Irina Cursedsong |
A Barda para de frente à parede de árvores que forma aquela mata que parecia ser o local ideal para convocar as Brumas. Floresta do Dente Afiado, aquele nome soava engracado para a Vistani. Floresta com dentes! De onde esses Ocidentais tiravam esses nomes? Ela pensava no estranho maneirismo do povo da Costa de Espada.
Foi quando ouviu o cantarolar de Hawk indicando a presença de Lobisomens. - Floresta do Dente Afiado! Esse nome me pareceu mais plausível agora. - Irina ri daquilo.
Ela ajeita seu cinto e decidida, entra na floresta chamando seus colegas para à acompanharem: - Vamos rasts*, Barovia não está longe!
Ela caminha por meia hora para dentro da floresta e quando acha que já era o suficiente, avisa seus colegas - Chegamos! Aqui já será possível abrir o véu entre os dois mundos.
Ela então retira seu violino e começa a tocar uma melodia lenta e melódica, mas sua velocidade vai aumentando com o passar das notas. Ela dança enquanto tocava aquela melodia, como se estivesse em um transe, rodopiando, indo e voltando, passo a passo, tentando se conectar com o outro mundo.
Irina começa a recitar um cantigo Vistani em harmonia com a canção:
"Nas Brumas dançam sombras, ao vento vão se erguer, Segredos nascem n'água, que nunca irão morrer. Oh, névoa que nos guia, ao longe nos chamar, Abram-se as fronteiras, vamos viajar."
"Bruma antiga, venha agora, Teu véu prateado nos envolva e vá embora, Leva-nos ao vale, onde a noite é sem fim, Ao castelo da noite, onde Strahd vê enfim."
"O céu já não tem estrelas, a lua esconde a luz, Caminho entre os reinos, onde o destino conduz. Oh, vento que murmura, ouça nosso cantar, Baróvia nos chama, e nela vamos entrar."
"Bruma antiga, venha agora, Teu véu prateado nos envolva e vá embora, Leva-nos ao vale, onde a noite é sem fim, Ao castelo da noite, onde Strahd vê enfim."
"Nas sombras está o pacto, o sangue selou a fé, Entre os vivos e os mortos, o silêncio tem poder. Oh, névoa eterna, abra-nos o portal, Entre o sonho e a morte, ao reino infernal."
"Bruma antiga, venha agora, Teu véu prateado nos envolva e vá embora, Leva-nos ao vale, onde a noite é sem fim, Ao castelo da noite, onde Strahd vê enfim. "
Com esse ritual, Irina Coursedsong invocava as brumas, única forma de passagem para o reino de Baróvia. |