Capítulo 1 - Above

Yospera. Por muitos anos foi apenas mais um planeta desértico, longe de toda a velocidade dos mundos do núcleo, apenas alguns fazendeiros e pequenos comerciantes habitavam seus territórios arenosos, porém, o planeta se encontrava no cruzamento de duas rotas comerciais muito importantes e pouco a pouco o comércio (e o contrabando) tomaram conta da região.  

Poustea, a capital, se tornou um grande porto espacial onde centenas de espécies de alienígenas negociam em seus idiomas incompreensíveis. Hoje, o Império controla a cidade por cima, porém no submundo, diversas gangues batalham pela autoridade.

Foi construída uma pequena prisão imperial nos arredores da cidade. Ela é apenas uma prisão de passagem onde alguns prisioneiros aguardam enquanto não são transferidos para as terríveis colônias penais em planetas congelados.



[...]



O ar dentro da prisão era quente e seco. Não haviam janelas e a única abertura eram as frestas na porta gradeada.

As celas eram pequenos cubículos ocupados por até 6 pessoas, mobilhado apenas por beliches metálicos. Os criminosos eram divididos por ordem de chegada e murmúrios eram ouvidos pelos corredores. Stormtroopers faziam a patrulha, o som da marcha dos soldados podia ser ouvido o tempo todo, assim como alguns comentários e ordens com vozes distorcidas.

Vocês chegaram a pouco tempo na sala e trocaram algumas poucas palavras. Um Trandoshan dorme na cama de cima do beliche mais afastado da porta enquanto na cama de baixo um Twi'Lek branco e com o cenho franzido encara algum ponto fixo, com a cabeça perdida em outro lugar.

Bem-vindos:

*Sombra tinha muita confiança em suas habilidades, confiança até que por demais, e dessa vez pagou por isso. Seu desejo de viajar e conhecer outros planetas tinha lhe rendido bons contos, só que para isso precisava de dinheiro o que não era muito problema para uma slicer, até ela mecher com alguém poderoso demais e ficar mais tempo que o necessário no planeta. Ela gostava de curtir o dinheiro que ganhava ilegalmente no planeta, afinal qual o bom de conhecer vários planetas e não aproveitá-los?  mas agora tinha que pensar em outra coisa.

Assim que chegou na sala viu dois presos, um dormindo na cama de cima e outro pensando. A slicer rapidamente já começava a olhar os lados e se aproximar da grade para olha para fora tentando entender como funcionava o sistema de informação da prisão, já pensando em uma fuga. Então eis que chega outro preso, pelo visto um piadista*

-Última opção

*Sombra era uma mulher negra, tinha a ponta de seus cabelos roxos e o lado de sua sabeça era raspado, não era grande, mas sua postura diante da situação mostrava que não se abalava fácil, e que provavelmente estava acustumada com ambientes como aquele*

O Twi'lek branco na parte de baixo do beliche permanecia alheio a conversa que acontecia, até o questionamento de Luk. Então sua mente parce voltar a realidade. Ele olha para as paredes da cela e para seus novos companheiros, como se tudo aquilo fosse novidade para ele. Então de repente ele responde de forma grosseira.

-Fique com seu "companheirismo de espécie" para lá, novato. Meus problemas são meus problemas.

Nesse memento dois stormtroopers marchando são ouvidos no final do corredor. Levavam um prisioneiro, provavelmente era alguém diferente, pois por onde passava os prisioneiros esboçavam alguma reação. Alguns riam, outros xingavam e vários comentavam algo em seus idiomas alienígenas.

Então a escolta chegou na porta e todos puderam ver o rosto do prisioneiro. Era o rosto de um clone stormtrooper. Muitas vezes as pessoas esqueciam que debaixo daqueles trajes militares brancos haviam homens exatamente iguais. Mas porque aquele clone em particular estava sendo preso? Uma coisa era certa, ele seria mandado para o pior planeta que conseguissem encontrar e trabalharia até a morte. Talvez fosse melhor ter morrido antes.

Um dos guardas abre a porta da cadeia enquanto o outro arremessava o recém-chegado para dentro, rapidamente trancando novamente. Informaram algo via comunicadores para a central e seguiram marchando corredor adentro.

Toda a barulheira acordou o Trandoshan, que se sentou no colchão e encarou todos com um olhar penetrante de poucos amigos. O Twil'lek percebeu a movimentação na cama de cima e se levantou com os dentes a mostra. Sorria de um jeito esquisito, como uma criança que havia aprontado algo.

“Just like the simulations”

Sky não sabia dizer exatamente quando começou a ver os stormtroopers começarem a serem trocados por soldados treinados pelo Império. Era uma mudança necessária afinal, os clones da Guerra começavam a ficar velhos: Sky tem 10 anos mas já está com a aparência de estar chegando nos 30 ou 35.

Apesar disso muitos ainda se lembram do rosto dos clones. Dispensáveis e disciplinados, provavelmente trouxeram muitos desses prisioneiros para cá.

”Quem quer mais um pedaço de mim. Os imperiais ou os prisioneiros? Hmpf, maldição”

Foi um erro burro, um fraquejo trazido por uma súbita consciência que lhe fez perder a chance de escapar mais uma vez. Salvar aquela criança do tiroteio lhe tirou os segundos que precisava para alcançar a nave onde estava a gangue que trabalhava na ocasião.

Foi vendo a nave cruzar os céus que os soldados imperiais lhe cercavam e o rendiam.

Anos evadindo do Império na Orla Exterior culminaram na prisão e o futuro não parecia muito promissor: Execução ou Trabalho Forçado.
Ambos eram ruins e péssimas maneiras de se encerrar sua vida.

Sua cela tinha o charme de qualquer outra: pouco espaço e cheia de gente que não conhecia e fazia muito menos questão de saber quem eram.

Não importava, tinha de sair dali, precisava encontrar como.


-Quanto tempo estão aqui? - perguntou, sem se apresentar, apenas a voz firme. Descobrir isso poderia lhe ajudar a prever quanto tempo ficariam, costumavam manter prisioneiros de sentenças semelhantes numa mesma cela.

Encarou o tradoshian, seu sorriso estranho era irritante. O que queria era impossível dizer mas Sky estava pronto para lutar caso fosse necessário, afinal, quantos tradoshians aliados a Confederação não morreram nas mãos de clones..

* Ao escutar a resposta do Twi'lek branco, luk responde"

- Seus problemas são seus problemas é? Não sei se já percebeu, mas estamos todos no mesmo barco, ou seja, precisamos da ajuda de cada um se quisermos sair ilesos desta prisão.

* Luk começa a ouvir o barulho que os stormtroopers faziam fora da cela no final do corredor, um dos guardas abre a porta da cadeia enquanto o outro arremessava o recém-chegado para dentro, Luk percebe que o prisioneiro era um antigo clone stormtrooper *

"Um clone stormtrooper? Imaginava que todos haviam sido exterminados...pelo jeito temos um sobrevivente"

- Saudações colega.

*Ao escutar a pergunta do clone [-Quanto tempo estão aqui?], Luk responde*

- Tempo suficiente para querer fugir eu diria...

* Com toda barulheira feita pelos guardas, o Trandoshan acorda, sentando-se no colchão e encarando todos com um olhar penetrante de poucos amigos *

"Droga, agora as coisas irão complicar, Trandoshan's não são nada confiáveis, espero que este ai não nos traga problema, sorte a nossa não termos nenhum Wookiee presente nessa cela"

* Luk fica encarando o Trandoshan de forma desconfiada, fechando seu punho da mão direita, para caso o Trandoshan queira brigar *

*Sombra estava perto das grades olhando ao redor e fora provavelmente a primeira a perceber o novo prisioneiro, e era um rosto muito conhecido, e provavelmente o mais comum da galáxia, o rosto de um clone. Mesmo assim ver um em uma cadeia como aquela era algo muito anormal, e algo que despertaria muitos olhares*

"Que ótimo, tudo que eu não precisava agora era mais olhos em cima dessa cela"

*Sombra então começa a perceber certas movimentações estranhas entre os demais prisioneiros, ela se afasta deles, combate não era algo que a slicer gostava de participar*

Nesse instante o Trandoshan pula de sua cama para o chão. Seu corpo pesado faz as camas de metal vibrarem, com quase dois metros de altura de puro músculo, ele era uma figura assustadora. O ar subitamente parece ficar mais quente, era como se a tensão que se formava deixasse a sala menor e mais abafada.

Ele então rasga algumas palavras em seu idioma natal:

-Veo ch'ah g'esbun, vah g'enah!

De pronto, o Twi'lek se levanta de sua cama e traduz:

-Osok disse que quando ele manda, vocês obedecem. - O reptiliano continuou grunhindo algumas palavras enquanto a tradução acontecia – quando ele dorme, todos ficam em silêncio e... Ele gostou da sua jaqueta, "companheiro de espécie", é melhor você tirá-la antes que a situação complique para o seu lado.

Então o Trandoshan dá alguns passos para frente, encarando o punho fechado de Luk, como se fosse um desafio.

rolagens:

”Mas que grupo...horrível” Sky tinha alguma esperança de pelo menos ficar numa cela com pessoas que parecessem capazes de uma fuga ou o mínimo de resistência. Mas parecia cada um perdido em sua própria visão das coisas e um Tradoshian que se achava o rei do cubículo.

Se tentaria escapar teria de se virar sozinho.

Assente com a cabeça diante do cumprimento do Twi’lek, um aceno simples.

”Tempo o suficiente para querer fugir. Pelo menos esse parece querer sair daqui”

Sky ignora aquela tensão entra Tradoshian e os outros e se apoia nas grades da cela e olha para fora, mais precisamente tenta ver os guardas e as rondas que faziam. Ele fazia parte de um batalhão de combate, não conhecia muito de guardas e como operavam, então seria mais difícil determinar um padrão e a melhor hora para tentar algo.

-Eu não vou durar uma noite nessa cela, eles vão me despachar bem rápido. Se querem fazer algo, a hora é agora. Tenho um plano, mas só se colaborarem

Depender de outros e tentar dar ordens, alguns costumes nunca abandonam um clone. Aquele grupo não tinha nada de confiável, mas uma vez fora daquela cela não ia depender mais deles.

@ovidio @isaac-sky @raijecki


Luk olha de um lado para outro, tentando encontrar algum objeto que pudesse o ajudar nessa situação difícil. Não havia nada que pudesse ser utilizado como uma arma, mas o Twi'lek percebe um lençol desarrumado em uma das camas próximas a ele.  Talvez o tecido possa ser utilizado para cegar o adversário, pelo menos por um tempo.

Porém, ao ouvir o diálogo entre Sky e Antma, Osok tira a sua atenção da jaqueta e dá um grito frustrado, como uma criança que quer contar uma piada que ninguém mais quer ouvir. Ele desfere um poderoso soco em um beliche fazendo um estrondo metálico e grita mais palavras em seu idioma desconhecido.

Rapidamente seu parceiro traduz:

-Vocês não estão entendendo a situação. Osok é o chefe aqui e vocês só vão escapar quando ele mandar! Parem com essa bagunça de uma vez!

A sensação de domínio naquele microcosmo de poder parecia mais importante para o homem-lagarto do que qualquer outra hipótese e ele faria de tudo para assegurar seu lugar no topo.

Nesse momento são ouvidos mais alguns passos no corredor.  Dois prisioneiros são escoltados por Stormtroopers. Eles estão prestes a abrir a porta da cela quando um deles diz:

-Não, essa cabine já está cheia. Vamos colocar na frente.

Então os dois criminosos são arremessados na porta da frente. Uma porta de cela tem uma visão perfeita da outra e a comunicação é possível, apesar de os guardas não gostarem disso.

Os recém-chegados são um homem com uma máscara agressiva e metálica e uma mulher com os cabelos tingidos de azul e roxo, além de uma tatuagem abaixo do olho esquerdo. Na cela onde eles foram jogados, dois Jawas estressados discutem entre si por alguma coisa.

Recém chegados:

Jawas:

Korvac é lançado para cela apoiando-se com as mãos para que o pouso não causasse danos significativos em si.

- Ei, ei, ei! Mais respeito com o grande Korvac! Ou você nunca ouviu falar de mim? Pera, já matei alguém da sua família? - Soluça. - Por que não seria improvável - Sussurra.

Ah, que seja! Cambaleia até o final da cela para encostar-se na parede. - Esse lugar fede igual meu passado, vou precisar de umas bebidas pra conseguir lidar com isso aqui. E é melhor me trazerem, hein! E aí eu penso se mato vocês hoje ou amanhã. - Enquanto ri, um súbito arroto lhe acometeu. - Epa! Desculpe meus modos, princesa. Eu não tinha ideia de que uma sereia poderia estar num lugar tão decadente quanto esse. Como são as coisas não é mesmo? - Soluça. - Mas o que é isso? Uma festa? Temos vizinhos de frente também, princesa. Tá vendo? Vamos acenar para eles. Talvez sejam amigáveis! Olá, vizinhos, como é a casa de vocês aí? Espero que esteja fedendo como aqui. Nada contra, mas sabe como é, né? Não admito que a grama do meu vizinho seja mais verde.

Apoiando-se na parede para se levantar, analisa o lugar buscando por alguma falha na estrutura de sua cela, ou da cela ao lado. Rodeia de um lado para o outro, enquanto canta uma música que mais parecem 3 juntadas numa só.

"Merda, to ficando sóbrio. Preciso sair dessa prisão antes que o alcóol saia completamente do meu corpo."

- Princesa, vamos ser sinceros. Esse lugar não é para uma dama, ainda mais alguém tão linda como você, então me diga. Você faz alguma coisa que possa nos ajudar a sair desse lugar? Tenho certeza que você tem muitos outros lugares que gostaria de estar agora, então se você quiser aju- pera, pera. Senti um arroto vindo, desculpe. Pronto. Mirei pro outro lado. Viu quanta classe? - Se Curva em tom de agradecimento, esperando as palmas. - Como eu tava dizendo, se você quiser ajudar agora seria a hora pra você manifestar. Provavelmente teremos que liberar nossos vizinhos também. Você sabe, né? Uma multidão é bem mais difícil de capturar do que 2 pessoas só. E aí quando estivermos livres. Heheh. Você pode pensar em como me recompensar por ter te tirado daqui.

Por mais bêbado que esteja, tem a consciência de seu tom de voz. E sussurra para que não corra o risco de os guardas ouvirem.

@ovidio @isaac-sky @raijecki @Jezreel @rangelforce

Update:

A frustração só aumentava conforme Sky ouvia seus colegas de cela, principalmente o Tradoshian que se iludia achando que era o rei daquele pequeno bloco que chamava de lar. Patético. Ignorou o Tradoshian como quem se ignora uma criança bagunceira.

Pelo menos um deles queria saber do plano. Precisava de pelo menos dois pra funcionar.

Abriu a boca para falar mas o momento era interrompido pelo Tradoshian e pela chegada de novos prisioneiros. Sky não ia ser tolo de falar do plano na presença de guardas. Observa atentamente os dois outros prisioneiros.

O Twi’lek fazia algo e Sky logo percebeu...era tolo porém seu plano combinava com aquilo.

-Se começarem uma briga os guardas aparecem. A gente começa daí - sussurrou para que somente Antma ouvisse. Mas pelo visto já tinham começado - Você precisa nocautear o próximo stormtrooper que entrar na cela. Joga a arma dele pra mim

Avisou e saiu correndo. Com o momentum daria um chute forte nas costas do joelho do tradoshian, tentando força-lo a se ajoelhar ou ficar mais baixo.

-Grite, lagarto!

Era um plano simples com muitas chances de falha, mas era a única escolha no momento. Numa briga generalizada os stormtroopers teriam de entrar na cela e num momento de distração ia tentar garantir pelo menos a saída da cela.

A partir daí restava agarrar cada nova oportunidade até que todas se esgotarem.