por Eleonor Qui Mar 23, 2017 4:28 pmNarração
Aaron morava em uma pequena vila nas proximidades da capital de Wynla, o reino da magia. Apesar de ser um elfo-do-céu, ele era uma criança em uma vila humilde onde vivia com os pais. Sua família havia escolhido morar em terra por algum motivo que ele desconhecia, porém soubera que isso acontecera antes de seu nascimento e até mesmo antes de sua mãe ficar grávida dele. A vida que ele conhecera fora longe das cidades voadoras dos elfos-do-céu e, mesmo amando a liberdade deles, o rapaz acabava sempre voltando para terra firme, onde encontrava outros dois amores ainda maiores do que voar por aquele enorme céu azul: a vida selvagem e a arquearia. E então dedicava-se aquilo quando não estava voando. Também tinha interesse em magia arcana, mas não havia ninguém ali que soubesse ao menos um pouco daquilo para guiar-lhe e os poucos aventureiros que por ali passavam não possuíam tempo para lhe ensinar nem mesmo o mais simples truque. Assim, sua curiosidade e desejo de aprender sobre a magia arcana não passava de um sonho a ser, talvez, realizado em um dia distante.
Ele aprendera rápido e cedo a manusear as armas típicas de sua raça com seus pais, porém não havia nenhuma que ele gostasse mais que o arco longo e havia se especializado no uso desses. Quando deu-se por si, acompanhava as caçadas em busca de alimento dos caçadores da vila e havia aprendido coisas como montar armadilhas, rastrear animais por pegadas e rastros, aprendera a reconhecer criaturas da floresta... Até tivera contato com ninfas e dríades, que pareciam muito receptivas e, na opinião dele, atiradas demais com quem protegia a natureza. Por mais de uma vez, haviam se insinuado a ele mas o rapaz havia se recusado a ter algo com elas - não sentia-se a vontade, ele dizia. Apesar desse pequeno detalhe, Aaron era um bom caçador e também tinha uma mente rápida e curiosa. Logo havia aprendido as melhores formas de conseguir pegar animais - desde pequenos coelhos e animais semelhantes, a cervos e coisas mais ou menos desse tamanho. Também aprendeu um pouco sobre primeiros socorros na vila, porque descobria que se enfiar na floresta causava machucados. Suas técnicas de furtividade e atletismo melhoraram e sua percepção era excelente. Enquanto caçava, ele aprendera a enfrentar criaturas monstruosas que não fazia ideia do motivo de estarem ali... E mal sabia o rapaz que enquanto aprendia tudo aquilo, estava tornando-se o que os aventureiros chamavam de Ranger. Mas, mesmo com tudo aquilo, não estava preparado para o que viria.
Era alguma coisa por volta da meia noite quando ele saiu do transe com sons de grito, sons de lutas e as luzes tremulantes de tochas e qualquer outra fonte eventual de luz além da lua. Ao olhar pela janela do quarto, ele viu criaturas humanoides com cabeça de touro. Minotauros. Era estranho eles atacarem uma vila a noite, mas as armas e armaduras que usavam também eram. Pelo menos, eram quando comparados ao que ele se acostumara com os Minotauros aventureiros que ele vira e as histórias que ouvira dos legionários minotauros. De todo modo, uma coisa era bem clara ali: aqueles homens estavam atacando a vila e eles estavam perdendo. Pessoas estavam sendo cortadas ao meio com cimitarras, tinham cabeças amaçadas por clavas ou o corpo trespassado por lanças... Haviam gritos vindo de dentro das casas, onde as coisas pareciam estar tão ou mais ruins do que do lado de fora. A situação que ele via era terrível e desesperadora para qualquer pessoa, porém pareceu ficar pior quando ele ouviu um som inconfundível de porta sendo derrubada no andar de baixo.
Ele aprendera rápido e cedo a manusear as armas típicas de sua raça com seus pais, porém não havia nenhuma que ele gostasse mais que o arco longo e havia se especializado no uso desses. Quando deu-se por si, acompanhava as caçadas em busca de alimento dos caçadores da vila e havia aprendido coisas como montar armadilhas, rastrear animais por pegadas e rastros, aprendera a reconhecer criaturas da floresta... Até tivera contato com ninfas e dríades, que pareciam muito receptivas e, na opinião dele, atiradas demais com quem protegia a natureza. Por mais de uma vez, haviam se insinuado a ele mas o rapaz havia se recusado a ter algo com elas - não sentia-se a vontade, ele dizia. Apesar desse pequeno detalhe, Aaron era um bom caçador e também tinha uma mente rápida e curiosa. Logo havia aprendido as melhores formas de conseguir pegar animais - desde pequenos coelhos e animais semelhantes, a cervos e coisas mais ou menos desse tamanho. Também aprendeu um pouco sobre primeiros socorros na vila, porque descobria que se enfiar na floresta causava machucados. Suas técnicas de furtividade e atletismo melhoraram e sua percepção era excelente. Enquanto caçava, ele aprendera a enfrentar criaturas monstruosas que não fazia ideia do motivo de estarem ali... E mal sabia o rapaz que enquanto aprendia tudo aquilo, estava tornando-se o que os aventureiros chamavam de Ranger. Mas, mesmo com tudo aquilo, não estava preparado para o que viria.
Era alguma coisa por volta da meia noite quando ele saiu do transe com sons de grito, sons de lutas e as luzes tremulantes de tochas e qualquer outra fonte eventual de luz além da lua. Ao olhar pela janela do quarto, ele viu criaturas humanoides com cabeça de touro. Minotauros. Era estranho eles atacarem uma vila a noite, mas as armas e armaduras que usavam também eram. Pelo menos, eram quando comparados ao que ele se acostumara com os Minotauros aventureiros que ele vira e as histórias que ouvira dos legionários minotauros. De todo modo, uma coisa era bem clara ali: aqueles homens estavam atacando a vila e eles estavam perdendo. Pessoas estavam sendo cortadas ao meio com cimitarras, tinham cabeças amaçadas por clavas ou o corpo trespassado por lanças... Haviam gritos vindo de dentro das casas, onde as coisas pareciam estar tão ou mais ruins do que do lado de fora. A situação que ele via era terrível e desesperadora para qualquer pessoa, porém pareceu ficar pior quando ele ouviu um som inconfundível de porta sendo derrubada no andar de baixo.
