[Lars-Friehba] Baía Flimaek

As ruas da baía

Aventura 4 - Terceiro dia

Hellen Moritz

Zingner não tinha nenhuma planta do lugar e não sabia nada mais aprofundado do que a localização do clube de docentes. Aquilo, contudo, não seria o bastante para desanimar a ladra. Hellen gastou os dois dias subsequentes rondando o local e fazendo perguntas. Suas observações e entrevistas mostraram alguns pontos importantes: primeiro, os docentes se reuniam todas os quartos e sétimos dias, eram os dias mais cheios, nos demais dias a biblioteca permanecia praticamente fechada, exceto por uma ou outra visita rápida para pega de livros e fascículos; segundo, a biblioteca tem um andar térreo e um pavimento superior e está parede com parede com as construções vizinhas; por fim, aparentemente, olhando do alto das construções vizinhas, há uma espécie de jardim posterior, bastante cheio de plantas, eventualmente aquilo servirá com rota de fuga.

Aquelas informações deveriam bastar-lhe para traçar um plano de ação. O resto do tempo ela usou para conhecer bem o bairro de Flimaek, pois rotas de fuga nunca são o bastante. Quem lhe apresentou o bairro foi Ajoth, um changeling do bando de Zingner. Enquanto ele estivera com Hellen, ele adotou uma aparência um homem negro, alto e corpulento, que cruzaram enquanto caminhavam. Isso dava segurança à Hellen de que poucos iriam incomodá-los durante aquelas observações. - Descobriu tudo que precisa?

@shamps continuamos aqui

O porão

Aventura 4 - Terceiro dia

Hellen Moritz

- Se você quiser jogar a culpa em alguém, seria um poder bem apropriado. Zingner me deslocou apenas para lhe ajudar esses dias, mas se você tiver alguma proposta de ganhos com isso, poderia ajudar. - Respondeu Ajoth para Hellen, quando ela falou de seu poder de transformar a aparência como quisesse. Ela via a negociação típica dos ladinos naquela frase. Não poderia ser diferente. Eles caminharam de volta para o Porão para poderem alinhar o plano de ação e então descobrir o que fosse possível naquela pequena filial da Universidade.

Chegando ao esconderijo, ele estava vazio. Era o meio da tarde e os gatunos de Zingner e ele próprio estavam resolvendo seus próprios trabalhos e afazeres. Ajoth sentou-se na mesa e pegou alguns pedaços de pães e frutas secas. - Vai precisar da minha ajuda? Poderia apostar que naquela biblioteca tem um ou outro objeto interessante que possa ser vendido por um preço mais que justo depois. - Ele parecia disposto a ajudar e, com isso, ganhar algo.

O porão

Aventura 4 - Terceiro dia

Hellen Moritz

Fazer um plano era uma atividade delicada. Havia que se precisar muita coisa sem saber se nada daria certo. Ajoth tentava ajudar com seus conhecimentos locais. - Posso ajudar de duas maneiras: a primeira é como plano b, me transformo em algum dos professores e se formos pegos, tento ludibriar o inchirido até que você fuja; a segunda é, me transformar num dos professores, entrar com um deles lá e você fingir um assalto, nos pegando de surpresa, nos fazendo refém e pegando o que quiser. - Disse, coçando a cabeça careca do homem que ele havia copiado enquanto averiguavam o local. De qualquer modo era arriscado. Talvez precisassem drogar o professor copiado para que a confusão pudesse justificar uma espécie de esquecimento por trauma.

- Ademais disso, você é a especialista aqui. - Disse sorrindo ao ver o quanto Hellen se preocupava com aquele passo.

Essa bola é tua @shamps hahaha brilha

O porão

Aventura 4 - Terceiro dia

Hellen Moritz

- Tem razão, talvez eu esteja lendo muitos livros de aventura. De qualquer forma, temos que escolher qual professor iremos copiar e dar um jeito de ele não aparecer de surpresa. - Qual deles? Ajoth descreveu três que ele achava serem presas mais fáceis: Snatumim Flintpike, um anão erudito, coisa raríssima, professor de Runas; Arter Garrat, professor e pesquisador de Alquimia; e Salvia Longbottom, uma halfling mestra de tecnomancia. Eram todos docentes, o que queria dizer que não deveriam ser exímios combatentes, mas poderiam ser perigosos de qualquer forma, uma vez que deveriam saber usar magia.

- Podemos conseguir um disfarce, com certeza. E os melhores dias para fazer isso são nos quartos e sétimos. - Estavam no quinto dia daquela semana. Isso queria dizer que tinham pelo menos mais dois dias para organizar as coisas.

Role uma jogada de desafio de Intelecto para ver quão bem você consegue preparar o disfarce. Você faz essa jogada com 1 dádiva.

O porão

Aventura 4 - Quinto dia

Hellen Moritz

- Acho perfeitamente plausível. - Arter Garrat seria o alvo deles. A primeira parte do plano consistia então em encontrar Garrat e arranjar uma maneira que ele não fosse, de maneira alguma, para a biblioteca. Ajoth explicou para Hellen que precisava ver o professor para se transformar nele. E no dia seguinte ele tratou de pesquisar por onde o tal professor gostava de andar, qual não foi a surpresa ao descobrirem que nos sétimos dias Dohr Arter frequentava a Arca do Violino, a casa de concertos onde Hellen havia encontrado pela primeira vez Zingner.

- Nós precisamos que ele não vá à biblioteca, mas não podemos deixar que todos os vejam na Arca do Violino, pois se chegarem a me ver na biblioteca notarão que algo está errado. - Dizia-lhe Ajoth enquanto os dois caminhavam para o Bairro Mercante a fim de encontrar o professor e... Dar um jeito nele.

Baía Flimaek

Aventura 4 -Terceiro dia

Sunshine

A chegada em Lars-Friehba foi acalentadora para o pixie. Estar novamente num lugar civilizado, onde ele não corria perigo a todo momento por conta da natureza, por muitas vezes traiçoeira, era como chegar num porto seguro. A estalagem onde ele havia ficado quando anos antes tinha ido à cidade dos Templos ficava na Baía Flimaek, onde ficava também o porto da cidade. Não era o local mais agradável ou mais aconchegante, mas era de gente hospitaleira. Sunshine ficou num quartinho no segundo andar, já tendo o telhado como companheiro e vendo o mar que banhava Friehba como vista.

Comeu da comida que lhe foi servida e aquilo foi como um manjar dos deuses. Talvez a comida em Fhorraûl fosse muito ruim e ele não houvesse notado depois de tantos meses ali. Deitou-se para dormir e logo havia pegado no sono, mas um sono agitado e cheio de pesadelos. Sentiu-se perseguido por enxames dos mais diversos insetos: escaravelhos, aranhas, moscas, escorpiões. Viu uma grande sombra rachando uma película de vidro e engolfando o mundo com terrores. Por fim, viu-se no meio da praça do bairro mercante daquela cidade e viu uma estrela no céu, se aproximando cada vez mais, cada vez mais. E de alguma forma semelhante ao sol negro que ele experimentara em Urtz-Rovitz, aquela estrela emitia doença e peste.

Abriu os olhos com a luz do sol lhe ferindo as córneas, vinda da janela. O susto lhe fez se cobrir com o lençol, buscando se proteger da irradiação. Até que lembrou-se que não estava mais na terra dos orcs e o sol não era mais negro.

@Dycleal Evite fazer descrições com reações de personagens. Em alguns jogos a proposta é bem essa, mas no Demon Lord não é tão assim. Só vou considerar porque nesse caso não afetou muito a história. Role uma jogada de desafio de Vontade com 1 Perdição, por estar Debilitado, por conta do pesadelo. Se falhar, Sunshine continuará com a aflição, se passar, ele acordará bem.

Baía Flimaek

Aventura 4 -Terceiro dia

Sunshine

Enquanto descia para o salão onde se serviam as refeições daquela hospedagem, Sunshine se perguntava do paradeiro do sacerdote e também do perigo que todos corriam e praticamente ninguém parecia estar combatendo. Suas manifestações, porém, eram cada vez mais claras. Ele se alimenta, forçando a comida goela abaixo. Não que estivesse ruim, havia, contudo, um mal estar generalizado nele. Talvez resquícios dos pesadelos... Talvez algo pior?

Depois de comer, saiu para as ruas de Lars-Friehba. Perguntou a um e a outro sobre a biblioteca municipal e todos diziam não haver uma. Insistiu um pouco mais e alguém lhe respondeu que havia a biblioteca privada dos professores e pesquisadores da Universidade. Embora não houvesse uma sede da Universidade ali, como havia em Lars-Gaehlia e em Lars-Verumdor, havia alguns professores e eles se reuniam nessa biblioteca privada. Ela ficava ali mesmo na Baía Flimaek.

Ficou satisfeito de encontrar alguma fonte e ainda mais uma fonte segura como a de professores da Universidade. Por outro lado, preocupou-se de haver algum homem como aquele de Iv-Mael, que lutou com John e por pouco não o vencera. Lembrou-se também do goblin que não era mais um simples goblin. Estava se indagando sobre ir à biblioteca ou ir ao porto verificar os horários dos barcos, quando, olhando o céu ele viu algo que o perturbou ainda mais: uma estrela, tal qual a que ele vira em sonho. Tão igual que era impossível não repará-la.

Baía Flimaek

Aventura 4 -Terceiro dia

Sunshine

Atordoado com a visão daquela estrela que deveria ser apenas parte de seus sonhos, o pixie saiu do pequeno esconderijo onde estava para ir até o porto averiguar as saídas de barcos. À medida que se aproximava do local, o movimento aumentava, principalmente de estivadores indo e vindo com cargas e malas dos viajantes.

Sunshine não demorou a escutar um anão gritando as próximas saídas. Ele estava de pé sobre um barril grande e ao seu lado havia um homem sentado diante de uma mesa, onde duas ou três pessoas estavam sendo atendidas. Possivelmente os bilhetes de viagem. O homem rabiscava alguma coisa e entregava ao viajante depois de derramar um pouco de cera que ele derretia num pequeno lampião alquímico e firmava um selo de autenticidade. O pixie esperou por alguns momentos, mas os destinos mais comuns eram Lars-Gaehlia, com barcos diários indo e vindo, Iv-Miralie e a ponte do Rio Drann. Talvez Meriba não fosse um destino tão comum. Teria de perguntar pessoalmente.

Ruas do Bairro Mercante

Aventura 4 -Quinto dia

Hellen Moritz

- Nós só precisamos desacordá-lo ou amarrá-lo e amordaçá-lo por algumas horas. Não precisa ser elaborado. Depois nós damos um jeito de fazê-lo esquecer. - Disse Ajoth caminhando ao lado da ladina. - Você está correta, ele pode ser perigoso, mas se o pegarmos de surpresa não terá tempo para agir. Melhor sermos discretos, mesmo.

Eles se escoraram há cerca de cem passos da entrada do Arco do Violino. A qualquer momento o professor estaria passando por ali e aquela seria a deixa deles. Eles esperaram por cerca de um quarto de hora e logo Ajoth acotovelou Hellen para que ficasse atenta. Dobrando a esquina vinha Arter Garrat, o professor que eles esperavam. Ele tinha cabelos loiros, já poucos, distribuídos no entorno da cabeça e quase nada no topo. Por outro lado, sua compleixão física parecia em dia. Talvez fosse um palmo mais alto que Hellen. Ele vestia uma espécie de bolero longo em tons terrosos, uma camisa larga vermelha e calças em tons igualmente terrosos. Havia um ou outro transeunte na rua, mas há 10 passos de onde os dois ladinos estavam havia um beco. A ação do dia acabava de começar.

@shamps dependendo de como Hellen for abordar o professor Arter, pedirei as jogadas necessárias

Ruas do Bairro Mercante

Aventura 4 -Quinto dia

Hellen Moritz

- Consigo, eu só preciso de novas roupas... - Falou enquanto olhava ao redor. Por sorte havia algumas roupas num varal no beco. O changeling se esgueirou e subindo uma pilha de lixo, agarrou umas roupas. Aproveitou que estava pendurado e forçou uma das janelas onde estava preso o varal. Houve alguns momentos de silêncio antes que uma criança voltasse e descesse até onde estava Hellen. A voz infantil dirigiu-se a ela: - Preciso ver quem vou copiar a forma. Onde tem fumaça, tem fogo.

Ajoth na forma da criança pegou a adaga que a ladina o entregou e desconfiadamente começou a sair do beco. Observando coberta de sombras, Hellen viu o pequeno armado abordar Arter e mostrar-lhe a adaga. Ela notou o homem olhando ao redor. Ele estava desconfiado, como era de se esperar de um acadêmico de respeito. Por sua vez, a ladra pegava num bolso uma resina de Cheque. Ela havia resolvido comprar alguns dias atrás. Ficou devendo um favor ao atravessador de substâncias, mas valera a pena, era isso que ela precisava naquele instante. O pequeno Ajoth apontava para o beco e o semblante de Arter estava visivelmente fechado, atento ao que se daria, embora viesse caminhando com o changeling. Era a vez dela.

@shamps a fim de não estancar a ação, permiti um 'mini flashback' com Hellen comprando resina de Cheque. Ela pode ser passada em armas para causar as aflições Debilitado e Lento durante 1d3 rodadas. Será o bastante. Vou descontar 1xp que é seu preço e colocar que Hellen ficou devendo um favor para o atravessador role uma jogada de desafio de Percepção com número alvo 12.