Sepulturas de Esmeralda

Ao se aproximar para analisar as pegadas, Vinture não descobre muita coisa. Os rastros são confusos, como se a besta responsável estivesse cambaleante - ou enfurecida. Pela profundidade das marcas, parece ser um animal de médio porte, talvez do tamanho de um cervo ou de um lobo.

Assim como a terra ao redor dos fenecos, toda a terra pisada pela criatura parece envenenada, formando um claro rastro na direção norte. O que quer que seja, está sem dúvidas espalhando morte por aquela região.

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Observando mais de perto a terra ao redor do rastro deixado pela criatura, Vinture lembra-se subitamente de ter ouvido aquela descrição antes. São os sinais da mácula, a terrível doença que assola tudo por onde crias das trevas passam. O ancião de seu clã uma vez falou sobre isso. A terra e as árvores são envenenadas, e os animais - inclusive humanos - adoecem terrivelmente. Às vezes, ela age rapidamente, e mata de uma vez; em outras, ela é lenta e cruel, levando a vítima à loucura antes de morrer; e, em alguns casos, a vítima é transformada em um carniçal, perdendo o controle sobre seu próprio corpo e tornando-se ela mesma em uma cria das trevas.

E parece que esse último caso foi o que ocorreu com a criatura responsável pelo ataque. Pelo tipo de pegadas que Vinture observou, a criatura responsável parece animal; talvez, um animal atingido pela mácula e transformado em cria das trevas.

O elfo começa a seguir o rastro deixado pela criatura. Não é uma tarefa difícil, já que as pegadas parecem recentes e, além disso, a marca da mácula na terra é bastante perceptível. Vinture vai caminhando por entre as árvores, seguindo em direção ao norte em uma linha quase reta.

Após mais ou menos duas horas, começa a se aproximar de outra clareira, já quase nas bordas das Sepulturas. O sol ainda está alto, mas não mais a pino, pois começa a descer seu trajeto em direção ao oeste. A floresta está estranhamente quieta.

Quando alcança a clareira, depara-se enfim com o predador. Um lobo negro, cheio de feridas e pústulas apodrecidas, e com espinhos nas costas que despontam de sua coluna. Está de costas para Vinture, e entretido devorando outro feneco.

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A flecha bem mirada pelo elfo atravessa a clareira e atinge as costas do lobo em cheio. Não é um corte profundo, mas é suficiente para ferir o lobo, que rosna de surpresa com o ataque. Interrompe seu banquete e vira-se para Vinture, os olhos vermelhos brilhando de ódio e famintos por carne humana.

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