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    [!ON!] 1ª Noite: Hotel Delmonico

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    Mensagem por Mellorienna Qua Dez 12, 2018 3:27 pm





    Hotel Delmonico


    18h30min
    Carlos Maia + Alice Kruendorff - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -



    [!ON!] 1ª Noite: Hotel Delmonico WYAr1PX

    Não foi difícil para Carlos Maia seguir Alice pelas ruas da noturna Bela Vista, desde a Zhotique até o Centro. Prédios altos e muitos carros, becos escuros e fachadas de comércio - cafeterias, restaurantes e padarias abertas se misturando a casas lotéricas, açougues e lojas de R$ 1,99 fechadas. No verão, o comércio funcionava até às 19h, mas em meados de Agosto a escuridão chegava cedo - e as pessoas de bem corriam para suas casas tão logo o sol tocava o horizonte.

    A Harley Davidson Softail que a loira guiava pelas ruas parou diante de um prédio peculiar, de esquina, com detalhes art dèco. Carlos nunca havia estado em um hotel sofisticado antes (o local de trabalho da mãe tinha muitos quartos, mas mal se qualificava para uma comparação), mas não deveria ser nada tão difícil: ele tinha visto filmes.

    Ao cruzar as portas de vidro do Delmonico, Maia se viu em um saguão de luxo discreto, em mármore Carrara e madeira de lei. Algumas das poltronas ao longo das paredes estavam ocupadas por possíveis clientes, conversando. Uma mulher negra de corpo escultural passou por ele em um vestido amarelo elegante e sensual, ao lado de um sujeito alto com tipo de skinhead que dava o braço à beldade, só sorrisos e planos para a noite. A cena talvez tivesse chamado mais atenção se Carlos tivesse tempo a perder. Mas a mulher que havia seguido até ali não estava em qualquer lugar onde pudesse ser vista.

    Atrás do maciço balcão de madeira escura, um atendente com traços orientais e usando um blazer de cashmere muito bem cortado sorriu profissionalmente para o Caçador:

    - Boa noite, senhor. Infelizmente o hotel está lotado. Gostaria de fazer uma reserva para outra data? Ou desfrutar de nosso bar?


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    Mensagem por Tellurian Qua Dez 12, 2018 4:46 pm

    Foi fácil para Carlos seguir Alice pelas ruas. A loira obviamente queria ser seguida. O caçador tinha certeza que a moça era mais habilidosa do que aquilo. Ninguém exala a confiança que ela exala sem ter cacife pra bancar a atitude. Pelo menos quando estão no meio de um ninho de vampiros. Maia só pôde concluir que sim, a moça queria falar com ele. "Fique e morra se quiser" uma ova, de fato.

    Alice tinha uma senhora moto. Maia gostava bastante de motos. A uma ou duas horas de viagem da sua cabana ficava uma trilha famosa pelos amantes de cross country, Rally e motocross de Bela Vista. Vendeu muita cachaça e pimenta pros jovens que gostavam de se cobrir de lama. Mas aquela moto era uma moto de estrada, não de trilha. E era a mãe de todas as motos de estrada. Tão linda quanto a dona. Quando ela encostou a moto na vaga em frente ao prédio bonito, Maia deu uma volta no quarteirão, fazendo o reconhecimento da área. Parou o carro na vaga mais próxima que encontrou, e dessa vez decidiu levar a pistola na cintura.

    Quando entrou no hotel, não pôde evitar um breve assovio de assombro. Pegou mais um chiclete no bolso da jaqueta e levou a boca, ainda com os olhos azuis arregalados e a boca torta em aprovação. "Nada mal", pensou.

    Quando a japinha chamou a sua atenção, ele percebeu o quão jeca ele deveria parecer em um lugar tão sofisticado.

    -"Possivelmente bar. Estou procurando uma amiga. Loira, olhos verdes, jaqueta de couro, um pouco mais baixa que eu, temperamento horrivel?"
    - tentava manter um sorriso, mas imaginou que a imensa cicatriz na cara atrapalhasse um pouco.
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    Mensagem por Mellorienna Qua Dez 12, 2018 5:25 pm





    Delmonico: Bar


    18h35min
    Carlos Maia + Alice Kruendorff - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -






    O atendente atrás do balcão respondeu com a máxima cordialidade:

    - Claro, portas duplas a sua direita, senhor. - estendendo uma bandeja do que parecia prata por cima do balcão, completou - Qualquer pertence sensível será devolvido ao fim da noite.

    Se havia alguma dúvida de que aquele não era um hotel qualquer, ela morreu no instante em que, saindo do elevador, um homem moreno usando uma blusa de lã preta parou por um segundo junto ao balcão, recebendo uma caixa revestida em couro marrom do atendente, de onde tirou duas pistolas, guardando-as em coldres sob a roupa. Como se fosse a coisa mais natural do mundo. As pessoas que conversavam nas poltronas no saguão nem sequer olharam na direção do moreno de olhos amendoados, que agora saía armado pela porta de vidro do hotel. O atendente recolheu a caixa com a mesma discrição e naturalidade de quem pega a correspondência, e então voltou a olhar para Maia:

    - Pertences sensíveis de todo tipo, senhor, por gentileza.

    Cooperar parecia uma saída razoável, e Carlos se viu colocando sua arma sobre a bandeja de prata, que prontamente foi recolhida pelo homem atrás do balcão. Manteve a faca consigo, mas não parecia um detalhe que havia sido percebido - ou valorizado - pelo atendente.

    Cruzando as portas duplas de madeira, Maia se viu pela segunda vez naquele dia em um ambiente do tipo que jamais frequentaria. Mas, dessa vez, ao invés de uma multidão jovens bêbados e luzes piscantes, o Caçador se deparou com um bar sofisticado, à meia-luz, com mesas discretas posicionadas a uma distância estratégica umas das outras. Não eram ladeadas por cadeiras, mas por uma espécie de sofá de encosto super alto que o mateiro achou digno de filmes. E havia aquela música, no volume certo para abafar as conversas sem impedir que elas acontecessem.

    O balcão do bar contava com funcionários bem vestidos e os atendentes entre as mesas eram rápidos e bem treinados. Em um cálculo rápido, Maia poderia chutar que havia uns vinte clientes por ali, mais os funcionários. Em uma mesa aos fundos, alguns jogavam poker. Alice estava sentada na terceira mesa a esquerda e tinha tirado a jaqueta de couro. Os olhos verde-azulados da mulher cravaram-se em Carlos assim que ele entrou no bar, mas ela não esboçou nenhuma reação além de encará-lo por sobre o caneca de chopp que bebia.


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    Mensagem por Tellurian Qua Dez 12, 2018 6:02 pm

    Carlos suspirou. Esse tipo de situação, onde ele é tão deslocado que chega a chamar atenção, era exatamente o que ele disse para os seus colegas evitarem. Talvez ele devesse passar a ouvir os próprios conselhos.

    Ele estava a tanto tempo na cidade que era capaz de a qualquer momento comprar um celular, abrir uma conta no banco, fazer um coque samurai e dizer que a mãe natureza é "cu", o que quer diabos que esses hippies 2.0 da cidade queiram dizer quando falam essa barbaridade.

    Se aproximou de Alice, e sentou-se na sua mesa.

    -"Sou todo ouvidos."
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    Mensagem por Mellorienna Qua Dez 12, 2018 8:29 pm





    Delmonico: Bar


    18h40min
    Carlos Maia + Alice Kruendorff - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -



    Do alto de sua beleza sobrenatural, a loira encarava Maia em silêncio, como uma estátua viva de Afrodite. Aquele tipo de pensamento brega e semi pornográfico se insinuava pelos recônditos da mente do homem, por mais que ele lutasse para transparecer o mínimo. Ela bebeu um gole de chopp e então disparou logo para o assunto, sem rodeios:

    - Maia, certo? Você não é o primeiro Caçador que eu conheço. Eu fui treinada para encontrar e neutralizar tipos como você. É loucura invadir um lugar como a Zhotique sozinho e sem reforços, recruta. A gerente do lugar é Isabelle Delacour.

    A loira olhava diretamente para os olhos azuis do mateiro e sussurrou, charmosa:

    - Mas você não faz ideia de quem ela é, certo? E também não faz ideia de que lugar é esse aqui. Pelo que eu estou notando, Maia, te jogaram para nadar pelado no tanque dos tubarões. - Alice bebeu mais do chopp antes de continuar, exibindo um sorrisinho de incredulidade no rosto de anjo - Este é o famoso Hotel Delmonico. O único solo sagrado para todas as criaturas em um raio de... bom, você só precisa saber que tipos como Delacour não pisam aqui. Mas alguns da gangue dela sim, se é que você me entende. E alguns outros tipos com os quais você nunca sonhou. E se sonhou, acordou gritando.

    "Insane inside, the danger gets me high." A música deslizava pelo ambiente e se grudava a mente de Maia. Àquela meia-luz, com aquela postura mais relaxada, a mulher dava vontade d---

    - I’ve always liked to play with fire... - Alice cantou junto com a música ambiente e os olhos azul-esverdeados dela reluziram ao notar a expressão de Carlos - Eu era cantora. Antes. - a loira deu de ombros e se recostou ao sofá - Você é muito jovem pra esse trabalho, Maia. Mesmo com essa cara de mau de quem sobreviveu ao inferno. Arrume suas coisas e deixe a cidade. Não há mais lugares seguros. Em breve, até o Delmonico vai cair. Estas são as últimas noites das nossas vidas.



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    Mensagem por Tellurian Qua Dez 12, 2018 11:35 pm

    Alice era linda. Linda demais. Ela parecia ter saído de um daqueles filmes noir que Maia adorava direto para a realidade. "Eu odeio essa cidade, mas ela é tudo que eu tenho. E faço meu papel, livrando as ruas dos parasitas que a infestam. Eu estava perdido em conjecturas quando ela entrou. Senti o cheiro do perfume doce antes que a sineta da porta de entrada anunciasse que ela havia entrado. Um anjo com problemas, pedindo a minha ajuda.". Dick Tracy era o melhor. Aquele hotel, aquela beldade, uma cidade podre, um mistério em mãos. Maia se perguntou se deveria arranjar um sobretudo amarelo.

    He. Hehehe. Hehehehehehehe.

    Foco, Maia. Foco.

    Ela chamara Maia de recruta. Bom, estava bastante obvio que ela era uma Caçadora. A atitude de que sabe tudo do mundo, a confiança, o discurso de veterano versus novato. E a jaqueta de couro. Aparentemente, era algum tipo de uniforme para Caçadores.

    Carlos sempre imaginou que houvessem outros. Quando a guerra queima cidades, o que sobram são hordas de refugiados. O que Carlos Maia achava estranho era que não existissem milhares em cada esquina. Mas, tempos difíceis tornam a confiança uma moeda rara e preciosa. Até onde sabia, poderia haver competição entre os ECB, ou espiões dos noturnos infiltrados, ou coisa que o valha. Achou prudente não contar nada sobre Ace ou Mel. Apenas prestou atenção no que a loira linda tinha a dizer. E ela tinha coisas bastante interessantes a dizer.

    Isabelle Delacour. A dona da boate. Pelo que Alice dizia, vampira, ou coisa pior. Coisa pior que vampiro podia existir? Maia não duvidava de mais nada nessa vida.

    Bom... Missão cumprida. Vampiro identificado. Vejamos agora se conseguimos algum bônus.

    -"Bom... Então eu vou beber e lutar."

    E pediu um chopp ao garçom enquanto sentava-se, ainda mascando o seu chiclete. A vontade de fumar ardia no peito.
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    Mensagem por Mellorienna Sáb Dez 15, 2018 9:27 am





    Delmonico: Bar


    18h45min
    Carlos Maia + Alice Kruendorff - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -



    Os garçons do Delmonico eram bem treinados, rápidos e silenciosos. Qualidades que seriam admiráveis em mais de uma profissão, algumas menos corriqueiras e mais letais que outras. O chopp de Carlos chegou e Alice ainda estava em silêncio, com ares de quem saboreava a bravata do Caçador e ainda não sabia bem se cuspia ou engolia toda aquela pose que o homem tentava bancar.

    Beberam em silêncio por alguns minutos, ao som da música que abafava conversas em outras mesas e no balcão do bar. Como se nunca tivessem interrompido o papo, Alice disse:

    - Você não perguntou como foi que eu identifiquei você. - os olhos dela tinham um brilho de inteligência que não era comum de se ver - Nem o que eu quis dizer com solo sagrado. - ela se inclinou na direção do Caçador - E também não me disse que tipo de interesse tem em Lucy D'Arc. - aqueles olhos azul-esverdeados passearam pelo homem de cima a baixo, voltando a fita-lo com um leve erguer de uma das sobrancelhas - Algo me diz que você não estava meramente interessado na companhia daquela criança.

    Em um movimento fluido, Alice deslizou pelo estofado curvo do sofá, aproximando-se de Maia. As coxas da moça tocavam nas pernas do Caçador e o braço dela roçava o dele enquanto ela gesticulava suavemente ao falar:

    - Você me diz tudo que sabe sobre Lucy D'Arc. E eu responderei às perguntas que você deveria ter feito, mas não fez.




    OFF: O sofá é mais ou menos nesse formato, mas o encosto é bem alto, cobrindo a cabeça dos dois sentados.


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    Mensagem por Tellurian Dom Dez 16, 2018 10:17 am

    Enquanto bebericava o seu chopp, Maia desviou os olhos de Alice por alguns momentos -tarefa essa que demandou certa força de vontade- para observar ao seu redor. Percebeu que o Delmonico era uma verdadeira armadilha de morte. Não haviam rotas viáveis de fuga. As cabines eram dispostas de modo que a música abafasse as conversas em seu interior, e os sofás posicionados de modo que seja difícil ver o que cada um está fazendo em outra cabine sem que fique óbvio que se está olhando.

    E todo mundo ali parecia estar escondendo algo.

    Impressionante. De fato, impressionante. Maia tomou um gole mais demorado de seu chopp antes de olhar novamente para o anjo a sua frente. Estava nas mãos daquela mulher. Nunca havia assumido tantos riscos anteriormente, mas... Seus instintos lhe diziam que estava bem.

    Pelo jeito, havia chegado a vez da moça fazer perguntas. Ela deslizou pelo sofá e lhe tocou, meio sem querer, e Maia percebeu o quanto estava consciente da presença daquela mulher. O cheiro dela tinha algo de intoxicante que fazia o matuto do interior corar.

    -"Ela era uma vizinha. Não era mais que uma criança da última vez que a vi. Sobrevivente de Nova Esperança."- Maia girou o corpo ao falar, e percebeu que Alice estava mais perto do que imaginava. Seus ombros e pernas se tocavam, e o Caçador deu um sorriso encabulado.
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    Mensagem por Mellorienna Dom Dez 16, 2018 5:17 pm





    Delmonico: Bar


    18h50min
    Carlos Maia + Alice Kruendorff - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -



    - Você está corando... - Alice sorriu de um jeito ferino, que levava certa cor às faces de marfim da própria moça. Se Maia fosse arriscar, diria que ela tinha menos de 25 anos. Mas, como nada naquele admirável mundo novo era exatamente o que parecia ser, a loira poderia tranquilamente ter algo entre os 20 e os 200 anos, e ele provavelmente nem notaria a diferença.

    Seria ela uma dessas criaturas Noturnas?

    Era difícil de acreditar. Alice era de uma beleza pura e angelical, com aqueles lábios de rosa e aquele perfume delicado. Os cabelos dourados bem claros reluziam mesmo à meia-luz do bar, e os olhos verde-azulados brilhavam com inteligência e uma dose de humor ácido. Talvez porque tivesse percebido o desconforto do Caçador, ou talvez porque fosse uma pessoa que fazia mesmo o que queria, ela apoiou uma das mãos no joelho de Carlos.

    - Sobrevivente de Nova Esperança, uh? Eu me pergunto se... Bom, não faz diferença agora. Mas provavelmente o incêndio foi obra dela. Como uma forma especial de obter o desespero correto de Lucy D'Arc. Sabe, Maia, não é tão fácil quanto parece vender a alma para o Diabo. Porém, dadas as circunstâncias certas, as Trevas sussurram com a doçura do colo da Mãe. E a jovem Lucy atraiu a atenção da Rainha dos Demônios, com seus cabelos dourados como o luar e os seus olhos cristalinos de um azul baço. Nunca é o tom certo de azul, veja bem. Mas nem mesmo ela pode ter tudo.

    Dando de ombros, a moça se afastou apenas o suficiente para retomar seu chopp nas mãos, bebendo um gole longo, com olhos pensativos. Ao baixar a caneca, virou-se para Carlos com uma expressão bem mais profissional no rostinho bonito.

    - O Hotel Delmonico é uma área de não violência para todos os que se envolvem com o tipo de negócios no qual estamos metidos. Um lugar para obter informações, conseguir contratos e - principalmente - para tomar uma bebida com estranhos sem incrementar o risco de acabar morto antes da saideira. Mas, exatamente por ser um barril de pólvora, não é uma base segura para operações. É só um... uh... entreposto, por assim dizer. Aqui, a palavra de Ishamael é a lei. Porém, as noites estão ficando cada vez mais perigosas. Dizem... - a loira baixou a voz e se inclinou para bem perto de Carlos - ... que os Lupinos estão com uma crise sem precedentes nas mãos. Aparentemente, um dos filhotes é uma espécie de máquina de guerra apocalíptica e...

    Ela se deteve, analisando o Caçador. Então sorriu:

    - Você está ciente da existência dos Lupinos, certo? Eu não consigo acreditar que marcaram você como gado, totalmente contra sua vontade.

    A loira então tocou a testa do Caçador com a ponta dos dedos, em uma espécie de batidinha de leve.


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    [!ON!] 1ª Noite: Hotel Delmonico Empty Re: [!ON!] 1ª Noite: Hotel Delmonico

    Mensagem por Tellurian Dom Dez 16, 2018 9:58 pm

    Quando Alice atestou que Maia estava corando com um sorriso no rosto, só o que aconteceu foi que o Caçador terminou de corar, sentindo até a testa arder. Sentiu que começou a suar, e se perguntou se deveria tirar a jaqueta.

    ela estava flertando com ele?. O sorriso, os toques e a proximidade pareciam sugerir que sim. Se fosse verdade, eis algo inédito na vida de Maia. Uma mulher bonita flertar com ele sem esperar ser paga por isso.

    Carlos sentiu o coração dar uma batida fora de ritmo, mas então lembrou pequeno estratagema na Zotique, para não chamar atenção. Então era isso, ela estava dando o troco.

    Oh.

    Droga.

    Carlos deu um gole de seu chopp, e quando pousou a caneca sobre a mesa, ouviu a frase. A sentença que queimaria em seu coração como brasa.

    Provavelmente o incêndio foi obra dela.

    Os olhos do Caçador estreitaram. Ele sentiu que começaria a hiperventilar se não se controlasse. O calor aumentou muito, e Maia teve de tirar a jaqueta, apoiando-ano sofá ao seu lado.

    Ela falou coisas sobre o Delmonico. Nada que Maia não fosse capaz de deduzir sozinho. Estava bem óbvio que basicamente todo mundo ali era Caçador. De qualquer jeito, a mente do homem fervilhava. obra dela.

    Alice riu mais uma vez e tocou-lhe a testa. Gado. Bom, achou que era uma boa forma de colocar as coisas.

    -"Achei que estar aqui contra a vontade era meio que pré-requisito da coisa toda. Alguém está aqui porquê quer?"- Maia deu de ombros.

    Ele pegou a caneca de chopp numa mão, e recostou-se no sofá. Passou o braço por trás da loira, apoiando-o no encosto do sofá atrás dela.

    -"Quem é a Rainha dos Demônios, Alice? E porquê ela poria fogo em Nova Esperança?"- Maia tinha um sorriso no rosto, mas era um sorriso tenso.
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    Mensagem por Mellorienna Seg Dez 17, 2018 6:34 pm





    Delmonico: Bar


    18h55min
    Carlos Maia + Alice Kruendorff - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -



    - Oh this is the war path, uh? - a loira estonteante aproveitou o braço que Maia passava por trás dos seus ombros e se aproximou ainda mais do Caçador, apoiando o queixo contra o ombro do homem e erguendo aqueles olhos azul-esverdeados para fitá-lo - Moço, não siga por esse caminho. Há coisas que é mais saudável ignor--- - Alice deteve o próprio discurso, silenciando enquanto mantinha os olhos fixos nos olhos de Carlos. Passou um longo tempo assim, com o queixo delicado apoiado ao ombro do homem, calada e misteriosa, com uma ruga de preocupação que ia vinha em sua testa a medida que parecia considerar os fatores em risco.

    Então, repentinamente, a loira com carinha de anjo ergueu-se o suficiente para alcançar o rosto do Caçador com um beijo bem na bochecha, quase tocando a marca de queimadura que atravessava o rosto do homem. Ainda com os lábios próximos à pele dele, Alice sussurrou:

    - Nem mesmo no Delmonico é seguro dizer certos nomes em voz alta. Há caças e caçadores aqui, se é que você me entende... Maia... - ela murmurou o nome do homem com um sorriso encantando seu timbre e voltou a dar um beijinho no Caçador, deitando a cabeça no ombro dele na sequência - No quarto. Em voz bem baixa. Mas, enquanto bebemos, pra acalmar esse brilho fanático-suicida nos seus olhos, deixa eu te explicar uma coisa. Alguém literalmente marcou você contra sua vontade. Você tem um triângulo na testa. Nem tenta, não é visível assim. Tem que saber o que se está procurando.

    Alice buscou a mão de Maia que ia e voltava do caneco de chopp, e entrelaçou seus dedos finos e graciosos ao dedos do Caçador:

    - Eu acho que é uma espécie de GPS, se você quer minha opinião, mas... Você tem uns amigos interessantes, pelo visto.


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    Mensagem por Tellurian Seg Dez 17, 2018 7:47 pm

    "Dizis de uorpaf". Inglês. Como Maia odiava inglês. Só sabia dizer yes, no, e fuck you. Como era o outro? femks?

    Mas tudo o que saía da boca daquela moça parecia sexy, tão nadando em hormônios que o caçador estava. Ela havia recostado em seu ombro, e olhava em seus olhos. Carlos percebeu que encarava os lábios da moça. O cheiro dela era... Intoxicante. Ela o beijou no rosto e sussurrou seu nome. Maia percebeu que certas reações haviam começado a acontecer em seu baixo ventre. A moça era convincente, lhe daria isso.

    Mas dois podiam jogar esse jogo. Maia desceu a mão do recosto do sofá para os ombros de Alice, e virou o rosto sem querer no momento em que ela lhe deu segundo beijo na bochecha, fazendo o beijo tocar o canto de sua boca. Foi inesperado, e o Caçador corou novamente.

    Então ela falou do quarto. Quarto??? Ela está sendo realmente convincente. Maia pensou em cruzar as pernas pra disfarçar a sua excitação, mas sentiu que chamaria mais atenção se o fizesse. Apenas rezou que ela não notasse.

    Quando ela falou da sua testa, pensou em Mel. A moça tinha um pé na feitiçaria, sabia bem. Que seja, então. Confiava nela. Se ela quisesse ele morto, não precisaria fazer nada.

    Mas a questão do quarto lhe deu a deixa ideal. Ele saberia mais a respeito da tragédia de Nova Esperança. -E ficaria a sós com a mulher mais linda do mundo-

    Virou o chopp num gole só, e virou o rosto, e seu nariz roçou no de Alice.

    -"Não. Quarto, agora."
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