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    Missão 1: O Sequestro

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    Mensagem por Lukas Qua Abr 15, 2015 9:11 am







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    Seattle, 01 de janeiro de 2053

    Distrito de Redmond. A Favela.

    Predios abandonados, destroços no chão, grandes sacos de lixos escorados na parede e cachorros curiosos quanto ao conteúdo. Essa área cinza era escura e na maioria das vezes o silencio reinava. O cheiro de urina predominava também.

    Para cada passo que se dava, olhares curiosos vindo de dentro dos prédios abandonados e de baixo de lonas esticadas acompanhavam quem andasse por la. O distrito das favelas não era nada agradável nem amistoso, exigia um estomago forte. Ele emanava um clima perverso e a lei de pouco adiantava aqui.

    No meio da rua, quase que totalmente coberta por lixo e outros detritos, uma figura exótica caminhava.

    Seu andar era lento e era menor que um humano, sua cabeça devia bater no estomago de um humano comum. Usava botas de couro finamente engraxadas, um sobretudo reforçado de um marrom claro que se esforçava para conter a grande barriga...e dentro da vestimenta um tipo comum de equipamentos para uma profissão incomum – Shadowrunner. Seu rosto era marcado por um nariz largo, cabelos curtos, barba loira e olhos atentos. Era Markus Maverick, o anão ex-investigador mago.

    De um dos prédios vem correndo uma pequena guria. Não devia ter 10 anos e vestia farrapos, com os cabelos ensebados e pele suja.

    - Moço, moço...feliz ano novo! Diz ela, com um sorriso que demonstrava a perda precoce de alguns dentes. Ela insinua um abraço no anão, mas este a segura pela cabeça.

    - Foda-se o ano novo.

    E assim ele segue seu caminho. Em poucos minutos passa por um carro com parte da lateral amassada, sem vidros , pichado em cores vivas e sem pneus. O celular de Markus toca.

    - Markus. Sim. Quanto? Hmm, ok. Estaremos no Quimera.

    O anão desliga o telefone.

    O telefone de Onimaru, Kevin e Marly tocam. Era Markus, o suporte mágico do grupo. Essa ligação so podia significar uma coisa: trabalho. Ele é breve, como sempre: - Alex quer nos encontrar. Estejam no Quimera em uma hora.

    O Quimera era um bar relativamente conhecido na região. Seu dono era o ork Murag, ex membro de uma gangue Anti Meta Humanos...antes da transformação. Sim, Murag nascera humano...mas foi vitima da Mutação. Não no primeiro evento em 30 de abril de 2021, mas sim depois, quando era membro ativo do grupo Anti Meta humanos...não é preciso mencionar que o grupo o fez de exemplo, hoje ele não tem uma das pernas, é cego de um olho e seu braço direito é cibernético. Fora isso, ele não tem cabelos e tem as presas salientes, bem como o nariz largo típico da raça. Sua pele tem uma tonalidade bege clara, e normalmente ele veste um avental escrito “Punk Metal”.

    O ork não gostava muito de humanos, mas qualquer outra raça era muito bem tratada por ele. Seu bar oferecia uma cerveja mediana e algumas refeições menos elaboradas.

    E o que sustentava o bar em uma região tão pobre? Contratantes, Intermediarios, Contratados e  Mercenarios eras os seus principais clientes. Afinal, fazer negocio no centro era muito arriscado, então todos se escondiam aqui. O segundo andar, área do estoque de Murag, já presenciara muitas reuniões secretas. Normalmente Markus reservava o andar para os negócios, já que la ninguém importunaria o grupo.


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    Mensagem por Darkwes Qua Abr 15, 2015 3:32 pm



    DAMIEN 'ONIMARU' RAINIER







    A última semana de 2052 tinha sido uma verdadeira bomba para o elfo Damien Rainier, mais conhecido como o hacker tecnauta 'Onimaru'. O jovem de orelhas pontiagudas e cabelos longos tingidos de vermelho, havia realizado um serviço simples, envolvendo invadir alguns sistemas na Matrix desativando sistemas de segurança. No entanto, junto da grana fácil vieram diversos aborrecimentos.

    Primeiro o jovem se desentendeu com seu conhecido de longa data, doutor Trask, o qual era responsável pelos diversos cyberwares e biowares que o elfo ostentava. Sem tomar conhecimento prévio, Damien acabou desviando uma mercadoria que chegaria para o doutor, que estava diretamente envolvida no serviço que participara. Depois disso, ele ainda descobriu que sua namorada Yui estava devendo uma grana alta para C.J., uma grande amiga do elfo que vendia btl chips ilegalmente. Sem opções, Damien teve de assumir a dívida da garota, pagando boa parte do que ela devia, se comprometendo a pagar o restante nos próximos dias. Apesar de Yui ser filha de um mafioso dos grandes, Damien não poderia arriscar deixar o pai dela saber do problema, o senhor Yamada o tratava como um filho e lhe dera diversas oportunidades no passado, fato este que levou a aproximação de Damien com a filha do mesmo. Apesar disso, o jovem elfo já havia ponderado por diversas ocasiões em terminar com a garota, pois não era incomum os dois se desentenderem pelo estilo diferente de vida que levavam, mas ele não o fizera por consideração ao sogro.

    Apesar de todos os problemas, Damien estava curtindo a passagem de ano com a namorada. A noite havia sido longa e, apesar de já ter amanhecido, a garota havia pego no sono poucas horas atrás, dormindo profundamente. O telefone tocou e o elfo fez o possível para atender sem acordá-la, se levantou e em seguida foi para fora conversar. Do outro lado da linha era Markus quem falava sobre um trabalho, deixando Damien inicialmente irritado.

    - Tá maluco Markus?! Sabe que dia é hoje!? Sabe que horas são!? Sabe o rolo que você me meteu da última vez!? Vai se fer...

    O elfo já ia desligar quando ouviu o anão mencionar sobre o pagamento, fazendo-o imediatamente mudar de ideia. Markus já sabia que Damien dificilmente recusaria uma boa grana e, mesmo não tendo informado os valores, disse rapidamente que o pagamento era dos bons. O anão desligou mesmo sem ouvir a confirmação do elfo, pois certamente sabia que ele iria até o local como combinado. Antes de entrar novamente em sua decadente moradia, o elfo ainda passou a mão na cabeça falando consigo mesmo por alguns instantes.

    - Isso vai dar merda... mas... bem, eu preciso do dinheiro pra pagar a dívida, ela vai entender... afinal foi ela quem me meteu nisso... de repente consigo até um extra pra convencer aquele cabeça dura do Trask a me vender umas coisas e... é... 'você tem razão...', melhor esquecer o Trask.

    O elfo que parecia responder a alguém que não se encontrava no local, adentrou novamente no quarto e pra sua sorte, Yui ainda estava dormindo. Damien se vestiu rapidamente e organizou seu equipamento em uma mochila discreta, escrevendo em seguida um pequeno bilhete com os dizeres "Fui conseguir a grana pra pagar a dívida e não use nada até eu voltar! Se eu demorar muito volte pra sua casa.", deixando-o ao lado da cama para que a garota o visse quando acordasse.

    Com tudo certo o elfo saiu o mais silenciosamente possível, rumaria para o Quimera para saber mais detalhes do trabalho, na esperança de ser algo simples e com uma boa grana envolvida...

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    Mensagem por Tia da Cantina Qui Abr 16, 2015 10:22 pm






    Marly Franway

    Marly estava deitada em um sofá velho e empoeirado, de algum lugar que ela não tinha muita certeza de onde ficava. Era a casa de algum amigo de seus irmãos, onde ela havia se convidado para passar a virada do ano – na verdade, os convidados eram apenas os gêmeos, mas ela fez questão de acompanhá-los. Havia uma ou duas pessoas que ainda permaneciam ali, além do dono do pequeno apartamento e seus irmãos.

    Ela havia acabado de acordar pela terceira vez aquela manhã, e todos os outros estavam ainda apagados, dormindo no mesmo lugar em que “caíram” na noite anterior. A ork nunca se importara realmente com as viradas de ano, 2052 ou 2053, as coisas continuariam a mesma coisa para ela, mas, não havia qualquer motivo para recusar uma festa. E precisava de algum tempo para relaxar às vezes.

    O ar cheirava a cigarros, álcool e salgadinhos enquanto Marly esticava-se para procurar algum charuto remanescente na pequena caixa sobre a mesa de centro – não havia mais nenhum. Ela bufou, passando a mão sobre o seu moicano despenteado devido à noite e procurou seus sapatos em meio a bagunça do lugar. Desviou de uma pessoa caída sobre uma poça de algo que pensou ser algum tipo de bebida – ou pelo menos esperava que o fosse - e foi em direção a cozinha procurar qualquer coisa que pudesse comer. O silêncio ali dentro era realmente incômodo, de forma que a ligação de Markus não poderia ter sido mais oportuna.

    - Sei que você é um cara que adora essas festas de ano novo, mas, se vai me convidar, pelo menos pague as bebidas – disse ela rindo, embora o homem do outro lado não estivesse. Ele foi breve em suas palavras, nem sequer dando atenção à moça, informando apenas o local e a hora em que deveriam se encontrar.  – ‘Cê continua chato como sempre. – a pequena insinuação de mau-humor em sua voz sumiu no exato momento em que a sugestão sobre um pagamento foi mencionada - Feliz ano novo pra você também, Mark – foi a única resposta que ela deu, acreditava que aquilo fosse o suficiente para confirmar sua presença.

    Juntou do chão sua jaqueta, sacudindo-a para se livrar de algumas migalhas e saiu do lugar, sem se incomodar em se despedir, agradecer ou com qualquer outra cordialidade possível.




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    Mensagem por Lukas Sex Abr 17, 2015 5:33 pm







    Seattle, 01 de janeiro de 2053

    Com o ano novo, Redmond ficava pior do que nunca. A bagunça era generalizada e os bêbados e vagabundos ficavam atirados nas calçadas desmaiados. Era uma festa que fazia esse povo pobre esquecer de sua dura realidade, pelo menos por algumas horas.

    Uma senhora, com o corpo coberto por uma lona, cruzava a rua com um carrinho de supermercado repleto de sucatas, quando a Rapier de Marly lambia o chão passando por ela. O Quimera era logo adiante, apenas a algumas quadras. Quem passasse pelo prédio onde o bar ficava não daria nada pelo lugar: um prédio abandonado com cerca de 10 andares, o ultimo andar com a cobertura inacabada e aparecendo as vigas; marcas de tiros de anti aéreo em um lado, pichações do outro; janelas quebradas (onde havia). A única parte mais inteira era o terreo, que tinha janelas escuras blindadas e trincadas e uma portão de ferro de correr largo e alto.

    Hoje havia algo diferente uma quadra depois do bar. Um Eurocar Westwind 2000 prata estava estacionado, junto com um homem de terno e óculos escuros escorado na parede de um prédio. Haviam também 2 Fords Americar, ambos de cor preta. É...Alex estava aqui, bem como sua trupe.

    Marly, Damien e Kevin conheciam bem o local. Ao bater na porta, o próprio Murag surgia de uma portinhola no portão maior, deixando apenas seus olhos aparacerem. Ele abre o portão para os dois e os saúda emburrado. Oferece então bebidas e pergunta se os dois iriam querer almoçar ali, pois ele tinha bife e batata frita. Um homem estava sentado em uma mesa logo adiante. Sua pele era negra e tinha cabelos curtos loiros, com óculos pretos. Seu sobretudo estava abarrotado entre a mesa e a cadeira onde ele estava sentado.

    - Maverick esta esperando vocês la em cima, junto com seus amigos humanos...diz Murag. Os tres lembraram que Murag não gostava de humanos, entendendo o seu mau humor.

    O andar de cima lembrava uma área de guerra, a única coisa inteira e limpa era um balcão de madeira maciça, onde Murag gentilmente arranjara bancos altos pois descobriu que uma clientela muito especifica fazia muitos negócios ali...o resto eram destroços por todo o lado. Em um dos lados não havia uma parede, permitindo que a pouca claridade do distrito iluminasse o aposento.

    E la estavam oito homens de ternos e ternos e gravatas escuros. Um deles exibia uma tatuagem que quase passava do colarinho de sua camisa, outro tinha um brilho cromado na sua mão – cibernéticos, outro ainda tinha um fio conectado em um plug localizado na tempora. O que todos tinham em comum era o volume dentro de seus paletós. A duvida era se eram pistolas Super Warhawk ou Uzis.

    O anão estava sentado em um dos bancos do balcão. E arrumava-se o tempo todo, pois seu peso não ajudava muito no equilíbrio, enquanto fumava um charuto que espalhava um forte odor pela sala.

    Do lado de trás do balcão estava Alex. O intermediário.

    Intermediario é a pessoa que recebe as solicitações de serviços e então o repassa para os shadowrunners, em troca de uma comissão pelo serviço. É um ativo de risco, mas muito valioso de souber ficar de bico fechado. Valioso pois conhece os solicitantes (ou outros intermediários...sim, há casos em que um intermediário contata um intermediário e assim por diante...) e portanto estes precisam de seu serviço; risco por que se ele abrir a boca muita coisa ruim pode acontecer. Aquela guarda certamente era patrocínio de algum empregador e talvez Alex nem fosse o seu nome verdadeiro.

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    Alex já tinha passado bons trabalhos ao grupo e, apesar de jovem, sabia alocar os agentes certos para as atividades certas. Seu traje era impecável. Ele usava um sapato de couro marrom lustrado a perfeição, trajava um terno de ótima qualidade na cor branca com uma gravata púrpura. Tinha cabelo curto e penteado, e uma expressão de simpatia e amizade. A primeira impressão era a de uma pessoa muito asseada. Seus olhos cromados exibiam seu cibernético, impossibilitando de saber para onde ele olhava.

    Ele preparava uma bebida para Maverick, quando os tres chegam.

    - Chegaram bem na hora. Gostariam de um drink? Uma batida talvez...? diz ele, descontraído.

    - VITAS. Síndrome da Alergia Toxica Viroticamente Induzida. A pior epidemia desde a peste negra. Ocorreu em 2010, ao final deste ano cerca de 20% da população mundial morreu, mais em países populosos como China e India. A combinação da vida em locais afastados com atendimento medico precário ajudou bastante, e alem disso, o governo do México foi dissolvido e muitos governos caíram nos cinco anos seguintes. A Fome aumentou, matando mais pessoas; uma onda de protestos civis tomou conta das maiores economias do planeta e usinas nucleares na Europa foram atacadas, tres das quais sofreram fusões nucleares, gerando precipitações radioativas longas e com conseqüências serias para os que tiveram contato, dizia ele enquanto colocava 5 taças em cima do balcão, com sombrinhas coloridas.

    - E então, o EGO – Expressão Genetica Obscura. No mundo inteiro, mais na America Central, pais normais começaram a gerar crianças mutantes e deformadas...de dois tipos: as de estatura inferior a um humano e as de orelha pontuda...gerando espécimes brilhantes como vocês dois, os anões e os elfos, dizia Alex servindo então a bebida aos quatro ali presente, bem como enchendo a sua taça também.

    - E isso desmente a cultura popular de que os elfos e anões surgiram na época dos orks e trolls, em 2021. Ele pega sua taça, a levanta e diz: - Um brinde a diversidade, quando bebe todo o conteúdo do drink.





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    Mensagem por Darkwes Sáb Abr 18, 2015 11:26 am



    DAMIEN 'ONIMARU' RAINIER







    O elfo rumava para o local combinado sem se importar com a sujeira e decadência no caminho, afinal já estava acostumado a ver aquilo todos os dias. Damien caminhava a passos largos, ao mesmo tempo em que digitava em seu computador pessoal, uma prancha de aproximadamente 40 por 20 cm com visor iluminado e diversos cabos conectores presos às laterais.
    Ao avistar os veículos estacionados próximo ao edifício do bar, Damien guarda o computar e vai caminhando até os automóveis. O jovem elfo dá um assobio e se abaixa enquanto passa olhando pelos vidros analisando o interior dos veículos como se estivesse observando uma vitrine de loja.

    - Mas que belezinha... este deve ter um firewall fodido de 16.384 bits. É uma rosa rodeada de grandes espinhos venenosos... Aposto que nem a Marly consegue hackeá-lo.

    Damien nunca havia dirigido um veículo como aqueles, mas se imaginava dirigindo algo parecido num futuro bem próximo, mesmo que este futuro só existisse em sua mente. O elfo deu um sorriso e continuou até o Quimera, onde fora recepcionado por Murag que lhe ofereceu almoço e bebidas, além de informar sobre o local do encontro. Damien cruzou os braços e em seguida ergueu o dedo indicador direito, movendo-o em sentido negativo enquanto se movia para o andar superior.

    - Olha Murag, já lhe disse que carne de soja não é bife e aposto que essas batatas não são de verdade... deixa eu adivinhar... batata de soja? ergh... bom, não posso reclamar, minha grana tá curta, muito curta... mas isso vai mudar, ah vai... como dizem por aí, ano novo vida nova!

    Damien prosseguiu até onde o encontro estava ocorrendo, ainda estava sorrindo, mas ao avistar Alex e Maverick mudou a expressão em seu rosto, ficando mais sério. O jovem elfo tocou a própria testa com a mão direita, a afastando em seguida, fazendo um rápido cumprimento parecido com uma continência bem descontraída enquanto olhava para todos os que ali se encontravam. Caminhou até um dos bancos e sentou-se, retirando a mochila das costas e a colocando no chão, encostada no balcão. Em seguida pegou uma das taças que Alex acabara de servir, mas ao invés de beber, ficou observando o líquido no interior da mesma, a ergueu sob a cabeça e colocou contra a luz, em seguida cheirando o líquido.

    - O que é isso? Tem até 8% de álcool? Se tiver mais do que isso não quero nem provar, da última vez que tomei aquele licor barato do Murag estava vendo o Markus em dobro, tem noção de quanto ruim é isso?

    Apesar do comentário descontraído, o elfo mantinha a expressão de seriedade no rosto, não se sentia exatamente confortável com todos aqueles homens visivelmente armados os observando.

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    Mensagem por Tia da Cantina Dom Abr 19, 2015 3:07 pm






    Marly Franway

    A imundice além do normal nas ruas não a incomodava tanto. Não é como se Redmond fosse tão melhor no resto do ano.

    Via tudo passar por si como borrões enquanto sua moto corria pelas ruas – não havia sensação melhor. O Quimera era inconfundível, talvez pela estrutura decadente, talvez pela familiaridade da garota com o local, mas, no momento, o que realmente chamara sua atenção foram os veículos parados diante do estabelecimento: em especial o Westwind 2000. Aquele carro era o sonho de qualquer um. Combinação de potência e velocidade, além do equipamento de segurança contra furtos. Era uma máquina potente e que era digna de se orgulhar. Apesar de ser mais fã de motos do que de carros, sentia-se tentada por um daqueles.

    Aah, eu ainda terei um desses”, pensou consigo mesma encostando uma das mãos no veículo como um gesto de “me aguarde”.

    Murag ofereceu batatas ou bifes e Marly sentiu-se tentada a aceitar, mas lembrou-se de onde estava e recusou, brincando que já havia comido comida ruim demais pela semana e que a avisasse quando conseguisse alguma carne de primeira ou, pelo menos, alguma batata que não estivesse possivelmente mofada.

    O subiu as escadas e adentrou no andar de cima, que conseguia ser ainda mais desagradável que o anterior, não fosse o balcão que Murag arranjara para seus clientes especiais. “Será que ele teria feito isso se soubesse que humanos estariam aqui?

    Cumprimentou a todos com um único acento descontraído e foi sentar-se no banco ao lado de Damien. Pegou a bebida que lhe fora posta a frente, mas não bebeu. Apenas sacudiu-a de um lado para o outro enquanto ouvia o homem tagarelar.

    - Muito obrigada pela aula da história, Alex – disse ‘num tom irônico enquanto erguia o a taça como se fizesse um brinde “à diversidade”, mas não bebeu o conteúdo – Mas estamos aqui a trabalho, pelo menos foi o que o baixinho ali disse quando sugeri que saíssemos pra beber. – disse indicando Markus – Não quero aceitar algo enquanto estiver ‘alta, e a bebida daqui do Quimera tem uma certa fama. Desembucha, qual é a encrenca que nos traz hoje?





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    Mensagem por Lukas Ter Abr 21, 2015 11:53 am







    Seattle, 01 de janeiro de 2053

    Missão 1: O Sequestro 1z1gqcp

    - Trata-se de Airoh, bebida produzida pelos nossos nativo americanos – os índios. É feito em grande barris, de 3 a 5 metros. Ficam la por um bom tempo, de 1 a 5 anos, ate estarem prontos. Eu so adicionei um pouco de Vodka...diz Alex. O cheiro era forte e a bebida desce ardendo na garganta, seria pior se não houvesse a vodka para atenuar o sabor.

    Alex da atenção ao que a Ork dizia: - Isso que gosto nos Shadowrunners: vocês são diretos, diz ele, enquanto sinaliza para um dos seus homens trazer uma pasta preta.

    - Essa missão é de Resgate. Um executivo foi seqüestrado e meu cliente o quer de volta. Trata-se do “Contador”, seu apelido no meio empresarial. Ele é um gênio contábil e fiscal, sendo um ativo valioso para sua empresa. Ele sumiu ontem a noite, após uma palestra, e precisamos encontra-lo em 24 horas. Vocês receberão um bônus se capturarem os seqüestradores também, provavelmente outros Shadowrunners. A única informação que possuo é a do local de sua palestra, na Faculdade Digital Science, no bairro de Bellevue. Parece que faltou luz no local e o homem sumiu, diz ele, pegando a pasta, colocando-a em cima do balcão.

    - Lembro que precisamos dele VIVO. O pagamento é de 20.000 neoyenes, menos minha comissão de 25%, diz ele, exibindo a foto do homem para os 4 shadowrunners.

    - Acho que não preciso nem dizer que Bellevue não é Redmond certo? La há LEI. Shoppings, parques, belas ruas e avenidas, tomam o lugar destes miseráveis prédios daqui. Alem disso, policiais e guardas Lone Star também, portanto, sejam discretos com armamentos e tal...afinal, se vocês forem presos, eu nunca vi nem ouvi falar de vocês, diz Alex, nada alem do obvio.

    Ele pega um isqueiro e queima a fotorafia. – Me ligue assim que o pegarem, darei a vocês o ponto de encontro. Ficou alguma duvida?






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    Mensagem por Darkwes Qua Abr 22, 2015 4:52 pm



    DAMIEN 'ONIMARU' RAINIER







    O elfo escuta o comentário de Alex a respeito da bebida e franze as sobrancelhas olhando para o líquido em seu copo, em seguida ele mergulha o dedo indicador direito no mesmo, levando-o à boca em seguida, fazendo então uma careta. Passados alguns instantes, Damien aguarda que Alex vire o rosto em outra direção e despeja a bebida no copo de Markus.

    O elfo então cruza os braços e ouve a explicação a respeito do trabalho a ser realizado, permanecendo em silêncio até que Alex concluísse a explicação. Quando o homem começa a incendiar a fotografia, Damien se levanta e coloca a mochila nas costas, o jovem elfo olha para os demais e em seguida para Alex.

    - Meu caro Alex, acredito que compreendas que somos shadowrunners e andar no meio de um distrito movimentado não é exatamente nossa especialidade, tampouco adentrar em uma instituição de ensino para procurar pistas. Todavia... sabes que meus talentos excedem os de meus colegas e inclusive da maioria dos runners de segunda categoria... poderia conseguir o que necessitamos sem problemas, mesmo com estes dados fragmentados, um rosto sem nome e apenas um apelido... você é um fixer respeitado e bem conectado, não estaria aqui hoje se não concordasse com o que digo, mas não quero ser egoísta aqui...

    Damien caminhava de um lado para o outro em frente à bancada onde os demais se sentavam, mantinha um expressão de tranquilidade e gesticulava com a mão direita enquanto argumentava.

    - Olha Alex, não quero dizer que estás equivocado, mas você tem de concordar comigo, este valor está abaixo de mercado e aquém de minhas capacidades. Eu poderia aceitar esse valor? Sim claro, somos velhos conhecidos e o faria para não deixá-lo na mão, mas entenda... um elfo precisa pagar as suas contas e não falamos aqui de qualquer um, mas de minha pessoa. Sabes que sou um especialista, já trabalhei para Yakuza! Então lhe peço que reconsidere esses valores, argumente com o contratante, afinal não falamos aqui de um simples Contador, mas sim 'o Contador', oras!

    Damien então parou de caminhar apoiando o pé direito sobre o banco onde estava sentado anteriormente, levou a mão direita até a taça vazia que estava sobre o balcão e fez como se ingerisse todo o líquido de uma vez, em seguida erguendo-a na direção de Alex, como se bebesse à sua pessoa.

    - Então meu amigo, estou pronto para o serviço e acredito que já podemos aguardar uma compensação mais adequada, certo?...

    Ao final de suas colocações o elfo permaneceu com a taça erguida em sua mão direita, esboçando um sorriso no rosto.




    *Off.: Meu personagem está tentando Persuadir Alex a melhorar o pagamento. Vou rolar Persuasão (d8+4) no roll20.

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    Mensagem por zasalamel Qua Abr 22, 2015 10:57 pm



    O sangue ainda pingava quente das mãos enormes de Kevin enquanto o corpo de um humano de meia idade jazia desmaiado a sua frente. Seus chifres marcados pelo tempo e golpes também estavam respingados com o líquido escarlate e, por um instante, o único som que passava por suas orelhas pontiagudas era o da chuva artificial que era gerada sobre ele por um encanamento estourado ao seu lado, que caía sobre seu tórax musculoso e desnudo, resultado do choque que ele dera com a cabeça do homem apagado contra aquele metal enferrujado. Alguns segundos foram o suficiente para trazê-lo de volta, juntamente com o som de urros empolgados na roda de punks que estava a sua volta.

    Brigas de rua eram sempre uma forma sagaz de Kevin conseguir um dinheiro extra. Seu corpo desproporcional ao que geralmente se via nas outras raças, assim como sua força bruta, eram vantagens que o colocavam a frente nos combates corpo a corpo. Tirando vantagem disso, o Troll sempre se envolvia em combate com apostas a fim de esmagar seu oponente o mais rápido possível e conseguir a grana, que cada vez estava mais escassa.

    Limpando as mãos ensanguentadas na calça jeans velha que usava, Kevin saia do centro da roda sem falar nada, somente pegando sua jaqueta de couro que era entregue por um homem sorridente que possivelmente havia apostado nele e o malote de notas que era entregue como recompensa pela vitória, porém nada que fosse suficiente para mantê-lo, ele precisava de mais dinheiro.

    Deixando o movimento e agora percorrendo alguns becos, Kevin chegava em seu apartamento alugado. Um lugar sujo e pequeno demais para ele, porém suficientemente bem trancado com trancas analógicas, que era as que o troll confiava. Ele ia até a geladeira e empurrava alguns órgãos que estava armazenando para um conhecido para o lado, enquanto buscava uma cerveja mais ao fundo. Assim que abria a lata e o líquido entrava em contato com sua boca o celular tocava. Kevin ouvia a proposta de Markus que caía como uma luva nas necessidades financeiras dele, matando a cerveja com um gole e partindo para o local combinado.

    Após um deslocamento rápido, Kevin chegava ao Quimera e batia com força na porta. Com a entrada liberada e um diálogo rápido com Murag (eles se davam bem, talvez pela feiura que compartilhavam), o Troll atravessava com o rosto fechado o bar, se destacando devido a sua altura, esbarrando em quem estivesse em seu caminho.

    Após chegar ao segundo andar, procurava por Markus e assim que o encontrava, se dirigia sem muito escrúpulo até o grupo, encontrando os outros Shadowrunners já velhos conhecidos de missões em conjunto, cumprimentando-os, sem focar nos homens engravatados que estavam ali, somente em Alex, que mantinha a palavra naquele momento. O Troll tomava a bebida indígena em um gole e sentia que a mesma era um pouco mais forte do que ele esperava, mastigando a taça frágil em seguida e cuspindo os cacos ao chão, antes de começar a falar.

    - Todos carregam armas hoje em dia Alex e você sabe que eu não saio sem minha baby – O troll apontava com o queixo para a Bazuca que carregava nas costas, que tinha um adesivo sujo em forma de letras rosas e bem desenhadas escrito “BABY”, com um coração da mesma cor já gasto e o contorno de outros dois, que pareciam já terem sido arrancados, algum tipo de adesivo de bonecas que fora colado rusticamente sobre a arma.
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    Mensagem por Tia da Cantina Qui Abr 23, 2015 3:08 pm






    Marly Franway

    Maly fez uma careta enquanto a bebida descia e o gosto de álcool queimava sua boca. Pôs a taça diante de si e escutou o discurso de cada um, e apenas balançou a cabeça positivamente quando Damien propôs uma recompensa melhor. O dinheiro oferecido era pouco demais para o trabalho e o tempo que dispunham, ainda mais na área que teriam de iniciar seu trabalho.

    - Alex – a ork se apoiou sobre o balcão e ergueu a taça vazia entre os dedos, como se pedisse uma nova dose – Está nos dizendo que temos 24 horas pra achar um homem sem nome em meio a guardas e todas essas coisas aí por apenas 20.000? Não acha que nosso contratante está sendo mesquinho ? – a garota faz um bico como se estivesse triste e depois riu consigo mesma, afastando-se do balcão e olhando através da parede quebrada – É o seguinte, eu não vou pedir um pagamento maio nem nada como isso, afinal você é só um intermediário ou qualquer coisa assim. Mas não vai dar pra sair andando normalmente pelas ruas, não com uns caras tão bem aparentados – nesse momento ela indica Kevin com o polegar - ... Seria tão bom ter um carro.

    Ela fez o comentário como se não fosse direcionado a ninguém em particular, mas rapidamente voltou-se para Alex com um sorriso no rosto.

    - Ah, vai, eu sei que você pode me conseguir um carro pra esse resgate, não dá pra carregar esse “macharal” todo em uma moto e mais anda esse tal de contador, além disso, podemos precisar “dividir e conquistar” – o sorriso dela abriu bem mais – Anda, cara, eu topo até um Ford Swift. Prometo devolver ele o mais inteiro possível.





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    Mensagem por Lukas Sex Abr 24, 2015 10:39 am







    Seattle, 01 de janeiro de 2053, 10 horas da manha

    - Bom dia para você também Kevin...apesar de eu ter certeza que você pode se virar muito bem sem sua “Baby”, gostaria de lembra-lo que nem todos os bairros de Seattle são como Redmond. Aqui você pode andar armado ate os dentes, se um policial for muito corajoso para entrar aqui e ver você armado, ele vai sair correndo rezando para que você o ignore. Em bairros como Bellevue a coisa muda. Empresas e corporações tem a Lone Star na folha de pagamento, uma força policial privada que realmente mantem as coisas em ordem, diz Alex

    Ele continua: - Somente a sua presença já chamaria a atenção de um deles, se for armado eles tem outros recursos alem da “infantaria” terrestre. E eu digo infantaria, apesar de eles usarem armaduras pesadas e rifles, pois eles tem recursos aéreos também. Certamente você já ouviu falar dos Zangões, certo?

    Kevin sabia muito bem o que era um Zangão. Era um helicóptero pequeno, para uma pessoa, mas como alto poder de fogo. Muitos deles eram equipados com metralhadoras de calibres pesados e lança chamas.

    Alex ouve atentamente as palavras de Marly. Após, ele se aproxima dela e fala baixo, mas para que todos ali pudessem ouvi-lo:

    - Sabe o que...se eu ceder agora, terei de ceder sempre, dai vou ter um prejuízo. O que será da minha reputação se isso ocorrer? Detesto ter de negar algo para você, Marly, mas não posso ajudar. Mas tenho certeza de que vocês encontrarão algum veículo aceitável para concretizar a missão, diz Alex, dando uma piscadela para a ork.

    O anão, atento ao que Alex dizia, nota que Damien despejara a bebida em seu copo e faz uma careta para ele, antes de voltar sua atenção ao Intermediario. Quando ele se despedia do grupo, Damien propôs um aumento na remuneração do grupo, fazendo-o voltar e responder:

    - Onimaru, eu sei perfeitamente de suas habilidades, e eu não me envolvo com Shadowrunners de segunda categoria...meus clientes são exigentes. Sei que vocês são bons no que fazem, por isso vim ate vocês. Você fala sobre dificuldades, mas tenho certeza que com um clique desse computador você descobrira tudo sobre o Contador. Se não, vocês conseguirão através de seus contatos.

    Ele continua: - Mas se não estiver satisfeito com o valor a ser pago, pegue o seqüestrador e traga no ponto de encontro também. Acho que 20.000 neos a mais devem valer os seus esforços. E Onimaru... eu conheço Sr. Yamada. Certa vez, ele comentou dos seus excelentes serviços aquela organização, significativos a meu ver. A Yakusa é um patrão generoso aos seus funcionários, mas exigente também...mesmo com seus funcionários desligados.

    Dito isso, Alex parte. Sua ultima frase deixou o Tec intrigado...Alex sabia mais do que falava, como sempre. E conhecia Yamada, isso Onimaru nem desconfiava.

    Onimaru tentara melhorar o numerário a ser pago ao grupo, mas Alex era um negociador nato. Certamente ele calculara que Damien diria isso e já tinha a resposta na ponta da língua. E em comissão de Intermediários não se mexia, como Markus sempre dizia. Mas agora havia uma informação adicional. O contratante queria pagar 20k pelo Contador mais 20k pelo Sequestrador? Por que essa equivalência de valores? Ambos tinham muito valor para alguém, pelo visto...

    Quando a sala ficou somente com os Shadowrunners, Markus tomou a palavra: - Acertem seus relógios – temos ate as 10:00 de amanha para encontrar os caras. Usem seus contatos, não acho prudente revelarmos o que descobrirmos pelo telefone, portanto vamos marcar de nos encontrarmos aqui mais tarde. Alem do mais, operações de extração são melhores de noite. Alguma sugestão? Diz o anão, enquanto fumava.

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    Mensagem por Darkwes Sex Abr 24, 2015 2:06 pm



    DAMIEN 'ONIMARU' RAINIER







    Damien escutou as argumentações de Alex em silêncio, já sabia que o humano era duro na queda e seria difícil convencê-lo a aumentar o pagamento, mas de qualquer modo recebera uma informação interessante.

    - 20.000 pelo sequestrador... nada mau. Pode ter certeza de que pegaremos ele... ouviu isso né Kevin? Nada de estourar os miolos do chefe dos sequestradores!

    O elfo ficou surpreso pelo fato de Alex conhecer o sr. Yamada, mas não comentou o fato. Preferia não entrar em detalhes a respeito da Yakuza e de que tipo de serviços havia realizado para ganhar a confiança deles no passado. Logo em seguida, Markus faz algumas colocações e sugere que se reencontrem mais tarde no bar.

    - Então é cada um por si até a noite? Por mim tudo bem, vou vasculhar a matrix até lá e depois, quem sabe, sobra tempo pra algo mais... a propósito, já disse como seu penteado está adorável hoje Marly?

    Damien sorriu olhando para a ork, em seguida se virando de costas para os demais, passando a caminhar em direção à saída do ambiente.

    - Acredito que não temos tempo a perder aqui, então vou começar a trabalhar desde já. Não fiquem sentados aí o dia todo, ok? Posso não conseguir nada na matrix então é bom que consigam alguma informação pelos meios 'tradicionais'... Até.

    Damien acenou com a mão direita já descendo as escadas, chegando ao bar, pediria para Murag embrulhar um sanduíche num saco de papel para comer mais tarde, deixando o Quimera e seguindo em direção ao refúgio de um amigo, o técnico Theo. O elfo sabia que não podia arriscar adentrar na matrix de qualquer ponto, então pretendia usar um terminal seguro do técnico para se conectar e fazer o que tinha de ser feito.



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    Mensagem por Tia da Cantina Sex Abr 24, 2015 5:36 pm






    Marly Franway


    - Eu imagino o quanto você odeia - disse com um tom levemente sarcástico dando três batucadas no balcão enquanto já se punha de pé. Não tinha muita esperança que ele fizesse qualquer coisa sobre o carro, mas não custava tentar.

    Quando lhes foi informado que o sequestrador também valeria alguns trocados, Marly só pensou que iria acabar precisando de uma Van pra carregar toda essa gente, mas não se pronunciou, afinal, mais 20.000 neo eram mais 20.000 neo, não é como se ela quisesse reclamar.

    O ponto de partida seria o crucial, precisava descobrir algo, e, conhecia duas pessoas que talvez soubessem de alguma coisa, mas, era mais provável que Christie soubesse pelo menos mais algumas informações sobre esse Contador, afinal, ela era empresária e aquele não parecia ser um contador qualquer. Iria ter com ela primeiro, se não conseguisse informações pertinentes, também sabia de um certo policial que poderia estar envolvido nisso.

    Quando Damien falou do seu cabelo, a ork finalmente lembrou na bagunça que deveria estar, afinal, sequer havia tentado arrumá-lo depois de se levantar.

    - Que nem a sua cara, Onimaru – ela sorriu de volta pra ele enquanto passava a mão pelo moicano para “avaliar o nível de estrago”. Não havia muito o que ser feito ali, de qualquer forma, teria que vestir algo mais apresentável se fosse se encontrar com Christie. Deixaria para arrumar o cabelo quando chegasse em casa. – Então até mais tarde – despediu-se de todos, deixando a sala.

    Se despediria de Murag – que talvez já estivesse com um humor melhor com a saída dos humanos – na saída e iria em sua Rapier para casa, já tentando entrar em contato com sua colega. Precisava encontrar-lhe o quanto antes.





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    Mensagem por zasalamel Sáb Abr 25, 2015 8:22 pm



    Kevin retorcia o rosto em sinal de desaprovação por não poder levar sua arma de estimação tão descaradamente, deixando-o ainda mais feio, porém logo soltava um suspiro pesado e dava um sorriso, mostrando seus grandes dentes amarelados, alguns deles equivalentes até a três dentes humanos, alguns pontiagudos.

    - Tudo bem, tudo bem, vou ser mais discreto dessa vez, Zangões são um problema quando se chama a atenção e aquele povo da Bellevue é meio estranho mesmo, mas se algum desses androides da Lone Star entrar no meu caminho, infelizmente terei que dar uma lição neles, ou em toda a Lone Star se for o caso. – Kevin falava descontraído enquanto pegava um relógio circular de ponteiros e engrenagens do bolso de sua calça, um tipo peculiar que remontava as tecnologias antigas utilizadas pela humanidade antes do boom tecnológico, dando uma conferida no horário e calculando o tempo que teriam para realizar aquela missão. – Parece que nosso tempo tá curto, vamos logo achar esse Contador descuidado e pegar a grana, preciso de sapatos novos – O Troll então ouvia o que Damien e Marly tinham a dizer e ia concordando com a cabeça quanto a necessidade de se obter informações.

    - Vou ver se falo com uns conhecidos por ai, tenho um camarada que trabalha em um bar próximo a tal faculdade, sempre tem universitários por lá e é fácil ouvir alguma fofoca, ou talvez eu torça o braço de um nerd por lá e ele me diga algo, sei lá – Kevin então colocava novamente o relógio no bolso e acendia um cigarro, que parecia pequeno perto de sua boca.

    Na saída do local, ele ia ao lado dos outros Shadowrunners e falava com Damien sobre seu comentário anterior – Ele pediu os homens vivos, não falou nada sobre estarem inteiros – Ele então soltava uma gargalhada esfumaçada e dava um soquinho de leve no ombro do elfo, pelo menos leve do ponto de vista dele. – Logo mais nos falamos novamente.

    O Troll então seguia seu caminho até o bar próximo a Faculdade Digital Science, passando em sua casa antes para pegar alguns equipamentos extras que poderia esconder por baixo da roupa, um sobretudo preto e grosso, desenhado especialmente para ele em um momento de fartura financeira, que tinha uma touca, que permitia cobrir praticamente todo seu corpo, ocultando sua armadura. As granadas iam presas na cintura na lateral, enquanto a shotgun ia colocada em um suporte amarrado na perna direita. Um suporte era vestido no tronco de Kevin, que permitia a ele levar sua espada larga presa as costas, com o cabo virado para cima. A bazooca ficava presa a outra perna de Kevin, devido a seu tamanho, mesmo uma bazooca presa na perna não atrapalhava a locomoção do troll. Tudo isso ficava oculto pelo sobretudo, que se estendia até os pés. A touca permitia que o cabo da espada, que ficava atrás da cabeça do troll, ficasse oculto, assim como seus chifres, evitando que o mesmo chamasse tanta atenção . Como não tinha um meio de transporte, possivelmente ele usaria o metrô ou algum outro meio popular e barato para chegar lá, onde iria direto até Teddy, seu contato no bar, para buscar informações sobre o tal Contador, descrevendo-o conforme vira na fotografia e pelas informações passadas por Alex.
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    Mensagem por Lukas Seg Abr 27, 2015 5:10 pm







    Seattle, 01 de janeiro de 2053, 11 horas da manha



    O sanduba de Murag tinha gosto de tudo, menos de sanduíche. Pelo menos ele tinha boa vontade.

    Theo o recebe no seu apartamento em Redmond mesmo, um prédio de 2 andares com vizinhança briguenta e com pichações nas paredes. Ele fedia a cigarro e uísque, usando seu chapéu de cowboy e um sobretudo rasgado marrom.

    - Dae cara, quanto tempo. Tava ate esquecendo de tu, que tu anda fazendo?

    - E o que tu quer aqui meu?

    - Não sei não...esses tempos um amigo meu se enrolou com um Gelo Negro aí, nem sei se to sendo vigiado. Meu terminal ta ali, mas ando meio com medo de usar sabe...









    Christie conhecia muito sobre negócios – para ser executiva ela DEVIA saber – e sobre os figurões do meio empresarial. O problema é que ela trabalhava em Bellevue, a cerca de 30 km de onde Marly estava, e os assalariados do Novo Mundo ficavam literalmente fechados na empresa com pouquíssimo contato com o mundo exterior. Para ajudar ela era uma mulher muito ocupada e só dava atenção a ork devido a seus laços de amizade com ela.

    Assim que ela faz contato, a executiva atende a ork contente com a ligação. Elas conversam brevemente e marcam um encontro em uma cafeteria dentro do centro empresarial em que Christie trabalhava. Marly sabia que sua amiga ainda seria vigiada, mas poderia pegar alguma informação com ela.

    A cafeteria era ampla, de forma que naquele momento poucas pessoas estavam ali tomando café, pois a hora já havia passado. Todos os que estavam ali eram humanos e olham com estranheza para a ork que, mesmo com uma roupa formal, chamava a atenção. Christie, assim que a vê, da um grito de alegria e vem em sua direção para abraça-la.

    - Amiga, como é bom te ver. Melhor ainda você estar viva ne?

    - Mas e ai, o que me conta? Que anda fazendo? Onde passou o ano novo? Namorados, festa?? Que saudade dessa vida!

    - Sabe que aqui a gente não tem muita liberdade ne? Pois é, mas eu tive a oportunidade de ir para a matriz da empresa no Japão...fantastico! Queria uma promoção para trabalhar la!

    - Você parecia meio preocupada no telefone...em que posso te ajudar?









    As pessoas ficavam normalmente afastadas de Kevin no metro. Primeiro por que os vagões foram inicialmente desenhados para humanos e o troll era muito maior que um, segundo pela figura robusta do troll não ser tão carismática e discreta quando ele gostaria de pensar.

    O metro para em uma estação onde Redmond fazia fronteira com Bellevue. Quatro homens entram, de aparência punk. Moicanos, brincos, jaquetas pesadas de couro e corrente. Eram arruaceiros. Passaram provocando idosos e as moças, fazendo todos trocarem de vagão.

    Uma olhada mais atenta e Kevin pode perceber que um deles vestia uma camiseta de uma silhueta de uma cabeça com chifres e um circulo vermelho em volta, com uma lista que cruzava por cima da silhueta – uma gangue anti meta humanos.

    As portas do trem se fecham e eles começam a olhar para Kevin e dar risadas irritantes. Lentamente eles se aproximam de Kevin, se aproximando para rodear o troll. Apenas os cinco estavam no vagão – Kevin e os 4 humanos.



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    Mensagem por Darkwes Ter Abr 28, 2015 1:27 pm



    DAMIEN 'ONIMARU' RAINIER







    Enquanto rumava para o local onde Theo residia, Damien aproveitou para degustar seu 'delicioso' sanduíche. Ao menos ele tentava se convencer de que o mesmo era saboroso para que conseguisse comê-lo por completo. O elfo foi chegando no apartamento de seu conhecido, caminhando despreocupadamente com as mãos nos bolsos e, quando fora tocar a campainha a porta se abriu antes mesmo que o fizesse, revelando Theo em seu interior. O elfo de chapéu de cowboy cumprimentou Damien que logo se pôs a falar.

    - Grande Theo! Como andam as coisas nesse buraco que você chama de lar?

    O elfo sorriu, estava claramente brincando com o amigo e logo em seguida adentrou colocando sua mochila em uma bancada que Theo deixava diversos aparatos eletrônicos. Damien rapidamente explicou sua situação e a necessidade de usar um terminal 'seguro' para buscar algumas informações relevantes na Matrix, no entanto, fora advertido pelo técnico. Um outro tecnauta havia utilizado seu terminal e talvez este pudesse estar sendo vigiado por GELO negro.

    - Hmmm... GELO negro é?... Faz tempo que não encontro um desses, tomara que ele ainda esteja por aí, Akane está entediada... posso me livrar dele pra você, vai ser divertido... mas antes, vamos ver por onde começar.

    O elfo sorriu enquanto removia seu computador portátil da mochila e sentou-se ao lado do terminal, acessava algumas funções básicas conectando o aparelho à Matrix. Antes de se projetar na rede, Damien pretendia consultar a Shadowland BBS, a comunidade formada por shadowrunners e tecnautas que compartilhavam informação anonimamente. De repente ele poderia conseguir algum dado relevante referente ao Contador, quem teria sido responsável pelo sequestro, se alguém poderia saber da localidade que o mesmo era mantido refém ou para onde ele estaria sendo levado, etc. Qualquer informação relacionada poderia ser útil, desde o nome da empresa que o contratava, empresas rivais e se alguma destas havia contratado shadowrunners recentemente, etc.



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    Mensagem por zasalamel Ter Abr 28, 2015 9:30 pm



    Kevin se mantinha arqueado com os chifres esbarrando no teto baixo do vagão por baixo do gorro preto que usava. Enquanto o vagão chacoalhava pelos trilhos ondulados, ele pensava em como obteria as informações sobre o tal contador, contando que Teddy soubesse algo que pudesse ajuda-lo como recompensa por sua ajuda anos atrás com aqueles assassinos que estavam o perseguindo, que ele não pudera pagar completamente. – “Você sabe que tem uma dívida de vida comigo Teddy, espero que tenha informações para me passar e que ter te salvado não tenha sido uma perca de tempo...”. Apoiado com uma das mãos no corrimão do metrô, o metal rangia a cada curva que o corpo do Troll era movido pela inércia das curvas que o meio de transporte fazia, até mesmo se entortando um pouco, parecendo que ia se romper a qualquer momento – “Que se dane esse metro velho também, tudo no submundo dessa cidade tá caindo aos pedaços mesmo...”.

    Com o murmúrio que surgia após o metro parar na última estação, Kevin percebia as pessoas se deslocando para o próximo vagão, algumas com feições assustadas, outras resmungando algo. Com uma olhada rápida por cima do ombro, logo pode ver o grupo de baderneiros se aproximando e demonstrando claramente o desafeto com a presença do metahumano ali. Kevin então inspirava fundo e soltava lentamente, ao mesmo tempo em que retirava a touca que cobria seus chifres, mostrando agora as marcas deixadas pelas batalhas do passado. Fechando a cara e abrindo as grandes narinas, o queixo quadrado do troll parecia ainda mais rústico e pedregoso, com os pelos grossos que restaram de uma barba saindo como agulhas. Ele passava os olhos pelos quatro punks que também o encaravam, insultando-o de diversas formas, assim como atrapalhando o fluxo de sua missão.

    “Desculpe Alex, acho que não poderei ser tão discreto como você me pediu”.

    - Vamos garotos, não fiquem olhando demais, se querem fazer isso, me mostrem do que são capazes! – Com um urro baixo e gutural, Kevin puxava com força a barra de metal do metrô que antes servia de apoio para ele, com a intenção de arrancá-la violentamente e usá-la como arma para aquele combate ou, ao menos, entortá-la o suficiente para mostrar seu poder.

    OBS:
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    Mensagem por Tia da Cantina Dom maio 03, 2015 6:58 pm






    Marly Franway


    Marly estava contente de finalmente reencontrar Christie depois de um longo tempo - sentia-se um tanto culpada de procurá-la somente quando estava precisando, a considerava como uma amiga, e não apenas como uma "quebra-galho", mas ambas tinham as vidas um tanto ocupadas (embora as ocupações fossem bem diferentes) e pouco tempo livre.

    Abraçou a colega no momento em que a viu, sorrindo e acumprimentando.

    - Muito bom nós duas estarmos vivas. Temos que nos encontrar com mais frequencia! - a ork sorriu, dando uma olhada em volta. Ali era o melhor lugar parafalar sobre o tal Contador, mas sabia que Chris não poderia sair dali. Tinha que tentar ser um pouco mais discreta - Sim, de fato meu ano novo foi regado a festa e alcool, mas homens estão temporariamente proibidos na Zona Marly - ela rodou o indicador ao lado do rosto, como se fizesse um pequeno circulo em volta de si. - Nossa, no Japão?! Isso é ótimo! - isso era uma merda. Nem pensar que Chris poderia se mudar pra longe - Eu imagino como lá deve ser incrível, eu não conheço nada muito além de Seattle...

    Quando Christie tocou no assunto sobre ela parecer preocupada, Marly soltou um longo suspiro batendo os dedos sobre a mesa.

    - Sabe o que é.... É que na verdade é um assunto meio particular e eu espero que não saia daqui, mas você foi a única que pode me ajudar... Preciso de informações sobre um certo Contador - tentou não se aprofundar muito no assunto logo de cara, e observava as reações da amiga. Talvez fosse preciso dar alguma desculpa para o motivo de querer saber algo sobre esse homem, esperava que não, não gostaria de mentir para Chris. De qualquer forma, tentou parecer o mais preocupada o possível enquanto falava em um tom baixo.





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    Mensagem por Lukas Seg maio 04, 2015 9:36 pm







    Seattle, 01 de janeiro de 2053, 11 horas da manha

    - Fica a vontade, diz o técnico a Damien. Ele vai ate o que era para ser a cozinha, um amontoado de pratos e copos para lavar, com duas vezes que deveria caber no cesto de lixo atirado no chão e uma geladeira desnivelada. Dentro desta, pega uma garrafa quadrada de uísque e enche seu copo, oferecendo para Onimaru. Depois ele se deita no sofa e fica ouvindo alguma musica de um plug na sua cabeça.

    Damien não tem dificuldade para encontrar o que procurava. O Contador trabalhava na Renraku, uma potencia da tecnologia da informação no mundo, uma empresa que valia bilhões de dólares na bolsa e em breve teria seu balanço patrimonial publicado para os acionistas.

    Na rede, não havia nenhum resquício de notícia do seqüestro do Contador. Certo de que essa informação poderia baixar o valor das ações, com certeza a Renraku preferira não divulgar essa falha gigantesca na segurança da empresa.

    A outra informação que ele captou, com a muito custo e pesquisa, foi o nome do Contador: Fujimoto Nobukazu. Tinha nascido no Japão, mas tinha pais americanos e tinha 50 anos de idade.







    Marly tinha uma grande amizade com Christie, e esse era o melhor dos apelos quando ela necessitava de alguma informação. Sua amiga simplesmente não conseguia esconder nada dela, por que confiava genuinamente em Marly e sabia que não corria perigo. Ou era isso o que ela achava...

    - Tira isso da tua cabeça Marly! Você é linda, o homem que não ver isso não te merece! Diz ela quando a ork faz a referencia ao sua aparência.

    - O Contador? Ele é um gênio dos números Marly, o homem simplesmente parece que veio de outro mundo. Ele tem uma grande reputação no meio empresarial, conheço varias empresas que pagariam alguns milhões de dólares para ter alguém com a metade do expertise dele. E você sabe, conhecimento gera produtividade, que gera poder, inicia ela.

    - Ele atualmente trabalha na Renraku e inclusive deu uma palestra em uma faculdade aqui de Redmond nesses dias. Ele conhece tudo de tarifas e impostos, se vale mais a pena produzir na empresa ou se é melhor terceirizar; se é melhor produzir em Seattle ou no Japão – sede da Renraku; há 5 anos ele moveu uma ação contra o governo, sei que ate hoje ele tem alguns benefícios fiscais por causa desse rolo...continua Chris.

    - E...diz ela, ficando mais próxima de Marly na mesa, falando mais baixo, - Sei, por uma conhecida, que ele tem inimigos na Autrok Machines, de drones e veículos. Não me pergunte o por que, não sei mesmo, continua Chris.

    - Marly...não me leve a mal, não gosto de me meter na vida dos outros. Mas toma cuidado com o que tu anda fazendo, nunca se sabe com o tipo de gente que a gente fala. Você sabe, os poderosos e milionários não dão o mínimo valor pra gente como nos, finaliza ela, colocando sua mao suave na mão da ork.







    O vagão ainda estava em movimento quando Kevin, em um movimento brusco, arranca o “puta merda” com um estrondo oco. Os Punks se assustam, mas eles estavam em maioria. Eles sacam facas butterfly de seus casacos e avançam contra o Troll. Mas eram muito verdes no combate corpo a corpo, atacando como meninas assustadas. Suas investidas são facilmente desviadas por Kevin, e por poucos eles não se atingem com aquelas facas minúsculas.

    - Maldita raça inferior, nos vamos te mostrar nossa superioridade, chifrudo!


    atenção:



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    Mensagem por Darkwes Ter maio 05, 2015 1:43 pm



    DAMIEN 'ONIMARU' RAINIER







    Damien suspirou um tanto desapontado com a pouca informação disponível na rede a respeito do Contador. Certamente o nome da Renraku havia o surpreendido, mas já imaginava que o homem a ser resgatado era funcionário de alguma empresa de grande porte por conta dos valores envolvidos em seu resgate.
    Bom, ao menos eu tenho um nome... - pensou consigo mesmo, em seguida olhando em direção à Theo.

    - Se eu começar a agonizar ou algo do tipo me faz o favor de puxar o plug tá? Mas isso não deve acontecer... eu e Akane vamos nos divertir um pouco.

    O elfo sorriu, não parecia acreditar que algo de muito grave pudesse acontecer enquanto estivesse conectado à Matrix, além de ser experiente, tinha o auxílio de seus programas que deveriam ser o suficiente para lhe garantir uma passagem relativamente tranquila no ambiente virtual.

    Damien então conectou o cabo cromado à lateral de seu crânio, em seguida digitando alguns comandos em seu computador pessoal para adentrar à Matrix. Assim que se projetasse no ambiente virtual, o elfo iria chamar seu Programa Especializado de Sistema, batizado de Akane para auxiliá-lo.

    Na Matrix, Damien se transformava em algo diferente do mundo real, ele abandonava completamente sua identidade e se tornava apenas Onimaru, o demônio virtual, uma entidade virtual recoberta com uma armadura firewall de 4096 bits de coloração enegrecida e diversos programas interconectados que ampliavam suas capacidades, além de portar uma espada que podia emitir um pulso eletromagnético capaz de fritar circuitos e deletar programas que o ameacem na Matrix. Diferente da realidade, Onimaru se tornava um exímio combatente no mundo virtual e alguém a ser temido.

    Como se não bastasse, o hacker era acompanhado do programa do tipo Agent, Akane, um ESP criado por ele mesmo, programado para ter habilidades ainda mais surpreendentes, servindo de 'parceira' para Onimaru. Akane tomava forma de uma cyberninja de cabelos roxos, portando diversos aparatos tecnológicos, inclusive armas, qualquer entendedor que a observasse teria certeza de que se tratava de uma obra prima cuidadosamente projetada por uma mente brilhante.

    Assim que estivesse devidamente imerso na Matrix, livre de sua casca mortal, Damien pretendia em primeiro lugar observar se havia algum programa agressivo nos arredores como Theo havia lhe informado.


    Onimaru e Akane:

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