ON - Rumo a Mortigny

Enquanto os cinco aventureiros debatiam sobre o que fazer, ouviram uma voz furiosa ecoar pela casa às escuras da noite:

- SAIAM LOGO! TRAGAM O TESOURO! ELE É MEU!!!


A voz parecia com a de alguém velho, e vinha da entrada da velha mansão.

Krystofor surpreso com o grito de fora reage de maneira mais devagar que seu colega de armas, mas vai segui-lo e com seus botões pensa Que tesouro?

Ano do Senhor 755

"Mas, sejam fortes e não desanimem, pois o trabalho de vocês será recompensado".

Crônicas 2:15-7

- As coisas então tendem a se esclarecer...

O elfo se apressa em procurar uma janela. Ele testa se sua habilidade de vôo ainda está ativa e sai ao encontro de Smythe. Sua intenção era chegar antes que fosse tarde. Antes do bárbaro.

Bloody ainda voava e tentou de todos os modos avançar rápido, chegando antes de seus companheiros ao local de onde partia a voz do barqueiro Smithe.

A figura sombria do barqueiro estava postada, parado de pé em frente às escadarias que levavam ao alpendre da mansão.

Bem à frente dele, surgiram Andrei, Denna, Krystophor e Anurag, acorrendo ao chamado ouvido antes.

A figura alta e sombria continuava parada, apenas seus olhos brilhando sob o capuz, mesmo sem nenhuma luz para refletir neles.

Num ato reflexo, Anurag arremessou a tocha que carregava contra o barqueiro!

O projétil deixou um rastro fugaz de fogo enquanto cortava o ar, mas quando chocou-se contra a figura do barqueiro, o crepitar das chamas cessou imediatamente, como uma flama mergulhada na água.

O fogo apagou-se e a tocha caiu no chão, úmida e imprestável.

A voz do barqueiro ecoou novamente na escuridão da noite:

- TRAGAM O TESOURO PARA MIM E EU OS TIRAREI DESSA VILA MORTA! SE RECUSAREM, MORRERÃO AQUI!

Repentinamente, a figura do barqueiro se liquefez, derramando-se como uma bacia de água sobre o relevo irregular.

Ainda havia a mansão enevoada atrás deles, mas uma única luz sinistra brilhava no outro extremo da vila, onde costumava ser o cais... e onde tinham encontrado o barqueiro da última vez.


OFF: Vocês podem voltar a vasculhar a mansão, ou ir diretamente ao cais.

Ano do Senhor 755

"Mas, sejam fortes e não desanimem, pois o trabalho de vocês será recompensado".

Crônicas 2:15-7

- Pelo Senhor da Manhã! É óbvio que não é um barqueiro de verdade e sim um disfarce, proponho vasculharmos a casa e aprendermos mais do que acontece antes de entrarmos numa briga franca contra essa coisa. O clerigo retorna para a mansão e começa a vasculhar (i.e gavetas, atrás de quadros, etc...)

Os aventureiros voltaram para o interior da velha mansão.

Assim que reentraram na antiga habitação, a primeira coisa que eles percebiam era o fluxo de brumas na direção de qualquer porta ou janela.

Sem as névoas, a aparência externa da mansão sofreu uma mudança chocante.

Spoiler:

A mansão reluzente de aposentos luxuosos desaparecera! Agora tudo que viam era a ação corrompedora do tempo sobre um lugar há muitos anos vazio e abandonado.

Eles se dividiram para vasculhar todo o lugar, mas tudo que achavam estava velho, empoeirado, estragado ou imprestável.

Foi apenas no antigo gabinete que o mago elfo Bloody decidiu arrombar a caixa aos pés da escrivaninha para descobrir o que continha.

Assim que ele abriu a tampa, a luz azulada do interior iluminou os rostos deles, cegando-os momentaneamente até que seus olhos se acostumassem com a inesperada luminosidade.

Spoiler:

Era uma espécie de item mágico, um bastão, báculo ou... cetro?

Blöodgar'mindel já estava mais do que convencido que Smythe não era inocente. Ainda que não fosse quem houvera assassinado a moça, os ameaçara, Não sobraria remorso para nada. Vasculhava sua mente em busca de que habilidade de que criatura valeria ao barqueiro se liquefazer como fizera. Vila estranha. Era demônio incendiário meio elemental, agora um humano que pode ser um elemental... Curioso.

Era dispensável falar, mas o elfo bufava vira e mexe. Independente de o velho aparecer, não conseguiram determinar que ele era o assassino. Frustrante! Poderiam matar e desmatar o velho quantas vezes fosse necessário, mas perdera a oportunidade de encontrar o assassino dedutivamente. O melhor que ainda poderia acontecer era uma confissão, mas ainda seria insatisfatório. Entrara na mansão que antes estava bonita e agora estava feia. Assim também estava seu coração. Antes ávido por descobrir o culpado, agora enegrecido pela incapacidade de determinar o sujeito. Restara-lhe encontrar o tal tesouro. Assim quando encontrara uma caixa porta objeto deduzira o que havia dentro e a arrombara. Nem foi o trabalho mais difícil de sua vida visto o estado de desgaste da caixa. Depois que tirara, observava o padre para saber se era algo de seu conhecimento.

Denna escreveu:- Dá para identificar esse belo item?

-Sim. mas não agora. Se o padre não puder só poderei fazer isto quando estivermos fora daqui na segurança do barco.

Ano do Senhor 755

"Mas, sejam fortes e não desanimem, pois o trabalho de vocês será recompensado".

Crônicas 2:15-7

- Hmm não está dentro de minhas capacidades a identificação de propriedades mágicas. Mas acredito que seja o que aquilo lá fora quer... Só não estou muito confiante em entregar isso, pois sabe-se lá o que isso faz.

OBS: Um detectar magia diria ao menos o tipo de mágico que o item tem, mas já gastei o meu.

Enquanto Denna, Bloody e Krystophor debatiam como desvendar as propriedades do tesouro mágico recém-encontrado, Andrei fez uma pergunta importantíssima.

Andrei escreveu:- Até quando nós temos a carona do capitão, mesmo? - Ele falava alto com seus companheiros. - Entendi que o velho safado não pode entrar aqui mas nós também não podemos ficar, não é?

A lua estava quase a todo momento encoberta pelas nuvens brumosas, mas o sentido temporal deles indicava que já deveriam estar adentrando a madrugada. Para quem soubesse calcular cientificamente o tempo, faltaria pouco mais de 4 horas antes da aurora. 

E como o capitão dissera, o barco mercante partiria ao amanhecer, com ou sem eles.

Apenas cruzar a velha vila levaria pelo menos uma hora até conseguirem alcançar as ruínas do velho cais, pois o caminho acidentado cheio de armadilhas onde uma vez existira a praça teria de ser transposto com cautela; o caminho alternativo e seguro(?) que a finada Hellen fizera dava um desvio considerável, aumentando o tempo de viagem mesmo numa marcha forte.

Além de confrontarem o velho barqueiro que os esperava, eles ainda precisariam navegar o rio de volta ao barco do qual tinham saído.

A compreensão de decisões urgentes atingiu a todos duramente, como se os momentos de suas vidas passassem no tiquetaque de um mórbido relógio.

Ano do Senhor 755

"Mas, sejam fortes e não desanimem, pois o trabalho de vocês será recompensado".

Crônicas 2:15-7

- Bom temos o que aquilo quer, mas não estou inclinado a dar a ele o que significa que é muito certo que vai haver luta e confesso que a pobre inocente jovem que foi o motivo que nos trouxe aqui merece justiça. Alguém tem outro pensamento? Digo estrategicamente falando. Aquela criatura não foi atingida e se liquefez na nossa frente.

OFF: Tem algum teste que possamos fazer para identificar a criatura? ou se foi uma magia?

A manhã se aproximava e sua carona se afastava. Era a senha que tinham para ir embora. Curioso como frustrava o lugar. Quase como o sabor de voltar para casa. Em seus sonhos românticos uma aventura seria mais satisfatória, mas a realidade se lhe apresentava como um tapa na cara numa noite escura e fria. E ainda tinha um bárbaro reclamão com alma de anão. Não era para menos. Foram levados para lá e apenas infortúnios lhes acontecera. Era uma surpresa que ainda fossem capazes de sorrir sorrisos amarelos.

Blöodgar'mindel olha pela janela e concorda com o Bárbaro. Tinham que ir. Com sorte enfrentariam o velho logo e tudo acabaria. Mas não estava feliz. Lembrava que seu ímpeto era, lá no barco, de deixar a moça seguir seu rumo, mas insistiram em trazê-la para dentro do barco... Seu romantismo morrera quando lembrara da missão. Tinham uma e não era esta. Um detalhe se insinuou em sua mente e uma possibilidade ruim aparecia em diferentes planos de hipóteses. Não eram bonitas de se ver.

- Vamos?