O Jogo dos Tronos - Inês

Inês  Allafante

Hora:Noite
Día:11
Clima:Ameno
Lugar:Porto Real

Na sala de meu pai.

FALAS
NPCs/Pensamentos

Ah, como descrever aquela tarde? A ironia mordaz e a frustração sufocante pareciam envolver cada detalhe da sala — das pesadas cortinas ao brilho apagado das taças de cristal. Sentada diante de meu pai, mantive uma expressão serena, a máscara impecável de uma filha bem treinada. Por dentro, suas palavras eram como espinhos finos, tecendo sarcasmo na minha paciência.

— Minha filha, Inês! — Ele começou, movendo-se de um lado para o outro como um general estrategista diante de um campo de batalha. — Eduquei você para ser mais inteligente que isso!

Ah, inteligência. Para meu pai, era algo medido pelo peso de alianças, nunca pelo valor de emoções genuínas. Olhei pela janela, onde o entardecer derramava tons dourados sobre os campos, pequenas maravilhas da vida que ele jamais notava.

— Os Felinight estão em nossas mãos! — proclamou, os olhos faiscando com fervor. — Você precisa de um casamento que imponha respeito, tanto perante a família deles quanto aos plebeus.

Respeito. Para ele, era uma moeda de troca, não uma virtude construída por caráter. Deixei que falasse, despejando sua lógica moldada pelo poder. Quando finalmente abri a boca, minha voz soou como mel envenenado:

— O senhor tem razão, meu pai... — Levantei-me com a graça de quem equilibra reinos nos ombros e depositei um beijo leve em sua bochecha áspera. Por um instante, me perguntei como minha mãe, se viva, reagiria a tudo aquilo. — Farei como me aconselha, pai. — Minha voz saiu firme, mas carregada de um propósito claro, enquanto meu olhar se fixava nele, perscrutando suas feições com a precisão de quem afia uma lâmina antes de usá-la.

— Contudo, permita-me perguntar: o senhor deposita tanta confiança em Lorde Beron a ponto de crer que ele jamais utilizaria o contrato em desfavor de nossa família?Deixei a pergunta suspensa no ar, como se cada palavra precisasse repousar sobre o peso das expectativas que meu pai sempre carregou com tanta destreza. Após um breve instante, continuei, ajustando a cadência de meu discurso com cautela e uma dose de perspicácia que ele mesmo me ensinara a cultivar.


— Não me iludo quanto às minhas imperfeições, especialmente quando comparada a Brendon, que parece não apenas sua sombra, mas também o reflexo de sua inteligência e argúcia. Sei, no entanto, que possuo meus próprios méritos, ainda que diferentes dos dele. —

Suspirei, entrelaçando os dedos com a calma aparente de quem esconde uma tempestade interior. — Ainda assim, não temo Arthur, mas sim Beron... ou, talvez, aquele velho excêntrico que parece viver entre gatos e intrigas. Suspeito que ambos sejam capazes de arquitetar dificuldades que hoje escapam à minha compreensão.


Minha voz se tornou mais baixa, quase um sussurro, como quem revela um segredo ao mesmo tempo íntimo e inexorável.

— Sei que minha preocupação pode soar pueril, uma vez que o senhor, com sua notória habilidade, moldou cada cláusula desse acordo. Mas, por mais que admire sua maestria, não consigo ignorar que esses nortenhos, com toda sua rudeza aparente, carregam também uma dose considerável de astúcia.


Parei por um momento, reunindo forças para dar voz ao que realmente me inquietava.


— Diga-me, pai: por que aceitou emprestar dinheiro a Beron afinal a casa estava em frangalhos na época? — Inclinei-me ligeiramente para a frente, não apenas em busca de uma resposta, mas quase como se quisesse desafiá-lo a proferi-la sem rodeios. — De fato, poderia ter exigido muito mais, ou mesmo recusado o casamento, caso quisesse. Contudo, o senhor concordou. Foi apenas por minha causa? Ou há algo mais em jogo, algo que permanece oculto até mesmo para mim?


Observei-o em silêncio, com um misto de reverência e determinação. Ele era um homem cuja vida se tornara um equilíbrio singular entre força e dever. Criar a mim e a meu irmão após a morte de minha mãe foi, sem dúvida, uma empreitada árdua, mas jamais recuou diante dela. Seu rigor nos negócios era aclamado por muitos, mas aqueles mais próximos conheciam seu lado compassivo, ainda que demonstrado de forma contida. Acolheu em nosso lar Jorah e Hellen, educando-os com o mesmo zelo que nos dedicou, garantindo-lhes cultura e o domínio da autodefesa, ferramentas essenciais para sobreviver e prosperar em um mundo que não perdoa os fracos. Ainda assim, pai, não se limitou a preparar-lhes para as batalhas inevitáveis da vida, estendeu suas asas sobre ambos, oferecendo-lhes a proteção e o amparo que só alguém com sua força e generosidade poderia prover.
E eu sabia, com a mesma certeza que sabia de sua honestidade, que ele responderia à minha pergunta. Resta saber se a resposta traria alívio ou um novo fardo para carregar.

No meu quarto, mais tarde

Meus aposentos eram um refúgio, mas também um palco. Marigold movia-se pelo espaço com precisão cirúrgica, observando-me como se esperasse que eu desmoronasse. Angus, absorto em seus frascos de ervas, murmurava sobre curas para males que jamais alcançariam minha inquietação.

Ofereci-lhes um sorriso calculado, uma mescla de gentileza e cumplicidade. Não descontava frustrações em quem não as causava. Hellen, Malena, Jorah e o próprio Angus eram aliados preciosos, e sabiam disso. Ainda assim, deixei escapar um toque de ironia ao erguer minha taça:

— Obrigada por estarem ao meu lado, mesmo quando o mundo conspira contra a razão — comecei, lançando-lhes olhares calorosos. — Jone ou qualquer outro que desafie minha vontade será... domesticado, de um jeito ou de outro.
Hellen sorriu em aprovação, Angus resmungou algo sobre ervas milagrosas, e Marigold inclinou levemente a cabeça, sempre perspicaz. Jorah riu baixinho, enquanto Malena mantinha sua doçura serena.

— Como Hellen disse ontem — continuei, meu sorriso ampliando-se. — Brindemos a um futuro próspero, honrado e justo para todos.
As taças ergueram-se em harmonia, um breve alívio das pressões externas. Mas o momento foi abruptamente interrompido pela chegada de Arthur, sua presença tão intensa quanto um vendaval.

— Inês — disse ele, tomando minhas mãos com uma emoção contida que ameaçava romper minha compostura. — Quero me casar com você. Não por imposição, mas porque vejo em você o futuro que desejo construir.

O momento com Arthur

Ah, Arthur. Tão direto, tão sincero. Sua simplicidade contrastava com os jogos políticos que meu pai tecia.

— Arthur — comecei, erguendo o queixo com determinação, mas permitindo que minha voz fosse doce e envolvente. — Se deseja construir um futuro ao meu lado, entenda que ele não será um conto de fadas. Será uma batalha. Uma batalha que enfrentaremos juntos, mas saiba de uma coisa... — Inclinei a cabeça levemente, prendendo seus olhos nos meus. — Eu não sou uma donzela à espera de resgate. Sou sua igual.

Toquei seu rosto com a ponta dos dedos, um gesto deliberadamente casual.

— Jone não é nosso inimigo, Arthur... — Suspirei, como se carregasse o peso do mundo por amor a ele. — Sei que agiu pensando em mim, mas isso pode prejudicar sua posição ou gerar desafetos — disse, minha voz carregada com uma dose de preocupação genuína. Inclinei-me levemente para ele, deixando claro que minhas palavras eram ditas com carinho e cuidado.


— Na verdade, todos os seus parentes têm uma desconfiança, e até entendo o porquê. Afinal, sou uma estrangeira, alguém de fora que entrou em suas vidas de forma inesperada. — Meu olhar suavizou, meus olhos buscando os dele. — Você e eu convivemos desde que você tinha doze anos. Vi você aprontar das suas, mas também testemunhei suas virtudes.
Houve uma pausa, uma leve emoção vibrando em minha voz.


— Com o tempo, Arthur, sua família verá em você o que eu vejo. O brilho inegável, a força e a determinação que carrega. Eles compreenderão que você não é apenas digno do título que carrega, mas do respeito e da admiração que merece.
Toquei levemente sua mão, como se quisesse ancorar minhas palavras no profundo vínculo que compartilhávamos. — Acredite, eles vão enxergar em você o homem incrível que vejo diante de mim. E quando isso acontecer, Arthur, não haverá desconfiança que possa resistir.

Cheguei mais perto, o perfume de rosas preenchendo o espaço entre nós. Toquei seu ombro, minha voz tornando-se um sussurro carregado de emoção:

— Eu o amo, Arthur. Mais do que palavras podem expressar. Quero que seja um grande Lorde, admirado não apenas por ser meu, mas por ser você mesmo.

Beijei-o então, um gesto que selava promessas e convicções. Depois, servi-lhe vinho, mostrei projetos e compartilhei segredos. Ri de suas histórias, mantendo a conversa viva e envolvente. Tratei-o não apenas como meu amado, mas como o futuro Lorde que ele se tornaria.
Quando finalmente partiu, vi em seus olhos não só paixão, mas inspiração renovada. E eu, mesmo tentada pelo fogo que ele despertava, mantive minha honra intacta, como sempre prometi a mim mesma.





Marigold

Spoiler:

Malena

Spoiler:

Angus

Spoiler:

Felpudo

Spoiler:

Helen Alantis:

Henry Allafante:

Sor Jorah Savoys:

Arthur:

Roupinhas de inverno-Desconsidere a expressão das pessoas, apenas as roupas importam.:

Falas
NPCS/PJS/PENSAMENTOS

Emme

Sala de Henry Allafante

Henry Allafante observou a filha com uma expressão indecifrável, enquanto ela despejava uma enxurrada de palavras calculadas, afiada como uma lâmina. Ele deixou que ela falasse, o silêncio preenchendo o espaço entre as pausas de Inês como um barril de pólvora prestes a explodir. Quando ela terminou, ele parou de caminhar e virou-se para ela, cruzando os braços.

— Inteligência, minha filha — ele começou, a voz profunda e ressonante —, não é medida apenas pelo peso das alianças ou pela astúcia dos acordos. É medida pela habilidade de enxergar o que outros não veem e agir antes que seja tarde.

Seus olhos encontraram os dela, intensos como brasas.

— Você é muito mais do que uma moeda de troca, Inês. Nunca quis que se sentisse como tal. Mas sua posição na casa Felinight exige sacrifícios... assim como a minha.

Ele respirou fundo, a severidade em seu rosto suavizando-se.

— Beron aceitou o dinheiro porque viu em nós um aliado necessário. Ele sabia que a fraqueza de sua casa não era permanente, assim como sabia que nossa força não é invencível.

Henry aproximou-se da filha, colocando uma mão firme em seu ombro.

— Fiz isso por você, por Brendon, por nossa casa. Mas também porque enxerguei o que você ainda não viu: que, às vezes, alianças forjadas em tempos difíceis tornam-se as mais duradouras.

Ele soltou um leve suspiro, mas manteve-se firme.

— Nunca subestime os Felinight, Inês. Nem seus inimigos. Você é minha filha, e espero que sua inteligência supere quaisquer desafios que surgirem.

Quartos de Inês

Quando Arthur invadiu os aposentos de Inês com sua declaração apaixonada, os outros presentes — Marigold, Angus, Jorah, Hellen e Malena — recuaram discretamente, deixando o casal a sós.

Arthur, tocado pelas palavras de Inês, segurou suas mãos com mais força, os olhos brilhando com determinação.

— Igual? — Ele riu suavemente, mas havia um tom de seriedade em sua voz. — Sempre soube disso, Inês. Você nunca foi apenas uma donzela para mim. É uma rainha, e não preciso de coroas ou títulos para enxergar isso.

Ele tocou o rosto dela, o calor de sua mão contrastando com a frieza calculada de suas palavras.

— Jone não é uma ameaça para nós, eu sei disso. Mas ele precisa entender que não tem o direito de insultar a você ou a mim. Eu sou o Herdeiro Felinight, e você é a minha prometida!

Arthur fez uma pausa, buscando os olhos dela.

— Quanto à minha família, não precisa se preocupar imediatamente. Sei que o tempo é um aliado poderoso. Gylen, Esdres e Lícia aprenderão a gostar de você. Mas o que importa é que você me vê. Que você acredita em mim. Isso é suficiente.

Quando Inês confessou seu amor, Arthur inclinou-se, deixando o perfume de rosas envolvê-lo, e respondeu suavemente:

— Eu também a amo, Inês. Mais do que tudo neste mundo.

Ele aceitou o vinho que ela lhe serviu e ouviu atentamente os projetos e segredos que ela compartilhou, absorvendo cada palavra como um aluno dedicado. Quando finalmente se despediu, ele segurou sua mão uma última vez.

— Eu voltarei, Inês. E quando o fizer, terei conquistado não apenas sua confiança, mas o respeito de todos à nossa volta.

Com um beijo na testa dela, ele partiu, deixando-a sozinha em seus aposentos. O silêncio que se seguiu foi pesado, mas carregado de promessas não ditas.

Dias depois

Arthur foi intransigente e manteve seu tio Jone cativo na torre por alguns dias, até a chegada do Lorde Beron Felinight.

Uma vez que Beron e a imensa caravana dele entraram no Castelo dos Sussurros, ele assumiu as rédeas da situação e começou a conceder audiências a todos que queriam lhe falar.

Inês e seus servos mais próximos observaram a multidão barulhenta entrar no sombrio castelo abrigado no contraforte da montanha gelada. Todo o alarido daquela profusão de gente desapareceu na curiosa característica daquele lugar, onde mesmo os gritos se reduziam a sussurros.

Tanto Arthur quanto Henry estavam ansiosos para parlamentar com Beron, mas nenhum deles conseguiu passar a frente de Finn Swallow, o capitão da guarda e homem de maior confiança do lorde. Claro que depois do soldado, tanto o banqueiro quanto o herdeiro tiveram suas vezes para discutir seus interesses com o senhor dos Felinight.

Henry foi o primeiro a entrar no quarto de Inês e falar-lhe em particular.

—Estamos muito bem, filha! Beron pensa como nós, que o que Jone fez foi inadmissível! E o que é mais, Jone tinha uma missão e nem sequer começou a cumpri-la! Beron ainda vai decidir o que fazer com Jone, mas nos deu total razão!

Horas mais tarde, foi Arthur que entrou nos aposentos de Inês, menos exultante que Henry, mas ainda feliz.

—Minha querida Inês! Meu pai me ouviu sobre tudo o que houve! Ele não gostou muito de eu ter deixado Jone sem comida, mas concordou que ele precisava de uma lição. Ele também concordou com tudo que tínhamos combinado, nosso casamento segue como programado!

Mais dias depois

Beron despachou Jone para o Porto de Lícia junto com sua protegia, Lu Mei. Eles tinham a incumbência de criar celeiros e construir todas as estruturas que faltavam na villa decrépita que Inês bem recordava.

Arthur estava os dias todos, todos os dias, ajudando a reorgarnizar o castelo após a longa ausência dos Felinight, e coordenando as habitações temporárias para os plebeus vindos do sul. Ele e Beron aguardavam o retorno de Esdres para determinar a empregabilidade final dos novos habitantes do Norte. E Lícia ainda tardava em chegar, embora tivesse zarpado de Porto Real no mesmo dia que Inês.

O irmão mais novo de Arthur ainda demorou mais dias para chegar, mas finalmente retornou.

E na noite em que ele chegou, jantaram juntos Beron, Maria, Henry, Meistre Rain, Arthur, Esdres e Inês.

ESDRES & INÊS

Esdres reencontrou no jantar sua mãe, o irmão Arthur, a noiva dele Inês e o pai dela Henry Allafante, além de  Lorde Beron e Meistre Rain.

Quando se sentaram para jantar, Arthur disse:

- Meu pai, eu terminei o censo dos plebeus que chegaram conosco. Está com Meistre Rain.

Beron disse impaciente:

- Pois que leia, então! Mas vamos comer enquanto ouvimos.

Durante boa parte da refeição, o meistre leu os dados compilados sobre os plebeus que vieram do sul na caravana dos Felinight.

Censo dos Plebeus:

Quando Meistre Rain terminou, ele tomou um gole de vinho e perguntou:

- Há algum dado dos quais os senhores gostariam de mais explicações?

Beron virou-se para Esdres:

- E então, Esdres? Está pronto para dividir os que levará para o Lago Longo?

Henry e Arthur se curvaram para frente, interessados em participar na discussão. E obviamente Inês não iria querer ficar de fora.

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Enquanto Esdres e Inês trocavam estocadas verbais, Beron, Arthur e Meistre Rain observavam com atenção o mapa apresentado pelo Felinight mais jovem. Henry Allafante observava à distância com um olhar pensativo, e Lady Maria guardava um silêncio recatado enquanto degustava o jantar.

O brinde de Esdres não foi replicado pelos presentes, e Arthur fez a primeira objeção:

- Você viu alguma montanha ou mesmo sequer uma colina à beira do Lago Longo? Não tem nenhuma, a menos que você planeje construir uma artificialmente.

Meistre Rain concordou:

- Eu conferi a geografia no nosso caminho para cá com todos os mapas que eu trouxe, e realmente não vi nenhuma montanha próxima. A boa notícia é que há uma boa porção da Mata de Lobos próxima das planícies às margens do lago, então é possível instalar fazendas e lenheiros ali...

Beron interrompeu:

- Nada de fazendas ali. Lembrem-se de que a Estrada do Rei passa por lá, e o forte tem que ficar antes de qualquer vila nela. Da mesma forma, tem que ficar perto do porto, e o porto tem que ficar perto da foz do rio. Construir fazendas na beira do rio em direção ao castelo não vai funcionar, pois o terreno é acidentado e pedregoso, e muito estreito nos sopés das primeiras montanhas da serra. Você precisa planejar bem esses detalhes, Esdres.

Henry Allafante se pronunciou:

- E seu povoamento deve ser autossuficiente. Eu estou a par das finanças da casa Felinight e não há capital para investir em obras faraônicas e mal-planejadas.

Arthur disse:

- Não preciso dos plebeus do sul em Breakstone, mas você precisa lembrar, caro irmão, que será muito difícil levar as famílias das pessoas doentes para longe dos enfermos. Mas precisaremos mandar provisões e reforços para o Porto de Lícia também, antes que Jone tente outro motim. Gylen conseguiu recrutar dois exímios ferreiros em Porto Real, então precisaremos mandar um para Lago Longo e outro para o Porto de Lícia. Acho que seria bom começarmos a divisão do contingente por aí.