mantinham de pé atrás dele, na soleira da porta. - Lembra-se do que aconteceu ontem? Dois salteadores te assaltaram e você desmaiou. Não sei se bateu a cabeça, pois não há ferimentos. A sorte foi que eu estava passando por perto e consegui impedir que eles fizessem algo pior com você. Esta é minha casa, eu te trouxe pra cá. Eu e meus pais cuidamos de você o tempo todo, estamos felizes que esteja acordada. - um sorriso aliviado adornava seu rosto.  

    Explicou enquanto sentava-se na cadeira, ficando um pouco mais próximo.

    - Acho que você ainda precisa repousar por aqui mais alguns dias, deve estar fraca demais para viajar depois de tudo que aconteceu. - no fundo ele sabia que poderia levá-la naquele mesmo instante, mas o que Aires precisava mesmo era saber mais sobre a dona daqueles olhos de mar - onde, inevitavelmente e irracionalmente, pensava em se afogar.





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    Mensagem por Bastet Qui Nov 15, 2018 7:48 am



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    TOUCH THE FACE OF THE STARS




    Se para Aires a noite havia sido fisicamente cansativa, para Gwen, havia sido uma tortura psicológica. Enquanto o corpo se recuperava do trauma, mantendo o seu estado de inconsciência, a mente da menina plantava sementes assustadoras, que cresciam rapidamente em forma de sonhos sobre o futuro.

    A jovem nunca questionara qualquer decisão do pai. Sabia que ele sempre fazia o melhor para ela e para o reino, mas naquele momento não conseguia aceitar o fato de se casar com alguém que não sentia, no mínimo, respeito. Ter homens sem caráter algum te tocando em locais inapropriados, roubando heranças de famílias e falando coisas terribilíssimas em seu ouvido faz qualquer um, até mesmo uma princesa domesticada, repensar na sua vida e no seu futuro.

    [...]

    Durante a noite, enquanto o jovem marceneiro cuidava dela, percebia a jovem agitada sob suas mãos gentis. Em alguns momentos, a agitação era tanta que ele poderia até mesmo pensar que Gwen estava acordando, mas, poucos segundo depois, o corpo voltava ao seu estado inerte de alguém sem consciência. Antes de ele dormir, a ruiva chegara a quase gritar algo como “Para, por favor”, mas a voz estava tão arrastada, após o primeiro grito, que, em seu coração, Aires sabia ser só mais um delírio de uma mente febril.

    [...]

    Quando o velhinho saiu do quarto, pela manhã, a princesa tentou se levantar. Chegara a até mesmo ficar de pé, mas suas pernas não queria obedecer aos comandos de sua mente. Sentou novamente, sentindo a cama tão dura sob o peso do seu corpo. Nunca havia estado em um lugar como aquele, com tão pouco espaço e tão pouco luxo. Como tinha ido parar ali? – Muitas perguntas rodeavam a sua mente, fazendo a menina ficar ainda mais tonta.

    O quarto só voltara a ficar inerte quando ela ouviu a voz de Aires. Aquela voz, ela não se lembrava onde havia ouvido, mas era algo que lhe trazia paz em seu peito e uma sensação de segurança que nem mesmo a jovem entendia. Estreitou os olhos para ver o homem que tinha seu rosto obscurecido pelas sombras da casa, só conseguindo observá-lo quando ele se aproximou, sentando na cadeira.

    Como podia uma voz e um rosto ser tão queridos a alguém que nunca os viu? Essa era a pergunta que, agora, rodeava a mente de Gwen. Tudo o que ela fez foi abrir um sorriso discreto e observar aquele homem. No momento, havia esquecido até de prestar atenção no que ele perguntava. Tentava decifrar seus olhos negros como a noite e descobrir o que havia de tão diferente neles. Por um momento ela até esqueceu o quão desrespeitoso era encarar um homem daquela forma, pousando os olhos demoradamente nos dele. Quando se deu conta, baixou o olhar, tentando se recuperar de todo aquele devaneio que havia tido em questão de segundos.

    - Eu... Eu estou bem, obrigada – disse, mesmo que sentisse o corpo todo dolorido, a cabeça chacoalhando e a testa (e o coração) febril. Não se lembrava de tudo o que ele havia falado, devido aos pensamentos intrusivos em sua mente, mas havia entendido que ele a havia salvo. Se lembrar do motivo de ela precisar de um “salvador” fez a menina se encolher um pouco, abraçando os próprios joelhos e olhando para os pés – Eles não foram educados, nem mesmo cavalheiros comigo. Como pode um homem ter tal conduta com uma mulher? – perguntou, quase em uma reflexão. As palavras, provavelmente, pareciam ingênuas demais. Ela suspirou, erguendo o olhar para ele – Obrigada... – murmurou e logo agradeceu também aos pais dele, que estavam parados logo atrás.

    - Eu não quero ser um fardo para vocês – disse, quando ele sugeriu que ela deveria ficar. Estava sendo somente educada, no momento, pois, além de não se sentir completamente bem, ela não queria, de forma alguma, voltar naquela floresta – Mas... Eu posso ajudar – levou a mão instintivamente ao lugar que costumava ficar as suas moedas, mas se lembrou que elas haviam ficado no vestido que deixara nas termas – De alguma forma... – disse, não imaginando um dom que possuísse que poderia ajudar ali, mas havia aprendido, nas poucas aulas sobre política que seu pai lhe dera, que não se devia ficar em dívida com ninguém.

    Quando se moveu, esticando as pernas, sentiu uma pontada e fez uma careta feia. Todo o cuidado com ervas estava fazendo efeito... A jovem estava mais do que hidratada. Ficou muito vermelha, não querendo falar daquilo com aquele homem. Ele era bonito demais para saber das necessidades corporais dela. Apesar disso, se sentia mais confortável com ele do que com os pais. Fez um sinal para ele se aproximar, para falar algo no ouvido dele.

    Ter o homem tão próximo fez o coração dela disparar... O cabelo tinha um cheiro tão gostoso que fez Gwen morder o lábio. Tudo aquilo tornou a necessidade ainda mais “urgente”. Tentou falar uma... Duas... Três vezes, mas somente na quarta conseguiu vocalizar, tão baixo que ele provavelmente teve dificuldade pra ouvir – Eu... eu preciso fazer xixi... - Bem, não imaginava que ali eles teriam alguém para levar um penico... Então não fazia ideia de como eles se aliviavam.




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    Mensagem por Saphira Qui Nov 15, 2018 4:21 pm



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    TOUCH THE FACE OF THE STARS #003




    Ouvir a moça dizer que estava bem soava como música para os ouvidos de Aires. Um estranho alívio percorreu seu peito, fazendo-o respirar aliviado e mais relaxado. Suas pálpebras ainda pesadas denunciavam a noite mal dormida e o cansaço que ainda lhe abatia. - Eu fico muito mais tranquilo agora. - afirmou quando e continuou depois da fala seguinte: - Eu não consigo imaginar como alguém poderia fazer mal à uma mulher. Especialmente alguém tão linda e delicada como a senhorita. Com todo respeito, é claro. - respondeu com o olhar ainda fixo na jovem.

    Era como se Aires já estivesse familiarizado com a companhia dela. Não sabia explicar, mas não sentia aquele desconforto que geralmente se sente por estar diante de um estranho, principalmente sendo uma mulher. Naquela época o patriarcado era extremamente forte e qualquer coisa poderia manchar a imagem das moças. Esse ponto também lhe preocupava, porque as pessoas logo poderiam começar a maldar quando soubessem da presença dela por ali. Logo afastou o pensamento, não queria pensar em nada que remetesse à afastá-la de lá.

    - Você jamais seria um fardo. Definitivamente. - respondeu após ouvir as palavras dela, com um sorriso lateral. - Agora se preocupe apenas em descansar, se alimentar bem para se recuperar. Depois pensamos no resto, tá bom? - falava enquanto se aproximava, obedecendo o sinal feito pela moça para que ele chegasse mais perto.

    Seus rostos ficaram tão próximos que era possível sentir a respiração suave dela. O coração de Aires batia descompassado e por um momento tudo que queria era sentir aqueles lábios, mas logo se conteve, repreendendo a si mesmo pelo pensamento tão atrevido. Meu Deus, o que estou pensando?! Se controle, Aires. Você não é assim.

    Quando ela falou que precisava “fazer xixi”, automaticamente o rapaz riu bem humorado, achando engraçada a situação.

    - Eu acho melhor te carregar, você ainda parece um pouco tonta. Temos um cômodo aqui para se banhar e lá tem um penico que você pode usar. Levo você e minha mãe te ajuda. Talvez seja bom também tomar um banho para limpar todo esse suor da febre, não é mãe? Fará com que se sinta melhor. - falava enquanto tomava a jovem em seus braços, carregando-a de modo seu seus rostos ficaram ainda mais próximos. - Alias, me chamo Aires. E você, como se chama? - questionou, olhando para aqueles olhos que o hipnotizavam.

    Seus pais olhavam-se sorrindo discretamente, pois conheciam bem aquele olhar e já podiam prever o que aconteceria dali em diante. - Acho que acabamos de conhecer a nossa nora, Felício. - cochichou Sra. Amélia no ouvido do marido que sorriu mais uma vez, consentindo com a cabeça.

    Aires a levou até o pequeno cômodo que continha uma bacia de madeira que cabia apenas uma pessoa dentro, lá também estava um penico. Repousou ela em uma cadeira que ali havia e saiu enquanto Sra. Amélia entrava para ajudar.

    - Qualquer coisa podem me chamar, estou aqui fora aguardando para trazê-la de volta ao quarto. - seu tom era de preocupação, mas não escondia a felicidade que era estar na presença daquela moça que, em poucas horas, já havia se tornado tão especial.




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    Mensagem por Bastet Qui Nov 15, 2018 8:18 pm



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    TOUCH THE FACE OF THE STARS




    Ao primeiro elogio do jovem marceneiro, Gwen desviou o olhar, com as bochechas rubras. Estava acostumada a ser elogiada, visto ser a filha com os traços mais harmoniosos do rei, mas não se lembrava de ter recebido algum, anteriormente, que soasse tão sincero. Não se lembrava, também, de sentir tamanha vergonha por algo tão simples... Aquele homem de cabelos cumpridos e olhar doce estava mexendo com ela de um jeito estranho. Será que era sobre isso que tanto ouvia suas damas de companhia falar? Que os homens plebeus possuíam uma... Magia, um “tcham”.  A jovem nunca havia entendido... Os poucos plebeus que vira, em sua vida, que por algum motivo haviam estado no castelo, pareciam pessoas normais, apesar do jeito rústico. Mas, naquele momento, estava começando a entender...

    [...]

    - Tá bom – ela respondeu, quando ele disse aquelas palavras doces. Se sentia um pouco mal de utilizar os recursos daquela família. Era visível que não possuíam nem o suficiente para eles. Mas não conseguiu contestar o desejo de Aires... E não era por precisar obedecer o que ele dizia. Era por que, daquela forma, sabia que teria algum tempo para conhecê-lo... E entender o que era aquele sentimento, tão novo e gostoso, que parecia surgir em seu peito.

    Quando ele se ofereceu para carregá-la, após a confissão fisiológica que fizera no ouvido do rapaz, a jovem agradeceu baixinho, envolvendo o pescoço dele com os braços e se deixando erguer pelos braços musculosos de Aires.  Gwen parecia muito leve e com os ossos delicados. Vestia uma camisola, que fora posta pela mãe do marceneiro na noite anterior.

    Quando Aires a pegou, o tecido desceu um pouco sobre as coxas da menina, fazendo com que ele tocasse diretamente da pele delicada de suas pernas alvas, enquanto a tinha no colo. Ele provavelmente não se lembrava de ter visto alguém com a pele branca daquela forma... As mulheres dali trabalhavam tanto quanto os homens, pegando sol o dia todo e ficando com a pele bronzeada pelo sol. [...] A jovem estava tão distraída com a proximidade, que nem percebeu a pele exposta... Mas a mão ali, próxima à sua coxa, fez ela sentir uma coisa que não conhecia e parecia bastante inapropriada.

    Observou os detalhes do rosto dele, aproveitando que o homem parecia concentrado em levá-la para o quarto de banho.  Aproximou o rosto, discretamente, sentindo o perfume de sua pele... Tocando, sem querer, o rosto no de Aires. Ficou muito vermelha e deu graças à Deus por ele ter falado alguma coisa. – Eu... Eu me chamo Gwen – disse, hesitando por não saber se devia revelar quem era. Seu pai sempre disssera que, se estivesse em um lugar estranho e sem proteção, deveria manter a sua identidade em segredo. Optou por não mentir... Apenas omitir o título e o nome completo.

    [...]

    Ao chegar no quartinho, agradeceu a ele, observando o homem sair, sem conseguir tirar os olhos de sua silhueta. A mãe dele fez um comentário sobre “o filho ser muito bem apessoado” e a princesa apenas conseguiu assentir, com vergonha. Ela aceitou a ajuda da senhora, para tomar um banho e se aliviar. Ainda estava febril, mas o banho parecia revigorar um pouco os seus ânimos. Enquanto Amélia a ajudava com a limpeza e contava alguns casos sobre a infância do filho, Gwen teve um estalo em sua mente. Deviam estar procurando por ela... Apesar disso, a menina se sentia tão bem ali. Por um momento, decidiu se deixar levar pelo egoísmo e não pensar na preocupação do pai. Uma hora acabariam a encontrando e obrigando ela a fazer coisas que não queria. Até lá... Conheceria aquele homem lugar .

    [...]

    Após o banho, vestiria um dos vestido de Amélia, que ficaram quase certos, apesar de a barra um pouco curta, devido a princesa ser mais alta. Os seios também ficaram apertados, pois a jovem possuía um pouco mais de fartura ali do que a senhora. Mas, no geral, caía bem em seu corpo. Quando acabaram, Amélia insistiu para que a jovem esperasse, afirmando que o filho viria lhe ajudar e levá-la para fora, para pegar o sol matinal e a brisa revigorante. Ela agradeceu e se sentou, esperando, enquanto pensava como os costumes ali eram diferentes. No castelo, ela só era permitida a sair após o sol do meio-dia começar a baixar, pois, antes disso, ele poderia ser muito forte.

    Ao entrar, Aires veria a jovem desembaraçando os longos cabelos com as mãos. Ela tinha o pensamento tão longe que só o perceberia, num pequeno sustinho, quando ele chegasse perto e se abaixasse para olhá-la nos olhos.

    - Oh! Oi... – diria baixinho, mordendo o lábio sem perceber e ruborizando.





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    [!ON!] Touch the face of the stars Empty Re: [!ON!] Touch the face of the stars

    Mensagem por Saphira Qui Nov 15, 2018 9:07 pm



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    TOUCH THE FACE OF THE STARS #004




    Aires andava de um lado para o outro no corredor em frente ao quarto de banho. Ansioso, roía as unhas à espera de Gwen. Aquele nome não mais sairia de sua mente e já estava pensando em formas de visitá-la, caso ela morasse em outro reino. Seria impossível ficar sem vê-la novamente. Há tempos ele desconhecia a sensação boa que era a de querer ter alguém perto. Se questionava se ela sentia o mesmo, mas pelo olhar dela, parecia que estavam vibrando na mesma sintonia. Ou talvez fosse somente gratidão, ou talvez fosse por ainda estar debilitada. Ele não sabia, mas queria mais do que tudo descobrir.

    Foi até a cozinha para comer uma maçã e Sr. Felício chegou lentamente até onde estava o filho. Ele conhecia aquela expressão, o pai não precisava dizer nada. Aires apenas sorriu um pouco sem graça. - O senhor já percebeu, né? Não consigo te esconder nada. - afirmou, dando outra mordida na maçã.

    - Os seus olhos brilham mais do que duas turmalinas negras, filho. É muito bom ver esse olhar tão vivo em você novamente. - falava enquanto tocava o ombro de Aires. - Mas vá com calma. Não a conhecemos e não queremos ter problemas. Primeiro você precisa encontrar os pais dela e conversar com eles, ok? - advertiu e o filho apenas assentiu com a cabeça, ficando com uma expressão pensativa enquanto o pai ia para fora pela porta dos fundos.

    Aires jamais faria qualquer coisa para machucá-la ou desrespeitá-la, mas o povo de Xanton falava demais e a conversa poderia chegar até os ouvidos de sua família, o que poderia lhe acarretar graves consequências. A regra por lá era que as donzelas não jamais poderiam sair sozinhas e tinham que estar em casa antes do anoitecer. Nunca entendeu muito bem essas regras, mas sabia que diferente dele haviam muitos aproveitadores pelas redondezas, então era realmente mais seguro para as moças que as protegesse de alguma forma. Mas o jovem protegeria Gwen com sua vida, se fosse preciso, isso era inquestionável.

    [...]

    Não demorou muito até que Aires ouviu a porta do quarto de banho se abrir. Jogou fora os restos da maçã e andou rapidamente até lá. Sua mãe já estava na porta, disse pra ele que iria lavar as vestes dela e a camisola que estava muito suada, para que secassem mais rápido. Enquanto isso, Gwen usaria um de seus vestidos que ela acreditava ser o que se ajustava melhor. Aires assentiu e ao entrar no cômodo encontrou a moça desembaraçando os cabelos, tão dispersa em seus próprios pensamentos que nem percebeu ele se aproximar e se abaixar diante dela.

    - Você está linda, Gwen. Digna de uma princesa. - sorriu enquanto não resistia e tocava a face da moça. Demorou alguns segundos acariciando-a e continuou - É como tocar a face das estrelas. Muito bom vê-la bem, brilhando novamente. - era difícil repreender a vontade de beija-la ali mesmo. Logo carregou-a e enquanto a levava para o quarto, encostou a cabeça na dela. Era bom senti-la em seus braços, sentir a mão dela em seu peito e o perfume doce. Nenhum problema ou preocupação lhe importavam mais.

    Assim que a deitou na cama, sentou do seu lado e ficou acariciando os cabelos da moça. - Muito atrevimento já me manter tão perto, não é? É que durante essas 24h eu não me afastei de você nem um minuto… - explicou, um pouco sem graça, mas continuou com o carinho por alguns minutos.

    - Vou pegar um pouco de sopa de legumes que minha mãe preparou pra você. Vai se sentir mais forte depois que comer um pouco, tá bom? - antes de sair do quarto, beijou a testa de Gwen e se dirigiu à cozinha.

    Não era possível. Como explicar tamanha conexão em tão pouco tempo? Gwen fazia com que o coração de Aires se sentisse confortável, se sentisse em paz como se estivesse meditando em meio à brisa leve da colina de Cortona.



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    Mensagem por Bastet Qui Nov 15, 2018 11:22 pm



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    TOUCH THE FACE OF THE STARS




    Ela pensava em sua vida e nos caminhos absurdos que haviam tomado na tarde anterior. Sempre soubera que se casaria com alguém que seu pai indicasse... E nem mesmo acreditava que duas pessoas podiam querer se unir apenas por um sentimento... Mas, naquele momento, começava a duvidar das próprias crenças. Devia ser por isso que as princesas e rainhas eram ensinadas a serem frias, sem se envolver de fato com ninguém; afinal, se descobrissem que tinham o poder de sentir, fariam a monarquia entrar em colapso.

    Gwen não sabia, ainda, como lidar com tudo aquilo.  E estava matutando isso na cabeça quando os olhos negros do homem entraram em seu campo de visão e a mão dele tocou o seu rosto. Ela recuou, não estando acostumada com aquele tipo de afeto, mas não o suficiente para tirar a mão dele. Por ter recuado, o homem ameaçou a tirar a mão, mas pela pousou a dela sobre a dele, mantendo em seu rosto e fechando os olhos por um momento breve... Até que ele comentou que ela parecia uma princesa... ela abriu os olhos, tão vermelha quanto a cabeleira, um pouco selvagem pela falta de uma dama para pentear, que carregava em sua cabeça. –O...Obrigada – respondeu, desviando o olhar com tamanho lisonjeio.

    Não estava acostumada a sentir tanta vergonha. Mas era algo tão gostoso... Lhe aquecia o peito. Quando ele se movimentou para pegá-la no colo,  Gwen argumentou que podia andar... Mas ele foi irredutível. A pegou novamente, trazendo o corpo da menina ainda mais para perto do seu. A jovem, por um momento, não pôde diferenciar se ele a estava segurando muito apertado ou se seu peito estava agitado demais... Mas era até mesmo difícil de respirar, tamanha alegria que sentia tão perto dele. Por instinto, quando ele encostou a cabeça na sua, uma das mãos da menina abraçaram ele melhor, enquanto a outra fazia um carinho leve, no V da camisa branca que ele vestia. Os dois se movimentavam, um junto ao outro, de maneira tão natural e fluida que era difícil acreditar que ambos haviam se conhecido há tão pouco tempo.

    [...]

    Quando chegaram, ela quase lamentou por ter de sair dos braços dele. Se sentou na beira da cama, com a postura perfeita, observando ele se sentar logo ao lado. Sorriu às palavras dele. – Eu gosto da sua presença... Me sinto... – parou, era até difícil descrever o que sentia – tão bem... – confessou, baixinho, sem conseguir olhá-lo nos olhos. Ainda se culpava por permitir que esse tipo de sentimento entrasse em seu coração.  Mas era algo que não podia, e nem queria, evitar.

    Quando ele se levantou, dizendo que ia pegar um pouco de comida, ela negou. Ao receber o beijinho gentil na testa, ela pegou na mão de Aires, não deixando ele partir. Se levantou, erguendo o olhar de esmeraldas para o olhar os olhos de turmalina negra dele. Ele era mais alto de forma que, quando ela se aproximasse para abraçá-lo, conseguiria encaixar a cabeça no peito do marceneiro e se sentir mais protegida do que jamais se sentira.

    Era loucura. Ela não o conhecia, não sabia nem se era servo de um reino inimigo. Mas, no momento, não importava.  – Obrigada – murmurou, antes de dar um passo para trás, com as bochechas rubras e a cabeça baixa – Devo minha vida a você, meu senhor. Portanto, lhe pagarei da forma que achar mais apropriada – fez uma mesura, elegante demais para o vestido que estava usando.

    A jovem não estava acostumada com homens tão gentis... Acabou agindo de forma padrão e educada, mesmo que quisesse, ainda, estar dentro do abraço de Aires.





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    Mensagem por Saphira Qui Nov 15, 2018 11:53 pm



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    TOUCH THE FACE OF THE STARS #005




    “Nada acontece por acaso”. Toda a sua vida, Aires ouvia essa expressão de seus pais. As folhas que caem, a cadeia alimentar, a evolução das espécies, as ondas do mar… Todo o universo vive em completo equilíbrio, atribuindo à cada vida o seu valor e o seu lugar. E ele sabia que havia um motivo para tudo aquilo, para o que ele sentia e para o que os olhos da bela moça também lhe denunciavam. Tentar ir de encontro ao que a vida lhe presenteia, é mais do que uma desobediência. É uma verdadeira agressão. Até mesmo os fatos negativos têm sua importância, pois sem eles não nos tornamos melhores, bem como perderíamos as benesses que o futuro nos presenteia.

    Gwen representava um presente naquele momento, trazendo um novo valor e uma nova importância à existência de Aires. Ele já estava se virando para ir à cozinha quando ela pediu que ele ficasse e puxou seu braço. Como resistir? Como? Apenas ficou paralisado observando ela agradecendo e mencionando algo sobre retribuir por ter sido salva, enquanto sentia os braços delicados de Gwen envolvendo-o. Ela a abraçava com tanta ternura que ele apenas fechou os olhos e aproveitou o momento. Quando a cabeça dela estava encostada em seu peito, ele instintivamente sentiu que era seu dever cuidá-la e fazer dela a mulher mais feliz dentre os Nove Reinos.

    Então a jovem se afastou e lhe fez um cumprimento. Foi a oportunidade ideal para que ele a puxasse para si novamente, envolvendo um de seus braços pela cintura da moça, enquanto fixava o olhos nos dela. A respiração já estava irregular àquela altura, mas ele precisava dizer alguma coisa.

    Foi quando lembrou de um livro que havia lido recentemente, recitando para ela um trecho, enquanto acariciava o rosto da moça com a outra mão:

    - “Quem é aquela dama, que dá a mão ao cavalheiro agora? Ah, ela ensina as luzes a brilhar! Parece pender da face da noite como um brinco precioso da orelha de um etíope!” - sussurrava e sorria ternamente, continuando: - “Ela é bela demais pra ser amada e pura demais pra esse mundo! Como uma pomba branca entre corvos, ela surge em meio às amigas. Ao final da dança, tentarei tocar sua mão, para assim purificar a minha.” - naquele momento, a mão de Aires que acariciava o rosto de Gwen já alcançava a mão dela, entrelaçando os dedos. - “Meu coração amou até agora? Não, juram meus olhos. Até esta noite eu não conhecia a verdadeira beleza.” - o momento era mágico demais e ele podia sentir em sua alma um sentimento brotar.

    - Senhorita, eu sei como pode me agradecer. - falou em um tom convicto enquanto se aproximava cada vez mais daqueles olhos de esmeralda. Já podia sentir as suas respirações se misturando e o ar que compartilhavam parecia um imã atraindo-os para o que já não dava mais para evitar. Então Aires fechou lentamente os olhos e permitiu que seus lábios se aproximassem suavemente dos lábios de Gwen, em um beijo delicado, porém revelador. Ele a beijava com cuidado como se fosse uma boneca de porcelana que, com qualquer mau jeito, pudesse quebrar.

    Talvez ele nunca tivesse amado de verdade, talvez tudo que conhecesse, todos os conceitos e convenções estivessem errados e o verdadeiro sentido fosse se sentir como se realmente mais nada tivesse um verdadeiro sentido.




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    Mensagem por Bastet Sex Nov 16, 2018 1:31 am



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    TOUCH THE FACE OF THE STARS




    Gwen não fazia ideia dos rumos que as coisas tomariam a partir dali. Imaginava que talvez ele pedisse dinheiro ou qualquer coisa do tipo... Mas o homem só pediu ternura.  Os dois amantes selariam um destino complicado ali, naquele quarto, com o selo mais forte que existe: os lábios unidos de dois apaixonados.

    [...]

    Após a mesura tão engessada, a jovem princesa sentiria as mãos do marceneiro a puxando para perto e chegou até a temer por um instante... O que ele queria, afinal?.. Mas logo suas dúvidas se dissolveram quando a menina sentiu o carinho tão gentil em seu rosto. Ela manteve os olhos nos dele, como se ali fosse um lugar de paz e descobertas... Um lugar que ela queria explorar, no agora e no futuro. Ele sentiria as bochechas dela quentes sob o carinho e veria, tão de perto, o brilho que crescia em seu olhar, tamanho sentimento bom que crescia com aquilo.  Quando ele começou a declamar, a menina sentiu uma alegria ainda maior subir em seu corpo...

    A cada palavra, a jovem se encantava mais. A voz dele era como o vinho mais antigo: doce, profunda e extremamente viciante. Gwen levou uma das mãos ao cabelo do homem, retribuindo o carinho que recebia, enquanto passava os dedos delicados por entre os cachos negros. Logo Aires ergueria a mão, alcançando a dela e entrelaçando os dedos bem diante dos olhos dos dois... O ato prendeu a atenção da menina.

    Como podia um simples toque fazer o corpo todo dela vibrar? Como podia estar tão próxima de um homem desconhecido e se sentir segura? Como.... Como tudo aquilo poderia estar acontecendo? Levando em conta as leis, estavam quebrando todas às que se referiam às princesas e nobres... Estavam sozinhos em um quarto, se abraçando, se tocando, mesmo não sendo casados. Gwen, que sempre prezara as leis, fingira que elas não existiam. Só queria que ele se aproximasse mais e tomasse dela o beijo que fora guardado por toda a sua vida.

    Não demorou muito para que Aires personificasse a vontade que a ruiva mentalizara. Em um instante, os lábios dele estavam nos dela. Tão gentis, tão delicados... A atenção do homem era tanta que a jovem nem mesmo se sentira perdida com os movimentos desconhecidos por sua boca. Ela suspirou, passando ambos os braços pelo pescoço dele e ficando na ponta dos pés, para se aproximar mais. Talvez se o marceneiro não estivesse segurando tão firme a sua cintura, teria caído. As pernas tremiam e os olhos chegaram a marejar, as lágrimas escorrendo pela bochecha dela, molhando as dele. – Aires.. – murmurou, sem nem saber o que falaria... Aproveitou a pausa para respirar – Isso foi... Foi tão bom – disse, desviando o olhar do dele, o segurando pela camisa, sem deixar que partisse – Mas... Não devíamos... – um conflito começava a nascer na cabeça dela. Era errado... Mas era tão bom. Ela olhou para ele novamente, levando as mãos até o cabelo dele, respirando de forma pesada, o decote subindo e descendo segundo ao seu estado de nervosismo. – Não devíamos... – repetiu, no mesmo instante em que a mão no cabelo do homem se fechou, o puxando por ali pra perto e o beijando novamente.

    O que estava fazendo?...




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    Mensagem por Saphira Sex Nov 16, 2018 2:03 am



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    TOUCH THE FACE OF THE STARS #006




    Tudo que você aprende durante toda a sua vida repentinamente perde o sentido quando acontece algo que faz seu coração verdadeiramente vibrar e ansiar por viver tudo que sempre sonhou. Aires se sentia tão preenchido estando ali com Gwen, beijando-a e sentindo a reciprocidade que ele sequer lembrava que um dia houve outra mulher, em outra circunstância e com um fim tão trágico. Era como se, finalmente, conseguisse superar tudo que havia passado.

    Não que menosprezasse a importância de Anabella na sua vida, claro que não, mas como um rio segue seu curso, Aires também precisava seguir. O que - até então - ainda não havia conseguido. O mundo parou naquele instante e o que realmente queria era que tudo congelasse mesmo para que ele ficasse ali com Gwen para sempre. Era um sentimento inédito, completamente diferente de tudo que já experimentou. Havia adrenalina percorrendo seu corpo e uma eletricidade que o fazia arrepiar.

    Não demorou muito até sentir suas bochechas ficarem úmidas com algumas lágrimas derramadas pela moça. De imediato ele a fitou preocupado e logo percebeu que era só emoção mesmo, pelo mesmo contentamento que sentia em estar ali com ela. Ele abraçava a cintura dela, enquanto dos braços dela envolviam seu pescoço. Ela sussurrou seu nome e era diferente como soava naquela voz. Tinha uma doçura, tinha mais valor. Gwen continuou afirmando ter sido tão bom e ele apenas assentiu, sorrindo ao olhar nos olhos dela.

    No instante seguinte, ele a ouviu afirmar duas vezes que “não deveriam”. - O que? - Foi só o que conseguiu falar, pois ainda estava inebriado diante do que acontecia, mas não demorou até que ela o puxasse e lhe beijasse mais uma vez de forma ainda mais intensa. - Você… É maravilhosa… Minha senhorita… - sussurrou pausadamente entre o beijo que era tão mais intenso que fez com que ambos ficassem mais ofegantes.

    Logo em seguida o impulso de Aires foi de erguê-la e caminhar até próximo à parede, onde a encostou, de modo que podia sentir seu corpo colado no dela. Ele acariciava as laterais da cintura dela até um pouco acima do quadril e aproveitava o carinho que também recebia. Se preocupou, pois começava a ficar excitado, então tentou se posicionar de modo que seu quadril não encostasse na jovem. A última coisa que queria no mundo era deixá-la desconfortável.

    Fez uma breve pausa por um momento e disse com a voz um pouco rouca:

    - Devemos fazer tudo que faz o nosso coração vibrar. Isso que é o certo, isso que é viver. Afinal, fomos feitos para sermos felizes… E é o que estou sendo agora. - encostou o nariz no dela, ainda de olhos fechados, deu alguns selinhos e logo voltou a beijá-la com ainda mais urgência. Aires não sabia se realmente ficariam juntos - por mais que aquele fosse seu maior desejo no momento -, ainda mais por não se conhecerem de fato. Porém, se preciso fosse, enfrentaria os melhores cavaleiros dos Nove Reinos… Por sua Gwen.

    Interrompeu o beijo com outro selinho e ficou parado por alguns segundos só apreciando a beleza da moça, ao passo que tentava recuperar o fôlego.

    E agora? O que fazer?



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    Mensagem por Bastet Sex Nov 16, 2018 3:39 am



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    TOUCH THE FACE OF THE STARS




    Os primeiros passos além das muralhas que te prendem são sempre os mais difíceis, e, para a princesa, as muralhas físicas do castelo não eram as únicas em sua vida.  Por ter linhagem direta ao trono, visto o seu pai só ter tido três filhas mulheres, a educação da menina fora rígida e dada exclusivamente por mulheres de cargos altos na nobreza. Aprendera que uma dama deve ser aprazível ao olhar, mas não vulgar; que deve falar baixo, sem nunca elevar a voz; que deve dançar de forma elegante, sem nunca tocar no seu parceiro; que Deus só aprovava atos obscenos para gerar crianças, com o seu marido e somente ele. Uma princesa, além disso, devia doar suas ambições e desejos ao pai, permitindo que ele guiasse a sua vida e decidisse o seu destino.

    Após ter saído do castelo de seu pai, Gwen começara a sua jornada além de todas as muralhas que haviam sido construídas em sua mente... Descobrira coisas boas e ruins sobre o mundo... E estava descobrindo, dentro daquele quarto tão simples, que alguns dogmas impostos a ela não faziam sentido algum... Por que proibiam algo tão gostoso? Algo que parecia tão... natural?

    [...]

    A ânsia pelos lábios de Aires fez com que a jovem ignorasse o que não deviam. Só queria sentir ele ali, com ela, com todo o carinho que estivesse disposto a dar. A ruiva sorriu com as palavras dele, sussurrando algo sem pensar, algo que vinha direto de seu peito Sua... era dele. Ao menos ali, naquele momento.

    Antes que Gwen pudesse perceber, Aires estava com as mãos em suas coxas novamente, mas dessa vez uma em cada lado. Ao erguê-la daquela forma, o jovem sentiria as pernas da menina se firmando em volta de seu corpo, ficando tão perto que era impossível se colarem mais... Mas, de alguma forma, conseguiram.  O corpo colado na parede, o corpo de Aires pressionando o seu... Não entendia o porquê de ele tentar se afastar um pouco, mas não permitiu; cruzou as pernas de forma mais firme, impedindo o movimento. Sentiu algo ali, um volume desconhecido, mas não fez a associação imediata. Era ingênua quanto ao corpo masculino. Quanto ao dela também... E as coisas que começavam a acontecer na parte de dentro do seu vestido fizeram ela se preocupar...

    Quando o homem parou o beijo, respirou fundo. O cabelo ruivo estava uma zona, mas era algo bonito de se ver... A jovem, que sempre parecera uma bonequinha, com um aspecto selvagem e com o rubro das bochechas ainda mais forte. – Não é tão simples... Mas... Vamos fazer ser. Me promete? – deu um pequeno impulso no corpo, ficando mais “alta” no colo dele e o olhando de cima – Promete que vamos ser felizes? – perguntou, baixando, logo que ele respondesse, os lábios aos dele e beijando de maneira longa.

    O movimento que ela fez com as pernas, para ficar daquela forma, fez com que Aires precisasse mover as mãos para dar mais apoio a ela... E, sem que percebesse (ou não) as mãos se apoiariam no bumbum de Gwen. A garota ficou vermelha com aquilo, parando o beijo um pouco depois e olhando para ele – A sopa... Vai esfriar  - se lembrava de ele ter falado que ia pegar a sopa que a mãe tinha preparado para ela. Não queria fazer desfeita com a mulher... Mas não queria largá-lo. Voltou a dar alguns selinhos nele, fazendo carinho em seu maxilar...  

    O que seu pai diria se a visse daquela forma?




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    Mensagem por Saphira Sex Nov 16, 2018 2:38 pm



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    TOUCH THE FACE OF THE STARS #007




    Aires sempre se sentiu muito à frente de seu tempo. Tudo o que seu povo tinha como verdade absoluta, como dogma, ele questionava e procurava uma explicação racional. Aceitar cegamente uma determinação não era, definitivamente, o perfil do nosso rapaz. Tinha sua própria forma de pensar e sua forma de ver o mundo, muito distintas do que a maioria seguia, por sinal. Talvez por isso que tinha se rendido e beijado Gwen naquele momento. Acreditar no amor não era errado, em hipótese alguma, por mais que a lei da monarquia estabelecesse o contrário.

    Desde quando era criança, Aires demonstrava aos seus pais que era um ser diferente no mundo. Demonstrava que sua existência tinha claramente o propósito de fazer a diferença, de ser luz em meio à tanta dor e trevas. Por isso que bastava um sorriso dele para que todo o ambiente se iluminasse e ganhasse um novo tom.

    Eles pertenciam um ao outro. Estava fadado a acontecer, não tinha como impedir que o destino os unissem, mesmo que de uma forma tão difícil e perigosa. Já estava escrito, tinha que acontecer. Ou melhor, na expressão que um amigo dele - que havia vindo de outras terras - lhe explicou certa vez: maktub. Segundo Khaled, esse era o principal ensinamento de seus ancestrais, o de que tudo tem sua destinação e que nada foge ao destino.

    [...]

    Quando Gwen estreitou ainda mais as pernas em torno de Aires, ele revirou os olhos sem que ela percebesse. Sentir seu quadril encostando nela, ainda mais por uma iniciativa que não tinha sido sua, era surreal. Gwen é mesmo surpreendente. Refletia, satisfeito. Aquilo tudo só fazia com que quisesse cada vez mais torná-la sua dama e tê-la para si por completo.

    Àquela altura as mãos de Aires já percorriam as duas coxas da moça, deslizando dos joelhos até próximo às nádegas, mas sem ir muito além. Pois, por mais que seu corpo implorasse pelo dela, precisava manter o bom senso e o respeito. Pelo menos até quando conseguisse…

    - Eu prometo, Gwen. Agora que finalmente te encontrei, jamais a abandonarei e farei de você a mulher mais feliz dos Nove Reinos, se assim me permitir. - Respondeu ele, olhando nos olhos dela e segurando-a firme para que não escorregasse. Sem que se desse conta, enquanto a beijava, Aires já estava sustentando-a pelas nádegas, o que o fez rir por dentro com a ironia em decorrência do seu pensamento anterior. Ambos se olharam após o beijo ser interrompido, um pouco envergonhados, mas continuaram ali na mesma posição.

    Gwen mencionou sobre a sopa estar esfriando, mas definitivamente Aires não queria parar de fazer o que estava fazendo. O carinho de sua amada donzela era tudo que queria sentir pelo resto de seus dias. - Não se preocupe, milady, eu consigo aquecer novamente rapidinho, tem bastante lenha… - esclareceu com o rosto ainda bem próximo ao dela. Discretamente verificou se a porta do quarto estava fechada e realmente estava, então não corria risco de seus pais entrarem no quarto para atrapalhar o momento.

    - Agora vem aqui, não consigo resistir… Mas não se preocupe, não farei nada que você não queira. - sussurrou baixinho enquanto desencostava a moça da parede, ainda carregando-a e caminhou até a cama. Deitou-a cuidadosamente e se posicionou sobre ela, sem que pesasse seu corpo. - Eu já sei exatamente o que quero pra minha vida… Você. - foi tudo que conseguiu dizer antes de beijá-la de forma ainda mais ardente. Aires se apoiava com o cotovelo esquerdo ao lado da cabeça de Gwen, enquanto acariciava a lateral do corpo dela com a mão direita. Como estava no meio de suas pernas, não tinha como evitar mais que o seu pênis, completamente ereto, não se pronunciasse sobre a calça. Era todo o desejo por Gwen se evidenciando.

    - Fique aqui comigo. Não vá embora… - implorou enquanto aproximava seus lábios do ouvido dela, depositando vários beijos da orelha até o pescoço.



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    Mensagem por Bastet Sex Nov 16, 2018 5:02 pm



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    TOUCH THE FACE OF THE STARS




    No castelo, o desaparecimento da princesa estava sendo abafado pelo rei. Ele havia falado que a filha estava indisposta na noite anterior, por isso haviam adiado o banquete para o fim de semana.  Ele pensara que a filha estava tendo “aquela fase” que toda princesa tem, de querer se rebelar contra o rei. De toda forma, mandou alguns homens investigarem nas áreas do interior do castelo e nas proximidades.

    Magnos sabia que a filha não tinha saído, afinal, ninguém vira a menina. Mas achava melhor garantir. Talvez, se ela não aparecesse até as vésperas do banquete ele começasse a ficar preocupado e a mandar mais homens em busca da filha. No momento, ele discutia com a mulher sobre o “porquê das mulheres serem tão estúpidas, atrapalhando os planos dele”. A atual rainha ouvia tudo de cabeça baixa, concordando.

    ***

    No quarto de Aires, Gwen sorria. Após a promessa dele, ela acreditou que tudo poderia se resolver... De alguma forma. Não sabia qual seria a reação do pai, nem do amante, quando ambos soubessem um do outro. Mas deixaria isso pra depois... No momento, só conseguia pensar no corpo de Aires tão perto do seu e nas coisas que aquilo causava. Provavelmente, se as roupas fossem menos pesadas, ele conseguiria sentir o quão “animada” ela estava com aquela agarração toda.

    Ele ignorou completamente a tentativa dela de “acalmar” as coisas ali... E a princesa adorou. Não reclamou quando ele a levou para cama, sentindo novamente a pressão do volume dele entre as pernas... Agora mais forte e mais próxima, devido à posição. Soltou um gemidinho manhoso, com o que sentira ao ser levemente estimulada, ficando vermelha em seguida – O que... O que é isso que estou sentindo? – perguntou, ofegante, quando ele garantiu que a respeitaria. Não deixou claro se perguntava sobre o que estava sentindo, literalmente, entre as suas pernas ou sobre todo o sentimento novo. Sorriu com a afirmação dele, não tendo oportunidade de responder antes que ele tomasse os seus lábios novamente... Sentindo o quadril dele se pronunciar ainda mais contra o seu.

    Quando os lábios se separaram novamente, ela aproveitou pra respirar. Tarefa difícil com o espartilho e o vestido que já estava um pouco apertado na parte superior do tronco (além das provocações, que dificultava ainda mais).  Ao sentir a barba dele roçando em seu pescoço, em meio aos beijos, gemeu baixinho mais uma vez. E as palavras dele, ditas daquela forma, deixaram a menina molinha, molinha. Não podia prometer que ficaria – Não vamos nos separar... Não quero que fique longe – isso poderia. Nem que tivesse de levar ele e a família para o castelo.

    Bem, os dois pareciam pegar fogo ali... E os beijos e carinhos continuaram por algum tempo... Até que ela o afastou um pouquinho – Tá difícil respirar... Me ajuda com isso – Indicou o espartilho que usava.

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    Diferente dos que usava no castelo, que vinham por baixo do vestido em uma peça única, o que dona Amélia havia lhe emprestado ficava sobre o vestido, como se fizesse parte dele, fechado por laços. Não fora intencional, mas, se Aires ajudasse, precisaria abrir, pelo menos, a parte de cima do vestido dela...  





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    Mensagem por Saphira Sex Nov 16, 2018 6:52 pm



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    TOUCH THE FACE OF THE STARS #008




    Aires não soube o que responder quando Gwen perguntou o que era aquilo que ela estava sentindo. De certo ela não tinha experiência naquilo e o homem logo pensou que poderia até ter dado o seu primeiro beijo com ele. Quanta responsabilidade a de compartilhar as primeiras experiências de alguém. Era engraçado, porque Aires realmente se sentia responsável por Gwen de alguma forma e queria fazer de tudo para que ela se sentisse cada vez mais à vontade e confortável em sua companhia.

    - Você está sentindo meu corpo reagindo ao teu, é assim que acontece com os homens, minha bela... - foi tudo que conseguiu dizer. Não sabia se a moça entenderia, mas não dava pra pensar em nada melhor em meio à toda aquela excitação. - Não posso mais ficar longe de você, nunca mais! - afirmou após dar muitos beijinhos do pescoço até sua boca.

    Logo notou que Gwen tinha dificuldades para respirar, pois com bastante frequência precisava recuperar o fôlego entre um beijo e outro. Ele não sabia ao certo, mas apostou que poderia ser o espartilho do vestido a comprimir demais o seu tronco. Como se ela estivesse lendo seus pensamentos, logo pediu ajuda, apontando para o espartilho. Aires não pôde impedir que um sorriso malicioso se formasse em seu rosto, quando assentiu e começou a desamarrar o cordão da veste. Enquanto o fazia, não conseguia tirar os olhos daquele busto tão lindo, de uma pele tão delicada.

    Quando terminou, colocou a peça de lado e voltou-se para Gwen. Ficou por um tempo só admirando sua beleza, feito um bobo. Ainda enquanto a olhava, espalmou suas mãos sobre a barriga dela - que ainda vestia a parte interna do vestido - e foi subindo com as carícias até que chegassem na base dos seios da jovem. Era incontrolável e seu membro pulsava dentro de suas calças. Aires estava completamente louco de desejo e estava muito difícil de reprimir. O que era aquilo tão avassalador que aquela moça o fazia sentir? Suas mãos subiram mais, passando rapidamente sobre os seios dela, de modo que foi possível sentir os mamilos rígidos. Ela também estava muito excitada e os pequenos gemidos lhe entregavam sempre.

    Que mulher maravilhosa, não sou merecedor de tanto… Pensou e em seguida voltou a beijar sua amada. Instintivamente seu quadril começou a se movimentar de forma suave contra o dela. Aires acariciava um dos seios da moça enquanto a sua outra mão passeava por entre os fios avermelhados do seu cabelo.

    Estava selado, não tinha mais volta. Gwen seria sua.



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    Mensagem por Bastet Sex Nov 16, 2018 9:31 pm



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    TOUCH THE FACE OF THE STARS




    Quando o homem explicou o que era “aquilo” que estava sentindo entre as suas pernas, a menina ficou ainda mais vermelha. Ela não entendia como aquilo acontecia, mas começou a perceber qual o caminho que estavam trilhando ali. Se lembrava, uma vez, de o padre explicar para ela e para as suas damas sobre o pecado original e como ele se repetia no ato da fornicação: “Homens e mulheres que se deixam levar pela luxúria, assim como Eva se deixou levar pela lábia da serpente. O homem então invade o templo feminino, que foi feito para gerar herdeiros, sem intenção de criar uma nova vida. Se entre os casados isso é um pecado, imagina os jovens que fornicam sem a benção de Deus os unindo...”.  

    Aquilo começou a rodear a sua mente, mas os beijos de Aires pelo seu pescoço, as promessas de amor, as mãos firmes em seu corpo... E aquelas “reações” dele lá embaixo eram tão boas... Que a mente da menina se dividia entre acreditar no padre e acreditar nas verdades de seu corpo.

    Sentia tanto, tinha o corpo tão quente, que a respiração estava mesmo ofegante... Queria se sentir livre, portanto, nem pensou que a falta do espartilho iria ser algo provocante. A jovem era mesmo inocente quanto à sua própria sensualidade.... Mas, ao primeiro toque dele perto de seus seios, para desatar os laços, ela entendeu que aquele era um ato inapropriadamente delicioso. Mesmo com os laços sendo desatados, a respiração dela parecia ficar ainda mais pesada a cada toque. Ainda mais ao sentir a mão dele passeando pelo seu corpo, sendo separada de sua pele apenas por um tecido fino. Deu uma suspiradinha quando a mão máscula começara a subir pelo seu tronco e soltou um gemidinho alto demais quando fora tocada nos seios, de forma breve. Por sorte Aires a calou com um beijo.

    Sentia ir e voltar de forma breve, o volume entre suas pernas. O movimento deixava a menina doida, a medida que encostava em sua intimidade. Como estavam ali, a camisola usada como roupa íntima de nada protegia a flor íntima da princesa... Na verdade, as pernas estavam quase completamente nuas,  com o vestido esparramado pela cama e o corpo dele fazendo movimentos que levavam a barra da saia quase à cintura da menina.  Gemeu, segurando o rosto dele e observando o corpo deles tão juntos...  Deu um último beijo, antes de falar – Aires... Eu... Eu sou prometida... Não devíamos – murmurou, parecendo triste ao dizer aquilo.



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    Mensagem por Saphira Sex Nov 16, 2018 10:07 pm



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    TOUCH THE FACE OF THE STARS #009




    Era inebriante estar com Gwen. O cheiro, a pele, os cabelos, o olhar… Tudo era tão perfeito e tão atrativo para Aires que era difícil não querer consumar o ato. Por mais que sua mente o quisesse frear, seu corpo e sua alma ansiavam pelo contrário. Estando entre as pernas dela, o rapaz podia sentir o corpo tão quente quanto o dele. Desceu a mão que estava em um dos seios da moça, parando na coxa, segurando-a firme. Quando ela gemeu e segurou o rosto de Aires, ele ficou alucinado. Se não fosse por sua fala seguinte, certamente ele já teria avançado mais.

    Ocorre que Gwen naquele instante, em um tom triste, lhe avisava que era prometida a outro. Naquela época os costumes eram bem rígidos e o preço sempre era a morte. Aires paralisou completamente, ficando alguns segundos ainda sobre a moça, com o olhar disperso. Não demorou muito e se levantou, ficando em pé, de costas pra ela, olhando fixo a parede. O que fazer? Ele já tinha mergulhado tão fundo em seus sentimentos e não suportaria perder novamente. Que triste sina essa de ter sempre o amor interrompido… Aires parecia decepcionado quando virou-se novamente para Gwen que já estava mais composta.

    - Você o ama? - questionou de forma direta em um tom mais sério. - É só isso que me interessa: saber se você o ama. - na segunda frase já estava ajoelhado na lateral da cama, segurando uma das mãos de Gwen. - Pra mim o sentimento, o amor, o desejo, a paixão estão acima de qualquer lei. Aliás, a minha lei sempre foi e sempre será O AMOR. Nada pode vencer ou ser mais que isso. - explicou, enfatizando a palavra “amor”.

    - O que eu quero dizer é que tudo aquilo que aprendemos desde crianças sobre casamentos arranjados, sobre reprimir o que somos e sobre permanecermos com nossas mentes tacanhas feito um rebanho que segue ordens, não deve prosperar. Gwen, o amor entre duas pessoas vale muito mais. Fique aqui comigo e me deixe te mostrar o quanto posso te fazer feliz. Podemos nos casar, podemos ir embora para outro lugar, podemos… fugir. - hesitou um pouco ao mencionar a possibilidade de fugir dali, pois se preocupava com seus pais, mas sabia que onde quer que fosse os levaria consigo.

    - Vou te ensinar como viver é bom. - concluiu, aguardando uma resposta.



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    Mensagem por Bastet Sáb Nov 17, 2018 12:41 am



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    TOUCH THE FACE OF THE STARS




    Após dizer aquelas palavras, viu o homem se afastar. Maldito era aquele casamento que nem havia acontecido ainda, mas só trazia tristezas. Quando ele virou, ajeitou a manga no vestido que não parava no lugar, devido ter tirado o espartilho, e se sentou na cama, arrumando o vestido e baixando o olhar. Se sentia tão bem ali, tão bem com ele, que detestava ter feito algo para magoá-lo... Queria contar toda a verdade naquele momento, mas achava que deixaria Aires ainda mais triste para com ela.

    Se surpreendeu com a pergunta dele. Antes que pudesse responder, veria ele ajoelhado ao lado dela, com o toque quente de suas mãos nas dela. As lágrimas começaram a escorrer de seus olhos, tamanho carinho o homem oferecia para ela, estando disposto a se arriscar para que pudessem viver o amor que sentiam um pelo outro. Ela negou – Eu não o amo... Eu amo você – se surpreendeu com as próprias palavras, tendo dito aquilo sem pensar, de forma verdadeira. Então aquilo era o amor. – Eu não posso arriscar sua vida pela minha felicidade, Aires – soluçou baixinho, erguendo a mão livre até o rosto dele, fazendo um carinho ali.

    Ela deixou o corpo descer, se ajoelhando em frente a ele, após todas aquelas palavras. Não queria que ele se machucasse, mas queria viver aquilo. Queria tudo o que ele dissera, nem que pra isso precisassem fugir pelo resto da vida. Beijou os lábios dele, sem pedir permissão, encostando, em seguida, a testa na dele. – Me ensine, meu senhor, como viver... Pois como amar, já me ensinou – levou uma mão dele até o seu coração – Ele é todo seu. Eu sou sua... Aqui ou em qualquer lugar...

    Selou as palavras diretamente nos lábios de Aires, dando um beijo delicado e cheio de carinho. Sorriu, dando mais um beijo... E mais um. Até que  o empurrou de leve, para que se sentasse sobre as pernas, passando um joelho de cada lado do corpo dele, ficando “no colo” do homem. – Me faz completamente sua... – murmurou, os lábios colados nos dele.




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    Mensagem por Saphira Dom Nov 18, 2018 12:01 am

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    TOUCH THE FACE OF THE STARS #010




    Quando Gwen mencionou que o amava, seu corpo estremeceu. Ouvir aquelas três palavras vindas dos lábios da moça era o som mais bonito que poderia ouvir. - Eu… Eu também amo você. Minha alma reconheceu a tua, desde o instante que te vi desmaiada naquela floresta. - Aires sorria enquanto falava. - Não se trata da SUA felicidade, agora trata-se da NOSSA. Acho que agora isso tem mais valor pra mim do que qualquer outra coisa neste mundo. - respondeu e fechou os olhos para sentir melhor o carinho a moça.

    A moça então se ajoelhou de frente pra Aires e quando o fez, ele naturalmente envolveu os braços em torno da cintura dela. Retribuiu aquele beijo tão verdadeiro e fixou-se nos olhos de Gwen quando ela encostou a testa na sua. - A melhor e mais sincera forma de viver está gravada em nosso coração, minha senhora, é só seguir. Da mesma forma que o amor. Fomos feitos para sermos livres, essa é a única maneira de sermos felizes de fato. - foi a resposta mais honesta que podia arrancar de si naquele momento. Aires sentia em uma intensidade inexplicável e ele sabia que era pra valer, porque não tinha acontecido há tanto tempo, sequer conseguia olhar para as plebéias do seu povoado - ou de qualquer outro.

    Intintivamente, quando Gwen levou a mão dele ao seu coração, Aires repetiu o gesto, fazendo o mesmo com a mão da moça. Sentir aquele coração batendo daquela forma acelerada, por causa dele, era maravilhoso. Principalmente porque era recíproco. Tudo que ela dizia, só reforçava o que cada vez mais se evidenciava por dentro do rapaz. Era mesmo amor, por mais rápido e inesperado, é amor.

    Quando se deu conta, Gwen já estava sentada sobre ele, praticamente implorando para que a fizesse sua. Parecia um sonho e Aires piscou duas vezes para se certificar de que era real. - Minha Gwen… - sussurrava enquanto já desabotoava a calça. Em seguida correu as mãos por dentro da camisola de Gwen, subindo-a até que retirasse por completo. Vê-la completamente despida era a obra de arte mais bela que já poderia ter visto em toda a sua vida. Pintar as suas vidas, juntas, era tudo que Aires mais queria.

    Carregou-a de volta para a cama, colocando-a deitada e, sem tirar os olhos da sua amada, despiu-se também por completo, exibindo seu membro completamente ereto, pulsando em total excitação. - Confie em mim, meu amor… Esse momento é nosso, é o nosso amor se consumando no ato mais bonito e mais divino dentre todos os atos. - falava baixinho perto do ouvido de Gwen, enquanto se posicionava entre suas pernas.

    Aires beijava Gwen carinhosamente, com muita ternura e nem precisou de esforço algum para penetrá-la. Ela estava totalmente lubrificada, foi o que facilitou mais o primeiro momento, tendo em vista que a moça era virgem. Aires teve todo cuidado e não parou de beijar Gwen e de acariciar seus cabelos nem um segundo, até que sentisse que estava inteiramente dentro dela. - Eu te amo… - murmurou baixinho enquanto começava a movimentar seu quadril lenta e compassadamente.

    Aires acariciou com a ponta dos dedos a lateral do corpo de Gwen, enquanto mantinha a velocidade lenta de seus movimentos - pelo receio de machucá-la - subindo até que alcançasse a mão da moça e entrelaçasse os seus dedos nos dela.

    Para alguém que não estava sentindo o que eles estavam, a situação não faria o menor sentido. Mas eles já sabiam o único sentido real do amor… Amar. Sem títulos, sem moldes, sem padrões.



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