"Apenas é digno da vida aquele que todos os dias parte para ela em combate." — Johann Goethe
Aeroporto Uri Michaeli
Leste de Haifa, Israel
Agosto de 2016 - 17h43min
Já entardecia em Haifa quando os agentes deixaram o aeroporto a bordo do veículo executivo negro que os buscara. O clima fresco era um agradável misto de sol com uma fina garoa que refletia o pôr do sol no asfalto e nos carros com que cruzavam, bem diferente do calorão médio oriental que esperavam. Na verdade, Lacerda, acostumado às temperaturas cariocas, sentia até um pouco de frio devido ao forte ar condicionado do utilitário esporte em que estavam.
A pacata Haifa exibia uma beleza singular, característica de uma cidade costeira apelidada como a “Noiva do Mar”. Conhecida pela respeitosa convivência de árabes, cristãos e judeus, bem como a boa tolerância para com todas as nacionalidades, era raro ver ali aquela comum cena de zona de guerra, cheia de homens portando grandes armas pela rua. No banco de trás, Denis e Nathalie observavam através dos vidros do carro os curiosos contrastes daquele local que datava da idade do bronze, segundo diziam, palco de milagres e passagens bíblicas no grande Monte Carmelo que se assomava no horizonte.
No rádio do carro, o locutor supostamente narrava o período comercial, coisas incompreensíveis em hebraico, soltando uma animada música eletrônica ao final. Estar naquele lugar, era para os três, uma experiência no mínimo notável. Toda a diferença cultural e geográfica que vinham experimentando nos últimos tempos, desde o treinamento na Carolina do Norte até a chegada ao Oriente Médio, os remetia àquele recorrente sonho juvenil de conhecer o mundo, e o divertido coleguismo que criaram nesse período juntos, exaltava ainda mais o clima “mochilão”. O fato dos três compartilharem a mesma língua, cultura e origem, ajudou muito nessa aproximação. Treinaram e voaram juntos, e agora iam para sua primeira missão pela Blackwater, também juntos.
A pacata Haifa exibia uma beleza singular, característica de uma cidade costeira apelidada como a “Noiva do Mar”. Conhecida pela respeitosa convivência de árabes, cristãos e judeus, bem como a boa tolerância para com todas as nacionalidades, era raro ver ali aquela comum cena de zona de guerra, cheia de homens portando grandes armas pela rua. No banco de trás, Denis e Nathalie observavam através dos vidros do carro os curiosos contrastes daquele local que datava da idade do bronze, segundo diziam, palco de milagres e passagens bíblicas no grande Monte Carmelo que se assomava no horizonte.
No rádio do carro, o locutor supostamente narrava o período comercial, coisas incompreensíveis em hebraico, soltando uma animada música eletrônica ao final. Estar naquele lugar, era para os três, uma experiência no mínimo notável. Toda a diferença cultural e geográfica que vinham experimentando nos últimos tempos, desde o treinamento na Carolina do Norte até a chegada ao Oriente Médio, os remetia àquele recorrente sonho juvenil de conhecer o mundo, e o divertido coleguismo que criaram nesse período juntos, exaltava ainda mais o clima “mochilão”. O fato dos três compartilharem a mesma língua, cultura e origem, ajudou muito nessa aproximação. Treinaram e voaram juntos, e agora iam para sua primeira missão pela Blackwater, também juntos.
Casa Segura da Blackwater
Arredores de Haifa, Israel
Agosto de 2016 - 18h07min
Após 20 minutos, o grupo deixava o perímetro urbano de Haifa e se encaminhava para uma área mais agrícola da cidade, com ares de um pequeno vilarejo. O pavimento de pedra fazia o veículo em que estavam se movimentar em um leve sacolejo até que estacionaram em frente a um sobrado com traços arquitetônicos coloniais. Postado em pé na soleira da porta, estava um homem de feições amigáveis, trajando um casaco de couro marrom e portando um guarda-chuva fechado em sua mão esquerda. Tão logo ele percebe a aproximação do veículo, arma o objeto e caminha até o carro, abrindo a porta para Nathalie, protegendo-a da chuva enquanto saúda os recém-chegados.
— Shalom! Bem-vindos a Terra Santa! Meu nome é Noah e sou o encarregado desta instalação. Queiram me acompanhar, por gentileza.
— Shalom! Bem-vindos a Terra Santa! Meu nome é Noah e sou o encarregado desta instalação. Queiram me acompanhar, por gentileza.