“nunca acredite no contador de histórias, apenas na história”
TUDO MORRE
A morte foi uma constante na vida de Eva Louise Black, talvez sua "melhor amiga" nesses 30 anos de vida e sem dúvida a última que a abraçaria, junto ao seu último fôlego. Contudo, sua natureza sempre foi a de uma sobrevivente, não tinha tempo para se arrepender das escolhas que fez ou do que aconteceu consigo, ao menos não agora.
A kombi se saía melhor que o esperado no trajeto para a Dakota do Sul. Desde que havia fugido, jamais imaginou voltar para aquela pocilga do interior que era Hill City, a estrada revelava bem o porquê. Fazendas de gado e trigo, planícies e mais planícies, ossos de dinossauros escancarados em museus e de indígenas que foram exterminados pelos "desbravadores" de outrora, a própria palavra Dakota era do dialeto indígena Sioux, significa "amigo", ao menos era o que Eva havia lido em algum livro, mesmo que a leitura deles nessa região não fosse muito estimulada, um dos motivos para ter caído fora.
O sonho de ser escritora não ia muito bem, na realidade estava péssimo, com o que ganhava nas vendas da coleção "Black Pleasure" mal conseguia a sustentar e realizar a manutenção do veículo que também servia de casa. Podia ser um dos motivos para retornar, ver o que seu tio iria deixar para ela de herança, mas não... ela sabia que não era por isso que estava voltando, queria olhar nos olhos daquele pervertido e ver sua vida se extinguindo. Mais uma vez a morte.
Ao ligar o rádio, a música que tocava quase arrancava um riso irônico, lembrava de pegar o celular e gravar um áudio sobre a situação, talvez ajudasse a alavancar a carreira e escrever uma obra de sucesso meteórico, "The Happy House".
A viagem de Lincoln, capital de Nebraska até Hill City, interior de Dakota do Sul, demorava quase 9 horas, mas valeria à pena, ao menos é o que Eva esperava. O ankh que usava no pescoço vez ou outra refletia a luz do sol, nada que atrapalhasse a direção, graças aos óculos escuros que usava. Várias ligações de Adam não atendidas piscavam no painel do celular, esse não era o momento para terem uma conversa franca, a morte estava à espera de Eva e ela não costumava ficar esperando.
A kombi parava em frente à casa que foi seu "cativeiro" por um bom tempo, os carros estacionados ao redor demonstravam que o grand finale ainda não havia acontecido, provavelmente Ivone, suas primas e Adam esperavam dentro do recinto, pelo carro de polícia do condado estar parado próximo à esquina.
Agora era ela e o velho bastardo.
A kombi se saía melhor que o esperado no trajeto para a Dakota do Sul. Desde que havia fugido, jamais imaginou voltar para aquela pocilga do interior que era Hill City, a estrada revelava bem o porquê. Fazendas de gado e trigo, planícies e mais planícies, ossos de dinossauros escancarados em museus e de indígenas que foram exterminados pelos "desbravadores" de outrora, a própria palavra Dakota era do dialeto indígena Sioux, significa "amigo", ao menos era o que Eva havia lido em algum livro, mesmo que a leitura deles nessa região não fosse muito estimulada, um dos motivos para ter caído fora.
O sonho de ser escritora não ia muito bem, na realidade estava péssimo, com o que ganhava nas vendas da coleção "Black Pleasure" mal conseguia a sustentar e realizar a manutenção do veículo que também servia de casa. Podia ser um dos motivos para retornar, ver o que seu tio iria deixar para ela de herança, mas não... ela sabia que não era por isso que estava voltando, queria olhar nos olhos daquele pervertido e ver sua vida se extinguindo. Mais uma vez a morte.
Ao ligar o rádio, a música que tocava quase arrancava um riso irônico, lembrava de pegar o celular e gravar um áudio sobre a situação, talvez ajudasse a alavancar a carreira e escrever uma obra de sucesso meteórico, "The Happy House".
"This is the happy house
We're happy here, in the happy house
To forget ourselves
And pretend all's well
There is no hell"
We're happy here, in the happy house
To forget ourselves
And pretend all's well
There is no hell"
A viagem de Lincoln, capital de Nebraska até Hill City, interior de Dakota do Sul, demorava quase 9 horas, mas valeria à pena, ao menos é o que Eva esperava. O ankh que usava no pescoço vez ou outra refletia a luz do sol, nada que atrapalhasse a direção, graças aos óculos escuros que usava. Várias ligações de Adam não atendidas piscavam no painel do celular, esse não era o momento para terem uma conversa franca, a morte estava à espera de Eva e ela não costumava ficar esperando.
A kombi parava em frente à casa que foi seu "cativeiro" por um bom tempo, os carros estacionados ao redor demonstravam que o grand finale ainda não havia acontecido, provavelmente Ivone, suas primas e Adam esperavam dentro do recinto, pelo carro de polícia do condado estar parado próximo à esquina.
Agora era ela e o velho bastardo.