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    [Assembleia] - Mudando os Destinos

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    Mensagem por Rosenrot Ter maio 30, 2017 11:02 am

    [Assembleia] - Mudando os Destinos Forest


    O Caern do Chifre do Cervo era sem sombra de dúvidas o mais afastado dos três maiores e mais importantes que compunham a Seita. Era um Caern exclusivamente selvagem e o maior entre os três. Sua importância, tanto estratégica quanto territorial era inegável. E a fama de sua líder estendia-se pelas terras da Irlanda como fogo em palha seca.

    Apesar do crescente avanço da sociedade humana, suas terras eram fielmente protegidas por Parentes inseridos na sociedade com esse único dever. Ele era, em muitos aspectos, um farol, ainda que o Caern de Tara (o maior da Irlanda) fosse a maior referência naquelas terras. Com os anos e muitos acontecimentos, o Chifre do Cervo ganhou uma importância em sua própria região.

    Haviam três formas de se chegar ao Caern: como a maioria dos Garou fazia, pelas matas virgens que lhe cercavam, pela Umbra, abrindo pontes da Lua de um Caern para o outro, ou pela entrada do parque que o cercava, por onde a maioria dos Parentes costumavam vir. Graças ao fato de ser um Caern mais selvagem, ele não tinha uma área comunal dentro de si, mas ao redor, onde os Parentes e Garou hominídio viviam.

    Para os Garou e filhotes, naquela noite de assembleia, eles entraram nas áreas mais selvagens do Caern, onde em uma clareira foram erguidas fogueiras, foram feitos jogos de caça e fora trazido bebida – eram Fiannas, afinal de contas.

    Risadas, conversas animadas, disputas – eram Garou! - e jogos corriam por todo o lugar. Havia um clima estranho – era a Fúria – muitos Garou juntos, mas ainda sim era… Estranhamente familiar para todos eles.

    OFF:







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    Mensagem por voorhees Ter maio 30, 2017 11:56 pm

    A agitação daquele fim de tarde era contagiante e Nimue não era indiferente àquilo. Tudo era novo, realmente incrível ver figuras de todos os tipos e de tantas regiões diferentes. Ela sentia que aquele Caern era sua casa, que já pertencia àquele lugar e, ao lado de Aine, procurava observar e conhecer os visitantes. O entusiasmo da jovem Fúria era evidente para a amiga e mentora Theurge, mas Nimue a tranquilizou com um aceno da cabeça - Aprendendo.

    Sempre vigilante, ela se afastou das fogueiras, não ficando longe dos caminhos dos recém chegados e a Fianna a acompanhou. Aine se transformou pouco antes mas Nimue ainda estav em sua bela forma Lupina quando viu dois Garou se aproximando. Enquanto os dois mais experientes trocavam olhares rápidos e logo antes de se apresentarem, Nimue mudou para a forma hominídea, imitando Aine. Durante a transformação, ainda antes de se apoiar sobre os membros inferiores, seus pelos se encurtavam e aos poucos revelavam suas roupas, que inicialmente se confundiam com sua pele.

    Vestimentas:

    Com a aparência de uma mulher da área rural a jovem deu um passo à frente, quando era apresentada por Aine, e se apresentou com um gesto que pareceu ensaiado. Levou a mão direita o peito e baixou levemente a cabeça, sem tirar os olhos de Máni, e por fim, confirmou seu nome - Nimue.

    Já lhe tinham dito que outros filhotes chegariam e sua expectativa com isso não era pequena. Ver a outra Garou iniciante trouxe algum alívio, mesmo que pudesse sentir toda a formalidade entre Aine e "Manto-de-Sombras". - Olá Lailah. Ser bem-vinda.
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    Mensagem por Kether Qua maio 31, 2017 3:16 pm

    Dimitri seguia os passos de seu mentor, embora tentava encontrar duas garou, mas não encontrou nem Mayla nem sua amiga Lisa. Ao ouvir Aeron ele retorna sua atenção para os presas que ali se encontravam.

    - Aeron é bom vê-lo. Acredito que será realmente bom eu ir até lá. - disse ao presa Cliath.

    Ele olha para o tio pedindo permissão para seguir e se aproximar. Seu tio mesmo com o olhar severo que lhe passava nos últimos dias, acenou afirmativamente.

    - Aeron, depois gostaria de poder conversar contigo.

    Dimitri, vestia jeans e uma camisa branca com uma jaqueta de couro clara, calçando botas que pareciam com os coturnos militares, foi se aproximando do grupo sempre se mantendo numa posição na qual eles pudessem ver que ele se dirigia até onde estavam. Se sentia bem próximo ao grupo.

    - Olá, Me perdoem. Sou Dimitri "Garras-do-Falcão" Berzukov dos Presas de Prata. Estou a pouco tempo na Irlanda e esta é a melhor hora de me apresentar formalmente a nossa sociedade. - Ele fala isso se dirigindo primeiro aos Cliath e depois para todos os demais conclui. - É uma honra conhecê-los. Este lugar é maravilhoso, muito diferente da minha terra natal a Rússia.
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    Mensagem por shamps Qua maio 31, 2017 11:56 pm

    Vendo a preocupação de seu professor, a jovem se sentiu horrível e tentou anima-lo.

    - Eu... eu vou me esforçar. Prometo!... Me focar... certo!

    Ela ficou muito feliz, como sempre, quando reencontrava sua família, mas cada vez que ia tratar de seus animais ficava triste. Era doído vê-los com medo dela. Perguntava para o pai como podia melhorar sua relação com eles e dizia que com tempo tudo voltaria ao normal.

    O dia seguinte estava muito agradável até ela descobrir que os Kuhn que a acompanhariam. Ela já perdia o pouco da confiança que tinha batalhado tanto para conseguir. Queria tanto que sua mãe fosse, mas não podia. Era um tipo de reunião que eles não podiam fazer parte. Se eles não podiam, então Munnin também não podia. Estaria sozinha.
    Ela passou a manhã mexendo em seu jardim, cultivando suas amadas flores. Mexer com flores e cavalos ajudava a jovem a se acalmar, pena que não conseguia se aproximar de seu cavalo. Preferiu dar um tempo para o animal, por isso foi lidar com as flores. Depois preferiu passar a tarde com os irmãos.

    Ela avistou o lobo na cerca de sua casa e seguiu até lá após se despedir da família. Estavam todos orgulhosos dela e ver seus sorrisos ajudou a animar a mocinha. O lobo era Máni, até então estava tranquila ao lado dele, mesmo sem saber o que esperar, só se desestruturou ao ver Erik. Mesmo assim, a loba cor de champanhe seguiu todos os outros lobos que apareceram. Durante seu treino ela tinha aprendido a correr na forma de lobo e adorava aquela sensação de liberdade, tão boa quanto correr em seu cavalo.
    Foi interessante fazer parte daquela movimentação toda e seguia tudo que eles faziam, até uivar para se apresentar e pedir licença. Tinha treinado muito esses uivos, mesmo fazendo parte dela.

    Ela sentia a energia positiva e vibrante do Caern assim que pôs seus pés nele. Era impossível não saber onde estava. Seguiu com Máni até uma mulher ruiva. Como de se esperar, a ruivinha tímida precisava de um pilar e agora era Máni esse pilar. Seguia muito próxima a ele, sempre olhando para baixo, morrendo de vergonha das pessoas ali. O Cria apresentou as duas e Lailah só conseguiu acenar sem nada falar.
    Lailah também olhou para a loba preta com branco que também era uma novata como ela. Igualmente só acenou para ela.

    Estava intimidada com toda aquela festa, não tinha uma boa lembrança da última que tinha participado.
    A lupina assume sua forma hominídea e cumprimenta Lailah, isso faz com ela de um leve sorriso, sentindo-se um pouco mais a vontade, mais alguém que talvez compreendesse seu nervosismo.
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    Mensagem por Rosenrot Qui Jun 01, 2017 12:21 am

    Aeron moveu a cabeça em positivo para Dimitri, mas o garoto não parecia muito interessado em conversar, ele observava a festa e bebia e talvez todas as coisas que Dimitri andava ouvido sobre o garoto fossem verdade: não lhe passava um ar muito respeitável ou prudente.

    Quando Dimitri se aproximou do quarteto, logo ganhou a atenção, os dois Cliaths - Aine e Máni - moveram a cabeça em positivo para ele.

    - Aine "Antes-Que-Anoiteça", Theurge Cliath para os Fiannas, filha de Sussurra-no-Vento, Theurge Anciã para os Fiannas, Líder desse Caern, dou boas vindas pra tu, Garras-do-Falcão. - Falou a jovem, fato era que ela tinha dificuldades e falar a língua dos homens, o que provavelmente denunciava sua raça.

    - Máni "Manto-de-Sombras", Ragabash Cliath para os Crias de Fenris. - Falou o homem, encurtando a apresentação, poderia claro ter acrescentado o pai, mas preferiu não fazê-lo.- Infelizmente não poderei continuar o assunto, meu pai solicita minha presença. - Disse ele, olhando em outra direção.- Lailah, fique por aqui com Aine, logo nos encontramos de novo. - E assim ele se afastou.

    Aine observou enquanto o Ragabash se afastava com um pouco de curiosidade, antes de voltar a falar. - Está Nimue, filhote Theurge Fúria Negra e essa Lailah, filhote Philodox Filhos de Gaia. - Explicou, em sua fala simplicista. - Nimue e Lailah tem Ritual de Passagem hoje, junto com mais filhotes que chegam.

    Aine fez uma pausa, talvez aquele tipo de socialização fosse bom para Nimue, afinal ela sequer tinha a ideia de como era fazer parte de uma matilha de Garou, tinha sua experiência com a alcateia lupina, claro, mas isso estava longe de ser algo comparável a ter uma matilha.

    - Não veio com matilha sua, Garras-do-Falcão? - Perguntou ela, por curiosidade. - Nimue talvez tenha matilha hoje, não é Nimue? Lailah talvez também. Talvez mesma matilha para as duas. - Divagou, em seu pensamento simplicista. Não parecia ter notado a timidez de Lailah.
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    Mensagem por shamps Qui Jun 01, 2017 8:56 am

    Pessoas muito a vontade, pessoas felizes, pessoas conversando abertamente; e Lailah sentia inveja das pessoas que conseguiam fazer essas coisas normalmente. Para ela era um verdadeiro sofrimento estar entre tantos estranhos.

    Novamente só moveu a cabeça em saudação à Garra-do-Falcão, depois baixou a cabeça evitando olhar para qualquer um ali. Só voltou a erguer a cabeça quando Máni mencionou sair de perto, olhou para ele com cara de desespero e queria dizer algo do tipo "por favor não de deixe sozinha nesse lugar cheio de pessoas estranhas", mas só conseguiu esticar o braço na direção dele e murmurar um baixinho "não" e depois olhou em volta completamente perdida. Sentou-se ao lado de Nimue e abraçou os joelhos escondendo o rosto, só deixou os olhos à mostra observando tudo. Seu espírito sentia-se em casa, mas seu emocional não. Talvez isso melhorasse depois do tal Ritual.

    Aine falava coisas para as duas filhotes ali e a ruiva tentava entender, só compreendeu a parte do ritual de passagem e ficou nervosa depois, afinal mais pessoas estranhas iriam chegar... que suplício. Por fim, encolheu-se mais ainda e escondeu de vez os olhos.
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    Mensagem por Kether Qui Jun 01, 2017 12:48 pm

    Dimitri acompanhou o Cria de Fenrir com os olhos esperando ver Mayla.

    "Esse problema é maior do que pensamos." - pensou Dimitri que demonstrou um pouco de lástima pelo ocorrido, e após as explicações que recebeu de seu mestre  entendeu o quanto ele ofendera toda a tribo do cliath que saiu de perto dele.

    - Não Antes-que-anoiteça, cheguei a pouco da Rússia e além de poucos da minha tribo e uma amiga uma Fianna chamada Lisa, pouco socializei com a sociedade daqui. 

    Ele olhou para as filhotes e sorriu amigavelmente.

    - Então de certa forma, estou no mesmo barco que vocês Nimue e Lailah. Não conheço muitas destas pessoas aqui. 

    Dimitri reparava na jovem filhote que se escondia, "timidez talvez?" pensou.

    - Lailah, é este seu nome não é? - disse para jovem que se encolhia. - Não tenha medo, somos todos uma grande família, todos filhos de Gaia. Lenvate-se e orgulhe-se por ser um membro desta família. Estamos todos aqui para conhecê-las. E todos estamos felizes por isso.
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    Mensagem por shamps Qui Jun 01, 2017 7:45 pm

    O rapaz russo parecia simpático e logo falou com as novatas ali, o que fez com que Lailah só o espiasse de rabo de olho e logo voltasse a se esconder. Simplesmente não conseguia encarar ninguém. Só balança a cabeça afirmativamente com a cabeça ainda apoiada nos braços, escondendo o rosto.

    Ah! Como era difícil faze-los entender que ela sentia orgulho de sua origem, só não sabia expor esse orgulho. Ela estava gostando, ao poucos de ser Garou, só não tinha a mesma desenvoltura para sair por aí falando e sorrindo com todos. Era muito difícil ser tímida e as pessoas não entendiam isso.
    Ela força-se a olhar para ele e esboça falar algo e sua voz sai falhada, um pouco esganiçada até.

    - Eu... É muita gente – além de estar o rosto totalmente vermelho, coração acelerado e mão suando frio. Era muita vergonha.
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    Mensagem por Zer0 Qui Jun 01, 2017 8:13 pm

    O Ragabash sentia-se apreensivo na presença de pessoas com nomes e títulos tão imponentes. Sentia-se oprimido apenas por existir, aquilo lembrava seus dias nas ruas. Tais memórias rapidamente se apossaram da mente do garoto que se fechou, isolando todos os sentimentos que pode.  

    O ódio que sentia pela sociedade começava a aflorar em sua pele novamente, mas se dissipou quando, ao chegar no grupo,  encontrou pessoas em uma situação semelhante a dele. Um pouco atordoado e confuso, sem saber como se portar, fez o sinal da hang loose em ambas as mãos e disse: 
    - Coé Rapaziada! Me chamam de Samuel. 

    Então estendeu sua mão para frente com um punho fechado, esperando que alguém o  cumprimente. Se ficar "No vácuo" vai dar um soquinho em sua própria mão e rir, constrangido.
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    Mensagem por shamps Qui Jun 01, 2017 9:11 pm

    Oh, não... quanto sofrimento. Quantos mais iriam se aproximar deles e falar com ela? Só queria um buraco para se esconder.
    Ela escuta mais uma voz masculina perto deles e mantem-se de cabeça abaixada, só dando uma espiada rápida para ver quem é, e novamente só balança a cabeça apenas para sinalizar que tinha notado a presença do visitante.
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    Mensagem por voorhees Qui Jun 01, 2017 11:55 pm

    Houve um certo silêncio pouco depois que o primeiro quarteto que se formou, mesmo próximo à tanta coisa acontecendo naquele espaço. Havia muita gente por perto. Ainda assim, mesmo com tanto treinamento e esforço, Nimue não estava tão comunicativa. Gente desconhecida representava para ela um mistério grande demais e ela não se sentia segura naquele vazio. Ela não sentia (nem percebia) a timidez de Lailah, mas estava quase tão bloqueada quanto a outra.

    Ao ver se aproximando e se apresentando outro Garou, "Garras-do-Falcão" Berzukov * - O que será um falcão-bersucó? E onde será que fica a Rússia? * - a jovem Fúria se animava mais e se interessava. Ela não sentia medo do vazio ou da insegurança do desconhecido. Definitivamente não era medo mas sim algo entre a desconfiança e prontidão absoluta. Ouvia, cheirava, olhava e estava atenta a qualquer detalhe à sua volta. Mas não tinha habilidade de colher mais informações com a língua falada.

    Quando "Manto-de-Sombras" se afastou, Nimue apenas lembrava de como ele se mostrava imponente correndo na mata sobre as quatro patas. A aparência atual, humana, de Máni não era nada inspiradora para a ela como a primeira visão que teve do sujeito. Ainda assim, se sentia melhor tendo Aine destacadamente como a figura mais importante no grupo, que depois de uma rápida mudança de formação, logo era um quinteto.

    * - O que será esse rapaz? O que será 'coé'? * - Nimue ficou um pouco confusa e perdeu um pouco sua concentração sobre a tentativa do tal 'falcão-bersucó' * - "Garras-de-Falcão" Nimue! "Garras-de-Falcão"! Assim Aine o chamou e assim ele se chama. * - ... sobre a tentativa de "Garras-de-Falcão" conversar com outra jovem * - Mas o que ele quis dizer com 'barco'? *.

    Nimue estava diante de um mundo desconhecido, como antes foi apresentado para ela a Umbra, a Sociedade Garou e as comunidades humanas. Aquele pequeno círculo, que talvez fizesse parte de uma matilha em breve, estava se mostrando ser mais uma lição no constante aprendizado da Theurge. E para completar suas lições e superar os obstáculos apresentados, especialmente diante do desconhecido, ela se apoia em seus treinamentos e experiências anteriores. Se lembrou de alguns dos inúmeros exercícios de conversação que alguns Parentes a fizeram praticar, e interpretou o papel que tanto repetiu.

    - Oi, eu sou Nimue. - Falou pausadamente e seu próprio tom de voz a fez compreender minimamente que Lailah também estava com dificuldades de comunicação, talvez com o espírito acuado. Ela começou sem olhar para ninguém e logo se corrigiu e se forçou a encarar o garoto Samuel, que se apresentou * - Ele disse 'coé', eu sei que ouvi bem! * - e que ainda não a conhecia. Talvez tenha demorado um pouco demais para continuar a falar, mas finalmente emendou. - Eu vim me mostrar hoje para a Sociedade também. - Talvez fosse possível notar algum esforço para falar o óbvio e ela falava quase artificialmente, como se tivesse ensaiado antes * - Ainda bem que ensaiei antes. Estou indo muito bem!* . Outra pausa, pouco mais curta, antes de continuar. - Claro que "Sussurra-no-Vento" me conhece, mas hoje todos vão conhecer.

    Ao dizer aquilo, ela instintivamente olhou para Lailah, que parecia tão acanhada. Não podia imaginar como a outra recebia suas palavras, claro. Na verdade, sua única preocupação era falar e ser entendida. Seu exercício era sobre comunicação e não tinha nenhuma mensagem que queria transmitir. Era um exercício e ela era incansável em praticar. Ainda assim, instintivamente ela olhou para Lailah, sem ter a menor ideia de como a última sentença possa ter soado pesado. E sem consciência de que sabia que todos os filhotes ali, como ela, podiam sentir insegurança, tentou inspirar alguma confiança enquanto falava. - Mas eu achar o mais importante ser nós conhecer nós mesmos. - Ao usar mais o coração e menos a cabeça, ela escorregava na língua falada, que ainda não era muito natural. - Desde que chegar aqui no Caern, consigo sentir toda força e toda beleza da Natureza. Mas sentir isso dentro, sempre. - Perdendo a vergonha que não sabia que tinha e falando mais que esperava, ela gesticulava bastante, esticando os braços e depois trazendo as mãos para o peito. - E isso eu só entender aqui, depois de sentir esse lugar de verdade. Eu não ser daqui. - Ela se lembrou das aulas. Lembrou que deveria falar sempre, para praticar, mas não deveria falar muito, especialmente não sozinha. Difícil de entender tanta regra. - De onde vocês são? E onde ficar terra Rússia, "Garras-de-Falcão"? - Ela definitivamente não tinha um sotaque característico de qualquer lugar. Mas era um jeito de falar diferente. Além de notáveis erros de pronúncia e gramática, havia algo nos gestos fazia e até em sons que emitia. Não era falante nativa daquela língua. Não era falante nativa daquela forma de falar.
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    Mensagem por Kether Sex Jun 02, 2017 1:00 am

    Dimitri olhava para a jovem tímida pensando numa forma de ajudar a ela se soltar, quando outro filhote, Samuel chegou próximo ao grupo. Ele falava como os jovens do subúrbio de Moscou. Nessa hora Dimitri agradeceu de ter estudado nas escolas militares e por ter conhecido todo o tipo de pessoas e por ter reconhecido o tipo de cumprimento.

    - Essa, não é uma boa forma de se cumprimentar as pessoas por aqui, brou. - ele tinha ouvido essa gíria num filme do Tarantino. - Podem pensar que você está desafiando alguém. Sou Dimitri "Garras-de-falcão" Berzukov Ahroun Cliath para os Presas de Prata.

    Então a jovem que até então estava quieta começou a falar com dificuldades o que fazia lembrar Lisa sua amiga. Ela trazia sabedoria em suas palavras e ao ouvi-la Dimitri balançava a cabeça afirmativamente.

    - A Rússia fica muito distante daqui, muitos quilômetros após as planícies de gelo do extremo norte.

    Dimitri achou que se não focasse na jovem mais tímida ela pudesse se soltar mais.

    - Vocês são todos daqui?
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    Mensagem por Zer0 Sex Jun 02, 2017 11:46 am

    Samuel ficou um pouco chateado com o comentário do rapaz. Desafio? Como isso poderia ser um desafio? Um coé é tão desafiador quando um aperto de mão. Enfim, ainda havia muita coisa a ser aprendida.  
     
    O garoto não demonstrou muito interesse pela menina ruiva, gente tímida assim o entediava. Mas ficou surpreso pela diversidade de sotaques dos dois que falavam. Enquanto Dimitri soava como um vilão de filme de espionagem, a garota soava como uma índia. Foi então que compreendeu que Nimue era uma lupina! 
     
    Praticamente não haviam lupinos no grupo de Roedores, sabia da existência deles, mas nunca tinha tido a oportunidade de conversar com um. Animado, perguntou a primeira coisa que veio em sua cabeça: 
     
    -Caramba, você é uma lupina!? Eu nunca tinha conversado com uma lupina antes. A humanidade é uma droga né? 
     
    Ao ouvir a pergunta de Dimitri, respondeu se sentindo cada vez mais a vontade: 
     
    -Eu sou da Irlanda, provavelmente. Estou vagando pelas cidades desde que me lembro.
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    Mensagem por Kether Sex Jun 02, 2017 12:15 pm

    Dimitri se sentia bem, de certo ponto feliz em conhecer aquele grupo de filhotes. 
    "Formariam uma boa matilha." - pensava.

    Quando lembrou da garou tímida, ela era como a calmaria que precede a tempestade. Se a forçasse demais para que ela interagisse com os demais, ela poderia explodir em fúria e a perderiamos talvez permanentemente. Ela devia confiar nos membros e para isso ela precisaria do seu tempo.

    Dimitri olhava para "o nada", a atitude do cria quando ele se aproximou foi um péssimo presságio, aquela assembléia seria ruim para os presas e ficar muito unido a estes filhotes seria ruim para eles. Era a hora dele se afastar, pelo menos até depois da tempestade.

    Dimitri, quase sorriu ao pensar na tempestade. Esse pensamento o levou aos dias em Moscou, dias em que ele ainda uma criança brincava com os amigos, filhos do homem mais poderoso da Rússia que era amigo de seu pai. 

    Foi do senhor Putin que ele ouviu estas palavras: " Prefira a tempestade, ela pode ser forte e destrutiva mas é vista e pode se proteger. A calmaria esconde os problemas. Seja um homem que sobrevive as tempestades e que saiba ler as mudanças na calmaria".

    Nunca aquelas palavras fizeram tanto sentido quanto naquele momento.

    - Devo retornar até os de minha tribo. Foi uma honra conhecer a todos. 

    Ele faz uma reverência a cliath que estava junto com eles e depois acena para os jovens e retorna para onde Aeron e seu tio estavam.

    "As mudanças da calmaria... Em breve começará a tempestade e eu e Aeron estaremos no olho do furacão." - pensou retornando.
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    Mensagem por Rosenrot Sex Jun 02, 2017 12:56 pm

    Aos poucos eles iam chegando: os Smirnov chegaram, os Presas de Prata chegaram e assim cada qual que tinha sua parcela de luta para manter aqueles lugares e muitos outros iam chegando. Houve um início de confusão em algum lugar – sempre havia nessas assembleias –, mas foi logo contido. Bebida e comida eram fartas para quem quisesse comer. Havia dança e música e histórias contadas pelos Galliard.

    Era claro que, também havia um clima estranho no ar, até o momento presente, nem Sussurra-no-Vento e nem A-Dama-da-Guerra tinham aparecido e elas precisavam estar ali, afinal de contas faziam parte do Conclave de anciões e Sussurra-no-Vento era a líder do Caern.

    Aine observava, tanto sua protegida quanto todos os outros que se aproximavam. Não respondeu ao cumprimento de Samuel simplesmente por não entendê-lo e também não compreendia a timidez de Lailah. Deixou que Nimue falasse por si só, era bom para a jovem Fúria Negra começar a socializar e dar seus próprios passos, não interrompeu em momento algum, apenas focando-se no que a jovem lupina tentava passar aos demais.

    Aine não se interpôs entre os filhotes, apesar de não se afastar, deixou que conversassem por si só. Apenas moveu a cabeça para Dimitri, quando esse se foi.

    […] Maik

    Maik teve o dia inteiro para rever sua irmã, quando chegaram naquela manhã à Irlanda, ele já sabia do ocorrido com os Presas de Prata, como a maioria dos Crias já tinha ciência do ocorrido, houve discussões – das quais nem ele nem os outros participaram, além dos lideres – a respeito de tudo aquilo, mas Maik não fazia ideia do que tinha sido resolvido e ninguém falava nada a respeito, também.

    Mayla também tinha sofrido seu lado de punição por não ter ‘respondido a altura’ ao cliath que lhe declarará a ofensa e as marcas dessas pequenas punições ainda estavam desaparecendo de seu corpo – o que não tinha ajudado no humor da Cria de Fenris naquele dia – e quando a hora chegou, Maik, Mayla e A-Dama-da-Guerra partiram para a assembleia…

    Correr com A-Dama-da-Guerra era uma sensação estranha para eles dois. Tudo bem que era mãe deles, mas ela ainda era a uma Anciã, uma guerreira poderosa do grande Pai Lobo e a incarnação da força de Fenris na terra. A-Dama-da-Guerra era assustadora em muitos e muitos aspectos e ser mãe deles não os diminuía. Quando chegaram as fronteiras do Caern, eles pediram passagem e entraram.

    […]Todos

    Quando os três lobos acinzentados chegaram, houve certa “comoção” em duas frentes: os Crias bateram no peito soando como tambores de guerra anunciando uma batalha e uivaram à Luna em respeito à Anciã que chegava, os Presas de Prata observaram, cautelosos a movimentação.

    A-Dama-da-Guerra era um lupino consideravelmente grande, acinzentado e coberto de cicatrizes. Quando retornou a forma humana, mostrava-se uma mulher alta, de músculos avantajados e pouca beleza – era difícil ser bonita quando seu corpo tinha sido consumido pela guerra – cicatrizes espalhavam-se pelos braços, uma delas desciam do pescoço para o peito e desaparecia na blusa que usava. Vestia-se de maneira simples e com nenhum adorno, às costas, preso por uma tira de couro estava o seu lendário fetiche, um dos Sete Martelos de Jarl, aquele em questão era o Devorador-Trolls. Atrás dela vinham Mayla e Maik, seus dois filhos.

    O trio se aproximou dos demais Fenris ali, Erik seu filho e a matilha do mesmo e os outros que vinham de outros lugares. Eles riam em cumprimentos e alegria – os Fenris ao seu modo também eram festivos.

    Mayla sentou-se em um canto, próxima ao irmão. - Ainda não entendo porque ela quer que você fique. – Comentou, ainda tinha alguma dificuldade para falar: sua língua tinha sido retalhada diversas vezes, como punição pelo ocorrido com o Presas de Prata. Suspirou, de maneira pesada. - De qualquer forma, fique alerta. – Avisou ao jovem Galliard.

    [...]Samuel, Lailah e Nimue

    Aine estava próximo a eles, deixando que os filhotes se conhecesse e socializasse, ela prestava atenção na festa num geral quando a penúltima anciã chegou. Aine suspirou.

    - A-Dama-da-Guerra-rhya. – Disse Aine, para eles. - Agora falta apenas Sussurra-no-Vento-rhya para começar os rituais.- Deu uma olhada breve nos filhotes ali, esperava sinceramente que todos estivessem prontos. Pois aquele era apenas o início.
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    Mensagem por shamps Sex Jun 02, 2017 9:09 pm

    Após respirar com força, parece que os ânimos da jovem Filho de Gaia ia se acalmando, então ela se despede brevemente do russo com um aceno breve de cabeça. Com menos pessoas em volta, a ruiva de cabelos encaracolados liberta sua cabeça da prisão de seus braços e passa a observar o chão, torcendo para que ninguém mais chegasse perto.

    Passou um bom tempo, curtindo o chão e pensando em sua família - se ao menos sua irmã estivesse ali para segurar em sua mão - um burburinho começa. Eleva a cabeça para observar e vê um grupo chegando e indo para outro lado - graças a Deus - e isso parece deixar o ar um pouco pesado, a jovem só não sabia o porque. Logo depois o burburinho aumenta e uma algazarra se inicia, para terror da jovem. Vários ali batiam em seus peitos e uivavam e pareciam que era os tais Crias de Fenris. Ela observa os lobos chegarem e serem saudados com animação. Aparentemente existia segregação e favorecimento nesses lugares chamados Caerns. A jovem só suspirou, pois pressentia que isso não seria nada bom. Já tinha percebido o desgosto de Erik no dia seguinte de sua primeira Mudança. As únicas pessoas que conhecia ali eram justamente dois Crias. Ela não parava de pensar para que Máni voltasse logo para falar qualquer coisa para ela, nem que fosse para segui-lo, só precisava ser alguém conhecido.

    Seus músculos tremiam de tensão e seu peito era uma bateria mais alta que o barulho dos Crias, era sua timidez em ação. Ela queria exibir uma postura mais neutra para não parecer tão jacu, mas simplesmente não conseguia, seu corpo não lhe obedecia. Era melhor ficar parada mesmo, era menos desgastante.

    Ao mesmo tempo que tudo era assustador para ela também era tudo tão magnético e natural. Ela só queria saber lidar com isso sem  parecer estranha ou aversa àquilo. Queria ter coragem para chegar perto e ouvir os cânticos dos Galliards ou apenas coragem de pegar um petisco na mesa de comida, mas nem isso conseguia.

    Aine comenta que ainda mais alguém importante para chegar e a jovem começa a fitar a entrada do lugar, ansiosa pela próxima chegada triunfal. Quem seria a próxima?
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    Mensagem por Kif Sáb Jun 03, 2017 2:13 pm

    Sentado ali Maik, observava o local em que se encontravam, o lugar que haviam montado era realmente agradável, e a recepção dos outros Crias só fez melhorar sua opinião, pensava em ir até onde estavam outros Galliard quando percebeu a irmã chegando, ao ouvir o comentário de Mayla o garoto deu de ombros.

    - Seu palpite é tão bom quanto o meu. - Parou pra pensar sobre oque a irmã havia dito, era estranho ela querer que Maik fique, não conhecia o lugar; nem a seita e havia passado pelo ritual há tão pouco tempo, não conseguia imaginar qual era sua utilidade ali, mas não desobedeceria uma ordem de sua mãe. A jovem voltou a falar, dessa vez para lhe dar um aviso. - Ficarei. - Percebeu a dificuldade da irmã e sua frustração. Ao saber do episódio com os Presas ficou com tanta raiva, mesmo sem conhecer os detalhes ou qualquer outra coisa além do que lhe tinham contado; então fazia uma ideia do que a irmã passava, mesmo não entendendo o motivo dela ter deixado o desgraçado sair ileso, mas não estava em posição de questionar ninguém,ao invés disso tentou acalmar a irmã, ficar daquele jeito não a ajudaria em nada. -  Então, o que você acha que vai acontecer?

    Referia-se a assembleia e tudo que aconteceu nos últimos dias, com tantos Garou reunidos era difícil evitar o "tema", e mesmo não sendo o melhor assunto; esperava conseguir alguma mudança no humor de Mayla com aquilo.
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    Mensagem por Kether Sáb Jun 03, 2017 5:31 pm

    Dimitri já estava ao lado de seu tio quando a tribo dos Crias ovacionou a chegada de sua anciã, uma das garou mais importantes de toda a Europa. A atitude dos Crias foi impressionante para ele, seus músculos se retesaram quase como quando ele teve sua primeira transformação, não lembrava mais a batalha que teve também naquela noite onde ficou sozinho entre a vida e a morte, se não fosse pela dádiva do falcão que lhe emprestava seu nome e tivesse fortalecido as suas garras ele provavelmente não estaria ali neste momento.

    Sentiu de leve um toque em suas costas, seu tio o trazia de volta a realidade.

    - Devo resolver uma coisa agora. - falou, já se encaminhando para o local onde os Crias estavam reunidos.

    Ele iniciou o caminho decidido, mas enquanto ele se aproximava ele sentia o ar ficando pesado, suas pernas já não estavam tão seguras, sua cabeça que seguia erguida com o orgulho dos presas de prata, já não estava tão alta assim. Quanto mais se aproximava seu olhar que antes estava na direção da anciã e da cria com que ele tivera um problema anteriormente, já se desviava delas.

    É óbvio que a grande anciã reparou que o jovem presa de prata se aproximava, Mayla também e com certeza ela iria, se é que já não informou quem ele era. O ar pesado ficou ainda maior quando os primeiros crias estavam próximos e já estreitavam a passagem para Dimitri, deles não tinha aquela opressão tamanha que ele sentia emanando da anciã e também de sua filha.

    - Sei que não sou bem vindo no território de vocês, mas gostaria de falar com A-Dama-da-Guerra-rhya e com Grande-Caçadora-Cinza-rhya. - sua voz saía entrecortada ante a dificuldade de respirar ali, Dimitri sentia as forças falharem.

    O coração de Dimitri batia acelerado, não era medo ou pelo menos ele não queria acreditar que fosse. Dimitri levantou a cabeça olhando para Mayla pedindo que ela intercedesse, mas ele sabia que ela não faria nada ela fora bem direta na sua última palavra que desde que ele partiu martelou na sua cabeça.

    Dimitri passou todo o tempo até agora pensando naquele encontro e o que ele havia feito que causou todo o problema. Sua natureza era de resolver contendas e não criá-las e isso o mortificava por dentro. Ele sentia seus antepassados cobrar-lhe a resolução. Por algum motivo que ele não reparou os crias a sua frente minimamente se afastaram, então ele acreditou que poderia passar e assim o fez parando a uma distância que achava segura, pois seus instintos não permitiam chegar mais perto afinal aquela predadora terrível agora tinha os olhos sobre ele.

    Dimitri pensa em pedir auxílio aos espíritos ancestrais, para que lhe dessem o Dom da Fala, mas achou melhor não arriscar e ser novamente mal compreendido e piorasse ainda mais a situação, portanto ele olhou para as duas rapidamente pois não conseguia manter o olhar.

    - A-Dama-da-Guerra-rhya... Grande-Caçadora-Cinza-rhya... Venho pedir perdão pela minha falta contra toda as tradições e história da valorosa tribo dos Crias de Fenris. Por desconhecimento de sua cultura falei o que não devia, isso não é desculpa, pois daquilo que não se conhece não se pode opinar. Pensava em resolver o problema de um companheiro de tribo acabei agravando a situação. Agradeço pelo julgamento de Grande-Caçadora-Cinza-rhya que me manteve vivo até agora. Estou disposto a pagar por minha ofensa.

    Dimitri se sentia mais leve após terminar de falar, mas ainda assim não tinha coragem de olhar para as duas poderosas Garou que estavam a sua frente.
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    Mensagem por Rosenrot Dom Jun 04, 2017 2:28 pm

    Quando Dimitri disse aquilo, seu velho mentor suspirou pesadamente e olhou na direção em que os Crias se reuniam: eles riam animados e bebiam, provavelmente compartilhando histórias de guerra ou qualquer coisa assim. Não sabia exatamente o que dizer ao rapaz, mas achava que era uma boa oportunidade para que o Cliath aprendesse algumas coisas, estaria ali caso precisasse intervir em algo.

    Conforme foi andando, Dimitri recebeu alguns olhares, mas num geral a maioria dos Lobos do Norte continuaram suas conversas, bebidas e disputas. A-Dama estava mais ao centro, em uma “mesa” improvisada em um grande tronco de árvore, havia muita bebida e comida por ali e ela falava alto, Dimitri pode ouvir parte do que a mulher falava.

    ... - Então eu estava lá por cima dele e olhei para ele, que parecia ter parado completamente de respirar! Então eu gritei: Maik! Pelo Amor do Pai Lobo vá chamar um Godi!!! Eu acho que quebrei seu pai!!!!!!! Acho que nunca vi aquele moleque correr tão rápido na vida! – Os demais explodiram em gargalhadas junto a mulher (Dimitri não fazia ideia do que diabos era um 'Godi'), mas as risadas morreram de leve, quando o jovem Prata se aproximou, as atenções voltaram-se para ele.

    Mayla, mais ao fundo, se levantou, com ares de poucos amigos. Os Crias ouviram em silêncio contemplativo, um cochicho aqui e ali, mas nada que atrapalhasse a fala de Dimitri, A-Dama olhava para ele, assim como Mayla, mas o peso de um olhar de um Ancião era muito maior do que um simples Fostern.

    Houve silêncio, antes da A-Dama falar. - Sente-se, Garras-do-Falcão. Beba conosco, coma conosco. Apreciamos seus pedidos de perdão diante dos fatos. E Grande-Caçadora-Cinza já teve sua parte na punição por não ter quebrado seus dentes quando teve a oportunidade. Isso é passado e passado não pode ser alterado, mas serve de lição. – Ela tinha um sotaque carregadíssimo naquele típico alemão, mas apesar da Fúria que borbulhava em si – era uma Lua Cheia afinal – parecia muito mais disposta a conversar do que quebrar coisas.

    Alguém ofereceu um caneco de hidromel para o Presa de Prata e as conversas paralelas retornaram a ativa, enquanto pequenos grupos conversavam. – Sobre a outra questão... – Disse a Anciã, levantando os olhos para até onde estava Aeron. - Tenho plena certeza que resolveremos essa noite. – Bebeu do próprio caneco, era interessante para ela lidar com os Presas de Prata, atualmente a Europa e a Europa Ocidental lidavam mais com os Senhores das Sombras – o Margrave tinha conseguido grande prestigio nessas regiões – e os Senhores das Sombras conquistado grandes espaços, em alguns casos, maiores que os próprios Presas, A-Dama estava mais acostumada a líder com os Senhores num geral. Ela deu uma olhada breve no jovem Cliath, analisando-o rapidamente para ver como ele se portava.

    Mayla havia voltado a se sentar ao lado de um jovem que parecia-se um pouco com ela e não demonstrou mais interesse no assunto entre A-Dama e Dimitri.



    […]

    Aos poucos, mais alguns Garou iam chegando.

    Houve uma saudação de uivos, quando Guardião-dos-Registros chegou, vindo dos Presas de Prata presente, o Ancião Galliard era um sujeito alto, de cabelo complemente grisalho e poucas cicatriz visíveis. Vestia-se mais socialmente do que a maioria que aparecia por ali e parou para cumprimentar A-Dama-da-Guerra e Justiça-Primeva. Preso à cintura, Guardião-dos-Registros portava sua famosa Klaive. Não era um sujeito de porte físico tão avantajado quanto A-Dama por exemplo, mas tinha uma postura impecável. Ele juntou-se aos Presas de Prata, conversando amenidades. Era um homem carismático ao excesso, famoso por suas histórias e suas mais profundas inspirações aos companheiros de Tribo e matilha.

    O Ancião Ragabash, um Senhor das Sombras, chegou de maneira discreta – não era padrão dos Senhores fazer qualquer tipo de alvoroço – e manteve-se assim na maior parte do tempo, observando, conversando. Era um homem bem vestido também, conhecido por falar apenas o necessário.

    Era interessante observar essas peculiaridades diante das Tribos, as sutis diferenças e as mais gritantes que os separavam em classes bastante especificas. A 'festa' rolou por mais algum tempo, enquanto tiveram a oportunidade socializar, de ouvirem histórias e conhecerem novas pessoas e culturas. Até determinado momento, quando a lua alcançou seu ponto mais alto.

    Um único uivo ecoou por todo o lugar e foi o suficiente para calar a todos. Os Anciões: Erik, Guardião, Roderick e A Dama se levantaram de seus lugares e colocaram-se em movimento, e ao fazê-lo suas formas alteraram-se para suas formas de guerra.

    Roderick era um Crinos de pelagem densa e negra como a noite, olhos brilhantes e astutos, não era fisicamente superior à Dama, por exemplo, mas não era tão esguio quanto se espera de um Ragabash.

    Erik era um Crinos acinzentado, com uma pelagem mais curta, algumas cicatrizes marcando o pelo aqui e ali, trazia preso à cintura adornada por um “saiote” de guerra seu Martelo de Ferro, o fetiche que possuía. Era grande, como todo Cria de Fenris.

    O Guardião-dos-Registros era um lupino de pelo branquíssimo e belo, naquela forma sua Raça Pura era ainda mais chamativa e contemplativa, seu pelo parecia até mesmo brilhar em leves tons prateados dependendo de onde luz batia. Portava uma Gran-Klaive, presa às costas e tinha o sereno olhar de um observador.

    A-Dama-da-Guerra talvez fosse a maior dos quatro. Era uma Garou volumosa, os músculos na forma de Crinos ficavam ainda mais evidentes e suas cicatrizes destacavam-se no pelo acinzentado. O martelo às costas dava-lhe ainda mais ares de um guerreiro poderoso.

    Eles caminharam em silêncio e foram seguidos pelos demais pelo simples fato de que quando um Ancião caminha em uma assembleia, você se cala e segue. Aos poucos, os Garou trocaram aquela clareira festiva por um local mais dentro da floresta. Agora o local era mais escuro, parcamente iluminado por tochas aqui e ali. Haviam ali cinco rochas, onde foram talhada os glifos dos cinco augúrios e cada ancião parou atrás de sua rocha, da mata, a lupina surgiu devagar em passos calmos em direção a marca do Theurge.

    Sussurra-no-Vento era... Estranha, em muitos e muitos sentidos, quando se aproximou fazendo a mudança de lupino para Crinos, ela o fez em silêncio, estava no centro, entre os outros Anciãos. Seus olhos alaranjados passaram em todos ali presente: os filhotes tinham sido postos à frente de todos os outros. Sussurra tinha o pelo numa cor “ginger”, uma grande cicatriz na garganta – diziam as lendas que Sussurra-no-Vento tinha trocado sua voz por favores dos espíritos – se isso era verdade ou não, ninguém sabia dizer.

    - Meus irmãos e irmãs. - “Falou” a Theurge, sua boca sequer se moveu, mas sua voz foi ouvida por todos em alto e bom som, como se trazida pelos espíritos do vento, levadas a cada um que precisava ouvi-la. - É com alegria e gratidão que os recebemos hoje, entre nós, com alegria e gratidão que celebramos, uma vez mais, a renovação de nossa espécie. Porém, antes de começarmos gostaria de passar a palavra à Guardião-dos-Registros, para que nos conte uma história.

    O Ancião Galliard tomou a vez. Sua voz era envolvente e admirável e conforme avançava na narrativa. Ele lhes contou sobre a Profecia da Fênix, contada milênios atrás e trazida à tona novamente pelo novo sinal.

    Uma das primeiras lendas do Garou é a Profecia da Fênix, que prevê o Apocalipse:

    “A Fênix me capturou. Carregou-me em suas garras bem alto sobre o mundo para que eu visse além do amanhã. E olhei. Contemplei o futuro. Vi a aniquilação de nossa espécie. Caçados sem trégua, mortos um após outro até o último. Não havia mais filhos, netos, pais ou mães.

    Este foi o Sinal que me foi mostrado pela Fênix: o destino que os Filhos da Weaver, os Humanos, reservavam para nós, os Garou. Olhei. Contemplei o futuro. Vi os Filhos da Weaver gerando. Uma grande massa de humanos crescendo sem parar. Tornaram-se cada vez mais numerosos, até Gaia sofrer por carregar todos eles. Os homens multiplicaram suas casas, rasgaram o solo com ancinhos e cavaram a terra ressequida para se alimentar de seus frutos. Este foi o segundo Sinal dos últimos dias que me foi mostrado pela Fênix: o que os humanos fariam.

    Olhei novamente. Contemplei o terceiro Sinal. Tantos. Tantas crianças. Tantos humanos. Eles se voltaram uns contra os outros e a Wyrm semeou corrupção entre eles. Vi o Fogo estranho, fora de controle, a grande coluna de fumaça elevando-se do campo, espalhando morte onde quer que refugisse no escuro e na terra fria. Ouvi a agonia do Mar: entoava um lamento porque algum bêbado tinha derramado sobre ele um lago de morte negra. Enojado, virei minha cabeça, mas não pude evitar olhar novamente. Contemplei, então, o quarto Sinal. A Wyrm ficou mais forte; suas asas abanaram as brisas da podridão. Ela espalhou pestes horríveis: o Rebanho foi afligido com doenças da mente e do sangue. As crianças nasceram deformadas.

    Os animais adoeceram e ninguém conseguiu curá-los. Nesses últimos dias, nem mesmo os Guerreiros de Gaia serão poupados das garras infectadas do pássaro maldito. Com lágrimas nos olhos, olhei novamente, e a Fênix mostrou-me o quinto Sinal. Vi outras Colunas de Fumaça elevando-se como lanças mortais na direção do céu belo, perfurando-o e deixando o Pai Sol queimar e secar Gaia. O ar ficou quente; mesmo na escuridão do Inverno fazia calor. As plantas definharam ao sol. Um grito de dor e doença elevou-se das florestas agonizantes: suas criaturas chorando a uma só voz. Então, como se um véu tivesse sido rasgado, o sexto Sinal mostrou-se para mim.

    Nesses últimos dias, Gaia estremeceu de fúria. Suas entranhas expeliram fogo. Cinzas encobriram o céu. A Wyrm ocultou-se nas sombras causadas por esses fenômenos… E preparou seu bote. Os velhos se foram; os Protetores das Trilhas e Encruzilhadas não existiam mais. Nesses últimos dias, o sexto Sinal se fará conhecer nas Matilhas que se formarão. Cada Matilha terá de empreender uma Cruzada. Essa é a vontade de Gaia. Vi o céu escurecer e a lua ficar da cor do sangue. E vislumbrei o sétimo Sinal, embora não tenha sido capaz de vê-lo completamente. Mas pude sentir seu calor O Apocalipse. Os momentos finais do mundo. Engolida pelo Sol, a lua ardeu nas entranhas do astro-rei. Fogos profanos caíram ao solo, queimando a todos nós, deformando-nos e fazendo com que vomitássemos sangue. A Wyrm manifestou-se nas torres, nos rios, no ar e na terra, e em toda parte seus filhos correram a esmo, devorando, destruindo, vociferando maldições de todos os tipos. E o Rebanho fugiu aterrorizado. E os Sombrios os filhos da Wyrm saíram de seus antros para caminhar nas ruas à luz do dia. Virei a cabeça para não ver mais nada. A Fênix me disse: Isto é como será, não como deveria ter sido. A Fênix largou-me. Agora não posso sonhar. Posso apenas lembrar os Sinais, cada um em perfeitos detalhes. Vivemos os últimos dias.

    Que Gaia tenha piedade de nós. Que a Profecia está se cumprindo, meu jovem, não resta dúvida. Chame-me de profeta do Apocalipse. Chame-me de velha fofoqueira. Chame-me do que quiser, mas ouça minhas palavras. Afirmo que, antes do fim desta década, todos veremos lampejos do Sétimo Sinal. Já presenciamos extinção em massa, explosão demográfica e os inúmeros desastres provocados pelos humanos…

    Ou será que Valdez e Chernobyl já foram apagadas de suas memórias fracas? Eles estão destruindo cada órgão da Mãe; ela agora treme de agonia e fúria, vomitando cinzas ao céu. Podemos negar que vimos os Sinais? Será que vocês podem ser tão cegos? Vivemos realmente os últimos dias. A profecia já se cumpre. É preciso agir imediatamente: não temos tempo para desperdiçar com palavras.” – Amara Windcrusher, Philodox Fúria Negra.

    Ele fez uma pausa, após essa narrativa, antes de continuar.

    Porém, foi-se relevado um Oitavo Sinal, mostrado pela própria Fênix a um Galliard chamado Blackpaw, e foi mostrado a nós que o Sete Sinal não é o fim, mas um chamado à Batalha, um pedido desesperado da Grande Mãe aos seus filhos – nós! - que nos ergamos e lutemos. Que todos os Totens, todas as Tribos! Ponham-se de pé e combatam a Grande Corruptora. E que assim, juntos, venceríamos essa guerra.

    Houve silêncio, após as palavras do Galliard Presas de Prata, um silêncio contemplativo, ele conseguia envolver bem todos os presentes em suas palavras, o Garou baixou levemente a cabeça, antes de outro ancião fazer-se ouvir, esse era Sussurra-no-Vento.

    - Então comecemos. – E sua voz trouxe todos de volta a realidade do que acontecia agora.

    - Mayla “Grande-Caçadora-Cinza”, Aeron “Presas-Perfurantes”, Lailah, filhote Filho de Gaia, deem um passo à frente. – Mayla estranhou aquilo, mas moveu-se como a Ancião pediu, Aeron fez o mesmo, não pararam lado a lado, Mayla ficou no canto esquerdo – próximo aos Crias – e Aeron ao direito – próximo aos Presas – olharam-se com ares de poucos amigos, Sussurra-no-Vento aguardou que Lailah se movesse.

    - Filha de Gaia, nascida na Lua do Juiz, aquela que deve julgar, condenar e apaziguar as disputas, aquela que deve trazer a razão aos seus irmãos, teu Ritual começa agora. Grande-Caçadora-Cinza e Presas-Perfurantes encontram em desavenças severas por atos cometidos pelas partes, deve ouvi-los, ambos, e fazê-los chegar a uma conclusão que encerre essa desavença que não é benéfica para nenhum de nós. Tu tem até o nascer do sol, Filha de Gaia, agora vão.

    - Ronny “Rói-Com-Rancor e Samuel filhote Roedor de Ossos. Deem um passo à frente. – Ronny se moveu, como havia sido pedido e aguardou o Roedor tomar seu lugar. - Samuel, nascido na Lua do Trapaceiro, do questionador, àquele que tem com dever mostrar que nem sempre estamos certos, que há sempre mais de um modo de agir, que há mais de uma maneira de vencer, ensinando-nos a insensatez da presunção e a sabedoria da humildade. Máni “Manto-de-Sombras” escondeu duas runas talhadas em rocha neste território, sem ajuda, você terá até o nascer para localizá-las usando qualquer artifício que lhe ache válido... Sem ofender os presentes. Agora vá.

    Outra pausa, enquanto aguardava que eles se retirassem. - Aine “Antes-que-Anoiteça”, Nimue Filhote Fúria Negra, um passo à frente. – Declarou, Aine assim o fez e aguardou Nimue. - Nimue, aquela nascida na Lua do Vidente, os olhos e ouvidos dos Espíritos, caminhante da Umbra, aquele que guiará pelas trilhas e perigos dos reinos umbrais, este é teu desafio: Vá, filhote, à Umbra, vá e busque a dádiva de um espírito menor, vá e traga de volta seu favor, qualquer favor. Convença-o ou obrigue-o, tem até ao nascer do sol para cumprir seu desafio, sem ajuda. Agora vá.

    Sussurra-no-Vento aguardou que os filhotes se retirassem para fazerem ou que lhes fora pedido, antes de voltar aos demais.

    - Bebam, meus irmãos e irmãs, divirtam-se, comemorem, pois hoje há de surgir uma nova matilha, para a gloria da grande mãe. Aguardemos e roguemos aos espíritos que nossos filhotes tenham sucesso.

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    Mensagem por Kether Dom Jun 04, 2017 4:54 pm

    Dimitri aguardava ansioso pelo primeiro golpe que iria quebrar pelo menos umas três a quatro costelas, quando para sua surpresa, ouviu a grande anciã aceitar suas desculpas. Porém, ele ficou triste por ter causado problemas demais para a Philodox que havia aceitado ouvi-lo.

    Ao receber o caneco que mais parecia o chifre de algum animal com grandes cornos cheio de hidromel, Dimitri o aceitou e fez um brinde a anciã. Ele então ouviu as histórias daquela tribo fascinado com a riqueza de sua cultura. Muitas daquelas histórias ele achou exagerada, mas resolveu guardar para si os comentários afinal acabara de ser perdoado e não queria criar outro e maior problema.

    Conversou com alguns dos Crias, contando algumas histórias e feitos de seus irmãos que estavam na Rússia, feitos que os mais velhos já haviam ouvido e achavam que eram apenas lendas. Como beber e comer ao redor de uma fogueira era capaz de socializar os garou e até passou a gostar realmente deles, tentou se aproximar da Philodox, mas foi desencorajado por um dos cliath que ali estavam.

    - Não abuse da sorte! Deixe o tempo cicatrizar as suas feridas que estão nela. - disse o Theurge dos Crias ainda com a boca cheia com um naco de carne.

    Dimitri seguiu seu conselho. No momento que seu líder chegou na Assembleia, ele então se despediu do Cliath com quem bebera e voltou para junto de sua tribo, desta vez se afastou dos Crias de Fenris sem o peso da culpa que tinha da vez anterior.

    Chegando na tribo assumiu sua posição atrás de seu mentor e enquanto passava por ele recebeu um olhar de aprovação pelo que fizera.

    - Agiu bem. - Gared limitou-se a dizer.

    Dimitri se sentia bem com tudo o que acontecia, aquele ambiente era sensacional ele se sentia realmente em casa ali. Desde que chegara a Irlanda ele estava num país estranho, rodeado de pessoas estranhas. Mesmo que ele houvesse sido bem aceito pelos Presa de Prata e pela Casa Olhos Cintilantes, ele havia sido criado por outra casa durante seus primeiros oito anos e a morte dos pais a vinda para a Irlanda viver com o tio. Tudo isso ainda causava uma estranheza a aquele lugar e ao seu povo e cultura.

    Mas enfim ele se sentia em casa e estava animado com isso. Quando todos seguiram mais para dentro da floresta ele sabia o que devia ser feito. Todos iam mudando para a forma de batalha, e ele não foi diferente.

    Garras-do-Falcão tinha o pelo do corpo branco como a neve apenas nas patas e nas mãos seu pelo eram acinzentadas como se fossem luvas e meias, seus músculos eram bem trabalhados, talvez pelo treinamento físico diário que sempre fez. Ele era um Ahroun, um guerreiro de Gaia e seu porte e corpo demonstravam que ele era um inimigo poderoso. Em sua forma humana ele já mais de 1,90m e com o torso bem trabalhado por horas de treinamento em piscina.

    Spoiler:

    Seu caminhar era seguro, ainda mais agora com toda a tribo ao seu redor. Ele ouvia hipnotizado as palavras do ancião presa de prata e ao terminar e ouvir os desafios dos filhotes em seu ritual de passagem.

    Terminado o primeiro passo do ritual e todos foram liberados para a continuarem as festividades, Dimitri retornou com sua tribo, mas logo procurou por sua amiga que possivelmente estaria com os Fianna.
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