[Cronica Oficial] Fogo & Enxofre

Denis rapidamente se antecipava ao taxista e fazendo uso de alguma técnica marcial ao estilo budô aprendida, ele lançava o negão ao chão.

Rolagem:

O negão batia de costas e a nuca no chão. Um barulho pesado, como um saco de cimento caindo no chão. O taco voava longe e rolava pela calçada. Mas, apesar do choque, o negão não sofreu muito.

Considerando que você não avance no combate, ele se arrastava rapidamente e se afastando de Denis. Os olhos brancos estatalados se destacavam no negão. Ele parecia assustado, surpreso. Pegava o taco e caminhava sem dar as costas para Denis até ao táxi. Ele entrava, ligava e partia arrancando com o carro.

Victor não era mais visto na entrada do hotel, certamente já havia entrado. Havia um movimento constante de carros sedans luxuosos chegando e parando na entrada do hotel, como de funcionários recepcionando os hóspedes. E agora, o que fará Denis? Só queria ver?

Off:

“Tsk” foi como que o taxista reagiu ao seu comentário. Ele entrou e o carro partiu com ele te olhando. Uma nota de cinco dólares voava e pousava entre seus pés.

Considerando que a pegue, Denis agora voltava-se para o hotel. Como disse, Victor já não era mais visto. Mas, Denis caminha em direção ao mesmo observando o cartão.

Na frente do cartão: nome e telefone de Victor. No verso: o endereço do escritório, que ficava no Centro Financeiro de LA. Ou seja, não era ali.

Funcionários encaram Denis, um olhar desconfiado. Antes que entrasse pela porta principal, que é giratória com detalhes banhado em ouro, um funcionária pergunta:

- Hey, amigo, o que você quer aqui? -

Era de certa forma rude e nem um pouco polido, como muito provavelmente deveria ser com alguém vestindo um terno caro ou um sapato legítimo italiano. Sabe como é, em hotel, filhos da puta julgam pela aparência.

O bellboy, um rapaz negro vestindo um uniforme vermelho, olhava para Denis fazendo uma careta, enquanto colocava algumas malas num carrinho que tirava do porta-mala de uma Mercedes Benz preta.

- Quem? … Victor? - perguntava ele meio surpreso.

- O que quer com ele? - tornava ele questionar no que parecia, para Denis, ser o início de um interrogatório.

-Ora...

Respondo com inglês mesclado com portunhol para o deixar ainda mais confuso.

-Victor , he was in mi casa para me oferecer trabajo, Work... a job!

O rapaz tirava o hat, e coçava a cabeça. “Ah! Sim, então segue por ali”. Dizia ele apontando para um corredor anexo à entrada. “Você vai ver uma porta com a placa BB Chief. É lá”.

Denis, então, passava em frente do hall de entrada. Caminhava pelo exterior do prédio, e virava no tal corredor. Ele passava por uma guarita, e se via no estacionamento do prédio. Carros e mais carros estacionados. Em meio a tubulações e fios, Denis encontrou a tal porta. Além da placa BB Chief, havia uma outra que dizia: bata antes de entrar.

De forma incomum sigo rigidamente o protocolo e bato na porta, aguardando alguém responder, se não houver resposta abro e entro direto.

Denis batia na porta. A maçaneta gira. Uma figura diferente da que esperava abri-la surge. Era um coroa baixinho, gordo e calvo. Ele usava uma calça social preta, além de uma camisa cor de vinho com ‘BB chief, Victor Davis’ escrito em dourado na região do peito esquerdo. “O que quer? Trabalho?”. Perguntava ele após dar uma tragada no cigarro.

O sujeito parado na porta olhava Denis entrando na sala, e já se sentando. Ele fechava-a, e se dirigia até a mesa. Com certa dificuldade, ele se sentava na cadeira colocando o cigarro no cinzeiro. “Victor? Que Victor?”. Perguntava ele. “O único Victor aqui sou eu”. Dizia ele sorrindo. Será que não está falando com o cara errado, Denis? “Mas, diga, quais são suas qualificações, e que tipo de trabalho procura?. Perguntava ele após pegar o cigarro e dar uma tragada. A cartela estava sob a mesa.

- Rapaz… - disse o gordo colocando a bituca no cinzeiro - … Eu não sei com quem cê andou falando, e não me interessa. Cê viu a placa? - perguntou ele irritado, e completando sem esperar a resposta de Denis - Bellboy, sabe o que faz um? Não é nenhum Lee da vida, muito menos um Oppenheimer. É a última coisa que preciso aqui, e só trará problemas. Agora… - disse ele puxando outro cigarro e acendendo enquanto falava - … Se quiser ganhar uns dólares para carregar malas, abrir portas e essas coisas, darei uma ficha pra preencher. Tem uma vaga.

- Não! Bellboy estilo bellboy… - respondeu ele tirando uma prancheta da gaveta da mesa.

- Preencha com seus dados - disse entregando uma caneta para Denis, o qual questionava:

-Espere...Como assim isso pode ser possível?

- Ahn? - perguntou o gorducho fazendo uma careta em meio as gorduras que cobriam o rosto dele.

- Pode? Vamos fazer assim, então, cê vai começar hoje mesmo e no final concretizamos, ou não, o contrato - disse ele pondo a mão no telefone, e pronto a puxá-lo. - Tudo bem para você?

-Certo... Tudo bem... Que eu preciso fazer?

Comento meio perdido.

Resenha:
Seria mais um dia qualquer na sobrevivência de Denis em Los Angeles, a América como chamou Jim Morrison, se não fosse pela inusitada visita de um sujeito de nome Victor, o qual ofereceu um gordo cheque para ir atrás da moça que Denis havia encontrado algumas noites atrás, em Santa Monica, num show do RHCP, a Jennifer. Intrigado, Denis resolve não ir ao encontro de seus camaradas, na praia de Santa Monica, para seguir o sujeito, o qual estava hospedado em um dos hotéis mais caros de LA, o Intercontinental. Denis envolve-se numa confusão com o taxista, perdendo Victor de vista. Após questionar um funcionário qualquer sobre Victor, Denis se vê num cubículo de sala, em meio ao estacionamento do hotel, conversando com um outro Victor, gordo e asqueroso, sobre… Emprego?

Ganhos:

Recursos 1:

Perdas:
Nenhuma

Crítica:
O personagem tem um grande potencial para se encaixar em várias, e diversificadas, histórias. Contudo, sinto a ausência da personificação pelo jogador, aquela mesma que teve no processo de criação. Uma vez criado, assim me parece, o jogador se deu por satisfeito; e, portanto, não se esforça em personificá-lo, interpretá-lo, é muito comedido. Por isso, darei 15 de exp.

Off:
Espero que, assim como eu, tenha curtido. Até uma próxima, meu camarada.