Amoghasiddi - Kether

"Devo encontrar um sacerdote, para buscar minha redenção pelo meu pecado... Mas independente do que acontecer irei jejuar por 10 dias como início de minha penitência..." - pensa enquanto sai da estalagem.

O monge caminha alguns metros até chegar na área de piscinas termais da estalagem, e se lembra dos momentos relaxantes que ele, Zann e Redris tinham passado por ali. As duas estavam lindas, banhando-se uma a outra, e Amogha recorda o quão difícil era controlar a sua própria vontade naquele momento.

E no final acabou mesmo não resistindo... Quem resistiria?

Ele volta então seu olhar para o quarto no andar superior onde as duas provavelmente ainda estariam dormindo, e em sua mente vem as imagens e as sensações das horas de paixão e desejo compartilhadas. Redris realmente queria reconquistar sua esposa e havia sido muito inteligente, fazendo uso de Amogha e sua masculinidade para que sua esposa se sentisse mais confortável com a diferente intimidade que agora existia entre elas. A guerreira trocava sussurros doces e caricias com a monja, que permanecia de olhos fechados, enquanto o cunhado fazia o papel de homem, criando a impressão de que era como se fosse nos antigos tempos.

Amogha sente por seu corpo o desejo retornar, ainda mais ao se lembrar do corpo forte e generoso da ruiva. Redris não somente tinha memorias do seu tempo como marido de Zann, mas também de quando era mulher no passado, e por isto ansiava por dar vazão a sua feminilidade, e com muito prazer se entregou ao monge. Zannete permanecia ao seu lado, sem nenhum ciúme dos dois, trocando beijos ora com um, ora com a outra.

Foram bons momentos, mas estes haviam passado, e agora a imagem de Tara martelava em sua mente. A imagem de sua esposa com olhar ao mesmo tempo raivoso e decepcionado. Adiantaria explicar que a traição fora numa época em que não sabia sequer se estava viva? E mesmo esta seria uma explicação honrada?

Com um suspiro Amogha retoma sua caminhada para longe da estalagem.

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O monge já estava em seu segundo dia de peregrinação, escolhendo caminhos solitários pelas paragens de Gália, indo em direção ao sul, sentido Porto do rio Torbruk. Naquele momento estava sozinho atravessando uma trilha de uma floresta, um som ou outro de animal silvestre num local com poucos raios de sol atravessando a folhagem.

Amoghasiddi estapeia um mosquito, sua mente ainda perturbada por ecos do passado e pela falta de alimentação em seu jejum forçado. Nem Zann nem Redris o haviam encontrado... Não que elas realmente pudessem estar procurando-o, poderiam muito bem ter retornado a fazenda, agora que estavam resolvidas como um casal. O monge as afasta da mente e volta novamente na questão de Tara e sua família... Não havia encontrado seus corpos no templo incendiado, ou pelo menos esperava que não fossem os corpos deles aqueles que estavam carbonizados. Pelas deusas! Velhos, mulheres, crianças! Mortos por estes malditos! E talvez... sua própria família...

Amogha sente seu coração apertar e respira fundo, tentando se acalmar. Tinha que encontrar a resposta, não podia viver na incerteza.

NRPG: Ouvir. Roll 4.

A mente conturbada do monge o fez esquecer de uma lição fundamental. Fique sempre atento.

NRPG: Ataque. Roll 14. Acertou. Dano 9.

O sibilo da lamina passa pelo torso de Amogha, que sente o ombro esquerdo queimar. O golpe teria sido fatal, não fosse o treinamento! O monge sente seu sangue esparramar pelo ferimento, e volta seu olhar para o oponente: um grande orc portando uma espada recurvada.