A Sombra de Orcus ON

Há muito tempo um grupo de anões residia numa montanha conhecida como "A Montanha Adormecida", lá, longe de seus irmãos eles trabalhavam na produção de armas, armaduras, jóias e artefatos de grande valor, comercializando com todos os reinos. Lendas diziam que a forja desses anões era lendária pois seus produtos eram de grande qualidade, muitos atribuíam essa qualidade a pureza do fogo utilizado por eles, pois era um fogo puro extraído direto das larvas da montanha.

A grande forja era um estrutura enorme de onde poderia se chegar através de quatro caminhos e no centro sobre uma estrutura gigantesca ela pousava, lá o lendário anão Guldrim, Mãos Pesadas, um alquimista-feiticeiro forjava as melhores armas e artefatos mágicos, além de controlar em parte a ira da Montanha Adormecida com sua magia evitando erupções.

Certo dia o poder de Guldrim não foi suficiente para segurar a ira da montanha e a larva avançou bruscamente, matando muitos anões e entre eles o próprio Guldrim. Os demais anões que estavam próximo as portas de rocha maciça e aço que levavam para fora da forja fecharam a tempo e evitaram que a larva se espalhasse.

Depois de alguns meses os anões decidiram reabrir a forja e tentar reutiliza-la para voltar as suas produções e encontraram ela  completamente petrificada pela ação da lava, e para surpresa deles, pequenas criaturas feitas de fogo e pedra tomaram o local e ambas as raças começaram uma pequena guerra, eram os Magmins que vinham da larva abaixo da forja.

Durante dias eles guerrearam, mas ao final acabaram ficando em paz por muitos anos. Neste tempo os anões ensinaram muito de tudo que sabiam e de sua cultura para os Magmins evoluindo aqueles seres primordiais, retomaram a forja e tentaram recuperar os prejuízos mas não conseguiram.Sem Guldrim as armas não mais tinham a valoração conhecida e eles acabaram abandonando o local e voltando para o reino anão deixando toda a fortaleza em posse dos Magmins.

Porém, a paz não durou muito e um grupo estranho de criaturas formados por globinóides, mortos-vivos e demônios menores invadiram a fortaleza e massacraram os Magmins, tomando a fortaleza para sí, começando a trabalhar na forja e passando a atacar vilarejos e viajantes nos arredores. Essa informação chegou até Akmus Abissys , Lorde da Cidade e principal representante do rei no condado ganhando assim o Título de Vice-Rei de Valkeiskylä.

Temendo a situação Akmus convocou heróis dispostos a limpar o local das criaturas e entender os motivos que levaram um grupo tão heterogêneo de criaturas a cooperarem entre sí.

Após se reunir com os heróis o vice-rei conversou em separado com cada um deles e marcou uma reunião para o dia seguinte, porém, ainda faltava pelo menos uma pessoa para seguir na comitiva e enquanto conversava sobre parcerias com a Princesa-Duquesa Mellorienna ele acenou para Uglkuk dirigir-se até Araevin, um dos vários que seguiram Akmus quando este desertou das tropas do imperador de Volken.

O orc Ugluk seguiu pelas vielas da cidade até a tenda do elfo, batendo palmas e gritando por ele.

-Ei bastardo! o Lord Akimus que vê ocê, cê ta aí? Eiiii!?

A voz do orc era extremamente grossa e potente, parecia um trovão ecoando palavras e seu comum não era dos melhores, ele aguardava o meio-elfo se pronunciar.

No ínterim de tempo antes da importante reunião Yasryne além de praticar suas habilidades de bardo também não tirava da cabeça a estranha criatura morta viva que havia visto aquela mão decepada que fora pertencente a um amigo...

Então ela procurou lugares de saber (bibliotecas, arquivos, lojas de livros) para saber mais com tal ritual poderia ser feito e sobre quem talvez pudesse tê-lo feito.

Enquanto os dias passavam e esperava ser chamada novamente pelo Lord Akmus a sacerdotisa drow passou o seus dias andando pela cidade. Não tinha muito o que fazer a não ser vaga sem muito sentido pela ruas da movimentada cidade. Conheceu um mulher e um homem nesse periodo de espera, dormiu com os dois, mas não ficou nenhum relacionamento.

O orc resmunga pela demora e assim que o homem sai ele ele pigarreia e fecha sua expressão, Ugluk podia ter muitos músculos, mas falava mal o idioma comum e a inteligência era abaixo da média.

-Ocê, demorá dimais! Lorde Akimus quer falar com ocê, mas nagora não, mandou avisar que é namanhã de noite!

O Orcs simplesmente vira-se e vai embora.

Na noite seguinte Akmus já estava em seu birô no prédio que ocupava o conselho da cidade. Ele aguardava os demais para acertar os últimos detalhes para que partissem. O grupo foi chegando aos poucos e finalmente todos estavam reunidos.

Sentado no Birô estava Akmus, ele estava vestido com sua armadura de batalha completa e sem o capacete. Do seu lado Direito estava um Elfo esguio de cabelos longos e negros e traços afilados, ele usava armaduras leves, tinha muitas tatuagens pelo corpo, principalmente em seu rosto. Em suas costas um grande e belo arco, muito bem adornado. Era Isladris o batedor, espião e assassino de Akmus.

No lado esquerdo do lord estava uma velha senhora humana de idade muito avançada, ela era baixa até para os padrões humanos, levemente corcunda, cabelos brancos e lisos trançados e pele muito enrugada. Era Albiona, atuava como administradora para as funções do lorde, era uma mulher misteriosa e de expressão séria, poucos sabiam algo sobre ela, o que despertava a curiosidade das pessoas comuns,  levando a boatos dos mais variados possíveis.

Encostado na porta estava um Orc imenso, tinha na faixa de dois metros de quinze centímetros ultrapassando inclusive Akmus que tinha na faixa dos dois metros. O orc tinha músculos enormes, pouco cabelo, presas protuberantes. Em suas costas um grande machado de batalha pousava.

Seu nome era Ugluk, o guarda-costas de Akmus, as más linguás dizem que ele tem uma inteligência muito limitada.

Equipe de Akmus:

A frente do birô do lorde os heróis estavam sentados em cadeiras um ao lado do outro, da esquerda para a  direita: a Drow Yasrine, sua irmã Quewaun, seguidas pelo hafling Arctyx e por fim o meio-elfo Araevin. O lorde apresenta-os e inicia a reunião.

O lorde levanta-se e toma a palavra:

-Agora que se conhecem, Sejam bem vindos novamente! Primeiramente quero agradecer por terem aceitado meu convite! Há inúmeros problemas na cidade e em seus arredores, todos os lordes estão trabalhando incansavelmente e recrutando pessoas para missões, achar vocês talvez tenha sido sorte!

Akmus ergue sua mão e Ugluk entrega uma espécie de pergaminho para ele, o lorde abre o pergaminho sob a mesa revelando um mapa da região.

Mapa:

-Pois bem, este é o mapa de Valkeiskylä e regiões circunvizinhas. O caminho é relativamente simples, basta sairem do ponto "A" que nada mais é do que Valkeiskylä até o ponto "B" que nada mais é do que a Montanha Adormecida.

Dizia ele apontando com o dedo os locais e traçando também com ele uma rota totalmente em linha reta.

Pontos A e B:

Ele então retoma a palavra:

-Parece simples não é? O caminho de fato é simples, porém a viagem a pé durará pelo menos quatro dias e não temos animais para fornece-los. Como vocês também sabem, as estradas estão muito inseguras e piorará assim que alcançarem a região paralela ao limite da Floresta da Ilusão. Lá, pode acontecer de encontrarem fadas nada satisfeitas, pois elas andam em guerra com os insetos gigantes e os homens-insetos dos Morros do Enxame.

Aliás, há também a possibilidade de vocês os encontrarem. Não quero assusta-los... Mas, para piorar, tenho informações que hordas de mortos-vivos também atacam os viajantes, pode ser que vocês também se deparem com eles.

Akmus para um pouco para respirar e encara os demais com sua sobrancelha erguida e ar de preocupação. O lorde faz mais um sinal e Ugluk pega algo como um cubo coberto por um pano negro. É possível ouvir e perceber que tem algo movendo-se dentro do cubo e Ugluk segura um pouco mais firme. As Drow Yasrine, sua irmã Quewaun já sabiam do que se tratava, porém os outros ainda não...

Akmus pega o cubo encaixa num das frestas de seu birô deixando-o firme, porém, ele parece se mexer pouco e o que está dentro parece se agitar aumentando consideravelmente o som. Assim que Akmus puxa o pano negro vocês enxergam uma mão podre e decepada com alguns anéis em seu dedo, ela se move sozinha e tentava atacar vocês, chocando-se contra a parede de vidro transparente do cubo.

Mão:

O Tiefling para um pouco e encara os demais observando a reação dele, retomando a palavra em seguida:

-Essas criaturas são chamadas de Garras Rastejantes, Através de rituais necromânticos sombrios, a força vital de uma pessoa é vinculada a sua mão decepada, assombrando e animando-a. O ritual invocado para criar a garra rastejante funciona melhor com uma mão recentemente decepada de uma pessoa.

Solitária elas não são uma ameaça, mas quando atacam em bando podem se tornar muito perigosas, assim como um enxame de formigas. Pelo seu tamanho elas podem esconder-se na grama ou em qualquer lugar, são inteligentes o suficiente para esconderem-se e atacarem de modo surpresa, portanto fiquem atentos a seus pés também...Vocês tem alguma dúvida?

Yasryne percebeu que o que Akmus disse bate mais ou menos com o que ela descobriu em sua pesquisa nos resquícios de livros da biblioteca em ruínas da cidade sobre essas criaturas.

Yasryne vê novamente a abominação desmorta a sua frente e isso lhe traz memórias amargas e claramente fica em sua face a expressão de desgosto e diz.

- Sim ... Isso é muito perigoso, porém creio que o poder de alguém com uma fé inabalável possa espantar ou até mesmo destruir uma quantidade considerável destas criaturas desmortas. Poderia cobrir novamente a gaiola por favor?

A barda fica pensativa e ainda acrescenta

- Ir a pé não será problema se tivermos os mantimentos necessários a viagem tais como comida e agua principalmente o problema seria não termos como contatar vocês em caso das coisas não saírem como planejado, mas a vida é um grande desafio não é mesmo?

Ela dedilha o alaúde alguns acordes breves.

Cruzou os braços ao ver a criatura e apoiou as costas numa pilastras.

- Quem quer viver para sempre, né? Eu estaria mais preocupada com quem faz esses mortos vivos que com eles em si - a drow coça a bochecha esquerda - Eu acho que não tenho duvida nenhuma, ao menos que você tenha alguma futurologia que nos informe quais perigos, onde e quando vamos enfrenta-los.

Sim ... Isso é muito perigoso, porém creio que o poder de alguém com uma fé inabalável possa espantar ou até mesmo destruir uma quantidade considerável destas criaturas desmortas. Poderia cobrir novamente a gaiola por favor?

Akmus acena positivamente e cobre o cubo transparente com o pano negro, mas mantém o cubo na mesa e era inevitável escutar a mão mechendo-se e se debatendo dentro do cubo.

- Ir a pé não será problema se tivermos os mantimentos necessários a viagem tais como comida e agua principalmente o problema seria não termos como contatar vocês em caso das coisas não saírem como planejado, mas a vida é um grande desafio não é mesmo?

-Mantimentos podemos fornecer-lhes, isso não é problema apesar de não estarmos esbanjando nada...Quanto a contatarmos vocês, eu solicitarei ao Lord Yjo que envie um de seus animais para observá-los, não se preocupem.

o lorde lança um olhar para Albiona que sai do recinto acenando positivamente.

- Bem, você diz que é perigoso, que hoje em dia é difícil, tem mãos que andam atrás da gente, pode pintar uns mortos vivos, blá, blá, blá e coisa e tal, pois é, pode arrumar algo para os defuntos que insistem em caminhar, tipo um sebo especial que passa nas adagas ou virotes? Se têm passa logo para cá para o papai e diz logo que horas partimos

-Esse tipo de óleo é matéria cara, não podemos fornece-los no momento Actyx, mas vocês tem a senhorita Quewaun, ela é uma sacerdotisa, não sei ao certo a preferência dela, mas ela pode comandar os mortos para auxilia-los ou destruí-los, qualquer uma destas opções serão de grande valia para vocês.

- Quem quer viver para sempre, né? Eu estaria mais preocupada com quem faz esses mortos vivos que com eles em si - a drow coça a bochecha esquerda - Eu acho que não tenho duvida nenhuma, ao menos que você tenha alguma futurologia que nos informe quais perigos, onde e quando vamos enfrenta-los.

Akmus acena positivamente e complementa:

-Concordo, é provável que encontrem um ou mai necromantes ou criaturas com a habilidades de necromancia, portanto vocês devem estar preparados, quanto a futurologia, infelizmente meus poderes não envolvem absolutamente nada dessa alçada, terão que descobrir por si mesmo, porém...esse mapa o qual mostrei o caminho para vocês e o que irão utilizar para chegarem a montanha.

O lorde para um pouco para que o grupo absorva a informação e prossegue:

-Mais alguma dúvida, ou podemos prosseguir?

Spoiler:

Yasryne escuta o lorde atentamente e responde.

- Se o Lord Yjo tem animais com a capacidade de vigilância que possa nos servir então estará tudo bem e se vamos ter mantimentos não vejo muito mais o que questionar a não ser que tenhas mais alguma instrução especifica para nós.

- Nenhuma duvida - Responde a drow.

Ela levanta uma sobrancelha com a fala do halfling.

- Já que está tudo explicado, podemos partir já, temos nada a discutir mais.

Sem mais nada a indagar e com o avançar da noite, não demore e Albiona chega acompanhada de uma criatura humanoide com cerca de  1,80 de altura bastante musculoso e com pelos por todo o corpo, em suas costas um grande escudo de madeira pousava, em sua cintura um espada longa curvada e ele vestia uma Armadura de placas.

Vocês não tem dificuldade em identificarem que se trata de um Hobgoblin, famosos por serem estrategistas e mercenários. Ele e Albiona se dirigem para trás de Akmus, então ela se pronuncia:

-Meu senhor...Suagar, o Estrategista, Ex capitão da Terceira legião Goblinóide dos exércitos de Volken. Hoje, ex-líder dos goblins da Montanha Adormecida. Como havia lhe informado ele chegou a alguns dias muito ferido e faminto, mas hoje ele já está plenamente recuperado.

Sugar:

Albiona Afasta-se um pouco e o Hobgoblin dirige-se a Akmus com respeito:

-General, queria me desculpar por ter abandonado seu comando e desertado, estou pronto para ser punido com a morte por esse crime, minha vida é tudo que me resta e minha queda foi gigantesca, não enxergo mais futuro para mim.

O Hobgoblin parecia falar muito bem o idioma comum, enquanto Akmus matinha-se impassível ao ouvir as palavras da criatura:

-Se eu quisesse você morto, não esperaria sequer você se recuperar de seus ferimentos. Confesso que foi inteligente de sua parte ter ocupado a Montanha Adormecida, não esperava menos de você, mas nós sabemos que pouca coisa escapa aos olhos de meus espiões.

Suagar, sua inteligência é maior de todos os hobgoblins que já vi, além disso, ambos somos desertores, não se preocupe quanto a isto... Quanto a sua queda, vou dar-lhe uma oportunidade para voltar a me servir com a lealdade de sempre e voltar a ser quem era, além é claro de conceder-lhe a oportunidade de vingança, afinal suas tropas e você foram obliterados pelos inimigos que tomaram a montanha.

Akmus vira-se aponta para os heróis:

-Você irá com eles para retomar a montanha, porém, todo o tesouro que for encontrado lá será deles.

O hobgoblin parece surpreso e o brilho volta a seus olhos:

-Fa...farei o possível e o impossível para retomar a montanha, mesmo que isso custe minha vida!

Akmus acena positivamente e responde:


-Não espero menos de vocês, lá fora nos portões estão rações de viagem para seis dias, a viagem de ida e volta a montanha a pé é de oito dias, vocês terão que caçar para completarem os dias restantes, infelizmente, não podemos fornecer mais. Vocês partirão ao amanhecer, Isladris os aguardará nos portões da cidade. Estão dispensados

Albiona Acompanha o grupo com Isladris e Sugar até a saída, ela então começa a fechar a porta e quando vocês viram-se para se despedir dela, é possível observar a fresta da porta se fechando vocês observam uma criatura com capuz e mascara sair da sala dos fundos.

Ela em pé tinha a altura de Akmus sentado e dirigia a palavra ao lorde, enquanto ambos observam vocês também pela fresta.

O Vulto estava completamente vestido, sequer uma parte de seu corpo estava a amostra, nem os olhos. Com um pouco mais de atenção percebe-se que ao redor da criatura o ar parece tremular como se ela emanasse calor, porém não havia fumaça nem fogo aparente.

Criatura Mascarada:

Quewaun já tinha visto a criatura, mas os demais não. Apesar do tempo que passaram na reunião ainda eram 21 horas e o grupo poderia se dirigir a taverna para conversarem se assim desejassem e traçar algum plano.

Cutscene Akmus e Criatura Misteriosa:

So esclarecendo que vocês não ouviram a conversa. Essa cultscene foi mais pra deixa-los mais curiosos.

OFF: O halfling lutou ao lado do lorde Akmus na recente guerra e sabe que ele tem muitos amigos "alternativos" e a fala dele é: Se você concluiu algo com esse encontro, guarde para si que é perigoso externar kkkkk Para bom entendedor...

Concordo em traçar uma estratégia e um bom vinho de quebra me parece boa ideia.
concordando com o que lhe fora dito.

- Bem, se vocês acham importante traçar uma estrategia vamos, mas eu não consigo ver muito a utilidade. Nós não temos a posição do inimigo e a estrada é direta, basicamente o que resta é só seguir em frente - Diz Quewaun fazendo uma nota mental sobre a criatura mascarada.