DICAS DE MESTRE

Ola! Mais outro topico de auxilio para os mestres. Este contem dicas variadas, que podem ser sobre sistemas, cenarios, plots de filmes (sem spoiler), tabelas e qualquer outra coisa que possa dar aquela fagulha de criatividade nas nossas mentes. Fiquem a vontade para postar e comentar!

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Vou começar com um livro de D&D 3.5 que estava lendo, o Tome of Magic. Ele contem 3 novas classes, explorando tipos diferentes de magia. O que chamou a atenção foi a magia de Pacto. O praticante entra em contato com uma entidade sobrenatural, e ela ao habitar seu corpo por um periodo de tempo, fornece poderes relativos as suas habilidades sobrenaturais. Estas entidades são chamadas de vestigios, seres tão fortes quando estavam em vida, que ao morrerem eles não vão para o ceu ou o inferno, ficam vagando no espaço entre as dimensões (tipo um espirito bem ferradao).

O que achei interessante é que seu personagem acaba ficando bem versatil, pois ele pode escolher mais de um vestigio para tomar seus poderes emprestados. Alem disso, é possivel adaptar esta classe para modelar qualquer tipo de pacto, que podem ser com anjos, demonios, ou quaisquer outros seres. Tem uma campanha minha em que um personagem tem afinidade com outros NPCs, e minha ideia é que ele ganhe algum poder relacionado aquele NPC. Por exemplo, se a NPC tem poderes de clerigo, ela poderia fornecer a ele algumas magias de clerigo, ou a habilidade de afastar mortos-vivos.

Somente prestar cuidado para não ficar muito broken esta habilidade...

Dando uma garimpada, achei os seguintes topicos com boas ideias para mestres:

BANCO DE DESCRICOES

Auto-promoção kkk. Descriçoes de lugares, personagens e afins.

RPG INTERPRETATIVO

Opinioes sobre RPG sem sistema.

TUTORIAL PARA CRIAR CIDADES

https://www.novaerarpg.com/t5041-mutantes-malfeitores-se-voce-nao-e-overpower-ta-jogando-errado

Dicas para montar personagens de M&M 3ed. Protagonista tinha algumas opinoes fortes sobre o que é certo e errado...

https://www.novaerarpg.com/t5158-guia-basico-mutantes-malfeitores

Guia M&M 3 ed

https://www.novaerarpg.com/t5133-rpgs-de-gerenciamento-cidades-recursos-etc

https://www.novaerarpg.com/t2408-rascunho-do-spectro

Sistema proprio para Streetfighter e algumas descricoes de locais interessantes.

https://www.novaerarpg.com/t3956-debate-quanto-tempo-deve-durar-um-jogo-de-rpg-no-forum

https://www.novaerarpg.com/t4400-lobisomens-da-vida-real

A maior dica de todas é (Narre, mestre, conduza etc...) se abriu alguma proposta de jogo...

Ola a todos! Vou dar um raise dead neste tópico, pois acho legal a gente compartilhar nossas ideias, pois sempre podemos aprender um pouco mais na nossa arte de mestrar. E se voce não é mestre, talvez possa se animar o suficiente para ingressar nesse oficio tao complicado, e ao mesmo tempo prazeiroso.

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TOPICO 1 - PBF é bem diferente de RPG de mesa

Existe muito mestre de mesa experiente de muitos anos por ai, daqueles que começaram na Era Jurassica do rpg, na época em que se vendia D&D na banca de jornal e tinha os livros gigantes do GURPS (destacam-se bastante na estante do armário).

Pois bem, estes mestres, devido a limitação de tempo causada por família e emprego, encontraram no PBF uma oportunidade de exercer o seu hobby, já que poderiam mestrar a distancia, no seu próprio ritmo. Porem, a adaptação nem sempre é fácil, e muitos acabam desistindo, desanimando com a inconsistência de seus jogos.

Não tem jeito, PBF é bem diferente de RPG de mesa.

Para se dar bem em um PBF, um mestre das antigas tem que estar consciente de que existem um numero de características nos PBF que ele precisa levar em conta ao conduzir sua aventura.

A) Mestrar combate não rola

Numa mesa, é possível se jogar em uma sessão vários combates. Em um PBF, um único combate pode durar meses. Em um PBF a troca de mensagens pode levar muito tempo, e um combate que se arrasta pode matar a sua campanha.

Escolha bem os combates em seu PBF, e resolva aqueles de menor importância com uma ou nenhuma rolagem.

B) Descritivo é muito importante

Como a troca de mensagens entre jogadores pode demorar, é importante que o mestre seja mais literário, ou seja, que se dedique mais na descrição da cena e no dialogo com os personagens. É importante aproveitar este aspecto do PBF, principalmente para dar vida ao seu cenário e personagens não-jogadores. Evite posts de 3 linhas.

C) Seu PBF é como um seriado

No RPG de mesa esta todo mundo reunido na casa de alguém, e a principio esta todo mundo a disposição. O seu jogo pode começar devagar para acelerar depois, porque ninguém vai embora. No PBF, se seu jogo demora a acelerar, os jogadores simplesmente desaparecem. Voce precisa sempre manter a atenção do jogador, e suas cenas sempre tem que conter oportunidades de interação. E não esqueça de abusar dos Cliffhangers, aquela cena final do episodio que faz com que o espectador espere pelo próximo capitulo ansioso.

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Fiquem a vontade para comentar!

Algo que acho importante para um mestre é maleabilidade, eu acho que um mestre deve ouvir seus jogadores e tentar ajuda-lo numa ideia que ele tenha mesmo que seja mirabolante, contanto que essa ideia não tome proporções desbalanceadas. Eu como jogador curto coisas incomuns e fora dos padrões do D&D como jogar com raças monstruosas tipo kobolds, goblins, pixies, diabretes, fantasmas, sombras dentre outras loucuras como um Minotauro-Paladino que monta numa hidra (epic level).

E como mestre eu também costumo ajustar as ideias advindas dos jogadores de modo que ela torne o personagem dele divertido o suficiente evitando impor muitos limites, a não ser que por algum motivo acabe quebrando o equilíbrio do jogo. Geralmente os mundos que crio como mestre são high fantasy onde você vai ver numa cidade desde minotauros até humanos, passando por centauros, homens-lagartos, orcs, orgos passeando com sua cestinha de feira vindos do mercado.

Claro que quando você mestre uma mesa num mundo predeterminado há uma certa limitação da liberdade, mas costumo cobrar do jogador um BG que justifique por exemplo o Duegar andando tranquilamente no centro de Baldurs Gate, caso a mesa se passe em Faerum.

No PBF, as coisas são diferentes porque os jogos são muuuito mais longos e duradouros e entendo que o ideal é limitar uma arco que dure de 3 a 4 meses para agilizara evolução dos personagens e da história garantindo por mais tempo a adesão de jogadores, afinal, sabemos que muitas mesas de PBF param no meio porque não há uma evolução nos jogadores que acabam desanimando e isso também desanima os mestres.

Uma dica interessante é utilizar programas como o Discord para complemento de uma mesa do PBF no caso de um combate que pode durar tempo de mais porém são importantes, mas claro tem que levar em consideração também o fato do excesso de conversa e pouca ação. Isso também fica frustrante as vezes porque o jogador fez uma ficha e mal tem o prazer de usar ela ou testa-la o suficiente. É um equilíbrio delicado trabalhar o desenvolvimento do personagem em excesso e esquecer as ações. Essa situação torna o jogo quase que apenas interpretativo que é um estilo que pouco me agrada. O contrario também procede. O excesso de combate torna o RPG mecânico de mais e acaba ficando chato pois não há evolução narrativa e desenvolvimento do personagem e da aventura.

Por fim entendo que num PBF tem que se buscar um tempo de jogo suficiente para não desestimular os jogadores e o mestre de modo que tanto para o mestre como para os jogadores a mesa não se torne lenta e arrastada. O que entendo que é o que os mestre de PBF tem maior dificuldade em controlar e por este motivo existe muito abandono de mesa e fechamento de mesa antes de sua conclusão. Os mestres tem que buscar adaptar a narrativa para um jogo mais rápido do ponto de vista de evolução de história para quando trazido ao PBF ele dure um tempo aceitável para esse estilo relativamente novo.

Já do ponto de vista do jogo em si, a busca por equilíbrio entre diálogo e ação e pela característica descritiva do PBF é importante que tanto os diálogos como as ações sejam mais trabalhadas e detalhadas já que estamos desenvolvendo textos não só para o grupo da mesa ler, como também para outras pessoas de fora lerem e todo o sentimento tem que ser passado da melhor forma possível.

Creio eu que em PBF deve ser evitado usar algum sistema mais complexo, deve ser usado um sistema bem simples e pratico tanto para lutas quanto qualquer tipo de ação. Acho eu que este é o  "x" da questão.

    Em resumo na minha humilde opinião é o sistema. Pessoal que usar um sistema que não favorece o PBF. Tipo quer jogar Vampiro, D&D e outro qualquer que entra em conflito direto com a forma de jogar de um PBFs, exemplo mais simples são as lutas que são muito cansativas. Pq não procuram um grupo no Discord e você vai encontrar os mais variados tipo de sistemas e jogos para jogar simulando muito bem o grupo que se reúne ao redor de uma mesa para rolar dados, aqueles programas que simulam o rpg de mesa são os melhores.

     Quanto a um PBF por fórum eu acho melhor usar um sistema com regras bem simples, por mais que seja chato ou o sistema simples não abrange todas as suas exigências ele vai fluir com qualquer PBf, tanto para combates quanto para narrativa, evita a demora com muitos testes em lutas, ou muitos testes em ações variadas.

    Tipo segue aqueles modelos de livros-jogos, que tem uma mecânica simples de regras, e falo mecânica de regras não falo em tirar a liberdade de escolhas em suas ações no jogo para quem estiver jogando. Este ultimo eu sempre defendo em que o mestre/narrador/guardião etc, sempre de um pouco de liberdade de escolha aos jogadores, mas só um pouco.

    De um caminho a ser seguido, mas evite a linha reta para alcança-lo deixe os jogadores pegarem as curvas e desvios por vontade própria antes de chegar ao ponto desejado ou final, é isso que eu acho divertido.

    A demora vai da falta de compromisso ou vontade de jogar mesmo junto ao sistema truncado que usam, eu mesma quando tentei narrar algo perdi a vontade devido ao tanto de dados e testes que tinha que rolar para ataques, danos, iniciativas de 5 ou mais inimigos fora que tinha que cuidar os personagens, testes de magias  é muita coisa que não bate na forma de um jogo descritivo isso sim é demorado demais, junta isso com a demora de postagem dos jogadores o resultado no final é tu conseguiu se dar um tiro no pé e teu jogo terminou graças a demora que motivou a falta de interesse de muitos dos jogadores a tua mesa, e por ai vai...


Bom no teu caso tu me baniu do teus jogos mesmo, mas isso não vem ao caso do que estamos comentando aqui. Fora isso eu acho que a falha critica dos PBfs são o sistema usado, por mais que você seja um devoto fervoroso de algum sistema tem que admitir que na hora dos testes e lutas é deveras cansativo.

Boas dicas, @hellkite!

Também gostei das sugestões do @Sandinus, nunca tentei rolar os combates no Discord, mas vou estudar essa ideia! Acho que é uma boa abordagem para evitar o que a Moon falou, apesar de eu achar que, com ajustes, dá pra usar qualquer sistema em pbf.

Eu não sou tão jurássico de mesa (estou mais pra cretáceo), mas já mestrei vários pbfs também, então concordo bastante com as suas dicas!

Eu acrescentaria ainda a questão da regularidade. É importante que os jogadores saibam que o mestre está comprometido com a continuidade do jogo, mesmo diante de contratempos. Às vezes uma justificativa para  eventuais atrasos já é o suficiente para manter os jogadores no pique.

E claro, assim como nos jogos de mesa, manter um bom ambiente entre todos para garantir a diversão!

Muito bom, galera!

Sandinus escreveu:No PBF, as coisas são diferentes porque os jogos são muuuito mais longos e duradouros e entendo que o ideal é limitar uma arco que dure de 3 a 4 meses para agilizara evolução dos personagens e da história garantindo por mais tempo a adesão de jogadores, afinal, sabemos que muitas mesas de PBF param no meio porque não há uma evolução nos jogadores que acabam desanimando e isso também desanima os mestres.

Tambem estou adotando essa ideia de arcos, porque chega uma hora que a historia precisa de um fechamento, e quando se alonga muito, pode desanimar. Ao se usar arcos, voce pode estabelecer uma passagem de tempo rapida, de 1 ou mais anos, onde os personagens viveram e evoluiram.

Moon escreveu:Creio eu que em PBF deve ser evitado usar algum sistema mais complexo, deve ser usado um sistema bem simples e pratico tanto para lutas quanto qualquer tipo de ação. Acho eu que este é o "x" da questão.

Ou se usa um sistema originalmente simples, ou uma versao simplificada do mesmo. Nos meus jogos uso bem pouca coisa de sistema, servindo mais para inspiracao de personagens e cenario. Por exemplo, se voce usa D&D, sabe que existem determinadas classes, a magia é do tipo que faz e esquece, etc. Muita coisa não sera usada, principalmente regras de agarrar...

Alexyus escreveu:Eu acrescentaria ainda a questão da regularidade. É importante que os jogadores saibam que o mestre está comprometido com a continuidade do jogo, mesmo diante de contratempos. Às vezes uma justificativa para eventuais atrasos já é o suficiente para manter os jogadores no pique.

Sim, regularidade é importante. Muito frustrante voce montar um PC complexo, e durante o jogo existe uma pausa de mes ou meses, sem uma explicacao. Vida real ataca a gente, e faço aqui um mea culpa por um atraso de postagens de 1 mes, malz ae galera!