13 de Mirtul de 1372 CV
Jeremy gostava de beber na Vaca Feliz. A taberna, que fica na Rua da Muralha, em frente ao Portão dos Fazendeiros, era frequentada em sua maioria por àqueles que davam nome ao portal do Vau da Adaga. O lugar era de um halfling chamado Fulbar Queijo-Duro. De cabelos cacheados e grisalho nas têmporas, Fulbar era uma pessoa simpática, de fala mansa e com uma barriga que começava a se arredondar. Os maiores atrativos da Vaca Feliz eram, sem dúvida, a cerveja e o queijo.Ambos feitos na fazenda da família de Fulbar, a cerveja de trigo tinha um gosto amendoado e o queijo era forte e crocante. Uma peça grande e redonda de queijo custavam 3 cobres, enquanto uma caneca de cerveja variava entre 1 ou 3 cobres, dependendo do tipo.
Era fim de um dia quente e Jeremy estava sozinho, apreciando a música que uma mulher tirava de um velho piano que havia na taberna, com algum queijo diante de si e uma caneca de ale na mão. O dia havia sido quente e produtivo e o ranger merecia um descanso. Caçar e fazer patrulhas se tornava muito mais difícil sob o sol quente da primavera, mas Jeremy tinha cumprido suas tarefas com êxito e no final era apenas isso o que importava. O movimento na Vaca Feliz já era grande e começava a aumentar. Homens conversavam e riam alto, dois cachorros perambulavam por debaixo das mesas em busca de um pouco de comida e três homens, forasteiros, Jeremy teve certeza, estavam na mesa ao lado do ranger e próxima à entrada conversando e jogando alguma coisa com um baralho; eles apostavam moedas de ouro e pelas roupas e equipamentos que levavam, talvez fossem aventureiros.
Não eram raros os aventureiros no Vau da Adaga, afinal a cidade ficava entre Águas Profundas e Portal de Baldur, duas das cidades mais importantes da Costa da Espada e os lugares para aonde esse tipo de gente sempre deseja ir. As notas do piano começaram a ser um som quase distante entre os ruídos da taberna, o que fez Jeremy desistir de ouvir a música e, não muito depois, a mulher desistir de tocar. O ranger buscou um pedaço de queijo, que quebrou de maneira apetitosa sob os dente de Jeremy. Mesmo sem querer, o ranger agora ouvia a conversa dos forasteiros.
-... perder novamente, Enod– Dizia um deles
- Eu não me importo, desde que nesse lugar que você disse exista mesmo todo esse ouro que nos prometeu – Respondeu um outro homem, sentado quase ao lado de Jeremy e o único que o ranger conseguia olhar sem parecer curioso demais. Era um homem alto e muito branco, o cabelo castanho caia em cachos sem muita ordem e emaranhava-se com a barba. Ele vestia um robe negro, sem nenhum adorno ou detalhe em outra cor.
- Por quê você sempre duvida de mim? - Rebateu o primeiro.
- Por causa do que aconteceu em Arauroch, Cízar. Nós quase morremos naquele deserto abandonado pelos deuses.
- A culpa não é minha se uma cidade voadora surge por um portal e começa uma batalha com aquelas criaturas estranhas exatamente quando estamos lá! - O homem quase grita, atraindo alguns olhares para si, mas logo a atenção recebida é dissipada.
- Phaerimms – diz o homem magro com um tom cansado.
- O quê?
- O nome das criaturas. Elas se chamam phaerimm.
- E o que isso me importa? - Jeremy ouviu uma batida seca e forte na mesa – A pessoa que me passou essa dica é confiável. Essa tal de Estela Qualquer-Coisa tá cheia de ouro e outras coisas mágicas. Se não tiver eu volto até Águas Profundas e estripo aquele rato.
- Ninho do Stirge.
- O quê? - Veio o berro de trás de Jeremy.
- Esse é o nome da Estela – O homem magro disse com o mesmo tom cansado.
- Para de me corrigir, maldição!
O terceiro homem não dizia nada. Jeremy conhecia a Estela Ninho do Stirge, as crianças do Vau da Adaga iam até lá criar aventuras, o ranger já tinha ido até a Estela Ninho do Stirge muitas vezes na sua não tão distante infância e todos sabiam que o lugar estava vazio à décadas.
Jeremy gostava de beber na Vaca Feliz. A taberna, que fica na Rua da Muralha, em frente ao Portão dos Fazendeiros, era frequentada em sua maioria por àqueles que davam nome ao portal do Vau da Adaga. O lugar era de um halfling chamado Fulbar Queijo-Duro. De cabelos cacheados e grisalho nas têmporas, Fulbar era uma pessoa simpática, de fala mansa e com uma barriga que começava a se arredondar. Os maiores atrativos da Vaca Feliz eram, sem dúvida, a cerveja e o queijo.Ambos feitos na fazenda da família de Fulbar, a cerveja de trigo tinha um gosto amendoado e o queijo era forte e crocante. Uma peça grande e redonda de queijo custavam 3 cobres, enquanto uma caneca de cerveja variava entre 1 ou 3 cobres, dependendo do tipo.
Era fim de um dia quente e Jeremy estava sozinho, apreciando a música que uma mulher tirava de um velho piano que havia na taberna, com algum queijo diante de si e uma caneca de ale na mão. O dia havia sido quente e produtivo e o ranger merecia um descanso. Caçar e fazer patrulhas se tornava muito mais difícil sob o sol quente da primavera, mas Jeremy tinha cumprido suas tarefas com êxito e no final era apenas isso o que importava. O movimento na Vaca Feliz já era grande e começava a aumentar. Homens conversavam e riam alto, dois cachorros perambulavam por debaixo das mesas em busca de um pouco de comida e três homens, forasteiros, Jeremy teve certeza, estavam na mesa ao lado do ranger e próxima à entrada conversando e jogando alguma coisa com um baralho; eles apostavam moedas de ouro e pelas roupas e equipamentos que levavam, talvez fossem aventureiros.
Não eram raros os aventureiros no Vau da Adaga, afinal a cidade ficava entre Águas Profundas e Portal de Baldur, duas das cidades mais importantes da Costa da Espada e os lugares para aonde esse tipo de gente sempre deseja ir. As notas do piano começaram a ser um som quase distante entre os ruídos da taberna, o que fez Jeremy desistir de ouvir a música e, não muito depois, a mulher desistir de tocar. O ranger buscou um pedaço de queijo, que quebrou de maneira apetitosa sob os dente de Jeremy. Mesmo sem querer, o ranger agora ouvia a conversa dos forasteiros.
-... perder novamente, Enod– Dizia um deles
- Eu não me importo, desde que nesse lugar que você disse exista mesmo todo esse ouro que nos prometeu – Respondeu um outro homem, sentado quase ao lado de Jeremy e o único que o ranger conseguia olhar sem parecer curioso demais. Era um homem alto e muito branco, o cabelo castanho caia em cachos sem muita ordem e emaranhava-se com a barba. Ele vestia um robe negro, sem nenhum adorno ou detalhe em outra cor.
- Por quê você sempre duvida de mim? - Rebateu o primeiro.
- Por causa do que aconteceu em Arauroch, Cízar. Nós quase morremos naquele deserto abandonado pelos deuses.
- A culpa não é minha se uma cidade voadora surge por um portal e começa uma batalha com aquelas criaturas estranhas exatamente quando estamos lá! - O homem quase grita, atraindo alguns olhares para si, mas logo a atenção recebida é dissipada.
- Phaerimms – diz o homem magro com um tom cansado.
- O quê?
- O nome das criaturas. Elas se chamam phaerimm.
- E o que isso me importa? - Jeremy ouviu uma batida seca e forte na mesa – A pessoa que me passou essa dica é confiável. Essa tal de Estela Qualquer-Coisa tá cheia de ouro e outras coisas mágicas. Se não tiver eu volto até Águas Profundas e estripo aquele rato.
- Ninho do Stirge.
- O quê? - Veio o berro de trás de Jeremy.
- Esse é o nome da Estela – O homem magro disse com o mesmo tom cansado.
- Para de me corrigir, maldição!
O terceiro homem não dizia nada. Jeremy conhecia a Estela Ninho do Stirge, as crianças do Vau da Adaga iam até lá criar aventuras, o ranger já tinha ido até a Estela Ninho do Stirge muitas vezes na sua não tão distante infância e todos sabiam que o lugar estava vazio à décadas.