Reino de Ahlen. [Cidade de Shanower]
Ao entrar na taverna, Elpis percebe que um sussurro percorre os presentes, pois os nativos do local a reconhecem. O que te deixa um tanto surpreendida é que diante daquele pavor que pareciam sentir nenhum deles venha até você pedir alguma coisa. Fidem anda até o balcão e pede ao velho estalajadeiro que consiga um quarto e um banho quente para sua deusa, mas ele ignora o que ela disse e corre para a grande porta de carvalho, pondo seis trincos grandes de ferro em posição. Só depois ele volta-se para você e diz, calmamente: —O quarto custará cinco peças de cobre e mais uma pelo banho, adiantado, por favor.
Ela abre uma pequena bolsa de couro presa a seu cinto e põe as moedas no balcão. Ele entrega à gnoma uma chave de ferro, mas, justamente nesse momento, ouve-se alguém batendo com força na porta, e em seguida uma voz que grita: "Abram! Abram! É Owen Carralif." O velho estalajadeiro desloca-se até a porta de carvalho mais uma vez e empurra os trincos. Então, um homem gordo e meio calvo, vestido em trajes ricos de cor escarlate, irrompe pela taverna, olhando à sua volta freneticamente.
Ele a vê e anda rapidamente na sua direção, resmungando e bufando. Certamente não é um homem acostumado à pressa - você repara nas grandes gotas de suor em sua testa, sob a luz pálida das velas do salão. Ao se aproximar de você, ele fala com urgência: "Estrangeiro, preciso falar com você. Por favor, sente-se. É importante que eu fale com você."
Quando ele se volta para o estalajadeiro para estalar os dedos, pedindo comida e bebida, vocês podem ver que obviamente ele é um homem de alguma posição na cidade, mas seu rosto está cheio de angústia e sofrimento. Você, muito curiosa, resolve ouvir o que homem tem a dizer. Afinal queria saber o que estava acontecendo e parece que todos estão aterrorizados demais para comentar alguma coisa. Ele puxa uma cadeira para você em uma mesa, pedindo que sente, enquanto o estalajadeiro traz solicitamente
uma bandeja, contendo uma sopa quente, ganso assado e hidromel. O homem vestido de escarlate senta-se à sua frente em silêncio, observando enquanto sua sumo-sacerdotisa come com gosto, como se as estivesse examinando com algum propósito seu.
Finalmente, quando você e sua devota afastam seus prato, o homem se inclina ligeiramente e diz, em voz baixa, mas ansiosamente: "Estrangeiras, eu sei tudo a seu respeito e estou querendo a sua ajuda... Bom, quase tudo, se os boatos são verdadeiros de que tem um poder divino que traz esperança, então talvez seja nossa única. Meu nome é Owen Carralif, e sou o prefeito de Shanower. Estamos em grandes dificuldades e perigos. Vivemos sob uma maldição, e sou eu quem tem que nos livrar dela. Há dez dias atrás fomos Há dez dias atrás, dois mensageiros do mal entraram na cidade, montando enormes garanhões negros. Eram dois qarren muito jovens, usavam longas capas negras com capuzes puxados sobre seus rostos. Suas vozes eram frias, e cada palavra dita terminava com um silêncio aterrorizante.
Eles perguntaram por mim pelo nome e, quando vim para cumprimentá-los, disseram que eu deveria fazer com que minha cidade cedesse uma base para que eles pudessem vender escravos para o império de Tapista. É claro que eu recusei, e eles, sem dizer mais uma palavra, fizeram meia volta e saíram da cidade lentamente, com as cabeças baixas e os ombros encolhidos.
O que aconteceu em seguida foi terrível... Fomos atacados por uma imensa criatura, um perigoso Dragão Negro. Ele nos atacou como um Príncipe da Noite e em seu voo uma só garra era mais forte do que quatro homens, com caninos afiados como navalhas. Ele rondou a cidade, entrando em casas pelas janelas abertas e matando as pobres pessoas que estavam dentro.
De manhã, nós contamos vinte e três mortos e seis jovens mulheres haviam desaparecido. Por isso, nós colocamos grades nas janelas e trincos nas portas, mas, ainda assim, o dragão retorna a cada dez noites, e não conseguimos dormir de medo que ele decida de novo entrar nas nossas casas.
Descobrimos com alguns hábeis batedores que o Dragão voa de volta para a cidade mais afastada das montanhas, a cidade portuária de Gorsengred.
Algumas pessoas agora estão falando em eu permitir uma base de escravagistas aqui. Esses traidores lamurientos, eu devia mandar açoitá-los! Mas o que isso adiantaria? Só existe uma esperança, e ela reside em você, estrangeira. Há um homem chamado Galleban que, por razões que jamais compreenderei, mora em Gorsengred que talvez possa ajudar.
O lugar é o lar de todo pirata, bandido, assassino, ladrão e causador de males num raio de centenas de milhas. Acho que ele mora lá justamente para se livrar de gente como nós. Ele é um velho e sábio mago e provavelmente não sofre grande perigo, mesmo por lá, pois seus poderes mágicos são muito grandes.
Somente ele seria capaz de derrotar um dragão. Antigamente ele era meu amigo, isso há muitos anos. Bem, sei que você diz ser uma deusa, mas a ajuda de alguém com tamanhos poderes nunca é demais, especialmente porque sei que ele é um especialista na luta contra esse tipo de criaturas. Precisamos dele, e eu imploro a você que o traga até nós - ninguém aqui ousa entrar em Gorsengred.
Vocês serão recompensadas regiamente se nos ajudarem, estrangeira. Com seu poder divino e a mágica arcana sei bem em minhas lembranças de juventude o que significaria para derrotar o monstro."
Ansioso, o prefeito aguarda a resposta se aceitariam. Assim como é possível ouvir um bater de asas pesado pelo céu lá fora. A barda sabia que todo reino de Ahlen era conhecido por ser o lar de todo tipo de pessoas voltadas para intrigas, se havia uma cidade ainda mais assustadora para os moradores da região em tal nível isso fazia a pequena gnoma se preocupar ainda mais. Mas tal sentimento passava ao olhar para sua deusa, que lhe dava esperança.