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    Connor Mcleary

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    Mensagem por Ankou Dom maio 09, 2021 6:13 am








    - É, o território tem um loci particularmente poderoso que ninguém ia querer largar o osso e ia terminar com sangue, uma alcateia satisfeita e todo o resto puto da cara, um esforço enorme pra remendar um protetorado frágil que a minha mãe tá doida pra ver pelas costas… Isso é uma merda que ainda tá capaz...- Ele percebia que de algum modo ele sabia a resposta o tempo todo, então ele se cala, todos aqueles meses meio indignado com Richard a troco de nada, podia nem ser a resposta verdadeira, mas definitivamente era uma resposta possível, boa o bastante pra desarmar ele naquela questão.

    Ele não continua a conversa sobre a Loba, queria e precisava deixar aquilo no passado, era estranho como ele sentia que havia matado alguém de verdade, a sensação muito diferente do grupo de nazis que ele tinha colocado pra comer capim pela raiz.

    --

    - Cara o Timizinho é psicopata! Tu acha mesmo que ia ter conversa.Eu resolvi a porra do problema e tu ficou com a moral que tu queria! - a primeira ele rebate, parece muito contrariado, segunda ele se levanta e a cadeira vai pro chão, os olhos correm de um lado pro outro, ele olha pra Fumaça como se precisasse rasgar ele no meio mentaliza por um instante pra que canto ele ia chutar Dona e por onde o Francês podia vir, no strike três ele estava pronto pra tacar a mesa na cara do Fumaça e chutar Dona pra longe, passar a garra no Francês de onde ele viesse, a adrenalina ia a mil, até que a coisa se desarma numa pegadinha de mau gosto.

    Ele ri junto deles, de início ria de nervoso no final dele mesmo junto com eles - Seus fila da p.. Lua! - ele contorna o que pode tropeçando nas palavras, continuava preso demais ao juramento, era o que ele era no fundo e ele claramente era o menor ali, mas ele não se rende a brincadeira de Dona, nunca - Tu não consegue tirar meu pau da boca, virou assunto do dia. - ele faz um bico engraçado e dá uma piscadela pra ela como se desafiasse ela a fazer melhor.

    Ele olha pra Fumaça com alguma desconfiança ainda- Francês vai me mandar a merda não? Não é assim que eles desejam boa sorte lá? - ele olha em volta esperando o cara sair de qualquer buraco, mas ele não parecia estar por perto.

    Ele estende a mão em cumprimento junto de um olhar esperançoso - Fechado, dois dias. - a voz soa séria e de alguma forma confiante, mais confiante do que normalmente era, menos depressiva, como se de alguma forma aquilo tudo fosse algum tipo de aceitação, uma mão estendida pra tirar ele daquele silêncio ensurdecedor.

    Ele sai falando que vai dar um rolê e não demora muito pra voltar com um calhamaço de livro na mão, o treco totalmente escrito em cirílico - Eu vi isso pela vitrine da livraria há duas quadras esses dias, pensei que podia fazer uma traduções pra levantar uma graninha extra, mas tô enferrujado. - isso é tudo que ele fala quando alguém pergunta que diabos ele tava lendo, enquanto ele se concentrava na gramática russa e tirava a cabeça do quão cabuloso ia ser o teste de Fumaça, ele tinha certeza que não ia ser uma caçada convencional, mas a expectativa lhe deixava igualmente nervoso.
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    Mensagem por Wordspinner Ter maio 11, 2021 4:39 am

    Connor escreveu: Francês vai me mandar a merda não? Não é assim que eles desejam boa sorte lá?

    "Isso coisa de artista C, Francês é bombeiro." Os ecos das risadas ainda perpassam as palavras. "Ele gosta do barato de salvar as pessoas e na real a confusão de um incêndio é um bom lugar pra usar o que só a gente pode fazer pra ajudar." Ele diz como se reprovasse a ideia profundamente. "Ele quis dizer que é um puta risco do caralho de você perder o controle debaixo de uma viga em chamas e sair doidão de odio e com três metros de maldade na frente de um monte de câmera diferente." Ela diz em uma imitação grosseira do jeito do outro e com uma voz muito enrolada e aguda. Mesmo assim Fumaça concorda com satisfação.

    --

    "Ele tá fudido! Isso é impossível! Não dá!" A voz de Dona tinha indignação e intensidade. Mas a indignação parecia um pouco falsa ou talvez fosse assim que ela agia quando estava indignada de verdade. "Você tem pouca fé. Grande C aqui vai dar dentro, não vai C?" Connor tinha acabado de acordar e ainda sentia o suor no rosto. O suor no corpo todo. Ele forçava os olhos para dentro, tentava olhar nas memórias. Tentava reformar o sonho que estava se desfazendo no fundo da sua mente. Sonho, ou pesadelo?

    As nuvens de tempestade cobriam um céu roxo e quebrado. Aquilo era a sombra, mas não era qualquer lugar. Não era lugar nenhum. "Tá com medo de que?" Ele se vira com um susto, não esperava aquela voz. Não esperava nada. Tenta responder e as palavras não saem, pelo menos não as que ele queria. "Eu não tenho medo." A voz era parecida com a sua, mais dura e fria. Mais profunda. Ele sente o sorriso puxando o rosto dele. Ele sente os próprios olhos descendo do rosto da mulher para o corpo forte e sem excessos. As marcas, ela era uratha. Ele sete uma mão no ombro do outro lado. Forte como aço. Os olhos dele se viram e a dor é impossível de conter. Os dois irmãos ao seu lado. Os dois corriam juntos e nenhum com ele. "Vocês também estão prontos garotos?" Clera tinha a voz e um anjo, pelo menos era assim que seus ouvidos ouviam aquilo. Ele fecha os olhos e é sugado pelos flashes. Partes desfeitas de um sonho.

    A nevoa é uma parede densa de confusão. Atráves dela ele vê o monstro enorme. Grande como tanque, não, maior. Bem maior. Os ataques não hesitam. O Corvo luta com seus filhos. Raíz dos Sonhos luta como um gigante, ainda maior que a criatura. Vingança que Espera olha seus filhos mortos com ódio sem fim. O rei dos lobos e sua alcateia de monstros não para. Agem como uma criatura só, uma coordenação e união de proposito que dá inveja aos lobos. Clera segura a capa de pelos no seu ombro. Outra surpresa. Os dedos cobertos de sangue apertando os pelos. "A gente precisa de ajuda. Não vai dar." A granada cilindrica com seu toco de arremesso. As letras marcadas em tudo. Quando as mãos dele pegam a capa e a granada ele já sabia o que fazer. Aquela capa tinha sido da Rainha Negra. Roubado por ela. Os rumores diziam que era um pedaço do Pai lobo usado pra prender algo terrível. Mas nada era pior que o Rei dos Lobos. Ele sai da nevoa como um raio e passa pelos lobos do lado de fora. Todos eles se voltam para ele. A boca do monstro se abre de forma impossível em mais de dois pedaços. Ele mantém a forma de dalu exausto demais para tentar a forma da guerra de novo. A explosão não é o suficiente para matar algo tão terrível e a criatura que sair de dentro dos pedaços da capa é... A escuridão de novo.

    As estrelas passam lentamente no céu, ele gostava de ver elas andarem no escuro. As pessoas iam uma a uma. Alcateia, filhos, pai e mãe. Clera. Monica. Ariel. Os irmãos estavam cinzas como ele. Não deviam acreditar em um ratinho magrelo acusando os seus amigos de heresia. Traição. Canibalismo. Ele lembra dos cães do campo e sente um arrepio. Ele lembra que eles mataram o desgraçado e mesmo assim lá estava ele em Lyon do mesmo jeito que estava antes de devorar... "Eu sei o que eu to falando. Eu vejo, eu entendo a fome." O orgulho queria esmagar a cara desse garoto, não podia ser velho o bastante para dirigir e encarava eles com aqueles olhos de assassinato. Luas novas são feitos tão frágeis. Tão afiados. "Não acredito." Era a voz e Nestor. Ele também queria negar. Bom e velho Nestor leal até o fim, um pouco covarde, mas leal. "Você tá falando um monte de merda fudido." Billy deixava a raiva sair do jeito que ele queria. Era rápido também. "Se tiver errado eu vou te afogar nele eu mesmo." Como ele queria ter dito aquilo. "É nossa obrigação descobrir." O garoto parece satisfeito e irado ao mesmo tempo, ele prefiria que ele demonstrasse medo e remorso.

    A corrupção era inegável. Os rastros confusos a principío um bom trabalho para esconder. O garoto tinha se perdido, mas não ele. Ele era obrigado a rever sua mente indicando os sinais de novo e de novo. Cada palavra fora do lugar. Cada olhar diferente. Cada cheiro. Agora ele tinha que ter percebido. "Chama os outros, melhor resolver isso sem eles saberem que a gente descobriu." A voz era cheia de certeza e convicção. Assim como a própria voz soaria, ele sabia disso. "Deve ter uma explicação. Não pode ser verdade." Connor queria perguntar o que, mas não é isso que sua boca diz. "Tarde demais para dúvidas. Obrigado garoto." Ele disse as palavras porque sabia que devia, mas aquelas pessoas tinham sangrado com ele. Sangrado por ele. Aquelas pessoas conheciam ele de um tempo em que ninguém mais está vivo. Os últimos amigos que ele tinha de quando ainda era gente. As últimas pessoas que poediam lembrar dele assim. A última ponte da casca velha e dura para o garoto brilhante e cheio de vida que queria ser escritor. Mas ele preferia esfaquear o magrelinho ali mesmo. Não ia viver muito enxerido daquele jeito, séria misericordioso. "Continua assim e você ganha um nome bom. Nosso nome é bom, mas não nome de lobo." As vezes os irmãos eram melhores que ele.


    Ele perdeu ainda mais do sonho. Ainda mais. Ele cai pela nevoa tentando agarrar as lembranças. Ele cai como uma brasa acesa em um lago de ondas vermelhas. Ele sente a dor fria e feia do ciume. Ele sente o lobo forte demais dentro dele querendo vingança irracional. "Ninguém deu permissão. Vai embora. Para casa, agora" Ele fala com um e o outro. O corpo nu coberto de sardas não era uma surpresa. Não causava ofensa. O corpo branco e marcado colado ao dela sim. "Ela não é sua para tomar esse território não é seu." A voz dele era parecida demais com um rosnado. Sem controle. O lobo cavando a sua pele para sair. "Eu vou." A voz ainda soava para ele como a do garoto. Ainda conseguia ver o sangue deles nas suas mãos. "Mas ela não é sua." Nenhum desafio. Nenhuma luta. Nenhum motivo para violência. O território também não era dele. A escolha também não era dele. O rosto dela fazia o coração dele doer. Emoldurado por cabelos da cor de fogo iguais aos de Clera, ela era parecida demais. A diferença tão pequena e um enorme abismo. Uma escolha feita pela lua. "Sai daqui, garoto. Eu vejo você com seus favores e sorrisos. Mas um dia você vem cobrar, vem puxar os fios que deixa pra trás." Ele se lembras das mortes. Ele olha para ela imaginando se já era tarde demais. Nenhum dos três sorri. O outro não diz mais nada. Mas vira as costas e toda a força de vontade é necessária para segurar o lobo. O cheiro de sangue vem das próprias mãos rasgadas. "Você tá sangrando." A mesma voz, mas onde antes haveria pilheria havia cuidado genuino. Ela era gentil e inocente como ele achava que tinha sido um dia. As mãos pequenas e delicadas nas dele. Mesmo assim ele não consegue tirar os olhos do outro uratha e fica se perguntando se ele tinha imaginado a própria inocência, mas todos que podiam responder isso estavam mortos.


    "Ele tá fudido! Isso é impossível! Não dá!" A voz de Dona tinha indignação e intensidade. Mas a indignação parecia um pouco falsa ou talvez fosse assim que ela agia quando estava indignada de verdade. "Você tem pouca fé. Grande C aqui vai dar dentro, não vai C?" A estranha sensação de que isso já tinha acontecido antes. "Joga uma água e se arruma que tamo te esperando lá embaixo." Connor podia jurar que estava na maca de novo, mas estava no próprio apartamento que tinha sido de Dona antes dele. Fumaça era só sorrisos e Dona preocupação e revolta.
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    Mensagem por Ankou Ter maio 11, 2021 6:57 am









    Com o clima mais amistoso Connor faz uma cara como se não soubesse de que aquilo era cumprimentos dos artistas - Meh, tudo a mema coisa, é francês. - ele fala só pra não admitir que tinha dado uma bola fora ou mostrar que não se importava, logo escuta pacientemente a vibe do trabalho do Francês. - É eu pensei em entrar pra polícia, mas aí me peguei pensando em como eu ia atender um chamado num território onde eu não pudesse entrar, saca? Pensei em lutar profissionalmente, mas ia ficar foda de explicar como eu ia sair limpo de todas as lutas principalmente se abrisse um supercilio e vinte minutos depois puff… - ele comprimia os lábios mostrando um claro sinal de frustração, mas olhava pra Dona e concordava com ela. - É se ele der mole é isso que vai acontecer…

    --

    A merda estava acontecendo de novo, mas dessa vez ele era ainda mais passivo do que antes, na primeira vez por menor que fosse sua liberdade ele pelo menos ainda tinha  a sensação de movimento, dessa vez nada era dele, cenas de passado e futuro, rostos conhecidos e outros nada conhecidos.

    A sensação de dejavu com Dona e Fumaça acontecendo daquela forma, ele parece se importar pouco ou nada com isso, ele tinha certeza que era o vô, como se pudesse ver pelos olhos dele, sentir o que ele sentia.

    Ele levanta desesperado muito diferente do que até mesmo um Uratha faria, ele não diz nada, parece perdido demais no próprio mundo pra dar atenção a algum deles agora, nem a noção de espaço parece perfeita quando ele quase atropela a mesinha de canto onde tava  a gramática russa, um caderninho de bolso e um lápis com a ponta grossa, ele abre o caderninho, nada além de letras em cirílico, normas gramaticais relembradas nos últimos dois dias.

    Ele folheia e começa a fazer anotações em uma página balbuciando os nomes, perdido quase como um louco trancado numa cela acolchoada vivendo na própria realidade.

    Corvo
    Vingança que Espera - Filhos mortos
    Raiz dos Sonhos (?)
    Rei dos Lobos
    Clera (Vó?) - Ithaeur
    Monica (?)
    Ariel (?)
    Tio Nestor
    Tio Billy - Falecido
    William Crestwood + filha/neta de Clera (?)
    ___________
    Capa da Rainha Negra (?)


    Eram tantas perguntas, mas ele não queria deixar aqueles nomes irem embora, ele precisava de saber a verdade, eram muitas informações, flashes, fragmentos de coisas que ele tinha certeza que não tinha vivido, ele não faz questão nenhuma de esconder as anotações dos outros dois Urathas elas ficam largadas na mesa enquanto ele se senta de volta no sofá, trêmulo.

    Ele apoia o cotovelo nas pernas e cobre os rosto com as duas mãos - Eu não devia estar sonhando, não assim… O que tem de errado comigo?! - ele fica ali mais tempo do que deveria tentando acalmar o corpo enquanto as imagens do sonho martelavam na cabeça, ele desperta daquilo quando lembra que Dona e Fumaça estavam a espera dele com os olhos fechados os sentidos embaralhados ele nem consegue saber se eles ainda estão ali olhando pra ele estupefatos ou se desceram antes de notar qualquer coisa.

    Ele veste a carranca Mcleary de que tá tudo bem e parece nada disposto a falar do ocorrido - Mals aí pela demora… - Ele está vestido no seu habitual, longe daquela caricatura de bad boy que Dona tinha pintado pra ele, a roupa desengonçada no corpo de quem claramente se vestiu às pressas e cheiro de quem nem tinha tomado banho, fraco demais pros humanos sentirem, mas de sobra pros lobos.

    Ele acompanha os dois, monossilábico, respondendo apenas o necessário de qualquer conversa trivial que pudesse acontecer.
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    Mensagem por Wordspinner Qui maio 13, 2021 4:47 am

    Dona parece insatisfeita, mas Fumaça parece ainda mais confiante. Ele anda até Connor sem qualquer comentário sobre a demora. O lua cheia levantou das suas anotações sem qualquer sinal de companhia. Eles tinham sentido o seu desconforto ou se entediado com sua demora. "C! Vai ser irrado. C! Eu quero o pote de ouro do rei dos gnomos e você vai pegar pra mim." Ele parece prestes a falar mais, mas Dona interrompe. "Eles vão matar o cara, eles são brabos Fumaça. Uns desgraçados sem honra nenhuma e selvagens." Ele dá um cutucão na cabeça dela com o dedo. "E não é isso que a gente é? Se fosse pra ele ir comprar enfiar coca no cu levar pra Miami nem seria um teste de verdade. Tem que ser perigoso pra caralho. Tem que ser..." Ela interrompe de novo irritada, mas isso só deixa Fumaça mais feliz como se ela tivesse tirado as palavras da boca dele. "Impossível. Essa porra é um mascote dos caras, fica no coração do território dos cachorros sarnentos. C, desiste. Não precisa morrer pra provar nada. É perto demais do Tamisa. É impossível pra um mondrengo gigante com mais coragem que cerébro." Fumaça ri, claramente achando muito engraçado, talvez até concordando, mas não deixa de apostar em Connor. "Um pouco de ousadia e observação. Você viu os caras quando chegou aqui. É só trazer uma estatua meu velho e eu chamo o Lobo Vermelho pra andar na sua pele e olhar no seu ombro. Diz aí, vai pegar o pote de ouro pra mim? Porra Dona, eu vou meter essa parada bem do lado da minha cama." Ele sorri quase como uma criança. Uma criança cheia de sangue nas mãos.

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    Mensagem por Ankou Qui maio 13, 2021 5:11 am









    Ele olha pra Fumaça com uma cara de dúvida inegável, como se perguntasse com o semblante o que era aquele pote dos gnomos.

    Conforme Dona e Fumaça discutem a periculosidade daquela tentativa dá pra ver os olhos de Connor brilharem, um sorriso maldoso e entusiasmado se abrir.

    - Porra Dona tá me tirando? Eu sei passar despercebido quando eu preciso passar despercebido, esses caras nem vão ver o que pegou esse palhacinho deles! - ele parece confiante, duvidava que qualquer um daqueles esquisitos sebosos com o físico meio barrigudinho do Franco fossem capazes de pegar ele.

    - Eu já sabia que não ia ser um teste pra caçar nada, já é, mas o que exatamente eu to procurando, tem foto? - ele pergunta parecendo entusiasmado a Fumaça.
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    Mensagem por Wordspinner Qui maio 13, 2021 8:46 pm

    "Melhor que foto, tem vídeo." Ele vira o celular para Connor e em poucos segundos coloca um vídeo para passar com um monte de gente em um bar. Estilo clássico. Fumaça aponta para um borrão dourado no fundo. "Tá vendo? Fica numa porra de um pedestal no fundo do bar, é um símbolo para eles. Quase um totem." Dona empurra o celular para o lado. "C, os caras vão te triturar antes de tu botar o pé dentro do bar. É tipo quartel general deles. Os doidos acham que isso dá sorte." Fumaça passa o braço por cima do braço dela. "Sua missão é fácil, pega a parada e trás pra mim sem eles descobrirem que tá comigo. É isso. Molezinha!" Dona fica revoltada de novo. "Molezinha nada, vão acabar fazendo ensopado de Connor. Eles guardam as drogas lá. Eles guardam as armas lá. Cê sabe disso Fumaça." Ele dá de ombros. "C aqui é forte pra caramba e esperto. Aposto que não vai nem fazer barulho."

    --

    Francês tinha levado ele até ali. Quatro quarteirões do lugar, mas a vista era boa o bastante. Não deram mais informações. Disseram que ia ficar fácil demais. Ele que se vire. "Sem tiros e não adianta tentar ir pela sombra. Não dá pra passar ali dentro." Os dois estavam no terraço de um prédio e só dava para ver o lugar através do binóculos que Francês tinha levado. Ele acende um cigarro e oferece um para Connor. "Boa sorte." Ele estava falando a primeira língua claro. Não inglês. Connor olha a frente do bar de cima e é tudo um pouco distorcido, os prédios colados não deixam ele ver muito. Mas a entrada tem aquelas paredes feitas quase todas de vidro. As letras na fachada liam "Buck's" em dourado. Nenhum carro e nem moto parada na frente. Só irlandeses conversando e implicando com os transeuntes. Um deles tinha um Kerry Beagle na coleira. Connor tinha visto pelo menos um deles quando chegou na cidade. Francês disse que ali era seguro, quase seguro. Seguro o bastante. Era só ele não ficar muito tempo dando sopa.

    A cidade tinha uma vibração calma, ainda era de manhã. Muitos lugares estavam servindo brunch e o Buck's estava aberto. Não era nenhuma fortaleza. Longe disso.
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    Mensagem por Ankou Sex maio 14, 2021 12:18 am









    Connor olha pra Fumaça com uma cara de peixe morto, incrédulo sobre o que ele tava pedindo pra ele pegar - Sério que eles acham que essa bosta dá sorte? - nem ele levava a pergunta dele a sério, achava que o desafio de fumaça era mais uma tentativa de invasão ao lugar e tomar algo dos caras do que o simbolismo daquele treco dourado ao fundo do bar que nem dava pra ver direito.

    Ele fica incrivelmente atento a tudo o que eles dizem. - Armas? Sério?! - ele parece de alguma forma assustado, mas não dá o braço a torcer, mesmo sob elogios de Fumaça, os quais ele não estava dando o menor crédito a aquela altura.

    --

    Connor olha o lugar pega o binóculo do Francês e dá uma esquadrinhada na coisa toda, os comparativos eram impossíveis de não se fazer, se fosse em Dover no território que um dia foi deles e aquele lugar fosse o Caneco ou o Bear’s Mug a alcateia estaria facilmente no pescoço do sujeito antes dele conseguir sair do bar, ninguém iria parar quatro caras de surrar um ladrão, a regeneração ia ser um risco alto demais.

    Ele devolve o binóculo ao companheiro e aceita o cigarro - Vai ficar mais fácil pra eles me acharem... Merda! - mas ele pega e acende, tava nervoso, se ele falhasse na porra do teste ele seria um belo bosta que não serve de nada e talvez nem tivesse uma segunda chance como Rail havia tido.

    Ele continua pensando, olha o topo dos prédios, se fosse de noite talvez conseguisse, o lobo era rápido, correr em silêncio era moleza, mas de dia, qualquer filho da puta olhando pra cima ia ver um lobo de dois metros saltando de um prédio pro outro.

    Ele dá mais um trago no cigarro e pensa na aproximação com menos ação, mas lembrava que os caras não podiam saber que a coisa era pro Fumaça e conheciam o cheiro dele, então ele não podia entrar no bar e simplesmente tomar a coisa, tampouco podia negociar diretamente com os sujeitos.

    Ele murmura alguma coisa inteligível entre os lábios, o cenho franzindo frustrado, pra completar ele não podia dar tiros, como se fizesse alguma diferença, ele nem usava armas de fogo mesmo, nem sabia como manejar uma.

    Ele dá o último trago no cigarro, ajeita o boné e joga o capuz do hoodie por cima - Valeu. - É tudo que ele fala pro camarada enquanto ele ruma em direção a rua, ele anda quarteirões pro lado, a cabeça baixa longe dos irlandeses, do cachorro, ele não queria despistar os caras, queria despistar o Francês.

    Ele anda na linha do território, ele conhecia os dons de proteção, ele sabia que muito provavelmente os dois lados tinham aquilo, ele não fica tempo o bastante pra dar sopa, ele só fica no meio da linha pra incomodar a alcateia de Fumaça e os caras do outro lado, mas a verdade é que ele nunca sai do território.

    Ele anda procurando uma loja esportiva ou de conveniências ou qualquer coisa assim, por fim ele termina com um pote dourado que ele manda grifar e desenhar um gnomo com uma coroa, a coisa era bonitinha o bastante pra ficar em display num bar qualquer, mais caro do que ele gostaria que fosse, ele enche a coisa com moedas de chocolate e ruma de volta pra toca horas depois.

    Ele entra, se senta na mesa de maneira despojada, abre o pote e fica comendo as moedas de chocolate espalhando os papeizinhos pela mesa, uma pose de vitória que parecia inabalável, afinal, ele nem podia provar que não era o pote que ele tava procurando com uma filmagem tão ruim como aquela, só esperava que ele não descobrisse e fosse o quarto strike.
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    Mensagem por Wordspinner Dom maio 16, 2021 1:37 am

    Connor escreveu:Sério que eles acham que essa bosta dá sorte?

    "Acham sim, são uns idiotas." Dona fala bufando. "Mas se eles tiverem certos a sorte vai ser minha." Um sorriso enorme no rosto que não desaparece quando Connor pergunta das armas. "Nada demais, eles forneciam pro IRA e agora intermediam pro leste europeu. Só cuidado pra não explodir o quarteirão com alguma gracinha, hein!?!" Ele diz com um pouco, bem pouco de preocupação na voz.

    --

    Francês claramente presta atenção em Connor, mas não reage ao que ele diz. Só assite o rahu agir. Os ilrandeses seguem Connor quase o tempo todo. Fazem provocações e gestos obcenos, mas nunca ultrapassam o limite imaginário deles. Claro que em um momento esse limite não concorda com o que Connor tinha estabelecido e ele tem que recuar para evitar um segundo grupo que vinha na direção contraria do seu lado da rua. Simbolos são mais difíceis de seguir que mapas. Linhas imaginárias na cabeça de outras pessoas são ainda mais difíceis. A verdade é que ele não tinha a intenção de ficar muito e seus planos mudaram muito pouco por conta do contra tempo.

    A replica é tão perfeita que ele também acredita. "Eu disse que ele ia conseguir!" Connor ouve a voz vindo debaixo antes e ver o homem subindo as escadas. Francês logo ao lado e Dona bem pra trás pelo xingamento vindo lá debaixo. "Boa, muito bom mesmo." Ele chega perto com olhos famintos e enfia a mão entre as moedas. Connor ouve a madeira da mesa raspando no fundo do pote enquanto o outro uratha move o pote pra lá e para cá. Ele tira uma mão cheia de moedas. Francês pergunta algo em francês. Fumaça ri e joga o monte de moedas nele. Dona aparece olhando em volta um pouco receosa. O traseiro do outro faz a mesa ranger um pouco com seu peso. "Agora..." Ele coloca uma das moedas na boca. Francês está catando elas do chão e comendo com satisfação. "Cade o meu pote de ouro?" Nenhum humor na voz, nenhuma alegria no rosto. A seriedade analitica de um lua de nova. O incomodo de saber que eles normalmente analisam como vão te matar quando estão te encarando.

    Dona gargalha cheia de vitória. Hora rindo de Connor e hora rindo de Fumaça. Ela tenta pegar uma das moedas da mão do Francês e ele rosna fazendo ela desistir e ir na direção do pote. "Dois otários!" Ela não consegue parar de rir. Fumaça não tira aqueles olhos sem vida de Connor, mas ainda assim parece que tem mais gente ali. Mais alguém observando.

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    Mensagem por Ankou Dom maio 16, 2021 2:32 am









    Dá pra ver a face de Connor se contorcendo uma gargalhada chiada saindo da garganta, ele parece concordar plenamente com Dona, mas as informações que seguem são assustadoras - Caralho mano tu tá me enfiando numa roubada braba… - a preocupação é real, mas ele nem parece que vai arregar.

    --

    O nervosismo dos caras na cola dele só fica escondido por que o boné e o capuz escondem a cara, por baixo o corpo todo transpira, a adrenalina corre pelas veias sob a pele, mas ele não quer causar um incidente ali, pelo menos eles não podiam imputar aquilo ao trato que tinham com Fumaça, ele não era alcateia.

    Connor fica calado a maior parte do tempo olhando pra eles, olhando pra Fumaça e o Francês rindo como crianças brincando com as porcarias das moedas de chocolate, eles deviam estar tão excitados pelo pote que nem sentiram o cheiro ou talvez eles achassem que vinha de outro lugar.

    Connor ri com Dona, até quando ela ri dele mesmo - Cara sério que tu acreditou que os caras iam ter um fetiche ou sei lá o que caralhos atrás de um balcão de bar? Exposto? Era essa merda que você me pediu, foi essa merda que eu te trouxe, uma porra de pote dourado, e não tinha moedas, são de chocolate eu comprei na minha vinda pra cá pra gente comemorar e não pra vocês tacarem elas pela sala toda. - a ultima palavras soa quase como se fosse um pai falando com crianças bagunceiras, por fora ele tenta parecer muito bem embasado se esforçando ao máximo, por dentro tudo que ele pensa é foda-se o mérito, como se aquilo fosse um mantra, como se ele visse Dona repetir aquilo pra ele num gif interminável dentro da cabeça.

    Ele se agacha e pega uma moeda caída num canto qualquer, desembrulha e coloca sobre a língua quase como uma hóstia, o rosto se fecha numa carranca mesmo com o chocolate adocicado pra crianças inundando o paladar, ele não fala mais nada só fica parado parecendo uma parede, mas com um nítido olhar de cobrança pra cima de Fumaça.
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    Mensagem por Wordspinner Dom maio 16, 2021 4:36 am

    Dona deixa mais difícil aquela coisa toda. Fumaça acompanha Connor com o olhar. "Ele acha que eu sou otário?" Dona engasga tentando falar e quase caindo no chão. "Cer... Cer... tez... Aaaa" E ela emenda a rir de novo. Inesperadamente Francês fala "Alexia, fotos do Buck's." A tela principal se enche de fotos do lugar. Das mesas. De copos. De clientes. De um pote de ouro com moedas douradas e uma coroa em cima cômica em cima. "Ele devia entrar só pela ousadia." Ela se controla o suficiente para expelir as palavras com esforço sobre humano. "O professor ainda não tá satisfeito." Ele pega o pote e tira dele uma moeda. Talvez Fumaça ainda não esteja satisfeito. Porém satisfeito de verdade ali só Dona. A presença observadora se afasta sem interesse. "Trás o meu pote de ouro C. Sem trabalho porco dessa vez. O bagulho tá no facebook."

    Dona segura o braço de Connor com mais otimismo do que ela tinha antes. "Não segue caminho nenhum só porque te botaram nele, acha o seu próprio. " Fumaça larga o pote na mesa e volta a descer as escadas. "Rouba o meu pote de ouro!" Ele diz sem espaço para negociações. "Coloca o pote de ouro nessa mesa." Ela queria dizer mais. Queria ajudar mais. Ela claramente não podia. "Um pinto de borracha não é um pinto de verdade, mas podem fazer o mesmo trabalho. O que importa é gozar e você foi quase lá." Ela olha para baixo e parece que vai dizer mais, quando abre a boca Francês coloca uma uma das moedas nela. Ela balança a cabeça que sim. "Te cuida C. Não demora com isso." Ela segue o Francês que seguiu o Fumaça.

    Connor fica sozinho com as telas cheias de fotos do lugar. A realização de que Fumaça tinha mentido sobre que informações ele tinha tem gosto de traição. Francês o levando para ajudar a ver melhor só mais uma peça caminho. Eles estavam atrapalhando ele e mesmo assim Fumaça teve certeza que ele tinha conseguido e o orgulho tinha sido estampado claro em seu rosto negro. O lua cheia se sentia um pouco burro de não ter nem mesmo jogado o nome do lugar no Google. Nenhum deles disse que ele não poderia fazer isso. Ele se sentia lento num jogo com regras ocultas ou pelo menos movimentos ocultos. O que mais era só fumaça e espelhos?
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    Mensagem por Ankou Dom maio 16, 2021 5:18 am









    A pose dele desarma assim que os caras matam que é tudo uma armação - Porra cêis não podem me culpar por tentar. - a insatisfação estampada no rosto, ele tinha vontade de esmagar a porra do pote, mas nem ia, tava com pena da grana que tinha gasto nele e era até maneirinho.

    Ele sorri levando a coisa na esportiva - Mas pode adimitir negão, por um segundo tu caiu. - ele não é ofensivo, mas ele sabia que tinha cagado, pelo menos a primeira chance, ele tinha errado o alvo mas não decepcionado, pelo menos aquilo serviu de uma segunda chance.

    Ele escuta Dona, o que ela diz parece confuso num primeiro instante, ele se senta e fica olhando pras fotos enquanto eles se retiram, era difícil fazer a analogia de pirocas com consolos... Ele olha pro pote em cima da mesa e olha pro pote na imagem, a coisa era quase igual…

    Ele toma o pote em mãos e sai fora da toca, agora ele não parece ter o mínimo de pressa, ele tinha perdido algo no meio do caminho que tinha acabado de encontrar, ele ruma em direção a biqueira esperando encontrar Timizinho lá.

    - Aí Tim, tem um trampo pra tu se tu achar que dá conta, papo reto. - ele diz colocando o pote em cima da mesa e logo saca o celular do bolso e mostra a foto. - Tá vendo esse pote do Buck’s aqui, o chefe quer essa merda, tu dá conta? O trampo é catar o que tá lá e botar esse no lugar. Fazer o fino do fino, pode até cortar alguém no caminho se precisar, pode cortar pra doer, mas não matar. Terminou o serviço vaza o mais rápido que puder e volta pra cá e me liga. - Connor falava igual um maloqueiro, ele realmente não gostava daquilo, mas dava autenticidade, mesmo que ele fosse um maloqueiro do interior.

    Ele já tinha o plano na cabeça, ficar na fronteira incomodando os filhos da puta enquanto aquela porra de psicopata trocara os vasos.
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    Mensagem por Wordspinner Ter maio 18, 2021 2:52 am

    Connor escreveu: Porra cêis não podem me culpar por tentar.

    Nenhum deles parece culpar Connor por tentar, só por falhar. Ele não houve nenhuma reprimenda, mas a urgência da tarefa.


    --

    Os olhos de peixe morto de Timizinho não se movem durante toda fala de Connor. "Sou bom sim, mas não sou otário. Cê não vai então não é nada simples. Eu preciso de uns caras e isso custa uma grana. Custa uma grana agora." Era estanho conversar com ele. O cara parecia pronto para cortar Connor. "Alugar um carro, pagar uns extras pra fazer barulho e puxar uma briga, umas garotas para tirar foto, uma outra mochila extra, um carro extra e fogos de artifício. Tu pode me passar teu cartão ou botar uns cinco grande aqui." Ele mostra a mão sem nenhuma graça. Ele tinha um plano traçado rápido, ou já tinha feito esse tipo de coisa antes.

    --

    O cara só saiu quando Connor arranjou o dinheiro para ele. Antes disso ele nem se mexeu. Connor não conseguia deixar de pensar no que estaria acontecendo enquanto chamava atenção dos caras. Ele soube quando tudo realmente começou a acontecer. Como? Os caras foram atrás dele de verdade. Correndo feitos cães raivosos. Um dos caras uivando de raiva. Connor agradeceu o tempo que passou no campo porque ele mais rápido que os caras. Duas quadras depois ele xinga o próprio tamanho ao se espremer no vão entre um muro e o piso de um estacionamento. As mãos seguram o calcanhar dele e puxam.

    Connor se sentem escorregando e ouve os caras gritando atrás dele. As palavras umas por cima das outras. Gente gritando na rua. Alguém chama pela polícia. O lua cheia sente a essência encher seus músculos de força, sente a forma de dalu quebrar e reformar seus ossos. Dores agudas nas pernas, mas ele chuta e empurra e puxa e escapa. O canivete cravado na panturrillha. Um rasgo na outra perna. A forma do corpo retorna ao que deveria e ele corre de novo. Os caras subindo um no outro pra ir atrás dele. Tinham câmeras demais em Londres. Toda hora ele tinha que ficar com o rosto coberto e correr, não podia lutar na frente delas. Ele corre até sair do estacionamento e quatro caras já tavam babando nos calcanhares dele e mais vindo. O lua cheia ganha a rua e esbarra em uma mulher com compras e quase atropela um ciclista se desviando. Acaba do lado errado da rua quando vê o carro alto e preto parando na entrada do estacionamento de onde saiu. "Aguia de Ferro" Segurança privada. Um sujeito do qual ele só consegue ver a cabeça sai do outro lado do carro e um outro do lado mais próximo.

    Connor não parou para ver até conseguir virar a esquina. Os irlandezes não sairam de lá. Os caras não entraram. Em menos de dois minutos nem parecia que ele tinha passado ali. O canivete ainda tava na panturrilha, um souvenir.

    --

    Timizinho estava nos fundos da loja quando Connor voltou. Uma mochila preta na mesa. Ele estava limpo e arrumado do jeito dele. Um curativo no braço e um hematoma no rosto. Nenhuma reclamação. Nenhum agradecimento. A mochila estava aberta, bem aberta e dava para ver dentro. O pote, as moedas e a coroa fina com trevos de quatro folhas e cruzes vermelhas. Ele estava sentado vendo um jogo e rolando uma moeda dourada de dedo em dedo, os nós dos dedos vermelhos e machucados.
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    Mensagem por Ankou Ter maio 18, 2021 3:55 am









    Connor ri pra ele com malícia - Caralho, agora eu entendo por que tu ainda tá vivo. - ele só comenta, não tem ameaça nenhuma, pelo contrário a coisa é um elogio. Ele para e escuta as demandas de Tim, sorte dele que não tava pagando aluguel, era mais da metade da grana que ele tinha no banco, mas não é como se ele tivesse como fazer grana aparecer do nada. - Fechado, vou pegar essa grana pra tu. - ele volta não muito tempo depois com três rolos de notas de dez, cinquenta e cem e entrega na mão de Tim, preferia não contar a ele o que ele ia fazer nesse meio tempo.

    --

    Ele xinga o tempo todo, aqueles Cães não mereciam mais que isso, a perseguição é frenética e os caras implacáveis, mais do que ele esperava que fossem, eles eram fortes também, dava pra entender por que eram um problema pra Fumaça, num relance o pensamento vai pra Dona, impossível ela contra um deles.

    No fim ele ri, mesmo sendo o mais fudido de todos eles, os caras parados do outro lado, ele se enfia por trás dos poste pra evitar as câmeras de tráfego tira o pau pra fora e mija na sarjeta olhando pra cada um deles com um olhar de vitória, o dedo do meio vem em seguida assim que ele guarda o amigo dele, ele sai trombando num transeunte qualquer - Cai fora! - ele grita cheio de fúria e nem olha pra quem foi, estava com os nervos à flor da pele, finalmente uns passos mancos depois ele arranca o canivete da panturrilha e joga pra dentro do bolso, tapa o ferimento com a mão e força a essência refazer a carne.

    --

    Ele vai de um lado pro outro no território, observa bem se os caras da segurança não seguiram ele, ou qualquer outra pessoa.

    Ele entra na biqueira e olha o sujeito, o cara tinha tomado o sacode dele também, mas ele sorri quando vê o pote em cima da mesa - Melhor não ficar com isso. - ele diz apontando com a cabeça pra moeda que ele rodava entre os dedos - Não testa sua sorte de novo. - ele diz sem ameaça nenhuma e só espera o cara colocar a moeda de volta no pote. - Bom trabalho. - ele diz, profissional jogando a mochila com o pote nas costas.

    Ele para no apartamento brevemente, só queria tomar um banho rápido e colocar roupas limpas que não tinham manchas de sangue nem estavam sujas de terra, a calça e jaqueta de brim vermelho sangue, a camisa preta com um lobo estampado por dentro só um tribal branco numa camisa escura, botinas pretas e lustrosas, anéis nas mãos, não exageradamente como Dona gostava, mas o bastante pra ficar estiloso, ele se olha no espelho e se acha bonito como há muito tempo não se sentia.

    Logo ele desce e vai andando direto de volta pra toca, ele entra em silêncio dessa vez, palavras não iam adiantar porra nenhuma mais, a mochila nas costas logo ganha um canto qualquer, o pote ganha o centro da mesa, ele se senta absolutamente impecável, a roupa vermelha e o lobo da camisa tem um simbolismo nítido de vitória, ele só espera.
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    Mensagem por Wordspinner Ter maio 18, 2021 7:42 pm

    Timizinho era frio ali sem nenhuma máscara. Nenhuma reação. Ele não fica com a moeda, entrega ela sem falar nada. Mal tira os olhos da tv.

    --

    Dessa vez Fumaça chega com uma das moedas na mão. Ela dança de um dedo para o outro de forma familiar. Um sorriso grande. Olhos escuros no peito de Connor. "Grande C." Ele joga a moeda para o pote. "Tá pronto pra perder seu nome?" A moeda bate no pote e igual as outras. As moedas eram velhas e a dele era igual as outras. "Agora esse é o meu pote?" Ele continua se aproximando, mas não tem dúvida nenhuma ali. Fumaça mal olha pro pote. Quando ele para do lado da mesa o cara enfia uma faca que não estava em lugar nenhum no pote. Ele fareja o ar. O sorriso se torna algo afiado e cruel.

    "Então, C tira essa fantasia que o pote tá certo." Os olhos frios nos dele. A faca agora dançando na mão negra. A lâmina escura coberta de preto fosco. Ele espera Connor tirar a camisa. O movimento rápido da mão faz ele tremer. A faca poderia ter ido pra qualquer lugar, mas foi pra mesa. Alguma coisa se move, algo enorme olhando os dois. Algo cruel e complexo, frio e calculista. O arrepio levanta os pelos de Connor e Fumaça ri claramente sentindo o mesmo. "Tá vendo C? O professor tá na sala irmão." A palavra não dita como uma giria ou afago, era verdade. As garras rasgam os dedos de Fumaça para sair. Assim como elas rasgam a carne de Connor. O sangue escorre quente pela pele. "Tá feito." Mas não estava, tinha acabado de começar. Fumaça mete a mão nas moedas de ouro. Ouro e sangue. O sangue quente sobre a pele é a única parte do corpo que ele sente. A garganta tenta falar alguma coisa, mas está cheia demais. Ele pisca e Fumaça tá rindo pra ele. Pisca de novo e a faca preta apontada na sua direção. Tudo fica escuro por tempo demais, mas o lua cheia força seus olhos a abrir outra vez. Fumaça e pula sobre ele como um lobo vermelho rápido demais para ser impedido.

    Connor cai e afunda. As ondas vermelhas que se formam por onde ele passa são como ondulações em um lago. Ele é uma brasa apagando lentamente enquanto afunda nas sombras. "Você não chegou aqui pra afundar." Connor ouve a voz sem carne. Ela fala nos seus nervos como impulsos eletricos e não som. "Não é isso que você queria? Tomar as decisões? Deixe eles acharem que tem escolha." Ele se sente puxado para baixo com mais força e o vermelho fica longe e distante. Uma escuridão densa e viva o puxa pra baixo. Milhares de vozes feitas de sombras. "Não vai parar de afundar?" A pergunta vinha cheia de humor mesmo enquanto Connor lutava contra uma força tão irresistível quanto a gravidade. A pressão afunda os timpanos. Esmaga o pulmão. Ele está sem ar. "Já falei pra parar." Connor se sente esticar. Os ossos estalando e a pele rasgando. Alguma coisa puxando ele pra cima. Alguma coisa que não parece dar a mínima pra se ele vai viver ou não. "Você pode ser um monte traiçoeiro de orgulho e ganância e egoismo, mas agora você é meu." A voz fazia todos os sentidos queimarem vivos e eletrificados. Ela se repetia na sua pele e era dor e prazer e frio e fogo. Quando uma parte dele se rasga arrastada para a escuridão irresistível Connor imediatamente perde a capacidade de perceber o que ele perdeu.

    Quando o chão bate nas suas costas ele ainda não consegue respirar e suas mãos procuram o pedaço faltante. A risada enche tudo que ele é, menos sua audição. "Vamos, lua cheia seus olhos são meus, me mostre o seu mundo. Suas garras são minhas e qualquer idiota sabe qual presa nós queremos. Você é melhor que um idiota qualquer?" A voz que não é feita de som ecoa pelo seu corpo, seu espírito, se desfazendo lentamente e deixando a sensação de que vai se repetir em cada duvida. Você é melhor que um idiota qualquer?

    "C, quer ou não quer?" A faca ainda apontada para ele. A luzes piscantes das telas finalmente fortes o bastante para ele poder ver. A coroa dourada e brilhante pendurada na lâmina negra e fosca. "Bora C, cê tu não quer eu vou vender no ebay." A voz casual e ligeiramente irritada. Connor se surpriende por estar de pé. O sangue que escorria do seu peito tinha corrido sua pele para formar a marca do lobo vermelho.

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    Mensagem por Ankou Ter maio 18, 2021 9:20 pm



    Uma risada curta com o ar saindo pelo nariz é tudo que ele esboça quando Fumaça retorna a moeda pro pote, não sabia se já havia sido dele ou se ele tinha roubado só uma moeda, nem mesmo sabia se o pote importava alguma coisa, mas aquilo não importava mais, por mais que gostasse de ouvir histórias.

    Ele meneia em positivo sobre o nome, já estava pronto há mais tempo do que ele gostaria de admitir, ele se levanta assim que Fumaça confirma o pote, ele tira a camisa sem pestanejar, o corpo treme, ele sabe o que vai acontecer em breve, todas as marcas doíam não seria diferente com essa.

    O moleque bocudo fica calado, ele não tem nada a dizer, a presença do outro lado na sala fez ele esfregar os braços, algum tipo de espírito que não era legal de lidar, mas diferente do Caminhante ou do Corvo.

    Ele perde os sentidos mais de uma vez, como se tivesse algo muito errado acontecendo, ao mesmo tempo ele se sente caminhando na direção certa, ou melhor afundando ou tentando nadar, Fumaça não faz mais o menor sentido ele só parece aterrador.

    Ele grita, mas não grita ao mesmo tempo era como se afogar em alguma coisa que ele desconhecia, mas ele se sente uma coisa só, ele pensava que poderia ser a Loba Vermelha, quem mais poderia ser? Tava mandando ele se virar não ser um bunda mole, tava cansado de gente tentando mostrar o caminho pra ele, mas tava cansado de se lascar e dar razão aos outros.

    Quando ele acorda ele toma todo ar que pode e urra, fúria pura, era como nascer de novo pela segunda vez, mas muito diferente, ele urra em direção a Fumaça e toma a forma de Dalu, mas aquilo não é pro homem negro, no momento seguinte ele grita de susto as emoções parecem intermináveis, uma montanha russa delas, se a Loba Negra sempre parecia um sussurro no ouvido a Loba Vermelha era como fios de aço correndo pelo corpo no lugar das veias.

    A respiração acelerada pós suste faz ele olhar pros próprios braços como se os visse pela primeira vez, o pelo vermelho, os olhos já não eram amarelos, azuis refletindo na tela do monitor desligado.

    Ele se olha ainda impactado pelas palavras que muito provavelmente só ele tinha ouvido, ele continua olhando pro monitor desligado como se fosse um espelho e só sai do transe quando Fumaça diz que vai vender no Ebay, ele toma a coroa em mãos por puro reflexo pra só depois olhar o que era, ele olha pra coroa e pra fumaça duas vezes e gargalha como se aquilo fosse uma piada muito boa, ele volta a forma humana e coloca a coisa na cabeça.

    - Eu não tenho palavras. - devia ser engraçado ver o cara que estava sempre falando alguma coisa falar que não tem nada a dizer, mas ele não tinha nada a dizer que eles já não soubessem.

    O olhar transtornado desde o primeiro dia  que ele havia chegado ali havia ido embora ele sentia paz, ele transmitia paz, ele fica assim como se tivesse curtindo o momento por alguns minutos. - Sagrim tirou a contaminação… Eu acho… - não dava pra ter certeza, mas ele jura que viu uma sombra sair dele.

    Por hora ele prefere o silêncio.

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    Mensagem por Wordspinner Qui maio 20, 2021 5:07 pm

    Fumaça dá um pulo para trás quando ele grita. "Tá louco C!?" Não era bem uma pergunta. A faca continua na frente do corpo, mas a coroa rola no chão. "Não assusta sem lua não cara, cê é grande, mas uma faca no olho mata qualquer um." A faca vai para algum lugar nas costas do irraka. Mas a irritação já tinha desaparecido dando lugar a uma animação mais tranquila. "Quinta feira é a festa do mês. Nem é bem uma festa." Ele da de ombros meio a contra gosto. "Eu e Dona e os caras da rua sete. Seis, com sua carinha de bebe da fazenda sete. É obrigatório antes que cê tente escapulir." Ele pausa e depois adiciona quase sem vontade. "É bom ter alguma novidade pra contar pra galera e guarda o julgamento por um tempo. Cê chegou agora e a gente pode parecer estranho, especialmente a menina com led no cabelo, Estelar, ela vende água de banho e segredos do governo. Eu sei, mas sorri e acena que tu não leu o livro todo." Ele vai botando as moedas uma do lado da outra na mesa. Tic, tic, tic.

    Um sorriso grande e afiado no rosto e uma moeda do lado da outra. A coroa esquecida entre os dois.

    --

    Dona alguns minutos depois Francês está com ela e mais três pessoas que são rapidamente introsidas como Nina, Berta e Jayzin. "Eles são o sangue C! Galera, esse aí é o C e é por causa dele que o chefão liberou a grana pra gente passar na churrascaria à brasileira." Ela coloca a primeira embalagem de muitas na mesa onde as moedas estavam. Onde o pote ainda estava. Francês vem por último carregado de sacolas. A magrela de chapeu, Nina, coloca uma garrafa de coca cola na mesa, mas tem alguma outra coisa dentro, algo leitoso e vermelho. Jaysin tem duas caixas de cerveja que coloca debaixo da mesa e pega uma. Ele abre com a mão e joga a tampa em Dona que a morde do ar e finge que é algo selvagem. Berta boceja e começa a procurar cadeiras. Armar cadeiras. Tudo bem devagar. "Tranquilo C? Já aprendeu que é melhor ir de bike?" Berta faz um barulho de porquinho atrás dele com despreso.




    Connor Mcleary - Página 13 Berta10



    Connor Mcleary - Página 13 Jaysin10


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    Em ordem, berta, Jaysin e Nina
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    Mensagem por Ankou Qui maio 20, 2021 6:51 pm



    Connor coça o rosto como se tivesse cansado, parecia alguém exausto que não dormia a meses e que finalmente poderia fazê-lo - Mals cara, a parada foi uma viagem de ácido, a Loba falou comigo, eu ouvi sério mesmo, eu tava em transe não sei quanto tempo durou, acordei tava na piração, não sei o que rolou de verdade, mas eu estar vermelho não resta dúvida, que ela fez alguma coisa. - ele se levanta, as palavras condizem com o que ele descrevia, confusas, ele faz um sinal de joinha pra Fumaça  sobre o encontro.

    Ele cruza por Dona e passa a mão no rosto dela, um carinho bruto, mas nada mais - Vou tirar um cochilo, pra dar uma força pro Timizinho mais tarde. - ele diz com a voz mole e se encaminha pra parte de baixo indo em direção as macas.

    --

    O sorriso branco e receptivo se abre assim que Dona o apresenta, ele se dispõe rapidamente pra ajudar o pessoal com as coisas que eles traziam inclusive o Francês, ele olha pra garrafa e ele sabe exatamente o que é, ele dá uma cafungada no ar e coça o nariz, sutil, nenhum deles vampiro, era um alívio.

    Ele estende a mão pra Jayzin em cumprimento - Não sei não, mas percebi uma certa tendência. - ele não contraria, mas percebe a reação de Berta pra ele, ele tenta se comportar, mas o sorriso aparece mesmo assim, sutil, só de canto sem mostrar os dentes. Ele passa por Jayzin e estende a mão pra ela - Connor. - a altura dele faz ele olhar a menina de cabelos roxos de cima pra baixo, ele olha pra ela um pouco mais do que devia, nem esconde que gostou do que viu, mas o olhar é só pra ela.

    Por último ele se vira pra moça loira e estende a mão pra ela também, o sorriso amigável - Nina é? O nome combina com você. - ela tinha a graça dela sem dúvida, muita maquiagem e roupas pretas pro gosto do uratha, mas ele não é menos receptivo e agradável por conta disso.

    Por fim ele se volta pra Dona - Churrasco brasileiro? Parece bom. - ele não para por ali se comenta com Fumaça - Patrão hoje tá bancando heim?! - a voz animada, uma risada, ele faz uma pausa só pra ver a reação dele - Teu moleque? - ele faz com a cabeça apontando pra Jayzin, na pergunta, maldade nenhuma, só curiosidade, afinal Fumaça não era nenhum jovenzinho.

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    Mensagem por Wordspinner Ter maio 25, 2021 3:38 am

    Fumaça nem fala nada quando diz que vai descansar, lança um olhar cheio de empatia e entendimento. Mas nenhuma palavra. Tinc, Tinc, Tinc das moedas na mesa.

    --

    Jaysin ouve a resposta de Connor e faz um movimento com a mão na direção de Berta como que afastando ela. "O transito aqui é insano e lento. Carros ficam presos nele muito fácil e as câmeras te pegam o tempo todo." Berta cutuca ele na costela. "Falou o 007! O MI6!" Ele não retruca e ela ri alto. O rapaz olha para ela com olhos apertados. Ela pega a mão de Connor com as duas e aperta com força, o que não é muita força. "Hunnn Eu vejo um futuro brilhante para você, mas cheio de perigos. Só 1,99 e você pode ouvir o seu futuro!" Ela ri de novo.

    Nina segura a mão de Connor. "Não cai na dela. Ela usa humor pra defletir todos os sentimentos. Bons e ruins." Ela demora um momento para adicionar o resto. "Ela também gosta de fingir que é burra, diferente do Jaysin que nem precisa..." Berta que ia objetar explode em uma gargalhada gostosa e Jaysin joga copo vazio na direção de Nina que grita e se assusta. O negro ri. "Ops... foi sem querer..." Dona segura Nina por trás, a uratha é mais baixa que ela. Mais baixa que todos ali. "C vai com a gente na festinha, ele chegou ontem e já vai pra area vip e vocês não." Ela passa um dedo na língua e encosta no braço de Connor fazendo barulho de água evaporando. Mesmo o susto de Nina ou a vingança acida de Jaysin não duram muito, não duram quase nada e eles logo estão brincando de novo.

    "A gente pode fazer um jogo de bebida antes do Fumaça ganhar. Chegar, eu disse chegar." Nina segura o braço dele como se fosse falar algo muito imporntante que merecesse a atenção de todos. "Ou isso só pode ser roubo não tem como ele SEMPRE ganhar." Ela sacode o braço do outro com cada letra da palavra sempre. "Ele paga Dona com um pauzão preto e o Francês com queijo bolorento que ele faz com meia velha... Ou com pauzão preto também. " Ela diz e todos riem. Dona com um jeito cínnico que Connor entende um instante antes dos outros. Fumaça já estava ali. Tão imóvel e silencioso que Connor só o viu quando a reação de Dona o entregou.

    "Isso é inveja, meu amor?" Ele diz com as mãos subitamente nos ombros de Berta, a voz tem uma nota de ameaça. Aquela que nasce tão naturalmente na garganta dos irrakas. Berta se sacode com um arrepio e Dona ri. Os outros dois não. Dona ri mais alto e aperta Connor. "Você tem mesmo que ir?" Ela pergunta bem baixo e na ponta dos pés. O corpo virado de costas para eles, os olhos fixos nos de Cononr com alguma emoção que parece nada natural no seu rosto pequeno. "Olha isso C!" O lua cheia perdeu alguma coisa que foi dita entre os outros. O fumaça abra o casaco longo que estava usando e mostra uma curiosa armadura feita de moedas douradas. "Aqueles putos vão pirar quando eu botar isso num leilão no Ebay!" O sorriso satisfeito e afiado, uma mão no ombro de Jaysin e outra no de Berta. Nina bate nas moedas com as unhas testando alguma coisa.



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    Connor Mcleary - Página 13 Empty Re: Connor Mcleary

    Mensagem por Ankou Ter maio 25, 2021 4:44 am



    Connor escuta Jaysin com atenção, tinha certeza que ele estava dando uma dica útil, como estava a maior parte do tempo no território mal usava o carro, mas ele tinha razão o trânsito era lento - Tem coisa melhor… - ele diz como se tivesse uma ideia se virando pra Dona, mas não excluindo o rapazinho da conversa - Uma Lobo de Aço com a placa trollada cortando por tudo que é beco, por acaso não sobrou uma dessas por aí depois de você sabe o que não né? Talvez uma que a gente possa pegar emprestado. - sem intenção nenhuma de devolver é claro. Ele não prossegue, tinha certeza que havia dado informação o bastante pra ela saber do que ele tava falando.

    Ele se diverte com o jeito que eles conversam e se tratam quase como família, no fundo ele sentia uma falta daquilo e a falta era imensa, um dedo corre pela mão de Berta, imperceptível exceto pra ela, mas ele não responde com mais que um sorriso branco e agradável a brincadeira dela.

    Ele não é muito diferente com os outros em relação a Nina, ele escuta ela delatar Berta e ve a brincadeira de Jaysin, ele ri junto como se fosse com ele - Então o sentimento foi bom ou ruim? - ele pergunta pra Berta e mede o jeito que ela se comporta, o olhar dela, mas não espera uma resposta de verdade.

    O dedo úmido encosta no braço - O que tem de bom na área vip? - ele pergunta já esperando algum besteirol vindo de Dona.

    Em seguida ele presta atenção na proposta de Jaysin e na reclamação de Nina, mas era óbvio que Fumaça roubava, ou se garantia no metabolismo uratha pra resistir aos efeitos do álcool, mas ele não entra nesse mérito, seria como contar que Papai Noel não existe, ia tirar a magia da coisa.

    Ele ri como todo mundo com as “conclusões” de Berta, o olhar se cruza com Dona, ele sabe exatamente o monte de besteira que ela está pensando, quando ele se dá conta ele se lembra do quanto Fumaça é experiente e como ele consegue se mover sem ele nem perceber com a distração certa.

    Connor sorri, ele sabe que aquilo tudo é uma provocação, mesmo que pareça real, ele não se intromete, mas sente Dona lhe apertar - Aham e você também. - ele responde em igual tom e joga ela pro ombro quase como fosse uma coisa, é engraçado como ela é pequena e fácil de carregar em um ombro, ele roda com ela pela sala sem deixar ela sair morde a lateral da lombar dela, carinhoso e de leve como se fosse uma provocação, ele a coloca no chão assim que Fumaça toma a atenção dele mostrando a armadura de moedas - Ficou dahora demais, já toca pra vender e manda o link do leilão pros galegos safados. - ele ri igualmente satisfeito ao Irraka.
    Connor Mcleary
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    Connor Mcleary - Página 13 Empty Re: Connor Mcleary

    Mensagem por Wordspinner Sáb maio 29, 2021 4:50 pm

    "Vai sonhando!" Dona diz rindo da insinuação de Connor sobre as motos. "Mas se arranjar uma eu te levo na garupa." A gargalhada se torna algo mais provocante, uma insinuação. Berta ri junto e Jaysin também, mas talvez só para não ficar de fora.

    "Sentimento nenhum." Diz Berta respondendo Connor. "Sou feita de aço e tenho um coração de gelo, Tipo um freezer antes do churrasco." Jaysin ri e Nina também. Um instante depois o rosto sério de Berta os acompanha. Dona um passo mais distante permanece como está, assistindo relaxada.

    "Eu até podia te dizer o que tem no V.I.PY, mas aí eles iam ficar sabendo também." A ithaeur faz uma barulho de ficção cientifica provavelmente tentando ser uma porte e depois uns apitos cutucando a cara com o dedo. Logo ela dá de ombros como se não pudesse mais falar.

    Quando Connor levanta Dona ela não grita, mas se agarra a calça dele como se para evitar cair e puxa para cima o que a faz ir mais para o fundo. Quando ele a coloca no chão sente as unhas dela arranhando as nádegas e as costas no caminho. "Eu taba quase lá!" Sem nenhuma vergonha ou arrependimento, só um riso enorme.

    Fumaça usa Alexia para colocar a armadura a venda na internet e explica como ela era uma armadura de escamas. Camada sobre camada. "Nunca que isso para uma boa bala, mas é bonito e pra cortar com uma faca vai dar um trabalhão." Ele bate na armadura pra mostrar seu suposto poder. Tinha muito alegria e brincadeiras ali e de alguma forma quando Francês está no lugar ele não atrapalha e parece satisfeito em assistir quase como parte da mobília. Os minutos se esticam em horas e Fumaça leva Connor para baixo ele acende um baseado no caminho, descendo lentamente as escadas sem falar nada. Ele inspira o silêncio assim como a fumaça faz o nariz de Connor coçar. No último degrau ele apaga o cigarro e o guarda enquanto começa a falar. "O povo daqui a pouco precisa sair e cê sabe que é bem vindo pra ficar, até aqui embaixo." Ele aponta mais ou menos na direção das macas. "To orgulhoso de você cara, a gente te apresenta pro resto do pessoal na reunião e aí tu tá livre, o mundo é tua casa." Ele fala como se os olhos escuros não estivessem varrendo uma estação meio construída de metro escura e sim o mundo todo fervendo de possibilidades. "Tu tem essa ideia de voltar, eu gosto disso. Se precisar fugir de novo, pode chegar. Todo ano a gente tem uma grande reunião da tribo e todo mês a galera local troca figurinha. Sempre tem um irmão novo." Ele diz com uma alegria que apaga rápido. "Sempre tem um irmão a menos. Quanto mais a gente vê a pessoa, menos chance de ver de novo. Londres vai ser a casa desse ano pra galera se reunir, ano passado foi Madri, então vocês vão ter que chamar muita atenção pra puxar a parada pra Dover. Aí eu vou poder conhecer a casa de vocês." Ele estende a mão para Connor. "E aí grande C, te chamo de que quando te apresentar pro pessoal da região?" Os olhos dele finalmente ficam parados em Connor.
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