[Lars-Gaehlia] Bairro Velho

Bairro Velho

Nadyne Creenbottle

Esse, como diz o próprio nome, é o bairro mais antigo da cidade. Ali ela começou a nascer, antes mesmo da origem da Universidade. Aquelas ruelas e lotes apertados viram a Universidade nascer e crescer, até se tornar o colosso que é atualmente. Porém, diferente da Universidade que ganhou prestígio e modernizou-se, o bairro continuou com ruas estreitíssimas, que mal passa uma carroça. Aquela área da cidade já viu apogeus e quedas. Já foi o bairro rico e o bairro dos depravados e viciados. Hoje, ainda tem depravados e viciados e é bom andar com o olho aberto para não ter sua bolsa de moedas levada, porém ganha novos ares de bairro artístico. Grande parte devido aos bares e pequeníssimas galerias de artes, além dos artesãos ourives que ainda têm suas lojas por lá.

Nadyne estava no pavimento superior de uma mercearia-bar, numa das ruas mais internas do bairro. Aquele bar poderia se acessar diretamente por uma escada que saía do exterior, ou por dentro da mercearia. A jovem halfling estava em Lars-Gaehlia porque era um sexto (sexto dia da semana). Dia de feira na capital de Johas. Era dia de fazer boas compras. Ela contudo, por jovem que fosse, era já experiente no comércio e sabia que as melhores ofertas acontecem nas últimas horas e o custo-benefício de uma mercadoria decente por um preço baixo era melhor que uma mercadoria excepcional por um alto custo. Ela então preferia esperar no Bairro Velho, num bar, até que fosse a hora certa.

Nadyne gostava daquele bar porque sempre tinha música tocando. O dono deixava instrumentos velhos a disposição para quem quisesse tocar e cantar. Mas usualmente as pessoas levavam os seus e tocavam três ou quatro músicas antes de dar lugar a outrem. Nadyne esperava a oportunidade de declamar alguns versos e talvez tentar a sorte dedilhando alguma coisa, quando notou pela janela a formação de nuvens estranhas. Mal teve tempo de olhar pela janela, vendo que as nuvens mais espessas cobriam a torre da Universidade, quando um raio atingiu a mesma com violência. Com o impacto do raio, algumas pedras da torre soltaram-se. E Nadyne conseguiu ver que a maior delas caía exatamente em direção do bar em que estava. Ela não tinha mais do que alguns segundos para agir.

Essa narração acontece no exato momento que foi descrito no tópico de apresentação desse jogo. @zignon, verifique os equipamentos que c tem no tópico de fichas dos jogadores. Note que você tem um pergaminho com uma magia, ela está descrita lá. Espero proporcionar um bom jogo!

Bairro Velho

Nadyne Creenbottle

Tudo aconteceu muito rápido e de uma hora para outra ela estava caída no chão depois de se jogar para desviar das últimas pedras que caiam. Limpou o pó que havia caído sobre sua face e olhou a mercearia-bar que há pouco segundos atrás era seu destino. A grande pedra, mais ou menos do tamanho de uma cama, acertara a fachada do local, abrindo um buraco que ia do andar de cima até o chão. Uma parte do piso ruíra o que provavelmente colocava em risco toda a estabilidade da construção.

Sentiu-se entristecida pelas mortes que certamente aconteceram ali. Porém, sabia que sua segurança era mais importante. Já estava quase chegando à esquina que lhe daria acesso à rua da Universidade, a rua larga que ligava a praça à torre, quando escutou um lamento abafado.

Estancou dois segundos enquanto ouvia aquela voz. Parecia vir de dentro da mercearia-bar semi-demolida. Talvez alguém ainda estivesse vivo soterrado.

@zignon você decide se volta ou não para ajudar a pessoa supostamente soterrada. Se sim, faça um teste de Percepção com 1 Perdição. As pessoas estão começando a gritar e sair das construções ao lado. Se não, poste apenas tomando essa decisão e seguindo em direção à rua larga. O teste deve ser rolado nesse tópico.

Bairro Velho

Nadyne Creenbottle

Nadyne voltou para os escombros da mercearia-bar. Com suas mãos pequenas foi tirando as pedras e pedaços de madeira e tijolos, procurando ouvir de onde vinha aquela voz. Tentou focar a atenção, mas os pedaços de piso caindo mais para dentro e os gritos das pessoas que estavam próximas e distantes, tudo aquilo a impediam de encontrar.

Depois de tirar três ou quatro pedras maiores, começou a sentir as mãos doerem. Respirou fundo e lembrou que ela também precisava ficar em segurança. Quando ergueu-se de pé novamente, sentiu que havia um tremor no chão. Porém era tarde demais, quando tentou correr, o solo debaixo de si ruiu, fazendo-a cair.

A queda durou também uma fração de segundos. Sentiu o corpo bater violentamente contra as pedras e por algum tempo ficou imóvel. Quando finalmente conseguiu se mover, olhou ao redor com mais calma. O tremor fez o chão ceder e Nadyne estava diante de algo que se assemelhava muito a um túnel. Acima de sua cabeça, uma cratera, com quase a largura da rua que estava, ficava a uns 3 metros de altura.

Nadyne tem uma pederneira e uma tocha, bem como uma corda. Ela está dolorida, mas não o bastante para causar danos reais.

Bairro Velho

Nadyne Creenbottle

A queda a deixou dolorida, mas não a machucou seriamente. Uma vez se vendo bem, levantou-se e observou o túnel diante de si. Logo a curiosidade a moveu mais que o instinto de sobrevivência e rapidamente ela acendeu uma tocha com sua pederneira e começou a avançar túnel adentro. Quando ela já ia a quase vinte passos, pode escutar ao longe as vozes na beira da cratera.

De fato, Nadyne nunca ouvira falar que havia túneis subterrâneos na cidade, mas como bem notara, este seguia para oeste. Do ponto onde estava na cidade, a oeste não tinha muita coisa além da Universidade. Pensava nessas coisas enquanto avançava. O túnel parecia lentamente ir se aprofundando. O ar ficava mais úmido e parecia correr lentamente na direção contrária que Nadyne avançava.

Já caminhava há uns cinco minutos, quando chegou em uns degraus. Desceu eles e chegou a um pequeno patamar, que em seguida dava para mais degraus. Ao pisar no patamar, uma luz azul cobaldo brilhou à sua esquerda. Era uma runa. Aquilo a fez perceber que deveria ter entrado de fato no terreno da Universidade. Descendo os outros degraus diante do patamar, Nadyne notou que estava saindo do túnel e adentrando num corredor mais largo, embora com a visão não conseguisse ver bem, pois estava bastante escuro, mesmo com a tocha e com a runa brilhante.

Continua...

@zignon Você pode rolar um teste de Inteligência para ver o que Nadyne sabe sobre a Runa. Quero que você role outro teste de Percepção. Você pode rolar os dois testes no mesmo post no tópico. Quando postar, me marca na postagem, que verei o resultado e postarei uma outra vez, dizendo o que você percebeu ou não.

Bairro Velho

Nadyne Creenbottle

Continuação

Enquanto descia as escadas, lembrou-se o que significava aquela runa: era um símbolo que indicava vigilância. Concluiu que de alguma forma, aquela runa ter acendido era uma espécie de alarme. Se ela estivesse de fato na Universidade, o que tinha quase certeza que estava, aquilo deveria ser um meio de alertar contra possíveis invasores.

Se ela era uma invasora, preferiu deixar um pouco para lá. Demoraria até alguém encontrá-la ali. Ao menos era o que ela esperava. Foi adentrando no corredor mais largo. Começou a sentir um odor desagradável enquanto seguia. Tentava imaginar de onde viria aquele cheiro, ao mesmo tempo metálico e orgânico, quando deparou-se com a coisa mais hedionda que já vira.

Spoiler:

Bem diante dela, uma larva aberrante vinha se arrastando. Aroseada e coberta de gosma, aquilo parecia um verme enorme. Tinha quase metade do tamanho dela mesma. Ela emitia um barulho baixo e terrível e tinha a boca arrodeada de dentes afiados e irregulares. Sentiu o coração acelerar bruscamente. Aquela visão era pior do que tudo que havia visto.

Nadyne está diante de um ser Assustador.
Isso quer dizer que você deve rolar um teste de Vontade. Você tem +1 nesse teste, então adicionará isso à rolagem do d20. Se falhar, você ficará com a aflição Assustada. Porém, como você é Halfling, se você ficar com essa aflição você pode usar uma ação desencadeada para rolar outro teste de Vontade. Se tiver sucesso no segundo teste, você tira a aflição. Role esses testes e poste as reações da Nadyne até ver esse ser diante dela. Haverá um combate, mas só postarei as regras do combate quando for responder seu post  

Bairro Velho

Nadyne Creenbottle

Combate iniciado aqui.

Subterrâneos da Universidade

Nadyne Creenbottle

Narração continuando aqui.

Bairro Velho

Rax

Quando Rax estava pondo os pés em Lars-Gaehlia, o raio atingiu a torre e momentos depois o chão tremeu com força. A última coisa que esperava era chegar na capital e presenciar um terremoto ou algo do tipo. Era o quarto-sexto do mês e era dia de feira. O que ele esperava era quem sabe falar do Velho Inverno para um ou dois cidadãos e conseguir um emprego naquela nova cidade. O destino, no entanto, lhe abrira as portas da cidade num certo pandemônio.

Foi caminhando pela cidade. Havia entrado pelo portão sudoeste, o mais próximo da Grande Torre. Vira a pedra que desabou sobre as construções próximas. Era um devoto do Velho Inverno, sabia que aquele tipo de coisa acontecia. Era tão necessário quanto o frio e o gelo. A eles, reles mortais, restava ser resilientes e fortes. Aguentar e sobreviver. E chorar os mortos que partiram.

Caminhou portanto pelo Bairro Velho. Ele tinha ruelas apertadas e intruncadas. Numa dessas ruas, viu uma mercearia em parte destruída e uma enorme cratera no chão. Ocupava quase a rua toda. Desviou mais em direção ao Centro e chegou no que era a rua principal. Ela ligava a Grande Torre da Universidade à Praça Maior. Num largo ali próximo, parou para observar debaixo de uma árvore frondosa que ali estava arraigada. Muitas pessoas andavam de um lado para o outro. Os tremores pararam. Uns atendiam uns feridos. Mulheres olhavam pelas janelas e conversavam entre si. Alguns homens mais fortes passavam com carrinhos de mão cheios de entulho. Ocasionalmente um o outro guarda aparecia, fazia algumas perguntas e seguia. A cidade começava a se reorganizar depois dos problemas de mais cedo.

Essa narração comprime um pouco o tempo até agora @Akugam. Você está exatamente no mesmo momento que os demais jogadores. Você está a cerca de 70m da entrada da Universidade. Se desejar uma descrição mais profunda do bairro, veja o primeiro post desse tópico. Espero proporcionar um bom jogo!

Bairro Velho

Rax

Poucas pessoas tinham dado conta da presença do orc ali naquele pequeno largo. A necessidade premente de organizar as coisas e ajudar os feridos deixaram os olhos menos atentos a coisas secundárias como, por exemplo, quem está em pé parado no meio do tempo.  

Decidiu por fim encontrar um lugar para ficar e talvez um serviço. Aquela era a rua principal, então possivelmente ali deveria ter algumas pousadas ou hospedarias e certamente algum serviço. Decidiu então caminhar um pouco mais em direção a Praça Maior. Mais para perto da Universidade a balbúrdia ainda era grande e talvez fosse inadequado procurar abrigo por ali.

A primeira hospedaria que encontrou, que era também uma taverna, entrou. Tinham poucas pessoas ali, todos humanos. Eram quatro para ser exatos. Um homem numa mesa no canto, bêbado olhando pro copo. Dois outros numa mesa mais próxima ao bar, que o olharam com desconfiança quando abrira a porta.
E o taverneiro que lustrava o balcão e deixou a boca entreabrir quando o vira.

- O que... er... deseja? - Era o taverneiro, claramente nervoso. Perguntou aquilo quando Rax ainda estava na porta.

É isso mesmo hahaha foque em se divertir e agir como Rax agiria  

Bairro Velho

Rax

Aquele lugar, olhando melhor, embora estivesse bem localizado, não era nenhum hotel cinco estrelas. Havia sujeira nos cantos e o chão estava desgastado. Isso claro, de forma bem dissimulada, no primeiro olhar, pareceria bastante suficiente. 

- Os quartos são alugados por noite e só ficam disponíveis a partir de 20h. Tem que desocupar às 8h do dia seguinte. Servimos café da manhã, mas nada elaborado demais. E não está incluso na pernoite. - Notou que o tom de voz do taverneiro era agora desconfiado, mas não parecia ser inimistoso propriamente dito. Pelo que falava, ainda faltavam pelo menos quatro horas até os quartos ficarem disponíveis. Esperar ali naquele bar certamente seria bastante tedioso e pouco produtivo. O taverneiro abaixou-se para pegar um copo e serviu o que havia pedido o orc. - Aqui sua cerveja.

Colocou o copo sobre o balcão e virou-se para organizar qualquer outra coisa. Provavelmente querendo desviar um pouco o olhar e a atenção de Rax. Imaginou que dificilmente encontraria ali trabalho, mas quem sabe o taverneiro soubesse indicar quem o pudesse oferecer.

No sistema não se tem valores específicos para cada coisa, no começo de cada aventura, você compra um estilo de vida. No caso, você começou com um estilo de vida modesto, o bastante para um pernoite ali e para tomar uma cerveja. Na próxima aventura você terá que pagar algum estilo de vida, mais ou menos confortável, a depender de quanto dinheiro você tenha e queira gastar.

Bairro Velho

Rax

- Er... Talvez precisem de braços para carregar entulhos e por de pé as casas e comércios afetados pelo terremoto. - O taverneiro de fato teve um sobressalto ao ouvir o orc se dirigindo a ele. Demorou um pouco para começar a responder, talvez ruminando a idéia de quem poderia contratar o orc. - Se você seguir nessa ruela perpendicular à Rua Principal e depois da pracinha dobrar à direita, chegará num bar-mercearia que foi esmagado pela pedra que soltou da torre.

Ao falar isso ele se aproximou um pouco enxugando uma caneca. Indicou com as mãos o caminho que havia falado. Rax havia passado pela tal mercearia e visto a cratera que havia se aberto no chão. Bem como o monólito que tombara da torre.

- Lá você deve conseguir receber um soldo.