Arctus respirou fundo ao ouvir as palavras de Myrella, seu olhar endurecido se suavizando por um momento. A dor que carregava era visível, mas havia algo na sua postura que sugeria que ele aceitaria o conforto, mesmo sem dizer nada em voz alta. A menção de Jasmine, lutando contra sua própria mestra após a morte, parecia pesar ainda mais na atmosfera entre eles. Ambos sabiam que Jasmine passou por algo pior do que a morte nas mãos do antigo "Ferroada"... e o grupo de dispersou pouco depois daquilo.
Ele balançou a cabeça, como se estivesse tentando afastar a culpa, mas não conseguiu dizer nada. Ao lado dele, Gael permaneceu em silêncio, os olhos fixos na irmã, esperando pela decisão que inevitavelmente recairia sobre os ombros dela. Ele era ágil e determinado, mas o peso da estratégia parecia um fardo que ele preferia deixar para alguém mais experiente.
Quando Myrella sugeriu o campeonato, o semblante de Arctus mudou sutilmente. Havia algo de amargo na ideia, como se ele soubesse que era a única escolha lógica, mas ainda assim a detestasse.
— Escorpião nunca age sem um propósito — ele murmurou, a voz sombria. — Se ele está nos levando para lá, não é só porque quer fugir. Ele quer que vejamos alguma coisa... ou que caiamos em algo que ele preparou.
Gael finalmente falou, sua voz hesitante:
— Mas se não formos, perdemos a única pista concreta que temos. Concordo com a Myrella. Devemos ir... mas não podemos agir como fizemos no hotel. Não podemos nos dividir.