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    Capítulo 5: Um Corvo Fora do Ninho

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    Mensagem por Elminster Aumar Sáb Dez 16, 2017 12:03 am



    Capítulo 5: Um Corvo Fora do Ninho


    O trem chegou à estação de Ellsporth, e as pessoas desembarcavam com pesar em seus semblantes. Haviam arranjado um caixão para o corpo do conde e uma pequena procissão havia se formado ao seu redor para levá-lo sabe-se lá onde. Raven também desembarcou, pisando fora de Caspia depois de muito tempo. À primeira vista essa nova cidade possuía bastante semelhança com a capital do reino, com apenas duas diferenças notórias: ela era muito menor do que a gigantesca Caspia e se respirava melhor o seu ar.

    Ellsporth também era uma cidade portuária, mas ao invés de dar para o Golfo de Caspia, ela dava para os Baixios de Água de Aço, um enorme lago com uma saída para o mar. A assassina conhecia quase nada da cidade e por isso ela usou as suas primeiras horas no lugar para explorá-lo. Conheceu as melhores tavernas do porto, visitou a grande praça pública com um mercado a céu aberto e até encontrou uma torre de sinos aparentemente abandonada e que poderia servir como algum refúgio temporário. Raven, contudo, não havia permanecido na cidade para passeio. Ela tinha um objetivo: matar a pessoa que contratou os seus serviços para assassinar o conde. Sua única pista de quem fizera isso era uma frase dita por Mattieu: [...] até mesmo gente da própria família do conde o quer morto [...] E por esse motivo ela passou a espionar de longe a grande mansão da família Belgarten.

    Raven sabia que estava sem arma de fogo desde o momento que ela havia deixado a sua antiga pistola para Gregory ter a chance de se matar. E tampouco ela tinha dinheiro para comprar uma no momento. Pedir para Mattieu, no momento, estava fora de cogitação. Ela teria que se virar com a sua lâmina de assassino.

    No segundo dia de sua estadia na cidade, ela novamente foi até a propriedade do conde. Enquanto observava as altos muros de pedra que rodeavam toda a mansão, ela ouviu um barulho no céu. Um dirigível, pequeno, que mais parecia um barco pendurado num balão, sobrevoou em direção ao interior dos muros de pedra. O transporte era veloz apesar de desajeitado, e só deu tempo de Raven ver de relance um homem que conduzia o dirigível e uma menina escorada na ponta do deque principal. Ela os perdeu de vista assim que o dirigível conseguiu pousar. Ela não conseguiu observar mais nada de interessante e então se retirou do local para dar mais uma volta pela cidade.

    O que Raven conseguiu descobrir é que a mansão agora era governada pela viúva do Sr. Belgarten, uma mulher cuja população parecia ter pouco apreço por ela. Já em relação a filha do conde - cuja prole descende da relação com outra mulher -, a assassina notou que as pessoas falavam com carinho sobre como ela era gentil e bondosa com todos. Annalise era como se chamava. Muitos estavam com pena dela e diziam que para piorar a sua situação ela não se dava nada bem com a madrasta. A notícia da morte do conde, como não podia ser diferente, havia se espalhado rapidamente e Ellsporth estava em luto. O funeral ocorreria na igreja de Menoth e seria aberto ao grande público, mas talvez não fosse prudente para Raven comparecer lá.


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    Capítulo 5: Um Corvo Fora do Ninho Empty Re: Capítulo 5: Um Corvo Fora do Ninho

    Mensagem por Rosenrot Dom Dez 17, 2017 3:10 pm

    Quando o trem finalmente chegou a estação, Raven já tinha reorganizado suas ideias: daria um jeito de enviar sua 'carta' em segurança para Mattieu procurando a única conexão que poderia depositar algum tipo de confiança: o submundo da cidade. Pensou em tentar recuperar a sua pistola, com toda aquela confusão não seria um trabalho tão difícil, mas mudou de ideia. Achava um desgaste de energia desnecessário.

    Sua segunda visita seria a lugares que não podia afirmar conhecer tão bem, mas que fazia se sentir menos distante da humanidade em si: os prostíbulos. Entrou sem intenções, olhando aos arredores, não tinha interesse nas jovens e tão pouco dinheiro para gastar com elas. Raven com seu olhar analítico, buscou tentar identificar a 'manda-chuva' do local e assim iniciar uma conversa, citando casualmente o nome de Cherry. Raven precisava de ajuda e bom, uma mão lava a outra e as duas lavavam o rosto.

    Se sua pequena incursão 'diplomática' desse certo, solicitaria emprestado um vestido preto, sem muitos decotes ou enfeites, voltaria para buscá-lo em breve. O resto do tempo ela reconheceu terreno, como um predador costuma fazer. A maior das verdades era que não pretendia assassinar tão imediatamente o mandante: afinal precisava receber primeiro e não poderia ter certeza de tê-lo feito até conseguir contato com o velho em Caspia, mas descobrir o motivo e o mandante era algo que poderia fazer naquele instante.

    A casa não lhe chamou atenção, era só outra casa de um homem pequeno que gostava de parecer grande. Todos os homens ricos, de certa forma pareciam agir desse jeito. Raven, pacientemente observou e além de observar, tentou encontrar mais informações sobre a viúva e a filha. Raven juntava pedaços e migalhas, para formar aquela trama e dar-lhe um fim o mais breve possível.

    Ela retornaria ao prostíbulo afim de vestir-se. Raven tinha um corpo esguio, não haviam ali muitas curvas para chamar a atenção de homens quando vestia-se como uma moça. Fez questão de fazer o processo por si só: não gostava que lhe tocassem. Quando finalmente terminou, olhou-se no espelho com uma expressão vazia: não se reconhecia com aquele cabelo longo e negro solto caindo nos ombros como cascatas de piche, tão pouco com a maquiagem que lhe dava cor nas bochechas - está que precisou de ajuda das moças para aplicar - viu-se como uma boneca, um fantoche sem vida e sem necessidade de existência.

    Quando finalmente deixou o lugar sendo Charlotte e não Raven, caminhou sem muito interesse pelas vielas até o tal ato fúnebre. Lá, fez plena questão de se misturar, de conversar e conseguir informações. Mas seu maior alvo por enquanto estava em identificar a viúva, porque em sua mente doentia, peças se juntavam uma a uma com as coisas que tinha ouvido até então.
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    Mensagem por Elminster Aumar Seg Dez 18, 2017 9:25 pm



    Os prostíbulos de Ellsporth não eram nada diferentes dos que haviam em Caspia. Onde existia um grande acúmulo de homens, existia mulheres trabalhando para lhes dar prazer em troca de dinheiro. Raven estava acostumada no trato com esses tipos de mulheres. Apesar de nenhuma parecer ter ouvido falar de Cherry, elas rapidamente se tornaram amigas de Raven e a ajudou como podiam. O vestido emprestado e a maquiagem era o favor mínimo que elas podiam ofertar.

    Raven saiu do prostíbulo parecendo outra pessoa. Muito mais feminina, sensual, bonita e bem vestida. Só lhe faltavam seios, mas de resto tinha tudo para chamar a atenção de um homem. E essa, na verdade, nem era a intenção. Raven queria apenas passar desapercebida pelo funeral e não correr o risco de alguém que estivera no trem a reconhecesse.

    Ela chegou ao funeral cedo, pois queria observar o máximo que podia do lugar e das pessoas ali envolta. Haviam muitas pessoas aglomeradas na porta da abadia dedicada à Menoth, todas aguardando a sua vez para entrar e prestar a sua homenagem ao falecido conde. Gregory Belgarten havia sido uma figura muito querida pela população. A própria Raven teve que aguardar por duas horas numa fila quilométrica para conseguir adentrar a abadia. Em seu interior, toda a igreja estava decorada em tons fúnebres, como não podia ser diferente. Ao centro estava o caixão com o corpo do Sr. Belgarten, e em frente ao caixão, estavam algumas das pessoas mais próximas dele. Ela rapidamente identificou que a menina de cabelos louros e que chorava a cada vez que alguém vinha falar com ela, era a filha do conde. Havia sempre um homem ao seu lado, e Raven descobriu que ele era o seu guarda-costas particular. Outras pessoas que estavam por ali não lhe chamavam a atenção, mas quando uma mulher de meia-idade se aproximou do caixão, Raven percebeu que ela era o seu maior alvo.

    A ex-mulher de Gregory usava bastante maquiagem para tentar esconder as rugas do seu rosto, que era comprido e magro, com olhos profundos e um nariz pontudo. Seus lábios finos davam a entender que ela estava sempre de mau humor. Seu cabelo, preso num coque, era negro com alguns fios grisalhos. A mulher chegou mais tarde do que os demais que acompanhavam o conde, pousou ao lado do caixão por alguns minutos como se estivesse lá apenas para as fotografias dos jornais que sairiam nas próximas edições, e depois se retirou do local. A filha do conde, por sua vez, parecia que ficaria durante todo o tempo do funeral. A assassina tinha uma escolha pra fazer: tentar seguir a ex-mulher de Gregory apesar dela estar acompanhada de muitos seguranças ou aguardar o final da cerimônia para tentar falar com a filha do conde.


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    Capítulo 5: Um Corvo Fora do Ninho Empty Re: Capítulo 5: Um Corvo Fora do Ninho

    Mensagem por Rosenrot Sex Dez 29, 2017 8:42 pm

    Existia uma satisfação estranha quando se encontrava naqueles ambientes. Raven tinha aquele sentimento de sinceridade momentânea, afinal ali, todas - ou ao menos a maioria do que realmente se pretendia ficava exposto: as mulheres queriam dinheiro, os homens queriam sexo. Era simples e objetivo. Gostava dessa simplicidade. E a partir disso, Raven foi bastante sincero ao dizer: não tinha interesse nos prazeres físicos, não tinha dinheiro e não pretendia explorá-las, porém, precisava de ajuda.

    Não entrou em detalhes, mas tentou ser o mais clara possível no que pretendia e no que precisava. O mínimo que poderia fazer em troca era o que fazia melhor: amedrontar os idiotas que as destratassem.

    Não prestou muita atenção nas pessoas durante seu trajeto até o local do velório. Usou o tempo 'perdido' na fila para traçar planos, para repensar as coisas até ali. Era bom poder perder-se dentro da própria mente, isolar-se de todo o barulho que as pessoas eram capazes de produzir.

    Lá dentro, de outra maneira, parecia deslocada. Não sentia empatia por tudo que acontecia ali. Era algo tão irreal para si que se desconcertava constantemente. Perambulou como uma alma penada de um lado para o outro, analisando os presentes. Principalmente a viúva e a prole.

    Andou mais um pouco para cá e para lá, até propositalmente conseguir aproximar-se da prole, em quem esbarrou de maneira teatralmente acidental, Raven sorriu para Anna - um sorriso vazio e desprovido de sentimento - fixou o olhar naquela por um instante, enquanto enfiava um pedaço de papel dentro da bolsa da moça. Caso fosse bem sucedida em sua pequena empreitada, Raven deixaria o lugar.
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    Mensagem por Elminster Aumar Ter Jan 16, 2018 10:28 pm



    Acompanhar toda a cerimônia póstuma de Gregory Belgarten foi uma tarefa difícil para Raven. Por vezes ela teve vontade de ir embora e deixar aquela cidade para trás. Por que estava se metendo naquilo, afinal? A sua missão estava terminada, de algum jeito ou de outro cumprira com o que fora pré-determinado. Mas havia algo no interior do assassino que o movia a seguir em frente por conta própria. Raven aguardou por muitas horas até ter a chance de ficar frente a frente com Anna. O encontro entre as duas foi rápido e marcado por um esbarrão proposital, mas que no momento parecera um acidente. Tudo isso para que Raven conseguisse depositar na bolsa de Anna um bilhete. Ela só saberia se o seu plano havia dado certo ou não no dia seguinte...



    Nas primeiras horas da manhã, Raven se moveu até uma taverna que havia às proximidades do bordel em que estava instalada. O lugar chamava-se "Pistão Quebrado", era um pub barato e bem localizado, e por isso estava sempre bem movimentado. Era o ideal para uma conversa discreta, embora a escolha do local tenha sido arriscado para quem almejava conversar com a pessoa mais visada de Ellsporth. Por esse motivo, Anna, que aceitou vir ao local marcado no bilhete, teve que usar vestes diferentes às quais estava acostumada, inclusive um chapéu com renda que escondia metade do seu rosto. Ratchford, o seu guarda-costas e agora um pouco mais do que isso, a estava acompanhando. Ele não precisou usar nenhum disfarce, visto que a maior parte da população não dava a miníma por ele.

    - Apenas finja que é minha namorada - havia cochichado Ratch antes dos dois entrarem na taverna. Isso não seria difícil para Anna, uma vez que os dois estavam agora juntos. O disfarce tinha o seu lado positivo, pois permitia que ambos se beijassem em público. Ratch, porém, nunca deixava de lado o seu lado profissional. - E lembre-se: qualquer movimento brusco você se abaixa e deixa eu lidar com a situação.

    Não foi difícil para Raven localizá-los. Ela havia visto o guarda-costas no dia anterior e sabia que Anna viria disfarçada. O casal sentou-se numa mesa próxima ao bar e perto da saída. Caso desse algo de errado eles já tinham a rota perfeita de fuga. O local todo era muito barulhento, com vozes alegres e bêbadas, enquanto que ao fundo havia o som de cantores que entoavam canções festivas sobre o palco. Aparentemente o luto pela morte do barão já havia sido superado na cidade. Ratch parecia desconfortável com aquela situação e olhava desconfiado para os lados, aguardando quem quer que fosse que desejava falar com Anna.


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    Mensagem por Luxi Qua Jan 17, 2018 9:05 pm

    - Tudo bem, Justin, eu aceito esse pedido informal, mas da próxima vez pode ser mais romântico - sorriu de canto, com o rosto parcialmente escondido. Estava feliz como as coisas tinham saído, apesar das circunstâncias. Ela mesma era uma dama sociedade que tinha acostumado a ser discreta na frente dos outros, mas gostava de se aventurar na surdina, o que nem sempre tinha sido bom para ela. De qualquer forma, Rathford era agora a única pessoa que ela tinha.

    A noite anterior tinha sido muito difícil. Quando se separaram, Anna teve tempo o bastante para o luto e ter memórias de seu pai em cada cantinho do quarto. Nem mesmo teve vontade de ligar música. Tudo parecia incompleto e confuso. Ela teve medo daquele encontro. E se sofresse um atentado? Mais do que isso, tinha medo que fosse uma emboscada que acabasse afetando Ratchford. Não aguentaria passar por isso duas vezes. No entanto, era a única possível pista que tinha e por isso deixou-se manipular daquela maneira, confiante da presença do guarda-costas.

    Annalise saiu cedo de casa como o combinado e tinha tentando ser sóbria nas roupas, para não chamar tanto a atenção, como costumava fazer nas aventuras noturnas dos bares proibidos no período de adolescente rebelde sem causa. Agora não tinha mais de quem fugir das regras...

    Suspirou, assentiu e então entraram no local. O humor da herdeira Belgarten oscilava. Agora um medo crescia dentro dela, especialmente após o aviso de Ratchford. Não tinha a menor ideia de onde esstavam se metendo. Era inocente de achar que sairiam em uma busca de vingança e teriam algum sucesso imediato. Não era como aqueles homens de duas caras dos Coletores.

    Sentou-se à mesa e manteve um sorriso falso de baile da aristocracia na cara. Não estava nem um pouco a fim, de verdade, de viver um clima de festas, mas era como precisava lidar com tudo, afinal. Como era bom para aquelas pessoas ser só um cidadão comum...

    Quantos ali de fato estariam comemorando? Anna juntou as mãos na mesa, impaciente e um pouco rancorosa. Não olhava para os lados, ao contrário, mantinha os olhos fixos em Ratchford, mantendo o teatro, embora por dentro estivesse nervosa.
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    Capítulo 5: Um Corvo Fora do Ninho Empty Re: Capítulo 5: Um Corvo Fora do Ninho

    Mensagem por Rosenrot Qui Jan 18, 2018 5:20 pm

    "And as you were,
    you'll be again
    To mold like clay,
    to break like dirt
    To tear me up
    in your sympathy
    You were never meant
    to belong to me"
    Crestfallen - Smashing Pumpkins


    Capítulo 5: Um Corvo Fora do Ninho The_ra10

    A manhã começou como todas as outras começavam. Muito antes do sol nascer seus olhos estavam abertos. Olhava pela janela, sua mente fragmentada e atormentada pelos sonhos que lhe consumiam noite após noite. Alguns eram tão rotineiros que não lhe abalavam mais. Não necessitava dormir muito, talvez o corpo tenha se condicionado ao modo como a própria mente trabalhava.

    Olhou na direção do vestido que usará no dia anterior e todas as coisas que sentiu naquele dia retornaram a sua consciência. Havia algum real motivo para sua recém empreitada? O que queria provar? Aquela necessidade estranha de ter um desfecho lhe consumia, mas poderia ser facilmente sobrepujada por qualquer outro evento. Raven era uma criatura de momento, no final das contas.

    Achou então melhor parar de pensar. Vestiu-se, mesmo que faltasse algumas boas horas para seu pequeno encontro.

    Quando os primeiros raios de um sol surgiu, já estava na calçada do velho bordel; era estranho não carregar sua arma, por mais que não gostasse de usá-la, o peso parecia fazer falta, como uma nota ausente em uma música. Mas decidiu ignorar aquele detalhe e seguir com o que tinha que fazer. Talvez tudo acabasse naquele mesmo dia e poderia voltar para o buraco que chamava de lar.

    Já estava lá quando eles chegaram. Já estava lá há algum tempo e sentia-se extremamente consumido pelo tédio. Não existia nada em sua mesa porque nada naquele lugar lhe agradava. Às vezes tentava prestar atenção nas canções, mas era como acompanhar um trio de bêbados em linha reta. Raven não tinha vontade disso. Piscou, sua mente oscilando entre suas vontades e as vontades da sua fome. Levantou o olhar muito suavemente quando a dupla entrou e não esboçou reação alguma. Raven era uma criaturinha paranoica.

    E ficou por ali, apenas observando por um minuto ou dois. Precisava ter certeza de muitas coisas antes de agir: a principal delas era a de que não seria um alvo fácil. Então finalmente se levantou.

    Era uma figura estranha, ao seu modo. Nos seus 1.70 metros de altura. Com seu cabelo escuro feito breu preso numa trança única, seus olhos cor de ébano e seu rosto pálido, Raven era uma criatura estranhazinha. Quando sua mão enluvada puxou uma das cadeiras na mesa do casal e se sentou, era difícil - provavelmente impossível - para eles determinar se falavam com Ela ou com Ele.

    Raven os olhou muito rapidamente, antes de fixar os olhos em Anna, que talvez notasse a total ausência de qualquer expressão de sentimento em seu olhar. Era como observar alguém catatônico. A primeira coisa que passou na mente de Raven para se dizer foi quero minha arma de volta, mas não disse, ao contrário disso olhou em volta muito suavemente.

    - Se isso fosse uma espécie de armadilha, sentar perto da saída não seria tão proveitoso quanto parece. Qualquer idiota traria um segundo para ficar à porta, aguardando. Sempre sente perto das janelas e as quebre, se necessário.
    - Sua voz era outra incógnita. Impossível de decifrar.

    Lambeu os lábios, voltando a encarar Anna: não sentia nada. Talvez, por um instante, achasse que olhar o foco de tanto amor paternal lhe despertasse algo. Uma fagulha, um resquício de qualquer sentimento que não a necessidade constante da violência. Então um segundo pensamento lhe ocorreu; era provável que seu tipo não estivesse 'programado' para sentir essas coisas, afinal.

    - Eu fiz uma promessa ao seu pai. E tenho alguns motivos para crer que sua adorável madrasta mandou que o matassem. - De novo, lambeu os lábios. - A arma que ele usou era minha e eu pretendo cumprir minha promessa e achar o maldito ratinho que fez isso. Você vai me ajudar ou terei que fazer por mim?

    Direto ao ponto, era mais simples. Não tinha tempo para pequenas palavras e horas de consolo. Tinha um trabalho a fazer e o faria. Em momento algum Raven dirigiu seu olhar - ou palavra - para o homem na mesa. Seu interesse era total e absoluto em Anna.

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