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    O Jogo dos Tronos - Rowan

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    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Empty Re: O Jogo dos Tronos - Rowan

    Mensagem por Alexyus Sex 6 Set 2024 - 21:54

    A lua já começava a surgir no céu, iluminando a estrada que conduzia à imponente fortaleza de Fosso Gelado. A comitiva da Casa Rowan, visivelmente cansada após o longo dia de viagem, finalmente avistava as luzes do castelo, piscando à distância como faróis de um refúgio acolhedor. O ar fresco da noite trazia consigo o cheiro de terra úmida e o som abafado dos cascos dos cavalos no caminho de cascalho.

    Briana observava atentamente cada detalhe à medida que se aproximavam da fortaleza. O peso da responsabilidade e das tragédias recentes ainda pesava sobre seus ombros, mas ali, ao ver as torres robustas e as muralhas bem iluminadas de Fosso Gelado, sentiu um misto de alívio e apreensão. Sabia que esta parada era apenas um descanso antes do verdadeiro teste em Pouso Veloz, onde enfrentariam as respostas que tanto temiam.

    Assim que a carruagem dourada desacelerou e a comitiva se aproximou dos portões, eles foram recebidos por sentinelas da Casa Webber, que rapidamente abriram os portões, desceram a ponte levadiça e permitiram a entrada dos viajantes. Fosso Gelado, com suas altas torres de pedra, grossas muralhas e largo e profundo fosso, destacava-se em contraste com a paisagem escura ao redor. Havia um ar de mistério que sempre cercava o castelo, mas também uma sensação de segurança, algo que Briana apreciava profundamente naquele momento.

    Lorde Mathis foi o primeiro a descer da carruagem, ajudando Lady Bethany logo em seguida. Briana, ainda absorvendo o ambiente, desceu logo após, sendo recebida pela luz suave das tochas que delineavam o pátio interno do castelo de seu vassalo mais poderoso.

    Eles foram recebidos por Lorde Allastar Webber, sua esposa Lady Rohanne e seu filho, Duncan.

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Allast10O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Rohann10O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Duncan10

    O semblante de Allastar era grave, refletindo a seriedade da ocasião, mas ele abriu um sorriso contido ao ver seus ilustres convidados. Lady Rohanne mantinha a compostura elegante, embora seus olhos revelassem preocupação. Duncan, por sua vez, carregava uma expressão cordial, mas não conseguia disfarçar a ansiedade ao ver sua irmã Moira entre os recém-chegados.

    Moira desceu da carruagem logo após Briana, e antes que pudesse se aproximar de seus pais, foi envolvida por um caloroso abraço de Lady Rohanne, que a envolveu com braços firmes e carinhosos. Duncan, sorrindo aliviado, esperou sua vez para cumprimentar a irmã.
    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Rohann10
    - Finalmente, minha querida. Sentimos tanto a sua falta - disse Lady Rohanne, a voz com um tom de ternura que só uma mãe pode ter.

    Moira sorriu, o cansaço da viagem parecendo evaporar sob o toque de sua mãe e o olhar reconfortante de seu pai. 
    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Tumblr11
    - Senti falta de casa - ela murmurou, ainda nos braços da mãe. 

    Duncan a abraçou logo em seguida, apertando-a com a força de um irmão que não via a irmã há muito tempo.

    Lorde Allastar deu um passo à frente para cumprimentar Lorde Mathis com um aperto de mão firme. 
    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Allast10
    - Lorde Rowan, é uma honra receber a sua família em Fosso Gelado. Sabemos que a jornada foi longa, e a situação que os trouxe aqui, ainda mais difícil.

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 A2f99810
    - Somos gratos por sua hospitalidade, Allastar. Fosso Gelado sempre foi um refúgio para a nossa casa - respondeu Mathis, seu tom respeitoso, mas carregado de uma tristeza contida.

    Depois de cumprimentar Lady Bethany e Briana, Lorde Allastar conduziu a comitiva para dentro do castelo. Assim que todos estavam acomodados no grande salão, com bebidas quentes e mantas para se aquecerem, a atmosfera de recepção deu lugar a um ar mais sério.

    Duncan, que havia ficado ao lado da irmã o tempo todo, finalmente tomou coragem para perguntar: 
    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Duncan10
    - O que aconteceu em Pouso Veloz... É verdade o que ouvimos? Um bebê foi assassinado?

    O silêncio tomou conta da sala por um momento. Todos pareciam prender a respiração.

    Lorde Mathis, com um olhar pesado, respondeu com gravidade. 
    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 A2f99810
    - Sim, Sor Duncan. Um dos bebês da família Osgrey foi encontrado morto em circunstâncias suspeitas. Estamos a caminho para descobrir o que aconteceu e garantir que justiça seja feita.

    Lady Rohanne cobriu a boca com a mão, claramente horrorizada. 
    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Rohann10
    - Mas quem... Quem seria capaz de tamanha crueldade?

    Moira, que estivera quieta até então, pegou a mão da mãe, buscando conforto. 
    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Tumblr11
    - É difícil imaginar. Mas meu coração pesa ao pensar em Anya e em como ela está lidando com tudo isso.

    Lorde Allastar assentiu, seu rosto sombrio. 
    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Allast10
    - Se há algo que possamos fazer, saibam que Fosso Gelado está à disposição para apoiar a Casa Osgrey e vocês em sua busca por justiça. Esse crime contra inocentes não pode ser ignorado.

    Lady Bethany, que havia permanecido quieta até então, finalmente falou, sua voz gentil, mas decidida. 
    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Bethan10
    - As perdas da Casa Osgrey são nossas perdas também. A dor deles é a nossa, e faremos o que for preciso para honrar a memória da criança e trazer justiça a essa tragédia.

    O ambiente no salão ficou pesado, com a dor e a angústia pairando sobre os presentes. Mas havia também um sentimento de unidade. A Casa Webber, como vassalos leais dos Rowan, se mostrou pronta a oferecer apoio em qualquer circunstância. O desafio à frente era árduo, mas as alianças permaneciam fortes, e o senso de justiça prevalecia.

    A noite continuaria com conversas mais leves e momentos de descanso, mas todos sabiam que a verdadeira provação começaria quando partissem novamente ao amanhecer, rumo a Pouso Veloz.


    OFF:  @thendara_selune, pode descrever se Briana quer fazer alguma coisa específica no castelo dos Webber. Se não houver nada, no dia seguinte se inicia a viagem para Pouso Veloz.
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    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Empty Re: O Jogo dos Tronos - Rowan

    Mensagem por thendara_selune Qui 26 Set 2024 - 14:09

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 _1edf310
    Briana Rowan

    Hora:Dia
    Día:16
    Clima:Ameno
    Lugar:Partida



    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 18cad012b1cf24d31b7580a5c60776bb8f8f4471

    A tristeza tomou conta de meu coração de uma forma que parecia impossível encontrar consolo, tanto para mim quanto para Anya. Inclinei-me com humildade, oferecendo uma cortês saudação, e, em meio ao silêncio, acrescentei a minha voz ao coro de indagações já proferidas: "Toda a situação é cruel," murmurei. "Quem seria capaz de tamanha maldade?" Esse pensamento me atormentava sem trégua.

    Deixei Moira entre os seus, com a sensibilidade de que o tempo em família era imprescindível, e senti uma alegria genuína por ela. Quanto a Anya, optei por não sobrecarregá-la com minhas próprias lamentações, admirando em silêncio a força inabalável que ela demonstrava. A cada momento, seu exemplo só fazia aumentar minha admiração por ela, revelando a profundidade de seu caráter em tempos tão difíceis.

    Despedi-me de todos e retirei-me para os meus aposentos sem demora, consciente de que o dia seguinte traria consigo uma carga de incertezas. Ainda assim, no fundo do meu íntimo, mantinha a esperança de que o alvorecer pudesse lançar alguma luz sobre os acontecimentos que tanto nos afligiam. Pela primeira vez, compreendi que o mundo não girava em torno de fitas, flores ou de sonhos românticos sobre um casamento perfeito.



    OFF:Brincando com a IA, um dia fico craque que nem a Shamps, haha!

    Visual das cabritinhas:






    Emme



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    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Empty Re: O Jogo dos Tronos - Rowan

    Mensagem por Alexyus Seg 30 Set 2024 - 21:14

    Após retirar-se para os seus aposentos, o silêncio do castelo parecia ecoar o peso das preocupações que Briana carregava. O ambiente externo, iluminado apenas pelas tochas e o luar, transmitia uma sensação de isolamento, como se todos estivessem imersos em seus próprios pensamentos, lidando com a dor da tragédia. Mesmo em seu recolhimento, os ecos da conversa anterior continuavam a girar na mente dela, assombrando-se com a cruel pergunta: "Quem seria capaz de tamanha maldade?"

    Enquanto a noite avançava, Moira permanecia entre seus familiares, cercada de afeto. Sua mãe, Lady Rohanne, conversava com ela em voz baixa, enquanto Duncan a observava com um misto de proteção e alívio. Não demorou muito para que outros membros da Casa Webber se juntassem a eles, todos ansiosos para ver a jovem dama após tanto tempo.

    Na manhã seguinte, o primeiro a se aproximar da mesa do desjejum onde Briana e Moira estava foi Sor Wendell Webber, o primo que sempre exibia um sorriso caloroso, mesmo em momentos sombrios como aquele. Ele trocou algumas palavras de cortesia com Moira, elogiando seu semblante sereno, apesar de todos os infortúnios recentes. Sua expressão, no entanto, escondia uma camada mais profunda de prudência e cautela. Wendell, conhecido por sua habilidade em manter-se afastado das intrigas, preferia evitar as conversas sobre a tragédia que cercava a Casa Osgrey. Mas, ainda assim, seus olhos ocasionalmente desviavam para Anya, sempre com discrição, como se a presença dela tivesse uma gravidade que o atraía sem que ele pudesse controlar.

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Wendel10
    — As coisas têm estado difíceis para todos, mas vejo que você se mantém forte, Moira — comentou ele, seu sorriso apenas um leve tremor nos lábios — Espero que o tempo em casa lhe traga algum alívio.

    Moira assentiu com gratidão, embora seus pensamentos ainda estivessem distantes.

    Pouco depois, Cristian Webber, outro primo, juntou-se ao grupo. O contador da casa, sempre sério e reservado, cumprimentou Moira com a formalidade esperada, mas não demorou a desviar o assunto para os números e a economia da região. Ele parecia mais confortável tratando de questões práticas, como o balanço dos suprimentos e o estado das contas, do que com o fardo emocional que todos ali carregavam. Sua esposa, Clara, estava ao seu lado, silenciosa como sempre, mas com uma expressão de ternura ao ver Moira de volta. Ela, que já havia visitado Lady Bethany em Bosquedouro em ocasiões passadas, ofereceu um sorriso genuíno à prima.

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Clara10
    — Moira, parece que o tempo te tratou bem — Clara disse, sua voz baixa e gentil — Se precisar de algo, sabe onde me encontrar.

    Moira sorriu levemente, agradecendo, enquanto sua atenção vagava para o restante do salão.

    Sor Arbos, casado com Norma, outra prima de Moira, aproximou-se logo em seguida. Sempre de bom humor, mesmo em tempos sombrios, ele se manteve ao lado de sua esposa, mantendo uma expressão de alerta. Como chefe dos soldados de Fosso Gelado, Arbos era responsável por garantir que todos estivessem em segurança, mas sua jovialidade aliviava um pouco a tensão da sala.

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Sor_ar10
    — Moira! — ele exclamou com um brilho nos olhos — Parece que estamos reunidos em um tempo difícil, mas pelo menos é bom ver tantos rostos familiares. Não se preocupe, estamos todos a postos, mantendo tudo seguro. Nada de ruim chegará até você ou até os nossos.

    Norma, por sua vez, deu um passo à frente e envolveu Moira em um abraço carinhoso, sua voz suave e cheia de carinho.

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Norma10
    — Moira, querida, sinto tanta falta dos nossos momentos juntas. Você sempre foi como uma irmã para mim. Se precisar de conselhos, ou apenas de alguém para ouvir, estarei aqui.

    Os olhos de Moira brilharam com a lembrança dos tempos em que ela e Norma bordavam juntas e compartilhavam fofocas inocentes. Havia uma ternura e uma amizade ali que transcendiam as dificuldades do presente.

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Tumblr11
    — Obrigada, Norma. É bom estar em casa novamente. As coisas... mudaram tanto, e eu também mudei, mas estou feliz de ver que há certas coisas que nunca mudam — respondeu Moira, com um leve sorriso nos lábios.

    Os primos Webber permaneceram ao redor dela por mais algum tempo, trocando palavras de apoio e revivendo memórias, mas havia um entendimento tácito de que aquela manhã seria breve. O peso da tragédia que se abatera sobre Pouso Veloz e a incerteza sobre o futuro pairavam no ar como uma nuvem densa, e os Rowan tinham certa urgência de partir.

    Do outro lado do salão, Anya se mantinha próxima de Briana, ainda envolta em seu silêncio digno, mas os olhos de Sor Wendell a seguiam discretamente. Havia algo naquela jovem que ele não conseguia desvendar, e, embora raramente tivessem trocado mais do que algumas palavras educadas, a presença dela mexia com ele de uma maneira inesperada. Wendell, sempre tão centrado e cauteloso, agora se via mergulhado em pensamentos que nunca admitiria em voz alta.

    Enquanto o restante da família e os convidados começavam a se dispersar para seus aposentos para recolher suas bagagens, Moira e Anya se acercaram de Briana.

    A comitiva da Casa Rowan partiu de Fosso Gelado após o desjejum, quando as primeiras luzes do sol tingiam de dourado as muralhas de pedra do castelo. Havia uma mistura de expectativa e apreensão no ar, um sentimento comum entre os viajantes diante da jornada para Pouso Veloz, sede da Casa Osgrey, onde o mistério da morte dos bebês ainda pairava como uma nuvem negra.

    Lorde Mathis Rowan liderava o grupo com sua postura imponente, montado em um garanhão castanho que marchava com determinação. Ao seu lado, Lady Bethany seguia em uma carruagem confortável, com as cortinas discretamente entreabertas para que ela pudesse observar a paisagem sem ser perturbada. Briana, por sua vez, cavalgava mais atrás, com os olhos fixos no horizonte. O semblante dela refletia a mesma seriedade de seu pai, embora a jovem dama tentasse, a todo momento, esconder a inquietação que sentia por causa dos eventos em Pouso Veloz.

    O caminho até Pouso Veloz não era especialmente longo, mas cortava o denso Bosque de Walt, uma mata de árvores jovens e altas. A estrada, por vezes sinuosa, era atravessada por riachos de águas gélidas e ladeada por cercas antigas de madeira, muitas delas caídas, que delimitavam as terras dos pequenos senhores e camponeses locais.

    O capitão da guarda de Bosquedouro mantinha seus homens organizados em duas linhas defensivas, uma à frente e outra atrás da comitiva principal. O som das rodas da carruagem e dos cascos dos cavalos reverberava pelo ambiente, enquanto os soldados e batedores trocavam breves palavras, atentos ao entorno. Embora a paz reinasse sobre a Campina, havia uma atmosfera de desconfiança nas terras próximas ao domínio Osgrey, e todos estavam cientes de que o menor sinal de perigo poderia significar problemas.

    Entre os soldados, o primo de Moira, Sor Wendell Webber, manteve-se ao lado de Anya Osgrey durante a maior parte da viagem. Seus olhos discretos muitas vezes a acompanhavam com uma curiosidade contida, sem, no entanto, invadir sua privacidade. Anya, por sua vez, mantinha-se firme e impassível, com um porte que evidenciava sua resistência emocional frente à tragédia de sua família. Poucas palavras foram trocadas entre os dois, mas o ambiente em torno deles parecia carregado de algo mais do que simples cortesia.

    Enquanto cavalgavam pelas terras da Casa Osgrey, a paisagem começou a mudar. Pequenas colinas ondulavam pela região, e o verde profundo dos campos contrastava com o céu cinzento que ameaçava chuva. Ao longe, a imponente torre de Pouso Veloz começou a se erguer na linha do horizonte, suas paliçada refletindo a severidade da situação que aguardava os visitantes. Os vastos campos que cercavam o castelo, antes férteis e exuberantes, pareciam abandonados, como se a vida e a alegria tivessem sido drenadas junto com a morte dos bebês.

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Pouso_11

    A comitiva Rowan foi recebida em Pouso Veloz com grande formalidade, o castelo já preparado para a chegada dos amigos e aliados de longa data da Casa Osgrey. Ao atravessarem o portão principal, sob as torres de pedra do castelo, Lorde Gawen Osgrey aguardava de pé, ao lado de sua esposa, Lady Isadora, e de seu séquito. Os cavaleiros e guardas da Casa Osgrey mantinham uma formação disciplinada, seus olhos atentos aos recém-chegados. A brisa que soprava do sul trazia consigo o cheiro das vastas plantações e o aroma das frutas que cresciam ao redor das terras de Pouso Veloz.

    Lorde Gawen, um homem de cinquenta anos, com cabelos grisalhos e olhos penetrantes, sorriu de forma contida ao ver Lorde Mathis Rowan desmontar de seu cavalo. Os dois senhores trocaram um olhar que dizia mais do que palavras poderiam, um respeito mútuo estabelecido através de anos de amizade e alianças.

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Gawen_10
    Lorde Mathis disse Gawen, aproximando-se para apertar o antebraço de seu velho amigo — Pouso Veloz está à sua disposição, como sempre. Os Sete são testemunhas de que este encontro é muito aguardado.

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 A2f99810
    — Gawen, meu caro — respondeu Mathis com um sorriso discreto, retribuindo o gesto — É sempre bom estar entre amigos, especialmente em tempos como estes.


    Lady Isadora, a matriarca da Casa Osgrey, logo tomou seu lugar ao lado do marido, sua presença elegante e serena. Ela trocou cumprimentos calorosos com Lady Bethany Rowan, esposa de Mathis, e as duas rapidamente caíram em conversas sobre suas famílias e receitas, como de costume. Embora os sorrisos e palavras gentis dominassem a interação, ambas as damas sabiam muito bem que a amizade entre suas casas ia além da superfície, garantindo a prosperidade e estabilidade de suas respectivas famílias.

    A comitiva então foi escoltada até o pátio interno, onde Sor Brendan de Pouso Veloz, o charmoso cavaleiro da casa, aguardava. Ele cumprimentou Briana Rowan com um sorriso fácil e uma reverência exagerada, sempre tentando impressionar com sua cortesia e eloquência.

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Sor_br11
    — Lady Briana disse Brendan, sua voz suave Espero que sua jornada tenha sido agradável. Se precisar de alguma coisa, estarei sempre à disposição para ajudá-la.

    Briana, com a postura de uma dama treinada nas artes da nobreza, retribuiu o cumprimento com um leve sorriso, ciente de sua reputação de galanteador.

    Dentro do castelo, o ambiente era acolhedor, mas a tensão pelo motivo da reunião — as estranhas mortes de bebês na Casa Osgrey — pairava no ar. 


    Meistre Bernard Pickle, um homem de modos diretos e conhecido por sua "língua afiada", logo se aproximou de Lorde Mathis. Seus olhos eram aguçados, e seu tom, embora educado, não escondia sua propensão a falar o que pensava sem rodeios.

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Meistr13
    — Lorde Mathis, é um prazer vê-lo novamente disse Bernard, inclinando levemente a cabeça Espero que tenhamos respostas para muitas perguntas difíceis durante sua estadia.

    Mathis sorriu, conhecendo bem a franqueza de Bernard. — Assim espero, Meistre Bernard. A situação aqui exige sabedoria e clareza, e sei que podemos contar com você para fornecer ambas.

    Enquanto as formalidades continuavam, os bastidores da Casa Osgrey também estavam em movimento. Sor Melkor Osgrey e sua esposa Darla supervisionavam a organização da recepção. Darla, com sua voz doce e olhar caloroso, coordenava a cozinha para garantir que o banquete que seria servido fosse de excelente qualidade. Melkor, por outro lado, permanecia atento aos detalhes logísticos, certificando-se de que tudo estivesse em ordem. Ele sabia que qualquer erro, por menor que fosse, poderia ser visto como desleixo, algo inaceitável para um homem com sua capacidade de cálculo e planejamento.

    Os gêmeos Gael e Liam, os bastados ferreiros da Casa Osgrey, estavam ocupados na ferraria, preparando-se para qualquer demanda dos visitantes. Embora preferissem manter-se fora dos holofotes, os dois eram figuras conhecidas em Pouso Veloz, e seus trabalhos com aço eram altamente apreciados. Gael, com seu manto azul característico, deu uma última martelada em uma espada antes de comentar casualmente com o irmão:

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Liam_f10
    — Parece que Moira está entre os convidados da comitiva de Bosquedouro — Seu tom era despreocupado, mas havia um brilho nos olhos que Liam imediatamente reconheceu.

    Liam, sempre descontraído, apenas sorriu. 

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Gael_f10
    — Espero que ela nos note, mas, se não, que ao menos percebam nossas espadas.

    Com o anoitecer caindo, a comitiva foi levada ao salão principal de Pouso Veloz, onde um banquete fora preparado em sua homenagem. O grande salão estava adornado com bandeiras verdes e douradas, as cores dos Osgrey, e o aroma de pratos tradicionais misturava-se ao sabor forte das cervejas e bebidas de frutas que a Casa Osgrey produzia com tanto renome. As conversas entre nobres e cavaleiros se misturavam ao som do tilintar de copos, e por um breve momento, a tragédia das mortes recentes parecia uma sombra distante. Mas todos sabiam que essa sombra logo tomaria o centro das discussões, enquanto os Rowan e os Osgrey tentavam entender os segredos que pairavam sobre aquelas terras.


    OFF: Fique à vontade para fazer interações a qualquer momento da viagem.
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    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Empty Re: O Jogo dos Tronos - Rowan

    Mensagem por thendara_selune Qui 10 Out 2024 - 1:20

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 _1edf310
    Briana Rowan

    Hora:Dia
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    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Pngtree-tarot-divination-wine-glass-rose-png-image_6453626

    Na manhã seguinte, fui uma das primeiras a chegar à mesa do desjejum, já ocupada por Anya e Moira. O salão, envolto em um silêncio pesado, foi logo quebrado pela entrada de Sor Wendell Webber, nosso primo afável, cuja presença irradiava uma calma inabalável, mesmo com o peso dos tempos sombrios sobre nós. Seu semblante, tão familiar, trouxe tímidos sorrisos e saudações polidas. Ao dirigir-se a Moira, sua expressão trazia uma prudência sutil, um cuidado que, de algum modo, escondia cálculos cuidadosos por trás daquele semblante sereno. Ele, sempre tão discreto, evitava tocar nas dores mais recentes – a tragédia da Casa Osgrey ainda pesava em nossos corações. Mas seus olhos, por breves momentos, desviavam para Anya, com uma atenção que parecia contradizer sua atual reserva.


    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Oig2_511






    Observei-o atentamente e, por um instante, desejei que as circunstâncias fossem outras. Wendell, com suas histórias sobre terras distantes e aventuras de outrora, sempre fora uma figura inspiradora para nós. Contudo, após o infortúnio recente, algo dentro de mim havia mudado irreversivelmente. Aquele romantismo ingênuo que antes coloria meus dias com tons rosados agora se apagara. Quando cheguei a Porto Real, tudo parecia envolto em fitas e murmúrios encantadores, mas, desde a morte dos gêmeos, essas frivolidades haviam se tornado vazias, meros adornos para mentes vazias, incapazes de preencher os vazios que a vida agora me revelava.
    Cumprimentei Wendell com uma mesura educada, "Bom dia, Sor," mas meu coração estava longe. Sorri para Moira, feliz por vê-la reunida com os seus, após tantos meses de ausência. Mas senti que aquele era o momento dela, e minha presença, talvez, uma mera formalidade menor diante de tudo que acontecia. Após trocas rápidas de palavras com Anya e Moira, anunciei: "Vou caminhar um pouco."



    Olhei para Moira uma última vez, seu rosto iluminado pelo reencontro familiar. "Aproveite este tempo com os seus, Moira," acrescentei. "E Anya, lembre-se de que estamos aqui para o que precisar." Ao apertar a mão de Anya com carinho, sussurrei: "Sor Wendell parece não conseguir desviar os olhos de você. Talvez ele hesite em se aproximar, por respeito à situação. Mas, Anya, papai disse que você tem grandes responsabilidades pela frente. Não seria sensato considerar alguém que realmente lhe tenha afeto?"
    Ao sair, deixei Anya ao lado de Moira, e senti que, se Wendell fosse o homem que sempre acreditei que fosse, não deixaria passar a oportunidade de expressar, mesmo que de maneira discreta, seu apoio. Elas mereciam uma vida vibrante, pensei enquanto caminhava pelos corredores de pedra fria. Não deviam estar ao meu lado, presas à minha melancolia. Parei diante de uma janela, olhando para o jardim abaixo. O som da fonte misturava-se ao perfume das flores, e o frescor da manhã trazia um contraste suave à tempestade que eu sentia dentro de mim. O mundo não era cruel por si só; eram as pessoas que o habitavam que o tornavam assim.



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    Mais tarde, à noite, voltei aos meus aposentos, decidida a não comparecer ao jantar. O cansaço, ou talvez o desejo de me afastar de tudo, dominava-me. A Briana que ansiava por bailes e festividades havia desaparecido, fragmentada junto com os sonhos que a tragédia havia esmagado.



    No outro dia, partiríamos para Pouso Veloz com uma sensação no coração que eu hesitava em vocalizar. Na noite anterior, os sonhos que tive em Porto Real retornaram mais fortes e vívidos. Assim que o dia raiou, acordei suada, silenciosa e pensativa nas memórias dos sonhos — ou melhor, pesadelos — que me assombraram. Era difícil descrevê-los, mas carregavam uma mistura de expectativa e apreensão.



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    A comitiva já seguia em silêncio enquanto adentrávamos o Bosque de Walt, cuja densidade parecia espelhar os mistérios que cercavam a Casa Osgrey. O ar estava pesado, como se o próprio bosque carregasse consigo os segredos daqueles que já o haviam atravessado. Meu pai, à frente do grupo, exibia a confiança firme que sempre admirei, guiando-nos com a segurança que lhe era natural, mas que, naquele momento, não conseguia acalmar a inquietação que me invadia.

    Eu cavalgava em Ceres, minha égua fiel, cujo movimento ritmado deveria trazer-me algum conforto, mas meu espírito estava agitado. Ao meu lado, Thomas, meu irmão, demonstrava com Notung a destreza de um cavaleiro hábil, enquanto Moira e Anya seguiam pouco atrás, montadas em Cloude e Iron, cavalos treinados para enfrentar os obstáculos mais desafiadores. Minhas amigas, embora tão distintas entre si, compartilhavam uma força notável. Anya, sempre firme como uma rocha, exibia uma determinação que inspirava confiança. Já Moira, com sua aparente fragilidade, revelava uma resiliência admirável, escondida sob a superfície delicada.

    Ambas possuíam uma honestidade em suas ações que me impressionava, como se suas almas fossem desprovidas de artifícios. Enquanto eu me perdia na tristeza que me consumia, elas pareciam navegar pela jornada com uma serenidade que eu não conseguia alcançar. A habilidade de não ceder à melancolia que nos cercava era um dom que eu ansiava possuir. Ao observá-las, sentia uma mistura de admiração e inveja, consciente de que suas forças eram uma luz na escuridão que eu ainda lutava para compreender.



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    Ao avistarmos as torres de Pouso Veloz, erguendo-se sombrias contra o céu nublado, a desolação das terras ao redor era impossível de ignorar. O que antes devia ser um campo vibrante agora estava envolto numa melancolia sufocante, como se o próprio solo lamentasse as tragédias que haviam abatido a família Osgrey. A recepção que nos aguardava era de uma cortesia irrepreensível, e, embora as formalidades fossem meticulosamente observadas, não pude deixar de perceber uma tensão palpável que pairava sobre todos os presentes.

    Meu pai desmontou de Dorsel com a elegância natural a ele, dirigindo-se imediatamente a Lorde Gawen, cujo porte, embora marcado pela idade, ainda mantinha a dignidade de um homem firme e respeitado. O encontro entre os dois senhores foi de uma troca de olhares que dizia muito mais do que qualquer palavra proferida poderia expressar—uma comunicação silenciosa nascida de anos de aliança e confiança mútua. Ao lado de Lorde Gawen estava Lady Isadora, cuja presença serena e cortesia natural faziam dela o perfeito reflexo de sua posição. Ela cumprimentou minha mãe com a habitual afeição, e as duas logo se viram envolvidas em conversas sobre a família e trivialidades cotidianas que, embora parecessem superficiais, carregavam o peso de uma amizade sustentada por anos de laços profundos.


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    Eu, por outro lado, encontrava-me em um estado de perturbação do qual não conseguia me desvencilhar. A morte dos gêmeos pairava sobre mim como uma sombra pesada, e, embora eu me esforçasse para manter uma aparência composta e educada, meus pensamentos teimavam em retornar ao sombrio, como se cada tentativa de distração fosse imediatamente arrastada de volta à tragédia. Enquanto as formalidades se desenrolavam ao meu redor, observei Anya, cuja graça e controle emocional sempre despertavam a admiração de todos que a conheciam. Moira, delicada e gentil como sempre, parecia lidar melhor do que eu com o peso daquela visita.

    Quanto a mim, eu lutava para sufocar uma inquietação que não conseguia nomear claramente. Mesmo quando os passos nos conduziam adiante, meus pensamentos permaneciam emaranhados. Foi nesse estado que avistei Sir Brendan de Pouso Veloz, o galante cavaleiro da casa, postado à nossa espera. Ele se adiantou, como era de seu feitio, para me cumprimentar, ostentando aquele sorriso fácil que parecia sempre à mão, seguido de uma reverência exagerada, numa clara tentativa de impressionar com sua cortesia polida.


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    Mantive minha postura reservada, pois, a bem da verdade, fosse ele ou a raposa, ambos me pareceriam igualmente insignificantes, tão voláteis quanto uma folha de outono prestes a ser esmagada pelas patas de Ceres. Meu sorriso, discreto e comedido, sem mostrar os dentes, estava perfeitamente alinhado às expectativas sociais — mas era apenas isso, uma formalidade desprovida de qualquer emoção genuína. Nem o mais hábil dos galanteadores seria capaz de me distrair do verdadeiro propósito que me trazia ali: descobrir quem havia sido o autor daquela atrocidade contra as crianças.

    "Olá, Sir Brendan" — disse, com voz contida. "Grata por vossa atenção."





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    Quando finalmente fomos levados para dentro do castelo, a sensação de sufocamento que me envolvia tornou-se quase insuportável. "Agradeço a hospitalidade, minha senhora," saudando a Lady Isadora, curvando-me com a cortesia exigida, mas especialmente por respeito a ela e sua casa. "Que os Sete soprem coragem e força a todos nós." Apesar de minhas palavras formais, meu desejo mais sincero era retirar-me para a privacidade de meus aposentos, onde pudesse refletir em paz sobre as questões que tumultuavam meu coração. Diferente de Anya, eu não possuía a força inabalável que ela sempre exibia. E embora Moira compartilhasse uma doçura romântica que eu também sentia, ela a expressava com uma contenção que eu nunca consegui dominar. Em seguida, segurei sua mão com carinho, tentando transmitir a ela força e empatia.



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    Sempre fora de meu feitio agir por impulso, e isso frequentemente me levava a situações indesejadas ou atrapalhadas, das quais agora, aos dezessete anos, precisava urgentemente me redimir. A ideia de que a única perspectiva que a vida me reservava era um casamento se tornava cada vez mais insustentável. Compreendia que, ao invés de me apegar a esse ideal restrito, talvez fosse chegada a hora de crescer, de desabrochar como uma flor em um campo vasto, explorando as possibilidades que a vida poderia oferecer. Sentia que havia mais em mim do que apenas a expectativa de um futuro conjugal, um mundo inteiro a ser descoberto além das paredes de um lar e das obrigações que um casamento impunha. Um mundo repleto de cores cinzentas, espinhos crescentes e cruéis que poderiam arrancar a vida de crianças inocentes. E se fossem meus irmãos? Ou, em um futuro que já não parecia tão distante, meus próprios filhos? A ideia de simplesmente chorar por eles tornava-se insuportável; eu desejaria eliminar da face da terra aqueles que causaram tais tragédias. A intensidade desse pensamento me fez levar a mão ao peito e apertar meu decote, como se procurasse conter uma tempestade interna que ameaçava se libertar. Nunca havia me sentido assim antes; uma mistura de desespero e determinação fervilhava em meu interior. Em um momento de vulnerabilidade, implorei aos Sete que me dissessem o que esperavam de mim, como se suas respostas pudessem dissipar a escuridão que se acumulava ao meu redor.


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    A morte dos gêmeos fizera algo dentro de mim se quebrar, uma mudança que ainda não compreendia totalmente, mas que sabia ser irrevogável. Pensamentos antes irrelevantes agora se insinuavam—seria eu capaz de manejar uma espada? Poderia eu aprender a defender-me de algum perigo físico? O desejo de ser forte, de proteger a mim mesma e aqueles que amo, começava a crescer em meu coração com uma intensidade nova.
    Será que este era o início de um amadurecimento inesperado? Naquele momento, ao cruzar os portões do castelo de Pouso Veloz, sentia que a jovem que ali entrara não seria a mesma ao partir.
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    Mensagem por Alexyus Qua 16 Out 2024 - 0:28

    Enquanto os dois senhores trocavam cortesias e compartilhavam um momento de camaradagem, Lady Isadora, esposa de Gawen, dirigiu-se do resto da comitiva Rowan com sua postura graciosa e a serenidade que era sua marca registrada. A matriarca da Casa Osgrey tinha uma presença elegante, adornada com um vestido de finas sedas verdes e douradas, complementado por joias simples, mas requintadas. Ela trocou um olhar compreensivo com Lady Bethany, esposa de Mathis, antes de cumprimentá-la calorosamente, e depois Briana, Moira e finalmente Anya.

    As duas matriarcas se envolveram em uma conversa mais leve, discutindo questões familiares e trivialidades, enquanto suas filhas, Briana e Anya, junto com Moira, observavam em silêncio. Briana, por mais que tentasse manter uma aparência de serenidade, não conseguia afastar a tensão que sentia diante dos acontecimentos em Pouso Veloz. Seus olhos vagavam pelo castelo e pelas terras áridas que o cercavam, absorvendo a aura sombria que parecia pairar sobre o lugar. Sua mente retornava constantemente às mortes misteriosas dos bebês, uma nuvem de dúvida e angústia que não a deixava em paz.

    Enquanto as interações formais continuavam, o ambiente dentro de Pouso Veloz permanecia tenso. Sor Melkor Osgrey, irmão de Gawen, estava ocupado inspecionando os aposentos reservados aos senhores de Rowan, e seus olhos estavam sempre atentos aos detalhes. Ao seu lado, sua esposa Darla organizava discretamente os preparativos da cozinha. Ela era conhecida por sua habilidade em garantir que cada evento fosse perfeito, e sua presença calorosa e acolhedora contrastava com a atmosfera de tensão.

    Enquanto o banquete começava, Briana, apesar dos esforços de seus anfitriões, sentia-se cada vez mais inquieta. Observava discretamente Anya Osgrey, cuja compostura parecia inabalável, e Moira, que tentava manter um semblante sereno, mas claramente também sentia o peso da tragédia que pairava sobre a família. Briana sabia que aquele encontro não seria apenas uma formalidade, mas um momento crucial para desvendar os segredos sombrios que haviam trazido tantas mortes àquelas terras.

    O mistério dos bebês pairava no ar, e Briana estava ansiosa para saber a verdade, mesmo que isso significasse confrontar os segredos mais obscuros de Pouso Veloz.

    Castiel Webber e Lana Osgrey, os pais dos bebês mortos, estavam recolhidos no septo, e Anya pediu licença a Briana para ir falar com sua irmã e seu cunhado.
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    Mensagem por thendara_selune Sáb 19 Out 2024 - 0:56

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 _1edf310
    Briana Rowan

    Hora:Dia
    Día:20
    Clima:Ameno
    Lugar:Pouso Veloz






    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Oig2_413




    O murmúrio indistinto das conversas entre Lady Isadora e minha mãe pairava no ar, como um eco distante, mal perceptível aos meus ouvidos. Meus olhos, aqueles que tantos exaltavam por seu encanto incomum, estavam fixos no horizonte sombrio, além das muralhas de Pouso Veloz. A morte dos gêmeos... como poderia ser apenas um acidente? Havia algo mais profundo, mais sinistro, oculto sob aquela tragédia, e eu, atraída por um abismo desconhecido, sentia-me sugada para um mundo de sombras, um reino que nunca antes havia penetrado.




    Até aquele momento, a vida parecia feita de bailes, de fitas de seda, e das flores que brotavam sob a luz suave do sol. Tudo era tão simples, tão sereno, como um conto repetido à beira da lareira. Mas agora, o véu da ilusão começava a se rasgar, revelando segredos além da minha compreensão. Não podia mais fingir que aquelas mortes eram mero infortúnio. Imaginava Lana, encolhida e silenciosa no septo, uma marca indelével da dor que lhe corroía as entranhas, exposta em cada lágrima que escorria por seu rosto lindo. Seu amor por Castiel, que testemunhei em seu casamento, era verdadeiro; disso eu sabia. Contudo, a tragédia que os assolava era um lembrete cruel de que o mundo estava impregnado de sofrimento e injustiça.



    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Oig2_d10


    As vozes ao meu redor continuavam, vazias e frívolas, enquanto meus pensamentos escapavam para outro lugar. Não podia mais ser a jovem que se sentava em silêncio, esboçando sorrisos apropriados. Algo dentro de mim clamava por respostas, algo sombrio e urgente. Mas como agir? Levantar e questionar seria uma afronta à delicadeza esperada de mim. Deveria ser cautelosa, astuta. Os segredos pairavam como sombras, e eu sabia que, com paciência, poderia capturá-los.


    Quando Anya se retirou, a oportunidade pareceu surgir. Chamei Moira para me acompanhar. “Vamos ajudar a retirar a mesa, Moira”, disse, sorrindo, esperando que ela entendesse. Não seria estranho que duas jovens nobres oferecessem auxílio — pelo contrário, minha mãe sempre me dissera que uma dama deveria estar familiarizada com cada detalhe de uma casa. Tal gesto seria digno, apropriado, uma qualidade esperada de jovens à procura de casamento, especialmente em meio a laços de parentesco. Enquanto meu pai, meu irmão e o lorde se retiravam para conversas de homens, sombrias e secretas, minha mãe e Lady Isadora se afastariam, distantes, para algum aposento reservado.


    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Oig4_710


    Ao entrar na cozinha, o calor e os aromas familiares me envolveram, quase fazendo-me esquecer, por um breve instante, a tensão que pesava sobre nós. Darla, sempre vigilante, observava tudo com seu olhar atento. Aproximando-me, ofereci ajuda e percebi Moira seguindo meu exemplo. Quando ela estava perto, murmurei com cuidado: "Que fatalidade... Não me disseram quem os encontrou no poço, mas posso imaginar que foi uma visão terrível, inadmissível... Eram crianças tão doces, tão inocentes." Busquei os olhos de Darla, à procura de uma hesitação, uma pequena fissura que deixasse escapar algo além das palavras de condolências. Quase podia vê-los, os dois, com os rostos apagados pela tragédia, e isso me apertou o coração, um nó crescendo lentamente dentro de mim. A dor parecia palpável, mesmo que não fosse minha, e, por um instante, senti o peso sufocante do que seria perder algo tão precioso, tão frágil.


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    OFF:Brincando com a IA, um dia fico craque que nem a Shamps, haha!

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    Mensagem por DariusNovadek Seg 21 Out 2024 - 1:54

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 _1edf310
    Aldos Rowan

    Hora:Dia
    Día:23
    Clima:Ensolarado
    Lugar:Bosquedouro



    ⚜⚜⚜⚜⚜⚜



    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 2063937_98e27


    Aldos esperou na sala de estudos para receber Darla e seu marido Darius para falar sobre os ciclos de plantio. Ele os cumprimentou de um jeito formal, eles não eram estranhos para Aldos, mas era a primeira vez que ele se passava por Lorde da casa e decidia assuntos desse tipo com eles. Ele os ouve atentamente.

    - Ótimo, contém comigo para que esses planos saiam do papel. Vou procurar a melhor oportunidade para executarmos os ciclos e as estufas, e então os contatarei.

    Ele então vira para Darius, que andava impacientemente de um lado para o outro.

    - Você disse que precisa de um meistre ou um senescal para o controle de gastos. Pois bem, Meistre Galvan se colocou a minha disposição para me ajudar em qualquer momento durante a ausência de meu pai. Então pode entrar em contato com ele, e pedir a participação dele neste projeto. Tenham um bom dia!

    ...

    Depois da primeira reunião, Aldos se reuniu com Sor Harwin que estava substituindo Sor Osgrey no comando das defesas de Bosquedouro. Sor Harwin, de maneira velada, queixou-se da inexperiencia do contigente militar da casa. Aldos pensou bem antes de responder.

    - De fato, Sor Harwin, muitos dos nossos soldados ainda se encontram inexperientes. Devemos aproveitar este tempo em que nossa casa não sofre perigo imediato para realizar estes treinamentos de que necessitamos.

    Mas após sua primeira fala, tomou uma postura um pouco mais rígida, e de uma forma mais firme, disse:

    - Porém, estes homens não ganharão experiencia da noite pro dia, Sor Harwin. E temos que trabalhar com o que temos. A feira de compostas está próxima, e devemos fornecer a segurança do evento. Concordo que qualidade é melhor do que quantidade, mas quando se tem um bom comando, até soldados inexperientes se tornam pedra nas botas dos inimigos.

    ....


    Durante o dia, Aldos fez um pequeno "conselho" com Darla, Darius, Sor Harwin e Meistre Galvan para coordenar as ações da feira de compostas. Queria coordenar a logística entre fornecimento, segurança e planejamento, para que o evento fosse uma ótima distração para os plebeus e uma ótima oportunidade para estreitar laços com as casas vizinhas. Ele era inexperiente no ramo, mas tentava dar o seu máximo para fazer um bom trabalho.


    ...


    A sala de audiências de Bosquedouro estava pronta para receber os plebeus. Aldos, sentado no assento reservado ao senhor da casa, tentava esconder a ansiedade. As janelas altas permitiam que a luz do sol iluminasse o ambiente, criando uma atmosfera de acolhimento. Não sabia ao certo com qual rosto receber os plebeus, se era com uma cara mais séria, ou um sorriso acolhedor.

    Primeiro Plebeu: Marissa, a Costureira

    Ao ouvir o pedido de Marissa, Aldos viu que um Lorde precisava saber das mais diversas áreas e como resolve-las, Aldos não fazia ideia de como ajuda-la.

    - E que tipo de ajuda precisa de fato, Marissa? Qual a matéria prima que usa para fabricar seus tecidos?

    Segundo Plebeu: Bran, o Aprendiz de Ferreiro

    Aldos percebeu que o dia seria de pedidos para compra, e sabia que não podia resolver todos os problemas liberando dinheiro da casa para as compras, com certeza seu pai não gostaria disso.

    - O que aconteceu com o fornecedor de carvão atual, não consegue nos fornecer mais carvão?

    Terceiro Plebeu: Hilda, a Curandeira

    Finalmente, um problema que Aldos tinha uma centelha de como resolver.

    - Por favor, fale com Darla. Ela tem um plano de ciclo de culturas que talvez possa ser aplicado a ervas medicinais também, assim garantiremos sempre uma quantidade razoável de suprimentos.

    Quarto Plebeu: Jonas, o Agricultor

    - Jonas, uma produção em estufa ajudaria a criação de novas sementes de uma forma mais rápida? Se for o caso, Darius está com um projeto que pode ser útil para sanar este problema, e se mesmo assim a quantidade de sementes geradas não for o suficiente, podemos comprar a quantidade restante.

    Quinto Plebeu: Elara, a Pastora

    Elara, uma jovem pastora, entrou timidamente, segurando seu chapéu com as duas mãos. Aldos se preocupou com uma possível doença se espalhando entre os animais.

    - Separe os animais adoecidos dos animais saudáveis imediatamente. Assim que terminar de atender todos os solicitantes, irei junto com Lilliana Osgrey averiguar os animais.




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    Mensagem por Alexyus Sex 25 Out 2024 - 20:56

    ALDOS

    Os dias que se seguiram às audiências foram de grande movimentação e empenho em Bosquedouro, e a liderança de Aldos começava a refletir em melhorias no cotidiano da comunidade. As ações que ele tomou junto aos plebeus e conselheiros foram se consolidando, enquanto os preparativos para a aguardada feira de compotas tomavam forma.

    Depois de conversar com Aldos sobre os materiais de que necessitava, Marissa, a costureira, recebeu uma ajuda específica para a reposição de tecidos e corantes. Lucinda, a responsável pela cozinha e atenta às demandas do castelo, ajudou a organizar um transporte rápido dos materiais de um fornecedor próximo. Com a ajuda de Darius, um espaço provisório para Marissa foi montado, permitindo que ela adiantasse o bordado de tecidos finos que chamariam a atenção dos convidados da feira. Marissa sentiu-se aliviada e grata, e logo as roupas e tecidos bordados começaram a tomar forma, prontos para a exposição.

    Aldos investigou o problema de abastecimento de carvão que Bran, o aprendiz de ferreiro, mencionara e descobriu que o fornecedor estava temporariamente sem reservas. Em uma ação rápida, Meistre Galvan entrou em contato com um fornecedor alternativo da Campina e garantiu uma carga de carvão suficiente para que Bran e Francis Flamel, o mestre ferreiro, pudessem retomar a forja sem interrupções. Os agricultores, por sua vez, conseguiram receber ferramentas reforçadas e afiadas a tempo da feira e para a próxima estação de plantio.

    Darla abraçou a ideia de Aldos e incluiu Hilda, a curandeira, nos planos para o ciclo de cultivo. Juntas, planejaram uma plantação em menor escala de ervas medicinais em um novo campo que fosse mais fértil e protegido. As ervas mais essenciais, como o alecrim e a camomila, foram replantadas e cresceram bem com os métodos de Darla. O estoque de ervas começou a se recompor, e Hilda, satisfeita, passou a frequentar as reuniões com Darla para coordenar o futuro abastecimento de ervas para a vila e o castelo.

    Com o apoio de Aldos, Jonas, o agricultor, e Darius avançaram com o projeto de uma estufa. Embora a estrutura estivesse apenas nos estágios iniciais, o projeto trouxe esperança ao agricultor. Com o investimento do castelo, Jonas foi capaz de acelerar o plantio de algumas sementes mais sensíveis. A promessa de uma produção constante e segura, independentemente das estações, se mostrava mais próxima de se realizar, garantindo melhores safras para o próximo ciclo.

    Aldos manteve a promessa de acompanhar Elara, a pastora, na inspeção dos animais doentes. Após separar o gado saudável dos animais adoentados, Lilliana ajudou na identificação da enfermidade, que se tratava de uma contaminação causada pela ingestão de uma erva tóxica. Meistre Galvan recomendou um tratamento com uma solução específica de ervas, que Hilda preparou com eficiência. Em pouco tempo, os animais mostraram sinais de recuperação, e Elara ficou aliviada ao ver seu rebanho mais forte novamente. Com isso, as vendas de lã e carne para a feira de compotas estavam garantidas.

    Com as demandas dos plebeus resolvidas e as orientações de Aldos executadas, Bosquedouro começou a vibrar com a proximidade da feira de compotas. Sor Harwin aproveitou o período de tranquilidade para realizar treinamentos diários com os soldados inexperientes, e o progresso, embora gradual, começou a se mostrar promissor. Aldos visitava os treinamentos sempre que podia, incentivando a guarda e oferecendo palavras de motivação que mostravam sua firmeza e desejo de ver Bosquedouro protegida.

    Na reunião final do “conselho” para a feira, Aldos sentiu-se mais confiante. Com Darla coordenando os agricultores e produtores locais, Darius cuidando da infraestrutura e Meistre Galvan orientando na logística e economia, a feira estava pronta para ser um evento que fortaleceria os laços com as casas vizinhas e também dentro da própria comunidade.



    O Dia da Feira de Compotas 

    O evento era um sucesso. As barracas de compotas, tecidos, ervas, lã e carne fresca de Bosquedouro atraíram visitantes de toda a Campina. A presença de pessoas das casas vizinhas demonstrava o prestígio e a união que Aldos, mesmo com pouca experiência, conseguiu reforçar ao mostrar compromisso e responsabilidade pela casa.

    Marissa exibia seus tecidos com orgulho, enquanto Bran e Thomas forneciam ferramentas e ferragens de alta qualidade. Hilda, com as novas ervas medicinais, era procurada por outros curandeiros, enquanto Jonas e os outros agricultores, animados com os projetos futuros, ofereciam colheitas frescas aos visitantes. Até mesmo Elara pôde vender a lã de suas ovelhas saudáveis.

    Aldos, observando o sucesso da feira, viu o quanto seu esforço e as decisões ponderadas haviam contribuído para o fortalecimento de Bosquedouro. Ele sabia que ainda havia um longo caminho a percorrer, mas agora compreendia que estava no rumo certo para se tornar o líder que a casa Rowan precisava.


    BRIANA

    Na manhã seguinte, o nem tão grande salão de Pousoveloz se transformou em um tribunal improvisado. O ambiente estava pesado, com uma luz pálida filtrando-se através das janelas estreitas, lançando sombras sobre os rostos dos senhores ali reunidos. Os lordes Mathis Rowan, Thomas Rowan e Galwen Osgrey, sentados em cadeiras imponentes sobre um estrado, observavam o local com expressões graves. A suspeita pairava no ar, e todos sentiam o peso das investigações que se iniciavam. Em silêncio, os convocados entravam um por um, aguardando o momento de serem chamados.

    Briana ao lado de suas damas de companhia Anya e Moira poderiam espionar o que ocorria sem grande dificuldade, e Anya com certeza o faria. Briana poderia se juntar a ela ou fazer suas próprias atividades durante o dia, confiando que Anya lhe contaria tudo depois.

    Lady Isadora Osgrey


    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Isador10
    Lady Isadora foi a primeira a se sentar diante do tribunal. Vestida de luto, ela tremia levemente, seu rosto marcado pela dor e pelo cansaço. Mathis Rowan a observou por um longo momento antes de falar, sua voz calma, porém implacável.

    — Lady Isadora, como mãe, avó e senhora deste lar, buscamos entender seu ponto de vista sobre essas mortes que assolaram sua casa.

    Isadora suspirou fundo, a voz trêmula enquanto tentava encontrar as palavras certas.

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Isador10
    — Foi um golpe devastador, milorde... nunca pensei que veria tanto sofrimento em Pousoveloz. Não tenho resposta para as perguntas que têm sido feitas, mas juro que farei o possível para ver justiça para essas crianças.

    Ela revelou pequenos detalhes do comportamento de cada pessoa ao seu redor, buscando tranquilizar os lordes sobre seu papel, embora a dor evidente em seu rosto mostrasse o fardo que carregava.

    Castiel e Lana Osgrey



    Em seguida, Castiel Webber e sua esposa, Lana Osgrey, foram chamados. Eles eram os pais dos gêmeos mortos e estavam visivelmente arrasados, com olhos vermelhos e vozes falhas. Lana segurava a mão de Castiel com força, enquanto tentava conter as lágrimas que ameaçavam cair.

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Castie10
    — Meu lordes... meus filhos... eram nossa vida — começou Castiel, sua voz embargada.

    Mathis Rowan fez perguntas diretas sobre os acontecimentos na noite das mortes, questionando se algo estranho fora notado ou se os gêmeos haviam demonstrado sinais de doença.

    Lana balançou a cabeça, murmurando:

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Lana_o10
    — Não havia nada, absolutamente nada. Eles eram saudáveis e fortes... até aquela noite.

    O testemunho deles, apesar de breve, foi comovente, e os lordes perceberam que seus corações estavam profundamente dilacerados, porém não havia indícios de culpa ou omissão em suas palavras.

    Gael e Liam Flowers


    Os próximos foram Gael e Liam Flowers, os ferreiros bastardos de Galwen Osgrey. Ambos entraram com o ar duro dos homens acostumados ao trabalho físico, mas havia um toque de nervosismo em seus gestos. Liam abaixou a cabeça enquanto Gael falava pelos dois.

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Liam_f10
    — Nós somos apenas ferreiros, senhores — disse Gael — Nosso dever é forjar e consertar, e só fomos chamados para atender a Casa Osgrey.

    Thomas Rowan questionou sobre as noites em que os eventos ocorreram, perguntando se haviam percebido algo fora do comum.

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Gael_f10
    — Estávamos em nossos aposentos — disse Gael, olhando brevemente para Liam — Se algo aconteceu, não soubemos de nada, milorde.

    A postura de ambos foi defensiva, mas sincera, e nada apontava para seu envolvimento.

    Melkor e Darla Osgrey


    Melkor e Darla, pais de três filhos, foram chamados a seguir. Darla segurava a mão de Melkor, o olhar dela buscando desesperadamente a confiança do marido. Darla explicou que a perda dos bebês trouxe à tona memórias dolorosas, uma vez que ela mesma havia perdido um filho anos atrás.

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    — É um peso difícil de carregar, milordes — disse Darla, a voz embargada — Mas nada sabemos além do que temos ouvido de rumores.

    Galwen perguntou se, como parte da família, eles poderiam ter alguma ideia sobre qualquer rixa antiga ou conflito não resolvido que pudesse ter levado a tragédia para dentro de casa. Melkor balançou a cabeça negativamente;

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    - Nunca imaginaria tal horror para a família, meus senhores.

    Sor Brendan


    Sor Brendan, cavaleiro da casa, aproximou-se do tribunal com uma postura rígida e formal, seu rosto inexpressivo. Ele jurou sua lealdade aos Osgrey e garantiu que, no que dependia dele, a segurança da casa era prioridade.
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    — Não admito qualquer ameaça à honra de Pousoveloz, senhores. Patrulho as redondezas e vigio os portões, mas não vi nada incomum.

    Os lordes questionaram-no sobre qualquer comportamento estranho de algum visitante ou servo, mas Sor Brendan manteve-se firme, dizendo que sua rotina estava intacta e que nenhum evento digno de nota ocorreu nos dias próximos às mortes.

    Meistre Bernard Pickle



    O meistre Bernard Pickle foi recebido com uma expressão de expectativa. Ele hesitava ao se aproximar, parecendo mais preocupado que o habitual. Com sua túnica e colar de meistre, ele se mostrou formal e educado, respondendo diretamente.

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    — Milordes, fiz o que pude para descobrir as causas dessas mortes, mas não encontrei nada que pudesse indicar doença ou envenenamento. Sem dúvida, eles morreram pela queda e afogamento, sendo impossível dizer qual deles exatamente.

    Galwen o olhou com desconfiança.
    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 197736
    — Há quem diga que o senhor é conhecido por... práticas incomuns, meistre. Pode nos garantir que não está escondendo nada?

    Pickle balançou a cabeça, parecendo sinceramente perturbado.
    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Meistr13
    — Juro pela Cidadela e por meus votos que nada fiz para prejudicar esta casa. Apenas realizei meu trabalho como de costume.

    Sor Thomas


    Sor Thomas, outro cavaleiro da Casa Osgrey, entrou na sala com um semblante sério. Ele declarou, com firmeza, que não sabia de nada que pudesse explicar as mortes e que havia cumprido fielmente sua responsabilidade de patrulha.

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    — Nunca deixei de vigiar as entradas, milorde. Se houve uma invasão ou algo desse tipo, juro que não foi pela minha negligência.

    Os lordes acenaram, observando que sua lealdade parecia genuína.

    Tim Bults e Dinah Bult


    Por último, chamaram Tim Bults, o carpinteiro, e sua esposa, Dinah Bult, dona da hospedaria Doce Donzela. Tim era um homem simples, com o rosto marcado pelo trabalho duro, enquanto Dinah parecia mais nervosa, segurando o avental com força enquanto falava.

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    — Somos apenas trabalhadores, milorde. Eu construo, e minha esposa gerencia a hospedaria... Não sabemos nada sobre o que aconteceu — disse Tim, sua voz baixa e ansiosa.

    Os lordes questionaram Dinah, especialmente sobre o movimento em sua hospedaria nos últimos dias, e ela confirmou que não havia notado nada anormal.

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    — Os dias foram tranquilos... só recebemos mercadores e alguns viajantes de passagem, e nenhum na data da morte dos meninos.

    Concluídos os interrogatórios, Mathis Rowan, Thomas Rowan e Galwen Osgrey compartilharam olhares silenciosos, refletindo sobre cada depoimento. 

    Embora as respostas não tenham trazido uma solução imediata, algo nas entrelinhas parecia indicar que a verdade se escondia, ainda que velada.
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    Mensagem por thendara_selune Sex 1 Nov 2024 - 14:30

    Na manhã seguinte, o salão de Pousoveloz, embora modestamente adornado, transformara-se em um tribunal improvisado. A luz pálida que se filtrava através das janelas estreitas lançava sombras traiçoeiras sobre os rostos dos lordes ali reunidos, acentuando a gravidade da situação. No estrado, vislumbrei meu pai e meu irmão, acompanhados do Lorde Galwen Osgrey, todos com expressões de severidade que refletiam o peso do momento.


    A meu lado, estavam minhas damas de companhia, Anya e Moira, com as quais observava a cena sem qualquer esforço. Anya, com seu olhar perspicaz, não deixaria escapar um único detalhe. O desenrolar de tudo era intrincado; eu, com apenas dezessete anos, jamais testemunhara algo de tamanha gravidade, e a morte dos gêmeos lançara sobre mim um véu de cinza que obscurecia minha visão do mundo.
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    Permanecei ao lado de Anya até o final do inquérito, apertando sua mão com carinho antes de fazer o mesmo com Moira, pois estava convencida de que quem cometesse tal crime cruel mereceria a mais severa das punições.

    A cada depoimento, a atmosfera tornava-se mais densa e opressiva. Cada resposta parecia lançar mais sombras do que luz sobre o mistério que nos cercava; no entanto, em meio àquela confusão, sentia que, nas entrelinhas, algo indicava uma verdade ainda oculta. Observando a todos com um fervor crescente, meu desejo por justiça se intensificava. Convicta de que a verdade acabaria por emergir, acreditava firmemente que os responsáveis por tamanha atrocidade não poderiam, de modo algum, escapar impunes.
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    Mensagem por DariusNovadek Sáb 2 Nov 2024 - 17:11

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 _1edf310
    Aldos Rowan

    Hora:Dia
    Día:23
    Clima:Ensolarado
    Lugar:Bosquedouro



    ⚜⚜⚜⚜⚜⚜



    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 2063937_98e27


    Aldos trabalhou bastante durante os dias que se seguiram, para que a feira das compostas fosse um sucesso. E seu esforço em conjunto com os esforços dos seus companheiros teve resultado: A feira das compostas pareceu ser um sucesso.

    Aldos saboreava o sabor de um bom trabalho feito, muito mais do que os doces ali expostos. Ele caminhava entre a feira, acenando aos plebeus. Observando o bom andamento da feira. COnversava um pouco com cada um que viesse falar com ele. Mas, após todo o social feito, se direcionaria aonde a comitiva Fossoway estivesse, tentando um contato entre as casas, e vendo ansiosamente quem os tinha visitado.

    Emme



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    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Empty Re: O Jogo dos Tronos - Rowan

    Mensagem por Alexyus Sex 8 Nov 2024 - 15:07

    Briana Rowan

    Nos dias seguintes, enquanto Briana passeava pela paisagem bucólica dos arredores da torre de Pousoveloz juntamente com Anya e Moira, seu pai continuava a investigação juntamente com seu irmão Thomas e o Lorde Osgrey.

    Lorde Mathis Rowan, ciente do fardo que pesava sobre a casa Osgrey e da angústia gerada pela morte das crianças, tomou a investigação para si, determinado a chegar ao fundo do mistério.

    A primeira pista veio ao revisar os registros e a linha de sucessão de Pousoveloz, ao lado de Meistre Galvan. Examinando com detalhes as circunstâncias das mortes, ele começou a suspeitar de uma interferência proposital, percebendo um padrão nas datas e nos vínculos familiares. Era notório que, com as mortes, a sucessão direta de Pousoveloz começava a vacilar, e bastava um erro para que Liam Flowers, um bastardo do sangue Osgrey, pudesse se beneficiar.

    Intrigado, Mathis passou a realizar audiências discretas com os criados e guardas de Pousoveloz. Alguns relataram que Liam fazia visitas tardias aos aposentos das crianças, usando desculpas de trabalho noturno ou questões de segurança, o que, embora estranho, tinha sido inicialmente ignorado. Uma criada mais velha, hesitante, revelou que sentiu um cheiro incomum no quarto de uma das crianças em uma noite, algo que ela agora associava a ervas medicinais, mas que antes passara despercebido. Esses relatos inquietaram o lorde, que passou a suspeitar de envenenamento.

    Para confirmar suas dúvidas, ele instruiu Hilda, a curandeira de Bosquedouro, a verificar o quarto das crianças e a examinar vestígios de substâncias tóxicas, particularmente em travesseiros e lençóis. Ela encontrou traços de uma erva comum em infusões, mas que, em dosagens maiores, poderia provocar efeitos letais em crianças pequenas. Aquela descoberta foi um golpe certeiro que fortalecia a teoria de Mathis.

    Mathis convocou Sor Harwin e Sor Acalon a observar discretamente os passos de Liam, atentos para qualquer indício de cumplicidade ou nervosismo. Harwin, em uma de suas vigias, avistou Liam deixando um cômodo próximo ao berçário das crianças. Perto dali, encontrou uma pequena bolsa que continha ervas semelhantes às descritas por Hilda, o que fez Mathis concluir que Liam poderia estar usando uma mistura discreta e gradativa para envenenar as crianças.

    Em posse de todas as evidências, Lorde Mathis chamou Liam a sua presença. A sala estava sombria, e Mathis se posicionou imponente, as mãos firmes sobre a mesa. Sem rodeios, começou a questionar o bastardo, avançando de forma calculada, expondo um a um os achados da investigação.

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    — Diga-me, Liam, o que o levava a rondar os aposentos das crianças à noite? — Mathis perguntou, a voz fria.

    Liam, inicialmente calmo, começou a vacilar. Justificou que tinha ido fazer rondas de segurança, mas Mathis rebateu cada desculpa, apontando os testemunhos e as ervas encontradas. Com cada palavra de Mathis, o semblante de Liam se tornava mais pálido, até que, ao ver que estava cercado, cedeu sob a pressão.

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Gael_f10
    — Eu só queria… uma chance. Um lugar de destaque que nunca me foi concedido — confessou, a voz tremendo. — Eles nunca me veriam como algo além de um bastardo. Achei que… se os herdeiros legítimos partissem… eu teria minha oportunidade.

    Mathis, com um olhar de desdém, encarou o traidor, desaprovando em silêncio o ato covarde que ele havia cometido.

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 A2f99810
    — O nome Osgrey jamais seria tomado por um assassino como você — disse Mathis, com a frieza de quem estava fazendo justiça.

    A confissão de Liam marcou o fim de uma investigação que revelou não só o perigo da ambição desmedida, mas também a astúcia de Mathis Rowan em desvendar uma traição dentro de sua própria rede de aliados.

    A execução de Liam Flowers foi realizada ao entardecer, no pátio de Pousoveloz, sob um céu nublado que refletia a gravidade do ato que estava prestes a ocorrer. A notícia do crime hediondo cometido contra as crianças da casa Osgrey se espalhara rapidamente, e as pessoas se reuniram em silêncio, formando uma audiência silenciosa e solene. Lorde Mathis Rowan, com sua postura imponente, havia decidido que a punição deveria ser pública, não apenas para assegurar que a justiça fosse vista, mas para reafirmar a força e a honra dos Osgrey diante de qualquer ameaça interna ou externa.

    Ao lado de Mathis estava Sor Harwin Stone, o capitão da guarda, e alguns soldados, todos com olhares rígidos. Mathis usava uma vestimenta cerimonial de tons sombrios, sobre a qual pendia o símbolo de sua casa. Em suas mãos, ele segurava a espada ancestral da Casa Rowan, um símbolo de autoridade e justiça que ele havia trazido especialmente para essa ocasião.

    Liam foi trazido ao centro do pátio, com as mãos atadas, o rosto pálido e o olhar vazio. Ao encarar Mathis, seu rosto mostrou brevemente uma mistura de medo e amargura, mas ele sabia que não havia escapatória.

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 A2f99810
    — Liam Flowers — começou Mathis, sua voz ecoando pelo pátio em um tom firme e impiedoso — você foi condenado pela covardia de tirar a vida dos inocentes que pertenciam ao sangue da Casa Osgrey. Traiu aqueles que um dia o acolheram, e seu ato desonra o próprio nome que tentou conquistar.

    Liam abaixou a cabeça, talvez por vergonha, talvez por reconhecer que suas tentativas de ascender resultaram em uma ruína ainda maior do que ele poderia imaginar. Mathis, sem desviar o olhar, ergueu a espada em um gesto que era tanto simbólico quanto definitivo.

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    — Em nome de Robert Baratheon, Primeiro de seu nome, Rei dos ândalos, dos Roinares e dos Primeiros Homens, Senhor e Protetor dos Sete Reinos, e pela justiça dos Deuses Novos e Antigos, e pela honra das casas Osgrey e Rowan, eu, Mathis Rowan, como senhor de Bosquedouro, sentencio você a morrer por seu próprio crime, na presença daqueles a quem traiu.

    As palavras de Mathis ficaram no ar por um momento, densas como a atmosfera pesada do entardecer. A multidão assistia em silêncio absoluto enquanto ele dava um passo à frente, segurando firmemente a espada. Ele inspirou fundo, focado, e, num golpe rápido e certeiro, trouxe a lâmina em um arco decidido, decapitando Liam Flowers em um único movimento limpo.

    O corpo de Liam caiu ao chão, sem vida, enquanto a espada ancestral de Mathis ainda retinha traços do sangue derramado. Ele deu alguns passos para trás, mantendo a postura altiva, observando o fim da execução com a dignidade de quem sabia que um crime fora punido.

    Em silêncio, Mathis olhou para o horizonte, como se refletisse sobre a fragilidade das lealdades e sobre o peso das responsabilidades que recaiam sobre ele. A multidão começou a se dispersar em silêncio, ciente de que o lorde havia cumprido seu papel, e que a justiça, por mais amarga que fosse, era a única forma de preservar a honra e a segurança de todos.

    No dia seguinte, a comitiva Rowan partiu de Pousoveloz de volta a Bosquedouro.


    Aldos Rowan

    A feira das compotas em Bosquedouro, cercada por campos exuberantes e tons dourados do final do verão, era um sucesso retumbante, um reflexo dos esforços incansáveis de Aldos e dos que colaboraram para o evento. Aldos, circulando entre as tendas e barracas, sentia o sabor da vitória com cada elogio, riso e cumprimento que recebia. As compotas, expostas em potes que refletiam a luz do sol, tinham sido preparadas com esmero pelas cozinheiras da Casa Rowan e pelos agricultores das redondezas. Os aromas doces de frutas e ervas pairavam no ar, atraindo famílias inteiras para provar e comprar.

    Aldos caminhava pelo evento, cumprimentando plebeus com acenos amigáveis e trocando palavras de incentivo e reconhecimento. Ele parava com frequência para conversar com os vendedores e provar algumas compotas; cada sabor lhe trazia uma satisfação genuína. Aldos se via em um papel de liderança que, embora novo, começava a lhe parecer mais natural.

    No entanto, ao cruzar a praça principal, ele notou a presença de dois grupos distintos e discretos: emissários das duas casas Fossoway, de Solar da Cidra e de Novo Barril. 

    Reconhecíveis pelas cores e brasões, as maçãs vermelhas de Solar da Cidra e as verdes de Novo Barril, eles observavam a feira e conversavam entre si, mantendo certa reserva. Não havia presença de nobres, mas esses visitantes representavam algo mais que simples observadores: eram um sinal de que as casas Fossoway estavam atentas aos movimentos de Bosquedouro.

    Os representantes Fossoway se portaram com a devida cortesia, elogiando a hospitalidade de Bosquedouro e expressando apreço pela variedade de produtos apresentados na feira. Embora diplomáticos e reservados em suas palavras, os emissários mostravam interesse nas tradições e cultura dos Rowan, e Aldos percebeu que a feira oferecia um espaço de aproximação entre as casas, mesmo que de forma indireta.

    Aldos, inspirado pela presença dos Fossoway, aproveitou a conversa para compartilhar a importância das compotas e das colheitas para sua casa e a esperança de futuras colaborações. Ele falou das dificuldades superadas com o planejamento agrícola e das melhorias na terra, sentindo que seu empenho em temas rurais poderia impressionar positivamente os visitantes.

    Enquanto o evento prosseguia, Aldos observava os representantes circulando pela feira, interagindo com os plebeus e apreciando os produtos locais. Ele sabia que o sucesso da feira representava mais do que uma celebração para seu povo; era uma oportunidade de consolidar alianças e fortalecer laços com casas vizinhas. Com o cair da noite e as luzes das velas e lamparinas iluminando o recinto, Aldos se permitiu uma última volta entre as barracas, agora confiante de que o esforço havia sido mais do que recompensado.
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    Mensagem por thendara_selune Qua 13 Nov 2024 - 14:44


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    Briana Rowan

    Hora:Dia
    Día:16
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    Lugar:Partida




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    OFF @Alexyus: FALAS / FALAS DE NPCS/PENSAMENTOS DA BRIANA






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    A brisa suave me envolveu mais uma vez, como um toque de pele que me arrastava para um lugar distante, ao redor de Pousoveloz. O ar, antes carregado com o doce aroma das promessas, agora se tornava espesso, impregnado de uma sombra que me tocava com a sutileza de uma paixão que ainda não sabia como se manifestar. As árvores ao meu redor pareciam murmurantes, como se secretamente estivessem observando o que eu não ousava compreender. Ao meu lado, Anya e Moira caminhavam, suas presenças tão leves, quase etéreas, contrastando com o peso de meu pai à frente. Ele estava ali, distante, imperturbável, sua lâmina reluzindo como um fragmento congelado de tempo, refletindo os últimos vestígios do sol. Meu coração se contraía, como se, ao tocar aquela cena, sua justiça se tornasse mais pesada, mais profunda, mais irremediável. Ele estava tão seguro em sua frieza, tão firme em sua implacabilidade, que eu o admirava com uma intensidade que me era própria, um misto de reverência e até medo.


    Envolta por tudo aquilo, sentia-me pequena e ao mesmo tempo vastamente expandida, como se aquela cena de justiça fria e silenciosa ecoasse dentro de mim, moldando-me com as mãos invisíveis da inevitabilidade. O vento continuava a tocar as folhas com a delicadeza de uma carícia que parecia não pertencer a este mundo. Mas era a sua frieza que me tocava mais fundo. Ele, meu pai, com sua lâmina e seu olhar, me fazia sentir o peso de cada escolha que ainda estava por vir. E eu, perdida entre os silêncios e os ecos, apenas o observava, imersa na sensação de que tudo estava prestes a mudar.

    Eu, Briana Rowan, sempre habituada à certeza das minhas convicções, me vi subitamente perdida no abismo do vazio. A dor da perda dos gêmeos, aquela cicatriz não cicatrizada, parecia agora apenas um prelúdio para a perda ainda maior que vinha com a sentença de meu pai. A minha inocência se fora, desfeita pelo som agudo da lâmina, que cantava sua música cortante, e, de algum modo, aquilo me alegrava. 

    Algo em mim, que antes se recusava a compreender, agora se entregava àquele rito sombrio, como se fosse a única forma verdadeira de sentir. O alívio foi instantâneo, pois, ao ser tocada pela dureza da realidade, senti pela primeira vez uma espécie de clareza. A dor e a justiça se entrelaçavam, e com isso, uma nova e amarga liberdade surgia em mim. 

    O vento nas folhas, o canto das aves — tudo se tornava um eco distante, como se meu corpo estivesse aqui, mas minha alma já estivesse em outro lugar, buscando algo que não sabia nomear. As palavras de meu pai ainda me perfuravam, implacáveis: "A justiça não conhece a suavidade da misericórdia. Às vezes, ela exige apenas coragem." E era essa coragem que se tornava cada vez mais pesada, tão presente quanto o céu cinzento que se fechava sobre nós.


    No dia seguinte-  @Alexyus
    Alex, vou postar assim. Se elas toparem ir com a Briana, você considera o restante da postagem.




    Nos despedimos sem palavras. Apenas um toque, as mãos de Anya entre as minhas, com a força de quem não precisa mais falar para se entender. "Pode ficar, Anya, se isso for o que seu coração precisa. A porta de meu lar estará sempre aberta para você." Olhei para Moira e o mesmo gesto, a mesma suavidade. "Vocês têm o direito de escolher. Nem eu, nem meus pais, podemos decidir por vocês." Era meu jeito de me entregar, sem promessas, apenas a verdade nua e crua de que nem eu sabia o que fazer com o peso do mundo. Não mais. Olhei nos olhos de Anya, e então, nos olhos de Moira, e deixei a dor e a compreensão fluírem. "Fosso Gelado pode ser o lugar que seu coração deseja. Não haverá distância entre nós, apenas o tempo, e sempre haverá uma chance para nos reencontrarmos."

    E assim, de alguma forma, sem as respostas que procurava, senti-me mais inteira. Em cada gesto, uma renúncia, um amadurecimento, uma escolha não feita. Eu, finalmente, entendendo que a vida se desenrola não nas palavras, mas nas entrelinhas do silêncio que nos transforma.



    Quando seguimos para o castelo, uma paz inesperada veio com a estrada de Bosquedouro. O canto suave das aves parecia sussurrar uma esperança discreta, resistindo à escuridão que nos cercava. As folhas, movendo-se sob a brisa, traziam-me consolo, pois, no fim, sabia que não era apenas a dor que moldava o caminho, mas a força de encarar a verdade.

    Chegando em casa, a palavra "lar" me soou poderosa, como uma terra que eu queria beijar. Cumprimentei meus pais com educação, e então disse:Vou me retirar com minhas amigas…” Olhei para Thomas, oferecendo-lhe um sorriso de cumplicidade, como quem dizia: O peso de ser herdeiro fará você fazer escolhas que moldarão seu espírito.

    Quando entrei em meu quarto, me despi e encontrei a paz na banheira de pedra, cheia de ervas e flores aromáticas. As meninas, provavelmente, estavam desfrutando do mesmo conforto. Afundei na água morna, meu corpo se entregando à tranquilidade daquele momento. Quando terminei, vesti um vestido simples e me sentei na cama, adormecendo quase imediatamente.

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Oig2_120




    Horas depois, fui despertada por batidas suaves. Uma serva entrou, sorrindo discretamente, e informou que o jantar seria servido no salão. No entanto, minha mãe, com sua habitual empatia, preparara algo mais íntimo: um pequeno jantar para mim e minhas amigas na varanda, com vista para o jardim. O cenário estava perfeito, com suas fontes murmurantes e estátuas elegantes de virgens e cavaleiros, banhadas pela suave luz das estrelas. O jantar era convidativo, o vinho doce servido em taças de vidro multicolorido, refletindo a luz da noite. Pratos leves, doces delicados como sobremesa e um bilhete escrito com a caligrafia impecável de minha mãe. Aquela letra sempre tão encantadora. “A vida tem atribulações. O que nos fortalece ou nos amedronta é temer aceitar que nossas escolhas é que guiarão nosso futuro.” O som do vento, como uma melodia suave, acompanhava a tranquilidade do momento. Minhas amigas estavam deslumbrantes, vestindo trajes delicados, com vestidos de ombros à mostra, sofisticados como os estilos que víamos em Margaery Tyrell. Um toque de classe que evocava a nobreza e a beleza atemporal que sempre admirei. Era um consolo para nós aquele momento.

    “Descansaram?” perguntei suavemente, meus lábios se curvando em um sorriso acolhedor.




    Visual das cabritinhas:






    Emme



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    Mensagem por Alexyus Ter 26 Nov 2024 - 23:14

    BRIANA ROWAN

    Após a apuração do crime, Briana conversou com suas damas de companhia.

    "Pode ficar, Anya, se isso for o que seu coração precisa. A porta de meu lar estará sempre aberta para você." Olhei para Moira e o mesmo gesto, a mesma suavidade. "Vocês têm o direito de escolher. Nem eu, nem meus pais, podemos decidir por vocês." Era meu jeito de me entregar, sem promessas, apenas a verdade nua e crua de que nem eu sabia o que fazer com o peso do mundo. Não mais. Olhei nos olhos de Anya, e então, nos olhos de Moira, e deixei a dor e a compreensão fluírem. "Fosso Gelado pode ser o lugar que seu coração deseja. Não haverá distância entre nós, apenas o tempo, e sempre haverá uma chance para nos reencontrarmos."

    Anya descartou a proposta de Briana de imediato. Anya ergueu o queixo, o olhar brilhando com uma determinação feroz. Seus olhos fixaram-se nos de Briana, e havia uma intensidade em sua voz que transbordava tanto de paixão quanto de desdém pelo que havia sido sugerido.

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Anya11
    — Pousoveloz? — repetiu ela, quase rindo, mas sem humor. 

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    — No fim do mundo, em meio a um inverno que nunca termina e a problemas que não são meus? Perdão, minha senhora, mas prefiro ficar onde minha presença tem valor, onde minha lealdade pode fazer alguma diferença.

    Ela deu um passo à frente, seus dedos crispados ao lado do corpo, como se as palavras fossem insuficientes para expressar o que sentia.
    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Anya11
    — Eu escolhi você, Briana. Escolhi servir a alguém em quem acredito, e não me rebaixarei a buscar refúgio em um lugar onde só seria uma sombra do que posso ser ao seu lado. Sua família está em crise? Pois bem, isso me torna ainda mais indispensável. Não sou de virar as costas quando as coisas ficam difíceis. Pousoveloz não precisa de mim, mas você precisa.

    Anya cruzou os braços, com um sorriso que misturava sarcasmo e lealdade genuína.
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    — Se meu coração desejasse isso, já teria partido. Mas não é em terras ermas e esquecidas que encontro meu propósito, minha senhora. É aqui, ao seu lado, enfrentando cada tempestade que vier.

    Moira, que havia se mantido em silêncio enquanto Anya falava, finalmente deu um passo à frente. Seu semblante era mais tranquilo, mas havia uma firmeza em seus olhos que deixava claro que suas palavras seriam igualmente resolutas. Ela hesitou por um momento, escolhendo com cuidado o tom e as palavras, antes de finalmente falar.
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    — Concordo com Anya, minha senhora — começou, sua voz suave, mas cheia de convicção. — Fosso Gelado pode ser um lugar de beleza e força para aqueles que o chamam de lar, mas para mim… não seria o mesmo.

    Ela olhou para Briana, os lábios curvando-se em um sorriso ligeiramente melancólico.
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    — Em Bosquedouro, minha senhora, há movimento, há oportunidades para crescer, aprender, e contribuir para algo maior. Sei que lá tenho mais chances de encontrar um caminho que me faça feliz e realizada, sem estar isolada em um canto distante do mundo.

    Moira endireitou os ombros, como se temesse que sua franqueza pudesse ser vista como desrespeitosa, mas ainda assim continuou.
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    — Quero estar onde minha presença pode significar algo, onde minhas habilidades e meu espírito podem florescer. E, com todo o respeito, acredito que isso só é possível aqui, em Bosquedouro, ao lado de uma senhora como você, em um lugar que pulsa com vida e possibilidades.

    Ela lançou um olhar cauteloso para Anya, como que buscando apoio, antes de voltar a encarar Briana.
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    — Não é uma rejeição ao seu lar, minha senhora, mas uma escolha para o meu. E espero que possa compreender que essa escolha não diminui minha lealdade ou meu carinho por você. Bosquedouro é onde posso ser eu mesma, e é lá que sinto que meu futuro aguarda.


    CAPÍTULO 3:
    RAÍZES E FRUTOS
    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Freepi10O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Freepi11
    "Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses."

    — Inscrição no Templo de Apolo, em Delfos


    BRIANA ROWAN

    O retorno a Bosquedouro foi sem sobressaltos para a comitiva Rowan e principalmente para Briana.

    Com Lorde Mathir presidindo tudo, e Thomas sendo seu segundo em comando, toda a expedição funcionava perfeitamente, e Briana era deixada em paz com suas damas de companhia para fazer o que lhe aprouvesse, sempre sob a vigilância cerrada de Sor Jax Falkar ou um de seus substitutos.

    No mês subsequente ao retorno à sede Rowan, Briana notou que Anya passou a ser cortejada por diversos cavaleiros e nobres menores, que vinham a Bosquedouro sob alegações fracas que mal disfarçavam seu interesse na dama Osgrey. Aparentemente, o falecimento dos gêmeos da herdeira Osgrey tinha sido notícia corrente em todos os arredores, e isso aumentou muito o interesse na filha disponível da casa. Mas Anya, muito ciosa do que realmente queria, dispensava a todos com uma fria polidez.

    Moira, por outro lado, era querida pelos familiares de Briana e também pelos servos do castelo, mas isso pouco a ajudava a atrair pretendentes. A jovem Webber, apesar de ser inegavelmente virginal e nada desagradável aos olhos, não recebeu propostas após sua viagem a Porto Real. Na verdade, seus pretendentes somavam apenas o primo de Anya e um dos cavaleiros que Thomas levara ao torneio do rei, e nenhum destes era seriamente considerado.

    Briana também não recebera ainda notícias de Alekyne Florent e nem de Dyckon Tarly. Ainda era cedo para descartar o interesse deles, mas a falta de rapidez nas ações deles era um sinal ruim de desinteresse ou de desimportância.

    Certa noite, a brisa noturna acariciava o rosto de Briana, mas, ao abrir os olhos, ela percebeu que não estava em seu corpo habitual. No sonho, ela era um cavalo, um magnífico corcel de pelo escuro e reluzente. A sensação era estranha e ao mesmo tempo instintiva.

    Ela sentia a força pulsando nas pernas poderosas, o coração batendo com vigor no peito, e o vento fluía por sua crina enquanto trotava livremente pelo campo iluminado pela prata do luar. Cada passo que dava parecia ressoar como uma melodia harmoniosa na vastidão da noite.

    O cheiro da terra úmida e da relva fresca era tão intenso que parecia vivo. Ela galopava, sentindo-se parte do mundo de uma maneira que nunca experimentara antes. As estrelas no céu pareciam mais próximas, e o sussurrar do vento trazia segredos que ela não compreendia, mas sabia serem importantes.

    Havia uma sensação de pertencimento, como se o mundo ao seu redor fosse uma extensão de si mesma. Sentia-se invencível, ao mesmo tempo que frágil, como se estivesse sendo chamada por algo maior do que podia entender.

    Ao longe, avistou um rio serpenteando suavemente pelo vale. O som da água correndo a atraía, e ela correu até ele, parando para beber. Ao olhar para o reflexo na superfície, viu o rosto de uma jovem mulher por um breve momento — o seu rosto — antes de ele se transformar novamente no do cavalo.
    Um som distante interrompeu a serenidade: o grito de um lobo ou de algo mais selvagem ecoando pelas colinas. Ela não teve medo. Apenas ergueu a cabeça e, com um relinchar forte e determinado, respondeu ao chamado.

    Quando Briana acordou, seu coração ainda estava acelerado, e a sensação de liberdade e conexão com algo ancestral permanecia. Por um instante, ela sentiu como se o sonho não fosse apenas um devaneio, mas uma janela para algo mais profundo dentro de si mesma.

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    ALDOS ROWAN

    Aldos Rowan caminhava pelo grande salão de Bosquedouro, a madeira das vigas refletindo a luz suave das tochas. Apesar de a presença de seu pai, Lorde Mathis Rowan, e de seu irmão mais velho, Thomas, trazerem alívio e estabilidade à casa, Aldos sentia-se inquieto.

    Desde a volta deles, o peso de sua atuação como líder interino ainda pairava no ar. Havia murmúrios dos servos, comentários sussurrados nos corredores sobre como ele havia "segurado as rédeas". O meistre Galvan, sempre discreto, havia elogiado sua gestão durante os tempos difíceis, mas agora, com Mathis reassumindo, Aldos sentia-se como um barco à deriva, sem um propósito claro.
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    — Você fez o que pôde, Aldos — disse seu pai certa manhã, enquanto analisava os livros de contas que Aldos cuidadosamente mantivera em ordem. — A casa prosperou em minha ausência.

    O elogio deveria tê-lo tranquilizado, mas havia um tom em Mathis que parecia mais condescendente do que sincero. Thomas, por sua vez, mantinha-se em silêncio, observando tudo com seu olhar crítico. Ele era o herdeiro óbvio, forte e confiante, o que deixava Aldos em uma posição secundária, mesmo quando suas ideias eram úteis.

    Apesar disso, Aldos buscava maneiras de continuar sendo relevante. Ele dedicava-se com afinco às tarefas menores, envolvendo-se na organização de eventos sociais e na diplomacia com as casas vizinhas. Recentemente, ele sugerira que Bosquedouro aumentasse o cultivo de ervas medicinais, uma ideia que fora bem recebida, mas a aprovação final vinha sempre de Mathis ou Thomas.

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    — Você não precisa ocupar um espaço, jovem senhor — aconselhou o meistre Galvan, ajustando seus óculos. — Precisa criar o seu próprio.

    Essas palavras ecoaram em Aldos, mas ele ainda buscava como colocá-las em prática.

    Uma noite, durante um jantar, Mathis mencionou casualmente as visitas de donzelas nobres que buscavam um casamento vantajoso com Aldos. Ele sentiu o calor subir ao rosto enquanto sua mãe esboçava um sorriso discreto.
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    — Parece que meu segundo filho tem chamado atenção — disse Mathis, um brilho paternal nos olhos.

    Não eram damas de alto nascimento, e seu status era bem abaixo do de Aldos, portanto eram apenas caçadoras de maridos e fortunas, indignas de qualquer atenção de seu pai. 

    Thomas riu, embora sem malícia. 
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    — É bom saber que há futuro para a casa, mesmo se algo me acontecer.

    Aldos sabia que o comentário era uma tentativa de leveza, mas o lembrou de sua posição: sempre uma sombra.

    Mas naquele dia, Aldos estava no salão de estudos, absorto em um mapa das terras vizinhas, quando ouviu o som de passos firmes e cadenciados no corredor. O leve rangido da porta anunciou a entrada do meistre Galvan, com suas vestes cinzentas esvoaçando e um rolo de pergaminho firmemente segurado em suas mãos.
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    — Meu jovem senhor — começou Galvan, sua voz carregando um tom de seriedade misturada com uma leve satisfação. — Recebemos mensagens de corvos mensageiros nesta manhã.

    Aldos ergueu os olhos do mapa, arqueando uma sobrancelha. O meistre aproximou-se da mesa, desenrolando o pergaminho cuidadosamente. 
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    — Notícias importantes, eu diria, especialmente para você. As mensagens vêm de duas casas aliadas: os Crane e os Fossoway.

    Ao ouvir os nomes, Aldos sentiu o coração acelerar levemente, embora mantivesse uma expressão neutra. Galvan ajeitou os óculos e leu em voz alta:


    Lady Erin Crane expressa o desejo de visitar Bosquedouro, acompanhada por uma comitiva modesta. Ela espera ter a oportunidade de conhecer o estimado Lorde Aldos Rowan e fortalecer os laços entre as nossas casas.

    Fazendo uma pausa, Galvan colocou o primeiro pergaminho de lado e pegou o segundo.


    Lady Aveline Fossoway solicita gentilmente permissão para visitar Bosquedouro. Ela carrega um grande respeito pela sua família e vê nesta visita uma oportunidade de ampliar os bons relacionamentos entre as nossas linhagens.

    O meistre olhou para Aldos por cima dos óculos, um sorriso discreto curvando os lábios. 
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    — Parece que o senhor está ganhando popularidade, e não apenas dentro de Bosquedouro. Essas visitas não são meras cortesias. Não, meu jovem senhor. São gestos claros de interesse. Ambas as famílias veem em você um potencial aliado, e, é claro, um futuro esposo para suas filhas.

    Era lisonjeiro, sem dúvida, mas também uma responsabilidade que Aldos sabia que não poderia tomar de ânimo leve.

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 180px-250px-sio_bibble
    — Já providenciei acomodações dignas para ambas. E preparei o pátio para que as donzelas possam ver Bosquedouro em toda a sua beleza. Acho que chegou a hora de mostrar o quanto você pode crescer, meu jovem senhor. Aproveite essa oportunidade com sabedoria.
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    Mensagem por thendara_selune Seg 2 Dez 2024 - 12:36

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 AD_4nXcrsc6GNoyB0kpcvbyD3g7gkUc8J0bX0GxAXJY3n721PZ8kNQszMsX34j7uXyUj6LUWyX9K-aYciRFxP_NG9XAkq1qig2KxrfWJmsMPx6UHlc99A3Z8C_WBYkZ1_UsgHWzkXyAcFQ?key=OPqcaImXoV_TyZDQ2gm1FXUa
    Briana Rowan

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    OFF @Alexyus: Pra facilitar coloquei essas cores espero que ajude  Very Happy Negrito - FALAS / FALAS DE NPCS/PENSAMENTOS DA BRIANA
     Bolei o post pensando nos dias que se seguiram, para dar uma adiantada e nortear o que a personagem vai priorizar. Assim que atualizar a ficha, vou guiando a personagem aos poucos dentro da narrativa. O sonho ficou massa cheers ! Vamos ver quando o inverno chegar se a Briana vai ficar meio Arya ou se vai pesar mais o lado 'sonsa'. Ahuahuhua!







    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Oig4_221



    O Retorno a Bosquedouro



    O retorno a Bosquedouro foi sereno, mas meu coração insistia em inquietar-se. A tragédia dos gêmeos Osgrey não era apenas um evento distante; era uma ferida aberta, pulsando em cada memória, tingindo meu outrora doce mundo com tons de cinza. Ainda assim, algo dentro de mim lutava para emergir, como uma chama teimosa enfrentando o vento. Pela primeira vez, me perguntei: e se eu puder ser mais do que apenas uma dama? Nos corredores do castelo, mantinha a mesma fachada: um sorriso doce para os criados, palavras gentis para os cavaleiros.

    — Bom dia, Sor Jax. O treino foi proveitoso? — perguntei, recebendo a reverência de sempre.









    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Oig1_221

    Antes mesmo do meu desjejum, eu já sabia que Liana tinha o hábito de treinar sozinha. Assim, nas manhãs seguintes, dediquei-me ao arqueirismo sob sua tutela. Ao final, comíamos algo juntas, e logo eu estava pronta para as demais atividades do dia. Meus braços, antes moldados pela dança, agora aprendiam a tensão do arco. Liana, paciente, ensinava como posicionar as mãos e ajustar a postura. Até então, meu conhecimento era decorativo, algo para impressionar pretendentes. Mas agora, a cada flecha que errava o alvo, sentia-me mais próxima de acertar o centro, como se cada tentativa reafirmasse minha determinação: eu podia moldar meu destino.
    Minha égua, Ceres, tornou-se meu refúgio. Cavalgava pelos campos com Anya e Moira, sentindo o vento desordenar meus cabelos, um lembrete de que ainda podia ser livre

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Oig212




    — Você não é de ferro, Briana — alertava Moira, cuidadosa.
    Eu apenas sorria, observando seu trote elegante. Moira parecia entender, em silêncio, que algo em mim havia mudado.
    — Você vai afastar todos os seus pretendentes assim, Bri! — brincou Anya certa vez.
    — Que afastem — respondi, rindo. — Prefiro ser temida a subestimada.
    Moira sorriu de lado, como se compartilhasse do desejo de algo mais na vida.





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    À noite, Lady Lana Webber supervisionava meus estudos com rigor. Eu cantava, dançava e pintava, mas também mergulhava nos registros dos Sete Reinos, fascinada pelas mulheres que, mesmo silenciadas, moldaram eras. Queria ser como elas: uma força ativa na história, não uma nota de rodapé.
    Na biblioteca, eu aproveitava cada momento de pausa de Thomas, observando-o com atenção enquanto ele organizava os livros ou lia alguma página perdida. Assim que percebia uma brecha, me aproximava com um sorriso tímido, mas determinado.


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    — Você pode me ensinar isso? — pedia, apontando para um trecho complicado ou para um conceito que ele mencionara casualmente. — Pode me ensinar sobre história? Talvez até heráldica — sugeri, sorrindo suavemente enquanto ele saboreava um cálice de licor preparado por nossa mãe. — Um dia, pode ser útil.
    Minha voz doce tornava o pedido irrecusável.

    No salão de treino, Aldos enfrentava meu entusiasmo desajeitado.

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    — Aldossss! — exclamei, segurando duas espadas de madeira. — Me ensine a lutar? Por favorrr!
    Ele suspiraria, os ombros caindo levemente enquanto fingia relutância.
    — Mas vai ser nosso segredo, tá?! — acrescentei com um sorriso travesso, piscando com cumplicidade, como se estivesse compartilhando uma confissão proibida.





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    Certa noite, um sonho me encontrou. Eu não era eu mesma, mas um corcel majestoso, cortando o vento com vigor. Ao olhar meu reflexo nas águas do rio, vi algo selvagem e indomável. Era um símbolo do que eu estava destinada a ser.
    Ao despertar, a selvageria do sonho ainda pulsava em mim. Eu sabia: meu lugar no mundo havia mudado. A menina que buscava aceitação agora desejava comandar sua própria narrativa. Seria forte. Seria corajosa. E o homem que desejasse estar ao meu lado teria que ser tão valente quanto o espírito que agora ardia em mim.







    Meus dias se dividiam entre os deveres que minha mãe esperava de mim e as novas paixões que floresciam em meu coração. Bordava ao seu lado, ajudava na cozinha, mas buscava Liana sempre que podia. A heráldica tornou-se uma paixão ardente, enquanto a lira, com suas cordas suaves, revelou uma parte de mim que eu desconhecia.


    Os pretendentes, que nunca passariam disso, inicialmente me incomodaram, pois me vi questionando meu próprio valor e o que realmente buscava. Contudo, logo compreendi que talvez eles esperassem algo que eu simplesmente não podia oferecer. E, por minha parte, nunca lhes exigi mais do que estavam dispostos a ser. Minha visão sobre paixão e amor amadureceu; aprendi a desejar que fossem felizes em suas escolhas. Passei a acreditar que, se um dia eu amasse de verdade, meu coração daria um sinal... ou, quem sabe, a própria Donzela.


    Alguns dias em Porto Real fizeram a velha Briana tropeçar, tentando encontrar o equilíbrio entre quem eu era e quem estava me tornando. A raposa, um sonho enevoado, parecia cada vez mais distante, e o Arqueiro, uma sombra remota, desvanecia no horizonte. Ainda assim, eu sabia, com uma certeza inabalável, que os Sete me reservavam algo maior. Sentia, como uma chama crescente em meu interior, algo aguardando o momento de ser revelado.


    Com Moira e Anya, cavalgava pela vila, aprendendo sobre os desejos do povo, suas necessidades e como Bosquedouro poderia prosperar. Com Darla, explorava os segredos da terra: o clima, o plantio, as ervas que curavam.
    Um novo capítulo havia começado, e eu estava pronta para escrevê-lo com as cores vibrantes e indomáveis que a vida exigia.

    Spoiler:









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    Mensagem por Alexyus Ter 3 Dez 2024 - 22:51

    Briana Rowan


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    Sor Jax ainda era formalmente o escudo juramentado de Briana, mas sua função era revezada com a de outros cavaleiros desde a viagem a Porto Real e as escapadelas da caçula do lorde Rowan. No entanto, pouco a pouco, Sor Jax vinha recuperando seu prestígio em Bosquedouro, à medida que Briana se mostrava bem mais comportada e digna.

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    Os treinos matinais de arquearia com Liliana Osgrey testavam os limites de Briana. 

    Nas clareiras douradas pela alvorada, o som rítmico do vento cortando as folhas era interrompido apenas pelo impacto das flechas contra os alvos. Liliana, com a postura confiante de quem conhecia cada detalhe de seu ofício, segurava o arco com uma destreza natural. Seus olhos brilhavam com entusiasmo enquanto ajustava a posição de Briana.

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    — Relaxe os ombros, Briana. — Liliana colocou uma mão firme sobre a omoplata da jovem, pressionando levemente para baixo. — Tensão demais no corpo vai te fazer errar o alvo antes mesmo de disparar.

    Briana respirava fundo, tentando conter a frustração. Segurar o arco parecia fácil, mas manter a postura correta enquanto mirava era um desafio completamente diferente.

    Liliana inclinou a cabeça para o lado, analisando-a como faria com um dos cavalos que adestrava. 
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    — Melhor. Agora, alinhe a flecha com o alvo. Não mire com os olhos, mas com a mente.

    Briana tentava seguir os conselhos. A ponta da flecha tremia ligeiramente, reflexo da fadiga em seus braços não acostumados ao esforço. Ela soltava a corda. A flecha voava, mas errava o alvo, cravando-se no solo.
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    — De novo — dizia Liliana sem hesitar, um sorriso encorajador surgindo em seu rosto.

    Ao longo das manhãs, Briana disparava flecha após flecha. Algumas raspavam o alvo, outras se perdiam no mato ao redor, mas a cada tentativa, seus movimentos tornavam-se mais precisos. Liliana estava ao seu lado o tempo todo, corrigindo ângulos, ajustando a postura e oferecendo palavras de encorajamento.
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    — A arqueirista que você será amanhã depende do que você faz hoje. 

    Liliana deu um passo atrás, cruzando os braços enquanto observava Briana com olhos avaliativos.

    Finalmente, em um dos últimos disparos de uma manhã, a flecha de Briana acertou o centro do alvo. Não era perfeito, mas era suficiente para arrancar um sorriso genuíno de satisfação.
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    — Eu sabia que você conseguiria. 

    Liliana riu, dando-lhe um leve tapa nas costas. 
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    — Você tem determinação, Briana. Isso conta mais do que talento inato.

    Quando terminavam, sentavam-se juntas sob a sombra de uma árvore próxima, compartilhando pedaços de pão e frutas que Liliana havia trazido em uma pequena cesta. As duas permaneciam ali, trocando histórias e risadas, até que o sol começava a subir alto no céu, sinalizando que era hora de Briana retornar às suas outras atividades. Mas agora, com os braços ligeiramente doloridos e o coração leve, ela sentia que havia dado mais um passo na direção de moldar quem desejava ser.

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Dfa32c10O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Dfa32c10O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Dfa32c10O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Dfa32c10O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Dfa32c10


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    As manhãs de Bosquedouro eram perfumadas pelo frescor da terra úmida, e o céu, azul como uma safira, parecia estender-se infinitamente acima dos campos verdejantes. Briana adorava essas cavalgadas matinais com Anya e Moira. Ceres, sua égua de pelo castanho dourado, era ágil e obediente, como se compreendesse o espírito inquieto de sua dona. Anya aproveitava essas ocasiões para fugir dos inúmeros pretendentes que lhe chegavam aos montes, enquanto Moira conseguia relaxar um pouco e não se preocupar mais tanto com seu próprio destino

    Os cascos batiam ritmicamente contra o solo, um som que preenchia o silêncio com energia e vida. Anya cavalgava à frente, sempre ousada, enquanto Moira mantinha um ritmo mais cauteloso.
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    — Você vai acabar quebrando o pescoço, Anya, se continuar assim! — gritou Moira, embora houvesse um toque de diversão em sua voz.

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    — Prefiro isso a morrer de tédio! — respondeu Anya com um sorriso atrevido, incentivando sua montaria a galopar mais rápido.

    Briana mantinha seu foco em Ceres. Havia algo especial naquele dia, uma conexão quase inexplicável. Enquanto cavalgavam, Briana sentia como se cada movimento da égua fosse uma extensão de seu próprio corpo, como se os dois fossem um único ser, fluindo juntos pelo campo.

    Em um momento de tranquilidade, enquanto Anya e Moira cavalgavam um pouco à frente, Briana desacelerou Ceres. Passaram por um pequeno riacho, e o som da água corrente parecia amplificar a sensação de unidade entre elas. Briana fechou os olhos por um instante, deixando-se levar pela brisa que acariciava seu rosto.

    De repente, algo mudou. Um calor percorreu seu corpo, como se a energia de Ceres estivesse se fundindo com a sua. Uma onda de exaustão a atingiu, e Briana sentiu o mundo ao seu redor escurecer.

    Quando abriu os olhos, não estava mais no campo, mas sim correndo livremente, com o vento chicoteando seu rosto. Não como Briana, mas como algo mais. Algo selvagem. Sentia os músculos da égua trabalhando com força e precisão, o chão sob seus cascos como uma extensão natural de si mesma.
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    — Briana! — A voz distante de Moira a chamou de volta.

    Briana despertou com um sobressalto, percebendo que estava pendurada na sela, sustentada apenas pelos arreios. Suas mãos estavam frouxas, e ela sentia o corpo fraco, como se tivesse acabado de acordar de um sonho intenso e exaustivo.

    Moira foi a primeira a alcançá-la, puxando as rédeas de Ceres para pará-la. 
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    — Briana, o que houve? Você está pálida!

    Anya logo apareceu ao lado delas, seu rosto normalmente cheio de travessura agora carregado de preocupação. 
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    — Está tudo bem? Você parecia... desconectada.

    As duas ajudaram Briana a desmontar e sentaram-na na grama à sombra de uma árvore próxima. Enquanto Anya foi buscar água no riacho, Moira permaneceu ao lado dela, segurando sua mão com firmeza.

    — Talvez você esteja se esforçando demais, Briana. 

    A voz de Moira era suave, mas preocupada.

    Briana apenas balançava a cabeça, tentando entender o que havia acontecido. Por mais assustador que fosse, algo dentro dela dizia que aquele momento, aquela conexão com Ceres, era importante. Uma descoberta de algo que ela ainda não compreendia totalmente, mas que sentia ser parte de quem estava destinada a se tornar.

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    Os estudos com Lady Lana Webber eram um equilíbrio delicado entre disciplina e inspiração. A sala de aula, iluminada pelo brilho suave das velas e perfumada pelo aroma dos pergaminhos antigos, tornava-se um santuário de aprendizado. Lana era metódica, quase implacável em sua busca pela perfeição.
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    — Postura, Briana. Sempre postura — dizia ela enquanto ajustava os ombros da aluna, com um olhar firme mas sem malícia.

    As noites começavam com um breve recital: Briana cantava para refinar sua entonação ou dançava sob os olhos críticos de Lana, que apontava cada erro sutil como se esculpisse uma obra de arte. Após o exercício físico, vinham as aulas teóricas.
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    — Leia sobre Nymeria novamente — ordenava Lana, apontando para o volume aberto. — Veja como ela moldou o destino de Dorne. Não foi pela força física, mas pela visão e pela determinação.

    Ouvindo atentamente, Briana mergulhava nos registros históricos, absorvendo cada detalhe. Para Lana, aprender sobre mulheres que desafiaram as normas era essencial, uma lição em força e propósito.

    No final da noite, os estudos se tornavam mais introspectivos. Pinturas eram usadas para expressar sentimentos, e Lana incentivava Briana a refletir sobre como as cores poderiam contar histórias tão profundas quanto palavras.

    Apesar da rigidez de Lana, Briana sentia algo a mais em suas aulas: um fio de liberdade. Lana não moldava Briana para ser uma dama perfeita, mas uma mulher que conhecesse sua própria força, capaz de deixar sua marca no mundo.

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    — Você pode me ensinar isso? — pedia, apontando para um trecho complicado ou para um conceito que ele mencionara casualmente. — Pode me ensinar sobre história? Talvez até heráldica — sugeri, sorrindo suavemente enquanto ele saboreava um cálice de licor preparado por nossa mãe. — Um dia, pode ser útil.

    Thomas Rowan era o tipo de irmão que carregava o peso do mundo nos ombros, mas ainda assim, encontrava tempo para gestos pequenos, porém significativos. Seus dias eram preenchidos com responsabilidades inescapáveis: ele treinava com os melhores mestres de armas, ouvia longas lições sobre política com o pai, Lorde Mathis, e mergulhava na correspondência formal, incluindo as delicadas cartas de sua pretendente. Mesmo assim, nunca negava um pedido de Briana.

    Na biblioteca, onde o cheiro de madeira encerada e pergaminhos antigos criava uma atmosfera de seriedade, Thomas parecia encontrar um raro momento de paz. Ele organizava os livros meticulosamente, um traço que herdara de sua mãe, mas a voz de Briana sempre cortava o silêncio com um tom que ele simplesmente não conseguia ignorar.
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    — Você quer aprender sobre os Targaryen hoje? — perguntou ele, colocando de lado um livro sobre estratégia militar.

    Thomas sorria, um sorriso pequeno e quase cansado, mas genuíno. Ele se sentava ao lado dela, puxando um volume pesado e abrindo-o com cuidado.
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    — As rainhas Targaryen não eram simbólicas, pelo menos não todas. Rhaenyra Targaryen, por exemplo. Apesar do que dizem, ela lutou pelo que acreditava ser dela por direito. Talvez não tenha vencido, mas não foi um fantasma na história.

    Enquanto explicava, Thomas apontava os detalhes nos brasões e os nomes marcantes que moldaram o destino de Westeros. Ele era paciente, traduzindo termos complicados e relacionando eventos históricos com as histórias que Briana já conhecia, transformando conhecimento em algo vivo e fascinante.
    Mesmo quando os minutos fugiam e ele sabia que estava atrasado para seu próximo compromisso, nunca deixava Briana sem uma resposta ou um ponto para refletir.

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    —A heráldica é em grande parte um exercício de memorização. Você fará bem decorar os brasões das grandes casas de Westeros e os das casas da Campina, especialmente as mais próximas de nós. Também é importante saber as regras para se criar um brasão, já que qualquer cavaleiro andante pode criar o seu próprio. A maneira mais fácil de diferenciar um escudo de outro é pela cor, embora haja regras específicas sobre a forma como as cores podem ser usadas. As “cores” em heráldica são chamadas de esmaltes. Há três tipos amplos de esmaltes usados em heráldica: cores, metais e peles. Ao criar seu brasão, basta lembrar de duas regras: você nunca pode colocar uma cor sobre outra cor ou um metal sobre outro metal. Assim, você não pode ter um campo verde com uma barra vermelha, ou um campo prateado com uma barra dourada. Contudo, você poderia ter um campo verde com uma barra dourada, ou um campo prateado com uma barra vermelha. Os Lannister usam vermelho e dourado, os Dondarion usam púrpura e branco (prateado) e os Ashford usam branco (prateado) sobre laranja. Há exceções, mas são raras. A razão desta restrição é simples: esmaltes indistintos confundem a visão no campo de batalha. Cores incluem tudo, do preto ao vermelho. A escolha do esmalte é significativa porque geralmente representa
    algo sobre a casa. Em geral, apenas dois metais são usados As figuras podem incorporar outras cores metálicas, como estanho, bronze, ferro, etc. Por fim, peles são padrões que podem ser incorporados no escudo. Peles ignoram as regras de metais sobre metais e cores sobre cores, e podem ser usadas com qualquer cor ou metal. A presença de peles em um símbolo heráldico significa dignidade. Em geral, peles são usadas apenas por casas que se destacaram de alguma forma.

    Thomas abria tomos valiosos por serem ilustrados com listas de brasões, apontando para Briana os exemplos do que dizia.
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    O fundo, ou campo, pode ser sólido ou dividido. Se você estiver usando um campo sólido, pode atribuir sua cor, metal ou pele a ele e partir para a figura. Escudos divididos ou particionados podem incorporar quaisquer esmaltes que você sorteou ou escolheu, ou podem introduzir novos esmaltes ao escudo. Você pode ter duas cores ou dois metais lado a lado no campo. A restrição se aplica apenas à figura.
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    Uma figura é o principal símbolo de um brasão. Formas geométricas, padrões, linhas e coisas do gênero são chamadas de peças. Dentro de cada peça existem variações, chamadas de peças de segunda ordem. Além das peças de primeira e segunda ordens, as figuras também podem ser objetos, animais, plantas, pessoas ou partes do corpo humano. Algumas casas incorporam várias figuras. Contudo, por simplicidade, restringe-se a uma figura, ou um pequeno número de figuras iguais.

    O assunto da heráldica era amplo e vasto, e Thomas explicava cada conceito com exemplos das casas, misturando as histórias delas com seus brasões, tornando o assunto um pouco menos complexo e cada vez mais fascinante

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    — O mundo nem sempre vai ser gentil com você, Briana — ele dizia, fechando o livro com um gesto cuidadoso. — Mas se você conhecer sua história, vai entender que há força em saber quem você é e de onde veio.

    E assim, mesmo sobrecarregado, Thomas se tornava mais do que um irmão; ele era um mentor silencioso, oferecendo a Briana não só conhecimento, mas também a confiança de que ela poderia moldar seu próprio destino.

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    O sol da manhã iluminava os campos ao redor de Bosquedouro quando Briana, acompanhada por Moira e Anya, deixou os portões do castelo a cavalo. Ceres, sua égua, parecia compartilhar de sua energia, trotando com elegância enquanto Moira e Anya, cada uma em suas montarias, a seguiam em ritmo semelhante. A visita à vila era mais do que uma simples jornada; era um gesto de conexão, um esforço para entender aqueles que sustentavam as terras dos Rowan.

    A vila de Bosquedouro ficava logo atrás do castelo e era envolvida pelos bosques circundantes. Havia uma pequena estrada que contornava o castelo e permitia aos aldeões irem ao porto ou chegarem à estrada sem precisar passar por dentro do castelo. As plantações dos plebeus faziam limites diretamente com os pomares e bosques dourados.

    Chegando à praça central, onde os plebeus já haviam começado suas tarefas diárias, Briana desmontou com graça. Vestia um traje simples, mas refinado, que a identificava como nobre, mas não inatingível. Moira, sempre prática, fez questão de ajudar a organizar os aldeões, enquanto Anya, com seu ar confiante, mantinha a multidão curiosa à vontade.

    Briana começou ouvindo os comerciantes. Uma mulher com mãos calejadas e um sorriso tímido mostrou suas cerâmicas, explicando que o barro das colinas próximas dava resistência e beleza às peças, mas que os impostos sobre o comércio dificultavam o transporte para outras vilas.

    Com os agricultores, Briana aprendeu sobre as dificuldades da última colheita. Homens e mulheres explicaram que as chuvas haviam sido escassas e que os estoques estavam no limite. Ela ouviu atentamente, fazendo perguntas sobre as sementes e os métodos de plantio, enquanto Darla, que havia se juntado ao grupo, fazia anotações detalhadas.

    Mais tarde, na companhia de Moira e Anya, ela foi até a oficina de um sapateiro. Ele mostrou seus trabalhos, pedindo que os lordes da casa considerassem usar botas feitas em Bosquedouro, ao invés de importar de outras regiões.

    Quando o sol começou a baixar, Briana e suas damas de companhia foram convidadas a assistir uma pequena apresentação de dança organizada pelas crianças da vila. Sentada em um banco de madeira, com Moira e Anya ao lado, ela se viu rindo com as travessuras e improvisações dos pequenos, sentindo-se, pela primeira vez em muito tempo, verdadeiramente conectada à terra e às pessoas.

    Ao retornar ao castelo, Briana carregava mais do que promessas e ideias. Ela levava histórias e rostos, a certeza de que sua presença poderia fazer a diferença.
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    Mensagem por thendara_selune Qui 5 Dez 2024 - 15:42

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 AD_4nXdEdkL6QyxoSrsWqvGbCXAGfbw6cstAY6gXWE1KMo6OsSrbfK5v9lffawLm76RAo1UmJ0D0009P8uSJGvswEXrKtrbBh_cKuBCTlRLrnPRF-dl_OPIBI2OyfC66iRl6owXYHAsuZA?key=c5uFBw4OzJpxj_9qhLcUrAZR
    Briana Rowan

    Hora:Dia
    Día:16
    Clima:Ameno
    Lugar:Partida






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    OFF @Alexyus: Pra facilitar coloquei essas cores espero que ajude  O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 AD_4nXeueznYQqtiDNe0zzWHhYrKxWJOuc11b8IBl4A0pLTfZ4EbC9K8CptGY2v-nV9kaQtEd1AXht699SE1j4Dn79_R4x3aHMZIs9VL_Jch4co7Sc_QqgL1sdlb0bNUJkmh_eBIYQ21?key=c5uFBw4OzJpxj_9qhLcUrAZR Negrito - FALAS / FALAS DE NPCS/PENSAMENTOS DA BRIANA
     





    Sor Jax e os Treinos de Arquearia


    Sor Jax ainda era meu escudo juramentado, mas desde voltei de Porto Real, os laços entre nós se tornaram mais frouxos. Não que ele pudesse se queixar agora. Minha conduta era irrepreensível, como uma manhã clara e sem nuvens. Eu não dava trabalho, nem motivos para inquietações. Contudo, havia algo diferente em mim agora. A Briana que suspirava pelos romances que lia ainda estava lá, mas uma nova Briana começava a surgir – alguém que queria mais. Queria fazer mais, ser mais.

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    As manhãs em Bosquedouro eram sempre banhadas por um dourado suave, e era nesse cenário que Liliana me levava para os treinos. Ela era minha instrutora de arquearia, uma mulher tão firme quanto as árvores que nos cercavam. Suas palavras eram afiadas, seus movimentos precisos.

    “Relaxe os ombros, Briana,” dizia ela, ajustando minha postura com mãos firmes, mas delicadas. “O arco não é seu inimigo, é seu aliado.”
    Liliana tinha essa maneira de me moldar, como se eu fosse um pedaço de argila esperando para ganhar forma. Era inspirador e frustrante. Meu corpo hesitava, meus braços tremiam, e às vezes, eu sentia o peso da minha própria teimosia. Mas havia algo em seu olhar – um brilho inabalável – que me fazia tentar de novo.
    Até que, um dia, a flecha encontrou o centro do alvo. Não era perfeito, mas era o suficiente para arrancar de Liliana um sorriso genuíno.

    “Eu sabia que você conseguiria,” disse ela, e naquele momento, tudo – o esforço, o suor, as falhas – valeu a pena.

    Eu queria mais desses momentos. Queria sentir aquela certeza, aquela força. Talvez, assim como o arco que eu tentava dominar, eu também pudesse ser moldada.

    As Cavalgadas
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    Cavalgar em Bosquedouro era uma das poucas liberdades que me permitiam esquecer quem eu era. Montada em Ceres, minha égua dourada, eu sentia o vento beijar meu rosto enquanto o mundo ao meu redor se desdobrava em possibilidades infinitas.
    Naquele dia, porém, algo diferente aconteceu. Meu corpo se tornou um com Ceres, e juntas, nós voamos. Não havia fronteiras, não havia medo. Apenas o som dos cascos e a batida acelerada do meu coração.

    “Briana!” As vozes de Moira e Anya me trouxeram de volta. Ela soava preocupada, mas também havia algo mais: admiração?
    Quando parei, meu corpo estava exausto, mas meu espírito parecia ter encontrado algo novo. Algo selvagem e desconhecido.



    Na vila

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    O dia em Bosquedouro foi um despertar. Cada conversa, cada olhar trocado, me fez perceber o quanto estava conectada àquela terra, àquela gente, àquela casa. Eu caminhava entre as ruas de paralelepípedos com mais intensidade, sentindo os olhos dos aldeões sobre mim, mas não de forma opressora. Era um olhar de pertencimento, de história compartilhada. Eu estava aprendendo a escutar com mais atenção, e o que ouvia me fazia refletir sobre o papel que eu, Briana Rowan, deveria desempenhar. Não apenas como filha, mas como alguém que carregava a responsabilidade de tudo o que aquilo representava.

    Conversando com as mães, vi nelas o mesmo amor incondicional que minha mãe sempre me ofereceu, a dedicação incansável para criar seus filhos, educá-los e mantê-los seguros. Vi também o peso que essas mulheres carregavam, como se o fardo da casa e da vila tivesse sido passado a elas com a mesma naturalidade com que uma árvore espalha suas raízes no solo. Eu era apenas um galho na copa de uma árvore imensa, mas agora via que, assim como todas as folhas que compõem essa árvore, cada um tinha uma importância. Um Lorde fraco seria capaz de destruir tudo. E eu sabia, com uma clareza cortante, que meu pai não era fraco. Ele era forte, não apenas em sua liderança, mas em sua capacidade de proteger e cuidar de todos nós. Ele era a raiz que segurava tudo no lugar.


    O pensamento me levou a refletir sobre a minha própria vida. Se algum dia me casasse, esse homem deveria ser alguém com a mesma determinação, com a mesma força de caráter. Não alguém que fosse atraído pelas riquezas, pelos dotes, mas alguém que fosse como meu pai, alguém digno do que os Rowan representavam. Um homem forte e íntegro, alguém com quem eu pudesse construir algo duradouro.


    Foi durante a apresentação das crianças na praça que a realidade do que significava ser uma líder se manifestou diante de mim de forma ainda mais vívida. Quando questionei quantas das crianças sabiam ler, a resposta que obtive foi nada menos que alarmante. A maioria, não passava da primeira linha de leitura. Eu sabia que precisava fazer algo. Minha mente não podia mais ficar presa apenas aos meus desejos e vontades. Essas crianças, essas pessoas, eram parte de Bosquedouro, parte dos Rowan. Cada sorriso, cada olhar inocente, era um reflexo da responsabilidade que eu, como herdeira, carregava.


    Meu coração se apertou. Eu tinha muito a fazer. Meu futuro não era apenas sobre minha própria felicidade ou sobre um destino distante. Eu tinha que cuidar de Bosquedouro, cultivar a educação, a esperança e a prosperidade dessa terra. E, para isso, eu precisava ser mais do que uma jovem idealista. Eu precisava ser uma mulher com visão, com ação. Uma mulher que, um dia, fosse capaz de governar com a sabedoria e a força necessárias para que todos os galhos, as folhas e as raízes de Bosquedouro crescessem juntas e prosperassem.

    A imagem de Nymeria, guerreira estratégica e visionária, me desafiava a ser forte e sagaz, capaz de tomar decisões para garantir o futuro de Bosquedouro. Assim como ela, que conquistou Dorne com sua mente e habilidade de unir seu povo, eu também precisava enxergar além da espada. O nome de Lorde Thaddeus Rowan, meu ancestral, veio à minha mente como exemplo de coragem e sabedoria, que enfrentava os desafios com dignidade, sempre pensando no bem do povo.


    Eu, Briana Rowan, não poderia mais me perder em sonhos de sedas e fantasias. Era hora de crescer, assumir minha posição na linhagem dos Rowan e agir com a responsabilidade de uma líder, equilibrando a delicadeza com a firmeza necessária para tomar decisões difíceis. O mundo real exigia mais de mim, e eu precisava mostrar aos meus pais que o que eu queria era uma vida de ação e compromisso com meu povo.


    Observando as crianças, os trabalhadores e as conversas com os aldeões, sabia que o momento de agir estava chegando. Eu precisava ser como Nymeria, com visão e compaixão, entendendo que o verdadeiro poder vem do cuidado com os outros. Era tempo de amadurecer, deixar os sonhos infantis para trás e abraçar a responsabilidade de ser digna do meu nome, legado e, acima de tudo, do meu povo.

    A Audiência com Meu Pai

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    Na manhã seguinte, ainda reflexiva sobre minhas descobertas, pedi uma audiência com meu pai.

    “Senhor, meu pai,” comecei, curvando-me em respeito. “Estive na vila e percebi que algumas questões importantes podem estar escapando à atenção de todos, devido às inúmeras demandas da casa.”

    Comecei falando sobre a ceramista. “Ela mostrou suas belas peças e explicou que o barro das colinas dá resistência e beleza ao que produz, mas os altos impostos dificultam a exportação. Eu sugiro que criemos uma política de incentivos fiscais para artesãos que provarem a qualidade de suas obras e se comprometerem com metas de produção e venda. Assim, estimulamos a economia local e ampliamos nossos lucros com os impostos reduzidos a longo prazo.”

    Sobre os agricultores, acrescentei: “As chuvas escassas dificultaram a última colheita, e os estoques estão no limite. Poderíamos investir em sistemas de irrigação simples, feitos localmente pelos ferreiros da vila, em troca de um pequeno percentual das colheitas futuras. Isso cria uma solução sustentável e solidária.”

    "Ao conversar com as mães, notei a preocupação com o futuro dos filhos. Sabemos que, por tradição, as crianças tendem a seguir os passos de seus pais ou parentes próximos, mas fiquei pensando em como poderia contribuir." Pausei, deixando a ideia tomar forma diante dele.


    "E se eu me responsabilizasse por uma pequena oficina de leitura e escrita na vila, ao menos uma vez por semana? Thomas tem me ensinado tanto, assim como Lady Webber. Pai, desejo que as crianças possam ter acesso ao que aprendo, e quem sabe, no futuro, Bosquedouro se torne berço de grandes poetas, trovadores, artistas, historiadores e arquitetos." O fitei, meus olhos lilases brilhando como estrelas, e senti uma onda de calor no peito, pois a ideia se fazia cada vez mais concreta.


    Meu coração se aquecia. Minha vida não era mais apenas ser servida, mas servir a um propósito digno. "Uma porta aberta para o conhecimento pode gerar frutos duradouros. Além disso, imagine seu nome marcado como o Lorde que desejou ver seu povo instruído e próspero!"

    Por fim, mencionei o sapateiro: “Ele pediu que os lordes considerassem usar botas feitas aqui. Sugiro a criação de um selo oficial de qualidade para os produtos de Bosquedouro, incentivando os nobres a consumirem localmente. Isso fortaleceria a economia e aproximaria a nobreza do povo, que merece reconhecimento por seu esforço e dedicação.”

    Concluí com uma proposta de união:

    “Gostaria de criar um festival anual em homenagem aos Sete, alinhado às mudanças das estações. Seria uma oportunidade de exibir nossa produção, atrair comerciantes de fora e fortalecer os laços entre nossa casa e a vila. Um evento que traga orgulho a Bosquedouro e mostre nossa força e união.”

    Respirei fundo, esperando pela resposta de meu pai. Embora minhas ideias pudessem parecer imaturas, eu sabia que eram um reflexo do que eu ansiava: ser mais que uma dama. Ser alguém que fizesse a diferença.

    ***


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    Nos dias que se seguiram, minha rotina era preenchida com uma série de aprendizados e interações que me aproximavam mais das pessoas de Bosquedouro. Com Liliana, as aulas eram sempre uma troca rica, ela, que havia sido ensinada a ler e escrever pelos próprios pais, possuía uma inteligência aguçada, mas também uma praticidade que me encantava. Nossas conversas iam além dos estudos, e sempre encontrava nela uma amiga disposta a compartilhar suas ideias.


    Com Lady Webber, me debruçava sobre os estudos com afinco. Arte e música se entrelaçavam nos momentos que passávamos juntas, me fazendo descobrir uma nova visão do mundo. Enquanto isso, passava horas com minha mãe na cozinha, aprendendo com ela os segredos que tornavam seus pratos únicos. Não podia deixar de buscar também a sabedoria de Darla, Meistre Galvam e Thomas, sempre ávidos para me ensinar mais sobre o que fosse possível.


    Com Juan e Arturo Osgrey, me arrisquei a aprender a rastrear, uma tarefa bem mais difícil do que imaginei. Eles riam e brincavam, me incentivando a seguir em frente mesmo depois de tropeçar e cair no pequeno riacho, toda suja de lama. Moira e Anya, por outro lado, dispensavam essa atividade. Não as forcei a acompanhar, mas o que percebi naquele dia foi mais do que uma simples lição sobre rastros. Era como se eu tivesse aprendido mais sobre mim mesma, sobre a paciência em ouvir o bosque, sobre a leveza de um galho quebrado do que em qualquer conversa sobre pretendentes ou livros de amor. Ao final do dia, me senti mais conectada à natureza e às pessoas ao meu redor. "Obrigada, meninos", disse com um sorriso, encarando-os com carinho.


    Com Annabelle, aprendi sobre os chás, uma arte que ela dominava com maestria. Descobri que Darla também a ensinava sobre ervas, assim como fazia com Liliana. "Seus chás são perfeitos", falei com um sorriso enquanto degustava um chá de camomila, folhas de rosas amarelas e mel. A troca de saberes com Annabelle se tornou um momento de paz e conexão.


    Passava também tempo com Marla, nossa septã, ouvindo com atenção seus sermões agridoces. Ela nos guiava nos caminhos da devoção, mas também nos lembrava de sermos doces e puras, assim como a Donzela. "Adocem a vida, meninas, e mantenham-se puras", dizia, oferecendo-nos biscoitos de mel povilhados com açúcar após as aulas.


    Com Laura Struts, nossa cozinheira chefe, compartilhava momentos descontraídos, especialmente enquanto ela e minha mãe conversavam animadamente enquanto assavam pães, bolos e salgados. "Acho que agora tenho chances de acertar o bolo de maçã, não é mesmo, senhora Laura?", perguntei, cheia de esperança. Ela me lançou um olhar travesso e, com um sorriso, respondeu: "Sua mãe levou um bom tempo para aprender, mas acho que você vai conseguir em menos tempo... ou não... Olhe lá, parece que o bolo está queimando..." E riu de mim, enquanto eu corria para ver se o bolo havia realmente queimado.


    Esses momentos, tão simples, mas cheios de significado, foram os que realmente começariam a me moldar. Cada ensinamento, cada risada compartilhada, cada olhar trocado, me aproximava mais da verdadeira essência de Bosquedouro e da minha própria jornada. Talvez aquele sonho, a conexão com Ceres, fossem frutos desse amadurecimento que eu estava tendo.

    A sensação de estar crescendo e me descobrindo em cada passo, em cada nova experiência, me tornava mais consciente de quem eu estava me tornando. Por isso, tinha que agarrar ainda mais aos meus planos, pois sentia que estavam intrinsecamente ligados a esse novo eu que surgia, com mais confiança, propósito e uma força interior que antes eu mal reconhecia. A cada lição, a cada ensinamento, minha visão do futuro se ampliava, e o vínculo com o que estava por vir, como uma força maior que me guiava, se tornava mais claro. Eu precisava seguir esse caminho, pois era nele que eu encontraria meu verdadeiro propósito.








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    Mensagem por Alexyus Seg 23 Dez 2024 - 19:34

    Sor Jax e os Treinos de Arquearia

    Não demorou até que Sor Jax descobrisse as aulas de arquearia que Briana estava tendo.

    Sor Jax observava tudo de longe, suas feições rígidas moldadas por anos de dever e lealdade. Ele permanecia em silêncio enquanto Briana treinava, os olhos atentos captando cada movimento seu. Embora não dissesse nada, estava claro que ele percebia a mudança nela – uma jovem que antes ansiava por histórias românticas agora buscava escrever sua própria história com as próprias mãos.

    Quando a flecha de Briana finalmente encontrou o centro do alvo, um sutil levantar de sobrancelha denunciou o orgulho que ele tentava esconder. Mesmo à distância, ele podia ver a determinação em seus olhos e a satisfação que ela sentia.

    Mais tarde, enquanto caminhavam de volta ao castelo, ele quebrou o silêncio:
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    — Meu pai costumava dizer que o arco reflete o arqueiro. Se o arqueiro está em paz, a flecha encontra o alvo. Mas se o arqueiro hesita, a flecha se perde no vento.

    Sor Jax raramente oferecia palavras de sabedoria sem ser provocado.
    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Russell-crowe-as-robin-hood-bob-nolin
    — Significa que você está começando a encontrar sua paz, milady. Não a paz de ficar quieta, mas a paz de saber quem você é e o que deseja.

    Mais tarde, ao se despedirem, Sor Jax fez algo que Briana não esperava. Ele retirou o arco que carregava nas costas – um arco simples, mas bem cuidado – e o estendeu a ela.
    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Russell-crowe-as-robin-hood-bob-nolin
    — Este arco foi meu primeiro. Não é muito, mas é firme e confiável. Pode ser seu, se desejar. Não é o arco que deve honrar, milady. É a si mesma.

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Dfa32c10O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Dfa32c10O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Dfa32c10O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Dfa32c10O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 Dfa32c10


    A Audiência com Lorde Mathis Rowan

    As demandas de Briana, que nunca se interessara nem fôra preparada para os assuntos administrativos da casa.

    Seu pai escutou tudo atentamente, considerando cada ponto.

    “Senhor, meu pai,” comecei, curvando-me em respeito. “Estive na vila e percebi que algumas questões importantes podem estar escapando à atenção de todos, devido às inúmeras demandas da casa.”
    Comecei falando sobre a ceramista. “Ela mostrou suas belas peças e explicou que o barro das colinas dá resistência e beleza ao que produz, mas os altos impostos dificultam a exportação. Eu sugiro que criemos uma política de incentivos fiscais para artesãos que provarem a qualidade de suas obras e se comprometerem com metas de produção e venda. Assim, estimulamos a economia local e ampliamos nossos lucros com os impostos reduzidos a longo prazo.”

    Lorde Mathis sacudiu a cabeça várias vezes antes de fazer uma pergunta:
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    - E já considerou o desabastecimento em Bosquedouro, Briana? Nossos oleiros, ceramistas e artesãos fornecem seus produtos ao nosso castelo e às vilas em nossas terras. Se eles venderem isso para longe, podemos ter um desequilíbrio na oferta e nos preços internos. E em caso de falta de recursos importantes, teríamos que comprá-los em outros lugares, a custos maiores do que obtê-los localmente. Já pensou em tudo isso? 

    Sobre os agricultores, acrescentei: “As chuvas escassas dificultaram a última colheita, e os estoques estão no limite. Poderíamos investir em sistemas de irrigação simples, feitos localmente pelos ferreiros da vila, em troca de um pequeno percentual das colheitas futuras. Isso cria uma solução sustentável e solidária.”

    Isso causou estranheza no senhor de Rowan:
    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 A2f99810
    -Nossos ferreiros cuidam da metalurgia, não da agricultura, filha! Os agricultores já cavaram canais para distribuir a água do rio ao redor dos campos, e isso deve ser suficiente para fertilizar as plantações para a próxima colheita.

    "Ao conversar com as mães, notei a preocupação com o futuro dos filhos. Sabemos que, por tradição, as crianças tendem a seguir os passos de seus pais ou parentes próximos, mas fiquei pensando em como poderia contribuir." Pausei, deixando a ideia tomar forma diante dele.
    "E se eu me responsabilizasse por uma pequena oficina de leitura e escrita na vila, ao menos uma vez por semana? Thomas tem me ensinado tanto, assim como Lady Webber. Pai, desejo que as crianças possam ter acesso ao que aprendo, e quem sabe, no futuro, Bosquedouro se torne berço de grandes poetas, trovadores, artistas, historiadores e arquitetos." O fitei, meus olhos lilases brilhando como estrelas, e senti uma onda de calor no peito, pois a ideia se fazia cada vez mais concreta.
    Meu coração se aquecia. Minha vida não era mais apenas ser servida, mas servir a um propósito digno. "Uma porta aberta para o conhecimento pode gerar frutos duradouros. Além disso, imagine seu nome marcado como o Lorde que desejou ver seu povo instruído e próspero!"

    Isso pareceu irritar levemente o patriarca.
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    - Briana, quantos plebeus você já viu lendo? Nem mesmo um livro, uma carta que seja? Para um plantador, um pescador, um soldado, qual utilidade teria a leitura? A maioria dos homens nunca verá mais de duas letras juntas. Nossos plebeus te agradeceriam muito mais se lhes desse pão do que um pedaço de papel no qual não sabem escrever.

    O nobre inspirou fundo e refletiu por um momento.
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    - Se achar algum jovem talentoso que poderia ser um meistre, um senescal, um oficial, pode falar com os pais dele e trazê-lo para ser instruído com o meistre. Mulheres não precisam desse tipo de instrução, não vai acrescentar nada aos seus deveres. Não estamos em Dorne, afinal de contas!



    or fim, mencionei o sapateiro: “Ele pediu que os lordes considerassem usar botas feitas aqui. Sugiro a criação de um selo oficial de qualidade para os produtos de Bosquedouro, incentivando os nobres a consumirem localmente. Isso fortaleceria a economia e aproximaria a nobreza do povo, que merece reconhecimento por seu esforço e dedicação.”

    Isso pareceu agradar mais a Mathis Rowan.
    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 A2f99810
    - Sim, uma marca do nosso artesão, algo bem distinguível. Vamos estudar essa opção.

    “Gostaria de criar um festival anual em homenagem aos Sete, alinhado às mudanças das estações. Seria uma oportunidade de exibir nossa produção, atrair comerciantes de fora e fortalecer os laços entre nossa casa e a vila. Um evento que traga orgulho a Bosquedouro e mostre nossa força e união.”

    Mathis acenou a essa proposta:
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    -Festivais são bons, mas se quisermos fazer um em honra dos Sete, então precisamos dos septões. Eles devem aprovar a ideia e dirigir o evento. Fale com eles na próxima vez que for ao septo.
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    Mensagem por DariusNovadek Seg 23 Dez 2024 - 23:54

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 _1edf310
    Aldos Rowan

    Hora:Dia
    Día:??
    Clima:Ensolarado
    Lugar:Bosquedouro



    ⚜⚜⚜⚜⚜⚜



    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 2063937_98e27


    A quietude da manhã em Bosquealto era um contraste cruel com a tempestade dentro de Aldos Rowan.  

    Ele estava na varanda do castelo, observando a feira que já perdia força após os primeiros raios do sol. A “Feira das Compotas” havia sido um sucesso estrondoso – os plebeus vinham de todas as partes da Campina, e até casas menores haviam participado, trazendo um ar de festividade e fartura às terras dos Rowan. A feira, como tudo que Aldos tocara em sua breve jornada como castelão, fora eficiente, prática e, por um curto tempo, colocara Bosquealto sob um holofote merecido.  

    Porém, era como se aquele brilho nunca tivesse sido seu.  

    Seu pai, Lorde Mathis, havia retornado. Seu irmão, Thomas, reassumira suas responsabilidades como herdeiro. E Aldos... era um eco na sombra de uma história maior. Um murmúrio quase inaudível.  

    Discretamente, seu pai o elogiara. Um comentário breve, quase casual, mas que carregava o peso de uma aprovação que ele tanto ansiava. “Fez o que pode, Aldos,” dissera o velho lorde, sem sequer erguer os olhos do relatório que revisava. Era isso o que ele buscava? Era o suficiente?  

    Nos dias que se seguiram, essa dúvida o consumiu. Mas, em meio à angústia, algo inesperado ocorreu. Durante seus treinos matinais, sua irmã mais nova aproximou-se com um pedido que o pegou desprevenido. Com a determinação que só os Rowan pareciam carregar, ela implorou para que ele a ensinasse a lutar. Aldos relutou. Ele sabia que, aos olhos do pai, isso seria inaceitável. Contudo, Brianna não desistiu, e ele acabou cedendo.

    - Treinos não são como fofocas entre damas que você está acostumada hein?  @thendara_selune  

    Nas sombras dos estábulos e nas clareiras escondidas da propriedade, os dois treinavam em segredo. E, para sua surpresa, Brianna tinha talento – uma força indomável que parecia uma réplica de sua própria obstinação. Esses momentos, breves e clandestinos, eram um alívio em meio à sua incerteza, mas também traziam à tona a pergunta que mais o atormentava: qual era o seu verdadeiro lugar?  

    Essa pergunta encontrou uma resposta parcial em um dia aparentemente comum. Aldos estava no salão de estudos, absorto em um mapa das terras vizinhas, quando ouviu o som de passos firmes e cadenciados no corredor. O leve rangido da porta anunciou a entrada do Meistre Galvan, com suas vestes cinzentas esvoaçando e um rolo de pergaminho firmemente segurado em suas mãos.  

    Aldos ergueu os olhos do mapa, arqueando uma sobrancelha. O meistre aproximou-se da mesa, desenrolando o pergaminho cuidadosamente.  

    Ao ouvir os nomes, Aldos sentiu o coração acelerar levemente, embora mantivesse uma expressão neutra. Galvan ajeitou os óculos e leu em voz alta:  

    O meistre olhou para Aldos por cima dos óculos, um sorriso discreto curvando os lábios.  


    — Parece que o senhor está ganhando popularidade, e não apenas dentro de Bosquealto. Essas visitas não são meras cortesias. Não, meu jovem senhor. São gestos claros de interesse. Ambas as famílias veem em você um potencial aliado, e, é claro, um futuro esposo para suas filhas.


    Era lisonjeiro, sem dúvida, mas também uma responsabilidade que Aldos sabia que não poderia tomar de ânimo leve.  

    Aldos fechou os olhos por um momento, inspirando profundamente. Talvez esse fosse o próximo capítulo de sua história – um em que ele não precisasse apenas servir. Talvez agora ele pudesse finalmente reivindicar um lugar que fosse, de fato, seu. Mas tudo isso vinha com uma eminente dúvida, Erin ou Aveline? Ou até uma terceira? Ambas tocaram o coração de Aldos, Erin mais que Aveline, mas Aveline mostrará uma sutileza natural em meio as "estranhezas" de Erin. Só o tempo poderia dizer.

    - As duas estarão aqui ao mesmo tempo? Isso não seria.. Deselegante?

    Perguntou Aldos, inocentemente. Mas aproveitou que o Meistre estava ali, e a breve amizade que tinha nutrido por ele nestes tempos, e acrescentou uma pergunta:

    - Meistre.. Qual a análise que me daria de cada casa? Visando meu futuro, é claro.

    Emme



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    Mensagem por thendara_selune Ter 24 Dez 2024 - 1:28


    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 AD_4nXdEdkL6QyxoSrsWqvGbCXAGfbw6cstAY6gXWE1KMo6OsSrbfK5v9lffawLm76RAo1UmJ0D0009P8uSJGvswEXrKtrbBh_cKuBCTlRLrnPRF-dl_OPIBI2OyfC66iRl6owXYHAsuZA?key=c5uFBw4OzJpxj_9qhLcUrAZR
    Briana Rowan

    Hora:Dia
    Día:16
    Clima:Ameno
    Lugar:Partida






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    OFF @Alexyus: Pra facilitar coloquei essas cores espero que ajude  O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 AD_4nXeueznYQqtiDNe0zzWHhYrKxWJOuc11b8IBl4A0pLTfZ4EbC9K8CptGY2v-nV9kaQtEd1AXht699SE1j4Dn79_R4x3aHMZIs9VL_Jch4co7Sc_QqgL1sdlb0bNUJkmh_eBIYQ21?key=c5uFBw4OzJpxj_9qhLcUrAZR Negrito - FALAS / FALAS DE NPCS/PENSAMENTOS DA BRIANA
     








    Com Sor Jax


    A presença de Sor Jax sempre foi capaz de tocar algo profundo em meu espírito. Havia nele uma força tranquila, quase como um ancoradouro em meio à tempestade. Enquanto suas palavras ecoavam ao meu redor, senti uma chama crescer em meu peito, aquecendo cada fibra de minha determinação.


    — Obrigada, Sor Jax — murmurei, minha voz suave mas firme, meu olhar fixo no dele. — Pousoveloz mostrou-me um mundo que antes estava além da minha compreensão. Quero estar pronta para enfrentá-lo, mesmo sabendo que a jornada será longa e árdua. Mas, talvez, por fim, tenha encontrado a paz de saber quem sou e para onde quero seguir.


    Quando nos despedimos, ele apresentou o arco. Por um instante, senti meu coração parar pelo valor afetivo que aquele gesto carregava. Era mais do que uma oferta,era um sinal claro de respeito por mim, algo que me tocou profundamente.


    — Seria uma honra, Sor, que ele me servisse — falei, inclinando-me com respeito, o tom carregado de emoção. — E que eu possa servi-lo com o mesmo fervor, sendo sua extensão em cada flecha disparada.


    Inclinei-me em uma mesura elegante, deixando que meu sorriso brilhasse como um raio de sol. Sentia a responsabilidade daquele momento pesar, mas de maneira doce, como um fardo que se carrega com orgulho.





    Com Aldos  @DariusNovadek


    Quando me aproximei de Aldos no campo de treino, meu coração tamborilava em um ritmo inquieto, mas minha determinação permanecia firme. Ele me lançou um olhar avaliador e havia uma curiosidade velada que suavizava o corte de suas palavras.


    — Treinos não são como as fofocas entre damas que tanto aprecia, Briana — provocou ele, com aquele sorriso torto que tanto me exasperava.


    Endireitei os ombros, encontrando seu olhar com a mesma intensidade.



    — Apenas posso imaginar, Aldos, que manejar uma espada exige uma responsabilidade tão séria e perigosa que não há como compará-la a frivolidades — repliquei, mantendo minha voz doce, mas com um tom de firmeza que o surpreendeu.

    Baixei o olhar por um momento, escolhendo as palavras com cuidado. — Depois de Pousoveloz... depois da morte dos gêmeos e do horror de ver um bastardo da casa Osgrey tramar contra crianças indefesas... percebi que minha visão do mundo era uma ilusão.




    Minha voz vacilou, mas continuei, determinada a fazer-me ouvir.— Não aceito que meu destino seja apenas o de esperar por resgate. Sou mais do que isso, Aldos. E não será um pretendente que determinará meu valor.

    Ele me fitou em silêncio, o olhar mais suave do que o habitual. Por um instante, senti que talvez, apenas talvez, ele tivesse começado a ver em mim algo que até então ignorara.






    Com o Pai



    Sentada diante de meu pai, senti uma mescla de orgulho e humildade. Sua presença era como a de uma montanha: sólida, imponente, mas oferecendo um senso de proteção inigualável. Suas palavras tinham o peso de lições aprendidas ao longo de uma vida cheia de batalhas, tanto no campo quanto no coração.


    Quando ele aprovou duas de minhas ideias, uma onda de calor espalhou-se por meu peito. Era difícil conter o sorriso, mas mantive minha postura, permitindo apenas que um brilho satisfeito passasse por meus olhos lilases.


    — Meu pai, sou grata por suas palavras. Seus apontamentos são, como sempre, sábios. Fico feliz que duas de minhas sugestões tenham encontrado seu favor. Pretendo visitar o septo e buscar o apoio da nossa septã, além da companhia de minhas amigas. Espero que as ideias sejam bem acolhidas.


    Levantei-me, hesitando apenas um momento antes de me aproximar. Toquei sua mão com delicadeza, sentindo o peso da história que ele carregava. O gesto foi seguido por um abraço, um elo silencioso entre gerações.


    — Vou indo, senhor meu pai. Amo-o imensamente.



    Enquanto me afastava, senti como se uma estação inteira tivesse passado por mim, levando consigo uma melancolia doce, semelhante ao perfume das flores ao final da primavera, pois sabia que um dia o Estranho viria para levar nosso pai. Esse pensamento pairava em meu coração, mas, ao mesmo tempo, as palavras dele, ainda que pudessem ser vistas como rígidas, não me ofenderam. Pelo contrário, acenderam uma chama nova dentro de mim.


    Dorne... Um mundo tão distinto do nosso, marcado por guerras, sangue e uma história que nos separava de seu povo. Contudo, algo em sua menção me prendeu a atenção: “Então, em Dorne, as mulheres ocupam uma posição diferente?” A ideia pulsava em minha mente, martelando de forma persistente, como uma pergunta sem resposta imediata.


    Decidi guardá-la para mim por ora. Talvez a biblioteca pudesse oferecer mais luz sobre o que apenas começava a despontar em meus pensamentos.



    Após a conversa com meu pai


    Os dias seguintes transcorriam com uma serenidade que parecia quase irreal, mas minha mente, sempre vigilante, não se deixava enganar. Estava imersa nos preparativos para minha visita ao septo, planejando cada detalhe com cuidado e intenção. Quando o momento finalmente chegasse, eu me vestiria de maneira simples, mas com as cores de nossa casa, uma lembrança silenciosa de onde pertenço. Convidaria Marla, nossa septã, para caminhar ao meu lado, buscando sua sabedoria e orientação, e estaria acompanhada por minhas amigas, cujos sorrisos e apoio tornariam o momento ainda mais significativo.











    NPCs

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    Emme



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    Mensagem por DariusNovadek Ter 24 Dez 2024 - 2:40

    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 _1edf310
    Aldos Rowan

    Hora:Dia
    Día:??
    Clima:Ensolarado
    Lugar:Bosquedouro



    ⚜⚜⚜⚜⚜⚜



    O Jogo dos Tronos - Rowan - Página 9 2063937_98e27


    A fala a sua irmã não era condenatória, mas avisava que a mesma adentrava em um campo que poderia ser bem mais pesado do que ela imaginaria. Quando ela fala sobre Pousoveloz, e completa falando sobre sua vontade de independencia, Aldos coloca a mão no ombro da irmã.

    - Eu imagino como tudo pode ter te afetado em Pousoveloz, Flor do Outono. E sinceramente, fico mais tranquilo ao saber que minha irmãzinha vai saber se defender quando eu não estiver por perto.

    Ele da um de seus sorrisos para a irmã, quase que preparando-a para o que iria dizer, não seria nada em tom paternal, ou até tentando limita-la. Mas sabia que ia em desencontro com o que ela pensava no momento.

    - Mas você é bem protegida aqui em Bosquedouro, irmã. E saberá escolher bem um pretendente que irá protege-la com a vida. Mulheres tem outras armas que homens por mais que tentam, não são tão bom em usa-las quanto elas. As frivolidades que brinquei, nada mais é que um treino também. Palavras tem muito poder para quem sabe usa-las.

    Pegando uma das espadas de madeira, Aldos se coloca em posição de combate.

    - Com o tempo, você saberá qual arma deverá usar no momento certo. Se prepare!

    @thendara_selune


    Emme



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