A Viagem até a Cripta
- Ignis Angelus
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- Mensagem nº121
Re: A Viagem até a Cripta
- Dycleal
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- Mensagem nº122
Re: A Viagem até a Cripta
- Dante
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- Mensagem nº123
Re: A Viagem até a Cripta
— Ok, você venceu, mas precisamos entender o seu trauma. É muito interessante. Bárbaros normalmente não possuem laços fortes.
Antes que pudesse continuar, a Paladina retorna com um novo integrante. Interessante. Garona está preocupada. Ela percebeu algo afinal. A influência dela em Nimb já se mostrou forte, devo observar a distância e com cuidado. Vamos devagar.
— Olá Nadien! Me desculpe pela atitude de Garona. Ela está preocupada, mas não entende o intricado e complexo vórtice em que acabou caindo involuntariamente. Não lhe dê ouvidos. Eu estou muito bem. Na verdade, já fazia algum tempo em que não me sentia tão bem. Dito isto, agradeço a oferta, mas não posso dormir. Portanto, ficarei feliz em assumir seu posto como como sentinela desta vigília. É certo que deve estar cansada de sua incursão na cidade. Portanto, descanse.
- Mandhros
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- Mensagem nº124
Re: A Viagem até a Cripta
Em primeiro lugar, uma maternal Srta. Garona...
E, em segundo, um Sr. Nimb que em nada se parecia com o gnomo que eu tinha deixado para trás, algumas horas antes.
- O Sr. Nimb, está com voz de mulher, insistindo em ir atrás de você e não fala coisa com coisa, parece fala de sábio de torre ou de igreja... Quer examinar de novo para ver se tem verme novo nessa cabeça confusa? Eu posso levar a elfa sua amiga no lago e lavar ela se você quiser, tenho força para fazer isso com conforto para ela, mas só se você quiser, pois dormir sujo, não descansa muito bem...
Aquela situação era algo novo, até mesmo para os padrões caóticos do Sr. Nimb. Ao que tudo indicava, falávamos com uma persona diferente, ainda que presa ao corpo do pequeno patrulheiro.
— Ok, você venceu, mas precisamos entender o seu trauma. É muito interessante. Bárbaros normalmente não possuem laços fortes.
(...)
— Olá Nadien! Me desculpe pela atitude de Garona. Ela está preocupada, mas não entende o intricado e complexo vórtice em que acabou caindo involuntariamente. Não lhe dê ouvidos. Eu estou muito bem. Na verdade, já fazia algum tempo em que não me sentia tão bem. Dito isto, agradeço a oferta, mas não posso dormir. Portanto, ficarei feliz em assumir seu posto como como sentinela desta vigília. É certo que deve estar cansada de sua incursão na cidade. Portanto, descanse.
Não levanto da pedra, nem solto a espada - que estava em posição de pronto emprego, mas longe de representar uma ameaça a quem quer que fosse, naquele momento. Olho longamente para a goliath e para o gnomo das profundezas, alternando o foco para uma e outro (ou seria outra), antes de falar.
Srta. Garona, primeiramente, acredito que a Sra. Razzley não vai se incomodar em dormir agora e se banhar mais tarde. Creia-me: qualquer descanso, por mais imperfeito que seja, vai serví-la muito bem depois de tudo o que passou naquela cidade amaldiçoada... Por ora, vamos deixá-la como está, por favor.
Volto minha atenção ao Sr. Nimb, embora o olhar ainda passeasse de um companheiro para o outro.
Não sei se ainda posso chamá-lo de Sr. Nimb. Percebo que há mais de uma persona dentro deste corpo pequeno, e pela voz e trejeitos, acredito que seja uma gnomida a assumir as rédeas, neste momento...
Suspiro. O estado no qual encontrei a Sra. Razzley certamente ainda me causaria desconforto e pesadelos por muito tempo... Tento afastar essa sombra dos pensamentos antes de continuar.
Dito isto... Bem, dito isto, quero deixar claro que você não precisa temer e que está entre amigos. Como devo chamá-la, senhorita?
Mantenho a atenção completamente focada em Nimb/quem quer que esteja no comando no momento.
Em meus estudos na Ordem de Tyr, antes de ser ordenada paladina, aprendi que o distúrbio dissociativo de personalidade por vezes admitia que as personalidades soubessem da existência uma das outras, o que por vezes acontecia com apenas algumas personas, e não com outras. Era um quadro verdadeiramente complexo e sempre singular.
Embora o Sr. Nimb nunca tenha verbalizado sobre a existência de outras personalidades, abertamente, era bastante claro, quase palpável, que quem quer que estivesse no comando, no momento, parecia entender a condição mental do patrulheiro. Por isso mesmo, evito rodeios, indo diretamente ao ponto.
Por fim, desvio o olhar, me perdendo nas dançantes chamas da fogueira.
Eu não me incomodaria em dividir o primeiro turno de vigília, se assim a senhorita preferir. Não me leve a mal, por favor. Eu não conseguiria dormir depois de tudo o que vi em Hillsfar...
Preciso meditar e orar para que Tyr acalme meu espírito antes que possa, verdadeiramente, descansar.
Continuo encarando as chamas, como se buscasse a solução para as dores do mundo no meio do crepitar da fogueira, enquanto aguardo pelas reações da Srta. Garona e do Sr. Nimb.
- Dycleal
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- Mensagem nº125
Re: A Viagem até a Cripta
- GM
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- Mensagem nº126
Re: A Viagem até a Cripta
O amanhecer sobre o lago de Hillsfar parecia ser desenhado por um pintor enamorado pela melancolia. As águas espelhavam as cores do céu em tons pastéis, mas, ao mesmo tempo, o silêncio da manhã carregava um presságio palpável. A névoa, espectral e lívida, beijava as margens e enroscava-se suavemente ao redor das tendas e dos pinheiros, como se estivesse a sussurrar segredos antigos.
Dentro das tendas, cada personagem estava imerso no mesmo enigma onírico. A mulher no centro do sonho, uma necromante de beleza sobrenatural, possuía uma pele de porcelana contrastando com seus cabelos cor de ébano. Seus olhos eram profundos, quase abissais, mas havia uma tristeza nela, um desejo não realizado. Cercando-a, estavam as abominações da morte: esqueletos dançando em um macabro balé, ghouls sussurrando segredos e zumbis servindo como servos silenciosos.
Para Garona: No sonho, a necromante a fitava diretamente, seus lábios movendo-se silenciosamente, formando palavras que Garona podia sentir, mas não ouvir. Uma lágrima solitária deslizava pela face da feiticeira, caindo em um cálice de prata que Garona segurava.
Para Nadien: Ela via-se caminhando em direção à necromante, atraído por uma força inexplicável. Os ossos sob seus pés soavam como uma melodia triste. Ao chegar perto dela, ela entregava-lhe uma chave antiga e corroída, mas antes que pudesse perguntar o seu propósito, ela acordava.
Para Nam: Em seu sonho, a necromante cantava uma canção etérea e melancólica, cada nota tocando a alma de Nam. Ghouls e zumbis se aproximavam dele, entregando-lhe pergaminhos com escritas arcanas que ele compreendia instintivamente.
Para Nimb: Ele se via dançando com a necromante, seus corpos movendo-se em uma harmonia perfeita. Enquanto dançavam, os ossos e esqueletos ao redor formavam um círculo protetor, e ela sussurrava palavras de poder em seu ouvido, cada uma delas pulsando em seu ser.
Razz, não teve sonhos. Apenas, alguns flashes do sonho podem ser lembrados como imagens arquetípicas marcadas com ferro em brasa na psique... Veja-os.
- >>> Imagens sequenciais arquetípicas <<<:
Quando a manhã os despertou, cada um carregava consigo a ressonância desse sonho. Eles se reuniram ao redor de uma fogueira moribunda, para o desjejum, percebendo as semelhanças e as peculiaridades de cada sonho, cada um em solitário devaneio. A certeza era clara: a mulher, a necromante, era uma chave para o destino que os aguardava na Cripta do Eterno Silêncio. Eles se sentiam conectados por este sonho, uma trama tecida pelo próprio destino. E embora a beleza e o poder da necromante fossem inegáveis, a sensação de perigo e mistério era igualmente palpável.
- Lucas Corey
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- Mensagem nº127
Re: A Viagem até a Cripta
- NIMB!
Foi o que ele gritou ao ficar sentado, numa fração de segundo… Olhou em volta, viu que estavam conversando, e sentiu-se envergonhado. Ao notar Razzley ali deitada, aproveitou para desviar a atenção para ela, falando baixo:
- Ah, vejo que você conseguiu, Nadien. Parabéns! Eu tinha me preparado para partir rápido, mas vejo que está tudo calmo, e a pobrezinha vai precisar de uma longa noite de sono. Então, vou armar minha tenda… E colocar uns feitiços de proteção bem poderosos lá dentro. Nunca se sabe, né…?
Ao terminar, ele disse:
- Se quiserem que eu fique de vigia parte do tempo, é só me chamarem. Boa noite a todos!
Ele voltou a se ajeitar para dormir, mas, desta vez, demorou mais a pegar no sono. Foi uma noite tranquila até a hora mais escura, que antecede o alvorecer, quando sonhos perturbadores vieram. Ao abrir os olhos, viu que o frasco de água benta estava bem do lado da sua mão, mas ele não se lembrava de tê-lo guardado ali, nem havia motivo para ter feito isso…
Ele saiu da tenda e foi até o lago banhar-se, antes dos outros se levantarem. Pensou, até para distrair-se da água gelada: "Nem precisa ser adivinho para perceber que esse sonho foi premonitório. Mas o que significa? Uma necromante ou talvez vampira, cercada de legiões de mortos-vivos, irá me dar acesso a conhecimentos arcanos? Ou o conhecimento que ela oferece é o necessário para decifrar os mistérios da Cripta? Mas então ela é uma aliada? Precisa de nossa ajuda, e por isso a canção triste? Essas ideias parecem ser perigosas"…
Depois de voltar para a tenda e se vestir, sentou-se ao lado da fogueira que se ia apagando. Estava curioso para conhecer a história da elfa resgatada e também ansioso para discutir os próximos passos. "Será que os outros sonharam o mesmo que eu"?
- Rolagens de Premonição:
- Lucas Corey escreveu:Teste de Prodígio
Lucas Corey efetuou 2 lançamento(s) de dados (d20.) :- 11 , 16
- Ignis Angelus
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- Mensagem nº128
Re: A Viagem até a Cripta
- Trilha Sonora:
- IZAN
Nisso ela olhou ao seu redor não estava mais na cidade e sim em um acampamento, deitada ao seu lado estava Nadien,
ela observou o manto que estava usando e o que Nadien usava, fora ela que a salvara, sim Nadien lembrava muito Izan,
nisso ela se recordou o que aconteceu na cidade, e depois disso um sinistro pesadelo do qual ela só recordava alguns flashes...
Se focando em observar melhor o lugar, tinha algumas tendas e um fogueira já exaurida no centro, tinha uma mulher enorme
abraçada com um gnomo, e uma tenda vazia, ao que tudo indicava a pessoa que ali dormira tinha acordado antes dos demais,
o lugar era calmo e pacifico, por um momento respirar aquele ar puro e fresco, e aquela paisagem a fez recordar dos seus tempos
de criança em Encontro Eterno, onde brincava nas matas próximas ao Lago dos Sonhos, onde ficava o Palácio de Verão da familia real...
Ao se levantar o manto que a cobria caiu no chão, expondo a sua nudez, nesse momento percebera que não tinha nenhum
machucado, será que isso também fora obra de Nadien? Bom isso seria para um outro momento depois que ela acordasse,
ela estava dormindo de um modo tão meigo, que te fez agachar para fazer um carinho em seu rosto e afagar seus cabelos,
se tivesse tido uma menina, será que ela teria sido como Nadien, por um momento você sorrira, fazia tanto tempo que você
não tinha motivos para sorrir, agora devia deixá-la dormir, afinal só os deuses saberiam dizer quando ela adormeceu, ao fazer
o carinho nela uma flor caíra dentre seus cabelos, e decidira colocar nos cabelos dela... Do lado do saco onde você estava
dormindo tinha uma muda de roupa, mas antes de se trocar você tinha que se lavar, você se sentia imunda de diversas
maneiras, pegou a veste e seguiu descendo até o lago, colocou a roupa em cima de uma pedra próxima a margem e entrou
mergulhou naquelas aguas, estavam frias, mas mesmo assim a sensação foi libertadora, ao subir novamente a superfície jogara
o cabelo para trás, nisso começara a pegar um pouco de agua com as mãos e começou a se lavar, primeiro o rosto e seus braços,
logo em seguida seus seios descendo até seu ventre e por fim sua região mais intima, nesse momento você se recordara do que
aquele maldito servo de Eldo Elias fizera, seu corpo estremecera, mas não era de frio e sim de fúria.
Você precisava se manter calma e focada, afinal o que aconteceu não seria mais desfeito, nisso enquanto se banhava decidiu
cantar uma velha cantiga élfica que sua mãe cantava, teria que pensar no que fazer agora, e no que estava ao seu alcance,
e nesse momento ao tocar em seus cabelos você percebeu o quanto eles estavam emaranhados, e que a parte mais complicada
do banho não seria se lavar e sim desemaranhar seus cabelos, provavelmente aquilo levaria um bom tempo sozinha, mas não
queria cortá-los, até que:
_RAZZLEY !!! - nesse momento você se virara, e próxima a margem tinha uma Nadien ofegante
e toda suada, e com uma expressão de assustada com sua espada em punho.
_Calma - disse em um tom gentil quase maternal tentando acalma-la -
Me desculpe, você estava dormindo de um modo tão gostoso que decidi não te acorda
- finalizando com um sorriso no rosto.
Nisso Nadien guardou Juramento do Céu e levou a mão até o rosto em um sinal de alivio, ela respirou fundo,
e depois de expirar profundamente, retribuiu o sorriso de Razzley... _Bom já que você está aqui, se não for
pedir demais - mantendo o sorriso no rosto e o mesmo tom de voz - Podia entrar aqui e me
ajudar com meu cabelo, ele esta horrível e sozinha vai levar uma eternidade até terminar de arrumá-lo, e enquanto isso você
pode me contar mais sobre seus novos amigos, e o que faz aqui próxima a Hillsfar...
Nesse momento seria bom entreter Nadien com alguma coisa, pois no fundo você não queria que ela cavalgasse até Hillsfar,
e o que tinha acontecido com você se repetisse com ela, seria bom deixar essa conversa para uma outra hora sobre o que você
tinha descoberto a respeito do pai e da mãe dela...
- Mandhros
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- Mensagem nº129
Re: A Viagem até a Cripta
@DariusDarkLord, eu gostaria de pedir uma gentileza sua, daqui em diante, para facilitar a fluidez das ações. Por favor, evite descrever as ações das outras personagens como você fez com a Nadien, nesta última postagem. Eu tinha outra ideia de abordagem para o despertar... Vou precisar me desdobrar um pouco para incluir a parte final do seu post na minha própria ação. Por favor, não quero que você se ofenda, de maneira nenhuma. Suas postagens são muito plásticas e a Razzley se mostra mais interessante a cada linha. É só para dar maior liberdade de manobra a todos, ok?
Para tentar amarrar tudo, vou levar em conta que a Nadien conseguiu convencer Nimb/Cortana e Garona a dormirem e que, como ninguém a sucedeu na vigília, acabou pegando no sono (como meio-elfa, acredito que isso seria possível, ao invés do transe dos elfos). Isso vai dar um pequeno retcon no post do @DariusDarkLord, mas vai incorporar bem com todo o resto, penso. Por favor, sintam-se livres para fazer quaisquer considerações, aqui ou no chat, que adequo o que for necessário.
On:
Após a tempestade, bonança.
O fedor de Hillsfar tinha ficado para trás e, com ele, uma maldade quase palpável. Meu coração exigia que eu retornasse à cidade e trouxesse Justiça, mas minha mente ponderava as atrocidades da cidade dos homens e o risco para toda Fâerun que emanava da Cripta. Era uma escolha difícil, mas lógica. Hillsfar precisava esperar um pouco mais.
Enquanto isso, tendas simples armadas ao redor de uma fogueira quente era o mais próximo de conforto com o qual podíamos contar. Dispostos no alcance do calor das chamas, havia um adormecido Sr. Nam, uma exausta e também desacordada Sra. Razzley e uma Srta. Garona que brigava para manter um pequeno gnomo (ou gnomida) no interior de seu abraço pétreo.
As coisas estavam mais calmas, felizmente.
Depois de um pouco de conversa - e muita medição de força - finalmente a Srta. Garona começou a bocejar e ceder ao cansaço. No dia que findava, ela já tinha se banhado em sangue de monstros e exibido a famosa fúria dos bárbaros. Por mais que fosse um ser de incrível força e resistência, até mesmo a poderosa goliath precisava descansar seu corpanzil de vez em quando. E o sono do fim da noite era, sempre, implacável.
O Sr. Nimb também tinha combatido bravamente e nos acompanhado, escondido, por boa parte da jornada até aquele acampamento. O cansaço que se apoderava dele, por outro lado, provavelmente advinha mais de sua condição mental do que da jornada propriamente dita. O desmaio que tivera no lago e o aflorar de uma personalidade feminina eram prova disso. Ele(a) não se desvencilharia fácil do abraço da Srta. Garona - o que, de certa forma, era bom, já que poderia se manter aquecido pelo corpo da meio-gigante contra o frio da noite.
Pouco antes do sono devorar a consciência de todo o grupo, o Sr. Nam acordara, brevemente, chamando pelo Sr. Nimb - era mais um grito advindo de um pesadelo que um vocativo real, o que era bastante claro. Suas bochechas, já coradas pelo calor do fogo, enrubesceram um pouco mais, mas acho que só eu notei isso.
Assenti com um breve meneio de cabeça, mas não disse nada. Também estava muito cansada mas, assim como o Sr. Nimb, minha condição mental estava muito mais exaurida que a física.
- Ah, vejo que você conseguiu, Nadien. Parabéns! Eu tinha me preparado para partir rápido, mas vejo que está tudo calmo, e a pobrezinha vai precisar de uma longa noite de sono. Então, vou armar minha tenda… E colocar uns feitiços de proteção bem poderosos lá dentro. Nunca se sabe, né…?
Vi o Sr. Nam usar seus talentos arcanos para proteger sua própria tenda contra ataques e, então, retornar, dizendo:
Uma vez mais, recebeu de mim uma confirmação gestual. As palavras pareciam presas demais na minha garganta para cortarem o silêncio da noite e competirem com o crepitar da fogueira. Eu também não queria acordar a Sra. Razzley... Pobrezinha.
- Se quiserem que eu fique de vigia parte do tempo, é só me chamarem. Boa noite a todos!
E, assim, o Sr. Nam se retira em definitivo. A Srta. Garona e o(a) Sr.(a) Nimb acabam afundando em outra tenda - ainda que as canelas da goliath e seus pés não coubessem perfeitamente dentro de um equipamento de tamanho padrão.
Embora os elfos não dormissem de verdade, a Sra. Razzley apresentava, naquele momento, um padrão de descanso que poderia ser descrito como algo próximo de um sono humano, obra de tudo o que vivenciara.
Eu, continuei acordada, sentada em uma pedra, abraçada a Juramento do Céu. Meus olhos continuavam fixos na fogueira, enquanto eu revia, mentalmente, cada uma das cenas que presenciei em Hillsfar... Quando entrei na cidade... Quando encontrei Razzley... Quando deixei o local... Eu lembro da face da elfa, desfigurada pelo sofrimento que lhe havia sido imposto, e das feridas em seu corpo. Lembro do toque frio de suas mãos...
Por um momento, questiono minha própria fé: como poderia Tyr permitir que aquilio acontecesse, daquela forma?
Então, a imagem das crianças, na saída da cidade, toma minha mente. Vingança sem medida não é Justiça, Nadien.
Censuro a mim mesma por duvidar da sabedoria e santidade de Tyr. Se sua benção e sua luz ainda não tinham alcançado os portões de Hillsfar, em breve isso aconteceria. Seus arautos, os Paladinos da Ordem, certamente atenderiam ao meu chamado para levar Verdade e Justiça àquela cidade.
E, perdida nestes e em outros devaneios, lentamente minha própria mente vai se desligando. O cansaço, finalmente, vinha me sobrepujando de forma definitiva.
Escorrego pela pedra, sentando no chão e mantendo minhas costas contra a rocha e o fogo à frente. Juramento do Céu ainda estava entre meus braços, mas meus olhos, pesados, finalmente se fecham, e a cabeça pende para frente.
Havia uma mulher. Sua pele, branca como gelo, contrastava com os cabelos e as vestes negras. Havia maldade nela. Ossos sob seus pés e morte ao seu redor não deixavam qualquer sombra de dúvidas quanto a isso. Emanava dela uma presença sobrenatural e potente. Essa mulher... Ela não era comum.
O amanhecer sobre o lago de Hillsfar parecia ser desenhado por um pintor enamorado pela melancolia. As águas espelhavam as cores do céu em tons pastéis, mas, ao mesmo tempo, o silêncio da manhã carregava um presságio palpável. A névoa, espectral e lívida, beijava as margens e enroscava-se suavemente ao redor das tendas e dos pinheiros, como se estivesse a sussurrar segredos antigos.
Dentro das tendas, cada personagem estava imerso no mesmo enigma onírico. A mulher no centro do sonho, uma necromante de beleza sobrenatural, possuía uma pele de porcelana contrastando com seus cabelos cor de ébano. Seus olhos eram profundos, quase abissais, mas havia uma tristeza nela, um desejo não realizado. Cercando-a, estavam as abominações da morte: esqueletos dançando em um macabro balé, ghouls sussurrando segredos e zumbis servindo como servos silenciosos.
(...)
Para Nadien: Ela via-se caminhando em direção à necromante, atraído por uma força inexplicável. Os ossos sob seus pés soavam como uma melodia triste. Ao chegar perto dela, ela entregava-lhe uma chave antiga e corroída, mas antes que pudesse perguntar o seu propósito, ela acordava.
Mas não havia só maldade ali. Havia tristeza. Um coração partido por um desejo não realizado, por um sonho frustrado. Um sentimento que era quase tangível, como se eu pudesse esticar a mão e tocá-lo. Essa tristeza animava os ossos e os fazia verter uma música suave e triste. Era como a trilha sonora de um velório.
Eu não queria, mas era impelida a caminhar até ela. Passo após passo, o som de costelas e falanges se partindo sob meus próprios pés denunciava que eu trilhava uma estrada pavimentada com ossos. Ainda assim, eu não conseguia parar. Não conseguia me virar e ignorar aquela figura.
Em algum momento, chego diante dela. Era magnífica, esplendorosa à sua própria maneira.
Impassível, ela me entrega uma chave. Um artefato de metal enferrujado e corroído. Não consigo fazer nada senão estender as mãos e recebê-lo. Quando ameaço formar qualquer pergunta, antes que qualquer som pudesse escapar da minha garganta...
- IZAN!
Acordo. Meu coração palpita. Ainda sentada, onde tinha adormecido, olho freneticamente ao redor.
Os pés e canelas da Srta. Garona ainda estavam para fora da tenda, estendidos em direção ao fogo moribundo. Não vejo o Sr. Nimb.
Colocando-me de pé em um salto, continuo a varrer o acampamento com o olhar. A Sra. Razzley não estava lá. A tenda do Sr. Nam também estava aberta e vazia.
Eu nem noto a flor que caía dos meus cabelos contra a grama fofa quando, empunhando Juramento do Céu, começo a correr em direção ao lago.
Quando vejo a cabeça da elfa emergindo sobre o espelho d'água, não consigo conter o grito:
Sra. RAZZLEY!!
E ela me responde:
Diante daquela cena, Juramento do Céu estremece em minhas mãos. Eu nunca havia notado como, às vezes, aquela espada parecia pesada.
Me desculpe, você estava dormindo de um modo tão gostoso que decidi não te acordar - finalizando com um sorriso no rosto.
(...)
Bom já que você está aqui, se não for pedir demais - mantendo o sorriso no rosto e o mesmo tom de voz - Podia entrar aqui e me ajudar com meu cabelo, ele esta horrível e sozinha vai levar uma eternidade até terminar de arrumá-lo, e enquanto isso você pode me contar mais sobre seus novos amigos, e o que faz aqui próxima a Hillsfar...
Olho ao redor e não vejo o Sr. Nam, ou o Sr. Nimb.
Desculpe-me você, Sra. Razzley, mas neste momento preciso ter certeza de que todos estão bem.
Com isso, deixo a elfa no lago, terminando seu banho, e volto ao acampamento, onde um Sr. Nam, muito limpo e perfumado, estava sentado diante da fogueira que ia se apagando.
Olho, então, dentro da tenda onde estavam a goliath e o gnomo das profundezas. É verdade. Eles estavam lá, e ainda dormiam.
Como você é tola, Nadien! Tudo não passou de um pesadelo!
Embainho Juramento do Céu e, desconcertada, procuro um lugar para sentar, perto do fogo e ao lado do Sr. Nam.
Perdoe por isso... Acordei sobressaltada... Tive um sonho estranho... Uma espécie de pesadelo.
E, assim, aguardo as considerações do gnomo.
- Ignis Angelus
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- Mensagem nº130
Re: A Viagem até a Cripta
Como retribuição sinta-se livre para usar a Razzley em uma das suas cenas...
Eu levei em consideração a cena de @Lucas Corey como base para criar minha cena, por isso...
Mais uma vez perdão --,
PS: Mesmo amarrando as pontas ficou muito bem feita sua cena e narrativa ^^
- Lucas Corey
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- Mensagem nº131
Re: A Viagem até a Cripta
Ele voltou a sentar-se porque viu que Nadien estava cuidando de tudo. Bastou um segundo para que se distraísse do mundo ao redor, absorto pela lembrança do sonho. Daí não ter percebido quando Nadien se sentou ao lado. Respondeu aos comentários dela com as sobrancelhas arqueadas pela surpresa.
- Ah, sim… não, está tudo bem…
Em seguida, ele suspirou e disse:
- Sobre o seu pesadelo, bem, se ele tiver sido semelhante ao que eu tive, então é mais do que pesadelo. Eu sonhei com uma mulher humana de pele clara como a neve e cabelo preto como noite sem lua e sem estrelas. Ela se vestia como uma necromante e estava cercada de mortos-vivos. Cantava uma canção melancólica, que me comoveu de verdade. Fui cercado por ghouls e zumbis, mas não tive medo. As criaturas me ofereciam pergaminhos com símbolos arcanos e textos escritos numa língua estranha que eu era capaz de entender como que por instinto. Seu sonho teve algo a ver com isso tudo?
Nam fez a pergunta olhando para Nadien e sem ser capaz de decidir se devia torcer por uma resposta positiva ou negativa…
- Prodígio:
- Premonições
11 e 16
OFF: Postei antes dos outros porque essa conversa não vai afetar nada do que os demais PJ fizerem antes de se juntarem a Nadien e Nam. Espero que não tenha problema.
- Mandhros
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- Mensagem nº132
Re: A Viagem até a Cripta
Arregalo os olhos para o Sr. Nam. Aquilo era realmente assustador!
- Ah, sim… não, está tudo bem…
Em seguida, ele suspirou e disse:
- Sobre o seu pesadelo, bem, se ele tiver sido semelhante ao que eu tive, então é mais do que pesadelo. Eu sonhei com uma mulher humana de pele clara como a neve e cabelo preto como noite sem lua e sem estrelas. Ela se vestia como uma necromante e estava cercada de mortos-vivos. Cantava uma canção melancólica, que me comoveu de verdade. Fui cercado por ghouls e zumbis, mas não tive medo. As criaturas me ofereciam pergaminhos com símbolos arcanos e textos escritos numa língua estranha que eu era capaz de entender como que por instinto. Seu sonho teve algo a ver com isso tudo?
Eu tinha comentado, de forma casual, que tivera um pesadelo. E o mago compartilhou comigo detalhes da um sonho muito semelhante ao meu. Uma incursão onírica até a mesma figura... Uma necromante pálida, vestida e cercada de morte. Aquilo não era algo usual.
Eu também sonhei com essa mulher!
Faço uma pausa, para tomar fôlego, antes de continuar.
No meu sonho, eu caminhava até ela por uma estrada pavimentada por ossos, e cercada por mortos-vivos. Quando me aproximei... Quando me aproximei, ela me entregou uma chave velha e enferrujada.
Fecho os olhos, como se buscasse as imagens daquele sonho.
Eu não queria caminhar até ela, mas não podia evitar, e também havia uma música triste... Eu senti maldade e tristeza na mulher. Não consegui perguntar nada sobre a chave...
Abro os olhos, encarando o mago de forma inquisitiva.
Isso não é algo normal... O que poderia significar? Teria alguma relação com a Cripta? Com Hillsfar?
- Lucas Corey
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- Mensagem nº133
Re: A Viagem até a Cripta
- É sabido que certas criaturas com paixões e força de vontade muito além do ordinário são capazes de transcender o tempo e a morte. É a fome de riqueza e poder que impede a carne putrefata do Lich de virar pó. É o desejo de vingança que leva um espírito a amaldiçoar toda a linhagem daqueles que o feriram, causando tormento e morte a gerações de indivíduos que não têm culpa pelo que seus ancestrais fizeram. Segundo alguns sábios, as emoções dessas criaturas são tão intensas e duradouras que fazem vibrar os fios do destino, e a tal ponto que aqueles ligados a tais criaturas por uma cadeia de acontecimentos, mesmo sem serem praticantes da arte da adivinhação, podem ter premonições. É o caso aqui. Então, precisamos entender essa cadeia de acontecimentos.
Ele olha para o chão, pensativo, e cofia a barba ruiva:
- Um sábio escreveu que todo acontecimento é uma síntese de necessidade, acaso e livre arbítrio. Nosso grupo se uniu numa combinação dessas três forças, e agora seguimos juntos para a Cripta. A necessidade de aprender mais e mais me conecta à Rainha dos Mortos - vou chamá-la assim. Uma força invisível, talvez uma necessidade de justiça que você ainda não compreende, impele você até ela. Quando Garona traçou nosso curso, vendo pelos olhos da águia, descobriu que há um cemitério entre nós e a Cripta, um caminho incontornável. E do lado da Rainha? Estará conectada a nós apenas pelo fato de que o cemitério fica no caminho? Os sonhos sugerem que ela sofre e que tem conhecimento e recursos a oferecer. Mas vai exigir algo em troca ou não? Se exigir, somos capazes de conseguir o que ela deseja? E, se formos, a que preço? Hummm… temos de ter cuidado. Porque a Rainha dos Mortos é uma criatura extraordinária, com poder, vontade e paixões capazes de transcender até o tempo. Algumas paixões são perversas, como provam os Lich, mas mesmo os sentimentos nobres, se desmedidos, podem levar aqueles que são bons a praticar o mal no anseio de conseguirem o que necessitam. E, de fato, você sentiu maldade em seu sonho...
O mago olha para a superfície do lago, agora desnudo das névoas da manhã, e pensa em Jezziah, mas retoma o fio da meada.
- Creio que isso explica os sonhos, mas não vejo nenhuma ligação com Hillsfar, um lugar de passagem. A não ser que a elfa que você resgatou esteja de algum modo ligada a nós ou à Cripta. Por que você conjecturou que pode haver conexão entre essa cidade e os sonhos?
- Mandhros
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- Mensagem nº134
Re: A Viagem até a Cripta
Sustento o olhar inquisidor enquanto o Sr. Nam falava, e ouço com interesse cada palavra oriunda do mago.
O rosto do mago assumiu um ar grave enquanto ouvia a elfa azul. Depois, ponderou:
- É sabido que certas criaturas com paixões e força de vontade muito além do ordinário são capazes de transcender o tempo e a morte. É a fome de riqueza e poder que impede a carne putrefata do Lich de virar pó. É o desejo de vingança que leva um espírito a amaldiçoar toda a linhagem daqueles que o feriram, causando tormento e morte a gerações de indivíduos que não têm culpa pelo que seus ancestrais fizeram. Segundo alguns sábios, as emoções dessas criaturas são tão intensas e duradouras que fazem vibrar os fios do destino, e a tal ponto que aqueles ligados a tais criaturas por uma cadeia de acontecimentos, mesmo sem serem praticantes da arte da adivinhação, podem ter premonições. É o caso aqui. Então, precisamos entender essa cadeia de acontecimentos.
Ele olha para o chão, pensativo, e cofia a barba ruiva:
- Um sábio escreveu que todo acontecimento é uma síntese de necessidade, acaso e livre arbítrio. Nosso grupo se uniu numa combinação dessas três forças, e agora seguimos juntos para a Cripta. A necessidade de aprender mais e mais me conecta à Rainha dos Mortos - vou chamá-la assim. Uma força invisível, talvez uma necessidade de justiça que você ainda não compreende, impele você até ela. Quando Garona traçou nosso curso, vendo pelos olhos da águia, descobriu que há um cemitério entre nós e a Cripta, um caminho incontornável. E do lado da Rainha? Estará conectada a nós apenas pelo fato de que o cemitério fica no caminho? Os sonhos sugerem que ela sofre e que tem conhecimento e recursos a oferecer. Mas vai exigir algo em troca ou não? Se exigir, somos capazes de conseguir o que ela deseja? E, se formos, a que preço? Hummm… temos de ter cuidado. Porque a Rainha dos Mortos é uma criatura extraordinária, com poder, vontade e paixões capazes de transcender até o tempo. Algumas paixões são perversas, como provam os Lich, mas mesmo os sentimentos nobres, se desmedidos, podem levar aqueles que são bons a praticar o mal no anseio de conseguirem o que necessitam. E, de fato, você sentiu maldade em seu sonho...
O mago olha para a superfície do lago, agora desnudo das névoas da manhã, e pensa em Jezziah, mas retoma o fio da meada.
- Creio que isso explica os sonhos, mas não vejo nenhuma ligação com Hillsfar, um lugar de passagem. A não ser que a elfa que você resgatou esteja de algum modo ligada a nós ou à Cripta. Por que você conjecturou que pode haver conexão entre essa cidade e os sonhos?
Quando ele, finalmente, silencia, permaneço também em silêncio, durante alguns momentos. Será possível que existiria uma entidade capaz de macular os sonhos de outras pessoas a uma distância tão grande? Ou não tão grande?...
A menção do mago ao cemitério que deveríamos atravessar, à frente, também sugeria que aquela entidade de morte poderia estar adiante. Será que o que eu tinha presenciado em Hillsfar poderia ser obra dessa Rainha dos Mortos? Milhões de possibilidade passam como um vento forte pela minha mente, mas não criam raízes, se dissipam. Apenas a imagem da mulher, e da chave enferrujada, pareciam bem gravadas.
Sr. Nam... Eu não sei...
Eu posso dizer que havia muita gente ruim em Hillsfar e, se há uma entidade forte o suficiente para plantar sugestões, visões e imagens nas mentes de pessoas adormecidas, não me adimiro em pensar que, talvez, toda a cidade possa estar sob uma influência maléfica.
Não seriam só homens vivendo o pior da humanidade... Poderia haver uma causa externa... Uma justificativa para as atrocidades que vi além daqueles muros...
Encolho os ombros, por um momento. Ali, no diálogo com o arcanista, eu tinha me perdido em conjecturas, e estava falando mais para mim mesma do que para ele. Eu precisava racionalizar. A Cripta ainda estava adiante e essa parada nas imediações de Hillsfar, embora tivesse permitido o resgate da Sra. Razzley, tinha tomado tempo.
Sr. Nam, acho que nos demoramos demais aqui. Precisamos seguir em frente. Hillsfar certamente será minha parada depois que vencermos os desafios da Cripta... Talvez, no caminho adiante, tenhamos algum esclarecimento sobre esse sonho... Quem sabe?
E, com isso, lanço um aceno ao gnomo, e começo, lentamente, a recolher minhas próprias coisas, preparando para levantar acampamento e seguir adiante.
- GM
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- Mensagem nº135
Re: A Viagem até a Cripta
- Dycleal
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- Mensagem nº136
Re: A Viagem até a Cripta
- GM
Mutante - Mensagens : 703
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- Mensagem nº137
Re: A Viagem até a Cripta
Dycleal escreveu:OFF: Mestre, como foi o despertar de Garona e o pequeno que ela agarrou, o Sr. Nimb. Dormiu agarrado, ela soltou, ou dormiram em barracas diferentes? Ainda não sei esse detalhe e ainda não postei, devido a isso. Ele ainda está com voz de mulher?
- Dycleal
Mefistófeles, Lorde do Oitavo - Mensagens : 10510
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- Mensagem nº138
Re: A Viagem até a Cripta
- Ignis Angelus
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- Mensagem nº139
Re: A Viagem até a Cripta
- Trilha Sonora:
Realmente era uma criança agitada, não uma jovem, seria errado chama-la de criança depois de tudo que ela tinha feito
por você, após isso mergulhou novamente mas dessa vez foi em direção a uma das margens do lago, sentando proximo ao seu
leito, e com metade do corpo na agua continuou a desemaranhar o cabelo, em sua mente levaria uma eternidade, mas foi mais
rapido do que imaginava, ao termina saiu do lago e espreguiçou-se preguiçosamente, aproveitando o calor do sol deitou-se na
grama para deixar seu corpo secar, realmente a paisagem era magnifica, mas como um lugar tão belo, podia fazer contraste
com um lugar tão hediondo como Hillsfar que ficava proximo dali.
Com o corpo seco, pegou e vestiu as roupas deixadas por Nadien, e arrumou a capa por cima, as roupas eram um pouco largas,
mas lembrava que eram de Nadien, que era de certa forma uma guerreira, e tinha um corpo muito mais forte e robusto que o seu,
após se ajeitar, subiu de volta ao acampamento furtivamente, e escutou a voz de uma pessoa conversando com Nadien, e optou
por continuar a escutar a conversa sem que ninguem a visse:
Furtividade
Ignis Angelus efetuou 1 lançamento(s) de dados (d20.) :
- 9
Percepção
Ignis Angelus efetuou 1 lançamento(s) de dados (d20.) :
- 18
_É o desejo de vingança que leva um espírito a amaldiçoar toda a linhagem daqueles que o feriram, causando tormento
e morte a gerações de indivíduos que não têm culpa pelo que seus ancestrais fizeram. Segundo alguns sábios, as emoções
dessas criaturas são tão intensas e duradouras que fazem vibrar os fios do destino, e a tal ponto que aqueles ligados a tais
criaturas por uma cadeia de acontecimentos, mesmo sem serem praticantes da arte da adivinhação, podem ter premonições.
É o caso aqui. Então, precisamos entender essa cadeia de acontecimentos.
Ele olhava para o chão, pensativo, e cofia a barba ruiva:
_Um sábio escreveu que todo acontecimento é uma síntese de necessidade, acaso e livre arbítrio. Nosso grupo se uniu
numa combinação dessas três forças, e agora seguimos juntos para a Cripta. A necessidade de aprender mais e mais me
conecta à Rainha dos Mortos, vou chamá-la assim. Uma força invisível, talvez uma necessidade de justiça que você ainda
não compreende, impele você até ela...
Ao ouvir aquelas palavras um sentimento de desesperou tomou conta do seu amago, não tendo mais cuidado com sutilezas, você
correu o maximo que podia e que suas pernas aguentavam, entre a mata e as arvores, não se preocupando muito com o que estava
em sua frente, então era isso, seu resgate e tudo o que aconteceu não passou de um engodo, uma farsa, Rainha dos Mortos que belo
titulo você tinha recebido por conta dos seus dons, e como eles sabiam dos seus amigos e das informações que eles te passavam do
outro mundo, mas então Nadien não, não tinha como, ela era uma criança bondosa e gentil, sera que aquele gnomo que conversava
com ela e aquela mulher goliath a estavam forçando a isso, sera que a estavam chantageando de alguma forma, sera que eles
estavam envolvidos com o abade e a Mão Negra...
Calma Razzley respira fundo, parando abruptamente devido ao esforço feito para correr, seus pulmões queimavam de dor pelo
esforço,seja como for você precisava se manter calma, se recomponha, não precisa transparecer nada, procure se manter serena
como se nada tivesse acontecido, Nadien precisa de você, e se aqueles individuos pretendem usar você, que assim seja, mas
apenas até o tempo de entender o que eles tem em relação a Nadien e poder salva-la, após isso, bom não seriam os primeiros que
você mataria na calada da noite...
- Mandhros
Mutante - Mensagens : 502
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- Mensagem nº140
Re: A Viagem até a Cripta
Acho que a Garona pode nos guiar adiante. Ela é a mais apta a traçar o caminho até a Cripta.
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