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    1.1. Out of the Silent Planet

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    1.1. Out of the Silent Planet Empty 1.1. Out of the Silent Planet

    Mensagem por Mellorienna Seg 11 Nov - 17:07





    Além do Planeta Silencioso


    ??? | ???



    Escuridão.

    Linë puxou a mão que Lux segurava, com um "hmpf" característico de indignação. Era impossível ver qualquer coisa naquele breu absoluto, mas o Espadachim tinha certeza de que a elfa não tinha encarado seu gesto impulsivo como um resgate heroico. Entretanto, antes que tivesse a chance de buscar por sua lanterna de segurança - que milagrosamente havia vindo do Mundo Real com ele - o garoto foi surpreendido por um pequeno globo de luz, aproximadamente do tamanho de uma bola de ping pong, que pairava entre as palmas das mãos de Linë.

    - Francamente, rapaz! Todas as Ohana de Forte Norte estão em perigo e você me arrasta para... - os olhos azuis da elfa moveram-se ao redor, enquanto a bola de luz subiu, flutuando próxima à orelha esquerda dela - ... onde nós estamos, afinal?

    Havia uma ruga de preocupação entre as sobrancelhas da elfa, que continuava a esquadrinhar o perímetro como se a pequena luz que criou deixasse que visse mais que dois metros a frente. Para Lux, estavam em uma caverna. Paredes de rocha, fechadas em uma alcova natural de pedra logo atrás de onde se encontravam. A frente, com pouca luz, seus olhos humanos não conseguiam divisar mais nada. Somente a escuridão infinita. Estranhamente, quase não havia eco quando Linë falava, o que era de se esperar do interior de uma caverna imensa.

    - Pela Luz de Illion... - a voz da elfa tremeu e seus olhos se arregalaram, como se ela pudesse ver algo que era invisível para ele - ... é Kazarov. - Linë deu três passos a frente e a pequena bola de luz que ela havia conjurado saiu flutuando pelo ar adiante, subindo em direção a um teto de rocha impossivelmente alto... que exibia colunas magníficas sustentadas por gigantescas estátuas de anões imponentes, com martelo ou machado nas mãos - Estamos no interior do Reino Proibido de Kazarov!


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    1.1. Out of the Silent Planet Empty Re: 1.1. Out of the Silent Planet

    Mensagem por Nazamura Ter 12 Nov - 8:08

    No Reino dos anões





     
    "Hunpf"... não era bem a reação que Lux esperava da jovem elfa, mesmo depois que ele revelava que estava atrás do espelho vendo-a, parece que ela não levou em conta os presságios ou sei lá a interpretação do sonho dele.  "Onde estamos? em uma caverna? que escuro!" pensou o espadachim em meio ao breu absoluto.

    Antes que pudesse alcançar sua lanterna, Lux ouve palavras sendo sussurradas em um idioma estranho, porem a doce voz melodiosa que as pronunciavam era de Linë, e ela estava invocando uma magia.

    - é tão... bonita! - Lux fica maravilhado por Linë quando um globo de luz surge por entre suas mãos e voa graciosamente ao seu redor sobre o comando mental dela, iluminando seu corpo e rosto a medida que a esfera ganha altura e fica próximo a seu rostinho encantador de menina. Já tinha visto Onnerb castar magia algumas vezes e sabia que sempre há um preço a se pagar por usar magia.

    Line escreveu:- Francamente, rapaz! Todas as Ohana de Forte Norte estão em perigo e você me arrasta para... onde nós estamos, afinal?
    Lux então é "quebrado" de sua viagem pela aparência da garota e começa a olhar ao redor

    - Não sei, ao que parece, uma caverna... que estranho! o som não ecoa. Você está bem? eu sei que invocar magia sempre vem com um preço, já vi Onnerb passar mal sempre que o faz.

    Ao que parece, Lux e Linë estavam em uma caverna aparentemente com paredes altas
    - Você consegue mover essa bola de luz por ai pra iluminar melhor o lugar?

    a medida que a bola de luz subia e iluminava mais ainda o lugar, Line franze o cerne e logo diz espantada

    Line escreveu:- Pela Luz de Illion... é Kazarov. Estamos no interior do Reino Proibido de Kazarov!

    - Kaza-o-que? - Pelo jeito que Line demonstrava preocupação a coisa poderia ser séria - Reino Proibido? olha! - Lux enfim nota as colunas gigantescas esculpidas a pedra com anões empunhando Machados - Que incrível essas construções monumentais! Nunca tinha visto nada em toda Noruega ao longo do meu Império Arcadia.

    Lux pega sua lanterna e a liga iluminando mais detalhes das esculturas e tentando ver se tinha corredor a frente, passagens etc.

    - Não estamos no meu reino pelo que parece. Ah se eu tivesse trazido meu celular! teria tirado uma foto pra mostrar pra Philuffy. Impressionante! - Lux estava alegre, embora soubesse que a elfa estivera preocupada em função de sua expressão no rosto - Fique tranquila Linë. Onde quer que viemos parar eu vou proteger você.

    No fundo, Lux pressentia o perigo, mas tentava agir o mais natural possível para deixar a jovem elfa relaxada, ou irritada com sua aparente falta de respeito por esse tal reino proibido, de qualquer forma ele a trouxe até aqui impulsivamente sem planejamento

    - É só o que eu posso fazer por você depois de ter agido sem pensar - O ar de palhaço de Lux se vai e ele fica com uma expressão mais séria olhando para a elfa - Me desculpe por meter você nisso.

    Anões e Elfos:
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    1.1. Out of the Silent Planet Empty Re: 1.1. Out of the Silent Planet

    Mensagem por Mellorienna Ter 12 Nov - 20:13





    Além do Planeta Silencioso


    Kazarov | ???



    - Quem é Pluffy? - Linë olhava com curiosidade para a lanterna nas mãos de Lux, certamente nunca tendo visto algo igual. Mantinha a doce voz reduzida a um sussurro envolvente, como se temesse perturbar as estátuas e rochas ao redor - Pelas Lágrimas de Ilíria, Lux, o que vamos fazer se formos descob---

    - Descobertos? Ora ora, parece que é algo que descobriremos em breve.

    Com um gritinho, Linë se jogou para o lado de Lux, agarrando-se ao braço direito do Espadachim. A luz que havia conjurado instantaneamente sumiu, talvez porque tenha perdido a concentração. E, com o arroubo que deu, a elfa fez com que Lux derrubasse a lanterna, que agora girava pelo chão, lançando sombras espectrais sobre ambos, as paredes de pedra, e uma figura coberta por um manto negro que se aproximava a passos calculados.

    - De onde e de que tempo vieram? RESPONDAM! - a voz masculina elevou-se, ecoando pelo silêncio do grande salão, e Linë apertou a mão direita de Lux com a sua, empertigando a coluna como se estivesse preparada para enfrentar qualquer coisa... mas seus dedos estavam trêmulos e gelados pelo medo.


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    1.1. Out of the Silent Planet Empty Re: 1.1. Out of the Silent Planet

    Mensagem por Nazamura Qua 13 Nov - 6:48

    Uma estranha presença


    é hora da estorinha...


     
    - Philuffy? - Lux ri com doçura quando Linë erra a pronuncia do nome dela, ate mesmo ele demorou para se acostumar - Ela é minha amiga desde a infância, crescemos juntos e durante a guerra nos separamos. Foi durante uma missão de resgate que eu vim parar em seu mundo.

    Lux nota a curiosidade da garota em seu aparato tecnológico e sorri pra elfa quando logo são descobertos

    Voz estranha escreveu:- Descobertos? Ora ora, parece que é algo que descobriremos em breve. De onde e de que tempo vieram? RESPONDAM!

    Linë acaba agarrando o braço de Lux com um gritinho assustada. O que deixa Lux vermelho de vergonha já que seu braço estava roçando em seus peitos, a lanterna rodopiava ao chão criando um efeito estroboscópico e Lux via o quanto ela ficou próxima de si, seu coração temia em bater rápido, mas o momento Hentai do dia logo é interrompido quando a voz elevada os interroga. Lux então pisa na lanterna pra ela parar de girar "Do jeito que Line me agarra, só poderei usar uma das espadas se for atacado, melhor mesmo contar toda a verdade"

    - Bom, nós viemos por um portal de Forte Norte, estávamos no templo das Ohanas e o local estava sendo devastado por um terremoto. - Ele então percebe que estava exagerando na narrativa e se recompõe - A elfa que veio comigo pelo portal se chama Linë e eu me chamo Lux Diseld Arcadia, sou príncipe do Império Arcadia da Noruega, porem de outro mundo que não esse. Estou vivendo no mundo de vocês há aproximadamente 1 mês.

    Lux então segura Linë carinhosamente pela mão afastando-a um pouco de si, ajoelha-se pegando a lanterna com calma pra evitar irritar mais o homem de manto negro, pois sabia que ele estava com medo - e pessoas com medo atacam - pegando a sua bussola e iluminando a foto ele diz

    - Eu posso provar, veja isso, é um registro do meu palácio, do mundo onde vim - Lux mostra então a mesma fotografia que havia exibido a Scintia, é provável que Linë não tenha visto ainda então ele também mostra a ela - Aqui na foto sou eu a esquerda e a família da minha amiga de infância Philuffy. As roupas que usamos, são diferentes desse mundo.

    E sorri enquanto deixa os dois examinarem a foto. Essa não foi sua melhor abordagem diplomática, mas Lux logo percebeu que em outro mundo, suas bugigangas tecnológicas poderiam servir como um documento de identidade ou como uma forma de fazer politica.

    Enquanto Lux segura a mão de Linë ele não percebeu, mas estava fazendo um leve carinho em seus dedos.

    Foto de Philuffy:

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    1.1. Out of the Silent Planet Empty Re: 1.1. Out of the Silent Planet

    Mensagem por Mellorienna Qua 13 Nov - 16:18





    Além do Planeta Silencioso


    Kazarov | ???



    Lux foi prestativo e discreto, explicando a situação com sinceridade e mostrando a foto de sua amiga e seu mundo original, sem direcionar a luz da lanterna para o rosto do desconhecido que se aproximava. Em que pese estar assustada, Linë parecia curiosa quanto à garota que o Espadachim tinha dito que tentou resgatar quando foi trazido para Serenia. A Ohana olhava da foto para o rosto de Lux e de novo para a foto, e ele ouviu um leve sussurro dela, como se falasse consigo mesma:

    - Humana, é claro...

    Por sua vez, a figura que se aproximava parecia mais interessada na lanterna que na fotografia.

    - Uma luz que não pertence a Illion. - estendendo a mão diante do feixe da lanterna, a figura emitiu um som que talvez pudesse ser entendido como uma risada - Lux Diseld Arcadia, você diz. Seu próprio nome o anuncia como Portador da Luz. - a pele extremamente pálida das mãos ossudas demonstrava que, fosse quem fosse, aquele era um sujeito que não via o Sol há muito tempo - E você... - Linë tremeu levemente, de mãos dadas com Lux, mas manteve-se ereta diante da figura que se deslocou para vê-la melhor - ... pobre criança, não passa de um reflexo diáfano do esplendor do Povo de Érenn. Eu vejo a mortalidade nos seus olhos, kalarel. E essa é a única tristeza do seu destino que eu invejo.

    Houve um farfalhar na escuridão e, repentinamente, braseiros e tochas ao longo de todas as colunas e paredes do amplo salão acenderam-se. Linë apertou a mão de Lux com força, como se quisesse transmitir a ele autocontrole suficiente para não gritar ou dizer alguma bobagem: o Espadachim teve certeza, então, que a pouca luz que havia antes já havia sido suficiente para que os olhos élficos dela divisassem inteiramente seu estranho interlocutor.

    Para começo de conversa, era um elfo, não um anão - o que teria sido muito mais natural. Para além disso, era um elfo magro, muito magro, com a pele branca como um verme esticada sobre os ossos proeminentes da face e das mãos, únicas partes visíveis sob a grande capa negra. E tinha olhos vermelhos como brasas ardentes, que brilhavam com uma luz que não havia nos olhos de Linë. Os longos cabelos muito escuros exibiam alguns fios brancos nas têmporas, mas - apesar da magreza cadavérica e da figura assustadora - ele parecia não ter muito mais que trinta anos humanos.

    - Eu senti a perturbação do tecido da realidade que você chamou de terremoto. Se o epicentro foi nessa Forte Norte, que imagino ser uma cidade de Bellenus... - o elfo esquadrinhava a expressão de Lux e Linë para confirmar suas suspeitas - ... sim. Só pode ser--- NÃO! Não, essa esperança e essa culpa só querem me deixar louco!

    Dando as costas para o Espadachim e a Ohana, o elfo andou de um lado para o outro, debatendo consigo mesmo em uma língua que Lux não reconheceu, mas sobre a qual Linë sussurrou:

    - Acho que é uma forma de Élfico... mas não consigo entender quase nada... ele fala fluentemente! - a Ohana parecia chocada e maravilhada ao mesmo tempo - Nosso conhecimento do idioma se perdeu quase todo após a Guer---

    - SHHH! TAGARELA! - os olhos vermelhos se voltaram crispando para Linë, que deu um passinho para trás, engolindo um gritinho - Você, Príncipe da Arcadia! Disse que havia um portal. Por onde dois poderiam passar ao mesmo tempo. - a expressão do elfo era meio enlouquecida, como quem está prestes a juntar os últimos pedaços de um quebra-cabeças torturante - Não, não dois. - ele caminhou na direção de Lux, segurando o Espadachim pelos ombros com seus dedos como garras - UM MAIS UM. Era isso que o portal dizia. NÃO É, PORTADOR DA LUZ?


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    1.1. Out of the Silent Planet Empty Re: 1.1. Out of the Silent Planet

    Mensagem por Nazamura Qui 14 Nov - 9:31

    First Love


    Portador da Luz? eu?


     
    Lux podia não ter muito tato com garotas bonitas, mas só depois percebeu que estava segurando a mão de uma por tanto tempo e ela não havia soltado a sua, enquanto contava sobre seu mundo e detalhava a foto para Linë e para o homem de manto, Lux sentiu seu coração batendo rápido, percebeu que a elfa olhava alternadamente da foto para si. Nesse breve instante de paquera platônica, Lux começou a sentir um mix de sentimentos lhe passarem pela cabeça, afinal Philuffy o havia beijado uma vez, porem havia lhe dito que "- Era pra dar sorte, pois havia aprendido com a irmã dela. Significava espero nos encontrar novamente." - Isso quando eles tinham 9 anos de idade e não se viram mais até a adolescência quando iniciou a guerra no reino de Arcádia e ele teve noticias da amiga.

    Ambos não sabiam o que era o amor na ocasião então porque ele ficava acariciando a mão da Elfa? estaria transferindo sentimentos para ela? estaria cuidando de Linë porque na verdade não havia protegido Philuffy? - Todos esses pensamentos começaram a aparecer na mente do espadachim a medida que ele percebia um certo tom de voz vindo da menina, talvez de desapontamento ou de tristeza
    Kids First Kiss:

    Line escreveu:- Humana, é claro...
    Ainda mantendo a mão de Line junto a sua ele sorri pra jovem elfa clériga com meiguice e carinho no olhar.  Porem logo a paquera é interrompida pelo estranho homem encapuzado



    Elfo pálido escreveu:- Uma luz que não pertence a Illion. Lux Diseld Arcadia, você diz. Seu próprio nome o anuncia como Portador da Luz.
    Um ser que parecia não ter visto a luz do sol, que mais parecia um zumbi esbranquiçado por tanto tempo começou a chamar o Lux de  "O portador da Luz", de certa forma Lux havia aprendido que a etimologia de seu nome significa Luz em Latim, mas não imaginou que esse conceito viajaria por entre mundos

    - Ah isso é uma lanterna mecânica, a bateria é recarregada sempre que eu movo essa alavanca então é uma luz eterna, sua fonte nunca se apaga - diz apertando o gatilho para carregar a bateria de LED, o que aumentou o brilho da lanterna por alguns segundos

    Elfo zumbi escreveu: E você... pobre criança, não passa de um reflexo diáfano do esplendor do Povo de Érenn. Eu vejo a mortalidade nos seus olhos, kalarel. E essa é a única tristeza do seu destino que eu invejo.
    Linë permanecia de mãos dadas o tempo todo com Lux, até segurava mais forte para manter-se firme, Lux guardara então a bussola e sem perceber, abraça a elfa junto de si. Novas luzes começam a se acender na grande caverna/dungeon dos anões e por manter a garota rente a si Lux acaba cruzando olhares com Linë "Esses olhos elficos, parecia que ela conseguia ver tudo mesmo com pouca luz. que incrível

    - Linë. Porque ele te chamou de Superman kalarel ? - perguntava incauto a garota.

    Com um pouco mais de luz no local, Lux percebe a aparência da estranha criatura, era um elfo também, com o que parecia ter 30 anos se fosse comparar. Lux levanta a sobrancelha e pergunta

    - Ué, mas você é como ela! Diferente na cor, mas é um elfo. Eu não entendo, se aqui há muitas estatuas de anões com machados, eu achei que você era um deles - e ri da própria ignorância

    Elfo Branquelão escreveu:- Eu senti a perturbação do tecido da realidade que você chamou de terremoto. Se o epicentro foi nessa Forte Norte, que imagino ser uma cidade de Bellenus... sim. Só pode ser--- NÃO! Não, essa esperança e essa culpa só querem me deixar louco!

    Linë então lhe explicava coisas da cultura de seu povo, com sua voz melodiosamente encantadora - provavelmente um dialeto perdido no tempo, ele via a expressão maravilhada nos olhos da garota e novamente o elfo zumbi pira.
    Elfo Viajante na batatinha escreveu:- SHHH! TAGARELA! Você, Príncipe da Arcadia! Disse que havia um portal. Por onde dois poderiam passar ao mesmo tempo. Não, não dois. UM MAIS UM. Era isso que o portal dizia. NÃO É, PORTADOR DA LUZ?

    - Espere, meu senhor, ai... - O elfo estava descontrolado, parecia estar sofrendo algum tipo de ilusão paranoica, teria ficado isolado tanto tempo assim? - Qual é seu nome? - Tentava ganhar um pouco de tempo para que a figura se acalmasse. E só então responde sua pergunta - Sim, eu li de relance, estava escrito isso mesmo. UM MAIS UM. e meu nome e de meus companheiros de viagem estavam cravados ao redor do portal. Você sabe o que isso significa? Você falou de tecido da realidade, até parece o Onnerb quando ele me explicou do continuo espaço-tempo  - e deixa uma nova risada escapar mais uma vez enquanto ainda mantem Linë em seus braços - Estava começando a achar doce o fato dela sempre dar gritinhos quando se assusta ou se acanha.
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    1.1. Out of the Silent Planet Empty Re: 1.1. Out of the Silent Planet

    Mensagem por Mellorienna Qui 14 Nov - 14:28





    Além do Planeta Silencioso


    Kazarov | ???



    O estranho elfo prestou atenção à explicação de Lux sobre o sistema mecânico que gerava a luz da lanterna, assentindo sem questionar. Como um estudioso.

    À pergunta sobre o significado da palavra kalarel e ao espanto do Espadachim ao perceber que se tratava de um elfo, não de um anão, o sujeito fez uma careta bizarra que talvez fosse um sorrisinho.

    - Sua amiga é jovem demais para que eu a considere algo diferente de uma criança. É o que kalarel quer dizer. E você também, Príncipe Lux. Jovem e ingênuo demais. - os olhos vermelhos do elfo se viraram para Linë - Mas você já começou a compreender. - a Ohana agarrou a mão de Lux com ainda mais força e assentiu, em silêncio. Havia receio e dor em seus olhos azuis - Nós não somos iguais, jovem príncipe. Porque Linë descende das crianças capturadas na Guerra de Érenn, arrastadas para Bellenus por um exército que as escravizou e massacrou seus filhos e os filhos dos seus filhos. E que jamais tocaram seus alfirins, o metal branco sagrado com o qual Ilíria presenteia suas criações sobre Serenia. Por isso, Linë envelhecerá. E morrerá.

    A Ohana suspirou levemente, de forma trêmula, e o Espadachim teve a certeza de que ela tentava seu melhor para segurar o choro. Alheio a isso, o elfo-não-igual-a-ela batia palmas e agarrava os cabelos, parecendo a beira de um ataque de nervos, enquanto seguia explicando - sem se preocupar se alguém estava entendendo alguma coisa:

    - Entenda, Lux, o alfirin faz parte do corpo da deusa-mãe dos elfos. Ilíria. Ferida, quebrada e cega, mas viva. A Lua Quebrada e o cinturão que envolve o planeta são representações de Ilíria. Moribunda desde o conflito ancestral que culminou na expulsão de todas as raças humanoides da presença dos deuses. Quando Aleph Bellenus se apaixonou por uma elfa. E selou o destino maldito de todos nós.

    Lux de fato havia achado curioso, logo que chegou a Serenia, o fato de o planeta possuir um anel de asteroides, visível dia e noite, como Saturno. E ainda mais curioso que a única lua no céu estivesse toda quebrada, como se houvesse sido bombardeada, depredada. O efeito era bonito: Serenia era um planeta que envergava um colar radiante, com um pingente inusitado. Porém, o Espadachim não conhecia aquele simbolismo associada à Deusa dos Elfos. E, naquele momento, se lembrou de ter ouvido Scindia dizer que uma estrela-cadente havia cruzado os céus na direção leste, e por isso os Érennish sabiam que uma criança elfa havia nascido - razão pela qual a ruiva estava em Forte Norte naquele dia fatídico.

    - Aposto que você não pode culpar o velho Aleph, uh? - o elfo indicou as mãos dadas com mais uma careta-sorrisinho daquelas - E eu seria o último a atirar a primeira pedra. - os olhos vermelhos tremeluziram na escuridão com chamas nostálgicas, exatamente no instante em que Lux perguntou seu nome - Meu nome... Hmm... Os anões me chamam Darkrime Delves.

    - Mas esse não é seu nome.

    As luzes dos braseiros pareceram se iluminar por um instante aos olhos de Lux ao ouvir novamente a doce voz de Linë. A postura da Ohana mostrava que, ainda que estivesse emocionada (?), não se deixaria intimidar facilmente. Contudo, a revelação sobre os portais fez com que o elfo esquecesse completamente da presença dos dois. Gargalhando e chorando, ele se movia freneticamente, bradando naquele idioma-possivelmente-élfico coisas que eram incompreensíveis, exceto por uma palavra capturada pela Ohana:

    - Guerra? Guerra contra quem?

    Com um sorriso sinistro - e fogo ardendo nos olhos vermelhos - Darkrime Delves olhou de Linë para Lux:

    - Contra a Raça Humana. Contra quem mais haveria de ser?


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    1.1. Out of the Silent Planet Empty Re: 1.1. Out of the Silent Planet

    Mensagem por Nazamura Sex 15 Nov - 9:28

    Ragnarok


    Qual o sentido da guerra?


     
    Lux prestava atenção no elfo caduco e enquanto permanecia envolvendo Linë em seus abraço, ele não podia deixar de notar que a elfa estava abalada, quase chorosa.

    - Então vocês vão guerrear contra nós?  Mas eu ainda não consegui compreender o motivo da guerra. - Lux dá um beijo no rosto de Linë, tentando acalma-la, conforta-la, enquanto continua dizendo de maneira séria - Certo, Karalel significa criança na lingua élfica. A Guerra de Érenn que você diz eu deduzo que foram humanos contra elfos, eles venceram, escravizaram seu povo derrotados e provavelmente Linë é mestiça do cruzamento de humanos e elfos. Esse Alfirin concede a imortalidade, e como os elfos escravizados não tocaram nele, envelhecerão como os humanos certo?  

    Lux prestava atenção com afinco no elfo cinzento, tentando entender toda a lógica para saber exatamente com o que estava lidando. Tal qual nas reuniões do conselho de guerra de Arcadia, Lux avalia todas as possibilidades e embora mantendo Linë carinhosamente junto a seu peito, sua voz muda para o tom firme que os generais de campo costumam ter e ele continua

    - Posso imaginar que fora desse planeta era o paraíso, como seria o Éden que a religião do meu mundo diz, e que lá todas as raças viviam em harmonia até que uma união de raças provocou uma guerra né?
    Darkwing Duck escreveu:- Aposto que você não pode culpar o velho Aleph, uh?

    A indireta em relação a Lux estar mais próximo de Linë fê-lo entender parte do motivo da guerra

    - Então, por culpa desse humano Aleph, todos foram banidos do paraíso, incluindo elfos, humanos e todas as demais raças humanoides para esse planeta, e agora vocês só podem ficar olhando o ceu estrelado representando a saudade de um lar que uma vez pertenceu a todo mundo ? - Lux deduz com firmeza na voz - Sem querer ofender sua divindade, mas o motivo da guerra é leviano. Vocês querem vingança. Querem voltar ao paraíso junto ao regaço da Deusa e não aceitam que a situação mudou. Qual é o problema do amor inter-racial se assim podemos dizer? Porque os Deuses expulsaram todo mundo e não apenas os humanos como a lógica deduziria? E essa criança elfica que nascera que Scindia me contou, será ela filha de Aleph com Ilíria? se ela veio em um cometa para cá, então ela também foi expulsa. Não consegue ver o que está acontecendo meu amigo imortal ?

    Lux olha firme para o velho elfo, já havia deduzido que ele tocara a fonte de metal e deve ter muitos séculos, o que explica sua apatia e aparência cadavérica.

    - Todos os Deuses que vivem no paraíso, são muito egoístas e dão mais importância ao que os outros deuses pensam, do que a seus próprios sentimentos. Essa guerra que seus olhos vingativos expelem, não faz o menor sentido, essa guerra não é sua, nem dos elfos, nem dos humanos, nem dos mestiços. Eu simplesmente não consigo entender o motivo de seu ódio. - Lux faz uma pausa e continua - No meu mundo a guerra era por poder entre reinos, então lutávamos para defender nossa sociedade e esse era um motivo nobre, deter o avanço da cobiça e da ganancia do reino vizinho a Arcadia, mas em seu mundo, essa guerra que você tanto quer soa a retalhação pelo leite derramado. Se Aleph ama Ilíria, e todos foram expulsos por consequência disso, a guerra não é contra a raça humana, mas contra o panteão que está contra o amor inter-racial de sua Deusa que você tanto venera. Isso faria mais sentido pra mim e creio que pra você também.

    Lux era veterano o bastante para perceber que poderia ser atacado ali mesmo, suas palavras buscavam desafiar a inteligência do velho elfo que o chamou de criança jovem e ingênua. Era natural que ele não conhecesse o lado militar de Lux nem seu saque rápido, embora ele não pretendesse usa-lo.

    - Se isso é uma guerra, então está mais para uma guerra contra o amor. Eu concordo que a escravidão que humanos impõe a elfos precisa acabar, no meu mundo, não existe escravidão. mas o cerne do conflito não seria onde tudo começou? no paraíso?

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    1.1. Out of the Silent Planet Empty Re: 1.1. Out of the Silent Planet

    Mensagem por Mellorienna Sáb 16 Nov - 19:13





    Além do Planeta Silencioso


    Kazarov | Presente



    - Ãhn... Lux? Eu sou elfa-elfa, não meio-elfa-meio-mestiça... De toda forma, acho que não foi bem iss---

    - Ele não é desse mundo, criança. E a nossa não é uma história tão fácil de entender. - Linë pareceu ponderar sobre essa afirmação, acenando positivamente com a cabeça, em concordância, enquanto o estranho elfo passou a caminhar pelo lugar, chamando o jovem casal para que o acompanhasse - Do começo, Portador da Luz. Há seis Poderes que atuam sobre Serenia. Seis divindades. Depois de criar o mundo e todas as suas criaturas, três dessas divindades ainda se sentiam incompletas. Desejavam criar seres à sua imagem e semelhança, com quem pudessem viver em comunhão, ensinar seus costumes e ver florescer. Os demais deuses não tomaram parte nessa criação, mas concederam, cada um, bênçãos e dons distintos a cada criação de suas irmãs divinas. Assim, surgiram as três grandes raças: elfos, humanos e anões.

    Após um curto trajeto, chegaram ao que parecia ser uma forja, alimentada pelo coração pulsante da montanha. O calor era presente, mas tudo dizia a Lux que deveria ser muito pior. De alguma forma, Darkrime Delves conseguia manter o ambiente habitável o suficiente para que não fosse mais estressante que uma tarde de verão nos trópicos.

    - As três raças viviam na companhia dos deuses e com eles aprenderam a ser. Porém, em dado momento, Aleph Bellenus, que era humano, se apaixonou por uma elfa. A Mãe dos Humanos abençoou a união, mas a Mãe dos Elfos a considerou perversa. Pois aos Humanos havia sido concedido por sua deusa um dom especial, que era temido por todos os outros deuses, e do qual nunca se deve falar. Assim, Ilíria proibiu a união, entrando em conflito direto com sua irmã, a quem passou a acusar duramente por ter dado aos Humanos aquilo-que-não-deveria-ser-dado.

    O elfo ofereceu a Lux e Linë cadeiras para sentar ao redor de uma mesa coberta com o que pareciam ser projetos de engenharia. O lugar era muito mais organizado do que poderiam ter esperado, apesar de austero - sem adornos, enfeites ou grandes confortos.

    - Até que a discussão se tornou uma briga, e a briga se tornou guerra. Vendo as duas irmãs em conflito, Tzara, Mãe dos Anões, tentou se aproveitar da brecha para eliminar ambas. Nessa hora, Aleph Bellenus feriu Tzara com a Lança, levando-a a morte. É dito que a grande cordilheira que corta meridionalmente o mundo, em cujo centro estamos nesse momento, é formada pelo corpo caído de Tzara. E o Brigantium, o metal verde sagrado para os Anões, é a carne de sua deusa morta.

    Havia diversos exemplares lapidados de Brigantium ao longo de uma prateleira, que Darkrime Delves apontou, fazendo com que Linë arfasse levemente e apertasse a mão de Lux sob o tampo da mesa.

    - O Brigantium tem propriedades mágicas, bastante fracas, mas melhores que nada. Após a morte de Tzara, a Mãe dos Humanos foi presa fora dos círculos do mundo, não antes de deixar Ilíria absurdamente ferida. Com sua deusa banida de qualquer interferência sobre Serenia, os Humanos se tornaram incapazes de acessar a Magia: seja Arcana ou Divina. Contudo, anões inescrupulosos traficam Brigantium para Bellenus, ainda que a punição para isso, aqui em Kazarov, seja a morte. Assim, os Humanos conseguem extrair Magia sem precisar pagar com suas vidas. O que não vem ao caso. Onde estávamos? Ah sim, Aleph Bellenus, e todos que ergueram armas na Guerra entre as deusas, foram expulsos da presença dos Poderes. Não sem carregar uma Maldição, imposta por Hellion, Deus da Justiça. Como claramente aquele era um resultado injusto - do amor se fez a ruína - elfos e humanos estariam condenados a repetir, ciclicamente, a mesma dança da morte. Até que aprendessem a gerar mais que sangue e cinzas do amor entre as raças.

    Os olhos vermelhos do elfo adquiriram um ar nostálgico e sua figura decrépita pareceu quase se iluminar por um instante, antes de cair em profunda consternação novamente.

    - Por várias vezes a Maldição retornou para cobrar seu preço. A mais recente delas aconteceu séculos atrás, quando um jovem príncipe de Érenn, tolo demais para conhecer a prudência, apaixonou-se pela princesa do Reino de Bellenus. Ela não apenas era princesa, mas tinha nascido com os cabelos ruivos, que marcavam as mulheres da família real que deveriam devotar suas vidas à igreja, morrendo imaculadas como Ariela Bellenus, a irmã de Aleph, que fundou o Reino dos Humanos. Quem disse que eles deram atenção a isso? Eram jovens e estavam apaixonados. Fugiram juntos, casando-se sob as bênçãos do Rei Sob A Montanha, aqui, em Kazarov. Quando chegaram a Érenn, foram mais bem recebidos do que mereciam. Entre os elfos, imortais enquanto junto aos seus Alfirin, havia a crença de que aquele casamento quebraria finalmente a Maldição. Porém, já sabemos que não foi isso que aconteceu.

    A expressão de Darkrime Delves se inflamou com um ódio que superava qualquer outra força, vencendo até mesmo a exaustão de sua saúde claramente debilitada.

    - A princesa estava grávida quando os exércitos de Bellenus invadiram Érenn, raptando-a de seu novo lar. Um eclipse cobriu a face da Lua Quebrada, retirando Poder dos elfos. A mortandade tingiu a Capital Branca de vermelho, e a Fênix de Érenn, grande sacerdotisa de Ilíria, foi dada como morta. Isso causou desespero sem igual aos poucos sobreviventes, entre eles um Mago que era poderoso o suficiente para trancar o reino, impedindo que as terras ancestrais dos elfos fossem encontradas novamente. A única forma de reverter esse feitiço seria se a sacerdotisa de Ilíria, que também carregava o título de Chave de Érenn, houvesse sobrevivido. O que era duvidoso, até hoje.

    O elfo se levantou, andando de um lado para o outro enquanto finalizava suas explicações:

    - Mas quem mais poderia enviar uma elfa e um humano ao nível mais profundo de Kazarov, conhecido apenas por um seleto grupo de anões, e frequentado tão somente pelo Rei Sob A Montanha e mais ninguém? Não, Príncipe da Arcadia, o que me tornou doente não foi exatamente a falta do meu Alfirin. Eu ainda tenho metade dele comigo, e somente com isso seria capaz de viver para sempre, com pouco que me atrapalhasse. O que realmente sugou a vida dos meus ossos foi a falta de vontade de viver num mundo onde todos que amei estavam mortos. Por meus atos naquele dia fui banido para longe de toda a Luz, e por piedade mesclada ao sentimento de culpa os anões me acolheram, fechando as portas de Kazarov logo em seguida, para que nunca mais suas terras fossem usadas como passagem para o genocídio de um povo. E eu sobrevivi movido apenas pelo espírito da vingança, forjando com minhas próprias mãos um exército tão numeroso de constructos que até mesmo ganharam dos Filhos de Tzara um nome coletivo, como uma nova raça: Klinquer. Aqui, forjando nas trevas, eu aguardei por um sinal. E agora vocês vieram até mim, Lux e Linë! Para dizer que, em algum lugar próximo a essa tal Forte Norte, a Fênix de Érenn está viva! Minha irmã está viva!

    Às costas de Darkrime Delves, que gargalhava e chorava ao mesmo tempo, andando de um lado para o outro alucinadamente, era possível ver a arcada do portal - aquele mesmo portal de pedra que os havia levado até ali - com o brilho vermelho-místico ondulando magicamente sobre si mesmo.


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    1.1. Out of the Silent Planet Empty Re: 1.1. Out of the Silent Planet

    Mensagem por Nazamura Dom 17 Nov - 11:01

    Um mundo complexo


    eu ainda não entendo


     
    Lux então silencia-se diante da explanação do velho elfo, Linë parecia absorta tambem, pois ignorara totalmente o beijo que Lux lhe dera e do quanto ele a mantinha junto a si em seu abraço, talvez tambem estivesse hipnotisada com tamanha explicação ou talvez o velho elfo tinha razão, ele é de fato um principe jovem e ingênuo, ainda apaixonado pela vida e empolgado demais pra sair falando besteiras antes de ter todos os fatos para tomar melhores decisões. A aula que o elfo lhe dera abria sua mente, finalmente agora parte das coisas que seus amigos estavam vivendo e as coisas que eles falavam começaram a fazer sentido e isso provavelmente explicaria porque eles não conversavam direito ou os papos eram sempre retos e diretos. Tentou lembrar-se de alguma coisa enquanto estava envenenado, lembrou que Scindia falava que veio buscar uma criança, e agora o elfo falou que a criança é a Linë.

    - Peço desculpas e agradeço por toda a explicação que me dera, eu só tenho mais algumas perguntas - Nisso Lux lentamente solta Linë de seu abraço - Linë é sua irmã? Quem é a mãe dos Humanos? Porque os anões escaparam da maldição sendo que foi a Mãe deles que tentou matar 2 coelhos com uma só cajadada? é possível a princesa humana de Bellenus dar a luz a elfos?

    Então Lux olha para o portal se formando novamente perto deles, o tour chegou ao fim. Tão logo o elfo responda, se é que ele tem condições para isso Lux olha para Linë nos olhos e diz

    - Quem é que você precisa prender para sempre e não deixar sair que a voz que você ouve te falou, sou eu?

    A expressão de Lux continua a esquadrinhar a jovem elfa, mesmo com o portal aberto. Após ouvir as respostas, Lux diz a Line

    - Vamos, temos que voltar. - e estende a mão a elfa de forma gentil para que ela o siga. Porém internamente, Lux retorna a seu estado reflexivo e silencioso, ele até flertava com a ideia que Line fosse filha da princesa humana, o que explicaria que ela é importante nesse mundo e não haveria espaço para ele em sua vida. De qualquer forma, Lux parou de paquerar Line e voltou a distancia "respeitosa" de no máximo segurar em sua mão.

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    1.1. Out of the Silent Planet Empty Re: 1.1. Out of the Silent Planet

    Mensagem por Mellorienna Seg 18 Nov - 16:29





    Além do Planeta Silencioso


    Kazarov | Presente



    Lux escreveu:- Linë é sua irmã? Quem é a mãe dos Humanos? Porque os anões escaparam da maldição sendo que foi a Mãe deles que tentou matar 2 coelhos com uma só cajadada? é possível a princesa humana de Bellenus dar a luz a elfos?

    Darkrime Delves interrompeu suas risadas e os puxões no cabelo, parando para encarar Lux com os olhos vermelhos molhados de lágrimas. Na expressão do elfo, um ar de estupefação - como se estivesse diante de algo incompreensível.

    - O mais sábio dos Humanos jamais teve acesso a tanta informação quanto você tem agora, Portador da Luz. E, ainda assim, você não compreende. - havia um fascínio diante da estranheza refletido no rosto do elfo - Eu talvez devesse matá-lo. Talvez devesse... Você agora sabe demais, Príncipe da Arcadia, e, mesmo que não seja nativo de Serenia, pode sentir que deve algo aos Humanos daqui, em nome da semelhança física que guardam com você. - Darkrime Delves andou até uma das prateleiras, segurando nas mãos com força um pequeno cristal, para o qual sussurrou algo que nem mesmo Linë poderia traduzir, antes de continuar - Contudo, pequeno príncipe, as trevas em meu coração são lição mais que suficiente de que nem sempre a morte alcança os que merecem morrer. Então, você vive. Daí para frente, é com você.

    Em um piscar de olhos, o elfo estava diante do portal de pedra, olhando sobre o ombro apenas uma vez:

    - Apenas Um Mais Um, casal. - um sorriso macabro cruzou o rosto de Darkrime Delves antes que entrasse na passagem de luz vermelha, desaparecendo completamente através do portal.

    Lux, de mãos dadas com Linë, conduzindo-a até a passagem, viu se escrever no alto do portal - como na primeira vez - o nome daquele que passou: Lhandros. Logo abaixo, o espaço para apenas um outro nome.

    - Canalha! Ele nos traiu! Lux! Lux, o que vamos fazer? - a delicada Rouxinol de Prata estava vermelha de raiva, batendo o pé no chão em clara indignação jovial - Apenas um de nós pode passar agora! Que as Hordas o carregu--- - Linë se interrompeu, olhando para o Espadachim de forma envergonhada - Desculpe... Eu não costumo praguejar, mas... aaaargh!

    A elfa de cabelos prateados apertava os punhos com força, olhando ao redor em clara exasperação:

    - A Voz que eu escuto é fraca aqui. Bem fraca. Mas ela quer que eu siga esse maldito para dentro do portal. E que o leve até o aprendiz de ferreiro. - Linë fixou os olhos azuis em Lux, com dúvidas nublando seu semblante - Você disse que me viu através de um espelho. Eu não sabia o que você quis dizer com isso... até que mencionou a Voz. Eu só falei disso para uma única pessoa. Você não teria como saber, a menos que... - a elfa se aproximou do Espadachim até que estivessem bastante próximos - O garoto deve ser encontrado por esse elfo. É tudo que eu sei. Mas... não posso ir sem você. Não quero ir sem você.



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    1.1. Out of the Silent Planet Empty Re: 1.1. Out of the Silent Planet

    Mensagem por Nazamura Seg 18 Nov - 17:18

    Traição!


    Agora é tarde


     
    O elfo foi rapido, enrolou Lux e Line na conversa, até ameçou matar por saber demais e quando menos se espera, em um piscar de olhos, ele passou pelo portal gravando seu nome na construção rindo maquiavelicamente e selando o retorno do primeiro passageiro. Linë se desespera, fica irritada, impaciente e começa a esbravejar aos 4 ventos
    Line escreveu:- Canalha! Ele nos traiu! Lux! Lux, o que vamos fazer? Apenas um de nós pode passar agora! Que as Hordas o carregu... Desculpe... Eu não costumo praguejar, mas... aaaargh!

    - Acalme-se, vamos pensar e ...

    Mas a garota continuava descontrolada e falou então sobre a voz que Lux tinha lhe perguntado antes quando estava atrás do espelho. Frustrada, ela se aproxima de Lux falando rapida e descompassadamente até estar bem próximos e então diz

    Line escreveu:Não quero ir sem você.

    Lux entendia a gravidade da situação, dois entram, então dois tem que retornar, mas guiado por um impulso adolescente e não conseguindo prestar atenção em mais nada que não fossem seus lábios, Lux beija Line na boca longa e ternamente
    Beijo:

    - Mas você precisa. - Diz Lux afastando-se gentilmente de seus lábios e acariciando seu rosto - Você ouviu todos os planos daquele elfo louco e sabe do que ele é capaz, do exército de constructos e tudo mais, você tem que avisar Onnerb, Scindia e Celty. Eu vou ficar bem - Lux então pega a bussola e entrega nas mãos de Line carinhosamente fechando suas mãos - Entregue isso a Onnerb, se tem alguém que pode usar magia pra me achar é ele. Agora vá - Lux diz sorrindo para a elfa enquanto a conduz para o portal. - Eu verei você denovo - e com um movimento rápido a conduz através do portal.


    Lux então ativa sua lanterna eterna iluminando o caminho empunhando a frente com a mão esquerda e saca uma das espadas com a mão direita ficando em prontidão enquanto avança pelos caminhos escuros
    - Quem diria que esses 2 itens que vieram comigo seriam tão uteis! Bom, hora de achar a saída eu mesmo - Lux então solta um riso contido - Eu ainda não entendo, mesmo com tanta informação... êê velinho hein!

    Enquanto avança, Lux reflete em seu ato impensado... denovo agia por impulso... sorria sozinho andando masmorra adentro

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    1.1. Out of the Silent Planet Empty Re: 1.1. Out of the Silent Planet

    Mensagem por Mellorienna Ter 19 Nov - 17:51





    Além do Planeta Silencioso


    Kazarov | Presente
    Como visto por Linë, a Rouxinol de Prata



    Talvez já devesse ter percebido o quanto Lux era impulsivo. Ou talvez, se fosse mais experiente, acharia que aconteceu o que estava na cara que ia acontecer. Mas, a verdade é que Linë foi pega tão de surpresa que permaneceu de olhos abertos - arregalados, para ser exata - enquanto seus lábios eram gentilmente entreabertos pelos lábios do Espadachim humano.

    Nunca tinha sido beijada.

    Era pouco mais que uma criança quando o Diretor a levou da propriedade do Comendador de Escravos diretamente para o Santuário. E, apesar das fantasias que sabia que alguns homens nutriam (eram ensinadas sobre isso), as Ohana não forneciam esse tipo de entretenimento. Eram artistas. Eram ensinadas a cantar, dançar, tocar instrumentos musicais, cozinhar com ingredientes exóticos e fazer diversos trabalhos manuais. Treinadas para serem boas ouvintes, boas conselheiras e boas companhias. Mas jamais para serem tocadas sexualmente por um homem.

    Linë sentia que o coração ia saltar pela boca e acabaria sendo engolido por Lux, que o levaria embora para sempre. O sangue corria veloz por suas veias e sentiu que ia explodir...
    ... então a língua do Espadachim tocou a sua, fechando seus olhos azuis em um suspiro. Enlaçou o pescoço de Lux com os braços, sentindo que precisava se segurar para não cair. Seu corpo inteiro derretia, preso em um calor arrepiante que jamais havia sentido antes. O estômago se agitou com uma ansiedade crescente e, antes que pudesse entender o que estava acontecendo, o Humano afastou os lábios dos dela, dando a Linë a certeza de que seu peito agora estava vazio: Lux tinha levado embora seu coração.

    Lux escreveu:- Mas você precisa. Você ouviu todos os planos daquele elfo louco e sabe do que ele é capaz, do exército de constructos e tudo mais, você tem que avisar Onnerb, Scindia e Celty. Eu vou ficar bem.

    Linë queria falar. Mas não encontrou nenhuma palavra. Sua cabeça parecia ter se transformado em um monte de lã. Confusa e trêmula, viu Lux colocar em suas mão a bússola - a bússola onde guardava a imagem da garota humana que ele tinha jurado proteger - e sentiu um frio enterrar-se em seus ossos.

    Lux escreveu:- Entregue isso a Onnerb, se tem alguém que pode usar magia pra me achar é ele. Agora vá. Eu verei você de novo.

    Linë sequer teve tempo de olhar ao redor: o Humano a empurrava, com gentileza, mas ainda assim, através do portal! A elfa sentiu as garras do desespero se fecharem em sua garganta, e tentou agarrar a mão de Lux:

    - Nãããããão...

    A luz vermelho-mágico fechou-se sobre ela, que sequer piscava, tentando gravar os traços do rosto de Lux em sua memória eternamente.




    Jovem demais e imprudente demais, o Príncipe da Arcadia vagava pelas profundezas do Reino Proibido dos Anões munido de sua lanterna moderna e da coragem dos tolos.

    As galerias se seguiam uma após a outra, belas e austeras, imponentes e desertas. Após algum tempo, o Espadachim encontrou uma escadaria que parecia intacta o suficiente para levar a um pavimento superior. E, logo adiante, uma escadaria que parecia descer para um nível ainda mais enraizado na montanha. Nenhuma luz e nenhum som vinha de qualquer das duas. E ainda havia muito daquele mesmo pavimento que poderia explorar, se assim decidisse.


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    1.1. Out of the Silent Planet Empty Re: 1.1. Out of the Silent Planet

    Mensagem por Nazamura Ter 19 Nov - 20:22

    A Fortaleza da Solidão


    Line, Philuffy e a loucura


     
    Line escreveu:- Nãããããão...
    As galerias se passavam, uma após a outra, subia escada, descia escada... ninguém... apenas, pedra e construções imponentes. Passado algum momento de seu ato impensado e sua pose de herói Lux então se dá conta do que fez, teve um momento com a rouxinol, jurou protegê-la e em um impulso a jogou no portal sozinha. Golpeou a parede com força com seu punho

    - Ela me disse que a voz na cabeça dela mandou ela ir atrás dele, e só havia uma vaga, eu pensei rápido... até demais... Philuffy - Lux então arregalou os olhos e levou a mão até os lábios, havia mesmo beijado Line apaixonadamente, nutria sentimentos pela elfa que não sabia o que eram. Afinal, Phi-chan havia lhe beijado quando eram crianças... 9 anos atrás! Nem Lux sabia o que era o amor, e ficou separado por tanto tempo da amiga que o tempo se encarregou de mudar as lembranças e resignificar sentimentos - Eu amo a Line... jurei protegê-la e a atirei na boca do leão, mas se eu fosse, eu a largaria sozinha nesse mauzoleu...

    Lux avançou mais algumas câmaras, olhou através de portas, nada, apenas o cinza e o vento frio de uma masmorra desocupada, vazia, uma fortaleza para solidão

    - Acho que agora entendo porque o velho elfo ficou louco, sem ninguém para conversar

    Escorou ambas as espadas na quina de uma sala vazia qualquer, afinal elas eram tão iguais e apoiou sua lanterna como um tripé a iluminar a sala, sentou-se ao chão, encarou as próprias mãos sentindo um calor quente percorrendo o peito, o coração disparava e Lux enfim sentia o que era o amor, o beijo que Phi lhe dera na infância foi um evento, ele era criança demais para entender, mas o doce dos lábios de Line, recordando quando ela o enlaçara enquanto se beijavam, algumas lágrimas gotejaram de seus olhos

    - Phy-chan, sei que um dia nos veremos de novo, mas meu coração quer rever Line mais uma vez, eramos crianças quase uma década atrás, e sei que preso nessa dimensão nunca mais te verei denovo, só que a elfa fez crescer em mim sentimentos de ternura que eu não imaginava que teria, sempre tive problemas em me aproximar de garotas bonitas mas dela eu sentia uma doçura que não sei explicar, por isso, me desculpe Phy, eu amo a Linë, onde quer que você esteja, cuide de mim e dela

    As vezes uma oração sem sentido pode por pra fora tudo o que sentira, ou apenas complicar mais as coisas.  permaneceu sentado encarando o tripé que havia feito e começou a meditar sobre as palavras do elfo

    - Mas afinal, o que foi que eu ainda não compreendo... QUEM É A IRMÃ DE DARKRIME DELVES? - gritou sem sentindo ouvindo apenas o eco de sua voz nos corredores da dungeon vazia - Bom, melhor continuar

    Lux desfaz o tripé improvisado e segue em frente. O destino do herói que se sacrifica apenas começara.

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    1.1. Out of the Silent Planet Empty Re: 1.1. Out of the Silent Planet

    Mensagem por Mellorienna Qua 20 Nov - 17:30





    Além do Planeta Silencioso


    Kazarov | Presente



    Dividido entre a culpa e a maravilha da descoberta da paixão, Lux vagou - com sua pequena lanterna - pelos corredores desertos de proporções titânicas. Lentamente, avançava no que presumia ser o sentido da superfície. Não sabia se era melhor encontrar logo algum anão pelo caminho ou se era melhor se esconder caso avistasse alguém, mas não teve motivos para preocupação por muito tempo: não havia uma viva alma sequer nas entranhas de Kazarov.

    Era difícil acompanhar o passar das horas enterrado no coração da montanha. Sem outra luz e sem qualquer guia, o Espadachim seguiu até que estivesse exausto demais para dar mais um passo. Impulsivo como era, só naquele momento se lembrou que saiu do quarto onde acordou no Santuário das Ohana sem pegar qualquer provisão para a viagem. Não sabia o que doía mais: a falta de água e comida, ou a falta de Linë.

    Carregado pela exaustão, dormiu quase sem perceber, sentado na rocha dura, com suas espadas em mãos.

    Mas nem toda a Divina Providência do universo poderia livra-lo do machado sob seu queixo.

    O frio do metal acordou o Espadachim quando já era tarde demais para se posicionar para a batalha. Diante de Lux, um senhor de meia-idade, em armadura de batalha completa, com longas barbas e cabelos grisalhos, e uma expressão de desprezo austero:

    - Toda vez que acontece uma tragédia. Toda vez. É sempre a odiosa Raça Humana. - ele moveu a lâmina do machado de modo a pressionar a garganta de Lux, mas ainda sem cortar-lhe a pele - Que manda um batedor de merda na frente, para ser pego dormindo, e ter suas tripas oferecidas aos altares de Tzara. - os olhos do anão eram negros como os Poços da Morte - Fale, humano! Quantos vocês são? Como conseguiram chegar até aqui? E o que fizeram com Darkrime Delves? Fale, e eu talvez o deixe viver para ver os outros sangrarem antes de você.


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    1.1. Out of the Silent Planet Empty Re: 1.1. Out of the Silent Planet

    Mensagem por Nazamura Qua 20 Nov - 21:00

    Chegou seu fim, Chegou seu fim...




     
    a exaustão por fim vencera, não viajara preparado, caira ao chão rendido porem feliz ao saber que se ele tivesse deixado a elfa aqui, ela estaria morta, então tentou se convencer que fez uma boa escolha e se entregou ao fim "Estou indo pra casa, adeus". Dormira ao chão, mas logo algo gelido roçou seu pescoço. Lux abria os olhos, um anão lhe ameaçara cortar a garganta

    - Ah o que? - eram tantas as perguntas que Lux permanceu deitado até ouvir o nome de Darkrime Delves - Darkrime Delves, o elfo pálido... ele vem enganado vocês esse tempo todo - Lux forçou um pouco seu pescoço ainda que na direção da lamina do machado para poder se sentar.

    - Darkrime atravessou um portal de Forte Norte de onde eu vim junto com uma elfa chamada Linë, no mesmo instante que o forte ruirá frente a um terremoto de proporções épicas e acabei vindo parar aqui. Quando ele retornou, Line voltou para detê-lo e eu fiquei. Ele pretende usar um exército de Klinquers constructos que ele cultivou dentro dessas minas para destruir a raça humana. Eu estou sozinho, e fiquei para trás. Darkrime voltou para tentar encontrar sua irmã, a Fênix de Errenn

    Lux tentou resumir toda a conversa em uma unica frase sem fazer qualquer movimento brusco. Qualquer outra explicação poderia resultar em sua decaptação imediata ou sem fim. A essa altura, cansado, fatigado, com fome, lutar não adiantaria nada mesmo.
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    1.1. Out of the Silent Planet Empty Re: 1.1. Out of the Silent Planet

    Mensagem por Mellorienna Qui 21 Nov - 19:17





    Além do Planeta Silencioso


    Kazarov | Presente



    Lux escreveu:- Darkrime Delves, o elfo pálido... ele vem enganando vocês esse tempo todo. Darkrime atravessou um portal de Forte Norte de onde eu vim junto com uma elfa chamada Linë, no mesmo instante que o forte ruirá frente a um terremoto de proporções épicas e acabei vindo parar aqui. Quando ele retornou, Line voltou para detê-lo e eu fiquei. Ele pretende usar um exército de Klinquers constructos que ele cultivou dentro dessas minas para destruir a raça humana. Eu estou sozinho, e fiquei para trás. Darkrime voltou para tentar encontrar sua irmã, a Fênix de Errenn

    O anão encarou o Espadachim em silêncio pelo que pareceu uma era, com aqueles olhos profundamente negros refulgindo à pouca luz de uma lanterna próxima. Lux não se lembrava de ter visto uma só lanterna acesa desde que o elfo o traiu, passando pelo portal. Mas, certamente, o anão havia providenciado uma forma de enxergar o caminho até ali - se não isso, ao menos uma forma de garantir que Lux visse com clareza a face de quem o ameaçava de morte.

    - Invadistes Kazarov, humano, trazendo para o coração da montanha uma elfa que teu povo fez escrava! Afinal, qual é o limite da indecência humana?! - aquele era um anão bravo, bastante bravo, e Lux teria que mentir se dissesse que Linë não era escrava. Ohana ou não, ela não era uma elfa livre, e sequer havia entrado no portal por vontade própria - Tuas infâmias contra Darkrime Delves só mostram ignorância e preconceito. Por séculos, os Filhos de Tzara buscaram pela Fênix de Érenn. Não há como resgatar com vida uma mulher morta. - recolhendo o machado com um gesto hábil, de forma a manter o Espadachim ameaçado, mas possibilitar que se movesse, o anão completou - Levanta-te, humano. E cobre teus olhos, caso não queiras a morte. Serás julgado diante do Altar de Tzara.

    Conduzido por caminhos secretos, Lux mal podia acreditar no que havia diante de seus olhos quando voltou a ter a visão permitida. A vida e a agitação fervilhante de ruas iluminadas por luzes que mimetizavam o Sol, lotadas de pessoas e animais, e comércios e instituições: escolas, hospitais, locais para banhos públicos, prédios que pareciam pertencer ao Governo, quartéis e até mesmo um Palácio esculpido na face interna da montanha. Tudo limpo e organizado, asséptico e austero, reluzindo em cinza e verde com sua própria beleza pétrea.

    Era impossível deixar de notar que havia anões de diferentes idades tentando interromper o caminho do que pareciam ser elfos - alguns, tão elfos quanto Linë e Darkrime Delves; outros, estátuas de elfos que se moviam como se animadas por magia. Além dos elfos, cães de todos os portes, gatos, cavalos e aves de rapina eram perseguidos por anões pelas ruas - alguns, tão reais quanto qualquer outro animal que Lux já houvesse visto; outros, robôs talhados em pedra cinzenta.

    - O exército que temes, humano: professoras de crianças, animais de estimação, arrumadeiras e mineradores. A Tenebrosa Raça dos Klinquer! - havia sarcasmo na voz do anão enquanto empurrava Lux para dentro de uma construção que logo ficou claro ser uma espécie de Tribunal.

    O Espadachim foi conduzido até os fundos do lugar, onde havia uma série de celas entalhadas na rocha fria. Após ser privado de suas armas, Lux foi trancado na cela, com não mais que um olhar frio em sua direção. A fome, a sede e o cansaço se abateram sobre Lux como uma onda, trazendo à tona o desespero de ter mandado Linë sozinha para deter um elfo louco, enquanto ficava ali - preso sob toneladas de Brigantium e pedras.

    - Eeeh... senhor ser humano... eeeh... comida... eeeh... água - através das grades da cela, Lux viu uma mocinha anã segurando uma bandeja com o que parecia ser um mingau, uma maçã e uma moringa com água gelada.


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    1.1. Out of the Silent Planet Empty Re: 1.1. Out of the Silent Planet

    Mensagem por Nazamura Qui 21 Nov - 20:53

    The Dark Lux




     
    Anã estranha escreveu:- Eeeh... senhor ser humano... eeeh... comida... eeeh... água
    Lux foi até a mocinha anã e olhando pra ela sem expressão no rosto pegou a bandeja e a agua, olhou-a nos olhos e assentiu com a cabeça um sinal de gratidão, depois retornou para o canto da sua masmorra, era a primeira vez que tinha se sentido um completo idiota colhendo o amargo fruto de sua atitude impulsiva.

    Não quis puxar conversa com a simpática tampinha, não estava no clima pra isso, ficou olhando o brigantium em abundancia pelo chão e colocou a mão por cima dele, o elfo cinzento havia dito que essa pedra possuía propriedades mágicas, será que Lux seria capaz de provocar alguma explosão? ficava pensando enquanto mantinha a mão sobre a pedra ao mesmo tempo que sentia a culpa e o remorco corroerem seu interior. Como era ingênuo! como deixou Darkrime ludibria-lo com a ideia de um exército de constructos de aldeões comuns

    Anão Líder escreveu:- O exército que temes, humano: professoras de crianças, animais de estimação, arrumadeiras e mineradores. A Tenebrosa Raça dos Klinquer!
    - Como pude ser tão estúpido! - Falou sem se importar se a anazinha estivesse lá ou já tivesse pegado o rumo de casa - Refugiados! porque não deduzi isso antes, a invasão humana, os reinos selados... eu vi o que eu queria ver - Golpeia o chão de Brigantium com tanta força que seu punho se machuca cortando a pele.

    Durante todo o tempo que o Anão de armadura o carregou masmorra a dentro Lux não proferira uma palavra, estava com seu espirito apagado demais para dizer qualquer coisa produtiva no momento. Olhou para fora da cela, a jovem mestra anã ainda estava lá, provavelmente estupefata ou assustada com a expressão raivosa de olheira que saia do principe.

    - O que é que você ainda está olhando? nunca me viu não? - lagrimas de ódio saiam dos olhos de Lux, ódio contra si mesmo. - Já fala pro anão que me trouxe que não é pra perder tempo não e me julgar logo

    Nisso Lux se vira de costas pra cela e volta a se concentrar no brigantium que tinha no chão "Vo fazer essa porra toda explodir! como é que o Onnerb faz mesmo?" - pensa enquanto apoia as mãos no chão "Darkrime disse que anões contrabandeiam esse metal e dá propriedades mágicas aos humanos, eu deveria tentar, vai que dá certo."

    Lux fecha os olhos e começa a meditar respirando para manter a calma e pensando em explosões. Imaginando fluidos correrem por sobre esse metal até suas mãos. respirando, concentrando, respirando, concentrando .....

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    1.1. Out of the Silent Planet Empty Re: 1.1. Out of the Silent Planet

    Mensagem por Mellorienna Sáb 23 Nov - 9:35





    Além do Planeta Silencioso


    Kazarov | Presente



    - Não, senhor, senhor humano. Nunca vi um humano antes - a jovem anã era bastante tímida, oscilando entre olhar para Lux com curiosidade juvenil e depois fitar os próprios pés como se quisesse enterrar a cabeça na rocha fria - A chegada do senhor tem a ver com os Klinquer terem enlouquecido?

    Enlouquecido?

    - Há gerações, os Klinquer têm sido obedientes e leais. O melhor tipo de golem de pedra, senhor. São rápidos e articulados, como seres vivos. Porém, o que os anima é um coração de Brigantium. - a mocinha tinha cara de quem não entendia o que Lux estava fazendo, agachado como se quisesse fazer carinho no metal verde que pontilha a cela - Dizem que eles têm um chefe e que esse chefe tem um coração de Alfirin. Mas acho que é lenda. Ninguém poderia ter trazido um Alfirin para cá. O Reino Amaldiçoado de Érenn está perdido para sempre. - aproximando-se da grade, a anã por fim questionou - Senhor humano, o senhor é Mago? A menos que seja, acariciar o Brigantium não trará qualquer efeito... Não que seja da minha conta!

    A mocinha deu dois passos para trás, retorcendo as mãos, e então gaguejou qualquer coisa antes de sair apressadamente dali, tropeçando nos próprios pés.

    Toda a esperança havia abandonado Lux. Era evidente que havia informações demais e talvez fosse impossível compreender o panorama geral sem retornar a um local efetivamente seguro, onde pudesse estar com seus companheiros de viagem, que talvez tivessem obtido outras peças daquele imenso quebra-cabeça em seus respectivos portais.

    Portais.

    Ao pensar nisso, Lux percebeu que havia uma minúsculo portinha entalhada na parede da cela, como se perfeita para ratinhos civilizados irem e virem. Sobre a bandeja deixada pela menina anã, um bilhete escrito "COMA-ME" pendia da talinho da maçã, e um bilhete escrito "BEBA-ME" estava amarrado à boca da moringa de água fria.




    OFF: Lux tem uma chance de sair da cela antes de seu julgamento pelos anões. Se ele quiser tentar, basta que acerte se deve comer ou beber para diminuir o suficiente para passar pela portinha. Se ele não quiser tentar, ou se errar, o julgamento começa no meu próximo post.


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    1.1. Out of the Silent Planet Empty Re: 1.1. Out of the Silent Planet

    Mensagem por Nazamura Dom 24 Nov - 10:12

    A Fuga




     
    Ao ver que estava fazendo papel de idiota já que não tinha ideia de como convocava magia, a anã tira Lux do devaneio quando questiona

    Anã escreveu:- Não, senhor, senhor humano. Nunca vi um humano antes A chegada do senhor tem a ver com os Klinquer terem enlouquecido?

    Enlouquecido? outra informação relevante adicionada a base de conhecimento de Lux o faz prestar atenção na jovem garota, havia algum resquicio de informação verdadeira nisso

    - Bom, isso que você me fala é interessante, pois o Darkrime veio de Erenn

    Tão logo a anã se retira Lux nota o bilhete coma e beba deixado para ele, e o portal para os anões

    - Já entendi, eu preciso encontrar o pessoal. Obri... - mas a anã já tinha ido embora

    Lux então bebe da moringa e come a fruta e logo vê o portal ficando cada vez maior... ou terá sido ele a encolher. De qualquer forma, Lux atravessa o portal em direção a mais uma viagem desconhecida.
    1.1. Out of the Silent Planet Nanicolina

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    1.1. Out of the Silent Planet Empty Re: 1.1. Out of the Silent Planet

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