A sua frente, via Kamai ajoelhado, o homem responsável por muito sofrimento na nação do fogo, por mortes e por tragédias, derrotado e entrega às suas vontades. A chama azulada em suas mãos mostrava o final, aquela mesma chama explodiu, faiscou e tornou-se um relâmpago contido, correndo por toda a extensão de seus braços e restava uma decisão."
(Aguardo seu retorno sobre esse aqui na MP)
A noite anterior tinha sido difícil, um sonho que forçava sua mão.
Akira já havia deixado as ilhas da nação do fogo há algumas semanas, mas sua determinação em encontrar qualquer resquício do grupo rebelde que planejava contra Kamai só aumentava a cada dia. Ela caminhava pelas ruas de uma cidade costeira, muito comuns nas proximidades das ilhas do império, o som das ondas do mar ao fundo era sempre parte da trilha sonora. O cheiro de sal e peixe impregnava o ar, lembrando-a de sua infância quando visitava a praia com sua família adotiva em momentos de lazer.

A missão era clara, mas encontrar os rebeldes era um desafio quase impossível. Akira sabia que muitos na população não apoiavam Kamai diretamente, mas a rebelião era extremamente perigosa - tanto para quem os enfrentava, como para quem tentava fazer parte. E encontrar uma entrada no grupo era muito difícil, talvez por isso seus números eram tão escassos. Cada pista que encontrava parecia levar a uma parede e com isso, perder todo o rumo da investigação.
Foi quando Akira ouviu uma pista importante em uma taverna e hospedaria. Haveria um ataque próximo à sua localização em breve, e ela precisava descobrir onde e como isso iria ocorrer. A taverna estava escura e esfumaçada quando ouviu essa informação e não teve oportunidade de investigar quem havia dito ou mesmo como era a pessoa, mas pouca informação era melhor do que nenhuma informação.
E, embora a legião dos rebeldes não tivesse muitos membros, eles tinham muitos apoiadores. Akira precisava encontrar alguém que soubesse de qualquer detalhe dessa ação.
Ela caminhava pelas ruas de terra batida, com o sol quente escaldando sua pele. O cheiro de especiarias flutuava pelo ar, lembrando-a das feiras movimentadas em Ba Sing Se. As pessoas ao seu redor seguiam com seus afazeres diários e até o momento, ninguém desconfiava da dobradora de chamas azuladas. Precisava achar um ponto de onde pudesse questionar e tirar mais informações, não faltavam opções, restava saber qual era a correta. Durante o pouco tempo na função de espiã, aprendeu que procurar pelas pessoas mais simples e que tinham mais atividades comuns no dia a dia, era um caminho bom - não estavam tão preocupadas com o grande esquema das coisas e tinham mais tempo para serem observadoras a aprender ao seu redor.