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    O Jogo dos Tronos - Rowan

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    Mensagem por Alexyus Ter Fev 01, 2022 4:49 pm

    O JOGO DOS TRONOS 
    BRIANA

    O Jogo dos Tronos - Rowan Logo_b10


    Briana Rowan era chamada de Flor de Outono por seus irmãos Thomas e Aldos, mas nascera no verão, crescera na primavera e florescera no outono que agora rumava para seu fim, prenunciando um inverno que não se sabia se seria longo ou curto.

    Ela crescera em Bosquedouro, correndo entre os pomares de frutos dourados, apreciando os amplos jardins de inúmeras flores, nadando nas águas do Pequeno Mander que de pequeno só tinha o nome, cavalgando os elegantes cavalos criados por sua família, caçando com belos e sagazes falcões, recebendo lições de etiqueta da mãe Lady Bethany, estudando uma ampla gama de assuntos sob a tutela do meistre Galvan e sendo mimada por todos no castelo e no povoado ao redor.

    Bosquedouro:

    O senhor de Bosquedouro governava com mão leve e gentil, sendo generoso com seus plebeus e amistoso com seus vizinhos, os Serret de Colina de Prata na fronteira com as Terras Ocidentais ao Norte e os Crane do Lago Vermelho ao oeste. Seus vassalos, Osgrey e Webber, eram tratados com justiça e duas filhas deles, Anya Osgrey e Moira Webber, foram enviadas para servir em Bosquedouro e tornaram-se damas de companhia inseparáveis da jovem Briana.

    Anya e Moira:

    O castelo estava sempre cheio de gente, com cavaleiros, artesãos, cozinheiros, artistas e demais servos circulando constantemente, empenhados em realizar seus trabalhos com esmero e talvez ganhar as afeições dos membros da família Rowan. Durante toda a vida de Briana, sempre haviam sido gentis e solícitos com ela, procurando agradá-la e comprazê-la. Por isso o choque foi grande e ainda maior quando o bardo iludido tentou agarrá-la contra sua vontade. Felizmente, os dois cavalheiros a salvaram, mas com a aflição do momento, Briana não teve a presença de espírito de lhes perguntar o nome, e, depois que as coisas se encaminham para uma justiça forte e rápida do senhor da casa, pareceu mais oportuno não aumentar os comentários do povo. Briana não voltou a encontrar os dois homens para agradecê-los.

    Após o incidente com o bardo na festa que comemorava o décimo sétimo dia de seu nome, que foi abafado pelo pai Lorde Mathis Rowan, Briana foi enviada a VilaVelha para passar algum tempo com sua tia/prima Rhonda que agora era esposa de Baelor Hightower, o herdeiro da Torralta. A viagem de barco pelo Pequeno Mander até Jardim de Cima foi rápida, seguindo a correnteza do rio, chegando rapidamente à capital da Campina. 

    Pequeno Mander:
    Jardim de Cima:

    Em sua passagem por Jardim de Cima, Briana e sua comitiva, que incluía Meistre Galvan, Anya e Moira, foi recepcionada com um jantar por Lorde Mace Tyrrel, vindo a conhecer sua esposa e seus filhos, o coxo Wyllas, Garlan, o Galante, casado com Leonette Fossoway, o jovem Loras Tyrrel e a bela e adorável Margaery Tyrrel, que proporcionaram-lhe horas agradabilíssimas ao longo da noite e lamentaram sua partida tão breve para Vilavelha.

    Tyrrels:

    Seguindo viagem depois pela Estrada das Rosas até Vilavelha, sua jornada foi muito agradável, com paradas constantes para apreciar as paisagens da Campina, descansar em estalagens acolhedores, ser saudada pelos plebeus que a reconheciam e celebrar com os nobres que a hospedavam. Como filha de uma das casas mais importantes do norte da Campina, Briana era reconhecida facilmente pelos estandartes prateados com a árvore dourada dos Rowan e era tratada em conformidade com sua posição.

    A chegada em Vilavelha proporcionou a Briana uma visão de tirar o fôlego ao observar o horizonte da que era chamada a cidade mais bela do mundo, com suas ruas e muralhas dde pedra, prédios imponentes e elegantes, e a gigantesca torre da casa Hightower, a Torralta, sede da casa havia milênios.

    Vilavelha:
    Torralta:

    Sua tia, Lady Rhonda, juntamente com o marido, o bonito, educado e ricamente vestido Lorde Baelor Hightower, que fazia jus ao seu apelido Sorriso Brilhante, a esperavam na entrada da torre-castelo, e a receberam com abraços carinhosos. 

    Baelor e Rhonda:

    Sua comitiva foi acolhida e bem alojada, e o meistre Galvan aproveitou para ir à Cidadela dos Meistres para fazer as coisas que os meistres fazem, fosse o que fosse. Anya e Moira estavam tão boquiabertas com tudo que viam quanto a própria Briana.

    Durante quase uma quinzena, Briana passeou, festejou e descansou nas dependências da Torralta, chegando a conhecer o Lorde Leyton Hightower, Lorde de Torralta, Senhor do Porto, Voz de Vilavelha, Defensor da Cidadela e Farol do Sul. Ele a tratou educadamente mas um tanto friamente, e Lady Rhonda confidenciou a Briana que ele era assim com todos e já não descia da Torralta para a cidade de Vilavelha havia mais de 10 anos, embora já estivesse casado com sua quarta esposa, Lady Rhea Florent.

    Leyton Hightower:

    Foi nesse retiro idílico que chegaram as notícias sobre o grande torneio em honra do dia do nome do Príncipe Joffrey Baratheon, o que colocou todos os cavaleiros em polvorosa. A Campina não apoiara a Rebelião de Robert, mas Mace Tyrrel dobrara seus joelhos após a morte do Rei Louco Aerys II Targaryen, de modo que não havia animosidade entre o Trono de Ferro e a Campina, tendo os Tyrrel e seus vassalos ajudado o Rei Robert a combater a Rebelião de Greyjoy com sucesso. O próprio Baelor Sorriso Brilhante anunciou que iria até Porto Real para competir, juntamente com muitos dos cavaleiros de Vilavelha e, presumivelmente, de toda a Campina. Após uma rápida troca de corvos, Briana recebeu por carta a aprovação para acompanhar Lady Rhonda para o torneio, sendo informada que seus irmãos Thomas e Aldos também estariam presentes para competir. Enquanto os irmãos Rowan iriam viajar por terra pela Estrada das Rosas até Porto Real, os Hightower levando Briana iriam em barcos cedidos alegremente pelos Redwyne, contornando a costa de Dorne até a Baía da Água Negra.

    Após uma viagem tranquila e animada pelo Mar do Verão a bordo do Donzela do Vinhedo, um navio tão confortável e luxuoso quanto se poderia esperar, Briana avistou pela primeira vez a capital dos Sete Reinos, uma cidade enorme coroada pela Fortaleza Vermelha em cima da Colina de Aegon.

     
    Spoiler:

    Embora a capital fosse até maior do que Vilavelha, não era tão bonita quanto a sede da Cidadela, tendo disparidades de riqueza e pobreza coabitando muito proximamente. A cidade estava lotada devido ao grande afluxo de pessoas para o torneio, nobres para competir e socializar, mercadores para vender seus produtos e a numerosa plebe para a oportunidade única de ver os grandes nomes da história em ação diante de si. As estalagens, hospedarias e tavernas estavam cheias, praticamente com sua lotação esgotada, de modo que Lady Rhonda decidiu que ela e Briana continuariam dormindo a bordo do Donzela do Vinhedo, indo à terra apenas durante o dia. Baelor e o resto dos homens iriam armar seus pavilhões numa área de acampamento próximo à arena do torneio, agindo como se estivessem realmente em guerra e às vésperas da batalha, mas as damas preferiam manter seus confortos o máximo possível.

    Os dias que antecederam o torneio foram pautados por visitas ao Grande Septo de Baelor (pois Lady Rhonda era muito devota a Fé dos Sete), passeios pelas barracas do festival que tinha lugar bem próximo à arena, exploração das ruas de Porto Real e compras em lojas que comerciavam produtos de todas as partes dos Sete Reinos e além. Briana teve a oportunidade de encontrar Thomas e Aldos, que assim como Baelor, estavam acampados na região destinada aos inúmeros lordes e cavaleiros da Campina; eles estavam animadíssimos de terem conseguido ficar quase vizinhos de Garlan e Loras Tyrrel e não cansavam de dizer bravatas sobre as conquistas que alcançariam no torneio.  

    Na véspera do início do torneio, haveria o Grande Banquete do Rei, para o qual todos os lordes e ladies foram convidados, incluindo Rhonda e Briana. 

    Hoje era o dia do banquete.


    OFF: Fique à vontade para definir o que fez nos dias anteriores ao banquete.   
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    Mensagem por thendara_selune Ter Fev 01, 2022 10:01 pm

    Briana estava excitada e a viagem inteira os olhos brilhavam cheios de expectativa. Mantinha-se sempre atenta a todos os avisos de Lady Rhonda e quando finalmente atracaram no porto podia ver o quanto seu mundo era pequeno diante daquele. Embora a capital fosse até maior do que Vilavelha, não era tão bonita quanto a sede da Cidadela, tendo disparidades de riqueza e pobreza coabitando muito proximamente que faziam a jovem Lady refletir sobre aquilo, mas era incapaz de argumentar abertamente sobre a situação sem parecer ingênua.

    Então como qualquer jovem bem nascida, sua mente preferiu afugentar os pensamentos sobre a realidade enquanto podia caminhar ao lado de Lady Rhonda bem como de Anya e Moira. Se entretiam com tudo que vinham, a visita ao grande Septo de Baelor  que fica no topo da Colina de Visenya, rodeado por uma praça de mármores brancos era impressionante aos olhos de Briana. A estátua de Baelor, que permanece no alto e sereno sobre seu pedestal como se pudesse a qualquer momento dar um passo adiante e caminhar entre os seus parecia ser tão provável na mente da jovem Lady que caminhava silenciosamente quase como se pudesse fazer parte do cenário inteiro se segurasse a respiração por alguns segundos.

    Caminhou até os vastos jardins, capazes de abrigar centenas em volta do septo. O lugar era imponente a estrutura com abóbada de mármore possuía sete torres de cristal e cada uma delas possuía sinos. -Em ocasiões especiais, como a morte de um rei, é que todas elas são tocadas e assim o som dos sinos ecoam por toda a cidade.- A voz dela era baixa, agradável e respeitosa enquanto falava com Anya e Moira dando espaço para que Lady Rhonda fizesse suas orações.

    Briana descrevia as coisas de acordo com aquilo que foi ensinado pelo Meistre Galvan e em algum momento ela mesma se colocou a fazer suas orações. “ Que nossa família tenha uma vida longa, que nossas terras se mantenham prósperas e que possamos viver em paz.” O pensamento de uma guerra era sempre assustador, pedir aos sete por paz parecia um tanto inocente, mas para ela era algo valioso e nunca era demais pedir por isso.

    Após a ida ao Grande Septo de Baelor elas aventuram-se pela feira, Briana sempre procurava por coisas exóticas. Um tecido diferente, uma linha chamativa, especiarias e demais coisas que pudessem ser usadas em seus pequenos experimentos cosméticos.

    Enquanto andavam, Anya e Moira avistaram uma tenda colorida, cheia de coisas delicadas que enchia os olhos de todas com interesse. Os pentes eram entalhados com folhas e flores, as escovas ornamentadas ricamente e logo Briana escolhia algumas coisas para comprar. Como se fossem crianças ela escolheu os enfeites de cabelo que mais lhe agradaram. Depois presenteava Anya e em Moira com eles. Assim como presenteou Lady Rhonda e depois continuaram as compras.
    Presentinhos para Bethany, Anya, Moira e Rhonda:
    Copinhos Meistre Galvan :

    Moira as puxou para que comprassem doces, depois foram atrás de chás e encontraram uma barraquinha onde uma senhora de sotaque diferente vendia copos exóticos juntamente com saquinhos cheios de ervas que serviam para acalmar, rejuvenescer ou dormir.
    Além dos saquinhos que Briana comprou para presentear a mãe, viu copinhos com desenhos que nunca tinha visto antes para presentear Meistre Galvan. Para o pai e irmãos foi atrás de tecidos que pudessem se transformar em  roupas que os destacassem.

    Quando Briana teve a oportunidade de encontrar Thomas , Aldos e Sor Baelor os cumprimentou com uma mesura graciosa. Logo apressou-se em dar um abraço nos irmãos para matar a saudade. Dentro do navio cuidaria de servir-lhe chá ou vinho embora já soubesse que Aldos faria piada sobre oferecer chá e com toda certeza Thomas agradaria a irmã bebendo o chá sem reclamar. Ela os amava tanto que mesmo tendo medo do mundo, seria capaz de tudo para mantê-los a salvo. -Tenham cuidado nas justas, sabem que é perigoso e mantenham o bom senso…Nada de arriscar-se demais, papai mandou dizer-lhes que “Guias tua lança com solércia e não com ego cego.”- Depois ela riu dando um tapinha suave na mão dos dois. Os ouvia com atenção e quando escutou sobre   “ O Cavaleiro das Flores”, continha a sua curiosidade enquanto  Moira suspirou demoradamente e Anya fez troça dela dizendo que aquilo parecia uma melodia inteira em um suspiro. Briana limitou-se a conter o riso sobre o assunto, afinal todas as damas sabiam muito bem quem era Sor Loras Tyrell.


    Na noite do banquete se arrumavam com capricho enquanto a própria Lady Rhonda falava sobre as casas e seus membros ilustres. Briana sabia alguns nomes, mas estava tão animada por poder ir ao evento que sentia seu rosto inteiro quente de excitação. - Será um banquete adorável, sinto que vamos nos divertir e com sorte Anya poderá dar algum sossego a Moira quando encontrar algo que lhe encante os olhos.-Se arrumavam com esmero. O som do riso das moças era inocente e parecia ondular, assim como as ondas que embalavam o entardecer.

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    Mensagem por Alexyus Sáb Fev 05, 2022 12:52 pm

    A comitiva de Briana era comandada por Sor Jax Falkar, um cavaleiro maduro que servia a Casa Rowan havia muitos anos, desde antes do nascimento da Flor de Outono, mas era muito discreto e sério, de poucas palavras e muito respeito com a filha de seu lorde; Meistre Galvan, um homem de meia-idade muito paciente e culto, sempre tratando Briana com bondade; Lady Anya Osgrey, uma garota um ano mais nova que Briana, mais esperta que a maioria dos de sua casa e às vezes um pouco cínica; e Moira Webber, uma jovem de 15 anos meiga e ingênua que não herdara quase nada da famosa astúcia de sua família. Havia alguns servos e soldados que acompanharam Briana desde Bosquedouro, mas estes tinham ficado em Vilavelha, de modo que Briana era atendida pelos servos da casa Hightower que tinham viajado com ela no Donzela do Vinhedo.

    Sor Jax Falkar:

    Lady Rhonda ficava feliz em compartilhar as coisas com Briana, tanto materiais quanto experiências. Ela apreciava a devoção da jovem, o interesse nas barracas do festival e a boa disposição da jovem Rowan para navegar. Tendo que deixar o Donzela do Vinhedo pela manhã a bordo de barcos a remo para ir a Porto Real durante o dia e retornar do mesmo modo à noite, Lady Rhonda mostrava-se satisfeita por Briana não enjoar nem uma única vez; o mesmo não se podia dizer de Anya e Moira: a jovem Webber já vomitara duas vezes durante a viagem e Anya ficava constantemente tonta com o balanço do mar. 

    Sempre com a escolta de Sor Jax e de cavaleiros da casa Gightower, elas encontravam frequentemente com Sor Baelor Sorriso Brilhante e os irmãos de Briana Thomas e Aldos, mas os homens estavam empolgados com treinamentos para o torneio, de modo que não acompanhavam as damas em seus passeios. Sor Jax, como escudo jurado de Briana, não pretendia competir e, portanto, a escolta dele era uma constante discreta atrás da jovem. Meistre Galvan estava bastante ocupado com o tal conclave de meistres e Briana quase não o via. 

    Mas ela se lembrava de todos e procurava souvenirs para cada um deles. Era um passatempo agradável e que custava pouco para uma dama da campina como ela. Ela gastou menos de 10 veados de prata, dispensou os cobres como gorjeta para os comerciantes e esmola para os pobres da cidade, e ainda ficou com 4 dragões de ouro e 200 veados de prata.   

    Na noite do banquete se arrumavam com capricho enquanto a própria Lady Rhonda falava sobre as casas e seus membros ilustres. Briana sabia alguns nomes, mas estava tão animada por poder ir ao evento que sentia seu rosto inteiro quente de excitação. - Será um banquete adorável, sinto que vamos nos divertir e com sorte Anya poderá dar algum sossego a Moira quando encontrar algo que lhe encante os olhos.-Se arrumavam com esmero. O som do riso das moças era inocente e parecia ondular, assim como as ondas que embalavam o entardecer.

    Lady Rhonda era a mais refinada dos Rowan e ficara ainda mais sofisticada depois de se casar com o herdeiro dos Hightower; ela conhecia todas as famílias importantes da Campina e também muitas das Terras da Tempestade e das Terras da Coroa. Moira estava exultante como se fosse a primeira celebração que tivesse sido convidada, e Anya disfarçava mal sua animação com seus risos debochados. A lady Osgrey respondeu ao gracejo de Briana:

    - Eu não preciso de olhos encantados para implicar com a Moira. Posso tranquilamente procurar os encantos de Porto Real enquanto continuo atormentando a querida Lady Webber!

    Moira riu constrangida, mas as constantes piadas de Anya não eram mal-intencionadas. As famílias Osgrey e Webber tinham muita história antiga entre elas, mas Anya não aparentava ter quaisquer ressentimentos particulares, e Moira era simplória demais para isso.  

    Depois de horas de preparação, as ladies Rhonda, Briana, Anya e Moira, cada uma escoltada por um cavaleiro, embarcaram nos botes para ir à terra. O par de Briana era Sor Jax, sempre sério e compenetrado, conduzindo-a com o mesmo cuidado que seu pai faria.

    No porto haviam carruagens à espera delas, e Briana foi junto com Sor Baelor e Lady Rhonda e Sor Jax. Sor Baelor, eternamente sorridente, estava com seu ótimo humor habitual e contava fatos interessantes sobre o cotidiano no acampamento, comentando sobre os lordes e cavaleiros que encontrava, especulando quais deles seriam competitivos no torneio. Sor Jax ouvia tudo com respeito mas num silêncio algo frustrante, mas Lady Rhonda ouvia com atenção e interesse que pareciam pouco prováveis, mas convincentes. 

    As ruas de Porto Real tinham sido desobstruídas, permitindo que as inúmeras carruagens dos nobres trafegassem sem obstáculos até a Fortaleza Vermelha. Era a primeira vez que Briana entrava no castelo do rei dos Sete Reinos, e seu assombro foi grande. A fortaleza não era de modo algum bonita como a Torralta ou mesmo Bosquedouro, mas era muito imponente, de um jeito ameaçador e intimidante.

    A luz do pôr do sol enrubescia ainda mais o ambiente, fazendo com que todos à vista parecessem resplandecer com um brilho vermelhante. Os perfumes das damas nobres enchiam o ar, misturando-se como o cheiro de mil jardins misturados. 

    O pátio de pedras duras e rubras sob os pés deles fazia com que cada passo deles produzisse um clique suave enquanto eles avançavam. Um grande destacamento de capas douradas alinhava-se em posições estratégicas para recepcionar e conduzir os nobres que chegavam, formando uma fila que movia-se rapidamente para dentro do salão principal.

    O cortejo dos Hightower alinhou-se em ordem na fila de nobres que entravam lentamente. Sor Baelor e Lady Rhonda presidiam a quadrilha, mas outros senhores menores vassalos dos Hightower vinham após eles, e Briana, sendo apenas uma dama nobre convidada, ficou vários pares atrás deles, de braços dados com Sor Jax; Anya e Moira, sendo ainda menos ilustres, tinham ficado quase no fim da fila, pareadas com cavaleiros da Torralta.

    Em poucos minutos, os guardas identificaram a todos e lhes indicaram o caminho para o interior. Os convidados passavam por amplos salões e corredores ornamentados com quadros, esculturas e tapeçarias, sempre evocando cenas de caça e batalha, sem nenhum sinal dos dragões que tinham sido o símbolo dos Targaryen.

    O grande salão da Fortaleza Vermelha, um dos maiores dos Sete Reinos, sustentava tetos adornados dezenas de metros acima deles, iluminados por centenas de tochas. Logo após as grandes portas duplas de entrada havia um enorme espaço que servia como pista de dança, mas no momento estava apinhada de rodinhas de nobres recém-chegados se cumprimentando e conversando. Em cada lateral deste espaço, orquestras de músicos já tocavam músicas suaves e agradáveis, atenuando a formalidade da ocasião. 

    Da metade do grande recinto para o fundo, havia dúzias de enormes mesas compridas, ainda não ocupadas e sem comida, enquanto intendentes procuravam organizar os senhores e senhoras de Westeros. Na parede oposta, um patamar baixo sustentava a comprida mesa do rei, disposta horizontalmente em relação às mesas verticais dos convidados.

    Havia centenas de pessoas ali de pé, à espera que os intendentes os designassem aos respectivos assentos. Sor Baelor Hightower, como um dos nobres mais ilustres da Campina, conhecia dezenas dos convidados, e outras dezenas fingiam que o conheciam ou faziam esforços vigorosos para conhecê-lo, de modo que Briana não teve oportunidade de se aproximar de seus anfitriões após sua chegada. Sor Jax continuava fielmente a seu lado, e Anya e Moira vieram ao encontro dela tão logo se desembaraçaram de seus pares.

    - Briana, você viu as esculturas do salão de entrada? Aquelas que mostravam a Batalha do Tridente? Tão enormes e ameaçadoras! - Anya estava impressionada, mas se era medo ou admiração em sua voz, Brina não conseguia dizer.

    Thomas e Aldos vieram ao encontro dela logo em seguida.

    - Ah, eis a Flor de Outono! Você está linda, minha irmã! Assim como suas damas! Sor Jax  - Thomas era muito educado e cavalheiresco, e agora estava ainda mais empenhado em demonstrar cortesia.

    - Falamos com Sor Loras Tyrrel há pouco, muitos cavaleiros e nobres da Campina estão aqui também - Aldos não escondia sua admiração pelo Cavaleiro das Flores.

    Muitos nobres da Campina cumprimentavam os Rowan, mesmo que apenas de passagem, e Briana não conhecia muitos deles, mas os identificava pelos brasões que ostentavam. Ela identificou a maçã verde dos Fossoway de Novo Barril, os portões de muralha e macieiras dos Appleton, a pala de garças douradas em campo azul celeste dos Crane de Lago Vermelho, os girassóis dos Cuy de Casassolar, a cornucópia dos Merryweather de Mesalonga, o cacho de uvas dos Redwyne, mas houve muitos outros que ela via pela primeira vez ou não identificava os emblemas pelo que eram. Thomas era muito melhor em heráldica do que ela, conhecendo centenas de casas e também os brasões dos cavaleiros mais famosos, saudando a maioria com palavras de cortesia e familiaridade. Aldos sabia um pouco menos do que o primogênito, mas não fazia feio, embora seus modos se reduzissem ao mínimo obrigado pela boa educação.

    Além das rodinhas dos homens da Campina, havia convidados de outras partes dos Sete Reinos, vindos das Terras Ocidentais, das Terras Fluviais, do Vale de Arryn e das Montanhas da Lua, alguns do Norte, e até mesmo um ou outro vindo das desprezíveis Ilhas de Ferro ou da temível Dorne. Briana nunca estivera em meio a tantas pessoas ilustres antes.


    OFF: Role 4d6 para testar Percepção 3/ Notar 1. A especialização Notar permite que você descarte o menor resultado no dado, somando os três maiores para o resultado da jogada.
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    Mensagem por thendara_selune Dom Fev 06, 2022 4:54 pm

    Ainda no barco.

    Os dias a bordo não tinham causado Mal-estar, talvez o fato de desde pequena traquinar com amigas quando nenhum adulto a via. Não que entrar nos barcos que ficavam perto do riacho fosse algo seguro, mas era divertido se esconder neles enquanto a procuravam ou até mesmo as raras vezes que teve chance de entrar em barco maior foi junto com pai e irmãos, mas nunca fora longe com eles. O balançar do barco deixou Anya e Moira isso fazia Briana buscar entre as ervas que trouxera algo que as fizesse se sentir melhor. -Bebam é uma mistura suave de camomila, hortelã, alecrim e algumas  gotas de mel.- Dizia Briana sempre preocupada com as amigas. Para Lady Rhonda oferecia chá feito com pétalas de flores diversas, adoçadas com mel e o cheiro perfumava o ambiente tanto quanto os chás que suas amigas bebiam.


    No dia do Banquete

    Enquanto ouvia Lady Rhonda falar sobre as famílias ficou admirando os gestos e a postura da tia que se destacaria mesmo em uma multidão. Depois  sorriu para si mesma e olhou para as amigas que assim como ela mesma estavam animadas para aquele banquete. Anya era a mais experiente entre as três, sabia como responder uma piada, deboche ou ataque velado de outra dama. Moira tinha bom senso e olhos observadores , mas ainda assim era ingênua tal como Briana.

    Após horas de preparo elas iam para o porto. O caminho inteiro  Sor Baelor com seu largo sorriso e bom humor deixava tudo muito leve enquanto  Sor Jax ouvia tudo com respeito, mas tão silencioso quanto uma árvore em um campo vazio. Briana gostava de saber daquelas coisas, até porque era um meio de entender o mundo dos Sors e dos Lordes de um outro ângulo. Ouvir significava aprender e essa é uma virtude apreciada por sua mãe.

    Quando chegaram a Fortaleza Vermelha ficou impressionada com sua imponência. Seria possível desenhá-la de olhos fechados, havia algo nela tão marcante e feroz que era impossível esquecer os detalhes. O pôr do sol partia em raios rubros para deixar a noite beber de cada riso, desejo e perfume. Ao adentrarem um novo mundo abria-se diante dela. O pátio parecia fazer questão de parecer vivo a cada passo, fazendo um som que a trazia para realidade ao ver o destacamento de capas douradas  que alinhava-se em posições estratégicas para recepcionar e conduzir os nobres que chegavam, formando uma fila que movia-se rapidamente para dentro do salão principal.

    O cortejo dos Hightower alinhou-se em ordem na fila de nobres que entravam lentamente. Após alguns minutos podiam entrar. Passando pelos salões e corredores cheios de detalhes que mostravam a riqueza transbordante ali. Sentiu-se aliviada por não ter tido a chance de aproximar-se dos anfitriões. Temia dizer algo errado, quem sabe acacabasse esquecendo até o próprio nome, seus  olhos ficarem presos na rainha por um breve momento. Logo lembrou de sua mãe lhe dizendo que  ela é conhecida por ser uma das mulheres mais belas dos Setes Reinos.

    Sor Jax continuava fielmente a seu lado, e Anya e Moira vieram ao encontro dela tão logo se desembaraçam de seus pares. - Fiquei tão impressionada quanto  você, pareciam vivas e prontas para uma guerra!- Sussurrava Briana e depois eram avistadas por Thomas e todos vieram ao encontro dela  em seguida.



    Uma mesura e depois um sorriso tímido que combinava com as bochechas enrubescidas pelo comentário do irmão. Ele fala sobre Sor Loras Tyrrel, além dos outros cavaleiros e nobres da Campina que estão ali. Aldos não conseguia esconder o entusiasmo e a divertia com aquela reação. -Meus adoráveis irmãos estão tão à vontade que chego a pensar que se pudessem passariam a vida toda aqui longe da pobre irmãzinha.- Briana fala fazendo um biquinho infantil e logo está rindo. Enquanto muitos cumprimentavam os Rowan, Briana apenas mantinha-se limitada a mesuras e sorrisos. Thomas demonstrava seu conhecimento em heráldica e ele ia  saudando a maioria com palavras de cortesia e familiaridade. Aldos sabia um pouco menos do que o primogênito, mas se portava como esperado e a Briana sentia-se tão orgulhosa dos dois.  Para ela aquele lugar era como abrir um livro cheio de histórias, nomes e pessoas ilustres. - Então os eventos aqui são desse porte?! Estou fascinada e vocês? - Briana falou baixinho para Anya e Moira enquanto movia-se fingindo apenas arrumar o vestido. Os olhos castanhos cintilavam enquanto observava tudo sem querer deixar escapar nenhum detalhe.
                                                                                       
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    O Jogo dos Tronos - Rowan Empty Re: O Jogo dos Tronos - Rowan

    Mensagem por Alexyus Seg Fev 07, 2022 6:00 pm

    Rolagem escreveu:Briana tem Percepção 3 com a especialidade Notar 1
    Briana rolou 6, 4, 1, 5
    Especialização Notar 1 cancela o o menor dado, no caso 1
    Total: 6+4+5= 15

    Livre da obrigação de reconhecer todos os outros nobres, Briana podia dirigir sua atenção para onde mais lhe interessasse.

    Ela aproveitou uma oportunidade para trocar frases em voz baixa com suas damas:

    - Então os eventos aqui são desse porte?! Estou fascinada e vocês?

    Os olhos de Moira estavam tão arregalados que quase não cabiam no rosto, e sua boca constantemente ficava aberta com a admiração com tudo e todos que via.

    - É tudo tão grande! E tão luxuoso! E todos estão tão bem vestidos!

    Anya, por outro lado, era mais hábil em disfarçar as próprias reações. Ela comentou tentando sem sucesso assumir seu ar blasé:

    - Não acho que todos os eventos aqui em Porto Real são assim. Faz anos desde que não ocorre um torneio desse porte, acho que desde a Rebelião de Greyjoy. O décimo segundo dia do nome do Príncipe Joffrey marca uma ocasião importante, logo o primogênito do Rei Robert poderá ser considerado um homem feito...

    Briana não tinha certeza se aquela informação de Anya estava correta, mas poderia muito bem ser.

    Uma dúzia de intendentes esforçava-se para acomodar os nobres nos assentos que seus diagramas indicavam, mas alguns senhores e senhoras dificultavam bastante o trabalho dos servos. As mesas do banquete tinham sido dispostas para agruparem nobres e cavaleiros da mesma região sentados uns ao lado dos outros. Na extremidade esquerda havia nortistas e homens de ferro, nas mesas ao lado deles havia homens do vale e das terras fluviais, os senhores da Campina ocupavam três mesas no centro da câmara, seguidos por algumas mesas com homens das terras da Coroa, até o lado direito onde os senhores das terras da Tempestade dividiam seu espaço com os poucos homens de Dorne. Os grandes senhores sentavam-se mais perto da mesa horizontal reservada à casa real, colocados em ordem de importância decrescente: os Protetores de cada região, as grandes casas, as casas menores, as casas cavalheirescas e por fim na ponta mais perto da pista de dança ficariam os cavaleiros, também em ordem de importância, primeiro os juramentados aos senhores nobres e por último os cavaleiros andantes. As grandes casas tinham primazia na atenção dos servos, de modo que os Rowan ainda demoraram um pouco para serem chamados.  

    Enquanto deixava seus olhos vaguearem pelo salão em busca de rostos conhecidos, Briana viu o símbolo da maçã vermelha dos Fossoway de Solar da Cidra, uma das casas cavalheirescas mais próximas de Bosquedouro. Com sua atenção continuando a vagar, ela viu quando dois cavaleiros junto de seus senhores cumprimentaram-se mutuamente: um dos senhores era a pala de garças douradas em fundo azul que ela já vira, os Crane do Lago Vermelho, o outro tinha um escudete de ferro com tachonados cinzentos rodeado de dracares cinzentos em campo verde.

    Spoiler:
    Spoiler:

    Mas não foram os senhores que chamaram a atenção da jovem Rowan, mas sim os cavaleiros que os acompanhavam. Um deles, loiro e vestido com roupas típicas do litoral oeste da Campina, tinha um brasão com cinco escudos cinzas e negros sobre fundo azul claro, parecia estar com o senhor dos escudos cinzas. O outro, de cabelos castanhos, tinha um cavaleiro sobre uma representação de uma torre em branco, azul, verde e amarelo.

    Mas também não foram os desenhos dos brasões que chamaram a atenção de Briana, mas sim seus rostos: eram os mesmos dois cavaleiros que a tinham socorrido no fatídico episódio com o bardo lascivo.

    Cavaleiro dos Escudos:
    Cavaleiro da Torre:

    Demorou um pouco até que Briana percebesse que Anya lhe falava alguma coisa pela segunda ou terceira vez, imprimindo uma irritaçãao com a distração dela. Mas antes que ela pudesse responder, Thomas pegou-a pelo braço e puxou-a gentilmente, dizendo:

    - Os intendentes finalmente estão nos chamando, vamos!

    A grande mesa em que os Rowan foram acomodados era a mesma de Sor Baelor Hightower, mas ele e Lady Rhonda estavam perto da cabeceira da mesa, encimados apenas pelo Cavaleiro das Flores, Loras Tyrrel. Thomas, Aldos e Briana foram acomodados mais abaixo, mas ainda acima do sal. Melhor sorte não tiveram Anya e Moira, pois como damas das casas Osgrey e Webber restou-lhes sentarem-se bem abaixo, entre tantas outras damas de companhia de outras senhoras da Campina. O mais azarado de todos foi Sor Jax Falkar, que foi sentado entre outros cavaleiros de baixo nascimento, bem abaixo do sal.

    Havia muito mais comensais das Terras da Coroa, das Terras da Tempestade, do Vale de Arryn e das Terras do Oeste. Cavaleiros da Campina eram abundantes, mas com poucos senhores da nobreza, semelhante aos servos de Correrrio. Já dorneses e homens de ferro eram raridade, destacando-se como agulhas no palheiro. Também havia vários cavaleiros errantes, mas todos eles foram colocados "abaixo do sal", no lugar mais distante do patamar da família real.

    Quando todos já estavam sentados, arautos tocaram trombetas de todas as direções, anunciando:

    - Rei Robert I da Casa Baratheon, o Primeiro de Seu Nome, Rei dos Ândalos, dos Roinares e dos Primeiros Homens, Senhor dos Sete Reinos e Protetor do Território. Lorde Jon Arryn, Mão do Rei, Senhor do Ninho da Águia, Senhor do Vale, Protetor do Leste e o chefe da Casa Arryn. A Família Real, Rainha Cersei, Príncipe Jofrrey, Princesa Myrcella, Príncipe Tommen.

    Todos se levantaram para receber a família real com aplausos e vivas. Vindos das portas laterais do fundo da sala, o enorme e rotundo Rei Robert entrou, seguido do velho Lorde Jon Arryn que servia como Mão do Rei, a Rainha Cersei Lannister, o Príncipe Joffrey, a princesa Myrcella e o infante príncipe Tommen.

    Spoiler:
    Eles se sentaram à mesa real sobre o patamar, e a voz retumbante do rei ressoou pelo salão:

    - Senhores e senhoras de Westeros, bravos cavaleiros e demais convidados, sejam bem-vindos! Vamos comer, beber e festejar essa noite! Divirtam-se!

    As mesas estavam cobertas por tecidos finos e repletas de pratos. Servos entravam e saíam do salão a todo momento, levando e trazendo novos pratos. O banquete consistia de:
    • Pães crocantes e frescos acompanhados por tabletes de manteiga e queijo.
    • Uma sopa grossa feita de alho-poró e outros vegetais.
    • Uma salada composta de ervas, frutas secas e queijo ralado, temperada com vinagre e óleo.
    • Ovos de codorna cozidos em molho de nata e ervas aromáticas.
    • Pastelão de pombos ou enguias com molho.
    • Carne assada, temperada com ervas e alho, acompanhada por vegetais assados.
    • Tortinhas de frutas, bolos gelados de limão e frutas congeladas com mel.
    • Vinho e cerveja em abundância, incluindo tipos diferentes de vinhos de acordo com as comidas servidas.

    A quantidade, qualidade e variedade da comida e bebida eram sem igual, mesmo para os padrões dos abastados lordes da Campina. Cada mordida e gole eram experiências sensoriais singularmente prazerosas. Os olhos também se deleitavam com a apresentação de cada prato, luxuosamente ornamentados e dispostos como obras de arte comestíveis. 

    Os músicos voltaram a tocar. Durante a refeição, diversos artistas se apresentavam. Menestréis tocavam antes e durante a entrada, seguidos por malabaristas e bobos. Os malabaristas faziam bastões, facas e até mesmo tochas acesas voarem entre as mãos uns dos outros, enquanto que bobos davam cambalhotas, faziam cabriolas e divertiam os convidados com suas piadas nada sutis. Felizmente os grandes senhores foram poupados de ser alvejados pelas gozações, permitindo que eles se ocupassem com seus próprios focos de atenção.
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    O Jogo dos Tronos - Rowan Empty Re: O Jogo dos Tronos - Rowan

    Mensagem por thendara_selune Seg Fev 07, 2022 6:53 pm

    Briana teve um susto ao reconhecer os dois homens. Pensou se tratar de uma ironia do destino. Quando finalmente volta a si, era puxada delicadamente pelo irmão e com os olhos castanhos pedia desculpas por não ter ouvido Anya e nem poder ficar com as amigas durante o banquete. De maneira discreta apertou o braço do irmão e fingiu ajeitar-lhe a roupa para dizer em um tom baixo.- Veja meu irmão são os mesmos que me ajudaram em meu aniversário.- Ela olha na direção dos cavaleiros para que ele também observe. - Me sinto em dívida, mesmo que tenha sido um ato de nobreza daqueles que honram as virtudes, ainda assim sempre estarei em dívida e em algum momento devemos ir cumprimenta-los, ficaria desconfortável de fazer isso sozinha ou com minhas amigas.-

    Uma coisa Briana aprendeu com incidente do bardo é que os homens são feras hábeis. Uma jovem pode ser tola o suficiente para se deixar levar por um flerte ou acabar acreditando que um elogio não tem preço. Por ter se entusiasmado com o bardo acabou envolvida em escândalo, que só fora bem abafado porque a família tem grande influência em suas terras e sabiam como contornar aquilo para que Briana não acabasse com uma má fama.
    Em meio ao pensamento com aquela noite horrível de seu aniversário, logo optou em afastar para longe aquilo e deparou-se com a ideia que eles seriam bons pretendentes para suas damas de companhia, quem sabe tivesse a mesma veia casamenteira de sua mãe ou de Lady Rhonda. Deu um sorriso enquanto se movia com os irmãos.


    Quando foram acomodados lançou um olhar em direção as amigas, mas com toda a movimentação era quase certo que não notariam e ao ver onde Sor Jax tão longe maldizia mentalmente todo aquele aborrecimento de se separar daqueles que gosta tanto. Logo sua atenção se volta para olhar o que acontecia ainda inteirando-se dos detalhes a fim de não cometer nenhuma gafe. Assim como todos os demais, ela saudava a família real e admirou a rainha bem mais que ao rei. -Tão bela a nossa rainha!- Dizia em um murmúrio doce. Quando o rei falou, Briana o olhou com curiosidade, ficou imaginando que aquela noite seria assunto das conversas quando voltassem para casa e esquecia-se um pouco do aborrecimento de não estar perto de suas damas.

    O cheiro de tudo além da maneira que os pratos são apresentados a fazem sentir vontade de experimentar de um tudo um pouco à medida que os pratos seguem uma ordem para serem servidos. Quando sentiu o sabor dos vinhos, logo disse a si mesma que não beberia quase nada a fim de evitar que a bebida lhe afetasse. Adora as tortinhas, lhe enchem os olhos e a fazem sorrir com entusiasmo infantil. Quando as prova é notório que o sabor delas lhe causa memórias diversas. - Nossa mãe adoraria ter acesso algumas dessas receitas.- Falou em um sussurro e depois piscou para o irmão, mas não tomava-lhe atenção de maneira integral. Briana preferia ouvir, aprender a captar as conversas e filtrar as coisas que pareciam interessantes. Deu um suspiro suave ao pensar no luxo ali e ficou encantada com as diversas apresentações que ocorriam.
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    Mensagem por Alexyus Dom Fev 13, 2022 4:49 pm

    - Veja meu irmão são os mesmos que me ajudaram em meu aniversário.- Ela olha na direção dos cavaleiros para que ele também observe. - Me sinto em dívida, mesmo que tenha sido um ato de nobreza daqueles que honram as virtudes, ainda assim sempre estarei em dívida e em algum momento devemos ir cumprimenta-los, ficaria desconfortável de fazer isso sozinha ou com minhas amigas.-

    Os conhecimentos de heráldica de Thomas Rowan eram prodigiosos, e ele também conhecia muitos cavaleiros da Campina. Após fixar o olhar na direção que Briana apontava, ele acenou com a cabeça e disse:

    - Aquele é Lorde Guthor Grimm de Escudogris nas Ilhas Escudos. O outro é Sor Vortimer Crane, Lorde de Lago Vermelho e mestre de armas em Jardim de Cima. Os cavaleiros são Sor Bret Deep e Sor Tim Cross. Me lembro de tê-los conhecido naquela festa. Sor Bret é uma espada juramentada de Lorde Guthor em Escudogris. Sor Tim é um dos cavaleiros de Hightower, mas nasceu em Lago Vermelho.

    Thomas acrescentou:

    - Podemos cumprimentá-los após a reunião, mas não diga nada sobre seu aniversário. Numa multidão como essa, é melhor sermos discretos. Eu o convidarei ao nosso acampamento onde você poderá falar com eles mais livremente, entendeu?

    Quando os Rowan se sentaram, Briana percebeu que os dois cavaleiros salvadores tinham sido acomodados numa mesa ao lado da sua, mas muito mais abaixo, bem abaixo do sal.

    Os Rowan tinham sido assentados abaixo do Lorde Redwyne e de frente para os lordes Crane e Grimm, que os cumprimentaram amavelmente.

    Guthor Grimm era um homem de honra inatacável, mas também bastante duro e sem humor; ele comia de modo sério e circunspecto, respondendo o que Thomas lhe dizia com o mínimo possível de palavras.

    Vortimer Crane era bem mais agradável, cavalheiro e educado mas sem afetação, capaz de rir gostosamente das piadas de Aldos e discutir com inteligência os temas abordados por Thomas. Mas os assuntos iam do torneio até relatos sobre o estado das terras de ambos, de modo que Briana não tinha o que acrescentar ao assunto. Mesmo assim, Lorde Crane às vezes lhe lançava olhares intrigantes, de um modo bastante estranho.

    Os pratos servidos eram consumidos vorazmente por lordes e cavaleiros, e o vinho alegrava o ambiente completado pelas atrações preparadas pela corte real.

    Mais para o final da refeição, o Lorde Mão, Jon Arryn, levantou-se para cumprimentar os senhores em seus assentos, mas logo na primeira mesa da esquerda, a dos homens do Norte, houve uma altercação entre um jovem loiro e um homem ruivo mais velho, e o próprio rei interveio, declarando algo que retumbou pela sala, mas que Briana não compreendera.

    Ao lado dela, Aldos vibrou:

    - Um julgamento por combate! Que jeito de começar um torneio!

    Thomas sacudiu a cabeça:

    - Homens do Norte...

    Quando todos os pratos já tinham sido servidos e alguns convidados já se retiravam, os músicos começaram a tocar melodias de dança de salão entremeadas com valsas e outros ritmos para danças de casais. Vários nobres levantaram-se para dançar, jovens rapazes galantes e damas risonhas, mas os senhores mais velhos e brutos preferiram permanecer sentados (aqueles que não tinham ainda se retirado para encerrar a noite).

    Thomas e Aldos foram gentis o bastante para tirar Briana para dançar. O irmão mais velho era ágil e elegante e a conduzia com técnica e precisão em movimentos complexos e bonitos. O irmão do meio era rápido e brusco, com passos largos e repentinos, e sua condução era mais divertida do que técnica.

    Lady Rhonda bailava com Sor Baelor Hightower, e em algum lugar do salão Anya e Moira também tinham sido tiradas para dançar. A noite se prolongava para os que aproveitavam os festejos, e o Rei Robert bebia sem parar de apreciar as celebrações.
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    Mensagem por thendara_selune Dom Fev 13, 2022 10:10 pm

    Antes de chegar à mesa


    -Oh, então esses são os nomes deles, - murmurou enquanto se moviam em direção a mesa.- Claro meu irmão como quiser. Até porque o tal assunto não é agradável para mim. Assentia pois o assunto era bem delicado e não queria reviver mais uma situação de desenganos ou fofocas. Ela lançou um último olhar na direção do grupo imaginando se seria possível juntar um deles às suas amigas. Briana não se via interessada neles de maneira romântica, mas com toda certeza sempre se sentiria em dívida.



    Já na mesa as conversas se desenrolam entre vinho, bem como os sabores diversos da comida servida em abundância e ela se mantém sorrindo educadamente. Briana ouvia tudo e quando sua atenção era brevemente requisitada agia como lhe foi ensinado. A mãe disse que os homens adoram ouvir o som da própria voz bem como apreciam que uma dama os escute com admiração  e tenham um semblante com ares de intocável. Então muito do que aprendia com a mãe e Lady Rhonda se comprovaram naquele momento. Claro que observou discretamente Lorde Guthor Grimm  e presumia que era um homem de poucas palavras, talvez fosse mais dado a eletricidade de um bom combate.  Depois, enquanto comia, observou Lorde Vortimer Crane que é mais aberto e espontâneo. Quando nota que ele às vezes lhe lançava olhares intrigantes, de um modo bastante estranho, não se abalou, na verdade uma sensação de interesse e curiosidade, uma faísca travessa muito típica de Briana, invadiu sua mente, mas optou em agir com naturalidade.

    Enquanto comiam e as horas avançavam, houve uma alteração de sons e algo mais que ela não entendeu até que seu irmão lhe disse o que aconteceu.  Briana  mordeu o lábio e franziu o cenho e era a viva estampa da tensão típica de uma jovem medrosa. Após um tempo a agitação some para dar lugar mais uma vez a festividade. A música ecoando em meio às conversas dos Lordes mais velhos, aos risinhos das damas cheias de intenções românticas, as Ladys ocupadas em suas conversas sobre um novo vestido de seda ou até mesmo sobre a nova amante de tal Lorde e o quanto isso era escandaloso ou quem sabe  cochichavam sobre a beleza da rainha.  Para Briana a música é mais importante que essas trivialidades e quando os irmãos a convidam para dançar se diverte com espontaneidade. Se deixa guiar pelo irmão que sabia fazê-lo com maestria e com Aldos acaba deixando um sorriso solto escapar mais de uma vez enquanto tentava acompanhá-lo. Sobre o que notou no Lorde Vortimer  preferia esperar para falar sobre isso fora daquele lugar quando estivesse no acampamento deles e longe de ouvidos atentos que poderiam pressupor todo tipo de tolice sobre aquilo.

    Quando os irmãos a deixaram livre, ela fazia uma leve mesura e se afastava em busca das amigas para conversarem sobre os pontos altos da festa ou quem sabe se tinham encontrado alguém interessante naquela noite. Com elas Briana podia conversar sobre tudo, Anya já fora casada então sempre sabia dar um norte sobre algo mesmo que não tivesse total certeza sem falar que lia bem o entre linhas das demais damas enquanto Moira dificilmente se jogaria nos braços de algum falastrão mal intencionado. As duas eram a corda e balde que mantinha Briana na linha e Lady Rhonda agia como uma guia rígida quando necessário, ao mesmo passo que podia soltar uma piada sobre amores, lençóis ferventes e superstições enquanto bebia uma taça de vinho. Ela as amava tanto quanto poderia ser possível.

                                     
    Quando seus olhos encontraram as amigas se divertindo assim como Lady Rhonda, ela prefere não perturbá-las. Ela parecia verdadeiramente feliz enquanto se afastava, seu sorriso era aberto e olhos cheios de entusiasmo em desfrutar daquela breve liberdade de mover-se entre as pessoas sem precisar de companhia. Briana busca um ponto mais tranquilo, talvez os jardins se estes estivessem abertos aos convidados, respirar um pouco do ar noturno e deixar os pés livres como fazia em casa. Quem sabe sentir o perfume das flores e guardar na memória a aparência de alguma que lhe chamasse atenção.
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    OFF: Vamos fazer Briana andar e adorei a brincadeira com o nome dos cavaleiros auhuhauha foi ótimo narrador <3
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    Mensagem por Alexyus Qua Fev 16, 2022 8:06 pm

    Briana alternou danças com Thomas e Aldos, mas logo cedeu espaço para que outras damas pudessem desfrutar da companhia dos irmãos.

    Aldos ficou rapidamente impressionado por uma donzela de cabelos loiros e vestido azul com um corte enganosamente simples. Ela sorriu ao convite dele e pouco depois Briana ouviu o riso dela em reação aos passos excêntricos de seu irmão do meio.

    Spoiler:

    Seu irmão mais velho Thomas foi muito mais assediado pelas jovens damas. Briana intuiu que o status dele como herdeiro da Casa Rowan e de Bosquedouro já era conhecido por elas. Em seis danças, ele dançou com seis senhoritas diferentes, todas ansiosas para agradá-lo. Uma delas, vestida num rico vestido com cores azuis e verdes em vários tons, conversou com ele com bastante intimidade, e Thomas pareceu agradar-se disso.

    Spoiler:

    Briana deixou o salão de banquete e vagou pelos imensos corredores e salões da Fortaleza Vermelha. Havia guardas junto às paredes no caminho que conduzia até a entrada pela qual ela chegara, mas eles se mantinham respeitosamente impassíveis. Provavelmente haveria alguns jardins naquele castelo imenso, mas ela não sabia onde era, e nem os guardas a permitiriam perambular por áreas não destinadas aos convidados do banquete.

    Portanto, a jovem Rowan decidiu tomar ar no pátio onde as carruagens estacionavam para levar os nobres que partiam. Observar o embarque dos convidados do banquete era uma distração interessante enquanto ela respirava o ar noturno e sentia a brisa marinha, muito acima do cheiro desagradável ddas ruas da cidade abaixo da Colina de Aegon.

    Enquanto estava ali parada, observando a sexta ou sétima carruagem se preparando para conduzir seus senhores para fora da fortaleza, uma voz masculina, jovem mas enérgica, soou atrás dela:

    - Cansou-se de dançar, jovem senhora?

    Ela virou-se para encarar um homem jovem, com pouco mais de 20 anos, trajando um belo conjunto de veludo negro e capa azul escura com detalhes dourados. 

    Spoiler:

    O desconhecido estava sob o enorme portal de entrada, mas aproximou-se dela com passos leves e curvou-se numa reverência graciosa:

    - Creio que não nos conhecemos. Sou Alekyne Florent, herdeiro da Fortaleza de Águas Claras. É um prazer conhecê-la, senhorita Rowan.
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    Mensagem por thendara_selune Qua Fev 16, 2022 11:02 pm

    As outras damas logo mostraram interesse por seus irmãos. Ela ergueu uma sobrancelha com divertimento. Briana deu um sorrisinho cúmplice, admitia que as damas são bonitas, mas qualquer uma que tivesse interesse em desposá-los passaria pelo crivo de sua mãe que acredita que uma esposa ou marido podem tanto ser ervas daninhas ou roseiras esplêndidas a depender de sua índole. Antes de sair lançou um olhar condescendente para Thomas que estava encantado pela atenção que recebia de uma jovem, Briana a observou, mas preferia provocar os irmão em outro momento pois sabia que muitas vezes em eventos assim é possível encontrar enlaces que agregam positivamente embora em seu íntimo acreditasse em casamentos por amor.
                           
      ***
    Após caminhar um pouco deparou-se com o pátio, ficou ali observando o vai e vem de carruagens muitas indo embora. Respirou o ar da noite, pensando que ali era luxo enquanto ao longe a realidade era bem diferente. Em meio ao seu pensamento ouviu uma voz masculina e se virou com graciosidade. Briana o fitou com curiosidade e fez uma mesura ao mesmo tempo que ele curvou-se para apresentar-se. -Prazer em conhecê-lo Milorde.- A voz dela é baixa e doce. Ele deu um passo na direção dela, e um arco de luz, vindo lá do alto de uma das janelas do salão de baile, caiu sobre eles e ela se deu conta que ele é bonito.

    Após trocarem cumprimentos, Briana o respondia com um tom polido. - Respondendo sua pergunta, Milorde eu estava em busca de ar e acabei vindo para cá.- Então ela lembra dos alertas da mãe, mas com toda a movimentação ali não lhe pareceu arriscado manter uma conversa educada. -Acredito que talvez conheça meus irmãos Thomas herdeiro de Bosquedouro e meu irmão do meio Sor Aldos ambos estão aqui desfrutando da festividade, assim como minhas amigas e uma parente Lady Rhonda Rowan juntamente com o esposo  Sor Baelor Hightower.- Ela elevou os olhos para ele. Com o ligeiro rubor que lhe cobria as bochechas, seus olhos pareciam de um castanho muito vívido enquanto seus  lábios esboçaram um sorriso tímido. - Não recordo de tê-lo visto dançando então posso supor que também buscava um pouco de ar ou talvez esteja entediado?-
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    OFF:
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    O Jogo dos Tronos - Rowan Empty Re: O Jogo dos Tronos - Rowan

    Mensagem por Alexyus Qui Fev 17, 2022 7:10 pm

    BRIANA escreveu:- Respondendo sua pergunta, Milorde eu estava em busca de ar e acabei vindo para cá.-

    Ele respondeu sem desviar o olhar dela:

    - De fato, está uma noite muito agradável mesmo aqui fora.

    BRIANA escreveu: -Acredito que talvez conheça meus irmãos Thomas herdeiro de Bosquedouro e meu irmão do meio Sor Aldos ambos estão aqui desfrutando da festividade, assim como minhas amigas e uma parente Lady Rhonda Rowan juntamente com o esposo  Sor Baelor Hightower.-

    Alekyne Florent acenou com a cabeça afirmativamente:

    - Sim, sei muito e ainda mais sobre sua família, senhorita Briana. Já encontrei seus irmãos algumas vezes, e sem dúvida conheço Baelor Sorriso Brilhante Hightower. Todas as nossas famílias são descendentes de Garth Greenhand, com linhagens remontando há milhares de anos... diferentes dos Intendentes Elevados que governam a Campina... Mas não precisamos falar disso agora que há coisas muito mais agradáveis para conversarmos...

    BRIANA escreveu: - Não recordo de tê-lo visto dançando então posso supor que também buscava um pouco de ar ou talvez esteja entediado?-

    Ele sorriu de um jeito que parecia tanto travesso quanto zombeteiro:

    - Não me dou ao trabalho de dançar com quem não me interessa, e depois que a senhorita saiu, não havia mais ninguém digna de minha atenção no salão...

    Os olhos dele grudavam-se nos de Briana de um modo penetrante.

    Mas pelo canto dos olhos, Briana viu Sor Jax postar-se no umbral da entrada, vigilante e pronto para agir ao menor sinal de necessidade.
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    Mensagem por thendara_selune Qui Fev 17, 2022 10:32 pm

    -Não é mesmo,-Briana concordava com ele.- o ar noturno aqui me parece bem agradável,mas prefiro o meu lar e a essa hora é possível ouvir o som da noite com clareza, assim como vento tocando a relva o cheiro das flores transborda a maior parte do tempo.- A voz dela permanecia baixa  e mantinha os olhos nos dele. Ao ouvi-lo responder sobre os Rowan e depois falar  sobre as linhagens da Campina que tinham raízes em Garth Greenhand, ou simplesmente Garth, o Verde e depois ela notou aquele descontentamento com os Tyrell, mas percebendo que ele não pretendia tecer mais sobre apenas deu um sorriso gentil demonstrando entendê-lo. Quando respondeu sobre não se dar ao trabalho de dançar  com quem não o interessava, acrescentou  ainda que havia notado quando ela saiu e que não havia mais ninguém digna de sua atenção. O calor infundia as bochechas de Briana depois de escutá-lo. - O que milorde quer dizer com isso?-Pergunta ela, pura inocência na voz e nos olhos. Ela hesita em falar mais alguma coisa ao perceber  Sor Jax postar-se no umbral da entrada, vigilante como se fosse um guardião de pedra leal a sua missão. Seus lábios se separaram em uma inspiração suave. Na verdade, não sabia o que dizer. Parecia que deveria desencorajá-lo, mas não o fez, sabia também que aquilo podia ser apenas um jogo para ele e Briana por sua vez o encarou com seriedade. Será que havia escutado os tais boatos e agora esperava que ela exibisse um sorriso cheio de convites luxuriantes ou quem sabe pudesse estar interessado em testar sua decência?!
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    O Jogo dos Tronos - Rowan Empty Re: O Jogo dos Tronos - Rowan

    Mensagem por Alexyus Sáb Fev 19, 2022 9:57 am

    BRIANA escreveu: - O que milorde quer dizer com isso?

    O Jogo dos Tronos - Rowan 72c6198de33c68d3690049e88b8c0f98ff893953

    Alekyne suspirou e respondeu:

    - Qual o meu interesse? Bem, acredito que nunca esteve na Fortaleza de Águas Claras. É um lugar muito bonito, próximo à principal nascente do Vinhomel, ao norte de Bosquemel e leste de Bandallon. 

    Imaginando que ela não soubesse a localização, ele especificou:

    - Fica bastante ao norte de Vilavelha e sudoeste de Jardim de Cima.

    Isso Briana com certeza sabia.

    - É um belo castelo de pedras brancas, com uma grande torre bem ao centro e quatro torres menores em cada extremidade da muralha, uma para cada ponto cardeal. Fica no alto de uma colina verdejante não muito alta, é verdade, mas bastante bonita, e a vila abaixo é bonita também, com pessoas boas e honestas.

    A expressão dele ficou sonhadora por um momento enquanto ele falava, e depois ele concluiu.

    - É minha, por herança.

    Ele voltou a fitá-la.

    - Sou o mais novo da prole de meu pai, mas antes de mim ele só teve filhas. Há algum tempo, meu pai, Lorde Alester Florent, discutiu comigo sobre donzelas aceitáveis para uma futura aliança matrimonial. Seu nome foi mencionado, e desde então tenho estado ansioso para conhecê-la pessoalmente.

    Ele deu um passo na direção dela para ficar mais próximo e poder falar mais baixo, sem que os mantos dourados os ouvissem, mas Briana viu Sor Jax a postos, preparado para avançar assim que Alekyne a tocasse.

    - Não imaginava que sua beleza e graciosidade fossem tão impressionantes, mas esta é uma agradável surpresa...
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    Mensagem por thendara_selune Sáb Fev 19, 2022 12:47 pm

    O som do festejo lhe pareceu um murmurinho desinteressante em meio ao que ele falava. Olhou Sor Jax e depois voltou-se para encará Alekyne. Imaginou através das palavras dele Fortaleza de Águas Claras, mas não sorriu, os olhos castanhos reluziam e o sorriso era uma linha delicada. -Milorde é sempre tão direto quanto ao que quer?- Ela não se afastou dele. - Me parece um belo lugar e realmente nunca fui até lá…-Briana fez uma pausa escolhendo as palavras e olhos fixos nele. - Falas de uma maneira que é possível desenhar o lugar sem esforço ou talvez necessite visitá-lo um dia para assim guardá-lo na memória.- Respondeu com um sorriso. Ficou claro que havia interesse em casamento.  -Milorde sinto-me lisonjeada, mas devo alertá-lo que tal assunto não está em minhas mãos, meu pai e irmãos são aqueles que deveria consultar sobre a possibilidade de um enlace.- Um novo sorriso surgiu nos cantos da boca de Briana.- Mas, devo admitir que a maneira que falou de suas terras me passa uma ideia que seja um homem decente, assim como preocupado com o bem estar daqueles que lá vivem.- a voz dela é tão suave quanto possível. Tentava resistir aos elogios lembrando bem que seria tola se mostra-se o quanto as palavras dele a agradavam. Anya certamente gostaria dele, afinal fora casada com um homem muito mais velho e Moira já teria a tirado dali ou gentilmente lembrado Briana que já estava tarde. Aquilo era algo interessante, nem tinha ideia se os pais buscavam alguém ou se negociavam algo, mas a maneira que ele falou das pessoas a fez sentir que é justo ou pelo muito hábil em passar isso em palavras. - Bem, milorde sou então uma agradável surpresa?!- A pergunta é feita com um leve humor para manter o tom entre eles ameno, mas totalmente morno. - Então já que estamos conversando sobre surpresas agradáveis e confirmações de expectativas, diga-me o que esperas de um enlace matrimonial? Sei que casamentos por amor são raríssimos, que tudo gira em torno de acordos úteis e o que prevalece é a possibilidade de manter casas aliadas, mas qual seria sua vontade  de fato? Casar-se para engrandecer a vossa casa ou ter amor para acalentar os seus dias?- Era a curiosidade que tingia a voz dela, mas também o testava, uma resposta podia dizer ainda mais sobre as intenções dele. Ele foi direto no que deseja então Briana se via em posição de fazer o mesmo.
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    OFF: Valeu a postagem <3 to adorando Razz
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    Mensagem por Alexyus Sáb Fev 19, 2022 6:44 pm

    BRIANA escreveu: - Bem, milorde sou então uma agradável surpresa?!- A pergunta é feita com um leve humor para manter o tom entre eles ameno, mas totalmente morno. - Então já que estamos conversando sobre surpresas agradáveis e confirmações de expectativas, diga-me o que esperas de um enlace matrimonial? Sei que casamentos por amor são raríssimos, que tudo gira em torno de acordos úteis e o que prevalece é a possibilidade de manter casas aliadas, mas qual seria sua vontade  de fato? Casar-se para engrandecer a vossa casa ou ter amor para acalentar os seus dias?

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    Alekyne olhou-a com surpresa e depois sorriu ao responder:

    - E por que não as duas coisas? A união de duas casas é um evento para os livros de história e tem importância política, é claro, mas para as duas pessoas que se casam o mais importante é o sentimento em seus corações e o amor que pode nascer da convivência pelos anos que virão. Não concorda, senhorita Briana?

    O herdeiro Florent comentou:

    - Tanto a minha casa quanto a sua foram fundadas por filhas do lendário Garth, o  Verde, mas enquanto a minha matriarca foi a esperta Florys, a Raposa, a da sua família foi a milagrosa Rowan Gold-Tree. Acredito que unir inteligência e magia seria uma combinação promissora.

    Ele fez um aceno de lado com a cabeça de modo displicente:

    - Certamente, eu irei a Bosquedouro em breve para tratar com o senhor seu pai, mas só porque agora já a vi com meus próprios olhos e meus ouvidos escutaram sua voz. Embora eu saiba que a aprovação de tal arranjo depende da aprovação dos grandes senhores, eu não levaria essa pretensão avante sem contar com o seu próprio consentimento. Eu o tenho, senhora?
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    Mensagem por thendara_selune Sáb Fev 19, 2022 7:23 pm

    -Concordo que sentimentos podem ser semeados, desde que exista o desejo de manter o solo no qual os plantamos bem nutridos.-  Briana soltou o ar que nem sequer sabia que continha. Um tanto tímida, mas evidente que gostava do rumo da conversa. - Não me negaria a possibilidade de vê-lo em Bosquedouro. Sobre meu consentimento o senhor o tem desde que mantenha a mesma postura que mostra agora, não sou dada a jogos milorde, minha reputação e casa são meus maiores tesouros. - Briana dirigiu um olhar cheio de desafio e orgulho. - O senhor me agrada pelo que demonstra ser e isso é valioso para mim.-  Anunciou finalmente, com um sussurro e um sorriso delicado.

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    Mensagem por Alexyus Ter Fev 22, 2022 6:21 pm

    Alekyne Florent estava prestes a dizer alguma coisa em resposta para Briana quando uma voz bem familiar os interrompeu:

    - Briana!

    Era Thomas, que veio com passo aapressado e passou por Sor Jax com uma olhadela rápido na direção do cavaleiro, que fez o escudo jurado de Briana curvar a cabeça com submissão.

    O herdeiro Rowan acercou-se de Briana, ficando um pouco de lado para Alekyne.

    - Minha irmã, lady Rhonda estava à sua procura. Acho que ela quer ir embora logo. Com licença, sor Alekyne, preciso que minha irmã me acompanhe agora.

    Thomas pegou a mão de Briana com delicadeza, mas prendeu-a firmemente em seu braço, puxando-a de volta ao salão, sussurrando com certa irritação:

    - Não devia ficar de conversinhas particulares com nenhum nobre, minha irmã. Ainda bem que Lady Rhonda vai levá-la de volta ao navio agora. Poderemos conversar sobre isso amanhã, depois que pesar o valor de suas ações.

    De fato, ao voltar ao salão, havia uma rodinha de nobres e cavaleiros de Vilavelha e Bosquedouro de pé e preparando-se para se retirar. Se Briana não estivesse tão concentrada na conversa com Alekyne, talvez tivesse percebido os servos do castelo trazendo umaa das muitas carruagens que conduziam o séquito de Baelor Sorriso Brilhante.

    Lady Rhonda estava rodeada pelas damas de companhia dela e de BRiana, entre elas Moira e Anya.

    - Minha querida, onde você estava? Estamos de partida!

    Anya falou discretamente e em voz baixa com Briana, segredando uma pergunta travessa:

    - Fugiu com algum mancebo atraente?

    Após alguns minutos de conferência para ter certeza de que ninguém estava sendo esquecido, o cortejo dos lordes da Campina deixou o salão do banquete do rei em formação de quadrilha, do mesmo modo que tinham entrado. Baelor e Rhonda lideravam a procissão, e alguns dos cavaleiros menores de Vilavelha, entre eles Sor Tim Cross, vinham mais para o fim da fila, conduzindo suas damas ou apenas andando em pares. Tanto entre os lordes quanto entre os cavaleiros havia alguns que tinham se excedido um pouco no álcool, mas todos eles desfilavam impecavelmente no cortejo, diferente de alguns lordes anteriores que saíram praticamente carregados. Sor Jax deu o braço a Briana e conduziu-a na colocação designada a eles, e Anya e Moira novamente ficaram mais abaixo na fila.

    O embarque nas carruagens estenderia-se um pouco até todos estarem acomodados, mas a primeira carruagem, a de Sor Baelor, também levava Rhonda, Briana e seu escudo, Sor Jax. Enquanto esperavam, o simpático Baelor perguntou alegremente, para ninguém em particular:

    - E então, divertiram-se?

    Lady Rhonda respondeu com um sorriso para o marido:

    - Certamente, meu senhor!

    Talvez esperassem que Briana também sse expressasse, mas Baelor sabia como ser agradável sem ser inconveniente e respeitava a discrição dos outros, como o sisudo Sor Jax.

    Numa deferência às damas, Baelor ordenou que as carruagens fossem primeiro ao porto, onde elas embarcariam para seu navio-dormitório. Os senhores e cavaleiros estavam ansiosos para chegar a seus leitos no acampamento e cair no sono para digerir a comida e o álcool com uma boa noite de descanso, mas ninguém questionou o mandato do herdeiro de Vilavelha.

    A cidade à noite ainda apresentava movimento, principalmente nas tavernas e bordéis, mas as ruas estavam relativamente desertas e fáceis de transitar. 

    O cortejo logo chegou ao Portão do Rio, e Baelor ajudou Rhonda e Briana a descer do coche e as conduziu até o barco a remo que as levaria de volta ao navio Donzela do Vinhedo. Baelor desejou boa noite a Briana e ficou um tempo conversando enamoradamente com sua esposa antes de ajudá-las a se acomodarem no pequeno barco e acenar-lhes enquanto se afastavam pelas escuras águas noturnas da Bacia da Água Negra. Anya e Moira, além do vigilante Sor Jax, também as acompanharam no barco.

    Lady Rhonda falou com Briana e as outras garotas:

    - O torneio começará amanhã, mas os grandes senhores não vão competir até depois de amanhã. Mesmo assim, haverá muitos cavaleiros maiores e menores que tomarão a justa e Baelor quer que todos nós estejamos lá para apoiar os cavaleiros de nossas casas. Pelo que eu entendi, a primeira luta do dia vai ser uma espécie de julgamento por combate de uns nobres do Norte. Se sairmos bem cedo, ainda poderemos dar uma volta pelo festival antes de procurar lugar na arquibancada. Vocês acordarão cedo para isso?


    OFF: Abertura para descrever quaisquer atividades da Briana durante a noite e também na manhã seguinte. 
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    Mensagem por thendara_selune Ter Fev 22, 2022 10:53 pm

    Briana Rowan

    Briana ficou sobressaltada e o rosto vermelho.  Um leve inclinar de cabeça para se despedir de  Sor Alekyne. Enquanto ia embora ainda lançou um breve olhar para ele e logo que entraram no salão seu  irmão chamava sua atenção.  -Perdão meu irmão, apenas queria tomar o ar fresco e tive a companhia do Sor Alekyne. Ele falou de compromisso meu irmão, me parece um bom rapaz e disse que visitaria nosso pai em breve.-  Havia um tom animado em sua voz, mas logo se conteve porque não queria que o irmão achasse que estava sendo ingênua. -Mas falemos disso depois, compreendo sua irritação e peço que me perdoe.- Briana apertava o braço dele com carinho.                            
                                                 
     ***
    Assim que adentram o salão pode ver que a hora passará sem que notasse. Logo que viu Lady Rhonda fez uma mesura. - Perdão, estava tomando ar e acabou que nem me dei conta que o tempo voava ao meu redor.- Deu um pequeno sorriso um tanto envergonhada.   -Shh- sibilou Briana, interrompendo Anya e depois sorriu como se tivesse um segredo doce entre os lábios. Logo se organizam em um cortejo gracioso, acompanhada por  Sor Jax ela segue com graciosidade. Os olhos castanhos dela brilharam pensando no herdeiro Florent e foi uma grata surpresa encontrá-lo ali. Enquanto aguardavam a carruagem Lorde Baelor perguntava se tinham se divertido sempre com aquele tom alegre na voz e assim que Lady Rhonda respondeu, Briana o fazia com um tom baixo.

    -Foi uma noite agradável, muito obrigada por permitirem que os acompanhasse, assim como minhas damas. Por isso agradeço muitíssimo Lorde Baelor e Lady Rhonda por proporcionarem um passeio tão empolgante.-

    Assim que puderam partir, Briana viu a cidade com seu véu noturno. Um mundo novo que escondia muito de sua desigualdade, mas logo a cidade se fazia ouvir através do pulsar das tavernas e dos bordéis que deviam cintilar muitas cores. Assim que chegam ao portão do Rio Lorde Baelor ajuda ambas a descer da carruagem. Ela agradecia com um leve inclinar de cabeça e depois admirou discretamente o carinho que ele nutria por Lady Rhonda.

    Quando estavam dentro do navio, Briana sentia seu coração balançar, assim como as ondas. Desejou um bom descanso a Sor Jax e logo se reunia com as outras. Lady Rhonda falou do torneio e os olhos da jovem Rowan brilhavam cheios de excitação.

    - Milady nada me faria mais feliz que acompanhá-la ao torneio. Estaremos prontas assim que os primeiros raios de sol surgirem, será divertido e teremos a chance de ver os cavaleiros em ação!-  

    Quando Lady Rhonda as deixa, Briana ainda vai até a porta esperando os passos das outras se afastarem. Então como se fosse contar um segredo proibido, puxa as amigas para a cama e dizia quase sussurrando - Conheci  Sor Alekyne Florent, herdeiro de  Fortaleza de Águas Claras,- Mordeu os lábios e riu baixinho.- ele deve estar na casa dos vinte anos, tem um belo porte, uma maneira séria de falar, conhece tão bem a história de nossas linhagens e falou sobre matrimônio…- Então Briana se deixa cair na cama. - conversei brevemente com ele, acredito que me observava desde que entramos no salão, não sei se devo ficar tão entusiasmada, mas ele falou tão bem de suas terras e das pessoas que me senti inclinada a pensar nele com carinho.- Depois soltava o longo cabelo, buscando uma escova macia, além de óleos florais que tinha feito, ia ajudando as amigas a se despirem, se limparem e guardarem as roupas. - Ele disse que vai falar com meu pai, meu coração quase saiu pela boca, nunca imaginei que poderia encontrar um pretendente aqui.-Briana sorriu, fervendo por dentro. -Gostei dele por me parecer honesto, mas sei bem que existem raposas a espreita do meu dote, queria que mamãe estivesse comigo, mas vou falar com Lady Rhonda sobre ele e como sei que ela tem um ótimo olho para homens…- Sentiu-se ansiosa e suspirou pesadamente. - quem sabe ela me diga algo sobre ele.-


    ***

    No dia seguinte Briana acorda as amigas, oferecendo chás, bem como ajudando-as após o desjejum a se arrumarem, estava trêmula, excitada e pensando em Alekyne Florent.
    Quando finalmente sentiu-se bonita foi em busca de Lady Rhonda, batendo na porta de sua cabine e assim que a outra permite que ela entre Briana disparava cheia de animação.

    - Ontem conversei com Sor Alekyne Florent, Lady Rhonda ele me falou sobre termos um enlace e…- Aproximou-se da outra com intimidade e apertou suas mãos com os olhos castanhos brilhando.- não sei se fiz bem ,mas ele perguntou se tinha meu consentimento para tal empreitada e eu disse que ficaria feliz em vê-lo em Bosquedouro, mas imagino se meu pai aceitaria o pedido dele?!- Lady Rhonda é alguém que Briana confia por muitos motivos e também é uma mulher que sua mãe tem como uma irmã. A jovem Rowan parecia ansiosa como qualquer garota de dezessete anos ficaria ao escutar sobre um enlace. Quando a outra respondesse, Briana se mostraria muito animada e assim que chegassem ao torneio pediria permissão para perambular pelo lugar com Anya e Moira.



    Roupinhas:
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    Mensagem por Alexyus Qui Fev 24, 2022 8:33 pm

    Quando Lady Rhonda as deixa, Briana ainda vai até a porta esperando os passos das outras se afastarem. Então como se fosse contar um segredo proibido, puxa as amigas para a cama e dizia quase sussurrando - Conheci  Sor Alekyne Florent, herdeiro de  Fortaleza de Águas Claras,- Mordeu os lábios e riu baixinho.- ele deve estar na casa dos vinte anos, tem um belo porte, uma maneira séria de falar, conhece tão bem a história de nossas linhagens e falou sobre matrimônio…- Então Briana se deixa cair na cama. - conversei brevemente com ele, acredito que me observava desde que entramos no salão, não sei se devo ficar tão entusiasmada, mas ele falou tão bem de suas terras e das pessoas que me senti inclinada a pensar nele com carinho.- Depois soltava o longo cabelo, buscando uma escova macia, além de óleos florais que tinha feito, ia ajudando as amigas a se despirem, se limparem e guardarem as roupas. - Ele disse que vai falar com meu pai, meu coração quase saiu pela boca, nunca imaginei que poderia encontrar um pretendente aqui.-Briana sorriu, fervendo por dentro. -Gostei dele por me parecer honesto, mas sei bem que existem raposas a espreita do meu dote, queria que mamãe estivesse comigo, mas vou falar com Lady Rhonda sobre ele e como sei que ela tem um ótimo olho para homens…- Sentiu-se ansiosa e suspirou pesadamente. - quem sabe ela me diga algo sobre ele.-

    Anya e Moira se despiram e guardaram seus vestidos, ficando em roupas debaixo e se limpando da água salgada respingada, do cheiro de comida e do odor de álcool, dentre outros lembretes dos eventos da noite.

    Anya era esguia e elegante, e sua linguagem corporal mostrava que já era uma mulher experimentada, ao contrário da donzelice de Moira.

    Enquanto Anya se esfregava com óleos florais, Moira apanhou a escova de cabelo para pentear as madeixas de Briana. A jovem Webber era carinhosa e gostava de gestos afetuosos, e adorava escovar a cabeleira da dama Rowan. 

    Elas ouviram as novidades de Briana com a excitação de mocinhas adolescentes ávidas por romance. Moira fez uma expressão sonhadora:

    - Awnnnn... Ele é bonito?

    Anya, por sua vez, era mais astuta e cínica, e logo perguntou:

    - O símbolo dos Florent é uma raposa mesmo, não é? Acha que ele tinha algum motivo oculto para cortejá-la? E será que seu pai vai concordar com a proposta dele?

    As fofocas das moças iriam noite adentro, comentando todos os detalhes sobre o castelo, a comida e, claro, os homens do banquete.


    OFF: Briana pode rolar toda noite 1d6. Se tirar um 6, Briana tem um sonho verde.


    CAPÍTULO 1:
    O TORNEIO

    O Jogo dos Tronos - Rowan File

    "Cavalga a fera estranha sem temor: 
    E o corcel negro diz: Eu sou a morte! 
    Responde o cavaleiro: Eu sou o Amor!“ 
    Antero de Quental poeta português 1842 - 1891

    O dia amanheceu ensolarado na Baía da Água Negra e reluzia aquecendo o navio Donzela do Vinhedo.

    Briana despertou cheia de disposição e animada para os eventos daquele dia. Levantou-se e acordou as amigas, a sonolenta e preguiçosa Anya que demorava para se levantar e a babona e roncadora Moira que acordava sempre agitada e atarantada. Elas beberam os chás enquanto se vestiam e se embelezavam, tão excitadas quanto a Flor de Outono.

    Briana foi até a cabine principal onde Lady Rhonda estava alojada, e precisou bater apenas uma vez para que a voz forte e firme da senhora Hightower a mandasse entrar.

    Rhonda já estava vestida e sentava à uma mesa, degustando bolinhos de peixe com uma caneca de vinho. Ela olhou direto nos olhos de Briana, reconhecendo as emoções da sobrinha-prima.

    - Ontem conversei com Sor Alekyne Florent, Lady Rhonda ele me falou sobre termos um enlace e…- Aproximou-se da outra com intimidade e apertou suas mãos com os olhos castanhos brilhando.- não sei se fiz bem ,mas ele perguntou se tinha meu consentimento para tal empreitada e eu disse que ficaria feliz em vê-lo em Bosquedouro, mas imagino se meu pai aceitaria o pedido dele?!

    Lady Rhonda fez uma expressão de agrado e comentou:

    - Ora, Alekyne Florent, hein? Bem, é um bom partido, já que é herdeiro de Águas Claras, e a irmã dele é Lady Rhea, a esposa do velho Lorde Leyton  Hightower, então estaríamos reforçando laços familiares! A irmã mais velha dele é Selyse Baratheon, esposa de Lorde Stannis, o irmão do rei que se tornou senhor de Pedra do Dragão depois da Rebelião de Robert. Sem dúvida, seriam ótimas ligações, minha querida Briana. Não é comum que um pretendente peça o consentimento da donzela antes de falar com seu pai, não sei dizer se isso é bom ou ruim, mas você fez bem em dizer-lhe para falar com Lorde Mathis. Quando ele for a Bosquedouro poderemos avaliá-lo com mais propriedade. Enquanto isso, não fique a sós com ele aqui em Porto Real, mantenha sempre suas aias ou seu protetor junto consigo, entendeu?

    Com esse conselho em mente, Briana preparou-se para descer ao barco a remo que os levaria ao porto de Porto Real. Lady Rhonda, Anya Osgrey, Moira Webber e Sor Jax Falkar a acompanharam na embarcação. Moira e Anya estavam tão animadas que nem enjoaram na curta viagem.

    No movimentado porto da capital, a carruagem de Sor Baelor já as aguardava, mas o herdeiro da Torralta não tinha vindo com ela. Elas embarcaram no coche enquanto Sor Jax sentou-se ao lado do condutor.

    A carruagem partiu avançando lentamente nas ruas cheias e barulhentas da capital, conduzindo Briana. Muitos dos habitantes de Porto Real não pareciam interessados no torneio, preferindo cuidar de suas próprias obrigações, aproveitando as oportunidades comerciais que uma cidade cheia de visitantes proporcionava.

    Ao saírem para a grande planície que sediava o torneio, Briana conseguiu ver o mar de pavilhões coloridos de nobres, ostentando brasões com diferentes desenhos e imagens. O trajeto por ali era esburacado e fazia a carruagem sacudir bastante.

    Lady Rhonda assentou-se no estrado dos nobres no setor destinado aos senhores da Campina, e Briana pediu licença para passear pelas barracas do festival, cujo movimento e atrações eram mais atraentes que os preparativos nas liças da arena. Com a licença dela, Briana saiu de braços dados com Anya e Moira, seguida pela sombra vigilante de Sor Jax.

    Elas já tinham explorado algumas vezes o festival nos dias anteriores, mas havia sempre muitas coisas a mais para ver.

    OFF:  Aberto para fazer o que quiser na feira do festival.

    O Rei Robert e sua corte chegaram por volta das 10 horas da manhã, e trombeteiros e cornetores anunciaram sua presença com uma fanfarra que abafou todos os outros sons.

    Sob o comando dos intendentes, os cavaleiros começaram a desfilar pela pista, entrando pela esquerda do rei, passando em frente a todos os nobres, parando no centro para curvar-se perante o rei, prosseguindo até o final para circular as divisórias de madeira e depois passar perante o povo, que os apaludia e vaiava conforme sua simpatia.
    Spoiler:
    Os grandes lordes e campeões deles foram os primeiros, e muitos dos maiores cavaleiros dos Sete Reinos passaram por ali: Sor Barristan Selmy e Sor Jayme Lannister da Guarda Real, o imenso Sor Gregor Clegane apelidado de Montanha que Cavalga, seu irmão Sandor Clegane o Cão de Caça, Beric Dondarrion. 

    Havia cavaleiros representando as grandes casas nobres, mais reconhecíveis por seus emblemas que por seus nomes: Ashford, Beesbury, Caswell, Redwyne, Tyrell, Pike, Harlaw, Buckwell, Cressey, Rosby, Sweet, Stokeworth, Blackwood, Bracken, Frey, Mallister, Piper, Vance, Crakehall, Estren, Lefford, Marbrand, Payne, Westerling, Penrose, Rogers, e muitos outros. 

    Poucos nortenhos tinham vindo: Glover, Hornwood, Flint, Manderly, Ryswll, Tallhart.

    Após quase uma hora, acabaram-se os cavaleiros das casas nobres, que puderam se retirar para seus pavilhões, e apróxima hora foi de desfile de cavaleiros plebeus, dde torneio ou andantes, muitos deles pobres e humildes, com ornamentos que empalideciam diante da glória dos senhores que tinham vindo primeiro. O primeiro dia seria de disputas entre eles, e apenas os vencedores avançariam para enfrentar os nobres no segundo dia.

    Já era meio-dia quando o cortejo de cavaleiros pobres terminou sua apresentação e foram se preparar para lutar por sua honra, glória e prêmios, arriscando seus únicos bens e as próprias vidas.

    Mas a primeira luta era um desafio sagrado de honra para resolver uma disputa entre duas casas nobres do Norte: Dannett e Felinight.

    Um septão da fé dos Sete veio à frente do rei enquanto os campeões da casa Dannett e Felinight eram chamados. O símbolo  dos Dannett era uma romã atravessada por uma flecha enquanto o dos Felinight era um gato das sombras saltando sobre um brilho vermelho. Os dois campeões das duas casas eram bem jovens, mas o Felinight parecia mais forte que o Dannett. Enquanto os Felinight passavam, ouviram vaias e gritos vindos da multidão:

    - E quanto aos fazendeiros?


    - Assassinos! 


    - Fora com os gatos da noite!

    Os Felinight se postaram frente à frente com os Dannett, com o septão entre eles. Embora os Felinight fossem devotos dos Deuses Antigos, a  cavalaria era uma tradição da Fé dos Sete, bem como a religião do rei.

    O septão os conclamou:

    - Senhores do Norte, Lorde Dannett e Lorde Felinight, vós estais hoje diante de vosso rei, Robert I Baratheon, e de todos os seus súditos aqui reunidos, e na presença sempiterna dos Sete Deuses que são Um, e dos Deuses Antigos adorados pelos povos ancestrais! Eu lhes rogo que falem a verdade e façam que a honestidade e justiça prevaleçam!

    Virando-se para Adham, o septão disse:

    - Senhor de Dannett, suplicaste justiça pelo massacre de quinze fazendeiros de suas terras, e agora eles estão com o Estranho. Acusastes a casa Felinight de culpa por tal ato vil, expondo um escudo com o emblema deles como prova de vosssa acusação. Escutastes a defesa dos Felinight que apresentaram homens para confessar sua culpa. Eu lhe rogo que aceites sua alegação e tome justiça destes prisioneiros confessos.

    Adham levantou sua voz juvenil para ser ouvido pela multidão:

    - Esses prisioneiros diriam qualquer coisa depois de serem ameaçados e mantidos reféns por tanto tempo! Eu não acredito nessas explicações, e se eles não confessam, então mostrarei a culpa deles no campo de batalha!

    O septão virou-se para o lado dos Felinight:

    - Lorde Felinight, se vós ou alguém de vossa casa foi a causa de tal massacre, rogo-lhes que confessem e ofereçam reparação à Casa Dannett, e encerrem o assunto amigavelmente!

    Beron redarguiu:

    - Nada temos para confessar! Somos inocentes, e se um jovem impertinente se recusa a ver a verdade, então nosso campeão mostrará a verdade de nossas palavras!

    O septão então invocou os deuses, erguendo um cristal de sete lados que espalhava fachos de luz, as sete cores do arco-íris, cada uma numa direção, girando-os para que todas as luzes passassem em cada local:
    Spoiler:
    - Que os Sete olhem para vocês e julguem a verdade! Que o Pai faça cair sobre vós a justiça divina! Que a Mãe tenha misericórdia de seus pecados! Que a Donzela mantenha a pureza dos inocentes! Que aa Velha lhes permita agir com sabedoria! Que o Guerreiro dê força e coragem a seus campeões! Que o ferreiro fortaleça suas armaduras e escudos! E que o Estranho leve aquele que não respeitar esse combate sagrado!

    O septão deixou a arena, e o intendente ordenou que tomassem posições sobre os cavalos.

    Os campeões Felinight e Dannett cruzaram-se nas justas três vezes, mas apenas na terceira o cavaleiro com elmo de felino conseguiu derrubar seu oponente, que ficou estirado na arena.

    O escudeiro anunciava que seu cavaleiro estava inconsciente.

    Isso encerrou o desafio.

    O Rei Robert se ergueu de seu assento e anunciou com voz de trovão:

    - Um julgamento por combate foi exigido, e um julgamento por combate foi realizado! O Guerreiro abençoou o vencedor e provou verdadeira sua causa. Que o assunto se encerre aqui com o reconhecimento de uma vitória justa, e que continue o torneio!

    A multidão aplaudiu, alguns gritando elogios, talvez não muito calorosamente, mas com respeito.

    O meistre da Casa Dannett e seus ajudantes correram para auxiliar seu mestre. A comitiva dos Dannett carrega o filho de seu lorde para fora do campo enquanto o escudeiro de Adham recolhe seu cavalo, elmo e lança, deixados no campo.

    Enquanto isso, Esdres Felinight estava ainda sobre o cavalo quando os soldados de sua casa o cercaram comemorando, e o próprio lorde Beron correu até onde ele estava, aguardando-o desmontar para cobri-lo de congratulações.

    Os arautos começaram a anunciar os próximos desafiantes, dois cavaleiros andantes ordinários de pouco renome, e a atenção da multidão passou para a próxima disputa. Embora alguns nobres e damas tenham se retirado após a efeméride do julgamento por combate, a maioria dos senhores e cavaleiros permaneceu para assistir os demais cavaleiros, seja para avaliarem a concorrência ou para recrutarem espadas juramentadas para seus feudos.

    Passeando os olhos pela arquibancada de nobres, Briana viu Alekyne Florent sentado a alguma distância, um pouco à frente  e abaixo do assento dela.
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    O Jogo dos Tronos - Rowan Empty Re: O Jogo dos Tronos - Rowan

    Mensagem por thendara_selune Sex Fev 25, 2022 12:11 pm

    Briana Rowan

    Ainda no barco.

    Briana olhou para as duas com ares de boba. -Sim é bonito e tem um olhar intenso, mas a maioria dos homens sabe simular tantos olhares que na hora tentei fingir que os elogios dele não me afetaram, mas se for experiente deve ter notado que ruborizei… – Murmurou ela.  -Seu brasão ostenta uma raposa acastanhada envolta em flores azuis num campo branco.- Moira escova o cabelo de Briana e essa por sua vez complementava. - A Casa Florent tinha fortes laços com a Casa Gardener quando estes eram Reis da Campina, antes da Guerra da Conquista.- Refletiu um pouco e disse com um tom sério. - Os Florent ressentem-se pela ascensão dos Tyrell, mas esse tipo de assunto é algo que não devemos falar abertamente e assim evitar constrangimentos ou fofocas que acabem cheias de teor belicoso.- Então ela suspira. - Meu pai deve estar buscando um pretendente, isso é algo que aconteceria cedo ou tarde. Torço que ele se agrade de Alekyne que me pareceu de boa índole.- A conversa flui divertida, mas Briana preferiu não comentar sobre Sor Bret Deep e Sor Tim Cross. Se pudesse juntar as amigas a bons maridos ficaria imensamente feliz, mas tinha que saber primeiro se ambos não estavam comprometidos ou se o irmão achava uma boa ideia Briana envolver-se como casamenteira dada a história que a interliga a eles. Elas eram suas damas, mas também amigas, na verdade até pensou na possibilidade de unir Moira a Aldos, mas não chegou a conversar sobre isso com a mãe. Anya precisava de um marido forte, de personalidade e que tivesse demais dotes que a atraíssem, talvez ao conhecer os cavaleiros pudesse mostrar interesse.


    Com Lady Rhona


    - Ah, Lady Rhonda entende-me tão bem e  compreendo perfeitamente seu aviso, não ousaria colocar em risco meu nome, minha casa e nem aqueles que em mim confiam, mas não nego que meu coração apreciou a maneira que ele falou das pessoas de Águas Claras! – Briana sorriu porque sentia muito confortável em conversar com Lady Rhonda que tinha como tia. - Vou orar aos sete que as coisas aconteçam da melhor maneira.-


    ***

    No dia do torneio

    Briana tinha permissão para perambular com as amigas. Então decide que seria bom buscar algo para  Sor Bret Deep e Sor Tim Cross bem como Sor Jax.  Ela então encontra lenços bordados delicadamente nas cores dos escudos deles. Pagando o preço por eles, depois arrasta as duas para comprarem linhas bonitas e agulhas. Briana ri, sua mãe disse que é sempre um sinal de admiração oferecer um presente feito pelas próprias mãos e bordar o nome deles não era uma tarefa impossível, mas na verdade foi prazeroso mostrar esse empenho delicado.

    Assim que encontram um lugar sossegado e sombreado elas se sentam para bordar os nomes dos Sors nos lenços. Enquanto conversam, ela explica o motivo do gesto em sussurros e agradece pela ajuda das duas.- Sozinha não daria tempo, mas com minhas adoráveis amigas é um ação possível de ser realizada.- Briana resumia em sussurros quem eram os cavaleiros em questão e explicava que queria dar uma lembrança de sorte para eles como mostra de sua admiração por ambos. Que amigas poderiam então dar uma boa olhada nos dois que Briana elogia pelo porte e pela aparência.

    Ao terminar de bordar , ela entrega a Sor Jax o lenço. - Que lhe traga muita sorte Sor Jax é uma pequena mostra de minha gratidão pelos seus serviços para com minha família e comigo.-  Não era nenhuma surpresa que ela se portasse com zelo pelas pessoas próximas e demonstrasse isso com frequência. Assim que terminaram, se deslocaram para onde Lady Rhonda estava. O Rei Robert e sua corte chegaram por volta das 10 horas da manhã, e trombeteiros e corneteiros anunciaram sua presença com uma fanfarra que abafou todos os outros sons. Briana fica encantada observando o desfile dos cavaleiros, alguns eram vaiados enquanto outros são saudados com palmas entusiastas. Observou os  grandes lordes e seus campeões que foram os primeiros, e muitos dos maiores cavaleiros dos Sete Reinos passaram por ali.

    O que despertou certa agonia em Briana foi Sor Gregor Clegane que parecia uma montanha pronta para esmagar os oponentes, enquanto Sor Barristan Selmy é um cavaleiro, considerado um dos melhores de Westeros, também conhecido como “Barristan,o Ousado”, logo seus olhos castanhos observavam o famoso Sor Jayme Lannister da Guarda Real também conhecido pela infame  alcunha de Regicida, assim como olhava para Sor Sandor Clegane o Cão de Caça e por fim via Sor Beric Dondarrion que é o Senhor de Portonegro. Entre eles pairava aquela atmosfera de poder, força e  morte que espreita qualquer um que tenha nas armas sua proteção.

    (OFF: Parti da ideia que ela escutou sobre essas coisas através dos irmãos e também porque sempre tem uma fofoca sobre a posição de tal nobre ou alcunha do mesmo, mas ela não saberia dizer sobre detalhes políticos ou quaisquer intriga que envolva esses personagens. Se nada disso tiver sentido, pode descartar.)

    Havia cavaleiros representando as grandes casas nobres, mais reconhecíveis por seus emblemas que por seus nomes e notou que havia poucas casas nortenhas. Depois cavaleiros plebeus surgiam, seus ornamentos pálidos diante da grandeza das casas nobres, Briana orou silenciosamente pelo bem de todos, mas sabia que as justas eram terrivelmente perigosas. “Que os setes os protejam e guardem as vossas almas”. Ela se deu conta que não gostava de saber que a morte poderia levar qualquer um deles, mesmo sem saber o nome de todos, sabia que muitas vezes a busca por glória cegava os homens que não resistiram ao convite sedutor do poder e esquecem que a morte podia ser um dos prêmios.


    Quando a primeira luta começou o septão da fé dos setes doi diante ao rei enquanto os campeões da casa Dannett e Felinight eram chamados. O símbolo  dos Dannett era uma romã atravessada por uma flecha enquanto o dos Felinight era um gato das sombras saltando sobre um brilho vermelho. Os dois campeões das duas casas eram bem jovens, mas o Felinight parecia mais forte que o Dannett. Enquanto os Felinight passavam, ouviram vaias e gritos vindos da multidão. Então eles agora fariam a justiça através do aço, ela ouvia Sor  Adham  que permanecia crente em suas acusações assim como ouvia o senhor da casa Felinight desmerecê-las chamando o outro de impertinente.  Sem acordo, o embate então ocorreria. O septão então invocou os deuses, erguendo um cristal de sete lados que espalhava fachos de luz, as sete cores do arco-íris, cada uma numa direção, girando-os para que todas as luzes passassem em cada local.  Ele fala e Briana fecha os olhos em respeito e assim que a voz dele cessa Os campeões Felinight e Dannett cruzaram-se nas justas três vezes, mas apenas na terceira o cavaleiro com elmo de felino conseguiu derrubar seu oponente, que ficou estirado na arena. O escudeiro anunciava que seu cavaleiro estava inconsciente. Briana levou as mãos ao rosto mais de uma vez e estava visivelmente nervosa. Quando viu o outro no chão orou aos sete que ele ficasse bem ao mesmo tempo que a voz do rei parecia um trovão imponente anunciando então que o julgamento por combate havia sido encerrado. As palavras dele elevam a moral da multidão que logo aplaudia, gritavam elogios e estes não tinham calor, mas havia respeito. Ela ficou olhando a movimentação na arena. Viu a comitiva dos Dannett carregar o jovem Sor para fora e seu  escudeiro recolhia o cavalo, elmo e lança, deixados no campo. Viu aglomeração ao redor do campeão da casa Felinight e o próprio lorde Beron correu até onde ele estava, aguardando-o desmontar para cobri-lo de congratulações. A jovem Rowan pensou que enquanto alguns tombaram outros seriam felicitados, não era para ser bonito aos seus olhos, mas era a justiça dos sete que se fazia presente naquele momento.

    Tirada de seu pensamento pelos arautos que começavam a anunciar os próximos desafiantes, dois cavaleiros andantes ordinários de pouco renome, e a atenção da multidão passou para a próxima disputa. Embora alguns nobres e damas tenham se retirado após a o julgamento por combate, a maioria dos senhores e cavaleiros  ficou para assistir os demais cavaleiros, talvez estivessem avaliando a concorrência ou quem sabe buscassem possíveis talentos para recrutarem espadas juramentadas para seus feudos. Os olhos dela vagueiam, pela arquibancada e avistou Sor Alekyne sentado a alguma distância, um pouco à frente  e abaixo do assento dela. Então sussurrou para as amigas. - Ali está a raposa!- Seu rosto ficou  corado, mas logo ficou séria após indicar onde ele estava. Olhou discretamente em volta e depois deu mais uma olhada para ele antes de ficar séria de novo.





    OFF:






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