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Makya Chase - Irraka - Lobo Fantasma

Ankou
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Mensagem por Ankou Ter Jul 20, 2021 6:52 pm

Tópico para postagem da ficha de personagem.
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Mensagem por Wordspinner Qui Jul 22, 2021 3:04 pm





Makya Chase

Jogador:Wordspinner
Augúrio:Irraka
Tribo:Lobo Fantasma
Sangue: Berserk

Osso: Guru

Conceito:
Casa:

ATRIBUTOS

Mentais
- Inteligência: 2
- Raciocínio: 3
- Perseverança:1

Físicos
- Força: 2
- Destreza: 3
- Vigor: 3
Valores Adicionais Por Forma:

Sociais
- Presença: 3
- Manipulação: 1
- Autocontrole: 3

HABILIDADES

Mental (-3 Inepto)
Ciências:
Erudição: 1
Informática:
Investigação: 1 + 1 = 2
Medicina: 2
Ocultismo: 2
Ofícios: 1
Política:  

Físico (-1 Inepto)
Armamento:
Armas de Fogo: 2 1 = 3
Briga: 2
Condução:
Dissimulação: 3
Esportes: 2
Furto: 1
Sobrevivência: 1

Social (-1 Inepto)
Astúcia: 2
Empatia: 1
Expressão:
Intimidação:
Manha:
Persuasão:
Socialização: 1
Trato com Animais: 1

MÉRITOS
Covert ops 1
Trained observer1
Patient 1
Recursos 1 +1 = 2
Livraria oculta espíritos 1
Multilinguagem (washoe e espanhol)1
Tactical shifting 1 +1 = 2
Small unit tatics 2
Cohesive unit 1
Lugar seguro 0 +1 = 1
Totem 1+4=5
Flanking 2


DONS DA LUA

Eviscerate

DONS DA SOMBRA

Evasão: Hit and run
Furtividade: Shadow pelt, Running Silent

DONS DO LOBO
Honed Senses, Pack awareness, Reflected facets

RITUAIS
Banish
Mesenger

HARMONIA: 7
FORÇA DE VONTADE: 4
INSTINTO PRIMITIVO: 1
TAMANHO:5
VITALIDADE:8
VELOCIDADE:10
ESSÊNCIA:

Âncora Física:O time da Blackbird
Âncora Espiritual: O selvagem

RENOME
- Pureza:1
- Glória:
- Honra:
- Sabedoria:1
- Sagacidade:1 1 = 2

Gatilhos de Kuruth



ASPIRAÇÕES

Resgatar minha glock do penhor

Ser parte de uma alcatéia

Impressionar um rahulunin


Aspectos do Caçador:

Equipamento e Bens Carregados:

GASTOS DE EXPERIÊNCIA
2 Totem; 3 renome (saberodria); 1 Wolf gift pack (Pack awareness), 1 Investigação (desconto)


Experiência total: 7 /  1

PONTOS DE RUPTURA EXCLUSIVOS

Em direção ao espírito

"Passar três dias isolado da civilização comendo só caça."

Em direção a carne
"Não comer da presa abatida."


RESUMO RENOMES

PUREZA

GLÓRIA

HONRA

SABEDORIA: Eu e meus companheiros entendemos o lugar do lobo e seu legado, criamos e somos uma alcateia para servir ao nosso dever hereditário.

SAGACIDADE: Eu tracei o plano do ataque, eu escolhi o caminho que seguimos para atacar o Anshega e vencemos. Vencemos e tivermos nossa vitória transformada em cinzas amargas.





BACKGROUND:


Makya Chase

O lobo talvez já estivesse aqui desde o primeiro dia, mas pode ter nascido em algum momento depois de mim. Fomos apresentados um ao outro de uma forma que me pareceu inesperada.

Não é a hora de falar do garoto mestiço andando entre uma cultura e outra. Não é hora de falar dos meus poucos amigos. Não é hora de falar do deserto. Não é hora de falar das histórias da minha mãe ou meu pai. Não, é hora de falar do lobo e seu anúncio longo e claro e como eu não o vi.

Parecia loucura. Uma febre doentia do corpo e da alma. Eu sonhava com os olhos abertos. Eu perdia pequenos momentos do meu dia e às vezes eu ouvia vozes. Acordava suando em lugares que não devia estar e não sabia como tinha chegado. Sentia o coyote roendo minha sanidade como se fosse um osso. Minha mente organizada em frangalhos. Minha paciência transformada em irritação.

Talvez você ache óbvios os sinais. As mensagens na areia e no vento perturbadoras e um instante depois esquecidas. Quando eu dormia era pior. Eles falavam comigo com formas que eu conhecia. Minha mãe desaparecida dançava comigo sob um céu revolto e escuro uma música sem som. Eu esgueirava nas sombras de um dia brilhante e com minhas próprias mãos assassinava o pai que tinha sido tudo para mim e minha irmã. A traição impossível de engolir só não era pior que o perdão oferecido pela mãe ausente. Como se ela tivesse algo a perdoar.

Meu time não podia contar comigo. Eu escondia deles a minha doença e procurava todo tipo de cura. Rezas. Drogas. Rituais. O desespero
até me levou a um psiquiatra. Meu dinheiro corria em uma sangria sem direção. Minhas economias e minhas coisas penhoradas tentando me comprar de volta. Mas eu piorava a cada dia. As ilusões eram tão reais que as sentia na pele.

O medo me perseguia durante o dia e a noite eu precisava sair. Toda noite eu precisava sair. Ver o céu de verdade e saber que a doença só estava em mim e não no mundo. Eu não sabia que era o lobo me preparando. Me guiando. Caçando comigo a presa que ele tinha escolhido para nós. O banquete profano em nossa homenagem.

Eles não podiam saber, mas a armadilha era deles e para eles. Uma parte do meu time me achou no deserto, fizeram um ótimo trabalho de me achar. Meu segundo gostava de se chamar de tenente e ele veio falar comigo todo cheio de preocupação na voz. Eu quase esqueci a arma na mão dele. Quase esqueci dos outros três lentamente se aproximando comigo na mira. A verdade é que eu tava pronto para dar qualquer coisa. Eu sabia que estava quebrado. Mas tenente não deixava nada ao acaso e não tolerava pontas soltas. Eu tive esperança porque as pessoas são otimistas assim e porque eu não tinha qualquer chance de vencer.

A bala nas costas espalhou fogo pelo meu corpo. Tenente nem olhou, Michael Lewis, Mike gordo. Ele andava calmamente enquanto eles me executavam no chão.  Os dois disparos seguintes me apagaram e eu acordei no banco do passageiro. Eu era o cavalo do lobo na caçada. Ele não ligava para as balas. A dor era só informação. No deserto ele pegou cada um deles sem pressa. Sem me devolver o controle. Eu observava de dentro. A noite clara e sem lua.

Exceto Mike. Mike ele dividiu comigo. Ou talvez a brutalidade visceral que ele ia visitar no meu amigo de infância também era meu desejo. De um jeito ou de outro o Tenente não nos viu. Não ouviu. Estava insistindo no rádio sem receber qualquer resposta.

O que mais me surpreendeu é como foi fácil. Não, como foi delicioso.


_

Minha vez de novo? É sobre os caras, não é? Eles trabalhavam comigo antes. Antes do lobo. Antes de tudo isso. Mais que isso, né? Dá pra ver. Eu sei que dá. O que a gente dividiu é tipo isso aqui. Era um time onde cada um sabia o que tinha que fazer e a gente ouvia um ao outro. Só que a gente não tava vendendo camisa na feira e nem levantando casa. Era outra coisa.

Uma parte da galera veio da reserva e tinha menos chance no mundo dos brancos. Tipo eu. Não, eu tinha meu pai pra ajudar e minha irmã é prova viva de que foi uma escolha e não falta dela. Bom, a cultura da gente, dos nativos, tem cooperação e força. Eu sei que eu sou branco também e daí vem a pólvora. Daí vem o Mike, de fora da reserva nascido e criado dentro da Blackbird. Nossa porta de entrada pra Glória. Nosso caminho para sairmos de estar abaixo da mediocridade e subirmos a escada social até sermos alguém.  

Porque eles tão atrás de mim? Alguns deles eu conheço desde de sempre e outros desde que comecei a vender… acho que vendia morte. É tão comum aqui, no deserto, com a morte sempre no nosso ombro. Talvez vendesse força e ação.  Talvez um pedaço da minha alma de cada vez. Sorte que não tenho mais isso, né? Não é?

Como eu disse antes o tenente não tá mais no jogo e eles tão perdidos. Só isso. Eles querem voltar a ser o que eram antes. Porra eles são meus amigos, mas não dá. Não sou mais assim. Makya Chase foi devorado e cuspido pelo lobo. Não é a mesma coisa. Eles acham que me conhecem melhor do que ninguém, levamos bala juntos e sangramos um no outro. Só que eu não sou o mesmo. Tenho que conhecer eles outra vez e fazer um caminho diferente.

J.J, Fagulha, Dwayne… eu lembro deles e dos outros também.  Claro que lembro. Nravi que tem o sotaque mais atroz que eu já ouvi e Moah com a avuelita que faz bolo de abacate. Eles são iguais. O mundo que mudou. Eu também. O Makya que o lobo devorou morreu naquela noite com uma bala nas costas e duas na nuca. Eu aqui, agora, tagarelando, sou outra coisa. Outro Makya que troca mais sangue por ouro. Morte por dólar.

Eu não sou o que eles procuram. Não mais.

--

Certo vamo lá. Família, né? Minha irmã é isso, do jeito certo, sabe? Não feito a mãe uratha que largou a gente pra se encontrar de novo ou sei lá. Não que nem o pai que não tira a cabeça do próprio rabo. Até tira, mas só pra pesquisar mais sobre nativos americanos. Um monte de história é mais importante que os dois filhos.

As vezes ele responde quando ela liga. Eu já desisti desse cara. Meu pai era gente boa, mais washoe que qualquer um. Me ensinou muito. Cuidou de mim e da maninha. Me ensinou sobre o ano de caça. O ano de colher. O ano de pescar. Até sobre o tempo da fome. Ele foi um bom pai que se foi ainda vivo.

A mãe era outra coisa. Viva e vibrante como a vô quando tava viva. Elas sabiam muitas histórias de um monte de povos, diziam que meu avó era um antropólogo e estudava os povos da América Central. Elas foram leveza e alegria. Mistérios também. Pelo menos um deles eu já resolvi, elas eram do povo ou quase. As letras rabiscadas que só fazem sentido depois que conheci o lobo dizem isso claramente. Talvez a serpente de fogo seja um espírito como os deuses sangrentos que elas evitam comentar.

Eu gostava das histórias. Agora elas me assustam um pouco. Mas Awena ainda gosta delas e eu escrevo as que eu lembro e reescrevo as que deixaram para mim procurando a verdade e as guardando para ela. Awena Chase, minha irmãzinha. Ela treina animais. Ensina truques e essas coisas. Disciplina as ferinhas. Aposto que não é difícil imaginar que somos tão diferentes. Ela é alegre, explosiva e barulhenta. Eu consigo passar dias sem dizer uma palavra. As vezes tenho medo de me perder no lobo e esquecer de ser gente.

Bom ter ela pra me lembrar de ser eu.







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Data/hora atual: Qui Mar 28, 2024 12:02 pm