AF WORLD 2

GR'RA'RDT

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ARCO 1

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REGIÃO DE PERBROK - MINOARA



GR'RA'RDT, ou Guerrard - nome como estava acostumado a ser chamado - limpou o suor de sua testa. Ele e seu companheiro mercenário Luther haviam sido contratados para invadir as fortalezas de Perbrok e eliminar seus lideres, e a luta já tinha começado. O primeiro portão havia sido derrubado e a ultima resistência eliminada, e agora era momento de uma pausa. A região de Perbrok, em Minoara, era de longe o local mais inóspito que já tinha visitado.

Guerrard e seu companheiro mercenário Luther passaram instruções para seus subordinados para vasculharem a fortaleza, e no momento estavam em uma cozinha do inimigo, que tinha restos de comida espalhados pelo chão. Ele estava enchendo agua em seu cantil, depois de certificar que a fonte não estava envenenada. Felizmente o veterano de guerra era sempre preparado, e sabia que necessitava de uma quantidade extra de agua potável, um produto raro naquela área.

Guerrard suspirou. Aquele era um momento de descanso bem-vindo.



Luther cheirou um naco de carne seca que estava pendurado, e colocou na boca e mastigou. Ele foi em direção da janela e observou o panorama. Havia fumaça por todo o lado, e o gemido dos morimbundos. Além disso, sons de luta ainda ocorrendo. Ele leva a mão na barba e puxa seus fios, interessado.

Hmm, tem alguma coisa acontecendo no pátio... Meus olhos já não veem muito bem, mas parece que tem um ogro lutando contra goblins! Parece que já havia uma inimizade entre os habitantes da fortaleza. O que voce sugere que façamos, hein?

GR'RA'RDT

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ARCO 1

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REGIÃO DE PERBROK - MINOARA

Sim, pode ser uma chance de deixarmos eles se resolverem e assim termos um inimigo enfraquecido e unido, ou quiçá entramos no meio da luta para tentar nos beneficiar da confusão, será que conseguiríamos entender o porquê lutam? Vamos mais pra perto e chamar os homens, certo? Afinal, fomos pagos para acabar com eles, né?

Luther apoia as mãos no beiral e se espreguiça. Suas costas lhe incomodavam. Ele lentamente acena com a cabeça.

É, vamos tentar entender melhor o que esta acontecendo... Se acabarem se matando, menos trabalho para a gente.

Gerrard e Luther saem da cozinha, passam por um estreito corredor, chamam meia dúzia de soldados e descem por uma escadaria que dava direto para o pátio. Lá eles veem que se tratavam de oito goblins que lutavam com pedras e pedaços de pau um ogro maior, vestido como capataz. Os goblins tinham em seus pes e braços correntes de ferro recém-quebradas. Sem ajuda, os escravos goblins não teriam chance alguma, mas pelo visto coragem de enfrentar seu algoz ainda tinham.



Tyri, a mercenária meia-elfa, que havia descido junto com os outros, levou a mao na cara e esfregou, fazendo pouco caso.

“Ah não, para que ficarmos aqui vendo isso? Ainda tem uma porção de salas na fortaleza para vasculhar em busca de algum tesouro escondido. Não é possível que estes caras que saqueiam vilas e caravanas de comercio não tenham nada por aqui!”

GR'RA'RDT

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É, vamos tentar entender melhor o que esta acontecendo... Se acabarem se matando, menos trabalho para a gente.

Gr'Ra'Rdt concorda meneando a cabeça e vai com certa ansiedade em direção ao embate, ao ver os goblins em grilhões suas paixões se inflamam, e já solta seu fiel machado, "Libertador sangrento", de suas presilhas.

“Ah não, para que ficarmos aqui vendo isso? Ainda tem uma porção de salas na fortaleza para vasculhar em busca de algum tesouro escondido. Não é possível que estes caras que saqueiam vilas e caravanas de comercio não tenham nada por aqui!”

Ao ouvir a meia-elfa Gr'Ra'Rdt se sente incomodado e pronto para dar uma resposta torta, mas vê alí uma maneira de se aproveitar da ganância dela e ajudar os goblins escravos. Usando seu melhor tom de humildade espalha sua ideia:

Dona Tiry, escravos geralmente sabem onde seus donos escondem as coisas que importam e se os ajudarmos, acho que nos ajudariam de volta, vamos acabar com aquele ogro com a ajuda deles!?! Vamos, Luther!?! Vamos!?!

Gr'Ra'Rdt sorri no fim da frase, acreditando que vai ter o retorno que espera, já se encaminhando para a batalha, ele quer muito auxiliar os goblins, mas não é tolo de entrar sozinho em uma batalha, apesar do semblante sorridente a fúria contra a opressão ferve em seu íntimo.

GR'RA'RDT

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ARCO 1

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REGIÃO DE PERBROK - MINOARA

Dona Tiry, escravos geralmente sabem onde seus donos escondem as coisas que importam e se os ajudarmos, acho que nos ajudariam de volta, vamos acabar com aquele ogro com a ajuda deles!?! Vamos, Luther!?! Vamos!?!

Guerrard soube como motivar a gananciosa elfa, já que seus olhos brilharam quando percebeu a utilidade daqueles escravos goblins. Ela sacou suas duas adagas e fez a sua brincadeira de girar elas pela mão varias vezes, mostrando sua satisfação.

“Como não tinha pensado nisto antes?! De que adianta um tesouro, se não tem ninguém que pode acha-lo? Nesse viés, eles são o próprio tesouro! Morte ao capataz”! Liberdade aos goblins!”, diz, e sai correndo.

Luther balança a cabeça e da uma risadinha.

“Voce sabe mesmo lidar com essa garota, Guerrard... Vamos, antes que ela acabe com eles sozinha!”

Guerrard, Luther e Tyri vao correndo em direção do enorme ogro. Luther faz um sinal para os soldados, e aqueles com arcos disparam uma saraivada de flechas, que interrompe a luta com os goblins escravos e se vira para enfrenta-los. Isto faz com que os heróis se aproximem sem serem atacados.

Guerrard, que havia recebido dicas de se enfrentar inimigos maiores de Luther, passou por debaixo das pernas do ogro, e desferiu um golpe em seu tendão.

A clava do monstro desceu em direção de Guerrard, mas com seu escudo Luther desviou o ataque, que atingiu o chão. Eles agiam devagar, mas se voce for acertado, já era.

Tyri, aproveitando que a atenção do ogro estava voltado para os outros dois, saltou numa parede próxima e em seguida fincou suas adagas nas costas dele, e seguiu subindo e perfurando. O incomodo era tão grande que o ogro soltou sua clava e tentou pega-la com as mãos.

Com a frente exposta, facilmente Guerrard e Luther deram cabo do inimigo.

Os soldados da companhia mercenária já estavam acostumados, mas os escravos goblins ficaram impressionados, observando boquiabertos os heróis.
Um deles, de nome Brogo, agradeceu.

“Muito, muito, muito obrigado, mestre! Ogro muito mal, obrigou goblins a lutar, quem não luta fica preso e maltratado. Voce agora nosso mestre, nós ajudar mestre.”

“Melhor aceitar a ajuda deles, Guerrard. Vamos precisar de toda ajuda possível... Aqui em Perbrok, existe um tesouro secreto, preciso encontra-lo.”

“Tesouro secreto? Agora todo mundo esta atrás dos meus tesouros? Ei goblin, nós te salvamos... Agora me diz onde esta o tesouro desse ogro ai...”

“Que tesouro?”

Tyri se vira e lança um olhar mortal para Guerrard.

GR'RA'RDT

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“Como não tinha pensado nisto antes?! De que adianta um tesouro, se não tem ninguém que pode acha-lo? Nesse viés, eles são o próprio tesouro! Morte ao capataz! Liberdade aos goblins!”, diz, e sai correndo.

Gr'Ra'Rdt fica admirado que tenha funcionado tão bem, quando ouve Luther comentar:

“Voce sabe mesmo lidar com essa garota, Guerrard... Vamos, antes que ela acabe com eles sozinha!”

Gr'Ra'Rdt dá um sorriso de canto de boca, mas no fundo pensando que ele não sabe lidar nada com ela, mas esconde bem isso, afinal ele sendo um meio-orc sabe que os anseios dele dificilmente seriam atendidos pela elfa, mas continua seguindo com o objetivo de libertar os goblins e usa das suas artimanhas para chamar atenção para si e afastar o foco do ogro nos goblins ou em seus amigos.

"Tá na hora do libertador sangrento encher a cara!!!! HHHHHHAAAAAAARRRRRRRRGGGH!!!!!!!!!!" Apesar da raiva que sente, o meio-orc segura sua fúria para soltá-la em momentos mais urgentes, em que os benefícios de usar superem os riscos.

O foco dividido entre a luta e segurar sua fúria faz com que Gr'Ra'Rdt não se dê conta de tudo que ocorre, que reaja mais por instinto e sem perceber já está com Libertador Sangrento encravado no peito do grande Ogro, ainda segurando sua fúria ouve o pequeno Goblin falar, mesmo com a dificuldade no comum ele ouve os maneirismos de seu pai, que falava goblinoide antes de aprender o comum, mesmo que com mais desenvoltura.

“Muito, muito, muito obrigado, mestre! Ogro muito mal, obrigou goblins a lutar, quem não luta fica preso e maltratado. Voce agora nosso mestre, nós ajudar mestre.”

Gr'Ra'Rdt sorri, agradecendo aos deuses por existir gratidão ainda, mas antes que possa falar algo.

“Melhor aceitar a ajuda deles, Guerrard. Vamos precisar de toda ajuda possível... Aqui em Perbrok, existe um tesouro secreto, preciso encontrá-lo.”

Gr'Ra'Rdt toma ar para falar, mas:

“Tesouro secreto? Agora todo mundo está atrás dos meus tesouros? Ei,  goblin, nós te salvamos... Agora me diz onde está o tesouro desse ogro aí...”

“Que tesouro?”

Tyri se vira e lança um olhar mortal para Guerrard.

Gr'Ra'Rdt já respirando normal após o momento tenso coloca rapidamente seu cérebro para funcionar. "Calma Tyri, ele nem sabe que sabe, geralmente eles não sabem o que tem dentro do comodo que nunca deixam os escravos entrarem, mas ele sabe onde é esse comodo, e ainda que não souber, serão mais olhos procurando pela sala." Olha esperançoso para o pequeno goblin, com um sorriso bem afável. "Então, me chamo Gr'Ra'Rdt eles"- aponta com os polegares para seus companheiros - "me chamam de Guerrard, fique à vontade com a forma que me chamar, não sou mestre de ninguém, acho que não peguei teu nome, qual seria?" e se aproxima mais do goblin, quando tem certeza de que Tyri não pode ver seu rosto ele relaxa e faz uma cara de súplica, pedindo em pensamento aos deuses para estar certo desta vez. Em pensamento: *Ó Senhor de todos os goblinóides bons! Ó, senhor de todos os misturados! Ó, Deus da misericórdia e do amor, façam com que não saiamos de mãos abanando daqui. *