Quando você primeiro fala do doce ela se enche de orgulho. Ela sempre gostou de ter o trabalho apreciado por mais simples que fosse. Mas assim que falou do chá ela agarrou a xícara e virou de uma vez só. "Não sei do que você tá falando." Ela tenta esconder a vergonha na voz já estava oscilando de tristeza. Ela limpa a boca com um paninho bordado a mão por ela mesma. "Meu filho não é pior nada. É perfeito." Junto com o elogio vem das nevoas do passado o olhar reprovador do pai. Nessa hora ele diria que ela está estragando você, mas ele consertou, não foi? Ela se ajeita na poltrona enquanto você chega e aproveita para passar o pano no rosto todo.
Suas palavras sobre seu sofrimento levam as mãos dela a se fechar em volta da fotografia. "Difícil? Eu nem sei mais quem eu sou." Ela ri e te empurra com a moldura. Uma brincadeira. Ela parece mais leve, mas pode ser só por fora. "Eu sinto saudades, fico achando que não pode ter acontecido. Não faz sentido sabe? Porque? Porque ele?" Ela coloca a fotografia de volta para segurar sua mão. Ela aperta primeiro com força e depois só para chamar a atenção. "Não sou uma velha inválida. Não, preciso realmente de dinheiro. Com esses dias sem nada pra fazer. Eu faço os doces, mas você vai me conseguir um carro para eu vender pela cidade. Sem reclamar. Tem que ser lindo. Você pode pegar qualquer coisa com quatro rodas que seja uma banheira e deixar perfeito pra mim. Agora menino, onde tá levando minha mercadoria?" Ela pergunta com a voz afiada e uma desconfiança fingida na voz.
Enquanto você se sente feliz por ela ter melhorado começa a se perguntar se algum dia vão poder conversar sem você voltar para aquela noite. Sem sentir o cheiro de sangue no ar, pesado feito com culpa.
Suas palavras sobre seu sofrimento levam as mãos dela a se fechar em volta da fotografia. "Difícil? Eu nem sei mais quem eu sou." Ela ri e te empurra com a moldura. Uma brincadeira. Ela parece mais leve, mas pode ser só por fora. "Eu sinto saudades, fico achando que não pode ter acontecido. Não faz sentido sabe? Porque? Porque ele?" Ela coloca a fotografia de volta para segurar sua mão. Ela aperta primeiro com força e depois só para chamar a atenção. "Não sou uma velha inválida. Não, preciso realmente de dinheiro. Com esses dias sem nada pra fazer. Eu faço os doces, mas você vai me conseguir um carro para eu vender pela cidade. Sem reclamar. Tem que ser lindo. Você pode pegar qualquer coisa com quatro rodas que seja uma banheira e deixar perfeito pra mim. Agora menino, onde tá levando minha mercadoria?" Ela pergunta com a voz afiada e uma desconfiança fingida na voz.
Enquanto você se sente feliz por ela ter melhorado começa a se perguntar se algum dia vão poder conversar sem você voltar para aquela noite. Sem sentir o cheiro de sangue no ar, pesado feito com culpa.