Gylen Snow O bastardo assente quando o pai confirma sobre o cavalariço. "Fico honrado pai. Serei cauteloso, mas não tímido. Lord Stark é famoso por sua honra e honestidade. Não fizemos nada errado e não podemos agir como serpentes medindo cuidadosamente cada movimento." Ele diz isso olhando para o pai com seriedade e orgulho. Estavam em um momento difícil para a casa e muito repousava em seus ombros. Gylen sabia que cada um dos seus movimentos seria visto e julgado. Um risco. " Não vou decepcionar nossa família." -- Enquanto se arrumava Gylen falava de novo com Sivon e Tasso. O bastardo mastigava um pedaço de pão entre as palavras. " Olhos abertos Sivon. Nossos homens estão tensos com a viagem e os Lugus são traiçoeiros. Desconfie." Ele se vira para Tasso e tira a capa que o menino carregava nos ombros. " Essa não vai servir. Use essa aqui. Não está furada e e é mais bonita." Ele diz pegando a menor das suas capas para o menino e a prendendo com um broche. " Sivon, não beba e desconfie de bebidas. Eles já usaram veneno uma vez. Podem fazer de novo." Ele vira Tasso para o amigo inspecionar e corrigir. Depois tira uma de suas três facas e coloca na cintura do garoto. A primeira que comprou com o dinheiro que conseguiu em seus duelos. Ele engole o ultimo pedaço de pão. "Agora parem de enrolar vocês dois... " Pega sua bengala e começa a andar. Estava tão armado quanto um nobre poderia, mas estava disposto a abandonar suas armas sempre que os Stark achassem necessário sem nenhuma luta ou reclamação. -- A comitiva avança para Winterfell e Gyleln a encara como um espetáculo a parte. Tinha visto Porto Real e a Fortaleza Vermelha. Tinha visto o castelo dos Sussurros. Mas Winterfell era viva e quente sob o manto branco da neve. Era teimosa e insistente. Cheia de pessoas e movimento. Mesmo assim não deixou de ver os Dannett. Não deixou de sentir o frio e o calor que traziam com eles. Os ricos. As apostas. Ele suspira e continua tentando não ser devagar demais e nem barulhento demais com sua bengala. Ele adoraria a sombra de Arthur e Esdres para se esconder. Mas reconhecia os motivos do pai. A coragem dele e a confiança que tinha tido nos seus herdeiros. Mal percebeu que finalmente estavam de frente para os senhores de winterfell. Uma família bonita. Todos inteiros e bem formados. Então Lord Eddard fala e Gylen sabia que não deveria falar. Mas acha que uma mesura profunda não atrapalharia ninguém. Ele espera o fim da resposta do pai para se mover novamente. Então o senhor de Winterfell pousa seus olhos nele. Lorde Stark não era o inverno ele tinha compaixão de sobra. Gylen não de demora em preparações para o banquete, veste sua melhor roupa e espera de olhos fechados nos seus aposentos temporários." Estou cansado disso. Podia dormir a noite toda sem nenhum arrependimento." Mas não o faz, se levanta ese apoia na bengala para andar. Dia longo. Pernas cansadas. -- Durante o banquete Gylen se percebeu com menos fome do que imaginava, apesar da comida deliciosa. Ele mal via o que acontecia ao seu redor exceto por Íris e seu pai. Ele sabia que precisava fazer algo e era melhor não perder tempo. Não trocaram cartas durante a viagem ou fizeram planos. Uma conversa no baile sobre se ver em Winterfell. O bastardo se levanta olhando seu copo intocado de bebida. Seus passos são leves e graciosos, mas marcados pelo som da bengala na pedra. "Lorde Dannet..." Ele diz assim que se aproxima o bastante. Olhos fixos nos dele. "Gylen Snow, é melhor me apresentar pessoalmente agora que tenho a chance." Ele oferece um cumprimento respeitoso. Mas não subserviente. "As circunstâncias do nosso encontro são trágicas e delicadas e o gracioso banquete dos Starks pode nos distrair disso a superfície. Porém, mesmo um Snow, estendo a amizade de nossa casa e nosso pesar. Temos um inimigo em comum que receberá a justiça do norte." Ele não desvia os olhos dele, mesmo sabendo que Íris estava tão perto. Sabia que tinha se arriscado. Não era nenhum diplomata ou especialista na corte. Mas sabia da verdade do que sentia. Sabia também que provavelmente seu pai estaria fumegando quando voltasse se tivesse dito algo errado. Não esperava uma recepção calorosa, mas precisava ter dito aquilo. Ele aguarda a resposta do velho Dannet e tenta não ter esperanças de falar Íris logo depois. |
O Jogo dos Tronos - Gylen
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- Mensagem nº41
Re: O Jogo dos Tronos - Gylen
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- Mensagem nº42
Re: O Jogo dos Tronos - Gylen
Gylen escreveu:Olhos abertos Sivon. Nossos homens estão tensos com a viagem e os Lugus são traiçoeiros. Desconfie. Sivon, não beba e desconfie de bebidas. Eles já usaram veneno uma vez. Podem fazer de novo.
Sivon assentiu, dizendo:
- Pois bem, então vou instruir nossos homens a levarem seus próprios alforjes e embornais e beberem apenas deles. Informarei o senescal de Winterfell de que nossos homens comerão nossas próprias rações. E ficarei atento a qualquer coisa estranha.
Gylen escreveu:Ele se vira para Tasso e tira a capa que o menino carregava nos ombros. " Essa não vai servir. Use essa aqui. Não está furada e e é mais bonita." Ele diz pegando a menor das suas capas para o menino e a prendendo com um broche. Ele vira Tasso para o amigo inspecionar e corrigir. Depois tira uma de suas três facas e coloca na cintura do garoto. A primeira que comprou com o dinheiro que conseguiu em seus duelos. Ele engole o ultimo pedaço de pão. "Agora parem de enrolar vocês dois...
Tasso deixou que Gylen o inspecionasse e arrumasse suas roupas. Em Porto Real, o menino não precisara frequentar ocasiões formais nos salões de nenhum lorde, mas agora em Winterfell ele posaria orgulhosamente como escudeiro de Gylen. Aquele par de meses de viagem à capital tinham mudado bastante Tasso; o garoto estava mais atento e maduro, menos impaciente e mais observador.
- Eu já tenho duas adagas ocultas, se precisar. A senhora Lu Mei me ensinou como escondê-las nas roupas. Se alguma coisa acontecer, estarei pronto do seu lado, Gylen!
No banquete, Gylen percebia que Lorde Beron estava tenso. Lady Maria e Lu Mei tiveram de comparecer ao grande salão de Winterfell, e mesmo com a escolta atenta do digno Aubrey e do intimidador Krotalus, o senhor de Felinight não estava tranquilo. O pai do bastardo mantinha uma postura composta e esforçava-se para exibir serenidade, mas Gylen já o conhecia bastante bem para reconhecer os sinais atrás da fachada.
Gylen escreveu:O bastardo se levanta olhando seu copo intocado de bebida. Seus passos são leves e graciosos, mas marcados pelo som da bengala na pedra.
"Lorde Dannet..." Ele diz assim que se aproxima o bastante. Olhos fixos nos dele. "Gylen Snow, é melhor me apresentar pessoalmente agora que tenho a chance." Ele oferece um cumprimento respeitoso. Mas não subserviente. "As circunstâncias do nosso encontro são trágicas e delicadas e o gracioso banquete dos Starks pode nos distrair disso a superfície. Porém, mesmo um Snow, estendo a amizade de nossa casa e nosso pesar. Temos um inimigo em comum que receberá a justiça do norte." Ele não desvia os olhos dele, mesmo sabendo que Íris estava tão perto.
Lorde Dannett ergueu os olhos cansados e embaçados de dor para Gylen, avaliando-o com uma expressão endurecida, marcada pela desconfiança e o peso de muitas inimizades veladas. Suas mãos trêmulas repousavam pesadamente sobre a mesa, e seu semblante doentio parecia endurecer ainda mais à menção de um "Snow". Ele manteve-se em silêncio por um instante, deixando a tensão pairar, mas finalmente respondeu com uma voz frágil e rouca:
- Um Snow, oferecendo amizade em nome de sua casa, em tempos tão tempestuosos…
A voz de lorde Dannett carregava o desdém mal disfarçado, como se pesasse cada palavra.
- Seria uma proposta interessante, jovem… Se nossos infortúnios não fossem o foco de um banquete de que agora participamos com os mesmos que nos levaram à dor.
Seus olhos se desviaram por um momento, cansados, mas retornaram ao de Gylen, seu olhar carregado de amargura. Dannett claramente encarava a oferta de Gylen com um misto de frieza e suspeita, ainda preso ao ressentimento que a tragédia lhe trouxe.
Foi, porém, Íris quem interrompeu o silêncio pesado que se formou entre os dois. Ela tocou levemente o braço do pai, pedindo silenciosamente para falar.
- Lorde Dannett - ela disse, em um tom suave, mas firme - A justiça que mencionou… não é responsabilidade só de um nome ou de uma casa, mas de todos os que buscam honrá-la.
Ela se virou para Gylen, com um olhar perscrutador, mas carregava uma nota de diplomacia contida que seu pai não demonstrou.
- Gylen Snow - ela falou suavemente - recebemos suas palavras e suas intenções. Não há dúvidas de que há um inimigo comum.
Ela fez uma leve inclinação de cabeça, reconhecendo a presença e a postura do bastardo, antes de retornar seu olhar para o pai, que agora parecia menos rígido, ainda que irredutível.
O velho fez seu pronunciamento definitivo:
- Amanhã Lorde Stark ouvirá nosso caso e pronunciará sua justiça. Enquanto isso, deixe um velho jantar em paz!
OFF: @Wordspinner, pode fazer outras ações no banquete ou nessa noite se quiser. A próxima cena será Ned Stark ouvindo o caso de vocês para decidir a justiça.
- Wordspinner
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- Mensagem nº43
Re: O Jogo dos Tronos - Gylen
Gylen Snow Gylen assente para Sivon orgulhoso. Um amigo leal era melhor do que ter as duas pernas. Ele sorri para Tasso sabendo que nunca precisaria enganar o menino. " Nosso segredo. Se algo acontecer grite e se finja de covarde e lerdo. Nenhum homem nessas terras tem qualquer chance de me machucar. Lentos e desajeitados. " Ele pisca para o menino tentando esconder o quanto aquilo era importante para ele. O quanto ele se sentia orgulhoso. -- As respostas de lorde Dannett cortaram o orgulho do bastardo. Ou teriam se ele tivesse algum desse tipo. Ele aperta a bengala sem tentar sorrir. Nem conseguiria se quisesse."Dividimos sim a mesa em honra aos nossos senhores Starks. Nos veremos de novo frente a justiça do protetor do norte." Ele diz ao lorde depois de assentir para a filha. Uma mesura e ele volta ao seu lugar. Os ouvidos atentos a mesa. Os olhos passando pela mesa e pela sala de jantar. Ao passar ao lado de pai ele para e fala com Aubrey. " Foi um dia longo." logo se vira para pai e fala baixo "Lorde Stark deve saber ler e nossa historia longa. Uma carta contendo a verdade poderia ajudar."
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- Alexyus
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- Mensagem nº44
Re: O Jogo dos Tronos - Gylen
Gylen se afastou da mesa dos Dannett sem ser perturbado por eles.
Ao redor dele, os servos mais graduados da casa Stark ceavam junto com os membros da família anfitriã. Além do herdeiro Robb Stark e da filha mais velha, Sansa, Gylen conseguiu identificar um rapaz mais jovem, provavelmente Bran, e uma menina de vestes amarrotadas e sujas. Um garotinho de colo completava o grupo dos que usavam a indumentária dos Stark de Winterfell, mas havia ainda um protegido da casa, Theon Greyjoy, e Gylen ainda identificou o bastardo de Lorde Stark, chamado de Jon Snow. Além dos Felinight e dos Dannett, havia outros nobres menores convidados, e muitos dos oficiais da casa.
Gylen acercou-se da mesa dos Felinight, onde Lorde Beron e Lady Maria ceavam, cercados por Meistre Rain, Lu Mei, as damas de companhia Isabella Locke e Alice Lake, e ladeados por Aubrey e Krotalus.
Beron sacudiu a cabeça, respondendo no mesmo tom de Gylen:
- O Rei Robert remeteu o caso ao Lorde Stark e deve ter feito um relato sobre a questão. Ele nos inquirirá sobre o que achar necessário. Mandar uma mensagem a ele agora apenas fará uma pressão que pode funcionar contra a nossa causa.
A noite foi confortável dentro das paredes aquecidas por fontes termais de Winterfell, e o desjejum foi saboroso e nutritivo, embora sem abundância.
Uma hora depois da refeição, Eddard Stark recebeu Beron Felinight e Alfric Dannett para discutir o conflito deles.
Ao lado de Beron estavam Meitre Rain, Aubrey Abbys e Gylen Snow. Acompanhando Lorde Alfric estavam seu filho Adham, numa cadeira de rodas, sua filha Íris, muito digna e bem trajada, seu meistre Ferris, e o capitão de sua guarda Edan Ward.
Ao lado de Ned Stark, seu meistre Luwin tomava notas sobre tudo que seria dito.
Eddard Stark pronunciou-se:
- O Rei Robert Baratheon, primeiro de seu nome, rei dos ândalos, dos roinares e dos primeiros homens, Senhor e Protetor dos Sete Reinos, enviou uma mensagem informando que dois dos meus vassalos entraram em discórdia aberta em Porto Real e demandaram a justiça do rei. Ele ordenou que eu controlasse esse conflito antes que ele fosse obrigado a agir. Recebi um relato dele, mas quero ouvir o que vocês tem a dizer. Fale você primeiro, Lorde Beron Felinight.
Beron curvou a cabeça com dignidade e começou a falar:
- Minha casa tem mantido a paz na fronteira com as terras Dannett por muitos anos. Foi com surpresa que, ao nos dirigirmos a Porto Real para o torneio do Rei Robert, ouvimos diversos rumores sobre massacres nas terras Dannett sendo atribuídos a homens da minha casa. Durante a viagem, combatemos e prendemos bandidos que confessaram terem sido contratados para usar o brasão Felinight em ataques contra os Dannett, e os levamos à justiça do rei. Porém, o herdeiro de Alfric, Adham Dannett, recusou-se a aceitar as evidências e desafiou-nos para um julgamento por combate, ao qual o Rei Robert anuiu. No dia do duelo de justa, Adham compareceu envenenado, o que só viemos a descobrir posteriormente, mas ele foi derrotado honestamente pelo meu filho Esdres, num combate validado pelo próprio Rei Robert. Graças aos esforços do meu meistre e de minha filha, conseguimos auxiliar o meistre Ferris a salvar a vida de Adham de um veneno muito agressivo chamado Lágrimas de Lys. Posteriormente, Íris Dannett surgiu na corte acompanhada de filhos da casa Lugus do Ocidente, fazendo novas acusações sem evidências. Defendemos nossa causa com provas e testemunhos perante o rei, que então nos ordenou a comparecer diante do senhor, milorde.
O lorde Felinight foi admiravelmente sucinto, o que pareceu agradar a Ned Stark. O senhor de Winterfell virou-se para lorde Alfric, dizendo:
- Conte o seu lado da história, Lorde Alfric Dannett.
O velho começou a falar vagarosamente com uma voz fraca:
- Milorde Stark, minha casa enfrenta dificuldades por muitos anos, e dezenas dos meus plebeus foram massacrados por homens usando emblemas dos Felinight, uma casa vizinha mais forte e de ambição bem conhecida. O que se poderia pensar disso? Adham estava a caminho de Porto Real para participar do torneio do rei quando foi avisado disso, e decidiu recorrer diretamente ao Trono de Ferro para apresentar o caso. Apesar dos réus confessos que os Felinight apresentaram como supostos perpetradores dos crimes, minha casa não foi indenizada ainda pelas minhas severas perdas, e meu herdeiro foi gravemente ferido e teve a saúde profundamente afetada. Não acha que mereço uma compensação pelas minhas agruras, milorde?
Lorde Stark fez um momento de silêncio e então indagou:
- Lorde Alfric, por que não recorreu diretamente a mim, seu suserano, para resolver a questão, como determina a lei?
O senhor de Dannett pareceu perplexo e gaguejou ao responder:
- Lorde Stark, eu sou um velho. Mal consegui comparecer no dia de hoje diante do senhor. Me pareceu mais prático que meu herdeiro aproveitasse sua estadia na capital para dar uma resolução final ao caso. Além do mais, eu sei que o senhor é companheiro próximo de Beron...
Ned Stark interrompeu bruscamente:
- Então, em vez de reconhecer minha autoridade, você recorreu ao senhor dos Sete Reinos para expor o Norte ao ridículo e insinuar que o Protetor do Norte é incapaz de ser imparcial? Isso é uma ofensa diplomática e pessoal, Alfric! E depois de caluniar os Felinight que tanto fizeram para minorar seu sofrimento, ainda ousa requerer uma indenização? É você quem deveria indenizá-los por seus atos imprudentes!
A repreensão calou fundo no senhor de Dannett, que se encolheu mais encarquilhado do que já estava.
Beron esperou que o momento de constrangimento passasse antes de falar:
- Com sua licença, Lorde Stark, peço permissão para falar e oferecer uma solução. Não desejo alimentar as animosidades com a casa Dannett, e é do interesse da minha casa conter as violações da lei nas terras dele antes que se espalhem para outras partes do Norte. Não vou pedir uma indenização monetária de Alfric pois estou ciente de sua condição empobrecida e não desejo espoliá-lo ainda mais. Mas tenho uma sugestão que pode ajudar a todos nós.
Eddard Stark foi direto:
- Qual a sua ideia, Beron?
Muito cuidadosamente, Beron começou a explicar:
- Alfric tem uma filha, Lady Íris, aqui presente. Embora a honra dela não seja algo inatacável, eu concordaria em uni-la em casamento com meu filho, Gylen Snow, num sinal de boa vontade e paz entre nossas casas.
Alfric quase deu um pulo em seu assento:
- O seu bastardo? Ora, se acha que vou deixá-lo tomar a minha filha como esposa...
Ned cortou-o:
- Me parece que diante das atividades em que sua filha se envolveu, você teria muita sorte em ter um filho ilegítimo da casa Felinight como esposo para ela. Não creio que teria opções muito melhores, Alfric!
Novamente calado, o lorde Dannett teve que ouvir o resto da proposta de Beron:
- Juntamente com Gylen, eu enviaria às terras Dannett dez soldados de cavalaria para garantir a segurança da casa e seus súditos. Eles patrulhariam também o trecho da estrada do rei que atravessa as terras de Alfric para combater salteadores, beneficiando todo o comércio no Norte. Esses soldados seriam o meu dote para o casamento.
Vários murmúrios correram pela sala enquanto Eddard Stark ponderava a astuciosa proposta de Beron Felinight. Todos se calaram quando o senhor de Winterfell voltou a falar:
- Lorde Alfric Dannett, você foi achado em falta diante de seu suserano. Pode concordar com a proposta feita pelo lorde Felinight ou recusá-la. Se a recusar, deverá pagar mil dragões de ouro por suas ações contra a casa dele. Qual é a sua decisão?
Um longo momento de silêncio tenso preencheu o pesado ar da sala de audiências de Winterfell enquanto Alfric Dannett pensava em suas opções.
Era claro que ele não teria como pagar mil dragões de ouro. Talvez nem todas as terras Dannett valessem tanto. Mas com o estado enfermo de Adham e com a idade avançada de Alfric, o casamento com Íris significaria que Gylen entraria na linha sucessória, com grandes chances de ser o próximo Lorde Dannett. E Gylen nessa posição seria quase um vassalo do Castelo dos Sussurros.
Finalmente, Alfric falou com voz sumida:
- Se o casamento puder ocorrer ainda hoje aqui em Winterfell e Gylen e seus soldados voltarem para o Forte Dannett comigo o mais rápido possível, eu aceito a proposta de Beron.
Lorde Eddard Stark então declarou:
- A questão está resolvida! Que assim seja!
Ao redor dele, os servos mais graduados da casa Stark ceavam junto com os membros da família anfitriã. Além do herdeiro Robb Stark e da filha mais velha, Sansa, Gylen conseguiu identificar um rapaz mais jovem, provavelmente Bran, e uma menina de vestes amarrotadas e sujas. Um garotinho de colo completava o grupo dos que usavam a indumentária dos Stark de Winterfell, mas havia ainda um protegido da casa, Theon Greyjoy, e Gylen ainda identificou o bastardo de Lorde Stark, chamado de Jon Snow. Além dos Felinight e dos Dannett, havia outros nobres menores convidados, e muitos dos oficiais da casa.
Gylen acercou-se da mesa dos Felinight, onde Lorde Beron e Lady Maria ceavam, cercados por Meistre Rain, Lu Mei, as damas de companhia Isabella Locke e Alice Lake, e ladeados por Aubrey e Krotalus.
"Lorde Stark deve saber ler e nossa historia longa. Uma carta contendo a verdade poderia ajudar."
Beron sacudiu a cabeça, respondendo no mesmo tom de Gylen:
- O Rei Robert remeteu o caso ao Lorde Stark e deve ter feito um relato sobre a questão. Ele nos inquirirá sobre o que achar necessário. Mandar uma mensagem a ele agora apenas fará uma pressão que pode funcionar contra a nossa causa.
A noite foi confortável dentro das paredes aquecidas por fontes termais de Winterfell, e o desjejum foi saboroso e nutritivo, embora sem abundância.
Uma hora depois da refeição, Eddard Stark recebeu Beron Felinight e Alfric Dannett para discutir o conflito deles.
Ao lado de Beron estavam Meitre Rain, Aubrey Abbys e Gylen Snow. Acompanhando Lorde Alfric estavam seu filho Adham, numa cadeira de rodas, sua filha Íris, muito digna e bem trajada, seu meistre Ferris, e o capitão de sua guarda Edan Ward.
Ao lado de Ned Stark, seu meistre Luwin tomava notas sobre tudo que seria dito.
Eddard Stark pronunciou-se:
- O Rei Robert Baratheon, primeiro de seu nome, rei dos ândalos, dos roinares e dos primeiros homens, Senhor e Protetor dos Sete Reinos, enviou uma mensagem informando que dois dos meus vassalos entraram em discórdia aberta em Porto Real e demandaram a justiça do rei. Ele ordenou que eu controlasse esse conflito antes que ele fosse obrigado a agir. Recebi um relato dele, mas quero ouvir o que vocês tem a dizer. Fale você primeiro, Lorde Beron Felinight.
Beron curvou a cabeça com dignidade e começou a falar:
- Minha casa tem mantido a paz na fronteira com as terras Dannett por muitos anos. Foi com surpresa que, ao nos dirigirmos a Porto Real para o torneio do Rei Robert, ouvimos diversos rumores sobre massacres nas terras Dannett sendo atribuídos a homens da minha casa. Durante a viagem, combatemos e prendemos bandidos que confessaram terem sido contratados para usar o brasão Felinight em ataques contra os Dannett, e os levamos à justiça do rei. Porém, o herdeiro de Alfric, Adham Dannett, recusou-se a aceitar as evidências e desafiou-nos para um julgamento por combate, ao qual o Rei Robert anuiu. No dia do duelo de justa, Adham compareceu envenenado, o que só viemos a descobrir posteriormente, mas ele foi derrotado honestamente pelo meu filho Esdres, num combate validado pelo próprio Rei Robert. Graças aos esforços do meu meistre e de minha filha, conseguimos auxiliar o meistre Ferris a salvar a vida de Adham de um veneno muito agressivo chamado Lágrimas de Lys. Posteriormente, Íris Dannett surgiu na corte acompanhada de filhos da casa Lugus do Ocidente, fazendo novas acusações sem evidências. Defendemos nossa causa com provas e testemunhos perante o rei, que então nos ordenou a comparecer diante do senhor, milorde.
O lorde Felinight foi admiravelmente sucinto, o que pareceu agradar a Ned Stark. O senhor de Winterfell virou-se para lorde Alfric, dizendo:
- Conte o seu lado da história, Lorde Alfric Dannett.
O velho começou a falar vagarosamente com uma voz fraca:
- Milorde Stark, minha casa enfrenta dificuldades por muitos anos, e dezenas dos meus plebeus foram massacrados por homens usando emblemas dos Felinight, uma casa vizinha mais forte e de ambição bem conhecida. O que se poderia pensar disso? Adham estava a caminho de Porto Real para participar do torneio do rei quando foi avisado disso, e decidiu recorrer diretamente ao Trono de Ferro para apresentar o caso. Apesar dos réus confessos que os Felinight apresentaram como supostos perpetradores dos crimes, minha casa não foi indenizada ainda pelas minhas severas perdas, e meu herdeiro foi gravemente ferido e teve a saúde profundamente afetada. Não acha que mereço uma compensação pelas minhas agruras, milorde?
Lorde Stark fez um momento de silêncio e então indagou:
- Lorde Alfric, por que não recorreu diretamente a mim, seu suserano, para resolver a questão, como determina a lei?
O senhor de Dannett pareceu perplexo e gaguejou ao responder:
- Lorde Stark, eu sou um velho. Mal consegui comparecer no dia de hoje diante do senhor. Me pareceu mais prático que meu herdeiro aproveitasse sua estadia na capital para dar uma resolução final ao caso. Além do mais, eu sei que o senhor é companheiro próximo de Beron...
Ned Stark interrompeu bruscamente:
- Então, em vez de reconhecer minha autoridade, você recorreu ao senhor dos Sete Reinos para expor o Norte ao ridículo e insinuar que o Protetor do Norte é incapaz de ser imparcial? Isso é uma ofensa diplomática e pessoal, Alfric! E depois de caluniar os Felinight que tanto fizeram para minorar seu sofrimento, ainda ousa requerer uma indenização? É você quem deveria indenizá-los por seus atos imprudentes!
A repreensão calou fundo no senhor de Dannett, que se encolheu mais encarquilhado do que já estava.
Beron esperou que o momento de constrangimento passasse antes de falar:
- Com sua licença, Lorde Stark, peço permissão para falar e oferecer uma solução. Não desejo alimentar as animosidades com a casa Dannett, e é do interesse da minha casa conter as violações da lei nas terras dele antes que se espalhem para outras partes do Norte. Não vou pedir uma indenização monetária de Alfric pois estou ciente de sua condição empobrecida e não desejo espoliá-lo ainda mais. Mas tenho uma sugestão que pode ajudar a todos nós.
Eddard Stark foi direto:
- Qual a sua ideia, Beron?
Muito cuidadosamente, Beron começou a explicar:
- Alfric tem uma filha, Lady Íris, aqui presente. Embora a honra dela não seja algo inatacável, eu concordaria em uni-la em casamento com meu filho, Gylen Snow, num sinal de boa vontade e paz entre nossas casas.
Alfric quase deu um pulo em seu assento:
- O seu bastardo? Ora, se acha que vou deixá-lo tomar a minha filha como esposa...
Ned cortou-o:
- Me parece que diante das atividades em que sua filha se envolveu, você teria muita sorte em ter um filho ilegítimo da casa Felinight como esposo para ela. Não creio que teria opções muito melhores, Alfric!
Novamente calado, o lorde Dannett teve que ouvir o resto da proposta de Beron:
- Juntamente com Gylen, eu enviaria às terras Dannett dez soldados de cavalaria para garantir a segurança da casa e seus súditos. Eles patrulhariam também o trecho da estrada do rei que atravessa as terras de Alfric para combater salteadores, beneficiando todo o comércio no Norte. Esses soldados seriam o meu dote para o casamento.
Vários murmúrios correram pela sala enquanto Eddard Stark ponderava a astuciosa proposta de Beron Felinight. Todos se calaram quando o senhor de Winterfell voltou a falar:
- Lorde Alfric Dannett, você foi achado em falta diante de seu suserano. Pode concordar com a proposta feita pelo lorde Felinight ou recusá-la. Se a recusar, deverá pagar mil dragões de ouro por suas ações contra a casa dele. Qual é a sua decisão?
Um longo momento de silêncio tenso preencheu o pesado ar da sala de audiências de Winterfell enquanto Alfric Dannett pensava em suas opções.
Era claro que ele não teria como pagar mil dragões de ouro. Talvez nem todas as terras Dannett valessem tanto. Mas com o estado enfermo de Adham e com a idade avançada de Alfric, o casamento com Íris significaria que Gylen entraria na linha sucessória, com grandes chances de ser o próximo Lorde Dannett. E Gylen nessa posição seria quase um vassalo do Castelo dos Sussurros.
Finalmente, Alfric falou com voz sumida:
- Se o casamento puder ocorrer ainda hoje aqui em Winterfell e Gylen e seus soldados voltarem para o Forte Dannett comigo o mais rápido possível, eu aceito a proposta de Beron.
Lorde Eddard Stark então declarou:
- A questão está resolvida! Que assim seja!
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- Mensagem nº45
Re: O Jogo dos Tronos - Gylen
Gylen Snow Gylen assente a resposta do pai e faz o melhor para não cometer nenhuma grosseria. Ele sente falta de ter os irmãos para poder conversar ou até Lícia para fazer algum comentário mais afiado. Ele vê Maria e Catlyn e pensa que as duas estão obrigadas a fingir que não percebem as indiscrições do marido enquanto. Um outro Snow, mas não um qualquer. Um Snow ainda mais nobre e mais privilegiado do que ele. Em outra situação Gylen teria ido até ele ou Theon. Mas não enquanto ainda era acusado de um crime. Isso ficaria para outra oportunidade. -- Antes de sair dos seus aposentos Gylen se estica e testa as pernas e os braços. Seria um momento tenso e ele queria se sentir vivo antes de chegar lá. Ele ensaia alguns passos de dança com sua bengala em uma lentidão exagerada. Ele aperta a cicatriz dolorida da perna e se lembra da mãe. Ele come pensando em como as vidas deles tinham seguido caminhos tortos e que ela um dia tinha sido de alguma forma o mesmo que Íris. O mesmo que Linda e isso tinha moldado quem ele era mais do que a identidade de seu pai. Ainda que a necessidade da fuga e exílio em Braavos de sua mãe tenha sido somente por Beron existir. Ainda assim ele não sentia que Maria devia nada a ele e nem Arthur ou Esdres ou Lícia. O mundo era o que era e algumas pessoas tinham o que tinham. Ele definitivamente não queria que todas as ofensas estupidas que ele lavou com sangue fossem cobradas algum dia. Não fora dele. Ele mal percebe que a refeição acabou e já estavam de frente para Eddard Stark. As palavras do senhor de Winterfell surpreenderam Gylen assim como a pressa do velho Dannett. O bastardo não era um mestre da corte, mas sabia que tinha algo errado ali além do que tinha sido dito claramente. Seu pai tinha percebido? Tinha antecipado aquilo? Gylen não questionaria aquela decisão. Mas dez soldados de cavalaria era um preço alto. Que assim seja. Gylen faz uma profunda reverencia ao Protetor do Norte antes de se mover de novo. ”Sua justiça é apreciada, Lorde Stark. Ele encara o pai depois disso, sério e intenso. Ele sabia que Beron não se demoraria mais do que o estritamente necessário. Ainda assim não era hora de perguntas. Ele anda até Lorde Dannett porque sabia que era o que precisava e não conseguia odiar a fraqueza do homem. Diferente de Gylen ele já tinha gasto os anos de força que tinha. ”Lorde Dannett, sinto que tenhamos nos conhecido assim... Ele olha para Adham com pesar verdadeiro. Gylen sabia o gosto do prato que o homem tinha sido servido, mas tinha parado na primeira colher. Não peço que sejam calorosos comigo e não vou julgá-los pelo que disseram até agora e sinto que não tínhamos conseguido intervir rápido o bastante e que o veneno o tenha custado tanto... Ele finalmente olha para Íris. Porém saibam, e digo sem qualquer maquinação, que suas tragédias não servirão de escudo se suas palavras faltarem com o respeito Íris merece e que devem defender. Íris, o nome ainda soava estranho em sua boca. Ele não vê a reação dos dois. Olhava Íris com tudo que tinha. A despia de sua beleza e graça. As armas que usou quando todo resto faltava. Observava a mulher que vestia educação e da elegância como uma armadura. Tentava ver quem estava por trás da máscara inabalável de Linda e da versão delicada e frágil que ela exibia como Lady Dannett. ” Ninguém te perguntou sua opinião. Ou a direção que seu coração quer seguir. Os seus pensamentos são importantes para mim e seus sentimentos e desejos serão uma parte enorme da minha vida. Mas me diga que não é o que quer e nenhum homem nos sete reinos pode me contra a minha vontade. Nem meu orgulhoso pai ou o nobre e justo Eddard Stark.” Ela seria a pessoa mais próxima dele e sua maior fraqueza e exposição. Sua aliada mais intima e última defesa. Ele queria que ela soubesse. -- Assim que Gylen conseguisse um momento com o pai o questionaria com admiração e confusão. ”Lorde pai, já sabia do temor dos Dannett sobre a própria segurança? Além disso, que homens pretende enviar? Quem posso levar comigo? ” Ele queria perguntar quem vai cuidar da defesa dos plebeus? Quem ia proteger eles? ”Eu exijo um convite oficial e imediato ao casamento de Arthur. Maldição... isso é tudo tão rápido. Vou querer cartas. É uma ótima desculpa para seus espiões irem e voltarem. Cartas grandes demais para um corvo.” Ele suspira tentando relaxar. |
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- Mensagem nº46
Re: O Jogo dos Tronos - Gylen
”Lorde Dannett, sinto que tenhamos nos conhecido assim... Ele olha para Adham com pesar verdadeiro. Gylen sabia o gosto do prato que o homem tinha sido servido, mas tinha parado na primeira colher. Não peço que sejam calorosos comigo e não vou julgá-los pelo que disseram até agora e sinto que não tínhamos conseguido intervir rápido o bastante e que o veneno o tenha custado tanto... Ele finalmente olha para Íris. Porém saibam, e digo sem qualquer maquinação, que suas tragédias não servirão de escudo se suas palavras faltarem com o respeito Íris merece e que devem defender.
Lorde Alfric Dannett ergueu os olhos cansados para Gylen, seu rosto marcado por rugas profundas e um semblante de resignação. A postura encurvada do homem refletia anos de desgaste, e a voz que emergiu era grave, mas sem qualquer vestígio de hostilidade.
— Lorde Gylen... Não, perdão, Sor Gylen, se é isso que devo chamá-lo agora — começou ele, pausando para respirar fundo — Minhas terras são pobres, minha força é limitada, e meu tempo é breve. Não tenho muito mais a oferecer além da esperança de que este casamento traga algum alívio para os meus. Se você realmente deseja proteger Íris e garantir a sobrevivência de nossa casa, eu não impedirei. Mas saiba que suas ações serão julgadas não pelas palavras que pronuncia hoje, mas pelo legado que deixar. Não espero calor, tampouco amizade. Só peço... respeito.
Ele inclinou levemente a cabeça, um gesto que era mais de aceitação do que de deferência. Seu olhar então se voltou para sua filha, e por um breve instante, a dureza deu lugar a um lampejo de tristeza paternal.
Adham, ainda sentado em sua cadeira de rodas, endireitou-se tanto quanto sua saúde permitia. Apesar de sua fragilidade evidente, seus olhos brilhavam com determinação. Ele não tinha a presença física para intimidar, mas suas palavras eram afiadas como lâminas.
— Gylen Snow — disse Adham, deliberadamente usando o sobrenome bastardo — Não sou tolo a ponto de ignorar o jogo que está sendo jogado aqui. Sei que minha irmã será tanto um peão quanto um prêmio, mas quero deixar algo claro: se algum dia você falhar em protegê-la ou a tratar com a dignidade que merece, minha cadeira será o menor dos obstáculos que enfrentará.
O jovem herdeiro respirou fundo, lutando contra o esforço que o discurso exigia de seu corpo debilitado.
— Nós, os Dannett, somos fracos agora, sim, mas a força não está apenas no aço ou no ouro. Íris é a melhor de nós, e não permitirei que sua luz seja ofuscada. Faça sua promessa valer, ou terá que responder a mim, e mesmo que eu não viva para vê-lo falhar, o Norte sempre se lembrará.
Adham então se recostou, claramente exausto, mas com um leve sorriso amargo, como se estivesse desafiando Gylen a contradizê-lo. O peso de suas palavras pairou no ar, um lembrete de que, mesmo no fim de suas forças, um lobo do Norte ainda podia mostrar os dentes.
” Ninguém te perguntou sua opinião. Ou a direção que seu coração quer seguir. Os seus pensamentos são importantes para mim e seus sentimentos e desejos serão uma parte enorme da minha vida. Mas me diga que não é o que quer e nenhum homem nos sete reinos pode me contra a minha vontade. Nem meu orgulhoso pai ou o nobre e justo Eddard Stark.”
Íris Dannett manteve o semblante controlado enquanto Gylen falava, mas seus olhos traíam uma intensidade inesperada. O salão parecia ainda mais silencioso à medida que ela ouvia cada palavra do homem que agora seria seu marido. Quando ele terminou, ela inspirou profundamente, erguendo o queixo em uma postura que exalava tanto dignidade quanto determinação.
Por um instante, Íris olhou para seu pai, que estava visivelmente abatido, para seu irmão, cuja condição falava mais alto que qualquer palavra, e então para Gylen novamente. Ela avaliava não apenas o homem diante dela, mas a situação como um todo — um jogo que ela sabia estar longe de terminar.
Finalmente, ela falou com uma voz firme, mas moderada, que ressoava pelo salão:
— Lorde Stark, meu pai e meu irmão aceitaram esta união. Como filha da Casa Dannett, é meu dever obedecer, ainda que os caminhos sejam contrários aos que um dia imaginei para mim.
Seus olhos encontraram os de Gylen, e havia ali algo mais que resignação.
— Sor Gylen Snow, ouvi suas palavras e percebo que busca algo além de uma aliança política. Vejo um homem disposto a construir, mesmo sobre as ruínas.
Ela deu um pequeno passo à frente, sua postura impecável e sua voz carregada de intenção:
— Não busco ilusões de felicidade. Sei que a união de nossas casas é uma solução para os nossos senhores. Mas digo-lhe uma coisa, Sor: eu não serei uma esposa fraca, tampouco uma sombra de sua vontade. Minhas palavras e pensamentos não serão moldados por convenções ou esperanças vãs. Serei uma aliada digna de sua confiança, assim como espero que seja digno da minha.
Ela fez uma pausa, permitindo que suas palavras pesassem no ar.
— Se você me disser que honrarei meu nome ao seu lado, então caminharemos juntos. Se não, prefiro que tudo termine aqui, independentemente das consequências.
Íris deu um leve sorriso, carregado de desafio e sinceridade:
— Digo isso porque, diferente de muitos, acredito que alianças verdadeiras só se constroem com respeito mútuo. Estou disposta a respeitá-lo, Sor, se você me mostrar que é um homem digno de ser respeitado.
Houve um momento de silêncio no salão, enquanto todos processavam as palavras dela. Era clara a força de espírito que Íris exibia, mesmo diante de um futuro tão incerto.
Assim que Gylen conseguisse um momento com o pai o questionaria com admiração e confusão. ”Lorde pai, já sabia do temor dos Dannett sobre a própria segurança? Além disso, que homens pretende enviar? Quem posso levar comigo? ” Ele queria perguntar quem vai cuidar da defesa dos plebeus? Quem ia proteger eles? ”Eu exijo um convite oficial e imediato ao casamento de Arthur. Maldição... isso é tudo tão rápido. Vou querer cartas. É uma ótima desculpa para seus espiões irem e voltarem. Cartas grandes demais para um corvo.” Ele suspira tentando relaxar.
Beron mantinha a expressão séria, mas Gylen já o conhecia o suficiente para discernir um brilho de satisfação no olhar do lorde Felinight.
Ele recostou-se na cadeira, virando cautelosamente uma caneca de cerveja da casa Stark, e mirou Gylen enquanto respondia num volume quase inaudível.
- A situação da Casa Dannett é discreta, mas não secreta. Não foi difícil deduzir os motivos para que eles nos difamassem e para que enviassem um herdeiro despreparado para um torneio onde pudesse morrer mesmo sem ter sido envenenado.
A sombra de um sorriso perpassou pelos lábios de Beron pelo mais breve momento.
- Quanto aos homens, serei generoso para que você cause uma boa impressão. Leve Krotalus, Sivon e Tarso consigo e também alguns dos plebeus que você andou treinando, mas apenas os que não tiverem esposas e filhos. Assim que chegar ao Castelo dos Sussurros, enviarei dez bons homens montados para encontrá-lo no Forte Dannett. Eles chegaram antes que o velho Alfric fique desconfiado, espero.
Beron falava de modo prático, mas seu tom mudou para algo mais pessoal quando continuou:
- Eu e Henry Allafante acordamos em realizar um torneio por ocasião do casamento de Arthur, então certamente você e todos os nobres da região serão convidados, e não admitirei a sua ausência! Leve a sua esposa e quem mais quiser. E pode ter certeza de que enviarei mensageiros com cartas regularmente a você. Sei que tudo ocorreu rapidamente, mas temos que lidar com as coisas como elas nos chegam. Você se sairá bem.
CAPÍTULO 2.2
Sob os Olhos dos Deuses Antigos
"O amor não consiste em olhar um para o outro, mas em olhar juntos na mesma direção."
— Antoine de Saint-Exupéry
— Antoine de Saint-Exupéry
O bosque sagrado de Winterfell estava silencioso, envolto por um ar de reverência ancestral. As altas árvores de represeiro erguiam-se como sentinelas atemporais, com seus troncos brancos e folhas vermelhas tremulando suavemente ao vento gelado. O coração do bosque, o represeiro maior, exibia seu rosto entalhado, os olhos rubros parecendo observar cada movimento com a sabedoria de séculos.
O casamento de Gylen Snow e Íris Dannett seguiu os antigos costumes do Norte, em contraste gritante com as cerimônias pomposas das terras do sul. Era simples, austero, mas impregnado de significado e tradição. A comitiva de ambas as famílias se reuniu ao redor da árvore-coração, trajando peles e mantos pesados contra o frio. Não havia música, nem banquetes luxuosos — apenas o som do vento e o ocasional estalo das folhas.
Íris caminhou até o represeiro, acompanhada por seu irmão Adham, que, embora debilitado, insistiu em estar presente. Ela vestia um manto de lã branca decorado com bordados discretos em prata, representando as estrelas do céu. Seus cabelos estavam entrelaçados com pequenas flores do inverno, um gesto que simbolizava a união com a terra do Norte. Gylen já a aguardava de pé diante da árvore, vestindo uma cota de couro simples com o símbolo da casa Felinight no peito, o manto negro que sempre usava agora forrado com peles novas.
Seus olhos se encontraram, e, por um momento, o mundo pareceu se silenciar completamente.
O meistre de Winterfell, presente como testemunha, recitou palavras breves sobre a união e a importância do dever no casamento. No entanto, o coração da cerimônia foi conduzido por um ancião, um devoto dos deuses antigos, que guiou Gylen e Íris a tocar o tronco do represeiro, colocando suas mãos sobre as raízes nodosas. O frio da madeira parecia penetrar em suas peles, como se os próprios deuses do Norte estivessem tomando conhecimento de seu compromisso.
— Pelos deuses antigos, pela terra e pelo sangue, unimos nossos destinos — disse o ancião — Que suas promessas sejam feitas sob os olhos que tudo veem.
Gylen foi o primeiro a falar, sua voz firme, e Íris, com as mãos ainda sobre o represeiro, respondeu com um brilho de força em sua voz:
— Prometo ser sua luz nas noites mais escuras, seu escudo contra as tempestades e sua companheira em todos os caminhos. Pelos deuses antigos, compartilho meu coração e minha vida com você.
Após os votos, o ancião passou um pequeno fio de lã vermelha em volta de suas mãos unidas, um símbolo da união de seus destinos. Ao final, eles beberam juntos de um cálice de hidromel simples, selando o juramento sob os olhos dos deuses.
Após a cerimônia, os convidados se dirigiram para um banquete no grande salão de Winterfell.
O banquete do casamento de Gylen e Íris foi uma celebração moderada, adequada ao Norte, com fartura sem extravagância. Disposto em longas mesas de madeira decoradas com ramos de pinheiro e velas de cera grossa, o salão emanava calor e simplicidade acolhedora.
O cardápio apresentava pratos tradicionais: ensopados de carne de veado com raízes e ervas locais, pernil de javali assado lentamente e temperado com especiarias sutis, e trutas frescas grelhadas, colhidas dos rios gelados do Norte. Tortas de carne, pães rústicos e queijos envelhecidos complementavam a refeição, enquanto cervejas fortes, hidromel e vinho do sul aqueciam os ânimos dos convidados. Para encerrar, havia bolos de mel e nozes, modestos em tamanho, mas ricos em sabor.
A música era conduzida por um pequeno grupo de músicos locais, com flautas, tambores e alaúdes tocando melodias tradicionais do Norte. Risadas e conversas enchiam o salão, mas tudo dentro de um tom respeitoso e digno, refletindo a união não apenas de duas pessoas, mas de suas famílias e histórias.
Íris parecia calma, quase serena, enquanto Gylen a observava com uma mistura de respeito e admiração. Apesar do gelo e do rigor do Norte, aquele dia parecia marcar o início de algo sólido, forjado como o aço que não se quebra diante das provações do mundo.
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- Mensagem nº47
Re: O Jogo dos Tronos - Gylen
Gylen Snow As palavras do velho lorde eram surpreendentes. Senão mais amenas, mais humanas que na noite anterior. Não era o que esperava de quem tinha afugentado Íris. " Serei, porém mais me importa o julgamento dos meus pares e Íris será o mais proeminente dentre todos. Ainda assim, obrigado. Tem o meu respeito enquanto a respeitar." Ele faz uma mesura tão adequada quanto pode. Já o jovem era desafiador. Gylen gostava disso. O bastardo ouvia a voz do duelista que tinha sido gritando por sangue fresco para lavar o orgulho. Dois idiotas. " Somos todos peões no jogo de alguém e isso é muito cansativo. Espero que suas ameaças não sejam vazias e que esteja sempre presente para me manter na linha." Gylen não era um westeroi. Não era o nobre que eles esperavam e certamente iria desprezar coisas que valorizavam e agir de forma que julgariam escandalosa. Um cunhado amargo o ajudaria em algum ponto. Já Íris tinha a dignidade sofisticada da Linda que ele conheceu. Ela fala sobre construir em ruinas e a madeira da bengala range nos dedos. Ela não era uma ruina, era uma lady que conhecia mais do mundo e das pessoas do que a maioria. Que tinha provado mais determinação e resiliência que a maioria. Mas ele era um bastardo estrangeiro e não iria interromper enquanto aquela voz soava. Ela fala sobre ser uma aliada digna e Gylen sabe que teria de ser muito melhor do que era para ser digno dela. Digno do seu respeito e confiança. Digno de ser respeitado? Não era. Estava tentando ser. "Eu prometo ser o melhor que conseguir Lady Dannett. Não sou um nobre de westeros como os outros e nem completamente refinado. Me honre com a sua confiança e eu serei um aliado leal até o fim. Tentarei mostrar que pode me respeitar como já me mostrou que devo respeitá-la. ” Ele faz uma reverência profunda e aliviado fita os olhos bonitos demais de Íris Dannett. -- Gylen ouve o pai enquanto ajeita as facas novamente no cinto. Sivon, ele nunca tinha imaginado que Lorde Beron pudesse mantê-lo. Krotalus seria um desafio, mas lutava como um westeroi então poderia ser derrotado como um se só respeitasse a força bruta. Tasso era perfeito e Íris poderia ensinar a ele coisas que Gylen nunca poderia. "Estarei lá e se Arthur tiver coragem ainda aposto a espada da família em um duelo! " Ele ri um riso torto e convencido. Não era o que iria fazer. Iria dançar e beber em comemoração a felicidade do irmão. Mas queria ver os de Beron quando ouvisse e sua reação quando percebesse o absurdo lúdico daquilo. " Agradeço muito suas dádivas pai. Os homens serão uteis e bem tratados. Não vou esquecer nossa casa e família. " Gylen não sabia como se sentir. Ele sentia-se lisonjeado. Sentia o estomago quente e frio e pesado e revolto. Mas sentia o os pés inquietos e os pensamentos lentos e frios. Uma parte grande dele observava tudo a sua volta e considerava o frio. Sem música a ansiedade era uma força palpável e lutava contra a paz da cerimônia. Era tudo estranho para Gylen até ver Íris branca como a neve. Nesse momento todas as incertezas tinham sido substituídas pela mais pura antecipação. A contemplação natural e simples do momento. Dela. Sem som. Sem frio. Sem luz exceto por ela. " Prometo ser a pele que te protege do frio, a rocha onde seu barco se abriga do mar revolto e os pés que dançam a música da sua voz. Pelos deuses antigos, compartilho meu coração e minha vida com você." O bastardo não podia esperar nada melhor. Ninguém melhor. A comida. A bebida, que ele bebe da exata mesma taça que a esposa. As conversas e o tom caloroso. Ele estava feliz. " O que acha de a dama mais bela da de Winterfell me conceder uma dança?" ele estende a mão em um claro convite a Íris. " Vamos conversar um pouco onde ninguém vai ouvir? " Ele queria ouvir ela dizer o que estava vendo. Pensando. Sentindo. Percebendo. Ela era um mistério e ele queria poder contar o que tinham passado até ali de um jeito que ela pudesse acreditar. -- " Olha esse rapaz. Feroz e atento. Tasso." Ele aponta o garoto para Íris. " Ele é importante para mim assim como aquele bêbado careca ali. Ele tem a caligrafia mais bonita que vai ver na vida. Eu juro. " Ele continua sorrindo só por estar falando com ela. Conhecendo Íris em um outro mundo. " Eles são meus guarda costas, meus segredos. Você tem alguém?" Ele procura em Íris algum sinal. Qualquer sinal. Ela era o nascer do sol e ele estava fascinado. Mais tarde ele aproveitaria a chance de falar com outros moradores de Winterfell como Jon Snow e o próprio Eddard Stark a quem pretendia agradecer. |
- Alexyus
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- Mensagem nº48
Re: O Jogo dos Tronos - Gylen
Gylen escreveu:" Prometo ser a pele que te protege do frio, a rocha onde seu barco se abriga do mar revolto e os pés que dançam a música da sua voz. Pelos deuses antigos, compartilho meu coração e minha vida com você."
Nos olhos de Íris, Gylen viu uma mistura de coragem e vulnerabilidade que parecia iluminar a escuridão ao redor. Havia amor genuíno, um afeto tão profundo que o fazia esquecer seu status como bastardo, e uma determinação serena, como se ela o escolhesse não apenas com o coração, mas com a alma inteira. Ele também percebeu um brilho de alegria contida, como se ela estivesse experimentando o mesmo momento de plenitude e aceitação que ele. Seus olhos, cheios de promessas silenciosas, disseram tudo o que as palavras não podiam: ela era dele, assim como ele era dela.
Gylen escreveu:O bastardo não podia esperar nada melhor. Ninguém melhor. A comida. A bebida, que ele bebe da exata mesma taça que a esposa. As conversas e o tom caloroso. Ele estava feliz. " O que acha de a dama mais bela da de Winterfell me conceder uma dança?" ele estende a mão em um claro convite a Íris.
Íris sorriu ao ouvir as palavras de Gylen, seus olhos brilhando com alegria e um leve rubor colorindo suas bochechas. Ela estendeu a mão delicada, entrelaçando os dedos aos dele com uma confiança serena.
- Seria uma honra, meu senhor e esposo!
Ela levantou-se com graça, deixando a mesa.
Ao serem guiados ao centro do salão, a música começou a tocar suavemente, e Íris tomou a iniciativa, conduzindo a dança de forma sutil para compensar a leve rigidez da perna manca de Gylen. Seus passos eram fluidos e graciosos, como se ela flutuasse pelo chão de pedra. Seu vestido parecia dançar com ela, os movimentos delicados refletindo a luz das chamas das tochas ao redor.
Gylen, embora ciente de sua limitação, sentiu-se leve ao dançar com Íris. Ela era a âncora e a inspiração, e a forma como o olhava, com orgulho e amor, fazia parecer que ele era o homem mais completo do mundo. O salão, antes repleto de risadas e conversas, silenciou à medida que os convidados pararam para assistir.
A harmonia entre os dois, o contraste entre a força contida de Gylen e a leveza de Íris, criou uma cena que encantou a todos. Quando a dança terminou, os aplausos ecoaram pelas paredes de Winterfell, e os dois permaneceram juntos, sorrindo, imersos na magia do momento.
Com o cansaço do esforço da dança pesando sobre ele, Gylen propôs.
" Vamos conversar um pouco onde ninguém vai ouvir? " Ele queria ouvir ela dizer o que estava vendo. Pensando. Sentindo. Percebendo. Ela era um mistério e ele queria poder contar o que tinham passado até ali de um jeito que ela pudesse acreditar.
Íris concordou, apenas levemente ofegante:
— Vamos nos sentar no estrado! Podemos conversar lado a lado enquanto nos refrescamos com uma bebida!
Ali, sentados em cadeiras paralelas à vista de todo o salão, Gylen e íris podiam conversar em sussurros enquanto os demais presentes do banquete prosseguiam com os festejos.
Íris cochichou discretamente no ouvido de Gylen:
— O lorde Stark foi sábio em concordar com seu pai, Lorde Beron. As terras Dannett fazem fronteira com as de Winterfell e as dos Felinight. Minha casa será um terreno tampão entre essas duas casas grandes, e se Lorde Beron discordar alguma vez do Lorde Stark, você será um refém mais próximo de ser capturado por Winterfell para barganhar com o Castelo dos Sussurros. Você enfrentará um equilíbrio delicado entre os senhores do Norte, meu querido Gylen...
Embora Gylen não fosse tão familiarizado com a política nortenha, certamente Íris mostrava-se mais arguta nesse aspecto.
Gylen escreveu:" Olha esse rapaz. Feroz e atento. Tasso." Ele aponta o garoto para Íris. " Ele é importante para mim assim como aquele bêbado careca ali. Ele tem a caligrafia mais bonita que vai ver na vida. Eu juro. "
Tasso se aproximou dos dois e fez uma reverência respeitosa.
Íris riu musicalmente e acariciou os cabelos do garoto com mãos de fada.
— Eles serão bem tratados no Forte Dannett, e acharemos bons usos para suas habilidades. Espero que sejam felizes lá também.
Gylen escreveu: " Eles são meus guarda costas, meus segredos. Você tem alguém?" Ele procura em Íris algum sinal. Qualquer sinal. Ela era o nascer do sol e ele estava fascinado.
Uma sombra perpassou pelas belas feições de Íris, e ela caiu num breve momento de reflexão antes de responder:
— Você sabe que estive ausente da casa do meu pai por algum tempo. Os homens de lá são leais ao meu pai, não necessariamente a mim. O Meistre Copper era meu amigo, mas ele morreu, e não cheguei a conhecer bem Meistre Ferris ainda.
Logo, a fama recém-conquistada de dançarina magistral de Íris surtiu seus efeitos, e damas de Winterfell, entre elas as próprias ladies Sansa e Arya Stark, vieram pedir-lhe que voltasse a dançar e lhes ensinasse alguns de seus passos. Íris pediu licença a Gylen e levantou-se para dançar novamente.
Gylen aproveitou a chance de falar com outros moradores de Winterfell como Jon Snow.
Gylen encontrou Jon Snow no pátio de Winterfell, sob o céu estrelado do Norte. Ele ergueu a cabeça quando Gylen se aproximou, mas não mostrou hostilidade, apenas curiosidade. Jon, que parecia perdido em pensamentos, saudou o outro bastardo com um aceno discreto.
- Senhor Gylen.
De volta ao salão, Gylen se dirigiu ao estrado principal, onde se assentava Lorde Eddard Stark, entre sua esposa e os outros senhores convidados.
Ned Stark viu a aproximação de Gylen e saudou-o com um aceno de cabeça. Embora ele não sorrisse, havia amistosidade em seus olhos
- Senhor Gylen Dannett. Parabéns por seu casamento. Tem uma bela esposa. O Norte tem grandes expectativas para você.
Lorde Eddard era o primeiro a chamá-lo de Gylen Dannett.
O auge do banquete trouxe risadas, vinho derramado, e o que todos sabiam ser o ápice esperado: a cerimônia de acamagem. O ambiente estava carregado de expectativa e excitação, enquanto os homens e mulheres se organizavam em lados opostos do salão, suas intenções claras em suas expressões exageradamente animadas pela embriaguez.
Os homens ergueram Íris em seus braços com risos e cantorias provocativas, suas faces coradas de bebida. Embora inicialmente tímida, a noiva permitiu-se um sorriso contido, sabendo que aquilo era parte da tradição. Suas damas riram e tentaram proteger os ombros dela com o manto, mas as mãos dos homens eram rápidas, puxando rendas e bordados enquanto a carregavam pelo corredor do salão, provocando-a com o que deveria ser gentileza, mas transparecia o peso de uma antiga e arcaica prática. A cada passo, uma parte do vestido sumia, revelando mais da figura graciosa de Íris, enquanto ela tentava manter a dignidade em meio às gargalhadas e exclamações.
Do outro lado, Gylen não estava isento. As damas, com risos conspiratórios, arrancaram sua capa e tentaram desfazer os laços de sua camisa, puxando-o na direção oposta. O vinho havia solto as línguas e os modos de todos, mas Gylen, apesar do desconforto evidente, entregou-se à tradição com um sorriso forçado, lembrando-se de que aquilo era esperado dele como parte de sua nova vida no Norte.
As duas procissões convergiram na entrada do quarto nupcial, decorado com simplicidade, mas aquecido por peles e tochas. Lá, os convidados formaram um corredor vivo, conduzindo os dois até a cama. Quando Íris e Gylen foram depositados lado a lado no leito, o restante de suas roupas havia sido retirado, deixando-os cobertos apenas pelas mantas do Norte.
O salão caiu em um silêncio incomum enquanto os mais atrevidos esperavam para testemunhar o "momento final" da cerimônia.