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    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo

    Alexyus
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    Mensagem por Alexyus Sex Set 20, 2024 9:00 pm

    SOSHI AYAMI
    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo 3em110
    "Toda guerra é baseada no engano."
    Sun Tzu, A Arte da Guerra

    A lua minguante pairava sobre a Segunda Cidade, envolta por uma névoa tênue que flutuava sobre os telhados e ruas. O ar noturno era pesado e úmido, trazendo consigo um silêncio inquietante.

    Na sala de meditação do pequeno santuário que Soshi Ayami chamava de refúgio, apenas a luz bruxuleante de uma vela solitária iluminava o rosto pálido da jovem shugenja. Seus olhos se fixavam na chama enquanto ela sentia a presença de seu ancestral pairando nas sombras da sala, um sussurro constante que lhe oferecia conselhos obscuros. Desde a tentativa de golpe do clã Escorpião, há mais de 100 anos atrás, o clã caíra em desgraça, mesmo que os membros mais jovens como Ayami não tivessem tomado parte no levante do século anterior.

    Ayami não gostava do sentimento de inquietação que dominava seus pensamentos. As sombras que ela havia descoberto, conspirações que apenas roçavam a superfície da verdade, começavam a pressioná-la. As instruções para parar sua investigação estavam claras, mas o dever para com seu clã e a insaciável curiosidade a corroíam. As palavras do ancestral ecoavam em sua mente como um enigma que ela sabia que ainda precisava desvendar.

    Foi então que um leve toque na porta de papel interrompeu seu devaneio. Uma mensageira imperial, da família Seppun. Silenciosa, a serva se curvou profundamente antes de entregar-lhe um pequeno pergaminho lacrado com o selo imperial da princesa Iweko Myuki. O olhar de Ayami permaneceu fixo no selo por um momento, enquanto a serva recuava e desaparecia na noite, deixando-a sozinha com a mensagem.

    Suas mãos, firmes e experientes, romperam o lacre com cuidado. O conteúdo da mensagem era direto e preciso, mas carregado de significado:

    Sua presença é solicitada no Santuário do Crepúsculo imediatamente.

    A noite guarda segredos que precisam de olhos atentos.

    Que as sombras guiem seus passos.

    Ayami sabia exatamente o que aquela convocação significava. A governadora da Segunda Cidade, princesa Iweko Myuki, a chamava para uma reunião secreta. A natureza da mensagem, cripticamente velada, indicava que o que quer que estivesse por trás daquele chamado não deveria ser conhecido por outros. Talvez os segredos que ela havia começado a descobrir não fossem apenas suas paranoias... ou talvez houvesse uma ameaça muito maior por trás das sombras que cobriam a cidade.


    KITSUKI HANBEI
    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo _5e86e10
    "Aquele que conhece os outros é sábio; aquele que se conhece é iluminado."
    Lao Tzu

    A brisa matinal da Segunda Cidade era um alívio sutil no clima sufocante das selvas ao redor. Kitsuki Hanbei, imerso em seu habitual silêncio, observava as ruas movimentadas da cidade colonial com um olhar atento, quase clínico. A vida fervilhava ao seu redor, mas ele não se deixava distrair pelos barulhos ou pelas cores vibrantes dos mercados. Seu pensamento estava sempre voltado para o propósito: o assassinato que o trouxera até ali.

    No modesto aposento que lhe fora designado no Bairro Dragão, Hanbei mantinha uma ordem quase obsessiva. Pergaminhos estavam dispostos sobre a mesa, com anotações detalhadas de suas observações sobre o crime. Fragmentos de evidências físicas — pequenos pedaços de tecido, uma lâmina que parecia fora de lugar, e as estranhas manchas de sangue que ele ainda tentava interpretar — repousavam ao lado de seu chá, que esfriava enquanto ele mergulhava nas profundezas de sua análise.

    Foi nesse cenário de quietude que o inesperado ocorreu. Três batidas suaves à porta interromperam sua concentração. Hanbei levantou o olhar, quase relutante, e se dirigiu até a entrada. Ao abrir a porta, deu de cara com uma mensageira da família Seppun, vestida com as cores da governadora da Segunda Cidade, a princesa Iweko Myuki. A mensageira fez uma reverência educada, mas havia algo em seus olhos que traía uma tensão incomum.

    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Seppun10
    - Honrado Kitsuki Hanbei-san, sou Seppun Ritisharu, portadora de uma mensagem da princesa Iweko Myuki-no Kami. Sua presença é requisitada de imediato no palácio governamental. A princesa deseja falar com você, em privado.

    Enquanto caminhava pelo labirinto de ruas até o palácio, Hanbei sentiu o peso de olhares discretos sobre ele. Sua posição como investigador já atraíra atenção indesejada, e agora, a convocação secreta só aumentava essa tensão.

    O clã Dragão não era muito numeroso em Nova Rokugan, pois suas terras originais nas montanhas ao norte do Império tinham sofrido menos do que as de outros clãs com a invasão das hordas das Terras Sombrias. Hanbei viera a saber que menos de 3.000 membros do Clã Dragão residiam na Segunda Cidade.

    A chegada ao palácio trouxe a atmosfera de outro mundo. A opulência da Segunda Cidade contrastava com a simplicidade de sua vida no norte, mas ele sabia que era apenas uma cortina para o que realmente se passava ali: poder, intriga e segredos. Guiado por guardas silenciosos do Clã Leão, Hanbei foi conduzido até uma sala discreta, longe dos salões de audiências públicos. O Santuário do Crepúsculo.

    Quando a porta deslizou suavemente e ele entrou na penumbra da sala, viu a figura da princesa Iweko Myuki. Sentada à frente de uma janela aberta, sua postura era serena, mas havia algo de impenetrável em seu olhar. Ela o aguardava, e o silêncio no ar parecia prenunciar uma verdade perigosa que estava prestes a ser revelada.

    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Prince11
    - Bem-vindo, Kitsuki Hanbei-san - disse a princesa, sua voz suave, mas firme - Temos muito a discutir... e pouco tempo para o que está por vir.


    DOJI RURI
    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo OIG4.ZRiaARTwMcN_DWMtMZ
    "A arte não é o que você vê, mas o que faz os outros verem."
    Edgar Degas

    Doji Ruri estava em seu estúdio, cercada por tintas e papéis, quando o som de um golpe na porta a tirou de sua concentração. O aroma familiar das tintas misturava-se ao cheiro do chá que sua mãe havia preparado, criando uma atmosfera de tranquilidade que contrastava com a ansiedade que frequentemente a acompanhava.

    Ao abrir a porta, Ruri encontrou uma mensageira, vestido com as cores reais da família imperial Seppun. Seu olhar, sério e respeitoso, fez seu coração acelerar.
    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Seppun10
    - Doji Ruri-san? - ela perguntou, inclinando-se levemente - Sou Seppun Ritisharu. Venho em nome da princesa Iweko Myuki. Ela a convoca para uma audiência particular. Imediatamente.

    - O motivo não foi revelado - respondeu a mensageiro - Apenas que sua presença é requerida com urgência.

    Ruri sentiu a pressão do olhar do mensageiro e, ao mesmo tempo, a oportunidade de sua vida se descortinando diante dela. Enquanto o mensageiro aguardava, ela rapidamente se lembrou das histórias que ouvira sobre a princesa: uma mulher inteligente e influente, conhecida por sua paixão pelas artes. Poderia ser uma chance de mostrar seu talento, mas também um convite para um mundo que a deixava nervosa.


    IDE TADAYOSHI
    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo OIG2
    "Em tempos de mudança, aqueles que estão abertos à mudança prosperam."
    Charles Darwin

    Sob a lua minguante da noite quente e úmida, Ide Tadayoshi estava em sua sala de audiências na residência oficial da família Ide do Clã Unicórnio na Segunda Cidade. O espaço era adornado com tapetes finos e pergaminhos de histórias ancestrais, criando uma atmosfera que refletia a herança do clã. Ele revisava documentos sobre as rotas comerciais e as alianças necessárias para garantir a segurança do clã nas colônias, quando uma batida firme na porta interrompeu seu pensamento.

    Uma mensageira da família Seppun entrou, sua postura rígida e a expressão séria denunciando a importância da mensagem.
    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Seppun10
    — Ide Tadayoshi-sama — disse a mensageira, inclinando-se respeitosamente — Sou Seppun Ritisharu. Recebi ordens da princesa Iweko Myuki. Ela o convoca a uma reunião secreta no Santuário do Crepúsculo. Imediatamente.

    A notícia reverberou em Tadayoshi como um tambor, cada batida trazendo à mente as inúmeras responsabilidades e desafios que enfrentava. A princesa, conhecida por sua astúcia e poder, raramente chamava cortesãos para audiências pessoais, especialmente em tempos tão turbulentos. Ele sabia que uma convocação desse tipo significava que seu papel como embaixador era mais crucial do que imaginara.


    KITSUNE MIO
    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Do_web11
    "Seja como a água que flui; não tenha forma, mas adapte-se ao que está ao seu redor."
    Bruce Lee

    No início da primavera, as flores começavam a desabrochar nas colinas ao redor da escola Kitsune, onde Mio se dedicava a estudar as tradições de seu clã. A brisa suave trazia o perfume das cerejeiras em flor, e a jovem aproveitava a manhã ensolarada para praticar sua dança, um reflexo da graça que herdara de sua mãe.

    Enquanto se concentrava nos movimentos, um leve toque interrompeu sua meditação. Era Seppun Ritisharu, a mensageira imperial, que se aproximava com um semblante sério. Sua presença estava carregada de uma formalidade que fez o coração de Mio acelerar.
    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Seppun10
    - Mio Kitsune-san - começou Ritisharu, com a voz firme, mas respeitosa - A princesa Iweko Myuki solicita sua presença em uma reunião secreta.

    Mio sentiu um misto de empolgação e apreensão. A convocação da princesa não era algo comum e, ainda mais, era uma honra que poucos recebiam.
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    Mensagem por gaijin386 Sáb Set 21, 2024 12:18 am


    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Masked10

    Soshi Ayami


    Soshi Ayami fixou seus olhos na porta de papel que se moveu suavemente com o vento, mas, desta vez, parecia diferente. Uma sensação incômoda tomou conta de seu peito, o silêncio do ancestral se prolongava por tempo demais. Ela hesitou por um momento, ainda com a erva medicinal na mão, enquanto seu coração acelerava. Algo estava errado.

    Ela inalou profundamente o aroma da erva, sentindo sua leveza acalmar seus nervos, mas a incerteza continuava ali, pulsante. Lenta e silenciosamente, Ayami aproximou-se da porta, seus passos leves sobre o chão de madeira. Com a mão trêmula, tocou a superfície delicada do papel, esperando que a sensação familiar do ancestral voltasse.

    "Quem está ai?" - perguntou em um sussurro, esperando por uma resposta que não veio e constatou então que era uma mensageira imperial, da família Seppun.

    Silenciosa, a serva se curvou profundamente antes de entregar-lhe um pequeno pergaminho lacrado com o selo imperial da princesa Iweko Myuki. O olhar de Ayami permaneceu fixo no selo por um momento, enquanto a serva recuava e desaparecia na noite, deixando-a sozinha com a mensagem a qual leu com atenção.

    "Isso é importante. Mas devo ir agora? - era uma pergunta retórica afinal quem estava lá para responde-la? Soshi sabia e preferiu aquietar-se, mas obviamente devia ir imediatamente e assim ela o fez após  pegar seu equipamento, arrumar-se apropriadamente e por fim colocar a mascara.




    (C) ROSS
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    Mensagem por Xafic Zahi Sáb Set 21, 2024 9:47 am


    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo OIG2

    Ide Tadayosh


    A violência é a linguagem da derrota, as espadas são as línguas dos perdidos
    Do estandarte da família Ide.

    Não era incomum que Tadayoshi trabalhasse até a noite. Desde que chegara à Segunda Cidade, podia contar nos dedos os dias que parou de trabalhar antes do pôr do sol. Apesar de ter tido um receio inicial sobre as funções do cargo, logo se viu familiarizado com as questões comerciais e diplomáticas. As respostas para os problemas pareciam surgir de imediato, como se os Kami tivessem plantado, há muito tempo, sementes de sabedoria em seu espírito, desabrochando à medida que soluções eram necessárias. Ele começava a perceber que a adaptabilidade do Unicórnio não residia na mudança constante, mas em abraçar a mudança e permanecer firme nela, pelo tempo que fosse necessário.

    No entanto, havia uma decisão que Ide procrastinava: Daichi. Os documentos sobre as rotas comerciais deixavam cada vez mais evidente a suspeita inicial de corrupção. Um samurai menos cauteloso e mais ávido por mostrar resultados já teria formalizado uma acusação, mas Tadayoshi queria informações precisas. Se Daichi estivesse vinculado a um samurai de status superior, expor a situação seria arriscado demais.

    Uma batida firme na porta interrompeu seu raciocínio. Mensageiros Seppun na residência oficial dos Ide não era incomum, e Tadayoshi se inclinou levemente em respeito à mensageira, o suficiente para demonstrar cortesia, mas sem comprometer a dignidade de sua posição.

    - A honra de ser convocado pela princesa Iweko Myuki é profundamente sentida, Seppun Ritisharu-kun. Informe à princesa que estarei a caminho de imediato.

    Tadayoshi já estivera na presença de Iweko Myuki, mas todas as reuniões tinham acontecido de forma típica, respeitando a agenda imperial. Essa era a primeira vez que uma convocação urgente era realizada. Suspeitando que o assunto da reunião devia ser de grande importância, que afetasse mais do que os interesses do Unicórnio, Ide percorreu com os olhos a estante da sala de audiências, ponderando sobre os possíveis participantes e os presentes que levaria. Concluídos os preparativos, partiu para o encontro.

    (C) ROSS
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    Mensagem por El Cabron Sáb Set 21, 2024 2:43 pm



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    Do Diário de Kitsuki Hanbei

    (As datas não são informadas, tão pouco horários ou a exatidão do momento do dia em que os fatos relatados se deram. Parece um tipo de (des)organização que apenas Hanbei conseguiria se encontrar.)


    Spoiler:


    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Ksx71910


    Hanbei já havia chegado há algum tempo na Segunda Cidade. O lugar em que estava hospedado no Bairro Dragão era simplório, porém, trazia-lhe uma serenidade bastante peculiar, algo que remetia, levemente, aos mosteiros do Clã no Norte.
    Seu material de trabalho estava disposto em uma mesa baixa de madeira. Ali, distribuiu pergaminhos, cartas, alguns livros e anotações que fizera. Além disso, alguns outros materiais estavam expostos em cima de um grosso pano de cor negra, o qual encarava diversas vezes.


    “Preciso sair…” - pensou o investigador, compenetrado no material acima do pano escuro

    Estava ali para trabalhar em cima de um misterioso assassinato. O conteúdo da carta havia sido claro em relação aos motivos que o levaram até a Segunda Cidade. Se o Daimyo do Clã confiara nele para tal tarefa, é por que acreditava em suas competências.

    Absorto em seus próprios pensamentos, foi interrompido por três sutis batidas em sua porta, ao qual estalou os lábios em desaprovação, mas não tardou a responder e abri-la.


    Alexyus escreveu:ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Seppun10
    - Honrado Kitsuki Hanbei-san, sou Seppun Ritisharu, portadora de uma mensagem da princesa Iweko Myuki-no Kami. Sua presença é requisitada de imediato no palácio governamental. A princesa deseja falar com você, em privado.

    Seppun Ritisharu era uma das servas da côrte, aparentemente. Analisando a mulher de forma rápida, atento aos seus movimentos delicados e cordialmente treinados à exaustão, Hanbei não percebeu nada fora do tom e respondeu sua reverência de forma cortês.

    - Agradeço a mensagem e presteza, Seppun-san.

    ***

    Hanbei não demorou em ir de encontro à Princesa. Fechou alguns livros e guardou suas anotações mais pessoais no interior de um deles. Seu Diário, que também serviria para outros tipos de anotações, levaria consigo, assim como também tratou de cobrir as evidências do caso em que estava trabalhando com o pano preto e colocou-as em um dos bolsos internos de seu kimono.

    ***

    A Segunda Cidade tinha seu próprio charme, embora não fosse tão do agrado de Hanbei. Com suas cores e cheiros, eram deleites mundanos que muitos apreciavam e gozavam, mas não chegavam a impressionar o investigador. Seu olhar era de curiosidade e análise a cada rua, viela e becos, atento às pessoas, negócios e interações que aconteciam, fossem elas calmas ou caóticas.

    No entanto, sua atenção fora totalmente capturada ao chegarem cada vez mais perto do Palácio Governamental e Hanbei quase esboçou um sorriso quando, finalmente, adentraram no majestoso lugar.


    ***

    Dirigido ao Santuário do Crepúsculo, um lugar não tão convencional para audiências, Hanbei já imaginava que o conteúdo daquela ''reunião'' ficaria restrito ali e somente a eles. Correu a porta e entrou sendo anunciado de forma cerimoniosa, ao passo em que o samurai fez uma reverência coberta de cordialidade e respeito.

    Alexyus escreveu:
    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Prince11
    - Bem-vindo, Kitsuki Hanbei-san - disse a princesa, sua voz suave, mas firme - Temos muito a discutir... e pouco tempo para o que está por vir.

    - Princesa Iweko Myuki-no-Kami, - disse ele, mantendo o tom de voz formal e respeitoso - estou à sua disposição para qualquer serviço que precise de minhas humildes habilidades.
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    Mensagem por shamps Seg Set 23, 2024 4:07 pm

    Doji Ruri
    Cortesão do Clã da Garça


    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo 54007696153_a916472ddb_w

    Traços leves e precisos surgiam na tela branca. O aroma do chá inundava o ambiente silencioso. Potes de tintas meticulosamente alinhados. A pele nívea impecavelmente limpa. Olhos fixos na branquidão da tela.

    Aos poucos um lindo jardim invernal tomava forma, como um portal para uma nova dimensão, tão real que parecia uma janela aberta. Mesmo não estando completa, Ruri podia sentir o frio vindo da imagem, um arrepio seguiu por sua coluna até a nuca. Foi preciso beber mais um gole do chá quente. Sua mãe conhecia bem seus gostos, a delicadeza do umi deixava a bebida levemente adocicada, apaziguando sua alma.

    Estava tudo tão pacato que Ruri tinha certeza que passaria a noite em claro e terminaria sua nova obra. Foi quando a paz foi interrompida com batidas na porta, a jovem pulou de susto e olhou imediatamente para o pincel em sua mão e, por sorte, a tinta não tinha sujado nada ao seu redor, nem mesmo sua mão. A preocupação de ser interrompida por seu avô, tal ideia deixava a moça com os nervos à flor da pele e, às vezes, nem a pintura conseguia mantê-la longe daquela sensação de tê-lo invadindo seu atelier e gritando com ela. Ruri amava o silencio e a calmaria... E seu avô era o oposto a tudo isso.
    Por fim, respirou fundo e caminhou até a porta já que Hideki sama já teria entrado se fosse ele. A batida suave acalmava seu coração acelerado.

    - Sim - ela se surpreendeu ao ver uma mensageira e a observou com curiosidade - uma convocação de Iweko Hime - repetiu admiração e iria perguntar algo, mas a própria Seppun san a respondeu - certamente. Irei me preparar para a viagem imediatamente. Dê-me um segundo - ela não poderia sair e deixar em desordem seu atelier. Por mais que os criados cuidassem da limpeza geral, seus pinceis e tintas ela fazia questão de organiza-los.

    Ela caminhou pelo chão de madeira lustroso de sua casa e passou pelo ambiente comum da família à procura de sua mãe e seu pai. A mãe estava lá, seus dedos delicados bordando algo, coisa que a moça iria admirar, mas por sua pressa deixou passar o gesto.

    - Oka sama, recebi uma convocação de Sua Alteza Real - ela almejava encontrar o pai - vou preparar minhas coisas para a viagem - deixaria que uma aia ajudasse - é certo que meus talentos já chegaram aos ouvidos da hime. Oto samaaaaa - chamou pelo pai. Ele teria que preparar a carruagem para ela partir.

    A ideia de uma amante das artes tê-la chamado tão urgentemente a deixava empolgada com a possibilidade de poder mostrar sua arte. Esfregava as delicadas mãos enquanto andava pela casa à procura de seu pai, seu maior apoiador. Ela estava mais empolgada em contar a novidade para ele do que para os demais moradores da casa. Tinha também que preparar seus maravilhosos pinceis para essa viagem e tudo o que mais precisasse para exercer a sua arte. Mas assim como no estúdio, essa parte ela mesma preferia cuidar.

    Diferente do dela, que era limpo, organizado e imaculado, o estúdio do pai era um caos onde só ele se encontrava, cheio de tintas espalhadas pelos cantos, pinceis jogados e ajudantes e alunos estabanados. Ela se divertia com aquele pequeno cosmo caótico que era o ambiente familiar de Sora. Ela parou à porta para chamar por ele e sorriu ao ver o homem caminhar até ela, todo sujo de tinta, o coque quase desfeito, tropeçando entre as folhas no chão, mas sempre sorrindo. Sora era uma pessoa leve e animada, a mais animada que Ruri conhecia. Era agradável demais estar em sua presença, com ele não tinha tempo ruim.

    - Oto sama, hahahha - ela deu passo para trás - não se aproxime - disse quando o pai ameaçou abraça-la. Claro é algo que ele não faria, não era um costume na região, mas ele fazia só para provoca-la, já que sabia que ela odiava sujeira e bagunça - recebi um convite da princesa - fez um ar de pessoa que recebia aquele tipo de convite com frequência, mas durou pouco, pois sua empolgação a fez saltitar brevemente no lugar - o senhor acha que ela soube dos meus talentos? - ela queria segurar em sua mão, mas desistiu ao ver a tinta seca - o senhor me ajuda com os pinceis e telas? Ah... e preciso de ajuda com a carruagem também... Ah, vou levar também a Hoshizora no Aoi Hitomi - sua espada.
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    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Empty Re: ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo

    Mensagem por thendara_selune Qui Set 26, 2024 1:02 pm



    Kitsune Mio

    14:00
    Escola.
    Ameno.


    Naquela manhã primaveril, as flores desabrochavam graciosamente nas colinas circundantes da escola Kitsune. Enquanto me empenhava nos estudos das tradições do meu clã, como habitualmente fazia, a brisa suave transportava o doce perfume das cerejeiras. Aproveitando os raios de sol, dediquei-me à prática da dança que herdara de minha mãe, refletindo a graça que sempre a caracterizou.



    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Do_3_w10



    Absorta nos movimentos, entreguei-me por completo até ser interrompida por um toque suave. Era Seppun Ritisharu, a mensageira imperial. Ao vê-la aproximar-se com sua expressão séria e formal, meu coração acelerou. Sua presença indicava a iminência de algo importante.

    — Mio Kitsune-san — iniciou Ritisharu, com voz firme e respeitosa — A princesa Iweko Myuki solicita sua presença em uma reunião secreta.


    Um turbilhão de emoções invadiu meu ser: empolgação, apreensão... Uma convocação direta da princesa não era algo trivial, constituindo uma honra rara. Em sinal de respeito, inclinei levemente a cabeça para a mensageira e, mantendo a voz controlada, respondi:

    — Seppun Ritisharu-san, agradeço. Estarei presente.


    Internamente, meu coração ainda tentava assimilar a grandiosidade da oportunidade que me fora concedida. À medida que o horário da reunião se aproximava, vesti meu melhor kimono e, ansiosa, dirigi-me ao local indicado, preparada para o que me aguardava.


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    Kitsune Mio

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    Mensagem por Alexyus Qui Set 26, 2024 9:23 pm

    KITSUKI HANBEI
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    Kitsuki Hanbei saiu do monastério Kitsuki e caminhou pelas ruas do bairro do dragão, sentindo a diferença de temperatura da Segunda Cidade das Colônias em comparação com o clima frio e temperado das terras natais do clã em Rokugan. Ao redor dele, os aldeões leais ao Clã Dragão trabalhavam em suas tarefas diárias, curvando-se para ele quando Hanbei passava.

    Quando ele chegou ao Distrito Imperial da Segunda Cidade, o equivalente mais aproximado da Cidade Imperial do Império, Toshi Ranbo. Em um sentido prático, os dois eram realmente muito semelhantes. Mas, embora sua função pudesse ser a mesma, havia várias diferenças significativas que tornavam a Segunda Cidade única na cultura Rokugani. O Distrito Imperial era o lar de alguns dos indivíduos mais poderosos de todas as Colônias. A influência militar ainda era talvez o fator mais significativo e a promoção na hierarquia era sempre uma possibilidade, mas a ascensão a posições seniores nas várias forças militares dependia do endosso daqueles dentro do Distrito Imperial.

    Talvez por causa da falta geral de grandes centros urbanos fora da Segunda Cidade em si, as cortes e os acontecimentos do Distrito Imperial assumiam um nível de importância ainda maior do que aqueles de cidades comparáveis no Império. Tudo o que acontecia aqui era ampliado. Isso também ampliava o impacto da diferença reconhecida da Segunda Cidade em filosofia quando comparada ao Império Esmeralda; o clima aqui era marcadamente mais relaxado, menos tradicional e muito menos xenófobo do que qualquer outra cidade Rokugani existente, tudo isso levava à própria cidade ter algumas estranhezas decididas que a separavam física e socialmente de seus pares no continente.

    Uma dessas estranhezas era a notável falta no Distrito Imperial de certas características que eram tradicionalmente encontradas em áreas semelhantes em outras cidades importantes. Por exemplo, havia muito poucos templos dentro do distrito, com apenas um de alguma importância: o Primeiro Templo. Da mesma forma, havia excepcionalmente poucos jardins públicos, algo tipicamente encontrado em abundância em bairros nobres no Império. No Distrito Imperial da Segunda Cidade, simplesmente não há espaço para tais coisas. O espaço era escasso devido às restrições incomuns impostas ao tamanho do distrito e sua incapacidade de se expandir além da proteção do Distrito Militar. Por esse motivo, muitas propriedades e outros edifícios essenciais, como as várias embaixadas de clãs, continham jardins privados maiores do que o normal. 

    Com a falta de comodidades públicas, a maioria dos moradores se virava em suas próprias casas. Isso tinha o efeito incomum de promover as artes mais do que em outras cidades, e em particular o ikebana e a arte da jardinagem meditativa eram altamente valorizados pelos ocupantes do Distrito Imperial.

    Outra maneira mais particular pela qual o Distrito Imperial era distinto não apenas de outras cidades Rokugani, mas também do resto da Segunda Cidade em si era a altura dos edifícios encontrados lá. Apesar de três expansões separadas no início de sua história, ele continuava sendo o único distrito que era totalmente restrito em sua área física. A maioria das famílias que tinha propriedades dentro do distrito não estava disposta a colocar nenhuma de suas propriedades essenciais fora da proteção dos muros militares, não importando quão remoto o risco pudesse ser, e assim os edifícios no Distrito Imperial evoluíram gradualmente para serem mais altos do que aqueles encontrados em qualquer outro lugar. 

    A Propriedade do Governador, por exemplo, era muito mais alta do que a maioria desses edifícios, mas continha uma área de solo menor dentro de seu perímetro; o espaço disponível para funções diplomáticas e políticas permanecia essencialmente o mesmo, mas espalhado por vários andares. 

    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Govern10

    As restrições de espaço que limitavam o tamanho do distrito também tiveram um efeito nas residências privadas dentro da região. Apenas os samurais mais ricos e influentes podiam obter residências pessoais neste distrito, e aqueles samurais menos importantes que tinham deveres dentro do Distrito Imperial geralmente viviam em suas embaixadas de clã ou em quartéis dentro do Distrito Militar vizinho. 

    As embaixadas de clã em si eram ainda mais diferenciadas da maioria desses edifícios em Rokugan pelo fato de que havia pelo menos duas instâncias de Grandes Clãs colaborando e compartilhando uma embaixada para conservar espaço. O exemplo mais significativo disso era a embaixada combinada dos clãs Caranguejo e Escorpião, um grande edifício que os mais frívolos entre os habitantes do distrito se referiam como a "Embaixada da Garra". Enquanto todos os Grandes Clãs mantinham pelo menos
    algumas propriedades puramente privadas dentro do distrito, muitos escolheram um espírito de colaboração para garantir que tenham uma quantidade apropriada de pelo menos espaço semiprivado para conduzir todos os seus negócios da maneira que preferirem. Hanbei passou em frente à Embaixada do Dragão, que era compartilhada com o Clã Unicórnio. 

    Kitsuki Hanbei teve sua entrada admitida na Propriedade do Governador e foi escoltado por um destacamento do Clã Leão até o Santuário do Crepúsculo, uma pequena capela situada no centro de um jardim na parte mais interior da Propriedade. Ali havia samurais do Leão em todas as direções que se olhasse, e Hanbei distinguiu o olhar fixo de cada um deles sobre os movimentos dele perto da Princesa Myuki.


    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Eee7573641b03d54eb28574163902d11
    Hanbei escreveu:- Princesa Iweko Myuki-no-Kami, - disse ele, mantendo o tom de voz formal e respeitoso - estou à sua disposição para qualquer serviço que precise de minhas humildes habilidades.

    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Tumblr_ngscxe5oIj1ripijuo1_1280
    A princesa Iweko Myuki observou Kitsuki Hanbei com olhos penetrantes, seu semblante calmo contrastando com a gravidade da situação. Seu tom de voz permaneceu suave, mas uma tensão sutil podia ser percebida enquanto ela falava, cada palavra escolhida cuidadosamente.

    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Tumblr_ngscxe5oIj1ripijuo1_1280
    - Kitsuki Hanbei-san, tenho ciência do motivo que o trouxe à Segunda Cidade. O falecimento trágico de seu predecessor, Kitsuki Jiro, deixou muitas perguntas sem respostas. Ele não estava aqui apenas como um simples investigador do Clã Dragão. Na verdade, Jiro-san trabalhava diretamente para mim, conduzindo uma missão... de extrema delicadeza. Kitsuki Jiro investigava um complô que ameaça a própria estabilidade da cidade e, possivelmente, de todo o Império. Sua morte foi um golpe para nós... e para nossos planos. Ele era um homem de grande habilidade e confiança. Agora, estou pedindo que você assuma o lugar dele, não apenas como investigador, mas como líder de uma força especial ao meu comando.

    A princesa fez uma breve pausa, como se para avaliar a reação de Hanbei, antes de prosseguir.

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    - Você liderará um grupo de agentes cuidadosamente selecionados para servir aos meus interesses mais secretos. Sua primeira missão será desvendar a verdade por trás da morte de Jiro-san. Ele morreu por saber demais... agora cabe a você descobrir o que ele descobriu e quem está por trás disso. O inimigo é astuto, e as sombras da Segunda Cidade ocultam mais do que apenas segredos políticos. Há forças em jogo que vão além do que aparentam.


    DOJI RURI, IDE TADAYOSHI, SOCHI AYAMI, KITSUKI MIO & KITSUKI HANBEI

    A noite estava carregada de tensão silenciosa enquanto Sochi Ayami, Ide Tadayoshi, Doji Ruri e Kitsune Mio caminhavam pela longa alameda que levava à Propriedade do Governador. Escoltados por um pequeno destacamento de samurais do Clã Leão, suas armaduras reluzentes refletiam a luz do luar primaveril, enquanto o vento balançava suavemente as bandeiras com o brasão dourado da família imperial. A presença dos Leões, com sua reputação inflexível e sua força implacável, dava um peso maior à convocação, um lembrete de que qualquer desvio do protocolo seria inaceitável.

    Conforme se aproximavam do Santuário do Crepúsculo, localizado no coração do mais interior dos jardins da propriedade, os murmúrios suaves do vento e o som ritmado de suas sandálias no chão de pedra eram as únicas coisas que quebravam o silêncio. O santuário era uma pequena capela, cercada por cerejeiras antigas cujas folhas rosadas caíam em um ritmo delicado, pintando o chão de pétalas suaves. Uma lagoa refletia o céu tingido de laranja, conferindo ao local uma atmosfera de tranquilidade quase surreal.

    Cada um deles era conduzido ao santuário separadamente, conforme o protocolo ditava. Primeiro foi Sochi Ayami, cujos movimentos graciosos revelavam a maestria de uma cortesã samurai, sua postura composta refletindo a serenidade que anos de disciplina haviam esculpido em seu ser. Ao entrar, foi recebida por um guarda do Clã Leão, que a anunciou com grande reverência. A Princesa Iweko Myuki, sentada no centro da capela, sorriu suavemente e curvou-se em respeito.

    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Tumblr_ngscxe5oIj1ripijuo1_1280
    — Bem-vinda, Sochi Ayami-san. Sua presença é uma honra para este humilde santuário.

    Depois de uma breve saudação, Ayami foi levada ao lado, onde a aguardava em silêncio.

    Em seguida, foi a vez de Ide Tadayoshi, cuja presença calma e olhar perspicaz revelavam sua mente analítica. Ao passar pelos portões do jardim, os samurais do Leão o escoltaram com a mesma deferência, levando-o ao interior do santuário. A princesa o cumprimentou com a mesma cortesia.

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    — Ide Tadayoshi-san, seu conhecimento é tão necessário quanto sua sabedoria.


    Doji Ruri, a artista cortesã, foi a terceira a ser recebida. Suas vestes impecáveis e seu porte refinado pareciam emoldurar um brilho de nobreza inquestionável. Ela fez uma reverência elegante ao ser anunciada, e a princesa retribuiu, notando a elegância natural da samurai do Clã Garça.

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    — Doji Ruri-san, que seu talento traga a beleza da união que buscamos.

    Por último, chegou Kitsune Mio, cujos cabelos vermelhos brilhavam intensamente à luz suave do crepúsculo. Seu coração estava agitado, mas seus movimentos mantinham a graça que a vida entre os Kitsune lhe havia ensinado. Ao entrar no santuário, foi recebida com a mesma reverência, e a princesa a saudou com um sorriso gentil.

    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Tumblr_ngscxe5oIj1ripijuo1_1280
    — Kitsune Mio-san, sua conexão com a natureza será um guia neste caminho sombrio.

    Uma vez que os quatro estavam reunidos no pequeno santuário, as portas foram fechadas e o silêncio voltou a dominar o ambiente. A princesa Iweko Myuki, agora com uma expressão mais séria, levantou-se de seu assento. Sua presença irradiava autoridade, mas também uma certa urgência.

    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Tumblr_ngscxe5oIj1ripijuo1_1280
    — Honrados samurais — começou ela, sua voz firme, mas carregada de compaixão — o Império de Rokugan está à beira do caos. Depois do Império no Exílio, o divino imperador Iweko II no Kami esperava que os clãs se unissem para retomar nossas terras natais, mas há muitos obstáculos que impedem essa conjugação de forças. As ameaças que enfrentamos não vêm apenas de fora, mas também das sombras dentro de nossas fronteiras. O Clã Aranha se move nas sombras, corrompendo o que antes era sagrado no Império. Os gaijins das Colônias preparam forças que ameaçam nossa soberania e nossos valores para tentar recuperar o que pensam ser deles.

    Ela fez uma pausa, olhando profundamente nos olhos de cada um deles, como se tentasse gravar o peso de suas palavras em suas almas.

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    — Chamei cada um de vocês aqui porque sei que compartilham da mesma lealdade a este Império. Cada um de vocês possui habilidades únicas que, juntas, podem ser a chave para reverter essa maré de destruição iminente. O que proponho aqui, nesta capela sagrada, é a formação de um comando secreto. A Mão da Princesa, um grupo dedicado a proteger Rokugan das ameaças que impedem os clãs de se unirem, que cegam os líderes com orgulho e intriga. Vocês serão meus olhos, meus ouvidos e minha força onde a política não pode alcançar. A honra dessa incumbência não será publicamente conhecida e vocês devem manter sigilo deste arranjo.

    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Tumblr_ngscxe5oIj1ripijuo1_1280
    - A primeira missão que lhes confio não é simples, mas ainda assim crucial: descobrir quem matou Kitsuki Jiro, o antecessor do investigador do Clã Dragão que estava sob meu comando. Depois disso, ou ao mesmo tempo, precisam descobrir o que realmente está por trás das ações do Clã Aranha e das forças estrangeiras que se aliam a eles nas Colônias. Devemos agir com discrição, pois nossos inimigos são astutos e numerosos.

    Ao final de suas palavras, o crepúsculo parecia mais profundo, e o destino de Rokugan pesava ainda mais nos ombros dos cinco guerreiros reunidos ali.

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    — Vocês aceitam esta missão em nome do Império? — perguntou a princesa, seus olhos fixos nos presentes, aguardando suas respostas.

    O destino do Império agora estava nas mãos deles, e o desafio que os aguardava nas sombras estava apenas começando.
    Xafic Zahi
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    Mensagem por Xafic Zahi Qui Set 26, 2024 11:38 pm


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    Ide Tadayosh


    A violência é a linguagem da derrota, as espadas são as línguas dos perdidos
    Do estandarte da família Ide.

    A relação entre o Clã Unicórnio e o Clã Leão sempre foi marcada por tensões, disputas territoriais e rivalidades militares. Por esse motivo, não seria incomum que um samurai do Unicórnio se sentisse incomodado por ser escoltado por seus rivais, especialmente se fosse um da família Moto. No entanto, Tadayoshi era um cortesão treinado e sabia que os Leões eram o escudo e a espada do Império. Orgulhoso, mas leais. Rigorosos, mas cruciais para a preservação da ordem. Por esses motivos, não teve dificuldade em equilibrar suas emoções e manter uma postura diplomática. Além do mais, sabia que qualquer sinal de desconfiança ou tensão podia ser interpretado como fraqueza.

    Quando finalmente chegou ao templo e ficou diante da princesa, Tadayoshi fez uma reverência profunda, com a parte superior do corpo e, em seguida, ajoelhou-se de forma elegante, mantendo o corpo ereto e as mãos repousando sobre as coxas.

    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo OIG2

    - É uma honra inenarrável ser convocado para essa reunião, Iweko-sama.

    Então inclinou a cabeça suavemente em direção ao solo em um gesto de respeito, mas sem exagero. Um movimento firme e controlado. Depois, levantou-se com a mesma elegância que havia se ajoelhado.

    - Trouxe algo que, espero, demonstre o quanto me sinto honrado por estar em sua presença.

    Das mangas longas do manto roxo que cobria seu kimono, Ide retirou um leque de seda luxuosamente decorado, pintado à mão com o símbolo de crisântemo dourado, acompanhado por um poema que exaltava as virtudes da princesa. O leque não era para ter uma utilidade prática, mas era um símbolo de status, elegância e prestígio. Com o poema, por sua vez, Tadayoshi buscava demonstrar não somente respeito, mas também dedicação e consideração à princesa.

    Depois, percebeu que estava certo em presumir que aquela reunião se tratava de algo maior. Dentro do santuário, já se encontravam dois outros convidados. Antes de se aproximar, Ide os observou discretamente, assimilando as cores e símbolos que carregavam, na intenção de identificar o mon de seus clãs e famílias, além, é claro, de seus respectivos status.

    Com uma postura ereta e confiante, aproximou-se do homem relativamente jovem, com aspecto sério. Manteve uma distância respeitosa e fez uma reverência formal, sem quebrar o contato visual.

    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo OIG1

    - É uma honra encontrar um samurai do venerável Clã Dragão neste sagrado local. Sou Ide Tadayoshi, embaixador oficial do Clã Unicórnio na Segunda Cidade - Retirou um  novo objeto das longas mangas de seu manto roxo, e o entregou ao samurai - Eu trouxe um pequeno símbolo da minha admiração pelas tradições e pela sabedoria de seu clã, e ofereço em honra desse encontro auspicioso, para fortalecer os nossos laços e em reverência aos valores que compartilhamos - Tratava-se de uma pintura tradicional em um rolo de pergaminho, ilustrando as montanhas de Rokugan, em uma paisagem contemplativa.

    A próxima pessoa que Ide viu foi uma bela e elegante jovem, cuja máscara não deixava dúvidas de qual clã pertencia. A reverência formal foi repetida, e mais um objeto foi retirado das longas mangas de seu manto.

    - A verdadeira sabedoria está nas entrelinhas, onde o mistério se oculta e a astúcia se revela - Disse, enquanto entregava o presente. Era um pergaminho de alta qualidade, mas, ao contrário do anterior, este tinha um poema enigmático, que poderia ser interpretado de várias formas e servir como um quebra-cabeça intelectual. Ide esperava que isso capturasse perfeitamente o gosto dos Escorpiões por ambiguidade e mistério.

    Posteriormente, entrou no santuário uma jovem de olhos claros e cabelos brancos, de aparência extremamente delicada. A reverência formal e apresentação foram repetidas, e, de seu cinto, retirou um delicado e pequeno leque azul, com o símbolo de tsuru pintado na cor branca, uma ave que simboliza longevidade e graça.

    - É uma honra poder oferecer esse pequeno presente, em retribuição à graça e à arte que o Clã Garça tão magnificamente expressa para todos nós. Espero que sirva como um símbolo de minha admiração pela beleza e pela harmonia que seu clã sempre trouxe ao Império.

    E, por fim, ao que parecia ser a última convidada, uma jovem de beleza delicada, com olhos verdes intensos e cabelos longos e vermelhos. Mais uma vez a formal reverência e apresentação foram feitas, e do bolso de seu kimono, ide retirou um amuleto talhado em madeira, com gravura de um espírito.

    - Desejo que os espíritos da floresta sempre a acompanhem, trazendo-lhe equilíbrio e a sabedoria das antigas trilhas.

    Com todos os convidados presentes, a princesa deu início a exposição de motivos que justificavam a reunião. Ide ouviu em atenção plena, concentrado em cada palavra e gesto de Iweko Myuki. No entanto, como era de seu feitio, Tadayoshi evitava ser o primeiro a falar, pois observava as reações dos outros cortesãos presentes. Ele sabia que cada palavra que fosse dita em um momento como aquele tinha o peso do mundo, e, por isso, deseja medir as respostas de seus futuros aliados antes de se comprometer publicamente.

    (C) ROSS
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    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Empty Re: ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo

    Mensagem por El Cabron Sáb Set 28, 2024 1:07 pm



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    Dos Diários de Kitsuki Hanbei

    (As datas não são informadas, tão pouco horários ou a exatidão do momento do dia em que os fatos relatados se deram.)


    Spoiler:


    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Ksx71910

    A serenidade do Santuário do Crepúsculo era digna de seu nome e trazia certo conforto para o tipo de audiência que Hanbei teria ali. Mantendo uma postura rígida enquanto ouvia as palavras da princesa Iweko Myuki, seu semblante não revelou nenhum traço de surpresa, apenas um leve arquear das sobrancelhas enquanto ela mencionava a morte de Kitsuki Jiro. As engrenagens da mente de Hanbei já estavam em movimento. Ele conhecia Jiro, ao menos de nome e reputação; um homem hábil e meticuloso.

    Por isso o Daimyo havia sido tão vago em sua carta, assim como também foram os homens que entregaram a ele as primeiras evidências do caso em que trabalharia. Um leque parecia se abrir para Hanbei, revelando que não era apenas um simples caso de assassinato que estava para resolver.

    Ao final da fala da princesa, Hanbei se inclinou em uma reverência respeitosa e sutil, enquanto tomava a palavra.

    - Princesa Iweko Myuki-no-Kami, me sinto honrado por ser escolhido por Vossa graça para tal missão. É um fardo pesado que carrega e divide comigo, o qual aceitarei honoravelmente. - Hanbei fez uma nova reverência. - Eu conhecia Kitsuki Jiro apenas por sua reputação impecável e, se ele caiu, não foi por falta de habilidade, mas pela gravidade do que estava investigando. Se há forças sombrias agindo nesta cidade, não descansarei até desvendá-las.

    Seu tom de voz era firme, dono de uma convicção única.

    - O Dragão não teme as sombras.

    Hanbei fez uma pausa, os olhos se estreitando levemente, como se já estivesse processando os detalhes.

    - Vossa graça, peço que perdoe minha insensibilidade mas preciso que partilhe comigo os contatos que Kitsuki-San fez; o que ele já havia relatado, onde ele estava hospedado, se ele tinha algum intermediário para contatar Vossa graça e, principalmente, onde está o corpo de Kitsuki Jiro?

    Nesse momento, Hanbei não estava mais ali como mero membro do Clã Dragão, mas sim como seu Investigador.
    Seu trabalho já havia começado.

    ***


    COM OS DEMAIS MEMBROS DE CLÃS

    A chegada dos demais membros de outros Clãs fez com que Hanbei ficasse, de certa forma, ansioso. Suas mãos suavam e estavam inquietas, fazendo com que o investigador as coçasse discretamente. Convenções sociais não eram o seu forte e situações como aquela, em geral, o deixavam desconfortável.

    Quando Ide Tadayoshi, anunciado e cumprimentado pela Princesa aproximou-se dele, Hanbei respondeu educadamente à sua reverência, curvando-se sutilmente ao samurai.

    - Obrigado pelo presente, Ide-San. Sou Kitsuki Hanbei.

    Ainda que surpreso pelo presente, sua voz era serena e baixa, como se não quisesse quebrar o plácido silêncio do ambiente. Abrindo o pergaminho, fitou a pintura, analisando-a friamente.

    Assim que todos se postaram, a Princesa iniciou seu discurso justificando a presença de todos ali. O peso da responsabilidade que recaía sobre ele e seus novos companheiros era evidente, mas o investigador já havia preparado sua mente para essa carga. Ele era o sucessor de Kitsuki Jiro e, agora, estava pronto para honrar não apenas seu clã, mas o Império em si. O Clã Aranha, os gaijins das Colônias e as sombras que ameaçavam destruir Rokugan demandavam mais do que habilidade; exigiam precisão, cautela e uma mente afiada como a lâmina de uma katana.

    Após a pergunta deixada no ar pela Princesa, Hanbei ergueu-se, determinado.

    Princesa Iweko Myuki-no-Kami - ele começou, sua voz calma, porém firme. - O Dragão serve o Império, e é com grande honra que aceito esta missão. Kitsuki Jiro - virou-se aos demais presentes na audiência - era um homem digno, e aqueles que o silenciaram pensaram que, ao eliminá-lo, também apagariam as verdades que ele buscava. Eles estavam errados. Irei terminar o trabalho que Jiro começou, e o farei com o mesmo comprometimento. - voltando-se à Princesa, seguiu - O Império não sucumbirá às sombras, e, nas ruas da Segunda Cidade ou nos confins das Colônias, encontraremos a verdade.

    Hanbei inclinou-se numa reverência respeitosa antes de erguer o olhar novamente, agora com um brilho de determinação.

    -  Em nome do Império, estou pronto para servir Vossa graça.
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    Mensagem por gaijin386 Sáb Set 28, 2024 2:52 pm


    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Versze10

    Soshi Ayami


    Soshi Ayami enfim chegara ao seu destino a propriedade do governador e com demais convidados foi devidamente escoltada por samurais do clã Leão que ostentavam os simbolos imperiais vigentes até o Santuário do Crepúsculo e quando enfim chegou a sua vez e foi introduzida no recinto estava na presença da Princesa Iweko Myuki o que a fez de imediato fazer a saudação "Saikeirei" onde a pessoa polidamente se curva em reverência a uma pessoa importante.

    "A vossa graça eu humildemente me apresento e muito me honra estar aqui, Iweko-sama." - Certamente é algo importante, pois estou num grupo interessante de clãs diferentes Soshi Ayami pensou.

    fixou sua atenção na figura da Princesa e acompanhou suas palavras e ficou satisfeita em ver que seu serviço era considerado importante e seus esforços estavam sendo notados por pessoas de tão alta relevância.

    Enfim "A Mão da Princesa" como a princesa Iweko definiu colocava nas mãos dela e das pessoas na sala a proteção Rokugan... Ameaças? Que pairam sobre os clãs? Será que isso é correlato a sua própria investigação? A que seus superiores tão solicitadamente pediram que ela parasse? Ela acreditava que sim. "A honra dessa incumbência não será publicamente conhecida" assim ela disse e claro não espero glórias, mas as recompensas podem ser muitas quando elas vierem.

    Sentiu vontade de inalar um pouco de sua erva medicinal, mas talvez isso fosse indelicado, visto onde se encontrava e na frente de quem estava. Enfim Ayami optou pelo silêncio e agradeceu aos Kamis pelo fato do ancestral não ter se manifestado.

    "Agradeço em reverência seu humilde presente, embora não tenha trazido nada em troca e tendo em vista que todos nós faremos parte de algo maior é preciso mostrar confiança." - ela diz ao mesmo tempo que tira a máscara do rosto para mostrar a bela face que possuia marcada pela caracteristica do albinismo, fez uma reverência de respeito e recolocou a máscara novamente.

    Aguardou que Kitsuki Hanbei terminasse de falar para enfim colocar seu ponderar na questão.

    "Não me orgulha em admitir que existem certas sombras pairando sobre o Escorpião e recentemente cheguei encontrar alguns indícios, mas pista esfriou e encarecidamente me foi solicitado por pessoas importantes que eu parasse de investigar e relutei em parar, mas enfim tive que acatar, mas agora graças a este encargo que a Princesa sabiamente nos confia terei finalmente a chance de continuar." - Relutante? Soshi estava frustrada, mas falar isso com outros até que serviu para uma espécie de desabafo e se a finalidade deste grupo era trazer a luz as sombras que ameaçam Rokugan então finalmente poderia voltar a investigação. Ela recolocou a máscara.




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    Mensagem por thendara_selune Dom Set 29, 2024 12:14 am



    Kitsune Mio

    14:00
    Escola.
    Ameno.


    Enquanto caminhávamos, o vento parecia murmurar algo que só a natureza entendia, uma tensão sutil e invisível que penetrava em mim como a lâmina fria de uma espada. Cada brisa que passava carregava uma advertência inaudível, e por dentro, meu corpo endurecia, como se meu espírito se encolhesse diante do desconhecido. Não pronunciei palavra, mantendo meus olhos fixos no caminho à frente, como se as sombras que dançavam ao nosso redor pudessem me dar as respostas que tanto procurava, respostas que meu coração, aflito e hesitante, não conseguia formular. A cada passo nas pedras, sentia como se a firmeza de minhas raízes estivesse se desfazendo, e eu estivesse sendo levada pela corrente de algo que não podia controlar.


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    Ao longe, o Santuário do Crepúsculo finalmente surgiu, envolto pela tranquilidade serena das cerejeiras antigas. Suas pétalas caiam como se fossem portadoras do próprio tempo, flutuando suavemente até repousarem no solo, formando uma pintura que parecia viva. Ao lado do santuário, uma lagoa refletia o céu tingido de laranja e dourado, as cores se mesclando como uma lembrança vaga dos pergaminhos antigos que adornavam o templo de minha infância. Ali, naquele lugar quase intocável pelo presente, minha respiração encontrou paz, e o pulsar agitado do meu coração cedeu a um ritmo suave e compassado, como se um mantra silencioso guiasse cada batida.

    Seguindo o protocolo, fui a última a me apresentar. Talvez fosse por meu clã, talvez por minha juventude, mas a cada passo que dava, sentia-me mais pequena, como se minha presença naquele lugar fosse um erro. Doji Ruri, com seus cabelos brancos e seu semblante de nobreza intocável, caminhava com a graça de quem pertence àquela atmosfera. Soshi Ayami, envolta em um quimono ricamente adornado e usando uma máscara de escorpião, parecia carregar segredos que ninguém ousava desvendar. Olhei rapidamente para meu próprio quimono, e o sentimento de inferioridade se intensificou. Os dois samurais, um do Clã Dragão e o outro do Clã Unicórnio, permaneciam imóveis, como estátuas que guardavam mais do que mostravam, e ainda assim, a distância entre nós parecia intransponível, mesmo quando tentava entender o que Ide Tadayoshi-san e Kitsuki Hanbei-san representavam naquele momento.

    Com um suspiro discreto, ajustei minha postura. Era hora de mostrar a reverência que a ocasião pedia. Curvei-me profundamente num saikeirei, deixando que meu corpo expressasse a deferência que minhas palavras não conseguiam. O arco de 45 graus, mais do que um gesto, era uma entrega de espírito. Iinclinei-me com toda a elegância e humildade que consegui reunir, consciente de que estávamos diante de Iweko Myuki, uma figura que, para mim, era mais do que uma princesa: ela era a própria manifestação da realeza celestial.



    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Oig1_214





    Hime-sama,” minha voz saiu baixa, quase como um sussurro, suave como o vento que balançava as flores de cerejeira ao nosso redor. “Que os céus continuem a guiá-la e protegê-la. É uma honra estar aqui em sua presença, e uma honra maior ainda servi-la, pois servir-lhe é como servir aos céus...Aceito vossa missão.” Meu rosto permaneceu sereno, mas por dentro, sentia o calor subir pelas bochechas. Jamais imaginei estar diante de alguém tão grandiosa, e o fato de estar ali, naquele momento, me preenchia com um misto de reverência e incredulidade.



    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Oig2_118



    Quando Ide Tadayoshi apresentou seu presente, meu corpo encolheu-se ainda mais, como se quisesse me ocultar nas sombras da capela. Eu, tão despreparada, não havia trazido nada semelhante, e a comparação me fez sentir ainda mais diminuta. “Um cortesão que busca ser gentil sabe bem onde quer chegar,” pensei, enquanto aceitava o presente com uma reverência humilde, como se aquele gesto carregasse o peso de séculos de tradições.

    “Ide Tadayoshi-san, sou grata,” murmurei, a voz saindo quase como um sussurro, enquanto a vergonha por não poder retribuir se aninhava em meu coração. Evitei seu olhar por um tempo, um turbilhão de emoções conflitantes girando em meu peito—uma felicidade tímida por ter sido lembrada e uma vergonha silenciosa por minha falta de reciprocidade.

    Meus dedos deslizaram ao longo do amuleto talhado em madeira, com a delicada gravura de um espírito, sentindo a textura suave sob a pele. Tentei disfarçar o quanto aquilo me agradava, mas era evidente, até para mim, que a beleza daquele presente ressoava com algo profundo dentro de mim. Depois, guardei-o com cuidado, como se fosse um tesouro, um símbolo não apenas de gratidão, mas também da conexão que começava a se formar naquela noite—ou, pelo menos, torcia que assim fosse.

    À medida que Ayami-san e Kitsuki Hanbei-san se aproximavam, a atmosfera começava a se transformar. O ambiente tornava-se pesado, como se estivéssemos adentrando águas profundas e escuras, onde cada palavra e gesto carregavam significados ocultos. Eu não me atrevi a falar, mantendo-me em silêncio, temendo que qualquer comentário revelasse minha ignorância ou desajeito. Adotei uma postura respeitosa, permitindo que o silêncio falasse por mim.

    Puxei um dos meus leques, que me acalmava e conferia uma aura enigmática ao meu rosto. Os leques tinham sua própria linguagem, e homens e mulheres de alta posição aprendiam a usá-los para segredos, alertas, guerra, defesa, flerte e, especialmente, na arte; eles se tornavam parte do meu corpo. Sendo da família Kitsune, seu uso era gracioso e natural, talvez uma herança de outra época, o que tornava meu manuseio tão belo.


    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Oig3_218





    Aos 16 anos, usava um par de leques de cedro adornados com padrões de flores e elementos da natureza, em cores que remetiam ao meu clã: verde suave, rosa, marrom e dourado. Na cintura, uma pequena máscara de raposa em madeira, delicadamente pintada, completava minha indumentária, balançando suavemente como se tivesse vida. Esses elementos me ajudaram a manter a calma e o controle enquanto os outros falavam.



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    Mensagem por Alexyus Dom Set 29, 2024 4:20 pm

    KITSUKI HANBEI
    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo _5e86e10

    A princesa Iweko Myuki manteve o olhar fixo em Kitsuki Hanbei enquanto ele falava, demonstrando respeito por sua perspicácia e dedicação. Ao término das perguntas do investigador, a sala ficou em um silêncio solene, apenas interrompido pelo suave som das folhas de cerejeira caindo do lado de fora.

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    — Kitsuki Hanbei-san — começou a princesa, sua voz suave, mas carregada com o peso da verdade que prestes estava a revelar — sua diligência honra seu clã, e aprecio a firmeza com que já assume essa responsabilidade.

    Ela endireitou-se um pouco mais em seu assento, o rosto sereno, mas os olhos sombrios.

    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Tumblr_nhkm7dfA3V1qfrjlqo6_250
    — Kitsuki Jiro estava investigando uma situação delicada envolvendo membros do Clã Aranha. Eles, ao que parece, estavam explorando o Palácio de Marfim — a antiga sede dos habitantes originais das Colônias. Um lugar impregnado de mistérios e segredos antigos, cujas ruínas continuam a desafiar o que conhecemos do passado dessas terras. Jiro acreditava que eles buscavam algo lá... ou talvez tentassem esconder algo. Ele estava próximo de descobrir informações valiosas, mas antes que pudesse me passar um relatório completo, ele desapareceu.

    A princesa fez uma breve pausa, como se pesando suas palavras antes de continuar.

    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Tumblr_nhkm7dfA3V1qfrjlqo6_250
    — Quanto ao corpo de Jiro, ele foi encontrado nos ermos ao redor da Segunda Cidade. Uma samurai do Clã Caranguejo, Hida Kanno, estava em uma patrulha quando o encontrou. Ele sangrara até morrer. Não havia sinais de envenenamento, de luta violenta ou algum tipo de emboscada óbvia. Ele estava armado, mas sua lâmina não havia sido usada. Os exames em seu corpo confirmaram que ele sangrou até a morte, mas o que causou seus ferimentos continuou um mistério impossível de resolver.

    A princesa fechou os olhos por um momento, em um gesto de luto respeitoso, antes de prosseguir.

    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Tumblr_nhkm7dfA3V1qfrjlqo6_250
    — Seu corpo foi cremado conforme a tradição de seu clã, mas Jiro deixou poucas pistas além dos lugares que frequentava e os contatos que fez. Eu mesma não sei ao certo o que ele descobriu, pois ele utilizava intermediários para me enviar relatórios. Ele era cuidadoso, talvez até demais.

    O ar ao redor parecia mais denso, as palavras da princesa carregando o peso da missão que agora recaía sobre os ombros de Hanbei.

    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Tumblr_nhkm7dfA3V1qfrjlqo6_250
    — Hanbei-san, você seguirá os passos de Jiro. Ele não era tolo, e sabia dos riscos que corria. O fato de ter sido encontrado tão longe de sua base sugere que ele foi levado até lá ou atraído. O que quer que tenha ocorrido, suas investigações no Palácio de Marfim e as atividades do Clã Aranha são cruciais. Eu lhe darei acesso aos poucos registros que temos de seus movimentos e contatos, mas temo que muito tenha sido perdido com sua morte.

    A princesa se inclinou ligeiramente, mostrando não apenas respeito, mas uma confiança silenciosa no investigador diante dela.

    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Tumblr_nhkm7dfA3V1qfrjlqo6_250
    — Confio que você descobrirá a verdade que Jiro buscava. Lidere os outros com sabedoria.
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    Mensagem por shamps Seg Set 30, 2024 8:56 am

    Doji Ruri

    Cortesão do Clã da Garça


    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo 54007696153_a916472ddb_w

    Com serenidade, Ruri separou os itens que levaria para a viagem, tendo cuidado especial com seus kimonos, pinceis e a espada dada a ela por seu pai na ocasião de seu nascimento. Ela fitou com graça os dois itens que guiavam sua vida, dois itens que também a atormentavam e causavam-lhe dúvidas. Fechou os olhos e apertou os objetos contra o peito enquanto suspirava.

    Seu pai estava animado quando trouxe a carruagem que a guaria até o palácio real. Era muito complicado deixar aquele sorriso efusivo para trás e partir. Curvou-se para sua mãe e segurou em sua mão delicada. Ela tinha preparado Ruri para a vida social, por mais que ela preferisse o silencio de seu atelier. Era visível o orgulho nos olhos da mulher, sua filha partindo para a corte, mesmo que fosse temporário.

    - Que brilho é esse em seus olhos, oka sama? - eram lágrimas se formando no rosto da mãe - logo voltarei. - O mesmo acontecia nos olhos aconchegantes do pai, o homem teve menos pudor em deixar rolar as lágrimas, mesmo com o protesto da esposa. Ruri sorriu e igualmente segurou em suas mãos escurecida por horas passadas em tintas - levarei um belo quadro para a hime sama, oto san. A moldura que o senhor fez deu nova vida à obra. Obrigada!

    Finalmente subiu na carruagem e essa deixou as terras da família Doji e rumou para as terras imperiais.
    Ruri apreciava a brisa suave que tocava suas madeixas claras. Cantarolava em um tom baixo, na mesma altura do vento enquanto gravava na memória toda a beleza da paisagem por onde passava. Tudo era inspirador para a jovem pintora, a grama verde, os pastos verdejantes, os campos de arroz, o canto dos pássaros, o som do riacho, até mesmo o som ritmado dos cascos dos cavalos. Suspirou.

    Ruri chegou à noite em tão suntuoso lugar e como esperado, um lugar de beleza inspiradora. O dourado dos Leões se misturava com o último dourado do céu noturno antes de ser tomado pelo tom escuro que regeria as próximas horas. A jovem via beleza em tudo, desde das pétalas rosadas caindo delicadamente no chão ao som dos passos nas lustrosas pedras.
    Caminhava com graça, pé ante pé com passos curtos, as mãos apoiadas no obi prateado. O vento balançava o pequeno adorno de pedrarias em seu cabelo criando um som gentil.

    A filha da Garça não estava sozinha, representantes de outros clãs estavam presentes, o que trouxe incertezas para a jovem de cabelos brancos.
    A visão da joia do castelo ajudou a apaziguar o coração de Ruri, a mera visão da princesa era o suficiente para inundar a alma da Garça de esperança. Ruri sorriu de leve brevemente e logo voltou à sua feição serena em respeito à princesa à sua frente. Foi a terceira a ser apresentada e se curvou com educação e elegância para só então sorrir à saudação da soberana.

    - Muito me honra e ao meu clã seu convite, Alteza! - disse assim que retornou à postura ereta - recebo com alegria suas gentis palavras. Trago-lhe um singelo presente, Vossa Graça - ela apontou para o embrulho que seu guia segurava. Era natural que algo direcionado à realeza fosse inspecionado e a Garça encarou com bons olhos o ato do guarda Leão que a escoltava. Com tudo conferido, o embrulho foi refeito pela própria jovem com esmero. Presentes eram algo sagrado entre o clã da Garça, então era natural que Ruri cuidasse de tudo pessoalmente - permita-me, hime sama - o presente estava envolto em uma delicada seda azul celeste com bordado finos e delicados em fios prateados, ele envolvia uma tela pintada pela própria Doji, era uma imagem que representava a criação do mundo com pinceladas delicadas e precisas. A arte estava emoldurada por uma moldura feita pelas mãos firmes de Doji Sora, o grande artista da família - ainda não é uma arte digna da senhora, mas há muito do coração e dedicação da Garça através dessas mãos novatas - e estendeu suas mãos - será uma honra ter essa obra em sua coleção, Alteza! - e curvou-se novamente antes de assumir seu lugar na reunião.

    Ainda tinha mais uma para se apresentar e ela pode notar a graça e jovialidade da moça ruiva que chegava. Uma Kitsune, um clã que pouco era falado em sua família, mas não invisíveis. Doji Ruri a cumprimentou assim como fez com os demais. Uma reunião peculiar, em sua mente uma cena já se formava, se tivesse tintas em mãos logo isso ganharia vida.
    Tadayoshi educadamente se aproxima presenteando os presentes e para Ruri ele entrega um adorável leque, o que agrada muito a jovem que abre um enorme sorriso, contudo ela tenta segurara-lo. Não queria parecer boba.

    - Agradeço imensamente o presente - ela o recebe com educação, abre e admira a arte do leque - palavras gentis, sinto-me honrada - ela guarda o presente no furisode longo, indicando ser uma jovem solteira, assim como o próprio penteado é mais jovial. Ela curva-se em agradecimento - trago presentes para os senhores também - da outra manga ela tira pequenos pacotinhos de seda coloridos e adornados com pedrinhas coloridas - esses pacotinhos foram feitos por mim e a seda tingida pelo meu pai, o artista Doji Sora - ela entregou aos presentes, incluindo a princesa - dentro há omamoris consagrados por um shugenja de meu Clã. Para dar sorte e proteção - ela não tocou nos amuletos, os sacerdotes que embalaram as mensagens de boas fortunas - por favor recebam como prova de minha amizade!

    Seguiu-se a reunião com as palavras da honorável princesa, a qual ela prestava muita atenção. Ouvir sobre gaijins e a Sombra preocupavam a menina, contudo, foi ouvir sobre o clã Aranha que fez a coluna dela gelar. Seu avô falava muito sobre tal clã para assusta-la durante seu treinamento, coisa que a deixava sem dormir noites a fio. Ela engole pesado, mas mantém a postura séria, apenas pisca algumas vezes.
    As palavras da hime eram preocupantes e Ruri sentia-se conflitante por dentro com a visão do olhar duro de seu avô que a preparou para aquele momento e o sorriso amável de seu pai, o qual ela protegeria a todo custo. Ao fim do discurso da princesa, ela não pestanejou.

    - Honorável Graça - ela se curvou - a senhora tem a espada da Garça à seu serviço - só então observou os demais.

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    Mensagem por Xafic Zahi Seg Set 30, 2024 9:35 am


    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo OIG2

    Ide Tadayosh


    A violência é a linguagem da derrota, as espadas são as línguas dos perdidos
    Do estandarte da família Ide.

    Conforme as interações aconteciam, Tadayoshi notou pequenos desvios de etiqueta, mas manteve uma postura serena.

    Quando Kitsuki Hanbei aceitou o presente de imediato e o chamou de "Ide-san", um tratamento incomum para um embaixador oficial, Ide esboçou um leve sorriso, que suavizava qualquer traço de desagrado.

    - Os presentes são como as tradições do nosso povo, profundas e ricas de significado, tal como a sabedoria dos Dragões - O tom de voz era suave e dava uma ênfase em "tradições", mas sem soar ríspido, apenas lembrando a importância de um tratamento adequado.

    Ao se voltar para Ayami, que mencionara não ter trazido nada em troca, Tadayoshi ofereceu um olhar compreensivo, quase acolhedor.

    - Presentes nem sempre são sobre o que se dá no momento. Alguns gestos florescem com o tempo, e a verdadeira generosidade se revela em diferentes momentos - A sua voz continuava tranquila e expressava simpatia. No entanto, a expectativa de reciprocidade estava implícita, mas de uma forma paciente.

    Quando foi a vez de Kitsune Mio, que também havia aceitado o presente de imediato e o tratara usando "San", Ide sorriu, mostrando compreensão.

    - As florestas onde as Kitsune caminham são vastas e cheias de segredos... Há sempre algo a aprender ao observar os ciclos da natureza, não acha? - Fez uma breve pausa. Suas palavras sugeriam que o respeito pelas tradições era algo que se aprendia ao longo do tempo, sem pressa.

    Doji Ruri, seguindo a milenar tradição da troca de presentes, ofereceu o seu com a devida cortesia. Ide Tadayoshi recusou educadamente por duas vezes, como era o costume, aguardando que ela insistisse uma terceira vez, sinalizando sua real intenção de presentear. Quando finalmente aceitou, ele o fez com ambas as mãos, conforme a tradição, inclinando-se levemente com um sorriso genuíno.

    - Um presente feito pelas mãos de uma artista e consagrado por um shugenja é, sem dúvida, algo de grande valor. A dedicação de sua família é admirável, Doji-kun, e me sinto verdadeiramente honrado por receber um presente tão significativo.

    Com isso, Tadayoshi voltou sua atenção para a princesa. Aguardou pacientemente que os demais cortesões a respondesse, e falou por último:

    - O Clã Unicórnio sempre serviu ao Império com devoção, e como seu representante, é uma grande honra poder contribuir. Dentro das atribuições que me foram confiadas, farei o máximo para apoiar os objetivos aqui externados, sempre visando os interesses do Império - Era uma resposta propositalmente vaga, que, apesar de concordaer em cooperar, não se comprometia de maneira precepitada.

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    Mensagem por thendara_selune Seg Set 30, 2024 12:15 pm



    Kitsune Mio

    14:00
    Escola.
    Ameno.



    Oculta pela curva do leque, permiti que apenas um fragmento de meu semblante se revelasse, a cabeça inclinada em reverência. Palavras e gestos dançavam, enlaçados como fios invisíveis, enquanto meu coração, pesado, acusava erros sutilmente cometidos. A postura impecável do cortesão, a quietude serena da Garça, eram espelhos da minha própria inadequação, refletida a cada movimento. Diante da etiqueta impecável do filho do Unicórnio, sentia-me pequena, frágil. Quebrava-me em sua presença, como uma onda que se desfaz ao encontrar a rocha. E ao saber que alguém do clã do Dragão estava ali, a timidez crescia em meu peito, enraizando-se profundamente. Será que algum dia eu poderia me ajustar a eles, harmonizar-me com a perfeição ao meu redor, ou apenas traria vergonha ao nome de minha família, àqueles que, de sua postura elevada, talvez me vissem como uma falha em seu legado?
    @Xafic Zahi


    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Oig3_118




    Com Ruri


    @shamps


    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Oig1_z10




    Recolhi momentaneamente o leque, deixando à mostra parte do meu rosto enquanto estendia as mãos para receber o presente. Ao contrário de Ide, que hesitou, aceitei com um gesto simples e direto. No entanto, não pude deixar de notar a resistência sutil na postura do cortesão ao meu lado — ele compreendia as sutilezas da etiqueta muito melhor do que eu. Ainda assim, a gentileza da oferta não deveria pairar no ar sem resposta, e, sem me dar conta, sorri. Um sorriso que brotou espontâneo, não apenas pelo presente em si, mas pela delicadeza da intenção por trás dele.





    Tanto ela quanto Ayami evocavam lembranças de casa, de um tempo antes da morte de minha mãe. Uma mãe que se foi cedo demais, antes de poder me ensinar os mistérios deste mundo de gestos intrincados e palavras não ditas. Um mundo tão frágil e preciso quanto o tsuru, onde cada passo deve ser cuidadoso, e qualquer movimento fora do lugar pode causar uma desordem irreparável.


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    Havia uma doçura agridoce na presença das duas. Elas eram um espelho do que eu não havia aprendido, uma lembrança constante de tudo que me faltava. E, ao mesmo tempo, traziam consigo uma sensação de saudade, como o sopro suave de um vento familiar, que por um instante fazia o peso das formalidades e das convenções parecer menos opressor.



    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Oig2_j16




    "Oh..." – meus olhos pousaram no presente diante de mim, e, embora inocente, aquele gesto feriu-me como uma agulha fina. Não era mistério para ninguém que, ao contrário de minhas irmãs de clã, nunca havia possuído a delicadeza ou a retidão daquelas consideradas filhas perfeitas. Desde a infância, era mutável, como água que escapa entre os dedos. Era essa fluidez, tão longe das convenções, que inflamava em mim a arte; nas raras oportunidades em que o protocolo afrouxava, minha dança e minha voz despontavam, libertas das amarras do esperado. Mas Ruri, ah, Ruri era a própria encarnação da elegância. Ayami também; ambas exalavam uma aura que eu jamais poderia aspirar a imitar.



    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Oig3_119



    Curvada com certa submissão, tentei me aproximar da graça de Ruri. "Muito obrigada, Ruri-san," murmurei, num tom que se esvaía antes de ser ouvido. Enquanto ela se adornava em um suntuoso furisode, suas mangas longas e fluídas lembrando as asas suaves de uma garça em voo, eu me mantinha contida no meu simples houmongi, de cor modesta. O traje, com sua profusa decoração em ombros e mangas, adequava-se ao momento, mas não tinha o esplendor que enchia os olhos. Sentia-me uma raposa, marcada pela poeira dos caminhos, frente à majestade intocada da Garça.

    Levantei-me, e meus olhos vagaram, cativados pelos adornos em seu cabelo, pelo tilintar delicado que acompanhava seus movimentos. Cada detalhe parecia pertencer a um mundo feito de refinamento e arte. Secretamente, desejei que aquela reunião, envolta em etiquetas e formalidades, chegasse ao seu término. As últimas instruções da princesa seriam meu alívio, e eu poderia, enfim, escapar dessa trama que, embora familiar, sempre me sufocava. Talvez fosse o nervosismo que me tolhesse, ou, quem sabe, fosse minha própria natureza que resistia à rigidez das convenções. Contudo, mais que tudo, ansiava pela liberdade que aguardava após o encerramento.


    Visual:




    Kitsune Mio

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    Mensagem por El Cabron Ter Out 01, 2024 6:24 pm



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    Dos Diários de Kitsuki Hanbei

    (As datas não são informadas, tão pouco horários ou a exatidão do momento do dia em que os fatos relatados se deram.)


    Spoiler:



    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Ksx71910

    Kitsuki Hanbei fez uma reverência ao elogio da princesa enquanto discretamente retirava seu diário e fazia algumas anotações. Assim que ela começou a falar, partilhando as parcas informações que tinha, sua mente iniciou um processo de tentar traçar uma linha temporal, anexando fatos e suposições, envolvidos e não-envolvidos.

    - Agradeço, Princesa Iweko Myuki-sama. - inclinou-se serenamente, mais uma vez

    Havia ali sua primeira frustração: queria realizar um exame completo no corpo de Jiro. Com a cremação e baseando-se apenas no que a Princesa disse, teria de aceitar aquilo como verdade absoluta, mesmo que relutasse, sem ter a certeza de dar um diagnóstico feito por ele próprio.
    O fato de ter sido encontrado sem sinais de luta e, ainda assim, ter morrido por perda de sangue é um enigma que precisa ser resolvido. Alguém, ou algo, o feriu de maneira a evitar qualquer sinal de conflito direto.

    - Hida Kanno…Onde posso encontrá-la?

    Após a resposta da Princesa, o investigador fez uma breve pausa, como se estivesse mentalmente traçando o curso de ação.

    - Prometo que não descansarei até que a verdade seja trazida à luz.

    Ele inclinou-se novamente em uma reverência profunda.

    COM OS DEMAIS MEMBROS DE CLÃ

    Kitsuki Hanbei observou atentamente os gestos graciosos da jovem Doji Ruri. Cada movimento calculado com a elegância que se esperava de uma dama tão refinada quanto a Garça que também simbolizava seu Clã. Ele aceitou o pacotinho de seda com uma reverência respeitosa, apreciando o cuidado e o simbolismo da oferta.

    - É uma honra receber um presente tão delicado e significativo, especialmente quando é criado por mãos tão talentosas. - disse Hanbei com uma voz serena, enquanto guardava cuidadosamente o amuleto.

    Ainda que não fosse um adepto ferrenho das tradições, Hanbei sabia o quanto alguns levavam cegamente tais convenções à sério, de forma que não ofenderia ninguém deliberadamente ali, ainda mais estando na presença da Princesa.

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    Mensagem por Alexyus Qua Out 09, 2024 6:34 pm

    KITSUKI HANBEI
    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo _5e86e10

    A princesa Iweko Myuki observou atentamente enquanto Kitsuki Hanbei anotava em seu diário, percebendo a eficiência e dedicação que ele demonstrava. Sua postura sempre graciosa não mudou, mas seus olhos brilharam com um misto de tristeza e determinação.

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    — Hida Kanno, atualmente, está na guarnição do Clã Caranguejo nas docas do rio no extremo sul da Segunda Cidade — respondeu a princesa, a voz calma, mas com um leve tom de urgência — Ela pode lhe fornecer mais detalhes sobre o estado em que encontrou Kitsuki Jiro. Hida Kanno é uma guerreira de poucas palavras, mas leal. Tenho certeza de que ela colaborará com você, se assim for necessário.

    A sala parecia mais silenciosa após a resposta, e Hanbei sabia que cada peça dessa investigação poderia ser crucial para desvendar o mistério.

    Quando o investigador prometeu não descansar até que a verdade fosse revelada, a princesa fez um pequeno gesto com a mão, uma espécie de bênção sutil, demonstrando confiança em seu novo emissário.

    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Tumblr_nhkm7dfA3V1qfrjlqo6_250
    — Confio plenamente em você, Kitsuki Hanbei-san. Se há alguém que possa desfazer este enigma, é você. A honra do Dragão está em suas mãos, assim como a segurança desta cidade e, quem sabe, de todo Rokugan. Vá, e que os Kamis guiem seus passos.

    Com isso, a audiência estava concluída. Hanbei se retirou com outra reverência, enquanto a sensação de peso em seus ombros aumentava. A verdade o aguardava, enterrada em sombras que se estendiam além da morte de Kitsuki Jiro, e ele agora deveria seguir esse rastro silencioso.
    A investigação começara.


    DOJI RURI, IDE TADAYOSHI, SOCHI AYAMI, KITSUNE MIO & KITSUKI HANBEI
    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo _5e86e11ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo OIG1ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo 54007696153_a916472ddb_wON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Versze10ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Do_3_w10

    Na penumbra sagrada do Santuário do Crepúsculo, o silêncio reverente da sala era interrompido apenas pelo farfalhar das vestes da princesa Iweko Myuki enquanto ela se aproximava dos cinco samurais convocados. O brilho suave das lanternas iluminava seus rostos, e a atmosfera era pesada com a expectativa.

    A princesa parou diante de um pequeno altar cerimonial onde repousavam cinco anéis, cada um feito de um material distinto e brilhando com a essência de um dos cinco elementos de Rokugan. Lentamente, ela se voltou para os samurais, os olhos profundos de sabedoria e poder.

    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Oig4_j11

    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Tumblr_nhkm7dfA3V1qfrjlqo6_250
    — Vocês foram reunidos aqui, não apenas por suas habilidades, mas pela harmonia entre suas naturezas e os elementos que sustentam o equilíbrio de nosso mundo. Hoje, entrego a cada um de vocês um símbolo desse elo, um anel que ressoa com o espírito do elemento que cada um de vocês representa.

    Ela caminhou até Kitsuki Hanbei, o primeiro a receber seu anel.
    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Tumblr_nhkm7dfA3V1qfrjlqo6_250
    — Kitsuki Hanbei-san, você é o símbolo da Terra. Sólido, firme e inabalável em sua busca pela verdade. Como a terra sustenta todas as coisas, você sustenta os mistérios que precisam ser desvendados. Seu anel é feito de jade puro, reforçando sua resistência ao caos e à corrupção. Que ele fortaleça seu espírito em cada enigma que enfrentar.

    O anel de jade brilhou com um verde sereno quando Hanbei o aceitou com uma reverência profunda.

    A princesa então se voltou para Sochi Ayami, seus olhos encontrando os da samurai-ko.
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    — Sochi Ayami-san, seu espírito é como o Fogo. Ágil, intensa e com uma paixão inigualável. Como o fogo purifica e ilumina, você ilumina as sombras ao seu redor com sua coragem. Seu anel é forjado em ouro, um símbolo da chama que nunca se apaga. Que ele alimente sua chama interior e a guie em seus momentos de maior desafio.

    O anel de ouro brilhava com uma luz quente enquanto Ayami o recebia com um olhar determinado.

    Depois, foi a vez de Ide Tadayoshi. A princesa parou diante dele com uma expressão serena.
    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Tumblr_nhkm7dfA3V1qfrjlqo6_250
    — Ide Tadayoshi-san, você é o reflexo da Água. Flexível, fluido e capaz de se adaptar a qualquer situação. Como a água flui sem obstáculos, você encontrará o caminho para suavizar os conflitos e harmonizar as relações. Seu anel é de prata, brilhante e maleável, assim como seu espírito. Que ele lhe conceda a clareza necessária para mover-se entre os desafios com graça.

    Tadayoshi recebeu o anel de prata com uma reverência suave, refletindo seu papel como mediador e diplomata.

    A princesa então se virou para Doji Ruri, sua voz baixa e melodiosa.
    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Tumblr_nhkm7dfA3V1qfrjlqo6_250
    — Doji Ruri-san, sua essência é o Ar. Invisível, mas sempre presente, você observa e conhece tudo o que se move ao seu redor. O ar carrega segredos e traz sabedoria para quem sabe escutá-lo. Seu anel é feito de cristal transparente, que representa sua clareza mental e sua capacidade de ver além das aparências. Que ele a conecte ao que está oculto e a ajude a navegar pelos ventos do destino.

    Doji Ruri aceitou o anel de cristal com uma reverência profunda, seus olhos refletindo a calma dos céus.

    Finalmente, a princesa chegou a Kitsune Mio, e seus olhos encontraram os de Mio com uma intensidade rara.
    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Tumblr_nhkm7dfA3V1qfrjlqo6_250
    — Kitsune Mio-san, você é a personificação do Vazio. Um elemento invisível que une todas as coisas existentes, assim também será seu papel de manter todos unidos e concentrados na cooperação. Invoque os espíritos ancestrais da natureza para guiá-los em seus caminhos e usem as bençãos deles para  alcançarem sucesso e manterem sua honra. Seu anel é uma liga de ébano e mercúrio-cromo. Pegue-o.

    O anel de madeira sagrada pulsou em um calor suave quando Mio o aceitou, sentindo a energia ancestral nele contida.

    Quando todos estavam com seus anéis, a princesa deu um passo atrás, olhando para o grupo com um olhar firme, mas cheio de confiança.
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    — Vocês agora são os portadores desses símbolos, os representantes da Mão da Princesa. Que esses anéis sejam mais do que adornos; que sejam guias, lembrando-os constantemente do papel vital que cada um desempenha no equilíbrio de Rokugan. Vocês são a chave para unir nossos clãs e enfrentar os perigos que ameaçam nossa terra.

    Quando os cinco samurais receberam seus anéis, o silêncio no Santuário do Crepúsculo pesava com a responsabilidade que agora compartilhavam. A princesa Iweko Myuki, em toda sua graça e compostura, deu um passo à frente, fitando cada um dos membros da Mão da Princesa com um olhar de confiança serena.

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    — Antes de partirem para sua primeira missão, há algo que precisam conhecer — disse a princesa, sua voz baixa, mas carregada de importância.

    Ela gesticulou levemente para um dos painéis de madeira nas laterais do santuário. Ao toque suave de seus dedos, o painel deslizou sem um som sequer, revelando uma passagem estreita e escura, oculta à vista de todos.

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    — Esta passagem secreta — começou Myuki, enquanto seus olhos seguiam a linha oculta do túnel — é um recurso de última necessidade. Ela os levará diretamente para fora da Propriedade do Governador, passando pelas sombras dos jardins até um local seguro. Poucos conhecem sua existência, e somente aqueles em quem confio completamente têm o privilégio de usá-la.

    Ela deu um passo para o lado, permitindo que eles vissem o corredor estreito à frente, suas paredes de pedra antigas levemente iluminadas por tochas distantes.

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    — Vocês podem precisar disso em momentos de grande urgência, quando uma saída discreta for necessária. Este lugar deve permanecer em segredo, mesmo entre vocês, a menos que seja absolutamente inevitável.

    Kitsuki Hanbei, sempre perspicaz, observava cada detalhe da construção com atenção. Sua mente já começava a traçar planos de fuga, caso a situação se complicasse em sua missão. Os outros samurais mantinham uma postura atenta e silenciosa, absorvendo a gravidade da situação.

    A princesa fechou o painel novamente com um movimento gracioso, selando a passagem com a mesma facilidade com que a abrira.
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    — Agora, — prosseguiu, dando um passo à frente, seu rosto iluminado pelas suaves lanternas ao redor — a investigação da morte de Kitsuki Jiro é sua primeira tarefa. Ele estava investigando membros do Clã Aranha no Palácio de Marfim quando encontrou seu fim. O Clã Caranguejo o encontrou nos ermos ao redor da Segunda Cidade, e Hida Kanno, a samurai que o encontrou, pode lhes dar mais detalhes sobre as circunstâncias de sua morte.

    Ela fez uma pausa, deixando suas palavras ecoarem no ambiente solene.

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    — A verdade sobre o que aconteceu com Jiro-san precisa ser desvendada, pois suas descobertas podem conter as chaves para os segredos que ameaçam nossa união. E não se enganem, as forças que enfrentam não hesitarão em usar a escuridão a seu favor.

    Seus olhos brilhavam com determinação.

    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Tumblr_nhkm7dfA3V1qfrjlqo6_250
    — Partam agora, e lembrem-se de que vocês não estão apenas investigando uma morte; estão buscando restaurar o equilíbrio entre os clãs. O futuro de Rokugan repousa em suas mãos.

    Com uma última reverência cerimoniosa, a princesa Iweko Myuki lhes deu seu adeus, os olhos de cada um fixos nos dela, sentindo o peso das palavras e o poder da responsabilidade que agora carregavam.

    Os cinco samurais saíram do santuário, um a um, cientes de que sua jornada havia começado. Nos corredores de pedra e nos jardins silenciosos da Propriedade do Governador, cada passo ecoava o início de algo maior, um destino que entrelaçava seus caminhos com os mistérios e desafios que aguardavam na vastidão das Colônias.

    A Mão da Princesa estava formada, e o destino de Rokugan, de alguma forma, repousava sobre eles.
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    Mensagem por shamps Sex Out 11, 2024 11:50 am

    Doji Ruri

    Cortesão do Clã da Garça


    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo 54007696153_a916472ddb_w

    Ver as pessoas recebendo seu singelo presente e reconhecendo seu feito artístico deixava a alma de Ruri muito iluminada. Ela ficava tímida com aquele tipo de reação e sorria amplamente com tal ato, o que a deixava novamente envergonhada e forçava-se a esconder o sorriso sincero. Não era muito bem visto tanta demonstração dos dentes, mas Sora nunca se importou com isso e incentivava a filha a sorrir, enquanto seu avô a desencorajava severamente quando via a jovem animada. Aquilo deixava Ruri confusa quanto a como reagir.

    - Eu fico muito feliz por aceitar - foi uma resposta padrão para todos que aceitaram seu presente - ainda tenho muito a percorrer para me tornar uma grande artista. Suas palavras me motivam - parecia ensaiado, mas não era, ela apenas não sabia como reagir e repetiu a primeira frase.

    A princesa explanou suas preocupações ao precisar formar aquela equipe e providenciou um item para ajuda-los. Ruri ficou surpresa e honrada ao receber o Anel do Ar, recebeu com uma reverencia graciosa e o admirou enquanto a princesa falava com outro samurai. Era uma joia linda e delicada que combinaria muito bem com ela, assim como o recebido pelos demais, como se cada anel tivesse sido criado para cada um deles.

    - Recebo-o com honra e humildade, Vossa Graça. Espero ser digna de tal joia - as duas mãos receberam a dádiva.

    Ela continuou, com o ar mais sério, relembrando-os do motivo de estarem ali, o que fazia um frio desconfortante percorrer-lhe a espira, mas tinha que manter a compostura. A passagem mostrada pela soberana foi mais uma prova do quão importante era aquela missão e apenas assentiu com a cabeça.

    Igualmente como cumprimentou a princesa, ela usou a mesma pompa para despedir-se da soberana que agora partia e os deixava para trás com uma missão. Ela olhou para todos ali e piscou algumas vezes.

    - Senhores... - ela nunca esteve em uma missão e sentiu seu coração pulsar com nervosismo. Não sabia se estava preparada para aquilo, era só uma artista. Contudo, o treino com seu avô era severo e, pela primeira vez, agradeceu por ter passado por aquele sofrimento. Os homens do grupo pareciam mais velhos e com certeza tinham mais experiência na estrada do que ela, até mesmo Ayami tinha um caminho mais primoroso como samurai. Olhou para Mio, que parecia ter uma idade próxima a sua, e perguntou com o olhar se estava tudo bem - por onde começamos? - tinham a pista da samurai Caranguejo dada pela princesa, mas não sabia se as coisas começariam por lá mesmo. Talvez ter tomado um pouco de sol como sua mãe dizia não teria sido tão ruim. Decidiu começar pelo começo.

    - Permitam apresentar-me formalmente. Sou Doji Ruri do honorável clã da Garça. Filha de Doji Sora, um renomado artista e de Doji Yukina, uma exímia espadachim. Neta dos honoráveis samurais Doji Hoshi, o poeta e Doji Hideki, o espadachim - ela se curva diante todos - honra-me muito conhece-los. Espero que meus conhecimentos possam ser úteis para essa nobre missão.
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    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Empty Re: ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo

    Mensagem por El Cabron Sex Out 11, 2024 1:17 pm



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    Dos Diários de Kitsuki Hanbei

    (As datas não são informadas, tão pouco horários ou a exatidão do momento do dia em que os fatos relatados se deram.)


    Spoiler:


    ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo Ksx71910

    Havia um tom quase divino na figura da Princesa. Seu caminhar, cheio de graça e sutileza, era marcado também pela sua imponência. Hanbei, um homem simples e mundano, admirava toda sua representação discretamente, porém, com um pequeno sorriso de autoconfiança estampado em seu rosto.

    Aceitou o Anel de Jade, referente ao Elemento Terra, com uma reverência, sentindo o peso simbólico daquele presente e o reconhecimento de seu papel na harmonia dos elementos. Ao ouvir as palavras da princesa Iweko Myuki, sua mente já se movia rapidamente, tecendo os fios das informações recém-adquiridas. O nome de Hida Kanno voltou ao seu pensamento, um possível caminho para desvendar o mistério que cercava a morte de Kitsuki Jiro.

    Quando a Princesa mostrou a passagem secreta, Hanbei tomou nota dela em seu caderno, porém, sabiamente a transcreveu em um código próprio, que apenas ele compreenderia. Assim que ela se despediu, Doji Ruri, a quem Hanbei em sua mente chamaria de A Artista, ergueu-se e tomou a palavra.

    “Ela tem personalidade…é decidida…” - analisou e anotou mentalmente após a fala da jovem.

    - É com graça que me apresento após sua honorável fala, Doji-san - Hanbei começou, erguendo-se para falar também - Meu nome é Kitsuki Hanbei e sou um investigador do Clã Dragão. - sua fala era calma e serena, embora um pequeno filete de suor escapasse sutilmente de sua testa e descesse até sua têmpora.

    ***

    Após todas as devidas apresentações entre todos, Hanbei tomou a palavra.

    - A honorável Princesa Iweko Myuki nos incumbiu de uma missão que julgo estar envolta por mistérios. Vou partilhar algumas informações que julgo serem importantes para a nossa missão. - tomando o pequeno caderno de volta ás suas mãos, Hanbei relatou-lhes os principais pontos abordados pela Princesa quando estiveram sozinhos - Kitsuki Jiro foi encontrado morto nos ermos da Cidade. Seu corpo, no entanto, não tinha quaisquer sinais de luta nem ferimentos aparentes. Sinais de envenenamento também foram descartados. Apesar disso, sangrou até a morte… - fez uma pausa e olhou a todos antes de voltar-se ao caderno - Hida Kanno, uma samurai do Clã Caranguejo, foi quem o encontrou. Sua patrulha geralmente se encontra nas docas do rio no extremo sul da Segunda Cidade. - Hanbei fechou o pequeno caderno e o guardou em um bolso interno de suas vestes - Acho que temos alguns caminhos óbvios para seguir: falar com Hida Kanno e colher seu depoimento, fazendo alguns questionamentos; ir até o local onde seu corpo foi encontrado na chance de encontrarmos algumas pistas; e, particularmente, acho que seria interessante fazermos uma busca em seu dormitório que, creio eu, era no Bairro Dragão. - Hanbei, agora com um aspecto sério, bastante distinto daquele de quando estava na presença da Princesa, olhou por uma das janelas - Não quero arriscar nada, mas acho que sabiam exatamente cada passo dado por Kitsuki Jiro aqui… Sua morte não seria de maneira tola, então não descartaria que algum intermediário ou conhecido o tivesse levado até as redondezas da cidade e o matado lá. Ou mesmo o entregado até o seu suposto assassino... - Cruzou os braços. Sua fala era lenta, vagarosa, quase como se estivesse pensando em voz alta. - Cinco samurais andando por aí…isso seria um tanto quanto chamativo. Ainda mais se os cinco saem do Palácio. Eu sugiro uma divisão, para evitar olhares curiosos. Além, é claro, de total discrição. - Colocou a mão no queixo, acariciando os curtos fios de barba que ali estavam - Gostaria de interrogar Hida Kanno. Uma ou duas companhias seriam interessantes. Outro grupo poderia analisar o local onde seu corpo foi encontrado. - Hanbei virou-se para os colegas - Depois disso, poderíamos nos encontrar no Bairro do Dragão e de lá irmos aos aposentos do finado Jiro-san.

    Embora Hanbei pudesse parecer autoritário naquele momento, não era nem de longe a impressão que gostaria de passar. Talvez a falta de traquejo social o colocasse naquela situação, mas, sinceramente, também pouco importava-se como pareceria aos demais desde que seu trabalho fosse bem feito.


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    Mensagem por gaijin386 Sex Out 11, 2024 2:48 pm


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    Soshi Ayami


    Soshi Ayami fixou seus olhos no pedestal onde fica evidente o simbolismo da presença dos cinco anéis no altar, cada um representando um dos elementos (Terra, Água, Fogo, Ar e Vazio), o que reforça a conexão entre a espiritualidade e o destino dos personagens envolvidos e ela só podia pensar no que viria a seguir.

    Alexyus escreveu:— Sochi Ayami-san, seu espírito é como o Fogo. Ágil, intensa e com uma paixão inigualável. Como o fogo purifica e ilumina, você ilumina as sombras ao seu redor com sua coragem. Seu anel é forjado em ouro, um símbolo da chama que nunca se apaga. Que ele alimente sua chama interior e a guie em seus momentos de maior desafio.

    A entrega do anel de Fogo à Sochi Ayami é um momento carregado de simbolismo e honra, destacando seu caráter e as qualidades que a definem. Ao associá-la ao Fogo, a princesa Iweko Myuki reconhece as características de agilidade, intensidade e paixão que fazem de Ayami uma guerreira notável. O ouro, além de seu valor intrínseco, é frequentemente associado à eternidade e ao poder duradouro, sugerindo que a chama interior de Ayami nunca se extinguirá, mesmo diante das provações mais árduas.

    Esse momento provavelmente reflete uma profunda conexão entre o destino de Ayami e o elemento Fogo, que pode ser tanto destrutivo quanto purificador. O fato de o anel brilhar com uma luz quente ao ser recebido indica que ele já responde à energia da samurai-ko, como se os elementos estivessem de fato em sintonia com o espírito dos escolhidos.

    Esse gesto da princesa também reforça a importância da missão que está por vir. Não é apenas uma questão de força física ou habilidade no combate, mas de sabedoria, coragem e capacidade de canalizar o espírito dos elementos. O que será que está reservado para Ayami e os outros samurais, agora que os anéis elementares estão começando a ser entregues?

    "Aceito com muita honra a incumbência a qual me encarrega e suas responsabilidades." - diz em resposta ao aceitar o anel em suas mãos estendidas.

    Silenciosa, ela se curvou em respeito para então recuar e dar passagem ao próximo que receberia seu anel e ouviu o que os outros estavam dizendo.

    "Deveríamos começar pelo indicio mais forte é claro. Acredito que todos tenhamos alguma pista relacionada a seu próprio clã, mas tentar abraçar todos os indícios simultaneamente levaria mais tempo e enfraqueceria nosso tempo de resposta. A princesa nos forneceu um indicio forte a meu ver. - era claro que ela deseja começar pelo próprio clã, mas não estava mais só ali e seria grosseiro querer impor sua vontade sobre os demais? Soshi sabia que sim e preferiu aquietar-se, mas obviamente devia apoiaria investigar o próprio clã se isso fosse sugerido.

    "Sou Soshi Ayami do clã Escorpião da nobre família dos Soshi. Filha de Soshi Haruyoshi, um shugenja conhecido pela maestria nos disfarces, por sua sabedoria e astúcia e de Soshi Michiko hábil cortesã. Também me honra conhece-los e veremos que o podemos fazer para resolver a tarefa que nos foi passada.

    Soshi Takahito... Ele estava quieto por demais e isso a deixava inquieta ao mesmo tempo que tranquila, pois o ancestral podia ser cansativo as vezes.

    "O que o nobre dragão Kitsuki Hanbei diz é aceitável e não vejo porque não devamos fazer como ele diz.



    (C) ROSS
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