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    Casos de Famíla

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    Mensagem por Claude Speedy Ter Dez 24, 2024 9:15 pm

    A noite ainda era jovem quando Marreta entrou no galpão, arrastando Nightwalker, que mal conseguia manter os olhos abertos. O som das botas de Marreta ecoava no chão de concreto, quebrando o silêncio de um espaço que, até então, era um refúgio. O galpão, amplo e cheio de sombras, estava vazio, exceto pelos altos racks de peças e componentes metálicos espalhados pelos cantos. As luzes fluorescentes piscavam esporadicamente, iluminando a vastidão do lugar de maneira fria e impessoal.

    Marreta olhou para os arredores, os olhos atentos a cada detalhe. Sabia que aquele lugar era seguro — ao menos por enquanto. Era onde Oliver costumava testar seus robôs, um refúgio onde ninguém ousava ir, por medo do que poderia sair dali. Ali, as ameaças eram calculadas, automatizadas e, mais importante, incontroláveis. Ele sabia que estava indo na direção certa, mas o peso da responsabilidade de tudo o que estava em jogo não o deixava descansar.

    Ele forçou Nightwalker a dar um passo adiante, empurrando-o para o centro do galpão. O som do metal contra o concreto era abafado pela imensidão do espaço.

    Nightwalker olhou em volta, observando as estruturas de robôs desmontados e peças espalhadas pelo chão. Seu corpo ainda estava dorido, mas a mente estava afiada, e ele sentia que aquele não era um lugar comum. Ele riu fracamente, ainda tentando manter sua postura arrogante, mas a vulnerabilidade era clara em seu olhar.

    — Lugar interessante... — disse ele, sua voz baixa e cansada. — Vai tentar me prender aqui? Usar alguma dessas... coisas contra mim?

    Marreta ignorou a provocação e se virou para um painel de controle ao lado. Ele sabia que o tempo era curto, e Oliver ainda não aparecera. O plano era simples: interrogar Nightwalker, descobrir o que ele sabia sobre Emma, Mei Ling, e, claro, a conexão com quem estava por trás da operação. Mas ele precisava de respostas rápidas, e estava disposto a usar o que fosse necessário.
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    Mensagem por Zireael Sex Dez 27, 2024 10:27 pm

    Marreta entrou no velho galpão abandonado e deu uma bela olhada por ele.

    - Sim, deveras interessante.

    Ele respondeu meio a contragosto enquanto ajudava Nightshader, ou seja lá o maldito nome daquele fdp, a sentar-se e ficar confortável. Dylan pensava que ele era mesmo um idiota: o cara tinha tentado matá-lo havia pouco tempo, junto com a bruxa maluca, agora fazia piadinhas e Dylan ainda tentava deixar as coisas menos difíceis para ele.

    - Afe....

    Ele olhou para Night-sei-lá-que e coçou a cabeça. Bufou e olhou em volta. Estar no galpão e conhecê-lo bem, mesmo sem nunca ter pisado lá, era um daqueles mistérios do universo que deixavam tudo interessante. Sua conexão com Oliver era, de fato, muito especial. Conhecia cada canto e cada ferramenta daquele lugar. E todo o seu potencial destrutivo.

    - Eu não quero te prender, espertinho. Tenho cara de que? Guarda? Juiz? Tô fora.

    Marreta andou por todo o lugar, passando por uma das criações de Oliver. Ele pousou a mão sobre o corpo metálico do robô e falou por cima de seu ombro.

    - Eu preciso de respostas, rapaz. E eu preciso agora.

    Finalmente, ele virou-se para Nightstalker e andou até ele, parando a poucos centímetros dele, olhando-o de cima. Daquela maneira, projetava certo respeito e intimidação. Com o queixo erguido, Marreta disse num sussurro quase inaudível, que teria feito Nightstalker tremer.

    - Eu quero saber tudo sobre essa Emma. Por que você estava com ela? E a máscara? Por que o balcão?

    A escuridão permitiu que Nightstalker visse os olhos de Marreta, brilhantes com uma resolução assustadora.

    - E me diga agora. Estou disposto a ser seu amigo, camarada.

    Ele depois deu um sorriso macabro.

    - Mas, por Melissa, se eu precisar....

    E Nightstalker sabia que ele faria o que fosse preciso para conseguir as respostas.

    (Amico, acho que aqui é mais um blefe. Marreta não é torturador)
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    Mensagem por Claude Speedy Sáb Jan 04, 2025 11:06 am

    Pingando sangue e com ferimentos pelo corpo, o maldito sorri e depois responde quase gargalhando percebendo o blefe do gigante gentil à sua frente

    —Por favor... Não estou em condições de dar risada. Você até pode ter fugido da polícia, mas definitivamente não é um criminoso qualquer... Provavelmente um cara que fez muita coisa errada por não ter nascido em uma família rica, mas nada que qualquer um já não tenha feito...Quantas regras existem que não acabamos violando por um bem mãaior, no...é...? Cof...cof..

    E tossindo gotas escalates se misturavam com os pedaços rasgado do uniforme que ele estava usando.

    —A Emma foi convidada depois de muito tempo pela Allyson para convidar mais garotas para o ritual da Enchantress... Simplesmente aceitou e participou, dizem que ela frequentou uma escola de magia quando criança e isso poderia ser útil... Mas não é minha culpa essa coisa era um ritual para alimentar a nossa aliada... Ela esta morta, por causa daquele anjo e do ladrão, eles se odeiam só que não concordam com garotas sendo mortas... Mas tem muito mais por trás disso... Só não me interessa saber tudo... E nem sei de que máscara você esta falando... só comento que...Nós vamos certamente morrer, agora as entidades vão ser liberadas e eu só sei... que é algo maior que eu possa entender...

    E tossia mais um pouco enquanto se reclinava desmaiando.

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    Mensagem por Zireael Sáb Jan 04, 2025 10:21 pm

    Marreta tinha um quase sorriso amarelo: tinha o maxilar trancado e os dentes a mostra, meio que sem saber qual expressão fazer diante da constatação correta de Nightstalker.

    - Ah, que se foda.

    Marreta desarmou-se e cruzou os braços, suspirando longamente em seguida ao ouvir a resposta de seu prisioneiro:

    - Bom maior? Que bem maior você fez? Só vi você quase morrer pra uma bruxa que não ligou em destruir uns prédios aí. Quem precisa de vilões, né.

    Marreta sacou de seu bolso o charuto esmagado. Ele pegou um fósforo de alguma gaveta de Oliver e o acendeu. Aquele cheiro forte do galpão o incomodava.

    - Se a sua aliada está morta, por que Emma ainda ajuda? E aliás, por que ela estava com você aqui?

    O pobre Marreta tinha um coração bom. Isso era sua força e sua fraqueza. ele pegou um pedaço de pano velho e estendeu para Nightstalker. Entregou a ele para que o bandido limpasse seu próprio sangue.

    - Entidades? Que entidades? Conta a fofoca direito.

    Marreta deu um trago em seu charuto.

    - Bem, deixa eu adivinhar. Essas entidades são antigos espíritos indígenas, ou algo assim? Me diz a sua versão.
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    Mensagem por Claude Speedy Seg Jan 13, 2025 12:12 pm

    Casos de Famíla  - Página 7 Zack-snyders-justice-league-the-flash

    Nightstalker estava encostado na parede fria do galpão, suas mãos ainda gotejavam sangue, mas sua expressão não mostrava fraqueza. Ele aceitou o pedaço de pano com um breve aceno, limpando o sangue que escorria da sobrancelha cortada por baixo da máscara.  

    — Antigos espíritos indígenas? — ele repetiu com uma risada rouca, balançando a cabeça. — Gostaria que fosse tão simples, Marreta. Isso aqui não é uma história de aula de história, parceiro. As coisas com que eu lidei... as coisas que você viu? São bem mais antigas do que qualquer coisa que nossos antepassados poderiam ter compreendido.

    Ele pausou, olhando para o charuto entre os dedos de Marreta, antes de continuar.  

    — Você perguntou sobre Emma. Sabe, ela não ajuda porque é minha amiga ou algo assim. Ela ajuda porque viu o que acontece quando essas... entidades conseguem o que querem. Eu também vi. E foi isso que me colocou no caminho dessa bruxa de quem você tá falando.  

    Nightstalker respirou fundo, sentindo o gosto metálico de sangue ainda na boca, e olhou diretamente para Marreta.  

    — A tal bruxa? Hella. Ela não destruiu aqueles prédios porque queria. Ela destruiu porque é um peão. Um peão de algo maior, algo que a controla como a gente controla marionetes. Essas entidades? Não têm rosto. Não têm forma. Só têm fome. E elas estão muito além de "bem" ou "mal".  

    Ele inclinou a cabeça, deixando escapar um sorriso cansado, como se estivesse explicando algo óbvio para uma criança teimosa.  

    — Eu não tava ali pra salvar o dia ou fazer algum "bem maior", como você diz. Eu tava lá porque alguém precisava estar. Porque, quando essas coisas passam pro nosso lado, todo mundo perde.  Hella esta ligada à algo ainda maior do que a falecida Enchantress, mas de forma muito parecida ambas estão ligadas à forças além desse plano de existência. A gente olha pra essas coisas e tenta entender. E pra tentar entender, inventa histórias. Diz que são deuses antigos, espíritos indígenas, forças do universo. Dá nome, dá personalidade. Mas isso? Isso é só a nossa tentativa patética de sobreviver à ideia de que existem coisas lá fora que não fazem o menor sentido. Coisas que só existem pra consumir, corromper e transformar tudo o que a gente conhece em algo pior.

    Nightstalker recostou-se na parede, os olhos semicerrados, como se mergulhasse em um mar de lembranças que não eram suas. Ele suspirou antes de começar, sua voz carregada de algo entre desprezo e admiração.  

    – Sabe, Marreta, a história de Hella não é apenas uma tragédia... É um reflexo do que a humanidade faz quando brinca com o que não entende. Deixe-me contar como uma jovem professora se tornou aquilo que hoje assombra os vivos e os mortos.  

    Nightstalker ajeitou o corpo e inclinou a cabeça, como quem saboreia o impacto que suas palavras podem ter.  

    – Há mais de cem anos, uma professora de história londrina viajou com os pais para uma ilha isolada no Pacífico. Você sabe como é... europeus achando que o mundo é um parque de diversões para eles explorarem. Essa ilha, em particular, tinha uma reputação, mas nada que assustasse os turistas. Chegaram lá como se fossem donos do pedaço, mas acabaram se perdendo do grupo principal. E foi aí que tudo desmoronou.  

    Nightstalker fez uma pausa, acendendo um cigarro e soltando a fumaça devagar, deixando o suspense pairar.  

    – Durante a noite, eles foram atacados por um urso. Sim, um urso, bem no meio da Polinésia? Hahah, esses ingleses estavam realmente destruindo tudo e levando animais exóticos com eles... A garota quase foi morta, mas o pai, armado, conseguiu abater a fera. Só que já era tarde. Ela morreu ali, nos braços deles. Desesperados, vagaram até encontrarem uma cabana no meio da floresta, uma construção esquisita que parecia crescer de dentro de um tronco gigante. Ervas, ossos, peles... era uma visão que teria feito qualquer pessoa sã recuar.  

    Nightstalker deu um sorriso torto enquanto observava as reações de Marreta.  
    – O tal “curandeiro” da cabana os recebeu. Um homem tribal, velho como o tempo, cheio de segredos. E ele tinha a solução para o problema deles: um ritual para trazer a filha de volta à vida. Mas, claro, isso tinha um preço. Três sacrifícios de sangue, ele disse. Dois dos pais e... a própria garota.  

    Marreta deu um passo à frente, indignado. Tentando entender se ela já tava morta, como ela seria sacrificada de novo.  

    —O ritual não era só para trazer a garota de volta. Era para torná-la um receptáculo de algo muito mais antigo. Algo que o velho queria se livrar: a maldição de Dopu, o filho de Otaia, o senhor das trevas.   Um deus antigo, uma entidade que nem mesmo os humanos conseguem imaginar direito. Forças cósmicas que existem além da nossa percepção, que só fazem sentido quando moldadas pela mente limitada de quem tenta compreendê-las. Para os povos daquela ilha, Dopu era tanto uma dádiva quanto uma desgraça. Ele concedia imortalidade e poder sobre os mortos... mas a um custo terrível.  

    Nightstalker fez uma pausa, encarando Marreta com seriedade.  

    – Ela acordou, os ferimentos curados, mas algo estava errado. Sua pele começou a envelhecer, seus olhos ardiam com algo que não era humano. E quando ela viu os corpos dos pais mortos, percebeu o que havia sido feito. O velho riu na cara dela, zombando. Ele se gabou de tê-la amaldiçoado, de ter manchado o sangue dela e de toda a sua linhagem.  

    Tentando se sentar, Nightwalker continuou.
    –A professora em ira, cravou uma estaca no coração dele. Só que era tarde demais. Com o último suspiro, ele disse: “Está feito... o terceiro sacrifício foi cumprido. A maldição está completa. Estou livre!”  

    O silêncio pairou na sala por um momento, quebrado apenas pelo som de um estalo de um articulação de Nightstalker tentando se sentar.  

    – Desde então, ela é Hella. Imortal, com controle sobre os mortos, mas sempre carregando o peso da maldição de Dopu. E como todos os deuses antigos, Dopu não se importa com quem sofre em seu nome. Mas é isso que sabemos dos registros de nossos investigadores sobre a professora, ela é uma forte herdeira.  Curioso como Ao invés de assumir o nome de Hine-nui-te-pō , "a grande mulher da noite " nas lendas Māori, que a deusa deles da noite e ela recebe os espíritos dos humanos quando eles morrem, decidiu tomar para si o nome da deusa nórdica que faz o mesmo...

    Marreta ficou em silêncio, digerindo a história e pensando se o sujeito acredita nessa história e as falas sobre divindade nórdica chegavam até Oliver de forma curiosa.  
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    Mensagem por Zireael Seg Jan 13, 2025 10:55 pm

    Marreta observava os movimentos de Nightstalker, atento. Porém, mais atento estava ainda ao que ele falava. Ele estreitou os olhos. Então... Era pior do que pensava.

    - Hm.... Algo pior...

    Marreta lembrou-se de Melissa e até mesmo de Randall e toda a dança cósmica entre o bem e o mal, o caos e a ordem que ele acabara ficando envolvido só porque queria tornar-se mais do que um cidadão que apanhava toda hora de juízes. Queria tornar-se algo maior, uma entidade! para quem sabe, trazer alguma justiça social. Uma pena perceber tarde demais que estava brincando com coisas que não entendia.

    - Acredite, amigo. Eu sei.

    Como se estivesse tão abatido e cansado quando Nightstalker, ele suspirou e deu uma tragada em seu charuto. Ofereceu um cigarro velho que tinha ao antes inimigo e o acendeu. Pensou em Melissa e agora, as informações sobre Carter chegavam até ele através de Oliver. Ele deu mais um suspiro cansado. Talvez Melissa tenha vindo de um lugar assim? Talvez ela fosse esse algo pior - ou ligado a algo pior - que Night falava?

    - Então Enchantress está morta de verdade. Achei que queriam ressuscitá-la, sei lá. E o que você fez ou viu, Night? Aliás, qual seu nome? Odeio ficar chamado os outros por nomes de heróis. Uma merda isso. Sou Dylan.

    Marreta nem era seu nome heroico, Dylan pensou. Era um apelido que seus amigos lhe deram. Mas... Enfim, acabou pegando e isso não incomodava.

    - Parece que você e Emma e um monte de gente estão presos nessa merda. E deixa eu adivinhar. Tudo culpa do Randall.

    Ainda atento à Night e seus movimentos, Marreta ouvia o que ele dizia da professora e calou-se.

    - Um urso... Puta que pariu.

    Marreta deixou Nightstalker falar enquanto fazia as conexões em sua mente. Dopu... Melissa.... Randall. A máscara que parecia ser a chave de tudo aquilo.

    - Como sabe de tudo isso, rapaz?

    Como Oliver, Marreta pensava no que Lex havia dito: Hella e a máscara. Tudo se encaixava aos poucos, apesar de haver ainda peças fora do lugar. Havia a menina planta, havia uma ruptura na realidade que trouxera Melissa e ela virou aquilo no futuro. havia um ritual para tentar reverter. Seria possível salvar seu futuro? Talvez... Bem talvez... Ele e Oliver pensavam, conectados, em como estas peças ainda eram confusas, mas talvez houvesse uma maneira de ambos conseguirem o que queria: destruir o coração estelar e Marreta conseguir alguma justiça social.

    Matutava enquanto observava Night terminar sua história.

    - Mas me diga uma coisa...

    O rapaz estava quase morto. Dylan pegou-se preocupado.

    - O que você vai fazer agora, rapaz? Está quase morto. Eu...

    Marreta andou pelo local. Oliver teria algum tipo de robô enfermeiro?

    - Temos que te ajudar e...

    Marreta parou, observando o homem:

    - Você vai voltar pros Sete? Sabe que... Nós podemos nos ajudar.

    Ele o encarou, como se quisesse dizer alguma coisa:

    - A máscara, tudo... Você sabe, não sabe? Você não precisa fazer essas coisas. Podemos dar um jeito.

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    Mensagem por Claude Speedy Hoje à(s) 2:01 pm

    Nightstalker se recostou na parede, como se estivesse no comando de uma sala de operações, observando Marreta com uma calma fria. Sua voz parecia mais calculada enquanto ele começava a desvelar camadas de um segredo que poucos conheciam.

    — Você tem ideia do alcance do poder dos Sete? — Ele sorriu, uma expressão de superioridade no rosto. — Não é só o governo, não é só a polícia... Os Sete têm o apoio de grandes corporações que monitoram tudo. E não falo só do que acontece aqui, neste universo. Estou falando do multiverso.

    Ele deu uma pausa, para garantir que Marreta estivesse absorvendo a magnitude da informação.

    — O Panteão, a principal financiadora dos Sete, não é uma organização qualquer. Eles não estão apenas fazendo negócios aqui, nesse plano. Eles controlam tudo, em diferentes dimensões, diferentes realidades. Com o apoio de gigantes corporativos, conseguem observar e interagir com os eventos que acontecem no multiverso. Essas corporações, com suas tecnologias avançadas, têm acesso a dados e informações sobre infinitas versões do mundo. Acredite, eles sabem o que está acontecendo, onde está acontecendo, e quem está fazendo o quê, independentemente da dimensão em que isso ocorra.

    Nightstalker fez uma pausa, um sorriso astuto aparecendo em seu rosto.

    — E você acha que essas corporações e o Panteão estão apenas de olho? Eles não são apenas espectadores. Eles têm uma agenda, uma direção para cada realidade que tocam. Eles financiam projetos, criam heróis, vilões, e até mesmo podem apagar uma linha do tempo inteira se precisarem. O jogo deles é mais complexo do que você imagina, Marreta. E nós, os Sete, somos apenas uma peça nesse tabuleiro cósmico.

    Ele deu uma risada baixa, quase zombando.

    — Hella, como estagiária, ainda não está completamente integrada ao esquema dos Sete. Ela ainda está sendo observada, testada, para ver onde sua lealdade vai se estabelecer. Aparentemente, o Panteão vê nela um potencial, algo que pode ser moldado, talvez até usado como um trunfo. Mas, o que poucos sabem, é que Hella tem um grande papel a desempenhar — ela é um elo entre os Sete e o Panteão, uma peça estratégica que os Sete precisam para um plano ainda mais grandioso.

    Nightstalker se afastou da parede e, agora mais sério, olhou diretamente para Marreta.

    — E não se engane, esse jogo não é apenas sobre poder físico ou controle político. O que está em jogo é muito mais do que isso. O Panteão financia esse teatro multiversal, e os Sete são apenas uma das peças que estão no palco, jogando para algo que transcende o tempo e o espaço. A questão é, Marreta... Qual é o papel que você quer desempenhar nisso tudo?
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