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    [PRÓLOGO] - FREYA LOTHBROK

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    [PRÓLOGO] - FREYA LOTHBROK Empty Narração | Freya Lothbrok

    Mensagem por Brujah Girl Sáb Jun 17, 2017 4:17 pm










    ♦ FREYA LOTHBROK ♦







    | 24 de outubro de 2012 | 02:44 | Louis Armstrong New Orleans International Airport |




    O jato A viagem que se iniciara em Madrid terminava após tantas horas que Freya nem saberia precisar devido a diferença de fuso-horário. Saíram logo ao início da noite da capital espanhola e após uma escala para reabastecimento no arquipélago dos Açores, a viagem prosseguiu.

    A luxuosa aeronave possuía uma cabine fechada, para onde Saskia se retirou logo no início da viagem, deixando Freya apenas na companhia de seu belo lacaio: Hugo Hyatt. O silêncio e ausência de sua senhora fora, além de misterioso, bastante desconfortante. Não entendia porque de repente Saskia mudara de um comportamento carinhoso para outro que denotava distância, mas o relacionamento delas ainda era muito recente e certamente Freya não conhecia quase nada daquela que provavelmente já caminhava há tempos pelas noites sem fim. Ao menos Hugo também estava ali, do lado de fora, e não com Saskia.

    Apesar de saber que ele era apenas um humano que servia de forma fidelíssima à Saskia e sabia da verdadeira natureza dela, Freya não gostava da proximidade do servo com sua senhora, apesar de em momento algum ter visto os dois falando de forma “não-profissional” por assim dizer. Ciúmes... comparado ao que sentira quando ainda era uma humana, aquilo era uma brincadeira de criança. Sentia-se capaz de realmente poder arrancar a cabeça do servo se alguma vez visse-o insinuando para Saskia. Que os deuses nórdicos lhe dessem forças para que ela jamais cruzasse este limite.

    O breve pensamento é cortado ao ouvir o som da porta da cabine de Saskia abrindo-se e sua presença luminosa surge enquanto a aeronave terminava de fazer as últimas manobras antes de finalmente desligar seus motores.

    Era real. Havia cruzado um oceano e agora estava nos Estados Unidos, acompanhando a mulher que arrancara a sua vida anterior e em troca, havia presenteado-lhe, ou quem sabe, amaldiçoado-lhe com uma nova e ainda tão pouco conhecida vida. Estava a milhas de distância de tudo o que antes fora importante... e ainda era: seu pai, sua carreira, seus amigos... Toda essa mudança que a nova condição trazia-lhe valeria a pena? Bem, a nova criança da noite iria descobrir isso, de uma forma ou de outra...


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    – Welcome to New Orleans, Freya! Peço desculpas por ter passado a maior parte do tempo sozinha, mas eu estava indisposta. * Saskia senta-se na poltrona ao lado de Freya e continua a falar * – Iremos desembarcar dentro de alguns instantes. Você passará pelo procedimento de entrada em território norte-americano que será feito na própria pista do aeroporto. Sim, esses são alguns benefícios de se ter dinheiro e contatos adequados. O funcionário que irá verificar os passageiros e a tripulação é um humano que não sabe de nossa real natureza, por isso responda-o normalmente se ele fizer algumas perguntas, entretanto não se preocupe pois estarei o tempo todo ao seu lado e não teremos problemas. Em seguida iremos para a minha casa e devo instruir-lhe sobre algumas questões durante o trajeto...


    Todo o procedimento para o desembarque é completado e a porta da aeronava abria-se. O servo de Saskia pegava a bagagem de cabine dela e seguia até a porta, aguardando para que sua senhora desembarcasse. Saskia toca levemente na mão de Freya, chamando-a para desembarcarem. A belíssima mulher de beleza sobrenatural levanta-se e calmamente começa a caminhar, dando tempo para que, se Freya quisesse dizer algo antes de saírem do jatinho, aproveitasse o momento, do contrário iriam desembarcar e iniciar os procedimentos para poderem deixar o aeroporto.




    Hugo Hyatt:






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    Mensagem por Convidado Sáb Jun 17, 2017 9:25 pm

    Freya estava entediada, muitas vezes levantava-se do assento quando as exigências de ficar sentada devido a turbulência não eram manifestadas. Estava ansiosa, inquieta. Ela se levantava e cruzava os braços, andava para lá e para cá, muitas vezes olhando a direção da cabine de onde Saskia havia saído e não retornado. Freya queria muito ouvir o que estava acontecendo naquela cabine para que ela a excluísse dessa forma sem mais nem menos, sem dar explicações, mas não era sempre que ela ouvia com mais atenção que o normal, era muito subjetivo, não conseguia controlar seus sentidos aguçados mas mesmo assim a recém-criada tentou aguçar sua audição focando naquela cabine na tentativa de escutar o que poderia estar acontecendo lá. Freya já sentia-se agitada, Saskia estava agindo estranhamente desde aquela ligação e ela não queria dizer o que tinha acontecido. Freya não queria ser intrometida mas isso já estava começando a afetá-la e aquelas emoções à flor da pele não ajudavam nem um pouco.

    A vampira nova olhou para o teto e bufou impaciente, quase como se estivesse precisando fazer aquilo para tirar um pouco da pressão da raiva que começava a implodir como se fosse uma panela de pressão. O luxo da aeronave era impressionante mas a moça não se sentia com vontade alguma de aprecia-lo.

    Freya voltou-se a sentar e viu sua "babá", o lacaio Hugo Hyatt. Ela olhava e levantava um breve sorriso de gentileza e constrangimento, o silêncio era constrangedor e Freya podia tentar acabar com ele puxando conversa com Hugo, mas ela não fazia por dois motivos: Primeiro, porque Freya estava emocionalmente descentrada para fazer qualquer coisa que não envolvesse em saber qual era o problema da sua criadora e amante, e segundo porque Hugo tinha uma relação próxima com ela, uma relação que Freya não via com bons olhos, mas aquilo a vampira já sabia que não vinha dela, ela não era uma pessoa ciumenta nem possessiva, ela gostava de dar liberdade para quem se relacionava, foi assim com Karen, ela nunca prendeu Karen, nunca exigiu nada dela e sempre quis tudo de boa vontade. Não sabia se esse fora seu erro, tentar controlar um pouco mais a pessoa que estava, mostrar que a queria, talvez fosse isso mas nada justificava o que Karen havia feito, ao menos não para Freya e não pode deixar de imaginar Saskia e Hugo em algum relacionamento intimo secreto mesmo que a priori suas relações fossem profissionais. Freya conseguia sorrir muito bem, mostrar-se bem para Hugo, que não tinha ressentimento algum com ele, mas a verdade era outra e por mais que ela continuasse sabendo que isso era por conta das emoções intensificadas ela não conseguia deixar de sentir essa grande insegurança de ser enganada e desrespeitada novamente. Mas por Freia... Se ela visse qualquer insinuação de Hugo para sua amante, ela... Freya se pegou pensando em coisas horríveis e imediatamente se levantou novamente para ir ver a janela do outro lado, por mais que seu assento já possuísse uma janela. Ela queria desvencilhar o pensamento, mesmo que isso acontecesse Freya jamais faria aquilo, ela não era capaz de fazer mal a uma mosca, quanto de lá machucar uma pessoa.

    Ela então ouvira a porta da cabine se abrir e imediatamente virou-se vendo Saskia, seu rosto se iluminou ao vê-la e não pode evitar mostrar isso e antes que pudesse falar qualquer coisa já era observado que estavam para pousar, estava agora nos Estados Unidos, um lugar que não pensara que ia visitar, ao menos não dessa forma... Com "vida" nova, completamente diferente e longe de tudo que sempre amou, sua família e seus amigos, mas por mais que Saskia não fosse eles, ela era importante como os próprios e Freya não se conteve em ir até ela, pegar em suas mãos e depois dar um selinho terno nos lábios da amante. Com sua encantadora voz cheia de doçura e preocupação, Freya perguntava:

    - Você está bem?

    Não mostrava ser intrometida mas sim preocupada com o estranho comportamento de Saskia, ela devia saber que estava agindo estranha com a moça que ela trouxe para sua "vida", Saskia TINHA que estar ciente disso, se ela estivesse indiferente seria uma desconsideração grande e uma mágoa a ser infligida em Freya.

    Depois de responder, ou não Saskia falava.

    Saskia escreveu:– Welcome to New Orleans, Freya! Peço desculpas por ter passado a maior parte do tempo sozinha, mas eu estava indisposta. * Saskia senta-se na poltrona ao lado de Freya e continua a falar * – Iremos desembarcar dentro de alguns instantes. Você passará pelo procedimento de entrada em território norte-americano que será feito na própria pista do aeroporto. Sim, esses são alguns benefícios de se ter dinheiro e contatos adequados. O funcionário que irá verificar os passageiros e a tripulação é um humano que não sabe de nossa real natureza, por isso responda-o normalmente se ele fizer algumas perguntas, entretanto não se preocupe pois estarei o tempo todo ao seu lado e não teremos problemas. Em seguida iremos para a minha casa e devo instruir-lhe sobre algumas questões durante o trajeto...

    Elas tinham ido sentar lado a lado, Freya esboçava complacência em sua face angelical quando ela pedia desculpas pela ausência, havia gostado, mostrado que ela se importava um pouco, mas pensando bem, podiam ser apenas bons modos. Ela escutara a instruções de sua amante e pra ser sincera não se importava muito com os benefícios do dinheiro e dos contatos, apenas queria saber de Saskia, o que ela tinha, queria muito saber dela mas tentava se conter ao máximo para não ser desagradável e sufocante, coisa que ela mesma já estava se achando com todos esses pensamentos.

    Ela dizia também que seria instruída de algumas coisas no caminho. Ao ver de Freya "Ser instruída" se referia a coisas dessa nova vida noturna e não era o que Freya queria saber por agora, e deu pouca importância para o que isso devia ser por mais que soubesse que precisava dessas informações. Naturalmente ela não esboçou reação a isso além de tentar focar em Sáskia de outra forma:

    - Tudo bem, parece ser fácil, é só agir naturalmente certo?

    Era uma pergunta um tanto retórica, Freya estava confiante sobre isso, afinal o que poderia ser difícil? Se era só fazer procedimentos normais não tinha nada demais era só isso e pronto. Quando Saskia tocou-lhe a mão para que fossem juntas, a moça segurou as mãos de Saskia entrelaçando os dedos e perguntou em tom carinhoso e simples:

    - Tem problema nos virem assim? Eu não sei como as pessoas agem com duas mulheres por aqui, nem se você prefere ser mais reservada quanto a isso, mas se preferir não mostrar não tem problema.

    Freya ficaria feliz e mostraria isso em seu sorriso e brilho nos olhos se Saskia aceitasse saírem de mãos dadas, mas se ela preferisse ser mais reclusa nessas coisas em público ela apenas concordaria com a cabeça, ficaria um pouco chateada mas entenderia e tentaria não mostrar isso à Saskia, afinal suas emoções estavam balançando de forma gritante e Freya sentia-se muito diferente do que sempre fora em "vida".
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    Mensagem por Brujah Girl Sex Jun 23, 2017 4:09 pm










    ♦ FREYA LOTHBROK ♦







    | Wednesday, 24/October/2012 | 02:46 | Aeroporto Internacional de New Orleans |





    Saskia tinha respondido para Freya sobre se estava bem ou não, quando, logo a seguir, revelara que o motivo da sua ausência fora sua indisposição.

    A belíssima senhora assente quando sua jovem criança questiona sobre agir naturalmente e quando Freya segura sua mão, denotando um leve constrangimento, ela responde-lhe:



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    – Eu diria que não seria apropriado. Há coisas que ainda precisamos conversar.


    E de forma delicada, acaricia a mão de Saskia, soltando-a gentilmente. A senhora caminha elegantemente para a saída da aeronave, e o carniçal que estava a espera, começa a descer antes de Saskia. Freya seria a última a começar a descer os degraus e veria uma noite bastante agradável para os padrões mortais. O céu estava limpo e a temperatura externa devia rondar por volta dos 20º, o que, para uma noite de outono chegava a ser quente.

    Ao fim das escadas, ao lado de um veículo do aeroporto, um homem começava a falar com Hugo, que já apresentava-lhe seu passaporte e iniciava um diálogo, um pouco mais distante, atrás de uma cerca de grades, um Porsche Panamera estava estacionado com um Lexus LS logo atrás; não que Freya fosse apreciadora de carros a ponto de saber suas marcas e modelos, mas podia ver que eram carros luxuosos que pareciam estar a espera da comitiva.

    Hugo logo termina de ser atendido e Saskia indica Freya, que é questionada sobre o motivo da visita, se eram negócios ou turismo, quanto tempo pretendia ficar e onde ficaria. Freya ia respondendo as questões de forma natural e ao fim Saskia diz para o oficial de imigração o endereço onde Freya estaria, como sua convidada. Tudo seguia bem.

    Saskia entrega seu passaporte para o homem, que já parecia conhecer-lhe a após uma breve conferência, ele devolve o de Saskia e o de Freya, com o visto de turismo que acabara de ser concedido para a jovem nórdica que pela primeira vez pisava em território norte-americano.

    Todos começam a seguir para a direção dos carros que estavam do outro lado da cerca e o motorista do Porsche sai do carro e se aproxima da porta traseira, abrindo-a, para que provavelmente Saskia e Freya entrassem, mas para a surpresa de todos, que encontravam-se cerca de uns 3 metros do veículo, uma mulher extremamente bela, sai do veículo, trazendo nas mãos um impressionante buquê de rosas vermelhas e brancas.

    Não apenas a surpresa invade Freya, como também algo que só sentira até o momento ao lado de Saskia. Era algo invisível e inodoro, mas tão eficiente quanto um poderoso sistema de radar. Freya sentia de forma clara e simples que estava diante de uma outra vampira, uma outra mais antiga que ela, e talvez, tão antiga quanto sua própria senhora. Era o seu “radar de vampiros” que reconhecia um igual e alertava-lhe para a ameaça que um mais antigo era para alguém mais novo.





    A belíssima mulher (aparência 5) também repara em Freya, que percebe, ainda que rapidamente, um olhar ferino sobre ela, mas logo em seguida este se desfaz enquanto a mulher dirige-se focada em Saskia, com um sorriso tão cativante que era impossível não se derreter ou odiá-la por lançar aquele sorriso para Saskia.  

    É tudo tão rápido, uma enxurrada de emoções se agitando dentro de Freya: a mulher diante de Saskia, entregando-lhe as rosas e com uma voz tão doce dizendo algo para sua senhora em um idioma que Freya desconhecia (italiano), enquanto se aproximava para o que, terminaria por culminar, inevitavelmente, em um beijo apaixonado nos lábios de sua senhora.

    Pela primeira vez desde que se transformara no que agora era, Freya sentia algo agitar-se dentro de si, um desejo assassino e bestial, e percebia que estava a um pequeno passo de perder o completo controle diante da rival que acabara de descobrir que existia, era mais velha do que ela e pior ainda, muito mais bonita...







    OFF::






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    Mensagem por Convidado Dom Jun 25, 2017 3:20 pm

    Naturalmente, Freya não apreciou que Saskia tivesse negado ficarem de mãos dadas, ela entendia, mas tinha medo que o verdadeiro motivo fosse outro, que tivesse algo com ela, que Saskia tivesse subitamente mudado de ideia quanto a permanecerem juntas. A forma gentil que Saskia havia negado apenas fizera a chateação ser menor, mas de forma alguma a impedira.

    Freya engoliu a seco quando Saskia tinha se virado, o medo de ser abandonada crescia e estava difícil segurar as lágrimas. Por quanto tempo a recém-criada conseguiria ser compreensiva em seu comportamento? Estava ansiosa demais para quando entrassem no próximo carro tivesse tudo esclarecido, tinha medo que tudo acabasse, mas ao mesmo tempo se fosse para acabar que fosse rápido pois Freya queria que essa amargura passasse logo.

    Freya descia da aeronave por ultimo e nem o clima, nem os novos ares conseguiam fazer a vampira a dispersar sua mente de Saskia e a aflição que a mesma estava lhe causando com aquele comportamento.

    A vampira via o desenrolar do desembarque, os carros luxuosos próximos que pareciam estar a sua espera, Hugo falando com um homem que devia ser o funcionário. Logo era a vez de Freya que ia respondendo todas as perguntas em inglês de forma natural, embora visivelmente chateada com algo, mas isso deveria ser coisa dela, não era nervosismo característico de quem estava escondendo algo, mas de alguém que não estava no seu melhor humor. Ao final Saskia dava o endereço dela, de que ia estar em sua residência, aquilo era um bom sinal, Freya acreditava, mas ainda não contava vitória, Saskia ainda tinha de lhe dar explicações no caminho.

    Os passaportes eram devolvidos e Freya recebia o visto de turista, depois seguiram para os carros onde seriam levadas para o endereço de Saskia, Freya via o motorista abrir a porta e a vampira seguia sua criadora para entrarem mas era aí que uma mulher muito bonita saía do carro com um enorme e lindo buquê de flores. Freya ficou estática por um momento, não esperava aquilo, ela era linda demais, embora não fosse bem o seu tipo ainda era de dar inveja toda aquela beleza e o pior... Freya sentia de alguma forma, algo que nunca tinha sentido... Um alerta para uma espécie de rival, um rival mais antigo e poderoso, outro vampiro... Aquela mulher, como elas, era uma vampira e instintivamente Freya sentia um temor por isso, como se esse alerta lhe dissesse que se batesse de frente, seja pelo motivo que for, perderia feio.

    Ela olhara para Freya de uma forma intimidadora, e Freya quase recuou um passo com aquele olhar, será que ela também tinha percebido a vampira mais nova presente? Ou era outro motivo? Seja qual fosse, logo aquele medo instintivo da mulher se converteu em algo que Freya nunca tinha sentido por ninguém, um ódio gigantesco daquele sorriso abominável para Saskia. Ao ver aquele sorriso para ela, Freya não reparou que ao redor de seus olhos as veias negras saltavam e os olhos ficavam escuros como o vasto abismo do inferno, somente os seus dentes ainda não estavam à mostra, mas isso mudou quando viu aquela mulher se aproximando e beijando Saskia.

    Naquele momento todo o mundo ficou avermelhado, Freya não reagia por alguns segundos vendo aquilo e pior, por Saskia não recusar, não a afastar, nem nada do tipo... Os dentes de Freya se expuseram e naquele momento, Freya não dava a minima se aquela mulher era mais velha, não ligava se ela podia ser mais poderosa, não ligava se esse não era o tipo de coisa que alguma vez cogitaria a fazer, não importava nem mesmo aquela beleza toda que logo se desfaria em garras e dentes da nórdica. Ela imediatamente, com sua aparência demoníaca avançava silenciosa naquela mulher a afim de rasgar a sua cara com seus dentes.
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    Mensagem por Brujah Girl Qui Jun 29, 2017 8:53 am










    ♦ FREYA LOTHBROK ♦







    | Dia: ??? | Hora: ??? | Local: ??? |





    Freya não conseguia controlar-se ante a avassaladora onda de fúria e ódio que apoderava-se de todos os seus sentidos. Tudo o que desejava era destroçar aquela desconhecida que ousava beijar sua senhora e amante bem na sua frente. Um rosnar escapa de sua garganta antes de sua visão turvar-se em escarlate e agora, com sua natureza vampírica completamente exposta, ela avançava na direção da bela com apenas um intuito: causar-lhe a maior dor possível enquanto dilacerava-a com “unhas e dentes”, literalmente.

    Era a primeira vez que a jovem vampira passava pela experiência de ser dominada pela “besta”, algo que sua senhora chegara a comentar: um momento de extrema vergonha onde toda a civilidade era perdida e o animal selvagem que vivia dentro de cada alma de vampiro assumia o comando.

    Freya perderia a completa noção do que acontecia, aqueles lembranças não lhe pertenciam, mas sim a “besta”, que só deixaria o comando quando fosse domada ou quando alcançasse o que desejava.




    Freya despertou de sua fúria escarlate em um local completamente diferente. Seu pescoço estava bastante dolorido e quando ela tenta movê-lo, sente como se o mesmo estivesse partido, o que inevitavelmente traz-lhe uma sensação de pânico, pois um pescoço partido era algo extremamente sério e que, na maioria das vezes, levava os humanos à morte. Ela tenta se mover e simplesmente não consegue, o que aumenta o seu pânico.

    Seus olhos entretanto circundavam o ambiente, e ela poderia ver que estava em um quarto, deitada sobre uma confortável cama. Não tinha a menor recordação de como tinha ido parar ali, a última coisa que se recordava era da mulher beijando Saskia.

    Quarto:






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    Mensagem por Convidado Qui Jun 29, 2017 11:00 am

    Freya despertava lentamente e a primeira coisa que sentira no fora o pesar do torpor e sim uma dor forte no seu pescoço que a fez abrir os olhos tão logo sua consciência escapou da escuridão. Ela primeiramente, em um movimento de reação, tentara se mover mas a dor a impedia de mexer não só o pescoço mas todo o seu corpo que estava ligado ao sistema nervoso. Ela imediatamente sentia pânico, tinha medo de se mexer, tinha medo até mesmo de falar, lágrimas escarlates tomaram conta de seu rosto, sua boca se mexia de forma trêmula com a duvida incessante se devia pedir ajuda ou se qualquer movimento brusco seria seu ultimo.

    Freya não entendia o que tinha acontecido, mas ela não conseguia pensar nisso agora, o pânico de sua situação atual era maior do que qualquer reflexão passada. Ela olhava ao redor apenas com os glóbulos dos olhos procurando alguém, mas não tinha ninguém, estava completamente sozinha e asssustada num quarto bonito, mas desconhecido, então pouco importava sua beleza, tudo o que Freya queria era se mexer e que aquela dor e pânico passassem. Naquele momento, Freya estava pensando que entrar para essa vida de fato poderia ser a pior coisa que tinha lhe acontecido. Sem poder se mexer, Freya não tinha o que fazer além de rezar a Eir para que ficasse tudo bem.
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    Mensagem por Brujah Girl Dom Jul 02, 2017 10:39 am










    ♦ FREYA LOTHBROK ♦







    | Dia: ??? | Hora: ??? | Local: ??? |




    A jovem vampira estava assustada. E não era para menos. Imóvel, o tempo parecia arrastar-se e Freya não tinha noção de quanto tempo havia passado desde que abrira seus olhos.

    Em determinado momento, seus sentidos aguçados captam a chegada de um veículo, posteriormente o som de passos que ela reconhecia muito bem como o som dos saltos de sua senhora estalando no chão. O odor de seu perfume inconfundível, porém misturado a um outro, o que, imediatamente faz com que ela se lembre que era o mesmo aroma que a outra vampira exalava, e finalmente, a porta do quarto sendo aberta e a visão de sua senhora surge acima de seu rosto.



    [PRÓLOGO] - FREYA LOTHBROK W72pw3l  – Querida, já estás acordada. Perdão, pretendia estar aqui quando você acordasse. Não fique assustada, imagino que não esteja conseguindo se mover, mas vou ensinar como tratar desta questão.

    Ela sorri de forma gentil e toca no rosto de Freya, acariciando-lhe por alguns instantes. Freya notaria que ela não estava mais vestida da forma de antes. Tinha mudado de roupa e seus cabelos estavam úmidos:


    [PRÓLOGO] - FREYA LOTHBROK W72pw3l
     – Seu pescoço foi partido, para que você pudesse ser contida. É necessário que você use o seu sangue para curar o ferimento e poder recuperar seus movimentos. Lembra o que te falei sobre curar os ferimentos? Bem, temos a oportunidade de usar seus conhecimentos na prática. Concentre-se e mova o sangue para a região e ele irá atuar no processo de cura. Com sorte não será necessário usar demasiado sangue, mas quando sentir uma ligeira melhora, observe se precisará de mais sangue e avise-me antes de prosseguir. Precisamos ser cautelosas, afinal já faz algumas noites que você não se alimenta e a fome pode te levar novamente ao descontrole e não queremos que isso aconteça.

    Dizendo isso, Saskia aguardava que sua criança fizesse uso do seu sangue para curar-se.




    CURA DE PESCOÇO QUEBRADO:






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    [PRÓLOGO] - FREYA LOTHBROK Empty Re: [PRÓLOGO] - FREYA LOTHBROK

    Mensagem por Convidado Ter Jul 04, 2017 8:51 pm

    O momento era agonizante, Freya nunca tinha esperado passar por uma situação assim na sua vida. Queria que tudo aquilo fosse apenas um pesadelo bizarro e que tão logo conseguisse se acalmar, ou levada ao pânico extremo, conseguisse despertar em sua casa e tomar café com seu pai, mas infelizmente aquele pesadelo era real, ele parecia real e a única coisa que tinha de bom naquilo tudo era Saskia, que também começava a se tornar um pesadelo revivido.

    Toda aquela aflição tivera um momento interrupto, aqueles sentidos que aguçavam e desaguçavam como uma máquina mal operada captavam a aproximação de algo e logo depois aquele som de saltos... Era Saskia, tinha certeza, aquele som era inconfundível. Aquele pânico adicionava ansiedade à medida que sabia que a unica pessoa que podia tirá-la dessa situação estava se aproximando. Os olhos de Freya estavam bem abertos com aquela agonia e miravam na entrada do quarto que Saskia surgiria, apenas esperando ansiosamente para que ela aparecesse e viesse socorre-la agora. Sentia aquele aroma cada vez mais perto, era o perfume de sua criadora, tinha certeza e junto... Um misto de medo e raiva novamente tomavam conta de Freya, os piores sentimentos para se estarem juntos, pois aquela vampira estava por perto... Talvez fosse o carro dela que tinha acabado de chegar? Torcia para que não e que fosse um carro aleatório qualquer. Qualquer um... Menos ela.

    " – Querida, já estás acordada. Perdão, pretendia estar aqui quando você acordasse. Não fique assustada, imagino que não esteja conseguindo se mover, mas vou ensinar como tratar desta questão. "

    Era a primeira vez que Freya não sorria ao ver Saskia, embora fosse a melhor pessoa para se estar ali no momento, o misto de sentimentos negativos e confusos a impediam de demonstrar qualquer apreço por qualquer coisa que não fosse depois de estar fisicamente bem. Freya ainda estava alarmada, mas quieta, esperando Saskia dar aquelas instruções de uma vez para que saísse desse estado de pânico, entretanto algo que Saskia fizera aliviara um pouco a tensão da jovem vampira: Trata-la com carinho. Aquilo fez os olhos de Freya suavizarem, mas ela continuava com medo de tentar falar qualquer coisa, temia a dor que isso poderia provocar. Via que sua criadora estava com os cabelos molhados e roupas diferentes, provavelmente sairá do banho agora, mas o que isso importava??? Freya ainda estava aflita.

    "– Seu pescoço foi partido, para que você pudesse ser contida. É necessário que você use o seu sangue para curar o ferimento e poder recuperar seus movimentos. Lembra o que te falei sobre curar os ferimentos? Bem, temos a oportunidade de usar seus conhecimentos na prática. Concentre-se e mova o sangue para a região e ele irá atuar no processo de cura. Com sorte não será necessário usar demasiado sangue, mas quando sentir uma ligeira melhora, observe se precisará de mais sangue e avise-me antes de prosseguir. Precisamos ser cautelosas, afinal já faz algumas noites que você não se alimenta e a fome pode te levar novamente ao descontrole e não queremos que isso aconteça."

    Tirando a parte de "Seu pescoço foi partido...", Freya conseguiu entender o restante estabelecendo um pouco da sanidade momentânea, ela olhava para sua criadora e fechava os olhos, um misto de medo por não saber se curar-se iria doer de alguma forma, como um remédio doloroso, e também para ter o suporte a fim de se concentrar. Ela então tentava focar o seu corpo, imaginava sua corrente sanguínea como um rio e tentava fazer ele percorrer seu pescoço com a força do pensamento, como nos filmes de pessoas que podiam mover as coisas com a mente Freya sentia alguma melhora com o decorrer do tempo, mas também sentia-se... Com um apetite aberto, tal como Saskia diria que podia acontecer.

    A vampira então reabria os olhos e tentava fazer movimentos bruscos, primeiro para ver se nada doeria, se nada doesse com os movimentos bruscos, ela iria tentar falar sem fazer muita força e gradualmente tentador falar normalmente.

    -Sa-Sas-Saskia...

    Ela dava uma pausa e tornava a tentar falar.

    - Eu... Acho que vou precisar de mais.

    Aos poucos Freya tentava se mover para saber os limites do seu corpo nesse momento, se sentisse qualquer dor pararia imediatamente com o medo de piorar a sua condição.
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