Chat - Taroticum
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Chat - Taroticum
Tópico destinado a conversas gerais do PBF. Fique a vontade para conversar sobre o que quiser, desde que siga as regras do NERPG.
- nahna
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Re: Chat - Taroticum
Boa noite!
Vou começar a ler o livro para definir a personagem
Vou começar a ler o livro para definir a personagem
- GM
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- Mensagem nº3
Re: Chat - Taroticum
nahna escreveu:Boa noite!
Vou começar a ler o livro para definir a personagem
@nahna
>>> Não leia o livro de regras completo, mas o dos jogadores apenas. Há mistérios que não devem ser revelados, pois estragaria a surpresa e o mistério do jogo. Quanto menos souber, melhor...<<<
>>>Apenas responda a essas perguntas<<<
>>> Criação de Personagem em KULT: Divindade Perdida — Um Tratado Interrogativo <<<
1. Qual essência anima vosso personagem?
Escolhei um arquétipo que encapsule o âmago de vossa criação. Estes são símbolos arquetípicos, tais como *O Amaldiçoado* — um ser fugidio, acossado por um destino lúgubre, ou *A Arruinada* — alma quebrantada pelos ecos de um passado funesto. Cada arquétipo oferta ocupações e traços, os alicerces de vossa moldura narrativa.
2. Que sombras ancestrais pesam sobre vosso passado?
Vosso personagem não é imaculado; delineai pelo menos um segredo ancestral que o vincule às realidades tenebrosas de KULT. Exemplos incluem conhecimento interdito, rituais abomináveis ou pactos com entidades de caráter obscuro.
3. Quais dons marcam vossa jornada?
Esculpai 3 vantagens, atributos que transcendem o comum e amplificam habilidades específicas. Por exemplo, *Sexto Sentido (Alma)*, que lança um olhar penetrante nas realidades veladas.
4. Quais fardos assombram vossa existência?
Nenhuma grandeza existe sem um custo. Escolhei 2 desvantagens, sombras que vos definem, como *Pesadelos Infinitos* ou *Memórias Interditas*. Certos arquétipos impõem desvantagens inerentes que acentuam vossa essência.
5. Como alocaríeis as forças interiores e exteriores?
- Atributos passivos (*Fortitude*, *Reflexos* e *Vontade*): +2, +1 e +0.
- Atributos ativos (*Alma*, *Carisma*, *Firmeza*, *Intuição*, *Percepção*, *Razão* e *Violência*): +3, +2, +1, +1, +0, -1, e -2.
6. Que feição vosso personagem exibe ao mundo?
Pintai com palavras sua presença física: vestes, olhos, semblante, postura. Por exemplo: “Vestimenta severa, olhos que guardam segredos, um rosto devastado pelo tempo e tormento.”
7. Sob que nome ele caminha entre os vivos?
Escolhei um nome que ressoe com a ambientação e a cronologia da narrativa, refletindo sua identidade e sina.
8. Que laços o prendem aos outros?
Tecede fios entre vosso personagem e os demais. Talvez um seja aliado de outrora, ou um rival oculto. Cada laço carrega uma força: neutro (0), significativo (+1) ou vital (+2).
9. Qual é o enredo de sua própria saga?
Narrai sua história em linhas breves: de onde ele vem, que feridas o moldaram, que ambições o movem. Qual é o ímpeto que o lança aos eventos que vos cercam?
10. Que artefatos e recursos ele possui?
Descrevei os pertences que ele guarda, os instrumentos de sua sobrevivência, e o padrão de vida que mantém.
11. Que movimentos norteiam sua ação?
Revisitai os movimentos básicos e específicos do arquétipo, que moldam como vosso personagem navega entre as engrenagens narrativas.
12. Que outros pormenores ainda desejais lapidar?
Consultai ao GM, eu no caso, e ajustai os detalhes necessários para entrelaçar vosso personagem ao tecido do grupo e à trama que se desenrola.
Não precisa responder tudo, faça o que conseguir. Não se preocupe, nesse momento com mais nada, deixai tudo ao meu encargo. Que este compêndio vos guie como uma lâmpada trêmula na vastidão da escuridão, iluminando as sombras de vossa imaginação. Em caso de incerteza, buscai o conselho, e juntos forjaremos algo extraordinário.
- Victor
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- Mensagem nº4
Re: Chat - Taroticum
@GM não sei por quanto tempo vou usar o Michael, então fiz alguns ajustes para refletir melhor a natureza militar dele:
Atributos:
Passivos: Fortitude +2, Reflexos +0, Vontade +1
Ativos: Alma -2, Carisma +2, Firmeza 0, Intuição +3, Percepção +1, Razão -1 e Violência +1
Os atributos que já usei eu mantive, apenas reorganizei os que não utilizei, se não tiver nenhum problema é lógico
Atributos:
Passivos: Fortitude +2, Reflexos +0, Vontade +1
Ativos: Alma -2, Carisma +2, Firmeza 0, Intuição +3, Percepção +1, Razão -1 e Violência +1
Os atributos que já usei eu mantive, apenas reorganizei os que não utilizei, se não tiver nenhum problema é lógico
- Victor
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- Mensagem nº5
Re: Chat - Taroticum
@GM acho que você me compreendeu errado. Quando usei o termo épico, não me referia aos termos heroicos usados em D&D.
Mas sim o fato de executar uma cena onde meu personagem saia inteiro, sem nenhum trauma físico ou psicológico, o que por si só já um feito e tanto.
É que já jogue Call of Cthulhu, e muitas vezes sobreviver é por si só, já é uma recompensa. Talvez quando eu me expressei, não usei o termo mais adequado, me desculpe.
Mas sim o fato de executar uma cena onde meu personagem saia inteiro, sem nenhum trauma físico ou psicológico, o que por si só já um feito e tanto.
É que já jogue Call of Cthulhu, e muitas vezes sobreviver é por si só, já é uma recompensa. Talvez quando eu me expressei, não usei o termo mais adequado, me desculpe.
- GM
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- Mensagem nº6
Re: Chat - Taroticum
Victor escreveu:@GM acho que você me compreendeu errado. Quando usei o termo épico, não me referia aos termos heroicos usados em D&D.
Mas sim o fato de executar uma cena onde meu personagem saia inteiro, sem nenhum trauma físico ou psicológico, o que por si só já um feito e tanto.
É que já jogue Call of Cthulhu, e muitas vezes sobreviver é por si só, já é uma recompensa. Talvez quando eu me expressei, não usei o termo mais adequado, me desculpe.
Que isso... Não há nada a desculpar... Mas no vídeo, que deu trabalho, tentei ser épico... Mesmo que seja de IA, dá muito trabalho... Tem muita coisa ajustar.
- GM
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- Mensagem nº7
Re: Chat - Taroticum
Eu tinha quase a certeza que alguém tinha respondido as perguntas... Será que fora uma miragem?
- Victor
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- Mensagem nº8
Re: Chat - Taroticum
Eu vou refazer o texto, tinha feito uma passagem para a cena anterior.
- Primeira versão:
- Aquilo desafiava mais do que a razão, era um teste cruel à sanidade, uma piada cósmica sem o menor resquício de humor.
Michael já havia visto horrores suficientes na guerra: corpos mutilados, estômagos abertos como sacos rasgados, homens reduzidos a pedaços de carne indistinguíveis.
Nada disso o abalara. Mas a visão daquela coisa... ah, aquilo era diferente. Não era apenas grotesco; era como se a própria escuridão tivesse ganhado forma e intenção.
Havia algo nela que evocava a ideia de uma mulher, mas em sua essência, era antinatural.
Por um instante, a mente de Michael vagou para um tempo mais simples, antes das trincheiras e do caos. Mas o som irregular da respiração de Harlan o trouxe de volta.
O jovem estava tremendo, incapaz de controlar os espasmos involuntários que percorriam seu corpo. Seus olhos arregalados fixavam-se na figura à frente, enquanto o suor
escorria pelo rosto pálido. Ele não tinha chance ali, pensou Michael. Não com aquele olhar perdido, não com a coragem drenada até o fundo de sua alma.
Era ele ou Harlan.
Michael levantou a mão de maneira quase imperceptível e fez um gesto. Um movimento pequeno, mas carregado de significado. "Corra." O comando silencioso foi compreendido,
mesmo que Harlan hesitasse por um breve instante. Mas o instinto de sobrevivência era uma força poderosa. Ele se virou, os passos tropeçando nos primeiros momentos antes de
encontrar firmeza. A corrida desesperada de Harlan ecoou pelos corredores, desaparecendo na distância.
Michael permaneceu. Parado. Imóvel como uma estátua esculpida em carne e osso. Ele sabia que não poderia fugir. Não por covardia ou heroísmo, mas porque entendia que algo
o havia escolhido. O ar ao seu redor parecia mais denso, pressionando contra seu peito como o peso de mil mãos invisíveis.
A figura diante dele não fez nenhum movimento imediato. Apenas permaneceu lá, segurando a caixa pulsante. Era quase como se estivesse esperando. Observando. Avaliando.
Viver ou morrer não estava mais em suas mãos. Pertencia ao destino. Ou ao diabo. Ou a quem quer que fosse dono daquilo.
O coração de Michael batia forte, mas não acelerado; era um ritmo controlado, disciplinado, como no campo de batalha. Ele se preparou para o inevitável, mesmo que não soubesse
exatamente o que isso significava. Ficaria ali, parado, imóvel como uma estátua de carne.
Estátuas não chamam atenção. Estátuas não vivem ou morrem. Estátuas apenas são. Ele ficou quieto, sentindo cada fibra de seu corpo se preparar para o que viesse.
Quando a criatura finalmente avançou um passo, seus olhos ainda fixos em Michael, ele soube que sua decisão fora a certa.
O corredor parecia crescer ao redor dele, expandindo-se em um vazio infinito enquanto "ela" se movia, lenta e deliberadamente. A luz da lanterna de Michael piscou, e a última coisa
que ele viu antes da escuridão total o envolver foi o brilho frio de algo muito parecido com um sorriso.
E então, restou apenas o peso da culpa. Era um fardo, mas um fardo que podia ser carregado por um homem vivo.
- GM
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- Mensagem nº9
Re: Chat - Taroticum
Victor escreveu:Eu vou refazer o texto, tinha feito uma passagem para a cena anterior.
- Primeira versão:
Aquilo desafiava mais do que a razão, era um teste cruel à sanidade, uma piada cósmica sem o menor resquício de humor.
Michael já havia visto horrores suficientes na guerra: corpos mutilados, estômagos abertos como sacos rasgados, homens reduzidos a pedaços de carne indistinguíveis.
Nada disso o abalara. Mas a visão daquela coisa... ah, aquilo era diferente. Não era apenas grotesco; era como se a própria escuridão tivesse ganhado forma e intenção.
Havia algo nela que evocava a ideia de uma mulher, mas em sua essência, era antinatural.
Por um instante, a mente de Michael vagou para um tempo mais simples, antes das trincheiras e do caos. Mas o som irregular da respiração de Harlan o trouxe de volta.
O jovem estava tremendo, incapaz de controlar os espasmos involuntários que percorriam seu corpo. Seus olhos arregalados fixavam-se na figura à frente, enquanto o suor
escorria pelo rosto pálido. Ele não tinha chance ali, pensou Michael. Não com aquele olhar perdido, não com a coragem drenada até o fundo de sua alma.
Era ele ou Harlan.
Michael levantou a mão de maneira quase imperceptível e fez um gesto. Um movimento pequeno, mas carregado de significado. "Corra." O comando silencioso foi compreendido,
mesmo que Harlan hesitasse por um breve instante. Mas o instinto de sobrevivência era uma força poderosa. Ele se virou, os passos tropeçando nos primeiros momentos antes de
encontrar firmeza. A corrida desesperada de Harlan ecoou pelos corredores, desaparecendo na distância.
Michael permaneceu. Parado. Imóvel como uma estátua esculpida em carne e osso. Ele sabia que não poderia fugir. Não por covardia ou heroísmo, mas porque entendia que algo
o havia escolhido. O ar ao seu redor parecia mais denso, pressionando contra seu peito como o peso de mil mãos invisíveis.
A figura diante dele não fez nenhum movimento imediato. Apenas permaneceu lá, segurando a caixa pulsante. Era quase como se estivesse esperando. Observando. Avaliando.
Viver ou morrer não estava mais em suas mãos. Pertencia ao destino. Ou ao diabo. Ou a quem quer que fosse dono daquilo.
O coração de Michael batia forte, mas não acelerado; era um ritmo controlado, disciplinado, como no campo de batalha. Ele se preparou para o inevitável, mesmo que não soubesse
exatamente o que isso significava. Ficaria ali, parado, imóvel como uma estátua de carne.
Estátuas não chamam atenção. Estátuas não vivem ou morrem. Estátuas apenas são. Ele ficou quieto, sentindo cada fibra de seu corpo se preparar para o que viesse.
Quando a criatura finalmente avançou um passo, seus olhos ainda fixos em Michael, ele soube que sua decisão fora a certa.
O corredor parecia crescer ao redor dele, expandindo-se em um vazio infinito enquanto "ela" se movia, lenta e deliberadamente. A luz da lanterna de Michael piscou, e a última coisa
que ele viu antes da escuridão total o envolver foi o brilho frio de algo muito parecido com um sorriso.
E então, restou apenas o peso da culpa. Era um fardo, mas um fardo que podia ser carregado por um homem vivo.
Saudações no despontar deste novo dia. Espero que o lume da manhã vos encontre em paz. Permita-me expressar uma dúvida que paira como uma névoa, envolta em sombras de incerteza: permanecestes estáticos sob o jugo daquele olhar infernal, ou, impulsionados por um instinto primitivo, lançastes vossos corpos à fuga desesperada? Este é um ponto que carece de elucidativa clareza, pois, nas minhas primeiras impressões, pareceu-me que havíeis abandonado o local, deixando para trás a manifestação do desconhecido. Contudo, se minhas suposições carecem de verdade, suplico que vossa escolha seja revelada com precisão cristalina, para que os fios narrativos possam ser tecidos sem equívocos.
- Victor
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- Mensagem nº10
Re: Chat - Taroticum
Primeiro vamos organizar as ideias:
Eu ajustei assim para ficar mais fácil o entendimento.
Essa passagem que citei anteriormente é a resposta que eu tinha feito antes dos ajustes foi isso
Mas fica tranquilo @GM que eu faço outra resposta logo.
- Narrador - Cena 2:
O vento, qual fantasma das colinas escarpadas, sussurrava por entre os corredores da prisão de Sandburn, erguendo-se como um presságio. Michael Brown, ainda com a lanterna tremulando em sua mão calejada, sentia o peso das decisões não tomadas pairar sobre seus ombros. O teste de sua intuição, aquele fragmento de percepção humana afiada pela disciplina e pelo instinto, revelara-lhe algo insólito: a cela aparentemente vazia parecia vibrar com uma presença além da compreensão. A luz trêmula da lanterna, quase insuficiente, revelava padrões indistintos nas paredes de pedra úmida. Talvez fossem marcas feitas por prisioneiros em dias antigos ou, mais provavelmente, cicatrizes deixadas por algo que não pertencia a este mundo. Michael, guiado por uma coragem quase teimosa, sentiu o dever emergir de dentro como um fogo antigo. O som de passos vacilantes atrás de si trouxe-lhe à mente Harlan, um reflexo de si mesmo anos atrás – jovem, inexperiente, mas faminto por ordem e justiça. “Escuta bem, Harlan,” começou Michael, sua voz firme, mas carregada de um pesar que ele mal conseguia esconder. “Há coisas aqui que não se revelam aos olhos desatentos. Algo além da nossa compreensão rasteja por este lugar.” Harlan hesitou, seu rosto revelando o conflito entre a lealdade e o medo. “Michael, nós... deveríamos relatar isso. O diretor...” Michael interrompeu, sua lanterna agora apontada para o chão da cela. Ali, onde antes parecia vazio, uma sombra começava a se formar – um abismo que puxava a luz, devorando-a. Ele sabia que não era algo mundano. Os ensinamentos da guerra retornaram, e, mais uma vez, a escuridão tornava-se um inimigo palpável. “Se falharmos aqui, quem virá depois de nós?” disse ele, seus olhos fixos na cela. “Não... não é o diretor quem vai salvar isso, Harlan. É o dever. É o juramento que fizemos.” E foi então que o chão começou a ranger. Uma fissura abriu-se lenta, como uma ferida no corpo do mundo. De dentro, o ar mudou – carregado de um odor sulfuroso e notas de ferro fresco. Algo se movia lá embaixo. Michael apertou os dedos ao redor da lanterna, a única arma que sentia possuir naquele momento. “O que você sugere, Michael?” perguntou Harlan, agora de costas para a cela, seus olhos cheios de dúvida e terror. “Não sugiro nada,” respondeu Michael, em tom grave. “Nós fazemos. Ou morremos tentando.” Enquanto ele dava um passo hesitante para frente, o som de correntes ecoou das profundezas da cela, como o riso de um algoz esperando sua próxima vítima. Michael sabia que a jornada naquela noite estava apenas começando.
- Victor - Cena 2:
Naquele instante, algo mudou dentro de Michael Brown. Não foi apenas uma decisão prática ou racional; foi como se uma chama antiga, há muito adormecida sob as cinzas da rotina e do conformismo, tivesse sido reacesa. A mesma chama que o mantivera vivo no campo de batalha. Seu corpo respondeu antes de sua mente. O calor subiu por seus músculos, preenchendo cada fibra com uma urgência pulsante. Ele não era mais um guarda prisional. Não. Ele era o Tenente Michael Brown, da Tropa de Reconhecimento do 7º Regimento da Infantaria Armada.
Ele girou para Harlan, seus olhos brilhando com uma intensidade quase sobrenatural, como se estivesse possuído por algo maior. Sua voz, firme e autoritária, cortou o ar pesado como o fio de uma baioneta.
— Soldado, em prontidão!
As palavras saíram fáceis, naturais, como um reflexo condicionado pela guerra. E, por um momento, Harlan congelou. Ele não era mais um homem adulto, com responsabilidades próprias. Ele era um recruta em seus primeiros dias, encarando um oficial cuja presença parecia encher o ambiente.
— Vamos.
Michael não esperou por hesitações. Com um puxão firme, arrastou Harlan consigo pelos corredores escuros e opressivos, o som de seus passos ecoando como o de soldados em marcha. Não havia tempo para perguntas ou dúvidas; cada segundo perdido podia ser fatal. Michael corria como se cada curva daqueles corredores fosse um caminho já percorrido, como se tivesse mapeado Sandburn em sua mente.
Harlan tropeçava, seu corpo lutando para acompanhar o ritmo frenético do veterano. Ele queria protestar, queria dizer algo, mas não conseguia. A aura de Michael o consumia, um misto de respeito e medo primitivo.
Ao cruzarem o limiar da ala oeste, Michael fechou a porta com força, o som reverberando pelo corredor vazio como um trovão. Trancando-a rapidamente, virou-se para Harlan e o empurrou contra a parede.
— Nós não vimos nada. Apenas uma cela aberta. Repita, soldado.
Harlan piscou, confuso. Sua boca se abriu para falar, mas nenhuma palavra saiu. Ele estava tremendo, os acontecimentos recentes ainda dançando em sua mente como sombras grotescas.
— SOLDADO, REPITA! — A voz de Michael explodiu no espaço, carregada de autoridade.
Harlan estremeceu, mas dessa vez conseguiu articular as palavras.
— N-nós não vimos nada. Apenas uma cela aberta.
Michael se aproximou, seu rosto a centímetros do de Harlan, os olhos fixos como se quisessem perfurar a alma do outro homem.
— Denovo. Sem hesitação.
Harlan engoliu em seco, forçando as palavras para fora.
— Nós não vimos nada. Apenas uma cela aberta.
— Mais uma vez.
— Nós não vimos nada. Apenas uma cela aberta.
E assim continuou, repetição após repetição, a voz de Harlan ficando menos trêmula a cada frase. Michael o moldava como faria com um soldado sob fogo inimigo, substituindo medo por instinto, desordem por disciplina. Após algumas dezenas de vezes, Michael recuou, respirando fundo. Ele não era mais apenas um homem. Ele era a linha entre a sanidade e o caos.
Com um tom mais calmo, mas ainda carregado de ferro, Michael fez a pergunta final.
— Quando o diretor perguntar o que aconteceu, o que você vai dizer?
Harlan respirou fundo, sua voz agora mais firme.
— Nós não vimos nada. Apenas uma cela aberta. Viemos relatar.
Michael assentiu, satisfeito.
— Muito bem, soldado. Vamos ao diretor.
Enquanto caminhavam, o eco de seus passos parecia carregado de significado, como o som de um relógio marcando os segundos até um evento inevitável. Michael sabia o que estavam enfrentando, mesmo que não pudesse nomear. Era algo que não se encaixava nas regras do mundo que ele conhecia.
Mas ele também sabia que relatar algo assim, mesmo ao diretor, podia ser perigoso. Relatos estranhos e inexplicáveis eram o tipo de coisa que transformava guardas em prisioneiros.
Ele olhou de relance para Harlan, que mantinha a cabeça baixa, murmurando a frase ensaiada como uma oração. Michael não o culpava. Ele sabia que, às vezes, sobreviver exigia ignorar o impossível e virar os olhos para o outro lado.
Assim como na guerra, havia momentos em que a verdade era uma bala perdida, e era melhor não ser o alvo.
- Narrador - Cena 3:
O corredor parecia pulsar em resposta às palavras de comando de Michael, como se a própria prisão tivesse tomado consciência da tensão entre os dois guardas. O eco de "nós não vimos nada" parecia dançar pelas paredes de pedra, multiplicando-se e tornando-se quase um cântico. Harlan, ainda repetindo o mantra, não percebia o peso que aquelas palavras estavam ganhando. Michael, por outro lado, sentia o ar mudar ao redor deles, como se cada repetição estivesse esculpindo algo invisível, mas tangível, na estrutura da realidade. Enquanto marchavam em direção ao gabinete do diretor, os passos de ambos ressoavam como tambores fúnebres. A respiração de Harlan ainda era irregular, mas sua voz, agora firme, quebrava o silêncio opressivo. A lanterna de Michael balançava levemente em sua mão, lançando sombras grotescas que pareciam brincar nas paredes com um propósito sinistro. Cada curva do corredor parecia mais longa do que a anterior, os degraus mais íngremes, como se o espaço estivesse sendo manipulado por uma força invisível. No fundo da mente de Michael, um pensamento persistente surgia, sinuoso como uma serpente. "Será que ignorar o impossível é realmente a melhor escolha?" A chama da disciplina militar que queimava nele começava a encontrar resistência, um peso interno que ele não reconhecia desde os campos de batalha. Havia algo em Sandburn que desafiava sua lógica, sua razão. E, pior, havia algo em si mesmo que parecia disposto a encará-lo. Harlan interrompeu o silêncio com uma tossida breve, quase como se tentasse dissipar a sensação opressiva que ambos sentiam. — Está frio aqui, senhor... — Ele usou "senhor" quase sem perceber, recaindo no papel de soldado subordinado. Seu tom carregava uma pitada de medo disfarçado de casualidade. Antes que Michael pudesse responder, o ar ao redor deles pareceu mudar novamente. Um cheiro doentio de baunilha doce invadiu suas narinas, contrastando grotescamente com o odor de mofo e metal da prisão. Harlan parou abruptamente, seus olhos arregalados enquanto olhava para o final do corredor. Michael virou-se rapidamente, sua lanterna iluminando o espaço à frente. No chão, algo estava jogado — uma caixa ornamentada, que brilhava com um brilho fraco, pulsante, como se fosse um coração vivo. Ao lado dela, uma mão escalpelada, com músculos expostos e gotejantes, parecia ter acabado de soltá-la, como um artista concluindo sua obra-prima. O líquido vermelho que escorria dos dedos formava padrões intricados no chão, quase como runas desenhadas por uma entidade maior. Michael sentiu o suor frio na nuca, mas manteve o controle, apertando mais forte o cabo da lanterna. Ele sabia que o medo podia devorar um homem por dentro, mas também sabia que ignorá-lo era tão mortal quanto sucumbir. Com um movimento lento, quase ritualístico, ele deu um passo à frente. Dentro da caixa, a luz tremeluzente revelou uma figura feminina de aparência etérea e ao mesmo tempo aterrorizante. Alta, com a cabeça coberta de agulhas meticulosamente dispostas, ela segurava um objeto semelhante a um baralho de cartas. Seus olhos, profundos como abismos, encontraram os de Michael, e ela abaixou-se graciosamente para pegar a caixa, como se estivesse se dobrando perante um altar invisível. O coração de Harlan disparou, e sua respiração tornou-se audível. Ele estava prestes a falar, mas Michael levantou a mão, silenciando-o. O veterano sabia que qualquer som poderia ser interpretado como uma provocação por algo tão além de sua compreensão. “Se controle”, pensou Michael, enquanto a figura permanecia imóvel, segurando a caixa agora em suas mãos. Mas como controlar a mente quando a própria realidade parecia se despedaçar diante de seus olhos? Enquanto a figura começava a se erguer novamente, Michael sentiu algo pulsar dentro de si — não era apenas medo, mas um instinto primal, como se uma voz ancestral em sua mente estivesse sussurrando: "Fique onde está. Observe. Não interfira." A pergunta, porém, persistia em sua mente: ignorar o impossível era mesmo uma escolha? Ou era uma sentença que ele não podia mais evitar?
- Victor - Cena 3:
Aquilo desafiava mais do que a razão, era um teste cruel à sanidade, uma piada cósmica sem o menor resquício de humor.
Michael já havia visto horrores suficientes na guerra: corpos mutilados, estômagos abertos como sacos rasgados, homens reduzidos a pedaços de carne indistinguíveis.
Nada disso o abalara. Mas a visão daquela coisa... ah, aquilo era diferente. Não era apenas grotesco; era como se a própria escuridão tivesse ganhado forma e intenção.
Havia algo nela que evocava a ideia de uma mulher, mas em sua essência, era antinatural.
Por um instante, a mente de Michael vagou para um tempo mais simples, antes das trincheiras e do caos. Mas o som irregular da respiração de Harlan o trouxe de volta.
O jovem estava tremendo, incapaz de controlar os espasmos involuntários que percorriam seu corpo. Seus olhos arregalados fixavam-se na figura à frente, enquanto o suor
escorria pelo rosto pálido. Ele não tinha chance ali, pensou Michael. Não com aquele olhar perdido, não com a coragem drenada até o fundo de sua alma.
Era ele ou Harlan.
Michael levantou a mão de maneira quase imperceptível e fez um gesto. Um movimento pequeno, mas carregado de significado. "Corra." O comando silencioso foi compreendido,
mesmo que Harlan hesitasse por um breve instante. Mas o instinto de sobrevivência era uma força poderosa. Ele se virou, os passos tropeçando nos primeiros momentos antes de
encontrar firmeza. A corrida desesperada de Harlan ecoou pelos corredores, desaparecendo na distância.
Michael permaneceu. Parado. Imóvel como uma estátua esculpida em carne e osso. Ele sabia que não poderia fugir. Não por covardia ou heroísmo, mas porque entendia que algo
o havia escolhido. O ar ao seu redor parecia mais denso, pressionando contra seu peito como o peso de mil mãos invisíveis.
A figura diante dele não fez nenhum movimento imediato. Apenas permaneceu lá, segurando a caixa pulsante. Era quase como se estivesse esperando. Observando. Avaliando.
Viver ou morrer não estava mais em suas mãos. Pertencia ao destino. Ou ao diabo. Ou a quem quer que fosse dono daquilo.
O coração de Michael batia forte, mas não acelerado; era um ritmo controlado, disciplinado, como no campo de batalha. Ele se preparou para o inevitável, mesmo que não soubesse
exatamente o que isso significava. Ficaria ali, parado, imóvel como uma estátua de carne.
Estátuas não chamam atenção. Estátuas não vivem ou morrem. Estátuas apenas são. Ele ficou quieto, sentindo cada fibra de seu corpo se preparar para o que viesse.
Quando a criatura finalmente avançou um passo, seus olhos ainda fixos em Michael, ele soube que sua decisão fora a certa.
O corredor parecia crescer ao redor dele, expandindo-se em um vazio infinito enquanto "ela" se movia, lenta e deliberadamente. A luz da lanterna de Michael piscou, e a última coisa
que ele viu antes da escuridão total o envolver foi o brilho frio de algo muito parecido com um sorriso.
E então, restou apenas o peso da culpa. Era um fardo, mas um fardo que podia ser carregado por um homem vivo.
Eu ajustei assim para ficar mais fácil o entendimento.
Essa passagem que citei anteriormente é a resposta que eu tinha feito antes dos ajustes foi isso
Mas fica tranquilo @GM que eu faço outra resposta logo.
- GM
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- Mensagem nº11
Re: Chat - Taroticum
Boa noite, almas inquietas. Tudo repousa em vosso âmago? Confesso-vos, com um suspiro que roça o crepúsculo, que a concepção da nova cena de Taroticum demandou não apenas esforço, mas uma luta quase hercúlea contra os fios do próprio destino narrativo. Digam-me, com a franqueza de um eco no vazio: encontraram encanto ou desalento em minha criação? Ah, sim, eu sei, a criatura que vos ofereci não é um espelho perfeito do horror que reside nas profundezas do abismo. Sua figura, ao invés de gelar o sangue, fora moldada para provocar algo distinto – um riso hesitante, uma pausa na opressão sombria. Era para ser um alívio, uma ruptura quase cômica em meio à trama lúgubre, como o toque de um bufão em uma corte desolada. Mas o que é o riso, senão uma máscara para o terror? O que é o grotesco, senão um reflexo distorcido do sublime? Se a criatura não alcançou vossas expectativas de horror, talvez o propósito dela ainda ressoe em vossos pensamentos: um fragmento de leveza em um mar de sombras, uma gargalhada na borda do precipício. Dizei-me, então, foi suficiente, ou devo moldar novamente o barro do impossível?
- Ricardo
Forasteiro - Mensagens : 4
Reputação : 3
- Mensagem nº12
Saudações!
Saudações exploradores do oculto!
Meu nome é Ricardo e farei uma breve apresentação pessoal.
Sou formado em Direito, tenho 41 anos de idade, sou pai de um menino de 7 anos e no momento concuseiro profissional e advogado.
Jogo RPG a 28 anos, quase sempre como narrador ou mestre. Nunca joguei PBF, sendo esta minha primeira vez.
Tive a sorte de conhecer recentemente o ilustre professor Rodrigo.
Na nossa jornada, vou assumir o protagonista Harlan durante o prelúdio. Ainda não desenvolvi o personagem posterior.
Gostaria de agradecer ao Rodrigo pela oportunidade e dizer a todos que estou animado e que é um prazer conhecer e estar aqui com vocês.
Abs.
Ricardo "Harlan"
Meu nome é Ricardo e farei uma breve apresentação pessoal.
Sou formado em Direito, tenho 41 anos de idade, sou pai de um menino de 7 anos e no momento concuseiro profissional e advogado.
Jogo RPG a 28 anos, quase sempre como narrador ou mestre. Nunca joguei PBF, sendo esta minha primeira vez.
Tive a sorte de conhecer recentemente o ilustre professor Rodrigo.
Na nossa jornada, vou assumir o protagonista Harlan durante o prelúdio. Ainda não desenvolvi o personagem posterior.
Gostaria de agradecer ao Rodrigo pela oportunidade e dizer a todos que estou animado e que é um prazer conhecer e estar aqui com vocês.
Abs.
Ricardo "Harlan"
- GM
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- Mensagem nº13
Re: Chat - Taroticum
Ricardo escreveu:Saudações exploradores do oculto!
Meu nome é Ricardo e farei uma breve apresentação pessoal.
Sou formado em Direito, tenho 41 anos de idade, sou pai de um menino de 7 anos e no momento concuseiro profissional e advogado.
Jogo RPG a 28 anos, quase sempre como narrador ou mestre. Nunca joguei PBF, sendo esta minha primeira vez.
Tive a sorte de conhecer recentemente o ilustre professor Rodrigo.
Na nossa jornada, vou assumir o protagonista Harlan durante o prelúdio. Ainda não desenvolvi o personagem posterior.
Gostaria de agradecer ao Rodrigo pela oportunidade e dizer a todos que estou animado e que é um prazer conhecer e estar aqui com vocês.
Abs.
Ricardo "Harlan"
Sê muito bem-vindo, Ricardo, viajante que agora toma a forma de Harlan, o inquieto. Sob a sombra deste véu tênue que separa o tangível do incognoscível, tua chegada soa como um sussurro ecoando em corredores esquecidos. Alegra-me, em verdade, tê-lo entre nós, pois nesta travessia, nem os mais preparados ousam caminhar sozinhos. O dia, confesso, foi um rio de pressa, cujas águas arrastaram-me sem clemência. Ainda assim, a promessa de um encontro memorável paira como uma lâmina afiada sobre o tecido da noite. Logo, Ricardo, conceder-te-ei a atenção que te é devida, como um anfitrião diante do convidado de uma casa antiga e profana. Não ousarei mentir-te com promessas de conforto ou segurança — pois Kult, como sabes, é um espetáculo onde a razão dança cega, e a sanidade é devorada pelo riso dos abismos. Será bom? Não, meu caro. Mas será algo. Algo que se gruda à alma como um véu úmido, uma marca que o tempo jamais poderá apagar. Pois toda aventura em Kult não é senão um reflexo das sombras que carregamos — e estas sombras, Ricardo, são inesquecíveis. Prepara-te, pois o palco está montado e os atores, ocultos pelas máscaras, já aguardam nas coxias. O destino ergue o pano, e a escuridão observa. Eis o teu convite, e as portas estão entreabertas. O que te espera, apenas os olhos da eternidade poderiam descrever.
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- Mensagem nº14
Re: Chat - Taroticum
@Victor e @Ricardo
Nas profundezas enoveladas de Sandburn, onde a moral dissolve-se como bruma ao amanhecer, erguia-se o Diretor Seymour — espectro encarnado de poder e paranoia. Em seu gabinete lúgubre, um relicário de sombras e segredos, ele teceu um império de desconfiança, onde cada sussurro era uma moeda e cada olhar, uma lâmina. Informantes tornaram-se arautos de esperança e desespero, enquanto punições diferenciadas espalhavam raízes em carne e mente: a verdade comprava banquetes, a traição alimentava os verdugos. Ao reunir Michael e Harlan, guardas escolhidos para desafiar o véu da sanidade, Seymour revelou o coração pulsante de seus planos: a Configuração dos Lamentos — um artefato, um enigma, um portão entre o real e o profano. Com dedos frios, ele fez desfilar o baralho maldito do Tarótica, cartas cujas figuras viviam e sussurravam segredos impronunciáveis. “Escolham,” ordenou ele, o sorriso uma lâmina silenciosa, “qual carta vos enfeitiça e qual vos consome em terror?” Naquele salão onde a penumbra respirava como um ser faminto, as cartas vibraram: a Serpente, o Carcereiro, o Poço e a Enganadora. Cada escolha era um espelho, cada resposta, uma confissão selada com o lacre da própria alma. E enquanto Seymour aguardava, imóvel como um ídolo profano, Sandburn transformava-se no teatro de uma tragédia inevitável, onde o medo era a única lei e a realidade, um véu pronto a ser dilacerado.
- GM
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Re: Chat - Taroticum
Saudações matinais, almas inquietas,
Espero que as brumas do amanhecer vos tragam serenidade. Ao moldar as palavras que formam meus pensamentos, ocorreu-me um devaneio peculiar: e se, por ventura, mergulhássemos numa campanha onde interpretássemos a nós mesmos, despidos de máscaras e adornos? Uma jornada breve, talvez, mas intensa, onde o reflexo do ser encontraria o espelho da ficção. Não será imediato, pois a paciência deve tecer seus fios enquanto preparo o palco para tal ousadia. Mas que dizeis? Não seria fascinante?
Espero que as brumas do amanhecer vos tragam serenidade. Ao moldar as palavras que formam meus pensamentos, ocorreu-me um devaneio peculiar: e se, por ventura, mergulhássemos numa campanha onde interpretássemos a nós mesmos, despidos de máscaras e adornos? Uma jornada breve, talvez, mas intensa, onde o reflexo do ser encontraria o espelho da ficção. Não será imediato, pois a paciência deve tecer seus fios enquanto preparo o palco para tal ousadia. Mas que dizeis? Não seria fascinante?
Outra confidência, senhores e senhoras. A imagem que gerei, bela como o raio que corta as trevas, é um retrato idealizado, um vislumbre de quem desejo ser, não de quem realmente sou. Quem me dera possuir tal estampa! Ponderei, por um breve instante, compartilhar minha verdadeira face, mas lembrei-me das vastas e insondáveis correntes deste fórum público. Não, decidi proteger minha identidade nas sombras seguras do anonimato.
Que o dia vos seja leve, e que este devaneio encontre ecos em vossas mentes criativas. Pois não há maior prazer que transformar o ordinário no extraordinário, quando o véu entre o real e o fictício se desfaz, mesmo que por um instante fugaz.
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- Mensagem nº17
Re: Chat - Taroticum
@Victor
Aguardando, como quem escuta o eco de passos em um corredor sem fim, espero pelo movimento do @Ricardo, sem ansiedade e quando ele estiver pronto.Suas indagações encontram o sim como resposta, para ambas as questões lançadas, como flechas que atravessam o véu da incerteza. A decisão paira, suspensa no ar, e o tempo, cúmplice deste momento, detém sua marcha para contemplar o desenlace.
- GM
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- Mensagem nº18
Re: Chat - Taroticum
Combate em KULT: Divindade Perdida
No tenebroso palco de KULT: Divindade Perdida, o combate é tão breve quanto um suspiro e tão cruel quanto a lâmina de um carrasco. Aqui, as ações não são meros números ou jogadas, mas fragmentos do destino, moldados pelas sombras e pela vontade dos jogadores. A tensão é o fio que guia cada movimento; o fracasso e a dor, companheiros inevitáveis no abismo da narrativa.
1. Testes de Atributos no Combate
Para cada movimento no campo da violência e do desespero, os jogadores lançam os dados do destino — 2d10 — somados ao atributo que rege a ação. A pontuação, como as estrelas na noite eterna, revela o desfecho de cada confronto:
- 10 ou menos: O fracasso toma forma, trazendo consequências narrativas que esculpem cicatrizes na carne e na alma.
- 11-14: Um sucesso parcial, como um equilíbrio precário entre glória e ruína, deixando danos mútuos ou desvantagens em seu rastro.
- 15+: O triunfo absoluto, onde o personagem reivindica o momento sem retaliação aparente.
2. Ações de Combate e Atributos Relevantes
Cada combate é uma dança macabra, onde cada jogador escolhe seus passos sob o olhar vigilante da escuridão. Entre os movimentos disponíveis, destacam-se:
- Atacar (Violência): Investir contra o inimigo, seja com lâmina, punho ou munição.
- Defender-se (Reflexos ou Sangue-frio): Evitar golpes ou proteger aliados da ameaça iminente.
- Ameaçar (Carisma ou Intuição): Fazer tremer a determinação do oponente com palavras afiadas como aço.
- Agir Sob Pressão (Sangue-frio): Executar tarefas perigosas com precisão calculada.
3. Iniciativa e Fluxo Narrativo
No teatro de KULT, não há espaço para turnos mecânicos; o combate flui como um rio turbulento. O Mestre de Jogo (MJ) molda a sequência conforme o enredo, conduzindo os jogadores como marionetes no palco da perdição. Suas ações descrevem não apenas seus intentos, mas também as consequências que enredam seus destinos.
4. Dano e Armadura
Cada golpe carrega o peso da dor, definido pela arma empunhada:
- Armas pequenas: 1 dano, como o corte de uma lâmina fina.
- Armas médias: 2 danos, o impacto de um punho pesado ou uma bala certeira.
- Armas grandes: 3 danos ou mais, devastadoras como um golpe de machado ou um disparo de espingarda.
5. Estados de Saúde
A vitalidade de um personagem é narrada em três estágios, cada um um degrau rumo ao abismo:
- Angustiado: Feridas leves que diminuem o vigor, mas não a determinação.
- Ferido: Danos graves que restringem movimentos e ações.
- Incapacitado: O limiar entre a vida e a morte, onde o próximo sopro pode ser o último.
6. Consequências do Combate
Cada conflito deixa marcas, não apenas no corpo, mas na alma. As consequências podem ser físicas, como ferimentos, ou psicológicas, moldando traumas que perseguirão os jogadores além das sombras da batalha.
7. Exemplos de Movimentos de Combate
Movimentos básicos que refletem as escolhas dos personagens e os riscos que enfrentam:
- Enfrentar o Perigo (Violência): Avançar contra o desconhecido com força bruta.
- Evitar um Ataque (Reflexos): Esquivar-se de um golpe mortal com agilidade.
- Manter a Calma (Sangue-frio): Agir racionalmente sob a pressão do caos.
- Aterrorizar (Carisma): Fazer o inimigo recuar com palavras ou ações carregadas de pavor.
Conclusão
O combate em KULT não é sobre vitórias gloriosas, mas sobre a sobrevivência frágil em um mundo onde cada golpe, cada escolha, é uma negociação com o destino. As sombras não perdoam, e cada cicatriz é um lembrete de que a vitória muitas vezes vem ao custo da própria sanidade.
Descreva e narre em detalhes sua ações e eu, como GM, decidirei quais testes serão necessários e os dados me darão uma orientação, sobre o que ocorrerá.
Na Dúvida:
"Faze o que tu queres, há de ser o todo da lei."
Descreva e narre em detalhes sua ações e eu, como GM, decidirei quais testes serão necessários e os dados me darão uma orientação, sobre o que ocorrerá.
- GM
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- Mensagem nº19
Re: Chat - Taroticum
Boa tarde. Tudo bem? Acho que apaguei o tópico de alguém, no prelúdio sem querer, podem verificar para mim? Desde já agradeço.
- GM
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- Mensagem nº20
Re: Chat - Taroticum
Boa tarde. Tudo bem? Victor a cena não está fechada. Sim, há muitas coisas que podem ser usadas como armas, mas qualquer uma delas, nesse momento, são inúteis. Eu estou digitando pelo celular, por isso, me perdoem, qualquer deslize ou esquecimento, falando nisso eu estou esquecendo algo que me pediram? A correria aqui tá fogo. Família grande em final de ano é um vuco-vuco. Nem escrevi esse texto estilizado.