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    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo

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    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 Empty Re: [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo

    Mensagem por thendara_selune Sáb Out 12, 2024 11:20 pm



    Kitsune Mio

    14:00
    Escola.
    Ameno.


    Fiquei encantada com o anel. Sem pensar muito, me curvei diante da princesa. “Farei vossa vontade...” As palavras escaparam antes que eu pudesse realmente ponderar sobre o peso que carregavam. Senti o calor subindo ao meu rosto, tingindo minhas bochechas de vermelho, não só pela vergonha de estar ali, exposta, mas também pela percepção súbita da enorme responsabilidade que pairava sobre nós.


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    Quando finalmente fomos dispensados, senti um alívio pequeno, quase imperceptível, como se o ar ao redor tivesse, por um instante, se tornado mais fácil de respirar. Mas a tensão, essa não cedia. Ela se agarrava firme a mim, como se fizesse parte da minha pele. Eu sabia que aquele era o primeiro passo para provar meu valor, e qualquer erro, por menor que fosse, poderia significar o fim da minha jornada.
    Permaneci em silêncio, observando enquanto os outros falavam. Suas vozes pareciam ecoar ao meu redor, preenchendo o espaço com uma energia que eu ainda não conseguia acompanhar. Escolhi escutar, absorver tudo com cuidado, como se cada palavra pudesse me ensinar algo vital, algo que evitasse que eu cometesse um deslize fatal.



    Foi nesse momento que notei o olhar de  @shamps Ruri. Ele me observava, atento, com uma expressão que não consegui interpretar de imediato. Respondi com um sorriso tímido, como se quisesse disfarçar a agitação que pulsava dentro de mim. Talvez estivesse tentando passar a impressão de que estava bem, de que sabia o que estava fazendo. Mas era impossível esconder a verdade: o peso daquilo que estava por vir me esmagava, e o medo de falhar caminhava ao meu lado, silencioso, a cada passo que eu dava.



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    “O que vocês decidirem, concordo... É a primeira vez que saio da escola...”, murmurei timidamente, as palavras saindo quase sem força. Não havia muito o que falar sobre mim. Minha história era curta, quase invisível. Meus pais estavam mortos, e o clã Mantis me mantinha por perto mais por uma questão de linhagem do que por afeto. Uma sombra no meio de outras sombras.



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    Kitsune Mio

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    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 Empty Re: [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo

    Mensagem por Alexyus Ter Out 22, 2024 3:12 pm

    A despedida da Princesa Iweko Myuki ainda pairava no ar como um eco, enquanto cada um dos cinco samurais absorvia o peso da missão e a nova realidade que estavam prestes a encarar. A responsabilidade, a honra e o destino entrelaçados com aqueles anéis, oferecidos pela princesa, simbolizavam muito mais do que uma simples joia — eram o fardo de uma missão sagrada.

    Doji Ruri, com o Anel do Ar agora em seu dedo, ainda tentava processar o significado de tudo aquilo. O metal leve, quase etéreo, parecia pulsar levemente, como se estivesse vivo e conectado à sua própria essência. Sua mente era um turbilhão de pensamentos: o desejo de honrar a memória de seus pais e avós, a timidez que lutava para se controlar e o nervosismo de estar em uma missão real. Embora se sentisse deslocada entre os guerreiros mais experientes, ela sabia que sua arte e delicadeza poderiam ser úteis em formas que talvez nem ela mesma compreendesse ainda.

    Kitsuki Hanbei, detentor do Anel da Terra, sentia a solidez e firmeza do metal pesado e resistente contra sua pele. Ele sempre fora meticuloso, analítico, alguém que preferia estudar cada detalhe antes de agir. Agora, mais do que nunca, essas qualidades precisariam ser colocadas à prova. O assassinato de Kitsuki Jiro o tocava pessoalmente, e ele sabia que, além da honra de sua família, havia um mistério ainda maior a ser desvendado.
    Enquanto falava com os demais, delineando o plano de ação, seus olhos percorriam cada um dos companheiros, avaliando-os silenciosamente. Ele confiava em suas habilidades, mas sabia que cada um tinha seus próprios demônios a enfrentar. 

    Soshi Ayami, com o Anel de Fogo brilhando em sua mão, estava profundamente conectada ao elemento que representava. A energia intensa e incontrolável do fogo era algo que sempre lhe falara diretamente, tanto em combate quanto em sua vida. Ela sentia o calor suave do anel, um lembrete constante da chama que queimava dentro dela.

    Mesmo que as palavras de Hanbei fossem sensatas, Ayami sabia que havia mais de uma maneira de abordar aquela investigação. O clã Escorpião tinha suas próprias formas de lidar com mistérios e assassinatos, formas sutis, manipuladoras e eficientes. Ela sabia que seu papel não era apenas ser uma espada a serviço da justiça, mas também uma mente afiada, capaz de desenterrar segredos ocultos.

    Kitsune Mio sentia a responsabilidade pesar em seus ombros, mesmo com o Anel do Vazio em sua mão, um símbolo de fluidez e adaptação. Ainda assim, a jovem samurai do clã Mantis se via como uma folha à deriva num rio tempestuoso. Suas mãos tremiam levemente enquanto olhava para o anel, buscando no reflexo do metal uma espécie de conforto, mas tudo o que via era sua própria incerteza.

    Enquanto Hanbei falava, Ide Tadayoshi se mantinha à parte, absorvendo as informações e traçando seus próprios planos. Seu Anel da Água reluzia em seu dedo enquanto ele observava cada um dos outros, analisando-os judiciosamente. 

    Ide Tadayoshi inclinou a cabeça para ouvir as palavras de Kitsuki Hanbei, sua expressão serena e atenta como sempre. O samurai de olhar atento falava com clareza e convicção sobre a necessidade de dividirem o grupo e agirem imediatamente. Era verdade que a urgência da situação era palpável, mas Tadayoshi não compartilhava do mesmo ímpeto. Havia algo na ideia de se precipitarem à noite que lhe causava desconforto.

    Após Hanbei terminar e as mulheres responderem, Tadayoshi se adiantou, seus olhos suaves e voz calma refletindo sua natureza diplomática, mas havia uma firmeza subjacente em seu tom:
    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 OIG2
    — Kitsuki-san, compreendo sua preocupação, e reconheço a validade de agir com prontidão. No entanto, acredito que avançar agora, em plena noite, pode ser um erro. 

    Ele fez uma breve pausa, permitindo que suas palavras fossem absorvidas antes de continuar. 
    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 OIG2
    — As sombras da noite não são aliadas de nossa investigação. Nem para a busca por pistas, nem para abordar aqueles que guardam respostas. Em vez de facilitar nossa missão, a escuridão pode apenas encobrir o que procuramos.

    Ele olhou brevemente para Soshi Ayami e Kitsune Mio, buscando nos rostos delas sinais de concordância antes de prosseguir:
    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 OIG2
    — Sugiro, em vez de nos separarmos e corrermos para cumprir múltiplas tarefas, que mantenhamo-nos os cinco unidos. Juntos, somos mais fortes e menos propensos a perder detalhes importantes. A pressa pode nos fragmentar, e dividir nossa força não me parece prudente, ao menos não nesse estágio inicial. Devemos primeiro reunir informações completas, antes de tomarmos diferentes direções.

    Tadayoshi respirou fundo, tomando cuidado para manter sua sugestão clara e prática.
    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 OIG2
    — Proponho que nos encontremos no bairro do Dragão ao amanhecer. Com a luz do dia, poderemos vasculhar o dormitório do falecido, onde talvez encontremos algo que ainda não foi notado. Somente após reunirmos essas informações deveríamos falar com Hida Kanno, para que nos mostre o local exato onde o corpo foi encontrado.

    Ele ergueu o olhar, sua voz tão calma quanto uma maré tranquila, mas com uma convicção inabalável.
    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 OIG2
    — O ritmo da água é lento, mas persistente. Ela contorna obstáculos e encontra o caminho mais seguro. Da mesma forma, devemos abordar esta questão com paciência e estratégia, não com pressa.

    Apesar da serenidade no tom das palavras de Ide, estava claro que ele estava questionando a liderança de Kitsuki Hanbei. Apesar do Dragão ter sido comissionado pela Princesa Myiuki, o Unicórnio era de status superior devido ao casamento com uma dama das famílias imperiais; não muito acima dos demais, mas ainda assim Ide era por direito de etiqueta o membro mais graduado.

    Estava estabelecido uma disputa silenciosa pela liderança do quinteto, na qual cada um deles poderia se posicionar.
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    Mensagem por El Cabron Qui Out 24, 2024 8:40 am



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    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 Ksx71910

    Houve certa surpresa quando Ide Tadayoshi, um dos samurais convocados pela Princesa, manifestou-se contrário às ideias de Hanbei. O Samurai do Dragão o observou, atento à cada uma de suas colocações, porém, não conseguia esconder o semblante excessivamente sério, quase julgador, para com o Samurai do Unicórnio.

    - Ide-San… - Hanbei começou - Entendo seu posicionamento preocupado com a segurança de todos. Mas - o samurai fez uma breve pausa - desconheço investigadores que trabalhem apenas quando o sol está à pino. Ou mesmo aqueles que se escondem das sombras para evitar seu trabalho, pelo mesmo ser perigoso. - era uma leitura que Hanbei fazia, que de alguma forma Ide Tadayoshi temia o que poderiam encontrar à noite - Não vou obrigar ninguém a me acompanhar, e posso até estar errado e você certo, e nada tirar das investigações feitas agora, mas prefiro errar tentando do que ficar com a sombra da dúvida em minha mente, achando que um ou dois minutos a mais poderiam ser a diferença entre achar uma pista ou perdê-la. - Hanbei virou-se para os demais - Não vou entender como uma ofensa caso queiram esperar, mas eu vou me dirigir até as docas e procurar por Hida Kanno. Se nada encontrar lá, irei para o local onde o corpo de Kitsuki-San foi encontrado.

    Havia uma convicção na voz de Hanbei e a certeza de que sua decisão não seria dobrada ali.

    - A água pode contornar obstáculos e encontrar o caminho mais seguro, mas lembrem-se: quem não está acostumado a navegar por ela, tende a se afogar.


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    Mensagem por thendara_selune Qui Out 24, 2024 10:58 am



    Kitsune Mio

    14:00
    Escola.
    Ameno.


    Com o leque delicadamente entre os dedos, um gesto que me acompanhava como a brisa de um dia de verão, deixei que meus olhos verdes se perdessem na observação cuidadosa ao meu redor.


    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 Oig2_220





    “Às vezes...” murmurei, quase como se falasse apenas para mim, minha voz pouco mais alta que o som do leque que movia devagar em minhas mãos. “Quem cometeu o crime pode estar mais perto do que imaginamos...” As palavras saíram com uma timidez que ainda assim trazia algo de certeiro. “Pode estar observando... à espera, esperando que alguém descubra as pistas. Ou talvez...” e aqui, deixei uma breve pausa, enquanto meus olhos voltavam a varrer o ambiente, “talvez o próprio culpado se consuma em paranoia, temendo ter deixado um sinal, uma pedra fora do lugar, que o denuncie.”

    Silêncio. O leque continuava a mover-se lentamente, acompanhando o ritmo dos meus pensamentos. O ar parecia mais denso por um instante, e eu me permiti um momento de quietude antes de concluir. “Irei com Hanbei-san,” disse suavemente, com a mesma leveza de antes. “A água sempre encontra seu caminho...” Fechei o leque com um gesto firme, os olhos agora fixos no chão, enquanto meus pensamentos fluíam, tranquilos e silenciosos, como o curso inevitável de um rio em meio às pedras.
    Visuall:




    Kitsune Mio

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    Mensagem por gaijin386 Qui Out 24, 2024 5:11 pm


    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 Masked10

    Soshi Ayami


    Soshi Ayami observa o primeiro embate de opiniões que ocorria entre Ide Tadayoshi e Kitsuki Hanbei na questão que um desejava o imediatismo e outro agir de forma cadenciada o que parecia apropriado, porém a cena podia ser alterada nesse meio tempo. Ela hesitou por um momento antes de se manifestar.

    "Quem foi deixado tomando conta da cena do acontecimento?" - questiona de forma não direta a ninguém, mas a todos no recinto.

    Ela cruzara os braços manifestando a curiosidade a respeito da informação, pois existiam pessoas que por um determinado valor poderiam fazer de tudo, incluindo adulterar e sumir com evidências de um quarto e bem dependendo da resposta ir até o local seria muito recomendado.

    "Meu desejo em saber vai determinar minha opinião já que alguém digamos menos nobre pode ser mais propenso a um suborno..." - disse sorrindo numa expressão oculta por sua máscara.




    (C) ROSS
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    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 Empty Re: [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo

    Mensagem por Alexyus Qui Out 31, 2024 8:50 pm

    Ide Tadayoshi olhou para Kitsuki Hanbei de modo altivo e digno enquanto o Dragão falava.

    Mas depois que Kitsune Mio e Soshi Ayami se pronunciaram, o Unicórnio voltou a falar:

    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 OIG2
    - Se está determinado, Kitsuki-san, então deve ir sozinho. Você tem mais informações e será mais rápido. O restante de nós deve voltar cada um para sua própria casa para dormir o restante da noite. Nos encontraremos novamente no casarão Kitsuki no Bairro do Dragão, às 10 horas da manhã. Depois de Keitsuki Hanbei-san nos relatar o que descobriu nas docas, poderemos agir juntos.

    Com essa declaração de autoridade, Ide Tadayoshi dispersou os membros da Mão da Princesa, cada qual para sua própria tarefa designada.

    SOSHI AYAMI
    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 3em110

    Após a dispersão do grupo, Soshi Ayami retornou ao lar, um modesto mas requintado alojamento no coração da casa dos Soshi, no bairro do Escorpião. Ela percorreu o caminho familiar em silêncio, envolta na escuridão calma da noite, apenas pontilhada pela luz tímida das lanternas e pela presença etérea dos espíritos que lhe sussurravam suavemente enquanto caminhava.

    Ao atravessar o portão de entrada, foi recebida por um dos criados da casa, que fez uma profunda reverência antes de guiá-la até o aposento principal, onde seu pai, Soshi Haruyoshi, a aguardava. Haruyoshi estava sentado em postura serena, seus olhos fechados, como se absorvesse a quietude do ambiente. Ele abriu os olhos ao sentir a presença da filha, oferecendo-lhe um sorriso quase imperceptível.

    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 Soshi_10
    — Ayami-chan, como foi o seu encontro? — perguntou ele, sua voz envolta de serenidade, mas também de uma curiosidade sutil.

    Após ouvir o relato de Ayami, ele acrescentou:

    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 Soshi_10
    - A honorável Soshi Kitaiko-dono soube de sua convocação e me perguntou se você tinha a atendido. Como ela descobriu, eu nem consigo imaginar.

    Enquanto o silêncio da madrugada a envolvia, Ayami sentiu a presença do ancestral que a assombrava. A figura espiritual pairava ao seu lado, imprecisa mas imponente, e sua voz era um sussurro persuasivo, convidando-a a seguir em frente com a investigação. O espírito, que parecia compartilhar o sangue e os segredos do clã, reforçou a angústia e o desejo dela por respostas, alimentando a chama de sua determinação.


    DOJI RURI
    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 OIG4.ZRiaARTwMcN_DWMtMZ

    Doji Ruri voltou para casa antes da meia-noite, acompanhada pelo suave aroma de flores noturnas e pelo murmúrio do vento nos jardins. No salão principal, onde a luz das lamparinas criava sombras delicadas, ela encontrou seu pai, Doji Sora, finalizando uma pintura que ele vinha aperfeiçoando há dias. 

    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 OIG4

    Com um sorriso gentil, ele fez sinal para que ela se aproximasse, mostrando os últimos detalhes do trabalho, uma paisagem aquática com montanhas e cerejeiras em flor, cada pincelada refletindo serenidade e harmonia. Ruri notou a beleza do que seu pai havia capturado.

    Enquanto ela contemplava a obra, Doji Hideki entrou silenciosamente no aposento, sua postura imponente e severa contrastando com a paz da cena. Ele observou a pintura de Sora por um momento, mas o olhar de desdém não passou despercebido por Ruri. Sem uma palavra, o avô sinalizou para que ela o acompanhasse até o dojo, o que trouxe um breve aperto em seu peito, mas ela assentiu e o seguiu.

    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 OIG1

    No dojo, a conversa foi breve, pontuada por correções precisas enquanto ele revisava os movimentos de Ruri com a katana. A cada instrução, Hideki a lembrava de que as habilidades marciais eram parte de seu dever, mesmo que ela sentisse seu coração ansiar pelo estúdio de seu pai. Ela praticou os katas com precisão, mas sua mente vagava para a obra de Sora e para o consolo que encontrava na arte.

    Ao fim do treino, Ruri foi ao encontro de sua mãe, Yukina, que a aguardava com uma bebida quente no quarto de Ruri. Yukina a observou em silêncio por um instante, como se pressentisse o peso das expectativas que a filha carregava, mas, fiel à sua postura discreta, limitou-se a um olhar de compreensão, oferecendo um sorriso sutil e uma mão gentil em seu ombro.

    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 OIG4
    - Vá dormir um pouco agora, Ruri-chan.


    KITSUNE MIO
    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 Do_web11

    Kitsune Mio passou o restante da noite em sua residência ancestral, um lugar simples, mas rodeado pela beleza da natureza que tanto amava. Naquela noite, o céu estava claro, e as estrelas brilhavam com intensidade, refletindo-se nos pequenos lagos e riachos que cercavam o vilarejo. O ar carregava o aroma suave das flores noturnas e do orvalho, uma presença tranquila que preenchia os arredores com uma paz que ela sempre encontrava ao final do dia.

    A memória de sua mãe, Kakita Harumi, cuja voz encantadora ainda ecoava em sua mente, era como se estivesse falando diretamente com seus pais, como se suas palavras fossem levadas até eles pelo sussurro do vento.

    A uma curta distância, a família que a acolhera desde a infância preparava chá para ela. Os Kitsune eram como uma segunda família, sempre respeitosos e atentos ao seu conforto. Mio sabia que logo teria de partir para o clã Kakita, onde seu futuro a aguardava. No entanto, naquela noite, com a convocação da princesa, tudo mudara, e seu futuro agora era uma grande incógnita.

    Enquanto o chá era servido, um dos membros mais velhos da família, Byako Kaioh, sentou-se ao seu lado em silêncio. Ele era um dos últimos membros da antiga família vassala Byako, do tempo que o Clã Raposa ainda era independente do Clã Mantis. Byako Kaioh ainda preservava algumas das intrigantes capacidades da antiga família, capaz de falar com animais e espíritos de animais, a técnica dos Filhos do Chikushudo, o reino lendário dos animais. Ele encarou-a e ouviu-a. Era um gesto de compreensão, sem necessidade de perguntas ou conselhos, apenas a quietude de quem sabe ouvir. 

    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 Kobe_b10


    KITSUKI HANBEI
    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 _5e86e10

    Kitsuke Hanbei andava com passos firmes pela estrada de pedra batida que levava à margem do rio Shinano. A noite estava clara, e o vento trazia o cheiro distante das águas profundas do rio, misturado ao frescor da vegetação densa que cobria as margens. As tochas ao longo da estrada lançavam sombras alongadas sobre o caminho, dançando ao sabor do vento, enquanto os sons da cidade se distanciavam.

    De repente, três figuras surgiram nas sombras, bloqueando o caminho de Hanbei. Os símbolos da Aranha, pintados em vermelho e preto, cintilavam nas armaduras dos samurais, cujas posturas alertas e semblantes rígidos deixavam claro que não estavam ali para um simples cumprimento. Um deles, o mais alto e com cicatrizes marcantes no rosto, deu um passo à frente, cruzando os braços e encarando Hanbei com um sorriso debochado.

    - Samurai Dragão! - disse ele em um tom frio, quase desdenhoso - O que um magistrado Kitsuke faz sozinho nas estradas à noite? Ou será que a Segunda Cidade está tão tranquila que agora há tempo para passeios solitários?

    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 Daigot10
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    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 Empty Re: [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo

    Mensagem por gaijin386 Sex Nov 01, 2024 11:25 am


    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 Versze10

    Soshi Ayami


    Soshi Ayami não tinha mais o que dizer na reunião e formalmente se despediu dos outros convidados assim como da anfitriã e retornou a seu lar no bairro Escorpião, a casa dos Soshi era o que devia ser requintada, mas sem chamar a atenção.  

    "Oto-san? O senhor ficou me esperando?" - perguntou em um sussurro, dado a hora tardia ela acha que devia não elevar a voz.

    Respeitosa, se curvou em respeito antes de prosseguir a conversa sobre o que princesa Iweko Myuki desejava. O olhar de Ayami permaneceu fixa no pai e ela enfim contou o que se passou no evento e mostrou-lhe a jóia recebida.

    Quando seu pai menciona Soshi Kitaiko-dono e dela saber de sua convocação.

    "Oto-san, existem muitos olhos e ouvidos na corte e com certeza a honorável Soshi Kitaiko-dono possui uma vasta quantidade deles a seu serviço."

    Ayami ao sentir a presença do ancestral que a assombrava nota que a figura espiritual paira ao seu lado, imprecisa mas imponente, e sua voz era um sussurro persuasivo, convidando-a a seguir em frente com a investigação. O espírito, que parecia compartilhar o sangue e os segredos do clã, reforçou a angústia e o desejo dela por respostas, alimentando a chama de sua determinação.

    Ela ao perceber o ancestral sente uma vontade de consumir a erva calmante, mas na presença do pai ela se refreia e apenas continua a conversa.

    "Ao que parece existe intriga em outras casas também honrado Oto-san. E o Dragão não quis esperar... Hanbei-san é impaciente e isso pode levar a imprudência. E pelo que consta iremos investigar muitas coisas e quem sabe eu finalmente possa lançar uma luz sobre a sombra que paira sobre nosso próprio clã. - era uma afirmação antiga, pois o pai já sabia que a filha estava quebrando a cabeça sobre dita corrupção no clã, mas as outras noticias sim eram novidades.



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    Mensagem por El Cabron Dom Nov 03, 2024 6:35 pm



    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 _5e86e11


    Dos Diários de Kitsuki Hanbei

    (As datas não são informadas, tão pouco horários ou a exatidão do momento do dia em que os fatos relatados se deram.)


    Spoiler:


    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 Ksx71910

    Saindo do Bairro Dragão, Hanbei procurou andar o mais rápido possível, sem necessariamente correr, em direção às docas. Embora não fosse um profundo conhecedor da Segunda Cidade, tinha certa noção de onde ficava essa região. A noite estava clara, o céu limpo e uma leve brisa era sentida, trazendo um aroma fresco da vegetação úmida. Em outras circunstâncias, seria um passeio muito confortável e prazeroso.

    ”Se conseguir alguma informação valiosa do Hida Kanno, posso poupar nossos colegas de perderem tempo aqui e podemos ir direto ao local do crime. Talvez…”

    Seus pensamentos eram cortados por três figuras que surgiram das sombras. Seu primeiro impulso foi o de parar sua rápida caminhada. Não era um covarde, mas a desvantagem ali era óbvia. Quando o mais alto dentre eles, e não ironicamente, o mais mal-encarado, tomou a palavra, Hanbei compreendeu que o objetivo ali, primeiramente, era o de intimidá-lo. Hanbei manteve o semblante sereno e a postura firme, atento a cada detalhe, mantendo uma distância segura daqueles que bloqueavam seu caminho.

    - O que um Kitsuki faz na estrada é o que todo e qualquer magistrado faz: buscar respostas. A questão é o que vocês, do Clã Aranha, fariam bloqueando o caminho de um magistrado…

    Tentava virar o jogo. Teria algum êxito ou aquilo o levaria a problemas mais sérios?
    Aah, se tivesse escutado Ide Tadayoshi…
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    Mensagem por shamps Seg Nov 04, 2024 3:24 pm

    Doji Ruri

    Cortesão do Clã da Garça


    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 54007696153_a916472ddb_w

    "Tão divinal..."

    A vibração do anel era tão inconstante quanto o coração de Ruri e ela via tal beleza naquela inconstância que sorria sem parar ao observar o anel. De fato, feito para ela.

    Não teria muito o que fazer por ali e estava pronta a se despedir quando observou a pequena discussão entre os dois homens mais velhos, Ide e Hanbei. Interessante. Tão interessante que a mente da Garça vagou para longe, criando versos de um poema perfeito da disputa entre dois heróis ou um belo quadro mostrando essa batalha. As pinceladas tomavam forma em sua cabeça, belos tons de roxo e verde e... Divagou tanto que nem percebeu a pergunta crucial do homem e quando abriu a boca para responder, apenas notou que não faria mais diferença ali. Fechou novamente a boca e se curvou para eles que já se afastavam.
    Por que as coisas eram assim com ela? Sempre ver beleza em tudo? Sempre deixar certas coisas passarem?

    - Boa noite - deu uma leve, quase imperceptível gaguejada ao voltar a si - Dragão san, Unicórnio san, Raposa san e Escorpião san - se curvou gentilmente. Que os bons ventos guiem seus passos tão breve sigam seus caminhos!

    Caminhou para o seu coche pensando que poderia ter convidado a Raposa para tomar um chá em uma tarde, mas deixou passar a oportunidade, além da Escorpião que aparentava ser mais velha que elas. Será que aceitariam seu convite? Ela ponderou. Seria educado conversar com seus pais antes. Certamente os senhores não seriam bem vistos, talvez em um outro momento, numa reunião formal.

    Foi um alívio chegar em casa e seu coração a levou direto ao seu pai, em seu estúdio. Entrou devagar e sem alarde, mas anunciando sua presença sem atrapalhar o momento.

    - É lindo, oto sama - ela se curvou e se aproximou depois de observar a graça com que ele se movia. Almejava ter aquela serenidade ao trabalhar - a forma como o brilho transcende a tranquilidade da água. Parece viva. Só o senhor para conseguir esse efeito. O senhor poderia... - teve sua fala interrompida ao sentir a presença do avô. Apenas a sombra projetada sobre eles já anunciava sua presença. Ruri voltou-se para ele e curvou-se com muito respeito, aproveitando o momento para engolir seco - oji sama, é um praz... - ele não era de muita conversa e aquele olhar que lançava sobre ela já era autoexplicativo.

    Olhou para o pai antes de se despedir e acompanhar o avô, o glorioso espadachim daquela família, uma lenda entre os seus. Ruri era privilegiada de estar cercada dos melhores, mas por que seu coração batia com força? Confuso? Era sempre assim quando saia da paz da arte para os gritos dos treinos com seu avô. Quanto a isso, não tinha muito o que fazer, apenas treinava e seguia suas instruções, evitando ao máximo errar para não ouvir seus gritos zangados. Ele era rígido quando se tratava da arte da espada e queria que Ruri herdasse seu legado e ela se dedicava ao máximo para não decepciona-lo, mas não era lá que habitava sua paz.

    Cansada, ela voltou para casa e rumou para o quarto, animando-se ao ver sua mãe ali com um chá quente.

    - Ah, oka sama - sorriu de leve - muito obrigada! - segurou a mão que pousou em seu ombro - eu irei. Estou cansada agora. A senhora vá também... - ela sabia que sua mãe estava cansada, mas jamais falaria isso para ela, uma matriarca nunca demonstra cansaço - acho que o papai já voltou também - antes que a mãe saísse, ela perguntou - o vovô era rigoroso com a senhora assim também?

    Antes de se deitar, parou na janela para observar o luar e o céu estrelado, organizando seus pensamentos e emoções. O luar era calmante para a jovem Garça e inspirador também.


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    Mensagem por thendara_selune Qua Nov 06, 2024 10:39 am

    Passei o restante da noite em minha residência ancestral, um lugar modesto, mas que exalava a beleza da natureza que sempre me preenchia de serenidade. Naquele céu claro, as estrelas brilhavam com uma intensidade peculiar, como pequenos sóis refletidos nos lagos e riachos que serpenteavam pelo vilarejo. O ar trazia o perfume delicado das flores noturnas misturado ao frescor do orvalho, uma calma quase palpável que me envolvia e, por algum motivo, fazia com que os pensamentos fluíssem mais suavemente ao final do dia.

    Minha mãe, Kakita Harumi, sempre me dizia que as noites tinham suas próprias vozes, e às vezes, quando o vento soprava suave, era como se suas palavras ainda ressoassem, levando seu sussurro até mim. Ela falava de tempos mais simples, quando as questões do coração e do espírito eram resolvidas à luz das estrelas, sem pressa, sem o fardo do futuro. Era como se, ao ouvir o vento, eu ainda pudesse falar com ela, de alguma forma.

    A uma curta distância, a família que me acolheu desde pequena preparava chá. Os Kitsune foram sempre generosos comigo, quase como uma segunda família, atentos aos meus silêncios, respeitando os espaços que eu às vezes precisava preencher sozinha. Sabia que, em breve, minha jornada me levaria ao clã Kakita, onde minha vida aguardava por desdobrar-se em um novo rumo. Mas, naquela noite, a convocação da princesa flutuava no ar, transformando meu futuro em algo incerto, uma névoa que obscurecia os contornos do que eu tinha imaginado para mim.

    Enquanto o chá era servido, Byako Kaioh, um dos membros mais velhos da família, se sentou ao meu lado, em um silêncio reconfortante. Ele era um dos últimos dos antigos Byako, dos tempos em que o Clã Raposa vivia independente sob o céu do Clã Mantis. Havia nele algo profundamente ancestral, uma quietude que parecia absorver o som do ambiente, quase como uma habilidade de falar com a essência do mundo ao seu redor. Kaioh ainda carregava as habilidades dos Filhos do Chikushudo, aquele reino místico dos animais; sua presença era um lembrete sutil da natureza e dos espíritos que ele compreendia como poucos.

    Ele me olhava e me ouvia, sem pressa, com uma calma que parecia se misturar à própria noite. Não havia necessidade de palavras, apenas aquela compreensão silenciosa, própria de quem sabe ouvir além do som, de quem sabe dividir o fardo da dúvida sem precisar fazer perguntas. Em sua presença, era como se eu pudesse enxergar um pouco mais longe, como se, no silêncio dele, as respostas estivessem ali, esperando apenas que eu as percebesse.

    Quando ele se ergueu para descansar, cumprimentei-o respeitosamente, mas naquela noite a jornada silenciosa era apenas minha. Quando o dia raiasse, me encontraria com os demais, carregando comigo o que o silêncio da noite me tivesse revelado.
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    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 Empty Re: [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo

    Mensagem por Alexyus Sex Nov 22, 2024 8:55 pm

    SOSHI AYAMI
    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 3em110
    "Ao que parece existe intriga em outras casas também honrado Oto-san. E o Dragão não quis esperar... Hanbei-san é impaciente e isso pode levar a imprudência. E pelo que consta iremos investigar muitas coisas e quem sabe eu finalmente possa lançar uma luz sobre a sombra que paira sobre nosso próprio clã. - era uma afirmação antiga, pois o pai já sabia que a filha estava quebrando a cabeça sobre dita corrupção no clã, mas as outras noticias sim eram novidades.

    Soshi Haruyoshi, o pai de Ayami, ouviu-a com atenção;

    Enquanto Ayami falava sobre Soshi Kitaiko e os olhos e ouvidos que ela controlava, Haruyoshi inclinou-se levemente para frente, seus dedos cruzados diante do queixo. A menção de Kitsuke Hanbei o fez suspirar, um raro sinal de desconforto.
    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 Soshi_10
    - Os Dragões nunca foram adeptos da paciência, isso é verdade. Mas cuidado com Hanbei, filha. Ele é perigoso de maneiras que ele mesmo talvez não compreenda. Sua imprudência pode ser uma espada de dois gumes, cortando tanto seus inimigos quanto seus aliados.

    Quando Ayami mencionou sua intenção de investigar as sombras sobre o clã, o rosto de Haruyoshi tornou-se ainda mais sério. Ele sabia que aquela determinação vinha de algo muito mais profundo que simples lealdade. Os olhos de Ayami frequentemente revelavam a presença do espírito que a assombrava, um ancestral que parecia tanto guiá-la quanto atormentá-la. Haruyoshi nunca reconhecera diretamente a presença do espírito, mas sempre parecia saber quando ela estava por perto.
    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 Soshi_10
    - Se lançar luz sobre essas sombras for seu caminho, faça-o com cuidado. A escuridão é parte da nossa essência, Ayami. Não subestime o que pode encontrar ao buscar as raízes dessa corrupção. Nem todos os segredos estão prontos para serem desvendados.

    Ayami sentiu a presença do ancestral intensificar-se. Ele parecia pairar sobre seu ombro, uma figura indistinta, mas carregada de autoridade e expectativa. A voz sussurrante do espírito era clara para ela, insistindo para que continuasse, para que ousasse ir além do que qualquer outro Soshi tinha coragem de fazer. 

    Haruyoshi a observou por um longo momento, seus olhos buscando algo que ele não verbalizou. Então, ele acenou com a cabeça, aceitando sua determinação.
    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 Soshi_10
    - Se este é o caminho que você escolhe, Ayami, que seja. Mas lembre-se: os Escorpiões sempre dançam na beira da lâmina. Faça o possível para garantir que essa lâmina não seja virada contra você.

    Com isso, ele levantou-se, indicando que a conversa estava encerrada. Ayami inclinou-se profundamente mais uma vez, sentindo o peso das palavras do pai. Quando ela saiu do aposento, o espírito ancestral permaneceu ao seu lado, silencioso por enquanto, mas claramente satisfeito com sua decisão de continuar. A noite seria longa, mas Ayami já sentia que estava um passo mais perto de desvendar o véu de mistérios que envolvia seu clã.

    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 2260388_c8e19[!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 2260388_c8e19[!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 2260388_c8e19[!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 2260388_c8e19[!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 2260388_c8e19

    O amanhecer chegou lentamente para Soshi Ayami, com os primeiros raios de sol filtrando-se pelas finas janelas de papel do seu quarto. A luz dourada tingia o ambiente em tons quentes, contrastando com as sombras dos móveis simples, mas cuidadosamente organizados. O som distante de sinos carregados pelo vento e o suave farfalhar das árvores no jardim da casa Soshi marcaram o início de mais um dia nas Colônias.

    Do lado de fora, as primeiras movimentações da casa começaram a fazer-se ouvir. Servos caminhavam pelos corredores, cuidando das tarefas matinais, enquanto o som abafado de passos no dojo da família indicava que algum treinamento já havia começado. 

    A serenidade do momento foi interrompida por um som suave de passos na direção dela. Uma das jovens servas aproximou-se e, com uma reverência discreta, informou que mensagens haviam chegado durante a noite. Ayami agradeceu com um leve inclinar de cabeça e se levantou, o chá ainda aquecendo suas mãos.

    Havia cartas a ler, decisões a tomar e, possivelmente, uma nova trama para desatar no intrincado tecido das Colônias.


    DOJI RURI
    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 OIG4.ZRiaARTwMcN_DWMtMZ

    Doji Ruri permaneceu à janela, sentindo o frescor da noite acariciar seu rosto. O brilho prateado da lua refletia-se em seus olhos enquanto ela observava o céu estrelado, um mosaico infinito que a fazia sentir-se pequena, mas parte de algo grandioso. Era nesses momentos de quietude que sua mente se acalmava, as inquietações do dia escoando como tinta diluída em água.

    A tensão com seu avô era algo que sempre a acompanhava; ele queria moldá-la como uma espadachim impecável, mas seu espírito ansiava por telas, pincéis e palavras. 

    No entanto, sua mãe, Yukina, a tranquilizava de uma forma que nem mil palavras poderiam alcançar. O chá ainda deixava um calor confortável em suas mãos, e ela se permitiu mais um gole antes de colocá-lo de lado. A pergunta que fizera à mãe ecoava em sua mente. 


    - O vovô foi assim com você também?

    A resposta silenciosa no olhar de Yukina fora clara: sim, e talvez até mais rigoroso. Mas sua mãe era uma mulher de força incomensurável, e Ruri sabia que o mesmo sangue corria em suas veias.

    Quando finalmente se afastou da janela, Ruri deitou-se para dormir.

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    O primeiro som que Doji Ruri ouviu ao despertar foi o canto de um pássaro no jardim. Era uma melodia suave e repetitiva, como se a natureza a estivesse saudando com delicadeza. O calor do sol nascente começava a infiltrar-se pelas janelas de papel do quarto, banhando o ambiente em um dourado suave.

    No corredor, ouviu os passos leves de uma serva que trazia seu café da manhã em uma bandeja. Quando a porta deslizou, a jovem inclinou-se em respeito e colocou o serviço no tatame próximo. Ruri agradeceu com um sorriso gentil antes de se servir. O chá estava quente e aromático, e a refeição simples – arroz, peixe grelhado e picles – era suficiente para energizá-la sem pesar.

    Após a refeição, dirigiu-se ao jardim, onde o som de água corrente e o aroma das flores ajudavam a clarear sua mente. Lá, ela praticou seu kata matinal, os movimentos precisos e elegantes refletindo a harmonia que buscava em sua vida. O vento brincava com as pétalas das cerejeiras e seus cabelos soltos, enquanto sua katana cortava o ar com precisão silenciosa.


    KITSUNE MIO
    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 Do_web11

    Quando Byako Kaioh se retirou, deixando a luz bruxuleante da lanterna iluminar seu caminho até os aposentos, Kitsune Mio permaneceu sentada, envolta em reflexões profundas. O vapor do chá subia em espirais delicadas, dançando na brisa leve que atravessava o pátio. Ela tomou um gole da bebida, o sabor terroso e levemente adocicado se espalhando em sua boca, como uma âncora que a conectava ao momento presente.

    A luz das estrelas era suficiente para iluminar os caminhos de terra e as pontes de madeira que atravessavam os riachos. Cada passo era um lembrete de tudo o que havia aprendido na companhia dos Kitsune: a conexão com o Chikushudo, a importância de ouvir não apenas os sons do mundo, mas o silêncio entre eles.

    Quando finalmente fechou os olhos, o som do vento e da água a embalaram em um sono tranquilo, mas seu coração ainda estava repleto de perguntas. O dia seguinte prometia mudanças, e Mio sabia que deveria estar pronta para enfrentá-las, guiada pelas lições de sua mãe, pela sabedoria dos Kitsune e pela força silenciosa que vinha cultivando ao longo dos anos.
    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 R_v-800x600[!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 R_v-800x600[!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 R_v-800x600[!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 R_v-800x600[!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 R_v-800x600
    O amanhecer chegou lentamente, derramando seus primeiros raios dourados sobre o vilarejo dos Kitsune. Kitsune Mio despertou com a suavidade de um canto distante de pássaros, um som melodioso que parecia ecoar entre as árvores. O frescor da manhã invadiu o aposento através da janela aberta, carregando o aroma doce das flores que começavam a se abrir com o calor do sol.

    Mio se sentou, ajustando o quimono leve que havia usado para dormir, e respirou profundamente. O ar da manhã era como um elixir, revigorante e cheio de promessas. Levantou-se e foi até a janela, onde a vista do jardim a recebeu com sua habitual tranquilidade. Os pequenos lagos refletiam o céu claro, enquanto uma leve névoa ainda pairava sobre a grama, dissipando-se aos poucos sob a luz crescente.

    Ela saiu para o jardim, descalça, sentindo a terra úmida e fresca sob os pés. Cada passo era como um lembrete da conexão que tinha com aquele lugar, com a natureza que sempre fora seu refúgio. Uma leve brisa agitava as folhas das árvores, como se sussurrassem segredos antigos, e Mio parou por um momento, fechando os olhos para ouvir melhor.

    No centro do jardim, próximo a uma pedra lisa onde costumava meditar, Mio se ajoelhou, erguendo o rosto para o céu. Sua mente voltou aos ensinamentos de sua mãe, Kakita Harumi, que sempre dizia: 


    "Cada manhã é um novo começo. Não importa o que aconteceu ontem, o amanhecer traz uma nova chance de encontrar equilíbrio."

    O aroma de arroz cozido e chá fresco preenchia o ar, e os sorrisos calorosos daqueles que ela considerava sua segunda família a saudaram. Byako Kaioh estava lá também, já desperto, acariciando um pequeno pardal que parecia ter pousado em seu ombro como um mensageiro de outro mundo. Ele não disse nada, apenas deu um leve aceno de cabeça para Mio, um gesto que parecia dizer: 


    "O dia começou, e ele trará suas respostas."

    Enquanto tomava seu chá, Mio olhou para o horizonte, onde as montanhas distantes se erguiam como sentinelas silenciosas. Hoje, sabia que sua jornada daria um novo passo, impulsionada pela convocação da princesa. Mas naquele momento, envolta pela serenidade do amanhecer, ela se permitiu uma última pausa, um momento de paz antes de encarar o destino que a aguardava.


    KITSUKI HANBEI
    [!ON!] ON - Ecos de Fantasmas no Vácuo - Página 2 _5e86e10

    O samurai Aranha deu um passo à frente, seu sorriso debochado se ampliando enquanto os outros dois mantinham as mãos próximas às empunhaduras de suas armas. Ele inclinou ligeiramente a cabeça, como um predador analisando sua presa.

    - Buscar respostas? - repetiu ele com sarcasmo - Parece que o Magistrado Dragão é ousado... ou apenas tolo. Caminhar sozinho pelas estradas à noite pode ser perigoso, Kitsuki-san. Especialmente com tantos... "incidentes" ocorrendo ultimamente.

    Os outros samurais riram baixinho, seus olhos fixos em Hanbei como lobos cercando uma presa.

    Mas o sorriso do líder desapareceu por um momento, substituído por um brilho calculista em seus olhos. Era evidente que ele não estava acostumado a ser desafiado, ainda mais de forma tão sutil. Ele inclinou a cabeça para um lado, como se considerasse suas opções, antes de dar um sinal quase imperceptível para os outros dois.

    - O Kitsuki é esperto - disse ele, recuando um passo - Mas a estrada ainda é longa, e você está sozinho. Lembre-se de que não somos inimigos, magistrado... por enquanto. Que o destino o leve para onde deve estar.

    Com isso, ele fez um gesto para que os outros recuassem, mas não sem antes lançar um último olhar ameaçador para Hanbei. Os três samurais desapareceram nas sombras tão rapidamente quanto haviam surgido, deixando o magistrado sozinho na estrada novamente.

    Hanbei não relaxou imediatamente. Seus olhos varreram a área, os sentidos ainda aguçados. Ele sabia que o encontro não era coincidência. Talvez o Clã Aranha estivesse envolvido nos eventos que ele investigava, ou talvez fosse apenas uma tentativa de mostrar poder. De qualquer forma, sua presença claramente incomodava.

    Mais perguntas do que respostas. Mas cada passo me aproxima da verdade.

    A brisa noturna continuava a soprar, mas agora parecia mais fria, como se antecipasse os perigos que ainda estavam por vir.
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    Mensagem por El Cabron Dom Nov 24, 2024 2:48 pm



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    Hanbei permaneceu imóvel, seus olhos fixos na direção que os samurais do Clã Aranha haviam tomado enquanto a nítida tentativa de intimidação havia ficado mais como um aviso para o que viria adiante. Engoliu em seco, ajeitando despretensiosamente a Wakizashi em sua cintura. Mesmo que já tivessem ido embora e o silêncio tomasse conta do lugar, Hanbei permaneceu atento.

    "Não somos inimigos... por enquanto." - repetiu para si, mentalmente, com uma expressão levemente desgostosa.

    Ele sacudiu a poeira da estrada de suas vestes e retomou o caminho, inspirando profundamente e redobrando sua atenção, com pensamentos emaranhados em possibilidades. O Clã Aranha havia deixado claro que o observava, embora suas motivações permanecessem nebulosas. Ainda assim, a investigação continuaria e as Docas seriam seu destino, por fim.

    ***

    Ao alcançar as docas, Hanbei respirou fundo, sentindo o cheiro onipresente de água salgada, peixe e madeira úmida que impregnavam o lugar. Ainda que tudo aquilo lhe trouxesse um leve incômodo, Hanbei não se apressou. Ele sabia que pressa em um lugar como aquele podia chamar atenção desnecessária. Manteve a postura calma e os movimentos controlados, mas seus olhos estavam sempre atentos e, no momento, buscariam por patrulhas ou soldados da Segunda Cidade, que estivessem em grupos ou não, ou mesmo algum tipo de base que servisse de posto para eles.

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    Mensagem por gaijin386 Dom Nov 24, 2024 6:01 pm


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    Soshi Ayami jamais imaginou que os eventos recentes moldariam tão profundamente seu destino. O convite para participar da reunião no prestigiado Santuário do Crepúsculo foi inesperado, mas ainda mais surpreendente foi a proposta que ali lhe foi apresentada: unir-se a A Mão da Princesa, uma nova ordem criada pela honorável Princesa Iweko Myuki. O grupo, formado pelos melhores representantes de cada clã, carregava uma missão nobre e pesada: proteger Rokugan de forças que ameaçam sua unidade.

    A atmosfera do santuário foi carregada de cerimônias e palavras ponderadas, cada gesto cheio de significado. Quando Ayami recebeu o anel com o símbolo do elemento fogo, sentiu uma conexão imediata com seu poder. O artefato era mágico, amplificando sua afinidade natural com o fogo, um elemento que representava tanto a destruição quanto a renovação. Ao deslizar o anel em seu dedo, Ayami sentiu não apenas um aumento em suas capacidades, mas também o peso da responsabilidade que vinha com ele.
    Embora sempre fiel ao Clã Escorpião, Ayami compreendia que esse novo papel exigia mais do que lealdade ao seu clã; demandava uma visão maior, uma que colocasse o bem-estar de todo Rokugan acima de interesses individuais. A ideia de trabalhar ao lado de samurais e cortesãos de clãs tão diferentes alguns amigos, outros inimiga era ao mesmo tempo desafiadora e emocionante.

    Com o anel brilhando suavemente em sua mão, Ayami jurou a si mesma que faria o possível para que A Mão da Princesa fosse bem-sucedida. Em seu coração, havia a convicção de que esse grupo traria grandes realizações e talvez, apenas talvez, alcançaria a tão sonhada harmonia em Rokugan.

    Ao encontrar seu pai lhe esperando era um bom sinal e o sinal se reforçava pelo fato que Kitaiko-dono realmente estava com os olhos e ouvidos atentos, mesmo que fossem os olhos e ouvidos de outros...

    Alexyus escreveu:- Os Dragões nunca foram adeptos da paciência, isso é verdade. Mas cuidado com Hanbei, filha. Ele é perigoso de maneiras que ele mesmo talvez não compreenda. Sua imprudência pode ser uma espada de dois gumes, cortando tanto seus inimigos quanto seus aliados.
    Soshi Ayami balança a cabeça pensativa para então responder a seu pai Soshi Haruyoshi.

    “A pressa é inimiga da perfeição honorável Oto-san, mas concordo que a impulsividade de Hanbei pode lhe colher frutos isto se ele conseguir manter a cabeça sobre os ombros por tempo o suficiente.”

    Os olhos de Ayami frequentemente revelavam a presença do espírito que a assombrava, um ancestral que parecia tanto guiá-la quanto atormentá-la. Haruyoshi nunca reconhecera diretamente a presença do espírito, mas sempre parecia saber quando ela estava por perto.

    Alexyus escreveu:  - Se lançar luz sobre essas sombras for seu caminho, faça-o com cuidado. A escuridão é parte da nossa essência, Ayami. Não subestime o que pode encontrar ao buscar as raízes dessa corrupção. Nem todos os segredos estão prontos para serem desvendados.

    Por vezes é claro que mesmo a melhor das pessoas pode ter suas falhas e com certeza o orgulho e a confiança estão presentes em Soshi Ayami...

    “Uma coisa o senhor pode ter certeza Honorável Oto-san é o fato  que o senhor não criou nenhuma tola, mas falamos de impulsividade e imprudência coisas que em mim não existem.”

    Ayami sentiu a presença do ancestral intensificar-se. Ele parecia pairar sobre seu ombro, uma figura indistinta, mas carregada de autoridade e expectativa. A voz sussurrante do espírito era clara para ela, insistindo para que continuasse, para que ousasse ir além do que qualquer outro Soshi tinha coragem de fazer.
    Sentiu-se cansada e verdadeiramente necessitava de uma boa noite de sono e talvez um bom banho...

    Haruyoshi a observou por um longo momento, seus olhos buscando algo que ele não verbalizou. Então, ele acenou com a cabeça, aceitando sua determinação.

    Alexyus escreveu:- Se este é o caminho que você escolhe, Ayami, que seja. Mas lembre-se: os Escorpiões sempre dançam na beira da lâmina. Faça o possível para garantir que essa lâmina não seja virada contra você.

    “Oto-san... Nunca esquecerei.”

    Com a saída do pai ela enfim consumiu uma dose moderada de uma erva medicinal, cuidadosamente preparada de acordo com as tradições do Clã Escorpião. O sabor amargo foi rapidamente substituído por uma sensação calmante que se espalhou por seu corpo e mente, suavizando os ecos das discussões e revelações do dia.

    Mas foi no onsen, o tradicional banho termal, que Ayami encontrou verdadeiro alívio. A água quente envolveu sua pele como um abraço reconfortante, dissipando as tensões acumuladas em seus ombros e nas profundezas de sua alma. O vapor subia em espirais delicadas, misturando-se ao luar que iluminava suavemente o ambiente ao redor. O perfume sutil de flores de cerejeira pairava no ar, tornando a experiência ainda mais revigorante.

    Por um breve momento, Ayami conseguiu se desligar dos desafios que a aguardavam como membro de A Mão da Princesa. O calor da água parecia derreter as preocupações, e ela deixou que sua mente vagasse, imaginando cenários de um Rokugan unido e em paz.

    Ao sair do banho, envolta em um quimono simples, Ayami sentiu-se renovada. O peso de suas responsabilidades ainda estava lá, mas sua perspectiva era mais clara, e seu coração, mais leve. Com os primeiros traços da madrugada surgindo no horizonte, ela permitiu-se um raro sorriso. Retirou-se para dormir...

    O amanhecer chegou lentamente para Soshi Ayami, com os primeiros raios de sol filtrando-se pelas finas janelas de papel do seu quarto. A luz dourada tingia o ambiente em tons quentes, contrastando com as sombras dos móveis simples, mas cuidadosamente organizados. O som distante de sinos carregados pelo vento e o suave farfalhar das árvores no jardim da casa Soshi marcaram o início de mais um dia nas Colônias.

    Do lado de fora, as primeiras movimentações da casa começaram a fazer-se ouvir. Servos caminhavam pelos corredores, cuidando das tarefas matinais, enquanto o som abafado de passos no dojo da família indicava que algum treinamento já havia começado.

    A serenidade do momento foi interrompida por um som suave de passos na direção dela. Uma das jovens servas aproximou-se e, com uma reverência discreta, informou que mensagens haviam chegado durante a noite. Ayami agradeceu com um leve inclinar de cabeça e se levantou, o chá ainda aquecendo suas mãos.

    Havia cartas a ler, decisões a tomar e, possivelmente, uma nova trama para desatar no intrincado tecido das Colônias.

    Abriu a primeira carta e começou a ler...



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